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LISTA DOS FILMES DO CIRCUITO LUÍS ORLANDO

1- ABRIGO NUCLEAR- FICÇÃO CIENTÍFICA- CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS-


DURAÇÃO: 1H25MIN
Sinopse: é um filme brasileiro de ficção científica de 1981, produzido,
dirigido, editado e protagonizado por Roberto Pires [1]. Produzido na
Bahia, com locações no areal de Jauá, o filme foi restaurado em 2015 [2].
Sobre a produção foi realizado o documentário "Bahia-SciFi" (2015) de
Petrus Pires.
No futuro, com a superfície da terra devastada pela radiação atômica, os
sobreviventes da humanidade se protegem em instalações subterrâneas
mantidas com energia de usinas nucleares. Os habitantes são controlados
com mão-de-ferro pela autoritária comandante Avo, que esconde de todos
que um dia os humanos habitaram a superfície. O misterioso "Professor"
(identidade da operadora Lix) tem um projeto secreto de trocar a energia
atômica por energia solar, ideia que é combatida pela Comandante Avo.
Quando o operador Lat, aliado do Professor, descobre que os depósitos de
lixo atômico na superfície se mostram saturados e ameaçam explodir,
destruindo as instalações subterrâneas, ele decide que é hora de
convencer os outros a mudar a situação e para isso ele busca provas de
que a humanidade já habitou a superfície.
2- A NOITE ESCURA DA ALMA- CLASSIFICAÇÃO- 14 ANOS
Sinopse: Documentário experimental sobre o período da ditadura civil e
militar ocorrida no estado da Bahia, com entrevistas realizadas no Forte do
Barbalho, maior centro de tortura local, através de uma linguagem
performática para contar toda a história.
A Noite Escura da Alma é um documentário poético de Henrique
Dantas que, literalmente, joga luz na questão da ditadura militar no Brasil.
Partindo de silhuetas escuras dos entrevistados, como Juca Ferreira e Lúcia
Murat, o diretor começa aos poucos a iluminar seus rostos, sincronizar o
som de suas imagens com seus discursos e colocar em foco o passado
sombrio de repressão e violação dos direitos humanos. O primeiro mérito
do filme é provar que ainda estamos distantes de esgotar o tema ou a
forma relacionada a este período histórico brasileiro. Começando com
uma narração em primeira pessoa, o cineasta mostra como sua vida foi
impactada pelos sombrios anos 1960-70, ilustrando os depoimentos de
tortura com encenações de dança e artes plásticas. Enquanto o retrato dos
entrevistados, com suas vozes fora de sincronia, gera interessante efeito
de distanciamento.
O primeiro mérito do filme é provar que ainda estamos distantes de
esgotar o tema ou a forma relacionada a este período histórico brasileiro.
Começando com uma narração em primeira pessoa, o cineasta mostra
como sua vida foi impactada pelos sombrios anos 1960-70, ilustrando os
depoimentos de tortura com encenações de dança e artes plásticas.
Enquanto o retrato dos entrevistados, com suas vozes fora de sincronia,
gera interessante efeito de distanciamento, as performances fornecem
elementos poéticos destinados a representar a força dos episódios
narrados.
3- A COLEÇÃO INVISÍVEL- CLASSIFICAÇÃO- 14 ANOS – LONGA METRAGEM
Sinopse: O drama da família de Beto (Wladimir Brichta), que é dona de
uma tradicional loja de antiguidades em que está passando por uma crise
financeira. Para tentar solucionar este problema ele se lança numa viagem
até a cidade de Itajuípe, interior da Bahia, atrás de uma coleção raríssima
de gravuras que foi adquirida há 30 anos por um antigo cliente, o
colecionador Samir (Walmor Chagas). Entretanto, logo ao chegar Beto
enfrenta uma forte resistência da esposa dele e de sua filha Saada (Ludmila
Rosa).
A Coleção Invisível entrou para a história por um motivo que nada tem a
ver com suas qualidades e defeitos. Trata-se do último trabalho em cinema
do ator Walmor Chagas, que cometeu suicídio em 18 de janeiro de 2013,
meses antes de seu lançamento comercial. Seja por reverência à grandeza
de seu trabalho ou até por uma certa curiosidade mórbida, é impossível
negar que este fato aumentou a curiosidade em torno do filme de estreia
do diretor Bernard Attal. Diante de tamanha expectativa, fato é que A
Coleção Invisível é um filme correto, com problemas mas também com
algumas características que o tornam bem interessante. A história na
verdade é protagonizada por Vladimir Brichta, cujo personagem parte para
o interior da Bahia em busca de um colecionador que, décadas atrás,
comprou algumas gravuras preciosas de seu pai, um vendedor de
antiguidades destes que rodava várias cidades do país.
4- A FÓRMULA- FICÇÃO- CLASSIFICAÇÃO- 14 ANOS- CURTA METRAGEM
Sinopse: Sinopse: O renomado roteirista Ebert Lemos vai ao talk show
"Programa da Noite". Durante a entrevista, ele fala sobre seu novo projeto
que é escrito, produzido e exibido ao mesmo momento. Seu filme chama-
se "A fórmula".
Premiações: Troféu Tatu de Prata “Prêmio Revelação” na 38ª Jornada
Internacional de Cinema da Bahia em 2011; Melhor Roteiro, Melhor
Direção e Melhor Vídeo Universitário no 3º Festival Manuel Padeiro de
Cinema e Animação.
Elenco: Caco Monteiro, Ciro Sales, Luisa Proserpio, Carlos Betão, Vladimir
Brichta, Ramon Vane, Valderez Teixeira, Eva Lima, Gil Vicente Tavares,
Alessandra Barreto, Mither Amorim, Victor Aziz e Jefinho.
Roteiro, Direção e Montagem: Henrique Filho.
Duração- 26 minutos.

5- ÂNCORA DO MARUJO- DOCUMENTÁRIO, DIVERSIDADE SEXUAL E


MUSICAL- LONGA METRAGEM- DURAÇÃO: 1H12MIN. CLASSIF. LIVRE
Sinopse: Fernando prepara a festa em homenagem ao Marujo - entidade
mensageira das águas que dá nome ao seu bar. Estamos no Âncora do
Marujo, o último reduto de transformistas de Salvador, Bahia. Em meio ao
cotidiano do centro da cidade, conhecemos os artistas que lá se
apresentam, suas personagens e suas histórias. No Âncora do Marujo a
arte mostra seu poder transformador e homens comuns encontram um
lugar onde podem sonhar.
Âncora do Marujo parte à investigação dos personagens que possibilitam
o sucesso do bar, principalmente os transformistas. Vemos um deles
comprando acessórios para os números seguintes, outro, já aposentado,
expondo opiniões a respeito da verdadeira essência da atividade,
enquanto flerta com um amigo recém-chegado, entre demais fragmentos
de cotidiano que nos ajudam a entender um pouco melhor a mística do
Âncora. A intenção de focar-se nas pessoas é bem-vinda, mas Nascimento,
às vezes, se distancia demasiado do local, fixando o olhar em
singularidades interessantes, sem dúvida, mas que ensaiam eclipsar a
importância do endereço propriamente dito, que reúne diariamente
intérpretes e público cativo. A geografia é pouco explorada, sendo restrita,
no mais das vezes, a palco e bastidores.
Certos momentos são curiosos e reveladores. O rapaz que durante o dia
trabalha numa padaria, escondendo da mãe a orientação sexual e a
atividade noturna na casa de shows, menciona sua porção mulher na
terceira pessoa. É como se houvesse, de fato, uma dupla personalidade.
Semelhante nesse sentido é o depoimento posterior de um transformista
das antigas que, além de crítico das apresentações, cita seu lado feminino
como outrem, aliás, completamente diferente dele próprio, inclusive no
que tange à exigência com a imagem refletida no espelho. Em Âncora do
Marujo, também conhecemos a garçonete que costura os figurinos
iluminados posteriormente pelos holofotes, peça imprescindível da
intimidade carinhosamente traçada na tela. O diretor assume a posição de
observador, uma presença sem muita pretensão de interferir.

6- A DOCE FLAUTA DE LIBERDADE- FICÇÃO- CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS


DURAÇÃO: 1H11MIN
Sinopse: O filme retrata uma revolução de costumes em uma cidadezinha
chamada Liberdade, onde os cinemas recebem filmes com cenas consideradas
impróprias pelos mais conservadores. O projecionista, então, começa a fazer
sua própria censura das obras, cortando cenas de sexo e tudo mais que julga
inadequado.
Em meio a isso, também vamos observando o que os habitantes da cidade
absorvem antropofagicamente de filmes de Scorsese, Hitchcock, entre outros. A
Doce Flauta é cheio de referências a esses clássicos e os próprios realizadores
aparecem em cena vestidos como personagens famosos – Neri, por exemplo,
virou o protagonista de Taxi Driver. “A gente se transvestiu e se misturou com a
população, ou seja, a gente transformou esses personagens em uma experiência
de mistura dentro de Ituaçu, a cidade em que a gente filmou”, conta o diretor.
Essas referências também estão no filme em forma de música. A propósito,
originalmente, o filme teria uma trilha sonora composta especialmente para ele,
mas não foi assim que aconteceu: Neri acabou tendo que atuar como “DJ”,
simplesmente escolhendo músicas que seriam tocadas durante a projeção. Não
sobrou tempo para construir a trilha, já que houve problemas de cronograma e
de repasse de verba.
De qualquer forma, era importante poder contar com algumas músicas pré-
existentes que estariam ligadas à linha narrativa e eram necessárias para
transportar o espectador para determinadas realidades que fazem parte da
história, criando uma memória afetiva. São músicas protegidas por direitos
autorais, mas que Neri sentiu que eram essenciais em um filme que fala sobre
filmes.
7- AJAN DO RAPPER “ A VIDA É UM FILME”- DOCUMENTÁRIO- DRAMA-
CLASSIFICAÇÃO- 12 ANOS- CURTA METRAGEM
Sinopse: Finalizar o filme documentário que narra a trajetória do músico
Alan do Rap, jovem de periferia especializado em invasão de palcos para
apresentações das suas composições artísticas. Um material de acervo
captado pelo cineasta Diego Lisboa durante o período de 2003 a 2012,
encerrado pela morte de Alan durante última greve da polícia militar. Esse
material contém diferentes momentos da vida de Alan que vão desde os
tempos gloriosos nos grandes palcos até o período da sua prisão e morte.
Durante os anos de 2006 até 2016, os cineastas Daniel Lisboa e Diego
Lisboa, registraram o cotidiano de Alan do Rap, um rapper baiano,
descendente de índios, morados da periferia, que para divulgar suas
músicas invadia palcos de bandas famosas que se apresentavam na capital
baiana. Racionais Mc, Alpha Blond, Planet Hemp, Diamba, todos tiveram
seus microfones tomados pelo talento e carisma de Alan que sabia como
ninguém empolga o público com suas letras e rimas. Vivendo na extrema
miséria, sem apoio para levar em frente o seu sonho musical, Alan acabou
se envolvendo com o crime. Participou de um sequestro que o colocou
durante anos atrás das grades. Após pagar sua pena, voltou as ruas e
passou a viver como catador de papelão. Continuo lutando pelo seu
projeto musical, que por vez ou outra tinha algum destaque, mas
vulnerável, acabou assassinado por policiais na Chacina da Jorge Amado no
dia 2 de fevereiro durante a festa de Iemanjá. No filme, um documentário
de longa-metragem, tentamos mostra através do exemplo de Alan, o
destino de muitos jovens negros de periferia, que tem os seus sonhos
roubados por um sistema opressor e racista. O filme é um poderoso objeto
para análise da nossa sociedade que se diz civilizada e progressista, mas
continua convivendo e tolerando os mais absurdos acontecimentos. Alan
foi contemplado no edital de finalização do Governo da Bahia no ano de
2014.
8- CINEMA NO INTERIOR (UM SIMPLES OLHAR, CAMINHO DE PEDRA, A
LENDA DO PAI INÁCIO OU KOKUMO, LADRÕES EM CENA E ESMERALDA)
COLETÂNEA DE FILMES DO PROJETO CINEMA NO INTERIOR- ETAPA BAHIA-
CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS- SELEÇÃO DE CURTA METRAGENS
Sinopse: faz parte do acervo de filmes do projeto Cinema no Interior, etapa
Bahia e retrata o cotidiano e as tradições culturais do interior baiano.

9- CUICA DE SANTO AMARO- DOCUMENTÁRIO BIOGRÁFICO-


CLASSIFICAÇÃO- LIVRE- DURAÇÃO: 75 MIN
Sinopse: O documentário ‘Cuíca de Santo Amaro – Ele, o Tal’ é um dentre
os sete principais concorrentes do ‘É Tudo Verdade’, maior festival
dedicado à cultura do gênero na América Latina, que acontece entre 22 de
março e 1° de abril em São Paulo.
O filme é fruto de seis anos de pesquisa do jornalista Josias Pires e do
historiador Joel Almeida, cineastas baianos e admiradores de José Gomes
o tal ‘cuíca de Santo Amaro’, personagem-inspiração da história.
A primeira exibição de 'Cuíca de Santo Amaro - Ele, o Tal' será no 'É Tudo
Verdade'. "É muito gratificante passar por essa peneira, mostra que a
gente conseguiu comunicar. Quando estamos imersos na produção não
sabemos como o filme será recebido. Mas ter entrado no festival já é
importante e causa curiosidade", aponta Josias Pires. A produção negocia
com distribuidoras para que o documentário possa entrar em cartaz nos
circuitos de cinema.
O"Cuíca"
Morador do bairro Baixa de Quintas, em Salvador, no começo do século
20, e frequentador assíduo das cidades do Recôncavo, reza a lenda que
José Gomes se autonomeou o ‘Cuíca de Santo Amaro’ depois que uma
senhora santo-amarense, que já havia perdido um filho, resolveu adotá-lo,
pelo menos nos fins de semanas. “Ele circulava muito pelo recôncavo e
pelo interior da Bahia. Santo Amaro da Purificação era uma cidade muito
relevante e era o local do samba, da vadiação. Todo fim de semana ele ia
para Santo Amaro. E o ‘cuíca’ é porque ele tirava o som da cuíca no violão”,
explica o documentarista Josias Pires.
10- COLETÂNEA- (AQUI, NO MÉDIO RIO DE CONTAS, JEQUIRIÇA, O RIO
POETA E VOZES DO BAIXO SUL)- DOCUMENTÁRIOS- CLASIFICAÇÃO-12
ANOS- DURAÇÃO 26 MINUTOS CADA.
Sinopses:
- Aqui, no Médio Rio de Contas- MÉDIO RIO DE CONTAS - TERRITÓRIO 22.
Na beira do Rio de Contas, um velho tropeiro acampa para o pernoite e
acolhe um jovem mochileiro que faz uma excursão pelas trilhas da região.
No diálogo do passado com o presente revelam-se histórias, causos e
mistérios do território do Médio Rio de Contas, no estado da Bahia.
- Jequiriçá, o Rio Poeta- VALE DO JIQUIRIÇÁ- TERRITÓRIO 09.
O rio Jiquiriçá ganha corpo e voz tornando-se o narrador da história, na
forma humana do Poeta-Rio. Na sua trajetória da nascente até a foz
conhecemos aspectos da natureza, economia e cultura das diversas
comunidades urbanas e rurais que habitam o seu entorno, denunciando a
degradação ambiental do Vale do Jiquiriçá, na Bahia.
- Vozes do Baixo Sul- BAIXO SUL- TERRITÓRIO 06.
Uma personagem enigmática emerge do mar e passeia pelo território do
Baixo Sul revelando as belezas, falares, saberes, cantos e contos de uma
das mais belas e tradicionais regiões do estado da Bahia.

11- FILMA ROBATTO- COLETÂNEA DE CURTAS COMPOSTA 10 FILMES


CLASSIFICAÇÃO: LIVRE.
Sinopses:
1- Entre o mar e o tendal (1952), Duração: 22 min-
Um dos seus trabalhos mais conhecidos e reconhecido, documenta o
trabalho dos pescadores em Itapuã, de olho na passagem do xaréu, um
tipo de peixe com uma rotina conhecida na migração marítima. O curta
mostra e narra todo o processo desde a confecção do tendal,
colocação no mar, e arraste da rede.

O que chama a atenção é a qualidade da fotografia, não apenas bela,


mas bem colocada, registrando o processo como um todo, mas
também os detalhes das expressões dos pescadores, dos ajudantes e
das mulheres que observam.
2- Xaréu (1954)- Duração: 9 min Uma versão reduzida e mais artística de
“Entre o mar e o tendal”. Sem a narração constante explicando tudo,
aqui temos uma música que dita o ritmo e as imagens que nos
mostram a pescaria. Este se concentra mais na pesca em si, enquanto
que o anterior mostra muito da preparação e até da primeira tentativa
frustrada.

3- Vadiação (1954)- Duração: 8 minutos


Considerado por muitos como o mais importante registro da Capoeira.
Vadiação é, inclusive, uma espécie de "codinome" para disfarçar a
verdadeira intenção do treino e da luta. Construído em um estúdio,
com direto a cenários e figurinos cuidadosamente compostos,
acompanhamos uma roda de capoeira. Bastante dinâmico, com
diversos planos mostrando os movimentos e golpes.
Os quatro próximos documentários, são registros históricos com
menos criatividade artística, que os outros dois, são obras
encomendadas. Ainda assim, ele demonstra um cuidado na imagem
que nos guia no tema.
4- Desfile dos quatro séculos (1949)- Duração: 9 minutos
O mais simples de todos, mostra um desfile que aconteceu nas ruas de
Salvador em comemoração aos quatro séculos de fundação da cidade.
A câmera fica boa parte do tempo em um único local, com pouca
variação de planos, apenas registrando a passagem dos artistas.
Apenas no final, vemos a plateia, por exemplo, e o desfile de outro
ângulo.
5- O regresso de Marta Rocha (1955)- Duração: 8 minutos
Outro registro histórico, porém, mais elaborado. Aqui vemos o retorno
da miss Marta Rocha após sua excursão internacional. O documentário
é patrocinado pela Fratelli Vita e temos uma inserção quase forçada da
curiosidade de Marta por belos cristais feitos na terra, seguidos de
uma visita da miss à fábrica da Fratelli Vita de refrigerantes e de
cristais. Ainda assim, é interessante ver um registro tão bem filmado
da época.
6- Um Milhão de KVA (1949)- Duração: 13 minutos
Aqui é uma encomenda das hidrelétricas do estado, mostrando o
processo de construção da barragem de Paulo Afonso. Como curiosidade,
podemos ver imagens da cachoeira antes da obra, realmente uma bela
força da natureza. Sensível, Alexandre Robatto ocupa boa parte do início
para registrar essas imagens da água descendo solta, com força total. Já
que aquilo não mais existiria após a obra.
7- A Marcha das boiadas (1949)- Duração: 11 minutos
Este foi para a pecuária nordestina, mostrando a rotina do gado no
sertão, do vaqueiro e sua função importante na economia nordestina. Ele
que seria descrito em diversos livros, conforme a própria narração do
curta explicita. Uma composição interessante de imagens e registro.
8- Ginkana em Salvador (1952)- Duração: 7 minutos
E por último, um registro curioso da época. Uma gincana em pleno
bairro de Ondina, onde os participantes iam de carro parando de
ponto em ponto para cumprir as tarefas mais estranhas, como acertar
um quebra pote, morder uma maçã pendurada ou beber um café e
dançar uma música. O evento era promovido pelo Automóvel Clube do
Brasil.
Além de um filme dirigido por seu filho, Silvo Robatto, que foi montado
e produzido por Alexandre.
9- Igreja (1960)- Duração: 8 minutos
O curta não é um documentário, mas uma ficcionalização interessante
de uma moça que vai em uma excursão conhecer uma Igreja de
Salvador, acaba se perdendo e ficando presa em uma sala com imagens
católicas e profanas, onde tudo se torna assustador. Uma experiência
visual interessante.

12- GRÃOS DE ARROZ- DRAMA FICÇÃO- CLASSIFICAÇÃO: LIVRE


DURAÇÃO: 15MIN
Sinopse: Meados dos anos 60, num povoado castigado pela seca, Manu
(Vinícius de Oliveira), jovem tímido e sonhador conta através das suas memórias
um episódio intrigante e emocionante da vida de seu pai Messias
(Agnaldo Lopes), homem de fé e coragem que busca com muita luta manter o
sustento da sua família. Messias é atormentado por constantes sonhos,
alimentado por esses sinais faz uma promessa e passa a depositar fé no
improvável, acompanhando o sofrimento da sua família, se veem juntos à
espera de um milagre.
Uma intensa história de amor, fé e esperança, que prende nossa atenção e nos
faz repensar o que consideramos impossível.
Grãos de arroz" é um Curta-Metragem com roteiro de Linda Araújo dirigido por
Son Araújo com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de
Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. Produzido por
Criar Cinema e Opa Filmes rodado na zona rural de Ibotirama Oeste da
Bahia. Coprodução com MC Produções e As Marias Propaganda.
Uma emocionante história de amor e fé de um homem que esteve aberto para
a direção e condução proporcionada por Deus para aqueles que buscam. Retrata
a realidade de muitos brasileiros, especialmente os Nordestinos que contam
com a intervenção do altíssimo como indispensável para a colheita do que se
semeia, seja no campo material ou emocional. O filme também enseja a reflexão
sobre o respeito, o amor e a valorização da família.

13- 1798, REVOLTA DOS BÚZIOS- DOCUMENTÁRIO DRAMA-


CLASSIFICAÇÃO- 16 ANOS- DURAÇÃO: 1H10MIN
Sinopse: Dirigido pelo cineasta baiano Antônio Olavo, o documentário
1798 REVOLTA DOS BÚZIOS conta a história de um dos mais importantes
acontecimentos da história do Brasil. O longa-metragem, produzido pela
PORTFOLIUM Laboratório de Imagens, estreia nesta segunda (13). O
lançamento será às 20h, na Sala Walter da Silveira (Biblioteca Central do
Estado da Bahia – Barris), com entrada franca (limitada a lotação da sala).
O filme registra um movimento conspiratório ocorrido na Bahia em 1798,
protagonizado por dezenas de homens negros que planejaram um Levante
com o objetivo de derrubar o governo colonial, proclamar a independência
e implantar uma República democrática, livre da escravidão. Esse episódio
cruzou a linha do tempo e recebeu diversas denominações, entre elas
Revolta dos Búzios, Revolução dos Alfaiates e Conjuração Baiana.
Este ano de 2018, celebra-se os 220 anos da eclosão do movimento, que foi
deflagrado no amanhecer de um domingo, 12 de agosto de 1798, quando
surgiram afixados em pontos de grande movimentação da cidade, papéis
manuscritos que em nome do “Poderoso e Magnífico Povo Bahiense
Republicano”, chamavam o povo para fazer uma revolução, onde haveria
igualdade entre os homens pretos, pardos e brancos, salários dignos para
os soldados e comércio livre entre as nações.
A Revolta dos Búzios é um movimento de importância fundamental para a
história política do país, visto que já em 1798, em pleno regime colonial, os
conspiradores baianos levantaram as bandeiras da Independência, que só
viria em 1822; do fim da escravidão, conquistada somente em 1888; e da
República, proclamada tardiamente em 1889. O movimento foi
denunciado e o governo instalou uma Devassa que durante 15 meses
convulsionou a cena política regional, atingindo centenas de pessoas
com ameaças, interrogatórios, detenções, condenações de açoites
públicos, prisões, degredo perpétuo, e até a pena de morte, sentença
máxima que se abateu sobre quatro homens negros: os soldados Luiz
Gonzaga e Lucas Dantas, e os alfaiates João de Deus e Manoel Faustino,
enforcados e esquartejados em 8 de novembro de 1799 na Praça da
Piedade, em Salvador.
Para Olavo“ no Brasil atual, onde a população afrodescendente é
majoritária, não é mais possível continuar desconhecendo movimentos
sociais protagonizados pelo povo negro, que teve grande importância na
formação histórica e política do país. É neste sentido que a realização deste
filme contribui para preencher uma lacuna na história da Bahia e do Brasil,
que necessitam de iniciativas como esta, fundamentais para a afirmação e
consolidação da autoestima e identidade étnica de seu povo. Queremos
com isto, contribuir com o resgate da memória de um episódio que marcou
profundamente a vida do povo baiano durante décadas, posto que essa
grandiosa conspiração republicana, mobilizadora de tantas emoções e
sentimentos, regionais e nacionais, ainda hoje, passados 220 anos de sua
eclosão, permanece ignorada pela historiografia tradicional”.
14- REVOADA- DRAMA, AVENTURA- CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS
DURAÇÃO: 1H20MIN.
Sinopse: Um grupo de cangaceiros, composto por duas mulheres e oito
homens, sente a morte de Lampião. Os cangaceiros ficam desnorteados e
não sabem como agir e nem como lidar com a situação. Estão num impasse
entre se entregar ou buscar vingança. A polícia e a angústia os persegue
pelo interior do Nordeste.
Lampião, o Rei do Cangaço, foi morto na noite de 28 de julho de 1938. Seu
bando remanescente tinha oito homens e duas mulheres, que se
revoltaram diante da emboscada desleal a seu chefe. Esse bando trazia
consigo muito dinheiro e outro. Perseguido pela polícia o grupo debanda,
vivendo uma série de conflitos internos. A fuga, através das pedras, é
caracterizada pela tensão, amizade, resistência, violência, sonhos, amor e
medo da morte. Eles viveram o crepúsculo C.
15- PAU BRASIL- COMPORTAMENTO HUMANO, DRAMA-
CLASSIFICAÇÃO:16 ANOS (CENA DE SEXO NUDEZ, LINGUAGEM OBSENA E
VIOLÊNCIA)- DURAÇÃO: 1H38MIN.
Sinopse: Este é um filme que necessita de dedicação e paciência do espectador.
Em tempos imediatistas, que todo mundo quer respostas instantâneas,
fáceis, Pau Brasil é um filme atípico. O primeiro longa-metragem de Fernando
Belens estabelece um diálogo franco com o público, mas não entrega seu enredo
de mão beijada. O diretor e também roteirista pede dedicação, um esforço, e se
o espectador estiver disposto pode até desfrutar de algumas reflexões
propostas.
Pau Brasil, a comunidade fictícia onde o filme é ambientado, é um microcosmo
de nossa sociedade. Um lugarejo perdido num rincão qualquer do país onde a
visão comumente romântica relacionada ao interior não encontra respaldo. A
miséria humana (não só a material), a inveja, o preconceito e a intolerância
permeiam as relações de gente pobre, pessoas que geralmente não são
protagonistas de filmes sobre tais complexidades existenciais.
Ponto para Fernando Belens, que conta a história de duas famílias pobres
vivendo um conflito aberto e sofrendo com os revezes de suas decisões. Numa
delas, um homem (Bertrand Duarte) mora com a mulher (Fernanda Paquelet) e
a deixa amar qualquer um que chegue à sua porta, principalmente
caminhoneiros. Ela não recebe nenhum dinheiro pelos encontros amorosos, os
faz por prazer. E seu marido, um marceneiro local, não se importa. A cobrança
vem dos vizinhos, que se mostram indignados com a situação.
Como Joaquim (Oswaldo Mil), morador da casa em frente. Casado com uma
mulher apática e pai de duas filhas adolescentes submetidas a um regime
castrador e violento, ele vive a gritar impropérios da varanda de seu casebre
sobre a promiscuidade existente na casa vizinha. Mas lá as coisas correm
harmoniosas enquanto em seu lar tem de lidar não só com a pobreza material
extrema, mas com a rebeldia da filha Dora, que deseja viver sua vida longe da
opressão paterna.
Como estes existem vários outros personagens interessantes, promissores, mas
pouco explorados e desenvolvidos. O problema de Pau Brasil é que os temas (e
eles são muitos) se sobrepõem aos protagonistas. Fernando Belens quis tratar
de vários assuntos pertinentes, que lhe são caros, mas estes estão desde o
começo do filme acima de Berico, Níves, Tinário, Dora, Leandra e todos os outros
moradores do local.
Eles não são vetores da mensagem, mas coadjuvantes dela. O olhar de Belens
na descrição dessas pessoas é diferente, interessante, mas fica difícil não se
frustrar ao perceber que o argumento fica sempre à frente de quem está ali para
desenvolvê-lo. A impressão que fica é que o diretor se importa muito com a
matéria de seu filme, mas quase nada com seus personagens. Uma incorreção
que mantém o espectador sempre à margem dessas existências.

16- O HOMEM QUE NÃO DORMIA- DRAMA- CLASSIFICAÇÃO: 18 ANOS


(MASTURBAÇÃO, NUDEZ, VIOLÊNCIA E LINGUAGEM OBSENA-
DURAÇÃO:1H38MIN
Sinopse: Numa mesma noite, cinco pessoas de uma cidadezinha do interior
são acometidas por um mesmo pesadelo envolvendo um homem sinistro e um
tesouro enterrado. Com a chegada de um misterioso peregrino, o vilarejo é
arrebatado da rotina medíocre e os personagens são lançados num vórtice de
acontecimentos insólitos. Será assim que cada um terá sua verdade trazida à luz
e se libertará do jugo perverso das hipocrisias, medos e doenças, assumindo as
rédeas de seus destinos e reescrevendo suas vidas.
O filme conta com inúmeras cenas de sexo e nudez completa, sendo algumas
delas importantes para a história e outras que estão ali só para polemizar, como
a que mostra dois homens masturbando um ao outro. Tal sequência não envolve
nenhum personagem importante e não possui nada que a precede ou que a
segue em termos de narrativa. Ou seja, está ali apenas para chocar.
17- O CINEMA FOI A FEIRA- DOCUMENTÁRIO- CLASSIFICAÇÃO: 12 ANOS
DURAÇÃO: 1H15MIN
Sinopse: Documentário dirigido por Paulo Hermida e produzido pela Iglu
Filmes que retrata os bastidores do longa "A Grande Feira" de 1961
dirigido por Roberto Pires.
Roberto Pires é um dos pioneiros e principais nomes do movimento
cinematográfico brasileiro dos anos 1950 e 60. Em 40 anos de carreira, foi
responsável por mais de dez títulos, incluindo Redenção (1959), primeiro
longa-metragem feito na Bahia. Outro grande destaque de sua obra é A
Grande Feira (1961), que foi fundamental para o surgimento do Cinema
Novo, gênero que revolucionou a sétima arte do país. O documentário
assinado por Paulo Hermida caminha pela história da produção e revisita
a carreira do cineasta. Selecionado para a Mostra Especial 50 anos em 5
dias do Festival de Brasília em 2017, a película traz os depoimentos de
Helena Ignez, Antônio Pitanga, Braga Neto, Rex Schindler, Sante
Scaldaferri e Walter Webb.
O roteiro apresenta o olhar de integrantes da obra original e da Iglu Filmes,
produtora criada em 1958 por Roberto Pires e Braga Neto. O registro
explora o toque de cinema popular, característico do diretor, conhecido
por utilizar o entorno como participante, e faz parte de um trabalho de
resgate de sua memória. Paulo Hermida aborda ainda algumas questões
curiosas, como o início conturbado na relação com Glauber Rocha e a
utilização do Teatro Castro Alves (BA) como cenário do filme,
procedimento possível graças à capacidade inventiva do cineasta em
transformar espaços.

18- MUROS(2015)- SEXUALIDADE- CALSSIFICAÇÃO:16 ANOS-


DURAÇÃO:14MIN- CURTA-METRAGEM
Sinopse: Protesto e atração cruzam o caminho de July e Catarina que se
envolvem num conturbado romance.

19- SÍSIFO DO VALE (2015)- DOCUMENTÁRIO – CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS


DURAÇÃO: 25 MIN- CURTA-METRAGEM.
Sinopse: Paulo tem 52 anos. Fez do cume da Cachoeira da Fumaça, situada
na Chapada Diamantina/Bahia, no Vale do Capão, o seu ponto diário de
trabalho. Com 340 metros de altura e extensão de 6 km, o percurso é
realizado em duas horas e meia de caminhada devido aos 30 quilos da
mercadoria. A realidade de Paulo nos remete a Sísifo, personagem de um
mito grego descrito num clássico de Albert Camus. Sísifo foi condenado
pelos deuses a empurrar incessantemente uma pedra até o alto de uma
montanha e de lá vê-la escorregar de novo à base para novamente iniciar
sua saga, num ir e vir sem fim. Tal como na filosofia, queremos refletir
sobre o absurdo e o mágico do cotidiano.

20- SUSPIROS DE UM TROVADOR (2016) - DOCUMENTÁRIO BIOGRÁFICO


DO POETA, TROVADOR E CORDELISTA, RODOLFO COELHO CAVALCANTE-
DURAÇÃO: 1H20MIN- CLASSIFICAÇÃO- NÃO ESPECIFICADA.
Sinopse: A vida e obra do cordelista alagoano Rodolfo Coelho Cavalcante,
que escreveu importantes páginas de sua história aqui em Feira de
Santana, está sendo sintetizada com a produção do longa-metragem
“Suspiros de um trovador”, apresentado no Mercado de Arte Popular
(MAP) na noite da última sexta-feira (26/05/2017). A produção do vídeo
é do diretor e roteirista Marcelo Rabelo, que com apoio do filho do
homenageado, Isaias Cavalcante, seguiu as pegadas de um dos mais
importantes ícones da literatura de cordel com a produção do
documentário.
A produção tem cerca de 70 minutos de duração e sintetiza toda a
produção do cordelista Rodolfo Coelho, que se vivo estivesse estaria
completando seu centenário. Em sua trajetória, escreveu ou editou mais
de 1.500 títulos de cordel, além de ser conhecido como trovador e pelos
seus sonetos.
Rodolfo Coelho é reconhecido pelas suas obras com a medalha de
Machado de Assis, uma das maiores láureas da literatura brasileira. E ele
é o criador do Clube Baiano de Trovadores e da Ordem Brasileira dos
Poetas da Literatura de Cordel.
Filho de Rodolfo, Isaias Cavalcante seguiu as pegadas do pai também na
produção literária de cordel e adotou o nome dado pelo pai de Ismoca,
abreviatura das iniciais de seu nome.
O cordelista é notável pela produção de folhetos de literaturas de cordel
como “ABC dos namorados, do amor, do beijo, da dança”, “História de
um príncipe formoso”, “O mundo vai se acabar” e, dentre muitos outros,
“A chegada de Lampião no céu”. Aliás, as histórias de Lampião foram seu
grande mote para produção literária de cordel.

FONTES: Sites especializados em cinema:


https://palcoteatrocinema.com.br/tag/cinema-nacional/
http://www.adorocinema.com/
https://filmow.com/
http://revistamoventes.com
http://revistacinetica.com.br/nova/
http://www.planetatela.com.br/

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