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C
Como é que a matéria chega às células?
é té i h à él l ?
No sistema de transporte das plantas, os materiais
circulam da raiz até às folhas, garantindo a
elaboração de compostos orgânicos que
posteriormente são distribuídos por todas as
células da planta.
Evolução das plantas
O sucesso evolutivo
l i d plantas
das l d
deve‐se à sua
adaptação ao meio terrestre, através de mudanças
estruturais verificando‐se,
estruturais, verificando se ao longo do tempo,
tempo um
aumento de complexidade e, consequentemente,
de diversidade.
diversidade Efectivamente,
Efectivamente enquanto num
meio aquático os organismos fotossintéticos
encontram dissolvidos na água,
encontram, água todos os materiais
de que necessitam para a fotossíntese, no meio
terrestre,, a acessibilidade à água
g torna‐se crítica,,
sendo necessário criar sistemas de transporte
específicos.
As plantas evoluíram a partir de ancestrais aquáticos,
provavelmente algas verdes multicelulares. Destes
ancestrais
i emergiram
i d i grupos distintos
dois di i d plantas:
de l
Um grupo ancestral de plantas não vasculares constituído
por organismos
i pouco diferenciados
dif i d que não
ã apresentam,
em regra, tecidos condutores;
Um grupo de plantas vasculares sem semente que
apresentam tecidos condutores.
Numa segunda fase da evolução surgiram as plantas
vasculares com sementes e ainda mais tarde
apareceram as plantas vasculares com flor.
flor
As plantas
A l vasculares
l d
desenvolveram
l não
ã sóó um
sistema radicular que lhes permite absorver do
exterior água e sais minerais,
minerais mas também um sistema
condutor formado por dois tipos de vasos ‐ o xilema,
que transporta
q p essencialmente água
g e sais minerais da
raiz para toda a planta e o floema, que transporta
água, compostos orgânicos e sais minerais da folha
para toda
d a planta.
l
O movimento de água e solutos no interior da planta
através destes tecidos condutores denomina‐se
é d id d d i
translocação.
translocação
Onde se localizam os sistemas de
transporte das plantas?
Resolva o Doc. 1 das páginas 90 e 91 do manual
Sugestão de resposta ao Doc. 1
Tecidos condutores: xilema e floema
Câmara estomática
Célula da epiderme
Câmara estomática
Absorção de água e de solutos pelas plantas
Exsudação Gutação
Na realidade, a pressão de raiz, ou pressão
radicular, é um fenómeno causado pela contínua e
activa acumulação de iões nas células da raiz, que
aumenta a concentração de soluto, o que tem
como consequência o movimento da água por
osmose do solo para o interior da planta.
A acumulação de água nos tecidos provoca uma
pressão radicular que força a água a subir no
xilema.
EEsta teoria
i apresenta, no entanto, alguns
l aspectos que
não consegue explicar:
A pressão radicular medida em várias plantas não é
suficientemente grande para elevar a água até ao ponto
mais alto de uma árvore grande.
A maioria das plantas não apresenta gutação nem
exsudação.
As plantas das zonas temperadas não apresentam
exsudação nos planos de corte, efectuando até, por vezes,
absorção de água.
Existem determinadas coníferas que possuem uma pressão
radicular nula.
Hipótese da tensão
tensão-adesão-coesão
adesão coesão
Sugestão de resposta ao Doc. 2
A energia solar é, de uma forma geral, a principal
responsável pela ocorrência de transpiração foliar.
De facto, o aumento da temperatura devido à
incidência de radiação leva à evaporação de água
das folhas através dos estomas.
A transpiração cria um défice de água originando
uma pressão negativa nas folhas a que se dá o
nome de tensão.
O défice de água provoca um aumento da
concentração de soluto aumentando a pressão
osmótica. Assim, as células do mesófilo ficam
hipertónicas em relação ao xilema e por isso, novas
moléculas de água passam do tecido vascular para
essas células.
Devido
D id à polaridade
l id d que apresentam, as moléculas
lé l ded
água tendem a ligar‐se umas às outras por ligações de
hidrogénio Estas forças de coesão permitem que as
hidrogénio.
moléculas de água se mantenham unidas umas às
outras,, formando uma coluna contínua.
As moléculas de água têm também grande
capacidade de adesão a outras substâncias e
provavelmente aderem às paredes celulares do
xilema.
Assim, o movimento de moléculas de água no
mesófilo faz mover toda a coluna hídrica e quanto
mais rápida for a transpiração ao nível das folhas
mais rápida se torna a ascensão da água.
Há assim um fluxo passivo da água das áreas de
potencial de água mais elevado para áreas de
potencial de água mais baixo.
Esta ascensão cria um défice de água no xilema da
raiz fazendo com que a água passe do parênquima
cortical para o xilema o que determina a absorção.
É devido a forças de tensão‐coesão‐adesão que se
estabelece e chamada corrente de transpiração.
Neste sistema a coluna de água tem de se manter
contínua.
O movimento brusco das plantas em dias de ventania
pode levar
e a à interrupção
te upção dessa co coluna,
u a, ficando
ca do
interpostas bolhas de ar. Quando tal acontece, ou se
estabelece novamente a continuidade ou o vaso
xilémico deixa de ser funcional.
Controlo da transpiração
A difusão
dif ã ded CO2 para dentro
d d folhas
das f lh (para
( que
possa ocorrer fotossíntese) e a difusão de vapor de
água para fora das folhas (processo da
transpiração) é controlada através de estruturas
que se localizam na epiderme da folha e que se
denominam estomas. Estoma aberto
Estoma fechado
O funcionamento dos estomas ainda não é bem
conhecido mas pensa‐se que o seu fecho e abertura
estão
ã relacionados
l i d com o estado d ded plasmólise
l óli ou ded
turgescência das células‐guarda, respectivamente.
As células‐guarda dos estomas são estruturalmente
diferentes das restantes células epidérmicas: possuem
cloroplastos e as suas paredes celulares não
apresentam sempre a mesma espessura: são mais
espessas junto
j d ostíolo
do í l e menos espessas junto
j d
das
células de companhia.
As zonas mais finas das paredes celulares das
células‐guarda possuem maior elasticidade o que
lhes permite reagir de forma diferente à pressão
de turgescência e, assim, abrir ou fechar o estoma.
Quando
Q d entra água
á nas células‐guarda,
él l d verifica‐se
ifi um
aumento do seu volume; a sua pressão de turgescência
aumenta e as células ficam túrgidas.
túrgidas
A sua parede celular junto às células de companhia
onde é menos espessa e por isso mais elástica
distende‐se mais do que a parede junto ao ostíolo,
pelo q
p que o estoma abre.
abre
Quando as células‐guarda perdem água,
água verifica‐
se uma diminuição do seu volume, a sua pressão
de turgescência diminui e as células ficam
plasmolisadas.
As células‐guarda regressam à sua forma original
aproximando‐se,
aproximando se, e o estoma fecha
fecha.
Transporte no floema
Como vimos,
C i o movimento
i t
xilémico garante o transporte de
água e sais minerais até às
f
folhas, para aíí se produzirem
substâncias orgânicas, pelo
processo fotossintético.
p
No entanto, como a fotossíntese
não ocorre em todas as células,
as substâncias produzidas nas
folhas têm que ser
transportadas para as restantes
células
él l d planta.
da l t Através
At é de d
experiências, concluiu‐se que
este transporte é efectuado pelo
floema.
Como é transportada a seiva floémica?
Q l a sua constituição??
Qual
Sugestão de resposta ao Doc. 3
Experiência de Marcello Malpighi
Malpighi retirou um anel à volta de uma árvore e reparou que com o passar do
t
tempo ela
l continuava
ti viva,
i mas pareceu uma tumescência
t ê i imediatamente
i di t t acima
i
do corte. Passadas algumas semanas a árvore morreu.
A planta
l continuou
i a absorver
b á
água e a transportá‐
á
la para as folhas onde foi utilizada na fotossíntese.
Os compostos orgânicos produzidos, seriam
transportados para a raiz mas a falta do floema
i
impediu
di essa deslocação,
d l ã l
levando
d à sua
acumulação no bordo superior da zona de corte.
C l ã
Conclusão:
A ausência de floema impediu que os compostos
orgânicos
â i f
fossem conduzidos
d id até té à raiz,
i tendo
t d ficado
fi d
acumulados na zona do corte
corte..
Experiências com afídios
Os estudos iniciais sobre a
constituição da seiva floémica
foram realizados com a ajuda de
pequenos afídios (pulgões), já que
as células vivas do floema são
extremamente frágeis, podendo
ser afectadas pela introdução de
instrumentos exteriores.
Quando um afídio está a absorver o conteúdo do
floema, é possível cortar‐lhe o estilete, de modo a
observar‐se a seiva floémica que este exsudou,
durante vários dias, através desse estilete. Esta
experiência possibilitou o conhecimento directo
seiva floémica.
A análise
áli desta
d seiva
i revelou
l que é
uma solução de concentração
relativamente elevada.
elevada
Cerca de 10% a 30% do seu conteúdo
é constituído por açúcar, sendo na
maior parte a sacarose o único
açúcar presente. Possui ainda outras
substâncias, como nucleótidos,
aminoácidos,
i á id iõ
iões orgânicos
â i e
hormonas.
Quando um afídio atinge o floema a pressão da
seiva floémica força o fluido a sair da planta,
entrando no tubo digestivo do animal. Por vezes, a
pressão é tão elevada que o fluido sai pela
extremidade do tubo digestivo, o que evidencia a
existência de uma pressão de turgescência no
interior do floema.
Hipótese do fluxo de massa
EEsta hipótese,
hi ó também
bé conhecida
h id por fluxo
fl d
de
pressão ou teoria de Münch, é uma das mais
aceites relativamente ao transporte floémico.
floémico Esta
hipótese admite que o movimento da seiva
elaborada ocorre graças a um gradiente nas
concentrações de sacarose. Este gradiente é
estabelecido entre uma fonte (região da planta
onde a sacarose entra no floema) e o local de
consumo ((região
g da p
planta onde a sacarose sai do
floema).
Que mecanismos estão envolvidos no transporte
d seiva floémica?
da fl ?
Sugestão de resposta ao Doc. 4
A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é
convertida em sacarose.
A sacarose passa por transporte activo para o
floema.
O aumento da concentração da sacarose no floema
faz com que a pressão osmótica aumente
relativamente às células envolventes.
O aumento da pressão osmótica no floema faz com
que a água se movimente das células envolventes
para o floema, aumentando a sua pressão de
turgescência.
O aumento da turgescência faz com que o
conteúdo dos tubos crivosos atravesse as placas
crivosas e passe para os elementos seguintes dos
tubos crivosos.
Há assim um movimento das
regiões de alta pressão osmótica
para as regiões de baixa pressão
osmótica.
Chegando ao local onde o alimento é utilizado ou
armazenado, a sacarose sai do floema por
transporte activo.
Nos órgãos de consumo ou de reserva, a sacarose
é convertida em glicose.
À medida que a sacarose sai dos tubos crivosos, a
pressão osmótica diminui e a água sai por osmose
para as células que os rodeiam.