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FACULDADE LEONARDO DAVINCI - FAVINCI

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ALANE JOCHEM

PENSAMENTOS DE C.K PRAHALAD


A RIQUEZA NA BASE DA PIRÂMIDE

TIMBÓ
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3

2 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 3

3 CONCLUSÃO .......................................................................................................................6

REFERÊNCIAS........................................................................................................................7
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1 INTRODUÇÃO

Atualmente o Brasil está vivenciando uma crise econômica de grande expansão, onde
os valores éticos e morais de toda sua população estão sendo colocados em questão. O
mercado está passando por muitos altos e baixos, gerando grande instabilidade financeira.
Justamente nesse momento, que vêm à tona o pensamento de Prahalad, que enfatiza
que as organizações e empresários devem enxergar as pessoas de baixa renda como sendo
seus principais consumidores, e que esses consumidores, mudarão o cenário econômico
global. Para isso, as organizações devem mudar o modo de fazer seus negócios, dando a
devida importância para elevada parcela da população com renda inferior a US$ 2 por dia.
Segundo Prahalad em seu trabalho publicado no livro „A Riqueza na Base da
Pirâmide‟ a resposta para erradicar a pobreza no mundo pode ser alcançada através do lucro,
basta às empresas e organizações enxergarem isso.
No natal de 1995, um pensamento começou a martelar na cabeça de Prahalad sobre por
que, mesmo com todo o crescimento e toda tecnologia não conseguimos fazer contribuições
mesmo que mínimas ao problema alarmante da pobreza e eliminações globais? Por que não
conseguimos criar um capitalismo de inclusão?
No decorrer desse trabalho, poderemos compreender o pensamento de Prahalad, seus
questionamentos e afirmações.

2 DESENVOLVIMENTO

Coimbatore Krishnarao Prahalad nasceu em Chennai, na Índia em 1941. Naturalizado


Americano, foi Doutor em Administração pela Universidade de Harvard e professor de
Estratégia Corporativa no Programa de MBA da Universidade de Michigan. Atuou como
consultor em empresas multinacionais como Kodak e Motorola. Também foi conselheiro do
Governo Indiano para o empreendedorismo e autor de “A Riqueza na Base da Pirâmide”.
Faleceu em 2010 por uma doença no pulmão.
Estratégias de negócio podem, quando bem implementadas eliminar a miséria
(PRAHALAD, 2005). Prahalad defende que os pobres poderão impulsionar a economia
global, alegando ser viável o desenvolvimento de produtos e serviços para pessoas de baixa
renda, sendo que essas pessoas tem grande potencial econômico para comprar e consumir
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(PRAHALAD, 2005).
Conforme Maximiano (2006), a empresa é uma iniciativa que tem como objetivo
fornecer produtos e serviços para atender a necessidade de pessoas, ou de mercados, e com
isso obter lucro. Em cima dessa definição, Prahalad levanta o questionamento que se
aproximadamente 4 bilhões de pessoas se encaixam numa categoria de pessoas
economicamente pobres, ou que vivem com $ 2.00 USD ou menos por dia, logo as empresas
não estão oferecendo serviços e/ou atendimentos para essas pessoas, portanto, estão indo
contra os seus princípios iniciais, as pessoas da base não estão sendo atendidas. Então,
Prahalad sugere que essas pessoas pobres, 4 bilhões conforme comentado anteriormente,
precisam ser vistas como consumidoras e que existe uma forma de as empresas atenderem a
esse mercado e ao mesmo tempo gerarem lucro.
Conforme Prahalad (2005), o primeiro passo é reconhecer os que estão na base, às
empresas devem parar de pensar nos pobres como vítimas e enxerga-los como
empreendedores, eles também têm suas necessidades e, portanto também sugerem críticas ao
produto. Em contra partida, a base também precisa mudar sua visão sobre as organizações e
sobre a forma como são dados seus processos, reconhecendo a organização como um processo
de melhoria para a sociedade num todo através do capitalismo. Baseado nessas afirmações e
questionamentos, Prahalad enfatizou a pobreza no mundo, de onde surgiu a „Base da
Pirâmide‟.
A pirâmide divide o mundo em classes sociais, onde na base ficam bilhões de pessoas
que vivem de forma precária, onde muitas vezes as condições básicas de sobrevivência não
são atendidas. Já no topo da pirâmide, situam-se os ricos, com altos níveis de renda sendo
formado pela minoria da população.
Prahalad defende que essas pessoas da base têm sim uma visão analítica e crítica das
coisas, o que faz com que as empresas devam adotar medidas para atender a essa grande
parcela da população, o que remete a um grande desafio para as organizações. As empresas
precisam quebrar paradigmas para poder explorar o mercado da Base da Pirâmide de forma
mais eficaz. Uma das principais características dos mercados emergentes é justamente a
grande quantidade de pessoas que se situam nas camadas mais pobres da população, o que
torna a criação de bens e serviços para esse mercado um desafio para as grandes organizações.
Agora falando do Brasil, como as empresas daqui poderiam atender as necessidades de
pessoas que vivem com menos de $5,00 por dia? Conforme vimos, essas pessoas da base têm
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as mesmas necessidades das pessoas do topo, portanto também devem e querem ter acesso as
novas tecnologias. As pessoas buscam inclusão social através da aquisição de novos produtos
e serviços, muitas vezes também se trata da realização do sonho dessas pessoas. Pode ser a
primeira e tão esperada compra.
Nesse caso, podemos utilizar como exemplo as Casas Bahia que tem como foco
principal do seu negócio essas pessoas da base. Para atender essa população foram adotadas
medidas com relação à forma de pagamento, parcelamentos, créditos. Também se sabe que o
lucro da organização não se dá pela unidade de peças vendidas, mas sim pela quantidade. Para
alcançar essa forma de gestão deve-se reinventar e pensar em estratégias de marketing e
comunicação, devido ao fato de que essas pessoas podem não ter acesso aos meios de
comunicação como internet, televisão. O negócio das Casas Bahia visa à realização do sonho
das pessoas. Imagine um novo celular que é lançado no mercado, as Casas Bahia tanto podem
atender as pessoas do topo como as pessoas da base, o que difere uma da outra é que na
primeira o pagamento será feito a vista, no ato da compra e na segunda, o pagamento
provavelmente será feito em parcelas mensais. Essa forma de gestão permite as Casas Bahia
atender 90% dos brasileiros. Se seu foco fosse somente o topo da pirâmide, atenderia somente
10% dos brasileiros.
Hoje, as Casas Bahia atende a uma carteira de clientes com cerca de 23 milhões de
consumidores, onde aproximadamente 21 milhões são clientes ativos que mensalmente pagam
parcelas de compras realizadas na empresa (PRAHALAD, 2009). O Slogan das Casas Bahia é
dedicação total a você. Em 2003, a empresa operava 343 lojas, com uma receita de 6 bilhões
de reais. Ao final de 2008 a empresa encerrou o ano com 534 lojas e receita de 13,9 bilhões de
reais, sendo que o crescimento da base dos clientes acompanhou o mesmo ritmo dessa
evolução (PRAHALAD, 2009). Então em 5 anos as Casas Bahia aumentou a receita em 7,9
bilhões de reais. As Casas Bahia fez com certeza um grande negócio com a classe mais pobre
da Pirâmide, vendendo em maiores quantidades, gerando maiores receitas, facilitando as
maneiras de pagamento, consequentemente aumentando os lucros.
O mesmo produto que é disponibilizado para o topo, é disponibilizado para as pessoas
da base. Vale ressaltar que as pessoas da base à qualidade do produto também é fator
fundamental, elas percebem o valor agregado e se não estiverem de acordo, não irão efetuar a
compra.
Nota-se que o futuro dos negócios está na base da pirâmide, nas classes menos
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favorecidas. As organizações devem se concentrar no desenvolvimento de produtos e serviços


para essas pessoas mais carentes, tornando essa uma estratégia eficiente para a diminuição da
pobreza. Prahalad motivou-se a encontrar um meio para eliminar a pobreza no mundo, mas
não só isso, ele também buscou meios para despertar as organizações e empreendedores as
oportunidades que residem na base da pirâmide, para enfim, alcançarem seu principal
objetivo, gerar lucro.
As empresas e instituições financeiras ainda não aprenderam a lidar com essa
população da base da pirâmide. O pensamento capitalista ainda fala mais alto, o que as
impedem de enxergar essa oportunidade, tornando-a invisível.

3 CONCLUSÃO

Podemos concluir que as organizações devem encontrar um meio para atender toda a
população, inclusive essas pessoas da base. Que essas pessoas tem um grande potencial
econômico e podem mudar a economia global. Será necessário quebrar paradigmas e
encontrar um ponto de equilíbrio, que atenda a essa parcela mais baixa da população e que
também gere lucro para as organizações.
Prahalad defende que dando condições de compra para essas pessoas da base, será
possível eliminar a pobreza, diminuindo a alarmante diferença entre países ricos e pobres,
considerando que hoje a maioria da população encontra-se na base.
Dar condições a essas pessoas remete muitas vezes a realização de sonhos, podendo se
tratar da primeira e tão esperada compra.
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REFERÊNCIAS

PRAHALAD, C. K. A Riqueza na Base da Pirâmide: Como erradicar a pobreza com o


Lucro. Porto Alegre: Bookman, 2005.

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