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27% diabéticos
33% hipertensão
13% glomerulonefrites
4% DRP
21% outros e indeterminados (nefrite intersticial...)
OBS: essa porcentagem é no Brasil, pois nos EUA a primeira causa é diabetes e a segunda
causa é hipertensão.
OBS: Paciente depois de realizar o transplante, analisar a presença de urina (se urinar o rim está
funcionando).
OBS: Paciente em hemodiálise, deve ter a dieta baseada em carboidratos, para tentar comer a
menor quantidade possível de proteína e potássio.
736 Centros de Diálise no Brasil em 2010 - Sul e Sudeste concentram 71% dos centros de
diálise (norte e centro-oeste possuem poucos centros)
Evita-se transplante em vivo entre familiares, devido a maior probabilidade de o doador vir
a ter a mesma doença (predisposição e sobrecarga do rim). Além das maiores chances do
transplantado também voltar a desenvolver a doença que possuía antes.
O número de diálises vem aumentando muito a cada ano.
O rim transplantado é colocado na fossa ilíaca, pois fica perto de vasos para fazer a
ligação. Porém o ureter vai ser mais curto e o paciente vai ficar mais predisposto a ter
infecções urinárias altas.
Vida média de um rim transplantado: 12 a 22 anos
OBS: Analisar idade do doador, pois o rim recebido vai trazer as patologias referentes a sua
idade, patologias pregressas e danos referentes ao seu modo de vida. Essas características
podem diminuir a vida média do rim.
Agressões sofridas antes (patologias prévias do doador), durante a isquemia fria (NTA
– necrose tubular aguda- período de isquemia entre a retirada do doador e colocação no
receptor) e após abertura dos clampes (lesão causada pelo sangue passando nos vasos
após essa abertura).
Rejeição aguda clínica ou subclínica (ocorre nos primeiros meses).
Agressões mediadas por células (linfócitos T citotóxico), por anticorpos (produzidos
pelas células B) antiantígenos HLA (ou outros) e mista: As células dendríticas e
macrófagos vão reconhecer os linfócitos diferentes dos linfócitos do receptor (que vieram
com o órgão transplantado) e é o endotélio do glomérulo e dos túbulos que vai ser
destruído.
Infecções virais (devido a imunossupressão necessária para não ocorrer a rejeição do
rim, caso ocorra a infecção, o imunossupressor deve ser suspenso).
Pode ocorrer recidiva da patologia primária (GESF, GN membranoploriferativa,
nefropatia por IgA). Até depois de muitos anos do transplante
Necrose tubular aguda (NTA) (em muitos lugares é feita a biópsia no “tempo zero”) –
Relacionada a isquemia. Biopsia no tempo zero é biopsiar quando abrir a vascularização
do rim para saber se tem necrose tubular (causado pela isquemia que o rim sofreu), para
analisar como o rim chegou no paciente (quais alterações o rim já tinha). Necessidade da
hemodiálise para a recuperação da NTA. Praticamente não existe quando é com doador
vivo (sala ao lado, pequeno tempo de transporte = menor tempo de isquemia).
Nefrotoxidade por medicamentos (inclusive a medicação usada para que não ocorra a
rejeição do rim, se ocorrer nefrotoxidade deve-se diminuir a quantidade da medicação)
Histopatologico no acompanhamento pós transplante
Classificação de Banff (classificação apenas para transplante – linguagem universal)
OBS: é praticamente impossível ter dois transplantes, pois após o primeiro é produzido
muitos anticorpos contra os antígenos recebidos e a rejeição no segundo transplante é
muito maior.
Rejeição mediada por células T (rejeição é celular): grau I, II, III (leve, moderada e
acentuada, respectivamente)
Rejeição crônica ativada mediada por anticorpos (não passa pela fase aguda)
Atrofia tubular e fibrose intersticial de origem indeterminada: graus 1,2,3
Outros diagnósticos por biópsia de enxerto renal não relacionados com a rejeição.
REJEIÇÃO AGUDA
Relativamente frequente. Pode acontecer no início do transplante ou até meses ou anos
depois.
Mais nos primeiros 10 dias após o transplante
Às vezes, de forma abrupta (paciente estava muito bem e de repente desencadeia)
Ocorre após interrupção dos imunossupressores (mesmo depois de anos de uso do
imunossupressor) Por conta própria ou por falta de medicamentos (é uma medicação que
não pode ser comprada por fora, é gratuita e fornecida pelo Estado e tem que ser usada a
vida inteira).
Tanto resposta celular – composta por linfócitos T (precoce), como humoral (vascular ou
tardia)
Ou seja, o rim vai vir com os CD3 do doador (antígeno), são apresentados pelas células
dendríticas, por exemplo, e, posteriormente, o corpo vai produzir citotoxicidade (CD8) ou
inflamação (CD3). Por isso, é necessário lavar o rim ao máximo para tentar tirar o máximo de
CD3 do doador que está no rim.
Rejeição celular aguda: migração de mononucleares (linfócitos T CD3) para os túbulos
(tubulite), intima dos vasos (endarterite), capilar glomerular (glomerulite), capilares
peritubulares (pericapilarite) e interstício. Ou seja, essas células do órgão que foi doado
vão ser atacadas pelos linfócitos TCD3 e esses vasos vão estar infiltrados por linfócitos.
Rejeição celular crônica: ja vai ter ruptura da lâmina elástica interna das artérias
interlobulares e arqueadas, fibrose da íntima, infiltrado mononuclear, proliferação de
miofibroblasto e formação de neointima. A parede do vaso fica espessada, diminui a luz do
vaso, o sangue não vai passar e vai ter isquemia daquele rim.
2. Observações gerais
Prognóstico melhora com os imunossupressores (poucos casos de rejeição)
Imunossupressor: Ciclosporina (diminui a rejeição porém causa nefrotoxidade. A clinica da
rejeição é igual a da nefrotoxidade, e é através da biópsia que é feita a diferenciação para
tratar o paciente)
Paciente supera a rejeição celular, mas pode desenvolver a rejeição humoral (por
anticorpos dos linfócitos B)
REJEIÇÃO MEDIADA POR ANTICORPOS LINFÓCITOS B – HUMORAL
Fração C4d do complemento sendo
corada na parede dos glomérulos.
Significa que está ocorrendo rejeição
humoral.
1. Clinicamente
Clinicamente igual a rejeição celular (aumenta a creatinina, oligúria...)
Declínio da função do transplante, imediato e persistente
Imunossupressão + corticoide + drogas inibidoras da agregação plaquetárias (hoje com
esse tratamento o prognóstico melhorou notavelmente)
Obs: sinal de bom prognóstico é quando ocorre a saída de urina pelo ureter, até mesmo
durante a cirurgia.
REJEIÇÃO CRÔNICA
Surge de forma insidiosa (mas também pode ser bem rápida).
Lento declínio da função renal. Para saber a causa é necessário fazer biópsia.
Após cerca de 6 meses
Sequela de surtos de rejeição aguda ou tratamento imunossupressor insuficiente,
geralmente sem manifestação clínica. Ou o paciente não teve a fase aguda e já iniciou o
quadro com a cronicidade.
Patogênese não esclarecida
Vai ocorrer fibrose de todas as estruturas. Nessa fase não adianta mais fazer
imunossupressão.
Na rejeição pode ocorrer:
Lesões glomerulares (glomerulopatia do transplante), imunocomplexo circulante ou in situ
constituídos de antígenos HLA e do endotélio do enxerto com anticorpos do receptor
(espessamento da MB e duplo contorno, expansão segmentar e focal do mesângio)
Lesões arteriais: espessamento concêntrico da íntima (células miointimais, musculares
lisas e matriz), gradualmente substituído por colágeno, ruptura da camada elástica e
hipotrofia da camada média (é irreversível)
Lesões tubulares: hipotrofia progressiva e espessamento da membrana basal tubular
Lesões do interstício: fibrose, infiltrado linfoplasmocitário com eosinófilos
Obs: professora não deu muita ênfase pra todas essas alterações. Falou bastante na fibrose e
na irreversibilidade do quadro.
Nas imagens
podemos observar
fibrose no glomérulo,
túbulo e vaso (parede
com membrana basal
bem espessada), o
que indica rejeição
crônica.
1. Clinicamente (Rejeição Crônica)
Proteinúria (por vezes maciça e com síndrome nefrótica – fibrose na MB)
Hematúria microscópica
Hipertensão arterial
Função renal pode manter-se inalterada por longo tempo, elevação progressiva dos níveis
de creatinina
OBS: Dependendo do grau é melhor indicar a retirada do rim, pois quanto mais tempo ficar, mais
anticorpos vai gerar contra o próprio rim, sendo assim, teria que manter o paciente com
imunossupressor.
REJEIÇÃO HIPERAGUDA
Hoje é rara. Ocorre imediatamente após o enxerto. Ocorre uma destruição instantânea do
endotélio renal. Enquanto o rim é implantado ele já vai ficando roxo, edemaciado e flácido.
Doador previamente sensibilizados (transfusões de sangue. Gestações, transplantes
prévios, imunizações), ampla faixa de antígenos.
OBS: Ou seja, ou o receptor tem muito anticorpo ou o doador é muito sensibilizado (cheio de
antígeno).
Receptor com grande número de anticorpos IgM citotóxicos pré-formados reagem com
os antígenos HLA (antígeno leucocitário humano) da membrana das células endoteliais
do transplante
Rápida formação de imunocomplexos e ativação do complemento nos vasos do orgão
transplantado
o Microtrombos (capilares glomerulares e peritubulares), vasoconstrição, queda
acentuada do fluxo sanguíneo
Obs: professora nem falou ou leu esses últimos dois tópicos.
1. Macroscopia
10 a 20 minutos após:
Superfície com áreas arroxeadas
Edemaciado, flácido e cianótico
Facilmente reconhecido pelo cirurgião (faz necrose isquêmica).
2. Microscopia
Necrose fibrinóide na parede arterial
Infartos
Necrose cortical (mais ou menos extensa)
Irreversível
Evolução mais lenta (horas ou 1 a 2 dias), dependente do número de anticorpos citotóxicos
circulantes
PROFESSORA NÃO DEU, NEM TINHA NOS SLIDES, MAS TINHA NO RESUMO
ANTERIOR
GLOMERULOPATIA RECORRENTE
Aparecimento no enxerto da mesma patologia existente no rim primitivo do receptor
5-20% dos transplantes (mais no doador vivo, com elevado grau histocompatibilidade,
grande quantidade de antígenos semelhantes)
Mais comum: GESF, Glomerulopatia Membranosa, Glomerulopatia Membranoproliferativa
(I e II), Nefropatia por IgA, glomerulopatia anti-MBG, e as formas secundárias (raramente).
Diferenciado através da biópsia. Mas a clínica o paciente ou vai perder proteína ou
hemácia.
Fístulas urinárias
Obstrução Ureterais
Refluxo Vesicoureteral
Hematúria
Litíase
Infecção Urinaria
OBS: Não esquecer das tromboses como complicações, por isso a importância de administrar
antiplaquetários. Na trombose arterial o rim fica pálido, pois o sangue não chega. Na trombose
venosa, o rim fica escurecido.