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PROCESSO Nº 0029625-29.2011.8.19.0054
O Ilustre perito foi designado pelo Nobre Julgador para realizar perícia a fim constatar a
incapacidade laborativa da Autora.
Sendo assim, merece guarida a presente Impugnação, porquanto o laudo apresentado em nada
esclarece sobre a doença e a incapacidade da Autora.
É certo que o julgador não está adstrito à conclusão contida no laudo pericial, mas a simples
leitura do mesmo demonstra que a r. Perito não buscou comprovar a existência ou não da incapacidade
laborativa do Autor, somente limitando-se a responder negativamente os quesitos apresentados.
Ora, os atestados médicos apresentados são suficientes para afastar a conclusão equivocada
do laudo pericial, porquanto a doença da Autora lhe causa sim incapacidade laborativa, preenchendo
todos os requisitos que autorizam a concessão do benefício requerido, porquanto não possui mais
condições de exercer seu labor.
Nesse sentido é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul:
Ademais, ressalta-se que, conforme relatado em exordial, apesar da Autora estar sob tratamento
tal tratamento não debela as crises do mesmo, motivo pelo qual a Autora não possui condições de
laborar, sendo este o motivo intrínseco pelo qual deverá ser afastada a conclusão pericial do r. Perito.
Outrossim, necessário ser aplicado ao presente caso o princípio in dubio pro misero, que
determina a interpretação do conjunto fático-probatório de forma mais favorável ao segurado.
Tal princípio possui aplicação em diversos precedentes recentes no TJ/RJ, sendo que fora
utilizado em casos análogos ao do Autor, devendo igualmente ser utilizado no caso em concreto, a fim
de garantir a defesa dos direitos do demandante.
Nesse sentido: