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PERSPECTIVAS DA
DINÂMICA FAMILIAR
Evolução e Perspectivas da dinâmica Familiar
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Índice
pág.
Introdução 3
1. Família – Conceito 4
2. Família – Funções 7
3. História da dinâmica Familiar 8
4. Cultura em transformação 10
5. Novas Formas de Família 11
6. Ciclo familiar 16
7. Envolvimento parental na educação de crianças com necessidades
educativas especiais (NEE) 18
Bibliografia 21
INTRODUÇÃO
Objectivo
Conteúdos
- Monoparentalidade;
- Famílias de Acolhimento;
- Adopção e parentalidade.
1. FAMÍLIA – O CONCEITO
História;
Contexto;
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Vínculos biológicos;
Estatuto legal e/ou religioso;
Cultura e valores;
Mudanças económicas, sociais e culturais.
Nota:
- Apenas abrange adultos de ambos os sexos, deixando de lado os adultos de igual sexo
(que hoje em dia também são considerados família, como se poderá verificar à frente).
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- Há cerca de meio século que o conceito de família vai para além desta definição, uma vez
que com as transformações culturais a que se tem vindo assistir têm surgido novas formas de
família, sofrendo alterações na sua estrutura.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), 2001, a Família pode ser definida como:
Nota:
Não refere se os indivíduos são do mesmo sexo ou não, tornando-se uma definição mais
abrangente do que a anterior.
Definição minimalista:
“Grupo de pessoas ligadas por laços de parentesco cujos membros adultos assumem a
responsabilidade de cuidar das crianças”.
“Constitui uma família duas pessoas casadas entre si ou que vivam uma com a outra há
mais de dois anos em união de facto ou parentes que vivam em comunhão de mesa e
habitação”.
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A maior parte das pessoas constitui família pelo casamento, mas nas sociedades
contemporâneas tem sido crescente o número daqueles que constituem família por União de
facto.
Segundo os últimos Censos (2001), o número médio de pessoas por família tem vindo a
diminuir progressivamente:
1920 – 4.2
1930 – 4.1
1960 – 3.7
1980 – 3.4
1991 – 3.1
2001 – 2.8
As mulheres terem um parceiro mais velho, mais alto, mais culto, mais rico;
A fidelidade é mais exigida às mulheres do que aos homens;
A mulher deve ser virgem;
A ideia de que todos os problemas se resolvem se houver amor.
2. FAMÍLIA – FUNÇÕES
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Assim:
Nos tempos medievais (Idade Média), os indivíduos começaram a estar ligados por
vínculos matrimoniais, formando novas famílias. Dessas novas famílias fazia também
parte a descendência gerada que, assim, tinha duas famílias, a paterna e a materna, era
comum a existência da família alargada. Durante este período a estrutura familiar era
rígida, encontravam-se sob a autoridade do mesmo chefe (o pai).
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- Os idosos deixam de poder contar com o apoio directo dos familiares, sendo
entregues a instituições
Família Moderna
Família Tradicional
- Filhos como manifestação e
- Elevada Mortalidade (Infantil) reforço da união amorosa
- Esperança Média de Vida baixa - Aumento Esperança Média de
- Famílias com muitos filhos (com Vida
mortes) - Emancipação da mulher
- Acto sexual = Reprodução - Baixa natalidade
- Mulheres vivam num estado de - Casamento tardio
prisão - Maior sentimento maternal
- Mulher submetida ao pai e depois - Divisão de tarefas entre o casal
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ao marido - Amor romântico: felicidade e
- Família legítima era aquela criada realização pessoal (escolha do
pelo casamento cônjuge), aventura amorosa,
- Crianças vistas como adultos em desejo.
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Cultura em transformação
4. CULTURA EM TRANSFORMAÇÃO
Ao longo dos tempos várias são as alterações que se têm verificado nas sociedades, quer
a nível económico, social e cultural. Essas mudanças são fundamentais para percebermos as
transformações que o conceito Família tem sofrido ao longo da sua história, nomeadamente no
que consiste à sua forma de organização, uma vez que, como veremos no tópico seguinte,
temos assistido ao aparecimento de novas estruturas familiares.
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Nas novas sociedades assiste-se a um novo papel da mulher. Esta já não fica em casa a
tomar conta dos seus filhos, mas cada vez mais esta sai de casa e ocupa posições mais elevadas
no mercado de trabalho, aumento, desta forma, a sua auto-estima e auto-imagem. O homem
vai perdendo, assim, o seu poder e autoridade.
Assim, ou o homem aceita este novo papel e apoia-a na sua carreira profissional, ajuda-a
nas tarefas domésticas e na educação dos filhos, ou então não aceita, aumentando, muitas
vezes, o número de divórcios.
Maiores responsabilidades nas tarefas domésticas e cuidados com as crianças por parte
da mulher;
Tempo assimétrico e penalizante da mulher na esfera pública e do homem na esfera
privada.
A forma como cada família se organiza é única, não havendo duas famílias iguais.
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Estruturas Familiares
ESTRUTURA NUCLEAR OU CONJUGAL – constituída pelo marido, pela esposa e pelos seus
filhos biológicos ou adoptados, habitando na mesma casa;
FAMÍLIAS DE PROGENITORES AUSENTES - Família em que nem o pai nem a mãe estão
presentes, mas em que existe outros adultos (avós, tios…) que são responsáveis pelos menores;
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FAMÍLIA AJUDA - MÚTUA - Jovens que se juntam para partilhar as despesas, Idosos que
partilham a habitação e trocas de apoio.
A partir de 2008, as famílias de acolhimento, não podem ter relações de parentesco com
as crianças ou jovens;
Inscrição obrigatória do responsável pelo acolhimento familiar na respectiva repartição
de finanças como trabalhador independente;
As famílias de acolhimento não podem candidatar-se a adopção;
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PARENTALIDADE – É relação que começa antes do nascimento dos filhos e mantém-se
para toda a vida. É uma relação muito dinâmica e transforma-se em função do desenvolvimento
de cada um. A parentalidade é a relação que mais marca o Ciclo de Vida da Família: o
nascimento dos filhos, a entrada dos filhos na escola, a adolescência dos filhos, a saída de casa
dos filhos.
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Hill e Rodgers afirmam que o Ciclo de Vida de cada família é marcado por três principais
critérios:
1º. Alterações do número de elementos que a compõem;
2º. Alterações etárias;
3º. Alterações no estatuto ocupacional dos elementos encarregados do
sustento/suporte familiar.
A maioria dos autores considera que o ciclo de vida familiar começa com o casamento e
propõe o seguinte esquema:
1ª etapa: Formação do casal - O casamento é uma das fases mais difíceis e
complexas do ciclo de vida familiar. Quando dois indivíduos casam, não são apenas
eles que casam, dá-se a união de duas famílias. Cada família tem costumes, valores
e maneiras de viver próprios. Se não existir a tolerância entre o casal, pode haver
conflitos e ruptura.
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Evolução e Perspectivas da dinâmica Familiar
afinal de contas uma transição tão importante e por vezes tão assustadora na
nossa vida – falamos então em grupos de preparação para o parto e parentalidade.
3ª etapa: Família com filhos na escola - A infância corresponde a mais uma etapa
do ciclo da família que implica a separação da criança em relação aos pais - mas
afinal crescer é isso mesmo: separar-se, para poder descobrir-se... Segundo alguns
psicólogos esta fase passa pela preparação dos pais para a separação.
Críticas:
- Esta classificação é bastante delimitada, uma vez que na vida real, por vezes, não
acontece, pois na mesma família podem existir filhos pequenos ao mesmo tempo que existem
filhos adolescentes.
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Este conceito foi adoptado no nosso país no final da década de 80 tendo, da década de 90,
a publicação do Decreto-Lei 319/91, de 23 de Agosto, constituído um marco decisivo na garantia
do direito de frequência das escolas regulares de muitos alunos que, até então, estavam a ser
educados em ambientes segregados.
Muitos dos alunos considerados com NEE poderão necessitar, acima de tudo, de um
ensino de qualidade, pautado pelos princípios da flexibilização, adequação e estratégias de
diferenciação pedagógica e não necessariamente de medidas de educação especial.
SITUAÇÃO DAS FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM NEE (O QUE ACONTECE NAS FAMÍLIAS)
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Segundo MacKeith (1973), citado por Powell e Oste (1991), a família com crianças com
NEE passa por quatro diferentes períodos, acompanhados de quatro distintas etapas:
Períodos
3º. Quando a criança com NEE deixa a escola e tem necessidade de enfrentar as
confusões e frustrações pessoais como todos ao outros adolescentes;
Etapas
2ª. Durante a Adolescência - Os pais devem tomar decisões acerca dos aspectos
fundamentais como a recepção dos companheiros, emergência da sexualidade e a planificação
vocacional.
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BIBLIOGRAFIA
MURDOCK, George Peter (1949). “Social Structure”. New York: The Free Press.
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VALA, Jorge et al. (2003). “Valores sociais: mudanças e contrastes em Portugal e na Europa”.
Lisboa: ICS.
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