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2-MISTÉRIO DA MORTE (b)-18/Junho/2004

Com a morte celeremente se aproximando, continuam os sentimentos de solidão e impotência.


Nesse momento, é muito importante que o moribundo esteja em paz e que seus pensamentos
não sejam negativos. A mente, ou a alma, dependendo do ponto de vista, fica então livre de
toda a relação nervosa. É uma espécie de recolhimento íntimo.
A retirada da mente (ou alma) começa pela "porta de saída" que, dependendo das
características de cada um, é variável, ou seja, no plexo solar (nas pessoas emotivas), no alto
da cabeça (nos mentais e evoluídos), ou bem abaixo da ponta do coração (nos filantropos, as
pessoas de boa vontade). Enfoca-se ao redor dessa "porta", aguardando o puxão final da alma.
Após a última batida do coração, o indivíduo entra em um estado de clarividência que pode
parecer-lhe estender-se por alguns dias após o desenlace, mas pode ser menos longo conforme
os padrões de nosso tempo terrestre. Uma camada profunda da mente conserva o registro das
experiências, desde a infância até a velhice. Nada se perde, e tudo existe sob a forma de
imagens. São revistos vários episódios em detalhes. A visão começa ao inverso: desde os
elementos que precederam a morte, remontando à tenra infância, mas com muita rapidez.
Em seguida, aquele que está no limiar da vida terrena sente um outro puxão, ou impulso
atrativo, e o corpo físico denso, a totalidade dos órgãos, células e átomos, vão se libertando.
Nova sensação de libertação advém nesse momento crucial. A solidão começa a desaparecer.
O físico tende a responder à atração da própria matéria. Isto é a chamada "atração da terra". A
substância de todas as formas é devolvida a esse depósito de vida involuída e material.
O corpo físico responde à ordem natural da iminente dissolução. O homem retira sua
consciência, gradualmente, para dentro dos veículos astral e mental e vai se desapegando cada
vez mais do plano físico, retraindo-se em si mesmo. As pessoas evoluídas podem fazer isso
conscientemente, perdendo aos poucos o seu apego à existência física. Na velhice, esse
desapego é mais fácil do que numa morte por enfermidade.
Novamente, advém uma breve pausa. Sendo a morte inevitável, a pausa dura apenas alguns
segundos. Há dois tipos de estados de coma: o da luta, que precede a morte; e o da
restauração, quando a alma retira o fio da consciência, mas não o fio da vida, num esforço
para dar tempo suficiente para recuperar a sua ligação com o organismo e restabelecer a
saúde. O físico perde seu predomínio e o corpo parece se recuperar (seria essa etapa a
chamada “melhora da morte”?). Todavia, surge o puxão final da alma, atuando pela Lei de
Atração. O desprendimento é, portanto, inevitável, dado a irreversibilidade do processo
(senão, esta descrição seria inútil e imprecisa). E acontece a fase seguinte: a eliminação total.
A mente começa, então, a se dispersar de vez após desligar-se do físico denso, e à medida que
as energias que a compõem se reorganizam e se retiram, vão deixando para trás uma espécie
de substância, que para alguns, poderia ser o conhecido “fio de prata”, que vai se partindo.
Na cremação, esse processo de dispersão poderia ser menos traumático por duas razões:
1.. Ela acelera a liberação dos veículos sutis do “corpo etérico” que ainda envolvem a alma,
produzindo a liberação em poucas horas, em vez de vários dias.
2.. Purifica o corpo astral e impede ao desejo a tendência para descer. Não encontra pontos de
enfoque porque o fogo repele o aspecto de criar formas que o desejo possui. O fogo dissolve
rapidamente o veículo físico humano e com mais rapidez se rompe o apego da alma que se
retira.
Eis o misterioso fenômeno da morte! Haverá aquele que questionará: “Mas, quem voltou para
contar?”. Bem, eis o maior mistério de todos. Como foi esclarecido, esta descrição se baseou
em pesquisas. Não obstante, ela não pretende ser qualificada de verdadeira, mas, ao que tudo
indica, está bem próxima dela. Evidentemente há nuances diversas no processo de
“transferência de vida”. A melhor maneira de descrever o que ocorre antes, durante depois da
morte é, claro, morrendo. Só assim é que você poderá corroborar es tas minhas elucubrações!

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