Com a morte celeremente se aproximando, continuam os sentimentos de solidão e impotência.
Nesse momento, é muito importante que o moribundo esteja em paz e que seus pensamentos não sejam negativos. A mente, ou a alma, dependendo do ponto de vista, fica então livre de toda a relação nervosa. É uma espécie de recolhimento íntimo. A retirada da mente (ou alma) começa pela "porta de saída" que, dependendo das características de cada um, é variável, ou seja, no plexo solar (nas pessoas emotivas), no alto da cabeça (nos mentais e evoluídos), ou bem abaixo da ponta do coração (nos filantropos, as pessoas de boa vontade). Enfoca-se ao redor dessa "porta", aguardando o puxão final da alma. Após a última batida do coração, o indivíduo entra em um estado de clarividência que pode parecer-lhe estender-se por alguns dias após o desenlace, mas pode ser menos longo conforme os padrões de nosso tempo terrestre. Uma camada profunda da mente conserva o registro das experiências, desde a infância até a velhice. Nada se perde, e tudo existe sob a forma de imagens. São revistos vários episódios em detalhes. A visão começa ao inverso: desde os elementos que precederam a morte, remontando à tenra infância, mas com muita rapidez. Em seguida, aquele que está no limiar da vida terrena sente um outro puxão, ou impulso atrativo, e o corpo físico denso, a totalidade dos órgãos, células e átomos, vão se libertando. Nova sensação de libertação advém nesse momento crucial. A solidão começa a desaparecer. O físico tende a responder à atração da própria matéria. Isto é a chamada "atração da terra". A substância de todas as formas é devolvida a esse depósito de vida involuída e material. O corpo físico responde à ordem natural da iminente dissolução. O homem retira sua consciência, gradualmente, para dentro dos veículos astral e mental e vai se desapegando cada vez mais do plano físico, retraindo-se em si mesmo. As pessoas evoluídas podem fazer isso conscientemente, perdendo aos poucos o seu apego à existência física. Na velhice, esse desapego é mais fácil do que numa morte por enfermidade. Novamente, advém uma breve pausa. Sendo a morte inevitável, a pausa dura apenas alguns segundos. Há dois tipos de estados de coma: o da luta, que precede a morte; e o da restauração, quando a alma retira o fio da consciência, mas não o fio da vida, num esforço para dar tempo suficiente para recuperar a sua ligação com o organismo e restabelecer a saúde. O físico perde seu predomínio e o corpo parece se recuperar (seria essa etapa a chamada “melhora da morte”?). Todavia, surge o puxão final da alma, atuando pela Lei de Atração. O desprendimento é, portanto, inevitável, dado a irreversibilidade do processo (senão, esta descrição seria inútil e imprecisa). E acontece a fase seguinte: a eliminação total. A mente começa, então, a se dispersar de vez após desligar-se do físico denso, e à medida que as energias que a compõem se reorganizam e se retiram, vão deixando para trás uma espécie de substância, que para alguns, poderia ser o conhecido “fio de prata”, que vai se partindo. Na cremação, esse processo de dispersão poderia ser menos traumático por duas razões: 1.. Ela acelera a liberação dos veículos sutis do “corpo etérico” que ainda envolvem a alma, produzindo a liberação em poucas horas, em vez de vários dias. 2.. Purifica o corpo astral e impede ao desejo a tendência para descer. Não encontra pontos de enfoque porque o fogo repele o aspecto de criar formas que o desejo possui. O fogo dissolve rapidamente o veículo físico humano e com mais rapidez se rompe o apego da alma que se retira. Eis o misterioso fenômeno da morte! Haverá aquele que questionará: “Mas, quem voltou para contar?”. Bem, eis o maior mistério de todos. Como foi esclarecido, esta descrição se baseou em pesquisas. Não obstante, ela não pretende ser qualificada de verdadeira, mas, ao que tudo indica, está bem próxima dela. Evidentemente há nuances diversas no processo de “transferência de vida”. A melhor maneira de descrever o que ocorre antes, durante depois da morte é, claro, morrendo. Só assim é que você poderá corroborar es tas minhas elucubrações!