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Ibérica e Hispânia
Aqueduto de Segóvia
Reino Visigótico
No século VIII, quase toda a Península Ibérica foi conquistada (711–718) por exércitos
de mouros muçulmanos provenientes principalmente do Norte de África. Essas conquistas
fizeram parte da expansão do Califado Omíada. Apenas uma pequena área montanhosa
no noroeste da Península conseguiu resistir à invasão inicial muçulmana. [31]
Sob a lei islâmica, os cristãos e os judeus receberam o estatuto subordinado de dhimmi.
Esse estatuto permitia que cristãos e judeus praticassem suas religiões como "povos do
livro", mas eles eram obrigados a pagar um imposto especial e eram sujeitos a certas
discriminações.[32][33] A conversão ao islamismo prosseguiu a um ritmo cada vez maior.
Acredita-se que os muladi (muçulmanos de origem étnica ibérica) compreendiam a maioria
da população de Al-Andalus até o final do século X.[34][35]
A comunidade muçulmana na Península Ibérica era diversificada e atormentado por
tensões sociais. Os povos berberes do Norte de África, que tinham fornecido a maior parte
dos exércitos invasores, entraram em choque com a liderança árabe do Oriente Médio. Ao
longo do tempo, grandes populações árabes se estabeleceram, especialmente no vale
do rio Guadalquivir, na planície costeira de Valência, no vale do rio Ebro (no final deste
período) e na região montanhosa de Granada.[35]
Córdova, a capital do califado, era a maior, mais rica e sofisticada cidade na Europa
Ocidental na época. O comércio e o intercâmbio cultural no Mediterrâneo floresceram. Os
muçulmanos importaram uma rica tradição intelectual do Oriente Médio e do Norte da
África. Estudiosos muçulmanos e judeus desempenharam um papel importante na
renovação e ampliação da aprendizagem clássica grega na Europa Ocidental. As
culturas romanizados da Península Ibérica interagiram com as culturas muçulmanas e
judaicas de forma complexa, dando, à região, uma cultura distinta. [35]
Império
Ver artigo principal: Império espanhol
Ver também: América espanhola
Mapa anacrônico da extensão do Império Espanhol no mundo em seu auge
A unificação das coroas de Aragão e Castela lançou as bases para a Espanha moderna e
para o Império Espanhol.[36] A Espanha era a maior potência da Europa durante o século
XVI e a maior parte do século XVI, uma posição reforçada pelo comércio e pela riqueza de
suas possessões coloniais. Ela atingiu o seu apogeu durante os reinados dos dois
primeiros habsburgos espanhóis - Carlos I (1516-1556) e Filipe II (1556-1598). Este
período foi marcado pelas Guerras Italianas, Revolta dos Comuneiros, Revolta
Holandesa, Rebelião das Alpujarras, conflitos com os otomanos, a Guerra Anglo-
Espanhola e as guerras com a França.[37]
O Império Espanhol se expandiu até incluir grande parte da América, ilhas na região Ásia-
Pacífico, áreas da Itália, cidades do Norte de África, bem como partes do que hoje são
parte de França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Foi o primeiro império
do qual se dizia que "o Sol nunca se punha".[31]
A chamada "Era dos Descobrimentos" foi marcada por explorações ousadas por mar e por
terra, a abertura de novas rotas comerciais pelos oceanos, conquistas e os primórdios
do colonialismoeuropeu. Junto com a chegada dos metais preciosos, especiarias, luxos e
novas plantas agrícolas, exploradores espanhóis trouxeram o conhecimento do Novo
Mundo e desempenharam um papel de liderança na transformação da compreensão
europeia do mundo.[38]O florescimento cultural testemunhado é agora referido como o
"Século de Ouro Espanhol". A ascensão do humanismo, da Reforma Protestante e de
novas descobertas geográficas levantaram questões abordadas pelo movimento influente
intelectual agora conhecida como a Escola de Salamanca.[31]
Com a morte de Carlos II, a dinastia de Habsburgo se extinguiu, para deixar lugar aos
Borbões, após a Guerra de Sucessão. Como consequência dessa guerra, a Espanha
perdeu sua preponderância militar e, após sucessivas bancarrotas, o país foi reduzindo
paulatinamente seu poder, convertendo-se, no final do século XVIII, em uma potência
menor.[31]
Restauração da democracia
Com a morte de Franco, em novembro de 1975, Juan Carlos assumiu o cargo de Rei de
Espanha e de chefe de Estado, em conformidade com a lei. Com a aprovação da
nova Constituição espanhola de 1978 e a restauração da democracia, o Estado
descentralizou muito da sua autoridade para as regiões com governo local e criou uma
organização interna baseada em comunidades autónomas.[31]
No País Basco, o nacionalismo moderado tem coexistido com um movimento radical
nacionalista liderado pela organização armada Euskadi Ta Askatasuna (ETA). O grupo foi
formado em 1959 durante o governo de Franco, mas continuou a travar a sua violenta
campanha mesmo após a restauração da democracia e do retorno de um elevado grau de
autonomia regional.[42]
Em 23 de fevereiro de 1981, elementos rebeldes entre as forças de segurança
apreenderam Cortes em uma tentativa de impor um governo militar apoiado pelos Estados
Unidos. O Rei Juan Carlos assumiu o comando pessoal dos militares e, com êxito,
ordenou que os golpistas, através da televisão nacional, se rendessem. [31]
Em 30 de maio de 1982 a Espanha aderiu à Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), após um referendo. Nesse ano, o Partido Socialista Operário
Espanhol (PSOE) chegou ao poder, o primeiro governo de esquerda em 43 anos. Em 1986
a Espanha aderiu à Comunidade Europeia, que posteriormente tornou-se a União
Europeia (UE). O PSOE foi substituído no governo pelo Partido Popular (PP) em 1996.[31]
Geografia
Mapa topográfico da Espanha
Geografia da Espanha