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GE Energy Connections

Grid Solutions

MiCOM P40 Agile


P14D

Manual Técnico
IED de Gestão do Alimentador

Versão da Plataforma de Hardware: A


Versão da Plataforma de Software: 57
Referência de Publicação: P14D-TM-PT-7
Conteúdo

Capítulo 1 Introdução 1
1 Visão geral do capítulo 3
2 Prefácio 4
2.1 Público-alvo 4
2.2 Convenções tipográficas 4
2.3 Nomenclatura 5
2.4 Conformidade 5
3 Escopo do produto 6
3.1 Opções de pedido 6
4 Recursos e funções 7
4.1 Funções de proteção 7
4.2 Funções de controle 8
4.3 Funções de medição 8
4.4 Funções de comunicação 9
5 Diagramas lógicos 10
6 Visão geral de funções 12

Capítulo 2 Informações de segurança 13


1 Visão geral do capítulo 15
2 Saúde e segurança 16
3 Símbolos 17
4 Instalação, Comissionamentoe manutenção 18
4.1 Perigos de elevação 18
4.2 Riscos elétricos 18
4.3 Requisitos UL/CSA/CUL 19
4.4 Requisitos referentes a fusíveis 19
4.5 Conexões do equipamento 20
4.6 Requisitos dos equipamentos de proteção de Classe 1 21
4.7 Lista de verificação de pré-energização 21
4.8 Circuito periférico 22
4.9 Modernização/Manutenção 22
5 Retirada de serviço e descarte 23
6 Conformidade com padrões 24
6.1 Conformidade EMC: 2004/108/EC 24
6.2 Segurança de produto: 2006/95/EC 24
6.3 Conformidade R&TTE 24
6.4 Conformidade UL/CUL 24
6.5 Conformidade com a diretriz ATEX 24

Capítulo 3 Projeto de hardware 27


1 Visão geral do capítulo 29
2 Arquitetura de hardware 30
2.1 Memória e relógio de tempo real 30
3 Construção mecânica 32
3.1 Variações da caixa 32
3.2 Painel traseiro 20TE 33
3.3 Painel traseiro 30TE 33
4 Conexões dos terminais 36
4.1 Opções de E/S 36
4.2 Configuração de hardware 1 do P14D 36
4.2.1 Bloco de terminais esquerdo 36
Conteúdo P14D

4.2.2 Bloco de terminais direito 37


4.3 Configuração de hardware 2 do P14D 38
4.3.1 Bloco de terminais esquerdo 38
4.3.2 Bloco de terminais direito 38
4.3.3 Conectividade Ethernet 39
4.4 Configuração de hardware 3 do P14D 40
4.4.1 Bloco de terminais esquerdo 40
4.4.2 Bloco de terminais direito 40
4.4.3 Bloco de terminais central 41
4.5 Configuração de hardware 4 do P14D 42
4.5.1 Bloco de terminais esquerdo 42
4.5.2 Bloco de terminais direito 42
4.5.3 Bloco de terminais central 43
4.6 Configuração de hardware 5 do P14D 44
4.6.1 Bloco de terminais esquerdo 44
4.6.2 Bloco de terminais direito 44
4.6.3 Bloco de terminais central 45
4.7 Configuração de hardware 6 do P14D 46
4.7.1 Bloco de terminais esquerdo 46
4.7.2 Bloco de terminais direito 46
4.8 Configuração de hardware 7 do P14D 47
4.8.1 Bloco de terminais esquerdo 47
4.8.2 Bloco de terminais direito 48
4.8.3 Conectividade Ethernet 48
4.9 Configuração de hardware 8 do P14D 49
4.9.1 Bloco de terminais esquerdo 49
4.9.2 Bloco de terminais direito 49
4.9.3 Bloco de terminais central 50
5 Painel frontal 51
5.1 Painel frontal do 20TE 51
5.2 Painel frontal do 30TE 52
5.3 Teclado 52
5.4 Mostrador de cristal líquido 53
5.5 Porta USB 53
5.6 LEDs de função fixa 54
5.7 Teclas de função 54
5.8 LEDs programáveis 54

Capítulo 4 Design do software 55


1 Visão geral do capítulo 57
2 Visão geral do software 58
3 Software de nível de sistema 59
3.1 Sistema operacional de tempo real 59
3.2 Software de serviços do sistema 59
3.3 Software de auto-diagnóstico 59
3.4 Autoteste na inicialização 59
3.4.1 Boot do sistema 59
3.4.2 Inicialização do software de nível do sistema 59
3.4.3 Monitoramento e inicialização do software da plataforma. 60
3.5 Autoteste contínuo 60
4 Software da plataforma 61
4.1 Armazenamento de registros 61
4.2 Banco de dados de configurações 61
4.3 Interfaces 61
5 Funções de controle e proteção 62
5.1 Aquisição de amostras 62
5.2 Rastreamento de frequência 62

ii P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

5.3 Processamento Fourier de sinais 62


5.4 Lógica de Esquema Programável 63
5.5 Registro de eventos 64
5.6 Registrador de distúrbios 64
5.7 LOCALIZ.FALHA 64
5.8 Interface das teclas de função 65

Capítulo 5 Configuração 67
1 Visão geral do capítulo 69
2 Software aplicativo de configuração 70
3 Uso do painel IHM 71
3.1 Navegação pelo painel da IHM 72
3.2 Primeiros Passos 72
3.3 Tela pre. Def. 73
3.4 Navegação na tela inicial 74
3.5 Entrada de senha 76
3.6 Processamento de alarmes e registros 76
3.7 Estrutura do menu 77
3.8 Alteração das configurações 78
3.9 Acesso direto (O menu de Hotkeys) 79
3.9.1 Seleção de grupo de configuração 79
3.9.2 Entradas de controle 80
3.9.3 Controle do Disjuntor 80
3.10 Teclas de função 81
4 Configuração de data e hora 83
4.1 Compensação de fuso horário 83
4.2 Compensação de horário de verão 83
5 Seleção de grupo de configurações 85

Capítulo 6 Funções de Proteção de Corrente 87


1 Visão Geral do Capítulo 89
2 Princípios de Proteção de Sobrecorrente 90
2.1 Característica IDMT 90
2.1.1 Curvas IDMT IEC60255 91
2.1.2 Normas Europeias 92
2.1.3 Normas Norte-americanas 94
2.1.4 Diferenças entre as Normas Norte-americanas e Europeias 94
2.1.5 Curvas programáveis 95
2.2 Princípios de Implementação 95
2.2.1 Função Parar Temporizador 96
3 Proteção de sobrecorrente de fase 97
3.1 Implementação de Proteção de Sobrecorrente de Fase 97
3.2 Lógica de Sobrecorrente Não Direcional 98
3.3 Elemento direcional 99
3.3.1 Polarização Síncrona 101
3.3.2 Lógica de sobrecorrente direcional 102
3.4 Configurações de sobrecorrente de fase do modelo H 102
3.5 Notas de Aplicação 103
3.5.1 Alimentadores Paralelos 103
3.5.2 Configurações de Rede em Anel 104
3.5.3 Diretrizes de configuração 105
3.5.4 Diretrizes de Configuração (Elemento Direcional) 105
4 Elemento de Sobrecorrente Dependente de Tensão 107
4.1 Implementação de Proteção de Sobrecorrente Dependente de Tensão 107
4.1.1 Proteção de Sobrecorrente Controlada por Tensão 108

P14D-TM-PT-7 iii
Conteúdo P14D

4.1.2 Proteção de Sobrecorrente Restrita pela Tensão 108


4.2 Lógica de Sobrecorrente Dependente de Tensão 109
4.3 Notas de Aplicação 110
4.3.1 Diretrizes de configuração 110
5 Seleção de Limiar de Parâmetro de Corrente 111
6 Proteção de sobrecorrente de sequência negativa 112
6.1 Implementação da Proteção de Sobrecorrente de Sequência Negativa 112
6.2 Lógica de Sobrecorrente de Sequência Negativa Não Direcional 113
6.3 Elemento Direcional 113
6.3.1 Lógica de Sobrecorrente de Sequência Negativa Direcional 114
6.4 Notas de Aplicação 114
6.4.1 Diretrizes de Configuração (Limiar de Corrente) 114
6.4.2 Diretrizes de Configuração (Atraso) 115
6.4.3 Diretrizes de Configuração (Elemento Direcional) 115
7 Proteção de Defeito à Terra 116
7.1 Elementos de Proteção de Defeito à Terra 116
7.2 Lógica de Defeito à Terra Não Direcional 117
7.3 Curva IDG 117
7.4 Elemento Direcional 118
7.4.1 Polarização de tensão residual 119
7.4.2 Polarização de sequência negativa 121
7.5 Notas de Aplicação 122
7.5.1 Diretrizes de Configuração (Elemento Direcional) 122
7.5.2 Sistemas Aterrados por Bobina de Peterson 122
7.5.3 Diretrizes de Configuração (Redes compensadas) 125
8 Proteção de defeito à terra sensitiva 127
8.1 Implementação da Proteção SEF 127
8.2 Lógica de SEF Não Direcional 128
8.3 Curva EPATR B 128
8.4 Elemento Direcional 129
8.4.1 Característica Wattimétrica 130
8.4.2 Característica Icos phi / Isen phi 131
8.4.3 Lógica SEF direcional 133
8.5 Notas de Aplicação 134
8.5.1 Sistemas Isolados 134
8.5.2 Diretrizes de Configuração (Sistemas Isolados) 135
9 Arrq Carga Frio 137
9.1 Implementação 137
9.2 Lógica de CLP 138
9.3 Notas de Aplicação 138
9.3.1 CLP para Cargas Resistivas 138
9.3.2 CLP para Alimentadores de Motores 138
9.3.3 CLP para condições de Fecho sob Defeito 139
10 Lógica de Sobrecorrente Seletiva 140
10.1 Implementação de Lógica Seletiva 140
10.2 Diagrama Lógico de Sobrecorrente Seletiva 140
11 Seleção do Parâmetro do Temporizador 142
12 Proteção de Sobrecarga Térmica 143
12.1 Característica de constante de tempo única 143
12.2 Característica de Constante de Tempo Dupla 143
12.3 Implementação da Proteção de Sobrecarga Térmica 144
12.4 Lógica de Proteção de Sobrecarga Térmica 144
12.5 Notas de Aplicação 145
12.5.1 Diretrizes de Configuração para Característica de Constante de Tempo Dupla 145
12.5.2 Diretrizes de Configuração para Característica de Constante de Tempo Simples 146
13 Proteção de condutor quebrado 147
13.1 Implementação da Proteção de Condutor Quebrado 147

iv P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

13.2 Lógica da Proteção de Condutor Quebrado 147


13.3 Notas de Aplicação 147
13.3.1 Diretrizes de configuração 147
14 Proteção de Bloqueio de Sobrecorrente 149
14.1 Implementação de Bloqueio de Sobrecorrente 149
14.2 Lógica de bloqueio de sobrecorrente 149
14.3 Lógica de Defeito à Terra Bloqueada 149
14.4 Notas de Aplicação 150
14.4.1 Esquema de Bloqueio do Barramento 150
15 Bloqueio por segunda harmónica 152
15.1 Implementação do Bloqueio de Segunda Harmónica 152
15.2 Lógica de Bloqueio de Segunda Harmónica 154
15.3 Notas de Aplicação 154
15.3.1 Diretrizes de configuração 154
16 Blindagem de carga 155
16.1 Implementação de Blindagem de Carga 155
16.2 Lógica de Blindagem de Carga 156
17 Proteção de admitância de neutro 159
17.1 Operação de admitância do neutro 159
17.2 Operação de condutância 160
17.3 Operação de susceptância 160
18 Detecção de Defeito de Alta Impedância 162
18.1 Implementação da Proteção de Defeito de Alta Impedância 162
18.1.1 Análise Fundamental 162
18.1.2 Análise das Componentes Harmónicas 163
18.1.3 Análise Direcional 164
18.1.4 Resumo 164
18.2 Lógica da Proteção de Defeito de Alta Impedância 165

Capítulo 7 Proteção de falha à terra restrita 167


1 Visão geral do capítulo 169
2 Princípios de proteção REF 170
2.1 Enrolamentos estrela aterrados por resistência 171
2.2 Enrolamentos estrela solidamente aterrados 171
2.3 Estabilidade sob falha externa 172
2.4 Tipos de falha à terra restrita 172
2.4.1 Princípio da REF de baixa impedância. 173
2.4.2 Princípio REF de alta impedância 174
3 Implantação da proteção de falha à terra restrita 177
3.1 Implementação de Proteção de Defeito à Terra Restrita 177
3.2 REF de baixa impedância 177
3.2.1 Configuração da característica de polarização 177
3.2.2 Polarização atrasada 178
3.2.3 Bias Transitorio 178
3.3 REF de alta impedância 179
3.3.1 Princípios de cálculo de REF de alta impedância 179
4 Notas de uso 180
4.1 Resistência de enrolamento estrela aterrada 180
4.2 Aplicação de proteção REF de baixa impedância 181
4.2.1 Diretrizes de Configuração para Operação Diferencial Polarizada 181
4.2.2 Proteção Diferencial Polarizada 182
4.2.3 Cálculo dos parâmetros 182
4.3 Aplicação de proteção REF de alta impedância 183
4.3.1 Modos de operação REF de alta impedância 183
4.3.2 Orientações de configuração para operação de alta impedância 184

P14D-TM-PT-7 v
Conteúdo P14D

Capítulo 8 Proteção de falha de disjuntor 189


1 Visão geral do capítulo 191
2 Proteção de Falha de Disjuntor 192
3 Implementação de Proteção de Falha de Disjuntor 193
3.1 Temporizadores de falha de disjuntor 193
3.2 Detecção de cruzamento em zero 193
4 Lógica de Proteção de Falha de Disjuntor 195
5 Subcorrente e lógica ZCD na falha de disjuntor 197
6 Lógica de Proteção SEF de Falha de Disjuntor 198
7 Lógica da Função de Proteção de Falha de Disjuntor Por Ausência de Corrente 199
8 Mapeamento do Disjuntor 200
9 Notas de uso 201
9.1 Mecanismos de Reset para Temporizadores de Falha Disj. 201
9.2 Diretrizes de Configuração (Temporizador de Falha Disj.) 201
9.3 Diretrizes de configuração (Subcorrente) 201

Capítulo 9 Requisitos do transformador de corrente 203


1 Visão geral do capítulo 205
2 Requisitos do TC 206
2.1 Proteção de sobrecorrente e de defeito à terra 206
2.1.1 Elementos direcionais 207
2.1.2 Elementos não direcionais 207
2.2 Proteção de falha à terra 207
2.2.1 Elementos direcionais 207
2.2.2 Elementos não direcionais 207
2.3 Proteção SEF (Conectado Residualmente) 208
2.3.1 Elementos direcionais 208
2.3.2 Elementos não direcionais 208
2.4 Proteção SEF (TC de núcleo balanceado) 209
2.4.1 Elementos direcionais 209
2.4.2 Elementos não direcionais 209
2.5 Proteção REF de Baixa Impedância 210
2.6 Proteção REF de Alta Impedância 210
2.7 Proteção de barramento de alta impedância 210
2.8 Uso de resistores Metrosil não lineares 211
2.9 Uso de TIs ANSI classe C 213

Capítulo 10 Funções de Proteção de Tensão e Frequência 215


1 Visão Geral do Capítulo 217
2 Proteção de subtensão 218
2.1 Implementação da Proteção de Subtensão 218
2.2 Lógica de Proteção de Subtensão 219
2.3 Nota de uso 220
2.3.1 Diretrizes para configuração de subtensão 220
3 Proteção de sobretensão 221
3.1 Implementação da Proteção de Sobretensão 221
3.2 Lógica de Proteção de Sobretensão 222
3.3 Nota de uso 223
3.3.1 Diretrizes para Configuração de Sobretensão 223
4 Taxa de Variação da Proteção de Tensão 224
4.1 Implementação da Proteção de Taxa de Variação da Tensão 224
4.2 Lógica da Taxa de Variação de Tensão 225
5 Proteção de Tensão Residual 226
5.1 Implementação da Proteção de Sobretensão Residual 226

vi P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

5.2 Lógica de Sobretensão Residual 227


5.3 Nota de uso 227
5.3.1 Cálculos para Sistemas com Aterramento Sólido 227
5.3.2 Cálculos para Sistemas com Aterramento via Impedância 228
5.3.3 Cálculos para Sistemas com Aterramento via Impedância 229
6 Proteção de Sobretensão de Sequência Negativa 230
6.1 Implementação de sobretensão de sequência negativa 230
6.2 Lógica de sobretensão de sequência negativa 230
6.3 Nota de uso 230
6.3.1 Diretrizes para Configuração 230
7 Proteção de subtensão de sequência positiva 232
7.1 Implementação da subtensão de sequência positiva 232
7.2 Lógica de subtensão de sequência positiva 232
8 Proteção de sobretensão de sequência positiva 233
8.1 Implementação de sobretensão de sequência positiva 233
8.2 Lógica de sobretensão de sequência positiva 233
9 Funções de tensão de valor média móvel 234
9.1 Lógica de subtensão de média móvel 235
9.2 Lógica de sobretensão de média móvel 236
9.3 Lógica de tensão de sequência zero de média móvel 236
9.4 Lógica de tensão de sequência positiva de média móvel 237
9.5 Lógica de tensão de sequência negativa de média móvel 237
9.6 PSL de bloqueio de tensão média 237

Capítulo 11 Funções de proteção de frequência 239


1 Visão geral do capítulo 241
2 Visão Geral da Proteção de Frequência 242
2.1 Implantação da proteção de frequência 242
3 Proteção de subfrequência 244
3.1 Implantação da proteção de subfrequência 244
3.2 Lógica da Proteção de Subfrequência 244
3.3 Nota de uso 244
3.3.1 Diretrizes para Configuração 244
4 Proteção de sobrefrequência 246
4.1 Implantação da proteção de sobrefrequência 246
4.2 Lógica da Proteção de Sobrefrequência 246
4.3 Nota de uso 246
4.3.1 Diretrizes para Configuração 246
5 Proteção R.O.C.O.F independente 248
5.1 Implantação da proteção R.O.C.O.F independente 248
5.2 Lógica da proteção R.O.C.O.F independente 249
5.3 Nota de uso 249
5.3.1 Orientações de configuração 249
6 Proteção R.O.C.O.F supervisionada em frequência 251
6.1 Implantação da frequência supervisionada R.O.C.O.F 251
6.2 Lógica frequência supervisionada R.O.C.O.F 252
6.3 Nota de uso 252
6.3.1 Exemplo de R.O.C.O.F frequência supervisionada 252
6.3.2 Orientações de configuração 253
7 Proteção de Taxa média de troca de frequência 254
7.1 Implantação da proteção R.O.C.O.F. média 254
7.2 Lógica R.O.C.O.F média 255
7.3 Nota de uso 256
7.3.1 Orientações de configuração 256
8 Redução e restauração de carga 257
8.1 Implantação da restauração de carga 257

P14D-TM-PT-7 vii
Conteúdo P14D

8.2 Faixa de retenção 257


8.3 Lógica de restauração de carga 260
8.4 Nota de uso 260
8.4.1 Orientações de configuração 260

Capítulo 12 Funções de Proteção de Potência 263


1 Visão Geral do Capítulo 265
2 Proteção de sobrepotência 266
2.1 Implementação da Proteção de Sobrecarga de Potência 266
2.2 Lógica da Sobrecarga de Potência 267
2.3 Notas de Aplicação 267
2.3.1 Diretrizes para Configuração de Sobrecarga de Potência Direta 267
2.3.2 Considerações sobre Potência Inversa 267
2.3.3 Diretrizes para Configuração de Sobrecarga de Potência Inversa 268
3 Proteção de subpotência 270
3.1 Implementação da Proteção de Potência Insuficiente 270
3.2 Lógica de Potência Insuficiente 271
3.3 Notas de Aplicação 271
3.3.1 Considerações sobre Potência Direta Baixa 271
3.3.2 Diretrizes para Configuração de Potência Direta Baixa 271
4 Proteção de Potência Sensível 273
4.1 Implementação da Proteção de Potência Sensível 273
4.2 Medições de Potência Sensível 273
4.3 Lógica de Potência Sensível 274
4.4 Notas de Aplicação 274
4.4.1 Cálculos de Potência Sensível 274
4.4.2 Diretrizes para Configuração da Potência Sensível 276
5 Proteção de falha de terra direcional wattimétrica 277
5.1 Implementação WDE 278
5.2 Lógica WDE 278

Capítulo 13 Religação auto. 281


1 Visão Geral do Capítulo 283
2 Introdução à Religação Automática trifásica 284
3 Implementação 285
4 Entradas da Função Religação Automática 286
4.1 Disj. Pronto 286
4.2 Bloqueio Relig. 286
4.3 Reset Bloqueio 286
4.4 Relig.Modo Auto 286
4.5 Religação Automática Modo Linha Viva 286
4.6 Modo Telecontrol 286
4.7 Circ Vivo/Morto OK (Circuitos Vivo/Morto OK) 286
4.8 Rel. Ver. Sist. OK (Relig Verificações do Sistema) 287
4.9 DispExt. Rel. Prot. (Disparo Externo de Proteção da Religação Automática) 287
4.10 Arr.Ext.Rel.Prot (Início Externo de Proteção da Religação Automática) 287
4.11 Relig. Completo (Religação Automática Atrasada Concluída) 287
4.12 Disj em Serviço (Disjuntor em Serviço) 287
4.13 Relig.Rearranque 287
4.14 TM OK p/Arranque (Tempo Morto OK para Arranque) 287
4.15 Tempo Morto Activo 288
4.16 TesteDispRelInic (Iniciar Teste de Disparo) 288
4.17 Omit.Ciclo1 Rel. 288
4.18 Inib.Temp.Recup. (Inibir Tempo de Recuperação) 288
5 Saídas da Função Religação Automática 289

viii P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

5.1 Relig.em Curso 289


5.2 Relig.em Curso 1 289
5.3 Sinais DDB do Estado do Contador de Sequência 289
5.4 Fecho c/Sucesso 289
5.5 Relig.em Serviço 289
5.6 Prot.Princ.Bloq. (Bloqueio da Proteção Principal) 289
5.7 Prot.SEF Bloq. (Bloqueio de Proteção SEF) 289
5.8 Verif.Religação 290
5.9 Tmp.Mort.e/Curso 290
5.10 Tmp.Mort.Complet (Tempo Morto Concluído) 290
5.11 Relig.Verif.Sist (Verificação de Sincronização da Relig) 290
5.12 Rel.Ver.Sist.OK (Relig Verificações do Sistema OK) 290
5.13 Fecho Automatico 290
5.14 Bloqueio Prot. (Bloqueio da Proteção) 290
5.15 Reset Alarm.Bloq (Alarme de Reset de Bloqueio) 290
5.16 Tmp.Rec.em/Curso 290
5.17 Tmp.Rec.Completo 291
6 Alarmes da Função de Religação Automática 292
6.1 Rel.Sis.Ver.Falh 292
6.2 Rel.Disj.Falha 292
6.3 Relig.Bloqueio 292
7 Operação da Religação Automática 293
7.1 Modos de Operação 293
7.1.1 Implementação com Chave Seletora de Quatro Posições 293
7.1.2 Lógica de Seleção do Modo de Operação 295
7.2 Iniciação da Religação Automática 295
7.2.1 Lógica do Sinal de Arranque 297
7.2.2 Lógica do sinal de disparo 297
7.2.3 Lógica de sinal de bloqueio 298
7.2.4 Lógica de Ciclos Excedidos 298
7.2.5 Lógica de Inicio Relig. 299
7.3 Bloqueando a Proteção Instantânea para Disparos Selecionados 299
7.4 Bloqueando a Proteção Instantânea para Bloqueios 301
7.5 Controlo de Tempo Morto 302
7.5.1 Controlo de Fecho do Disj da Religação Automática 303
7.6 Verificações do Sistema da Relig. Autom. 304
7.7 Inicialização do Temporizador de Recuperação 305
7.8 Inibição da Religação Automática 306
7.9 Bloqueio da Religação Automática 307
7.10 Coordenação de Sequência 309
7.11 Verificações do Sistema para Primeira Religação 310
8 Diretrizes para Configuração 311
8.1 Numero Ciclos 311
8.2 Configuração do Temporizador de Tempo Morto 311
8.2.1 Requisitos de estabilidade e sincronismo 311
8.2.2 Conveniência operacional 311
8.2.3 Requisitos para a Carga 312
8.2.4 Disjuntor 312
8.2.5 Tempo de Desionização do Defeito 312
8.2.6 Tempo de Reset da Proteção 313
8.3 Configuração do Temporizador de Recuperação 313

Capítulo 14 Monitorização e Controlo 315


1 Visão Geral do Capítulo 317
2 Registos 318
2.1 Tipos de Evento 318

P14D-TM-PT-7 ix
Conteúdo P14D

2.1.1 Eventos de entradas digitais 318


2.1.2 Eventos de Contato 318
2.1.3 Eventos de alarme 319
2.1.4 Eventos de Registo de Defeito 319
2.1.5 Eventos de Segurança 319
2.1.6 Eventos de Manutenção 320
2.1.7 Eventos de Protecção 321
2.1.8 Eventos de Plataforma 321
3 Registo de perturbação 322
4 Medições 323
4.1 Grandezas Medidas 323
4.1.1 Correntes Medidas e Calculadas 323
4.1.2 Tensões Medidas e Calculadas 323
4.1.3 Valores de potência e energia 323
4.1.4 Valores de Demanda 324
4.1.5 Medidas de frequência 324
4.1.6 Outras Medidas 324
4.2 Configuração de medição 325
4.3 Localizador de defeito 325
4.3.1 Exemplo de Parâmetros do Localizador de Defeito 325
4.4 Carimbo de Tempo Ampliado 325
5 Monitorização da Condição do Disjuntor 327
5.1 Notas de aplicação 327
5.1.1 Definindo os Limiares para a Corrente Interrompida Total 327
5.1.2 Definindo os limiares para o Número de Operações 327
5.1.3 Definindo os limiares para o Tempo de Operação 328
5.1.4 Definindo os Limiares para Frequência Excessiva de Defeito 328
6 Monitorização do Estado do Disjuntor 329
6.1 Lógica de Monitorização do Estado do Disj. 330
7 Controle do disjuntor 331
7.1 Controlo local usando o menu do IED 332
7.2 Controlo local usando as Teclas de Acesso Direto 332
7.3 Controlo local usando as teclas de função 333
7.4 Controlo Local usando Entradas Digitais 334
7.5 Controlo Remoto 334
7.6 Verificação de Sincronização 334
7.7 Verificação de Disj. Operacional 335
7.8 Lógica de Controlo do Disj. 335
8 Função Polo Morto 336
8.1 Lógica de Polo Morto 336
9 Verif.Sistema 337
9.1 Implementação de Verificações do Sistema 337
9.1.1 Conexões TP 337
9.1.2 Monitoramento de tensão 338
9.1.3 Verificação de Sincronização 338
9.1.4 Diagrama de vetores de verificação de sincronismo 338
9.1.5 Sistema Dividido 339
9.2 Lógica de Verificação do Sistema 340
9.3 PSL de Verificação do Sistema 341
9.4 Notas de aplicação 341
9.4.1 Controlo de Deslizamento 341
9.4.2 Uso de Verif Sincro 2 e Sistema Partido 342
9.4.3 Fecho Preventivo do Disjuntor 342
9.4.4 Correção de Tensão e Ângulo de Fase 342

Capítulo 15 SUPERVISÃO 345


1 Visão geral do capítulo 347

x P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

2 Monitor de alimentação CC 348


2.1 Implantação do monitor de alimentação CC 348
2.2 Lógica de monitor de alimentação CC 349
3 Supervisão do transformador de tensão 350
3.1 Perda de uma ou duas tensões de fase 350
3.2 Queda das três tensões de fase 350
3.3 Ausência de todas as fases de tensão na Energização de linha 350
3.4 Implantação TPS 351
3.5 Lógica TPS 351
3.6 Lógica de indicação de aceleração TPS 353
4 Supervisão do transformador de corrente 354
4.1 Implantação da CTS 354
4.2 Lógica CTS 354
4.3 Notas de aplicação 355
4.3.1 Orientações de configuração 355
5 Supervisão do circuito de trip 356
5.1 Esquema 1 de supervisão de circuito de desarme 356
5.1.1 Valores de resistores 356
5.1.2 Esquema 1 PSL para TCS 357
5.2 Esquema 2 de supervisão de circuito de desarme 357
5.2.1 Valores de resistores 358
5.2.2 Esquema 2 PSL para TCS 358
5.3 Esquema 3 de supervisão de circuito de desarme 359
5.3.1 Valores de resistores 359
5.3.2 Esquema 3 PSL para TCS 360
5.4 Esquema 4 de supervisão de circuito de desarme 360
5.4.1 Valores de resistores 361
5.4.2 Esquema 4 PSL para TCS 361

Capítulo 16 Configuração da PSL e E/S digitais 363


1 Visão geral do capítulo 365
2 Configuração das entradas e saídas digitais 366
3 Esquema de lógica 367
3.1 Editor PSL 368
3.2 Esquemas PSL 369
3.3 Controle de versão do esquema PSL. 369
4 Configuração de entradas opticamente isoladas 370
5 Atribuição dos relés de saída 371
6 LEDs de função fixa 372
6.1 Lógica do LED de Disparo 372
7 Configuração de LEDs programáveis 373
8 Teclas de função 375
9 Controlo Entradas 376
10 Entradas e saídas Inter-PSL. 377

Capítulo 17 Comunicação SCADA 379


1 Visão Geral do Capítulo 381
2 Interfaces de Comunicação 382
3 Comunicação serie 383
3.1 Barramento Série Universal 383
3.2 Barramento EIA(RS)485 383
3.2.1 Requisitos de Polarização da EIA(RS)485 384
3.3 K-Bus 384
4 Comunicação padrão Ethernet 386
5 Comunicação Ethernet redundante 387

P14D-TM-PT-7 xi
Conteúdo P14D

5.1 Protocolos suportados 387


5.2 Protocolo de Redundância Paralela 387
5.3 Redundância transparente de alta disponibilidade (HSR) 388
5.3.1 Topologia HSR de multidifusão (Multicast) 388
5.3.2 Topologia HSR de difusão única (Unicast) 389
5.3.3 Uso do HSR na subestação 390
5.4 Protocolo Rapid Spanning Tree 391
5.5 Configuração do endereço IP 392
6 Visão geral dos Protocolos de Dados 393
6.1 Courier 393
6.1.1 Conexão física e camada de ligação 393
6.1.2 Base de Dados do Courier 394
6.1.3 Categorias de Configurações 394
6.1.4 Trocar Configurações 394
6.1.5 Extração de Eventos 394
6.1.6 Extração do Registo de Oscilopeturbografia 396
6.1.7 Configurações de Esquema Lógico Programável 396
6.1.8 Sincronização Horária 396
6.1.9 Configuração Courier 397
6.2 IEC 60870-5-103 398
6.2.1 Conexão física e camada de ligação 399
6.2.2 Inicialização 399
6.2.3 Sincronização horária 399
6.2.4 Eventos espontâneos 399
6.2.5 Consultas gerais (GI) 399
6.2.6 Medições cíclicas 399
6.2.7 Comandos 400
6.2.8 Modo Teste 400
6.2.9 Registros de Oscilopetrografia 400
6.2.10 Bloqueio de Comando/Monitor 400
6.2.11 Configuração IEC 60870-5-103 400
6.3 DNP3.0 402
6.3.1 Conexão física e camada de ligação 402
6.3.2 Objeto 1 Entradas binárias 402
6.3.3 Objeto 10 Saídas binárias 402
6.3.4 Objeto 20 Contadores Binários 403
6.3.5 Objeto 30 Entrada Analógica 403
6.3.6 Objeto 40 Saída Analógica 404
6.3.7 Objeto 50 Sincronização Horária 404
6.3.8 Perfil do dispositivo DNP3 404
6.3.9 Configuração DNP3 412
6.3.10 Reporte DNP3 não solicitada 414
6.4 MODBUS 414
6.4.1 Conexão física e camada de ligação 414
6.4.2 Funções do MODBUS 415
6.4.3 Códigos de Resposta 415
6.4.4 Mapeamento de Registos 415
6.4.5 Extração de eventos 416
6.4.6 Extração do registo de oscilopetrografia 417
6.4.7 Trocar Configurações 425
6.4.8 Proteção por senha 425
6.4.9 Configuração de proteção e do gravador de perturbações 425
6.4.10 Sincronização horária 426
6.4.11 Formatos de dados para Medição de Potência e Energia 427
6.4.12 Configuração MODBUS 428
6.5 IEC 61850 429
6.5.1 Benefícios da IEC 61850 430
6.5.2 Interoperabilidade da IEC 61850 430
6.5.3 O modelo de dados da IEC 61850 430

xii P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

6.5.4 IEC 61850 nos IED MiCOM 431


6.5.5 Implementação do Modelo de Dados da IEC 61850 432
6.5.6 Implementação dos Serviços de Comunicação da IEC 61850 432
6.5.7 Comunicações ponto a ponto IEC 61850 (GSSE) 432
6.5.8 Mapeando mensagens GOOSE a Entradas virtuais 433
6.5.9 Funcionalidade Ethernet 433
6.5.10 Configuração IEC 61850 433
7 Modo de Leitura 435
7.1 Protocolo IEC 60870-5-103 435
7.2 Protocolo Courier 435
7.3 Protocolo IEC 61850 436
7.4 Configurações de Só Leitura 436
7.5 Sinais DDB de Só Leitura 436
8 Sincronização Horária 437
8.1 IRIG-B demodulado 437
8.1.1 Implementação de IRIG-B Demodulado 438
8.2 SNTP 438
8.3 Sincronização Horária usando os Protocolos de Comunicação 438

Capítulo 18 Segurança Cibernética 439


1 Visão geral 441
2 A necessidade de segurança cibernética 442
3 Normas 443
3.1 Conformidade NERC 443
3.1.1 CIP 002 444
3.1.2 CIP 003 444
3.1.3 CIP 004 444
3.1.4 CIP 005 444
3.1.5 CIP 006 445
3.1.6 CIP 007 445
3.1.7 CIP 008 445
3.1.8 CIP 009 445
3.2 IEEE 1686-2007 446
4 Implementação da Segurança Cibernética 447
4.1 Display compatível com NERC 447
4.2 Acesso em quatro níveis 448
4.2.1 Senhas em branco 449
4.2.2 Regras para senhas 450
4.2.3 DDBs de nível de acesso 450
4.3 Segurança de senha melhorada 450
4.3.1 Fortalecimento da senha 450
4.3.2 Validação da senha 451
4.3.3 Bloqueio de senha 451
4.4 Recuperação de senha 452
4.4.1 Recuperação de senha 452
4.4.2 Senha criptografada 453
4.5 Desactivando portas físicas 453
4.6 Desactivando portas lógicas 453
4.7 Gestão de eventos de segurança 454
4.8 Sair do sistema 456

Capítulo 19 Instalação 457


1 Visão geral do capítulo 459
2 Manuseio dos produtos 460
2.1 Recepção dos produtos 460
2.2 Desembalagem dos produtos 460

P14D-TM-PT-7 xiii
Conteúdo P14D

2.3 Armazenagem dos produtos 460


2.4 Desmontagem dos produtos 460
3 Montagem do dispositivo 461
3.1 Montagem embutida em painel 461
3.1.1 Montagem em bastidor 462
3.2 Substituição de modelos da Série K 464
3.2.1 Convenções 466
3.3 Apenas software 467
4 Cabos e conectores 468
4.1 Blocos de terminais 468
4.2 Conexões de alimentação 468
4.3 Conexão terra 469
4.4 Transformadores de corrente 469
4.5 Conexões dos transformadores de tensão 469
4.6 Conexões de watchdog 470
4.7 Conexões K-Bus e EIA(RS)485 470
4.8 Conexão IRIG-B 470
4.9 Conexões de entradas c/ isol. óptico 471
4.10 Conexões de relé de saída 471
4.11 Conexões Ethernet metálicas 471
4.12 Conexões de Ethernet por fibra 471
4.13 Conexão USB 471
5 Dimensões da caixa 472

Capítulo 20 Instruções de entrada em funcionamento 475


1 Visão geral do capítulo 477
2 Orientações gerais 478
3 Menu de testes de entrada em funcionamento 479
3.1 Célula de estado opto E/O (Estado das entradas opto-acopladas) 479
3.2 Célula de estado de relé S/O (Estado de saída de relé) 479
3.3 Célula de estado da porta de teste 479
3.4 Monitor Bit 1 para 8 células 479
3.5 Célula de modo de teste 479
3.6 Célula de padrão de teste 480
3.7 Célula de teste de contato 480
3.8 Célula de LEDs de teste 480
3.9 Célula Teste Religador 480
3.10 Células de estado de LED vermelho e verde 481
4 Entrada em funcionamento do equipamento 482
4.1 Recommended Commissioning Equipment 482
4.2 Equipamento de comissionamento essencial 482
4.3 Equipamento de teste recomendado 482
5 Verificações de produto 483
5.1 Verificações de produto com o IED desenergizado. 483
5.1.1 Inspeção visual 483
5.1.2 Isolamento 484
5.1.3 Fiação externa 484
5.1.4 Contatos watchdog 484
5.1.5 Alimentação elétrica 484
5.2 Verificações de produto com o IED energizado 485
5.2.1 Contatos watchdog 485
5.2.2 Teste do LCD 485
5.2.3 DATA E HORA 485
5.2.4 Teste LEDs 486
5.2.5 Teste de LEDs "Fora de serviço" e de alarme 486
5.2.6 Teste do LED de desarme 486

xiv P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

5.2.7 Teste de LEDs programáveis pelo usuário 486


5.2.8 Testa das entradas opto-acopladas 486
5.2.9 Test de relés de saída 487
5.2.10 Teste da porta de comunicação serial RP1 487
5.2.11 Teste da porta de comunicação serial RP2 488
5.2.12 Comunicação Ethernet de teste 488
5.2.13 Teste das entradas correntes 489
5.2.14 Entradas de tensão de teste 489
6 Verificação de configuração 491
6.1 Aplicação de configurações específicas da aplicação 491
6.1.1 Transferência de configurações a partir de um arquivo de configurações. 491
6.1.2 Introdução de valores de configuração através da IHM 491
7 Verificações de temporização de segurança 493
7.1 Verificação de sobrecorrente 493
7.2 Conexão do circuito de teste 493
7.3 Execução do teste 493
7.4 Verifique o tempo de operação 493
8 Verificações sob carga 495
8.1 Confirmação das conexões atuais 495
8.2 Confirmar conexões de tensão 495
8.3 Teste direcional sob carga 496
9 Verificações finais 497

Capítulo 21 Manutenção e resolução de problemas 499


1 Visão geral do Capitulo 501
2 Manutenção 502
2.1 Testes de Manutenção 502
2.1.1 Alarmes 502
2.1.2 Optoacopladores 502
2.1.3 Relés de saída 502
2.1.4 Precisão de Medição 502
2.2 Substituição da unidade 503
2.3 Limpeza 503
3 Solução de problemas 505
3.1 Software de auto-diagnóstico 505
3.2 Erros ao Energizar 505
3.3 Mensagem ou Código de erro ao ligar 505
3.4 LED Fora de Serviço activo na energização 506
3.5 Código de Erro durante a Operação 506
3.6 Falha de operação durante os testes 507
3.6.1 Falha dos Contactos de Saída 507
3.6.2 Falha das entradas ópticas 507
3.6.3 Sinais analógicos incorrectos 507
3.7 Solução de problemas no Editor de PSL 508
3.7.1 Recuperação de Diagrama 508
3.7.2 Verificação da Versão PSL 508
3.8 Procedimento de Reparação e Modificação 508

Capítulo 22 Especificações técnicas 511


1 Visão geral do capítulo 513
2 Interfaces 514
2.1 Porta USB frontal 514
2.2 Porta serial traseira 1 514
2.3 Porta serial traseira 2 514
2.4 Porta IRIG-B 514
2.5 Cobre da porta Ethernet traseira 515

P14D-TM-PT-7 xv
Conteúdo P14D

2.6 Porta Ethernet traseira - Fibra 515


2.6.1 Características de receptor 100 Base FX 515
2.6.2 Características do transmissor 100 Base Fx 515
3 Desempenho das funções de proteção correntes 516
3.1 Proteção de sobrecorrente trifásica 516
3.1.1 Parâmetros direcionais de sobrecorrente trifásica 516
3.2 Proteção de falha à terra 516
3.2.1 Parâmetros direcionais de falha à terra 517
3.3 Proteção de falha de terra sensível 517
3.3.1 Parâmetros direcionais SEF 517
3.4 Proteção de falha à terra restrita 518
3.5 Proteção de sobrecorrente de sequência negativa 518
3.5.1 Parâmetros direcionais NPSOC 518
3.6 Falha de disjuntor e proteção de subcorrente 519
3.7 Proteção de condutor rompido 519
3.8 Proteção de sobrecarga térmica 519
3.9 Proteção de detecção de carga a frio 519
3.10 Proteção seletiva de sobrecorrente 520
3.11 Proteção de sobrecorrente dependente de tensão 520
3.12 Proteção de admitância de neutro 520
4 Desempenho das funções de proteção de tensão 521
4.1 Proteção de subtensão 521
4.2 Proteção de sobretensão 521
4.3 Proteção de sobretensão residual 521
4.4 Proteção de tensão de sequência negativa 521
4.5 Taxa de alteração da proteção de tensão 522
5 Desempenho das funções de proteção de frequência 523
5.1 Proteção de sobrefrequência 523
5.2 Proteção de subfrequência 523
5.3 Taxa de alteração supervisionada da proteção de frequência 523
5.4 Taxa de mudança independente da proteção de frequência 524
5.5 Taxa média de mudança da frequência de proteção 524
5.6 Restauração da carga 525
6 Funções de proteção de potência 526
6.1 Proteção contra sobrepotência / subpotência 526
6.2 Proteção de potência sensível 526
6.3 Proteção de falha à terra wattimétrica 526
7 Desempenho das funções de monitoramento e controle 527
7.1 Supervisão do transformador de tensão 527
7.2 Supervisão do transformador de corrente 527
7.3 Estado do disjuntor e Monitoramento de condição 527
7.4 Temporizadores PSL 527
7.5 Verificação de sincronismo 527
7.6 Monitor de alimentação CC 527
8 Medições e registro 529
8.1 Geral 529
8.2 Registros de distúrbio 529
8.3 Registros de eventos, falhas e de manutenção 529
8.4 LOCALIZ.FALHA 529
9 Conformidade com padrões 530
9.1 Conformidade EMC: 2004/108/EC 530
9.2 Segurança de produto: 2006/95/EC 530
9.3 Conformidade R&TTE 530
9.4 Conformidade UL/CUL 530
9.5 Padrão IDMT 530
10 Especificações mecânicas 531
10.1 Parâmetros físicos 531

xvi P14D-TM-PT-7
P14D Conteúdo

10.2 Proteção do gabinete 531


10.3 Robustez mecânica 531
10.4 Desempenho da embalagem de transporte 531
11 Valores nominais 532
11.1 Entradas de medição 532
11.2 Entradas do transformador de corrente 532
11.3 Entadas do transformador de tensão 532
12 Alimentação elétrica 533
12.1 Tensão de alimentação da energia auxiliar 533
12.2 Carga nominal 533
12.3 Interrupção da alimentação de energia auxiliar 533
13 Conexões entradas / saídas 534
13.1 Entradas digitais isoladas 534
13.1.1 Detecção nominal e limiares de reset 534
13.2 Contatos de saída padrão 534
13.3 Contatos de watchdog 535
13.4 Elo de curto-circuito 535
14 Condições ambientais 536
14.1 Faixa de temperatura ambiente 536
14.2 Teste de resistência à temperatura 536
14.3 Faixa de umidade ambiente 536
14.4 Ambientes corrosivos 536
15 Testes de tipo 537
15.1 Isolamento 537
15.2 Folgas e distâncias de fuga 537
15.3 Resistência (Dielétrico) a alta tensão 537
15.4 Teste de resistência de tensão de impulso 537
16 Compatibilidade eletromagnética 539
16.1 Teste de distúrbios de pulso de alta frequência de 1 MHz 539
16.2 Teste oscilatório amortecido 539
16.3 Imunidade a descarga eletroestática 539
16.4 Requisitos de ruptura e transientes elétricos rápidos 539
16.5 Capacidade de resistência a surtos 539
16.6 Teste de imunidade de surto 540
16.7 Imunidade a energia eletromagnética irradiada 540
16.8 Imunidade irradiada pelas comunicações digitais 540
16.9 Imunidade radiada por telefones de rádio 540
16.10 Imunidade a distúrbios conduzidos, induzidos por campos de frequências de rádio 540
16.11 Imunidade de campo magnético 541
16.12 Emissões conduzidas 541
16.13 Emissões irradiadas 541
16.14 Frequência de energia 541

Apêndice A Opções de Pedido 543

Apêndice B Parametros & Sinais 545

Apêndice C Diagramas de fiação 547

P14D-TM-PT-7 xvii
Conteúdo P14D

xviii P14D-TM-PT-7
Tabela de Figuras
Figura 1: Explicação sobre os diagramas lógicos 11
Figura 2: Visão geral de funções 12
Figura 3: Visão geral do projeto de hardware 30
Figura 4: Vista explodida do IED 32
Figura 5: Painel traseiro 20TE 33
Figura 6: Painel traseiro 30TE com três blocos MIDOS 34
Figura 7: Painel traseiro 30TE com dois blocos MIDOS + comunicação 34
Figura 8: Painel traseiro de 30TE com 2 blocos MIDOS + placa cega 35
Figura 9: P14D em caixa de 20TE com opção de E/S A 36
Figura 10: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S A + comunicação Ethernet 38
Figura 11: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S B 40
Figura 12: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S C 42
Figura 13: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S D 44
Figura 14: P14D em caixa de 20TE com opção de E/S E 46
Figura 15: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S E + comunicação Ethernet 47
Figura 16: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S F 49
Figura 17: Painel frontal (20TE) 51
Figura 18: Painel frontal (30TE) 52
Figura 19: Estrutura do software 58
Figura 20: Resposta de frequência (apenas indicativa) 63
Figura 21: Navegação pela IHM 72
Figura 22: Navegação na tela inicial 75
Figura 23: Curvas IDMT IEC 60255 92
Figura 24: Princípio de Implementação das Funções de Proteção 95
Figura 25: Diagrama Lógico de Sobrecorrente Não Direcional 98
Figura 26: Ângulos de desarme direcionais 101
Figura 27: Diagrama lógico de sobrecorrente direcional (Mostrada apenas a fase A) 102
Figura 28: Sistema típico de distribuição usando transformadores paralelos 103
Figura 29: Rede em anel típica com proteção de sobrecorrente associada 104
Figura 30: Modificação do nível de aceitação da corrente para proteção de sobrecorrente 108
controlada por tensão
Figura 31: Modificação do nível de aceitação de corrente para proteção de sobrecorrente 109
restrita pela tensão
Figura 32: Lógica de sobrecorrente dependente de tensão (fase A para fase B) 109
Figura 33: Selecionando o parâmetro do limiar de corrente 111
Figura 34: Lógica de Sobrecorrente de Sequência Negativa - operação não direcional 113
Figura 35: Lógica de Sobrecorrente de Sequência Negativa - operação direcional 114
Figura 36: Lógica de EF Não Direcional (estágio único) 117
Figura 37: Característica IDG 118
Tabela de Figuras P14D

Figura 38: Ângulos direcionais 120


Figura 39: Lógica de EF direcional com polarização de tensão de neutro (estágio simples) 120
Figura 40: Ângulos direcionais 121
Figura 41: *Lógica de falha à terra direcional com polarização de sequência negativa (estágio 122
único)
Figura 42: Distribuição de corrente em sistema aterrado por Bobina de Petersen 123
Figura 43: Distribuição de correntes durante uma falha da fase C para a terra 123
Figura 44: Caso teórico - sem resistência em XL ou XC 124
Figura 45: Rede de sequência zero mostrando correntes residuais 124
Figura 46: Caso prático - com resistência em XL e XC 125
Figura 47: Lógica de SEF Não Direcional 128
Figura 48: Característica EPATR B mostrada para TMS = 1,0 129
Figura 49: Tipos de controlo direcional 130
Figura 50: Componentes resistivos de corrente residual 130
Figura 51: Característica de operação para Icos 132
Figura 52: SEF direcional com polarização VN (estágio único) 133
Figura 53: Distribuição de corrente num sistema isolado com defeito na fase C 134
Figura 54: Diagramas de fasores para o sistema isolado com defeito na fase C 135
Figura 55: Posicionamento de transformadores de corrente com núcleo balanceado 136
Figura 56: Lógica de Arranque com Carga Fria 138
Figura 57: Lógica de Sobrecorrente Seletiva 140
Figura 58: Selecionando a configuração do temporizador 142
Figura 59: Diagrama lógico da proteção de sobrecarga térmica 144
Figura 60: Característica de constante de tempo térmica dupla 145
Figura 61: Lógica de condutor quebrado 147
Figura 62: Lógica de bloqueio de sobrecorrente 149
Figura 63: Lógica de Defeito à Terra Bloqueada 150
Figura 64: Esquema simples de bloqueio de barramento 150
Figura 65: Características do esquema simples de bloqueio de barramento 151
Figura 66: Lógica de Bloqueio da 2ª Harmónica 154
Figura 67: Blindagem de carga e ângulo 155
Figura 68: Lógica de Blindagem de Carga 3 fases 156
Figura 69: Lógica de Blindagem de Carga fase A 157
Figura 70: Proteção de admitância 159
Figura 71: Operação de condutância 160
Figura 72: Operação de susceptância 161
Figura 73: Lógica da Proteção HIF 165
Figura 74: Proteção REF para o lado delta 170
Figura 75: Proteção REF para o lado estrela. 170
Figura 76: Proteção REF para sistemas aterrados por resistência 171

xx P14D-TM-PT-7
P14D Tabela de Figuras

Figura 77: Proteção REF para sistema solidamente aterrado 172


Figura 78: Conexão de baixa impedância 173
Figura 79: Curva de polarização REF de rampa tripla 174
Figura 80: Princípio REF de alta impedância 175
Figura 81: Conexão REF de alta impedância 176
Figura 82: Curva de polarização REF 178
Figura 83: Enrolamento estrela, resistência aterrada 180
Figura 84: Percentagem do enrolamento protegida 181
Figura 85: Característica de REF polarizada 181
Figura 86: Princípio de REF polarizado 182
Figura 87: Proteção Hi-Z REF para um enrolamento estrela aterrado 183
Figura 88: Proteção Hi-Z REF para enrolamento delta 184
Figura 89: Proteção Hi-Z REF para configuração de autotransformador 184
Figura 90: REF de alta impedância para o enrolamento LV 185
Figura 91: Variação de K e o tempo de operação médio como função de Vk/Vs 186
Figura 92: Lógica de Proteção de Falha de Disjuntor 195
Figura 93: Subcorrente e lógica de Detecção de Cruzamento em Zero na falha de disjuntor 197
Figura 94: Lógica de Proteção SEF de Falha de Disjuntor 198
Figura 95: Lógica da Função de Proteção de Falha de Disjuntor Por Ausência de Corrente 199
Figura 96: Mapeamento do disjuntor 200
Figura 97: Subtensão - modo de disparo mono e trifásico (estágio único) 219
Figura 98: Sobretensão - modo de disparo mono e trifásico (estágio único) 222
Figura 99: Lógica de proteção da Taxa de Variação de Tensão 225
Figura 100: Lógica de Sobretensão Residual 227
Figura 101: Tensão residual para um sistema com aterramento sólido 228
Figura 102: Tensão residual para um sistema com aterramento via impedância 229
Figura 103: Lógica de sobretensão de sequência negativa 230
Figura 104: Lógica de subtensão de sequência positiva 232
Figura 105: Lógica de sobretensão de sequência positiva 233
Figura 106: Lógica de subtensão de média móvel 235
Figura 107: Lógica de sobretensão de média móvel 236
Figura 108: Lógica de tensão de sequência zero de média móvel 236
Figura 109: Lógica de tensão de sequência positiva de média móvel 237
Figura 110: Lógica de tensão de sequência negativa de média móvel 237
Figura 111: Bloqueio de proteção de tensão média 237
Figura 112: Lógica de subfrequência (estágio simples) 244
Figura 113: Lógica de sobrefrequência (estágio simples) 246
Figura 114: Segregação do sistema de energia com base nas medições de frequência 247
Figura 115: Lógica independente da taxa de mudança de frequência (estágio único) 249

P14D-TM-PT-7 xxi
Tabela de Figuras P14D

Figura 116: Lógica de taxa de mudança de frequência; frequência supervisionada (estágio 252
único)
Figura 117: Proteção de taxa de mudança de frequência por frequência supervisionada 253
Figura 118: Característica de taxa média de mudança de frequência 254
Figura 119: Lógica de taxa de mudança de frequência média (estágio único) 255
Figura 120: Restauração de carga com desvio curto na faixa de retenção. 258
Figura 121: Restauração de carga com grande desvio dentro da faixa de retenção 259
Figura 122: Lógica de restauração de carga 260
Figura 123: Lógica da Sobrecarga de Potência 267
Figura 124: Lógica de Potência Insuficiente 271
Figura 125: Diagrama da Lógica de Potência Sensível 274
Figura 126: Vetores de entrada da Potência Sensível 275
Figura 127: Diagrama lógico de proteção de falha de terra wattimétrico 279
Figura 128: Implementação com Chave Seletora de Quatro Posições 294
Figura 129: Lógica de seleção do modo de Religação Automática 295
Figura 130: Lógica do Sinal de Arranque 297
Figura 131: Lógica do sinal de disparo 297
Figura 132: Lógica de sinal de bloqueio 298
Figura 133: Lógica de Ciclos Excedidos 298
Figura 134: Lógica de Inicio Relig. 299
Figura 135: Bloqueando a Proteção Instantânea para Disparos Selecionados 300
Figura 136: Bloqueando a Proteção Instantânea para Bloqueios 302
Figura 137: Lógica de Controlo de Tempo Morto 303
Figura 138: Lógica de Controlo de Fecho do Disj da Religação Automática 304
Figura 139: Lógica da Verificação do Sistema da Relig. Autom. 305
Figura 140: Lógica do Tempo de Recuperação 306
Figura 141: Inibição da Inicialização da Relig. 307
Figura 142: Lógica Global de Bloqueio 308
Figura 143: Bloqueio para disparo de proteção quando Relig. não está disponível 309
Figura 144: Lógica de Monitorização do Estado do Disj. 330
Figura 145: Navegação no menu de Acesso Direto 333
Figura 146: PSL padrão de tecla de função 333
Figura 147: Controlo Remoto do Disjuntor 334
Figura 148: Lógica de Controlo do Disj. 335
Figura 149: Lógica de Polo Morto 336
Figura 150: Diagrama de vetor de verificação de sincronismo 339
Figura 151: Lógica de Verificação do Sistema 340
Figura 152: PSL de Verificação do Sistema 341
Figura 153: Zonas de monitor de alimentação CC 348
Figura 154: Lógica de monitor de alimentação CC 349

xxii P14D-TM-PT-7
P14D Tabela de Figuras

Figura 155: Lógica TPS 352


Figura 156: Lógica de indicação de aceleração TPS 353
Figura 157: Diagrama da lógica CTS 354
Figura 158: Esquema 1 TCS 356
Figura 159: Esquema 1 PSL para TCS 357
Figura 160: Esquema 2 TCS 358
Figura 161: Esquema 2 PSL para TCS 358
Figura 162: Esquema 3 TCS 359
Figura 163: Esquema 3 PSL para TCS 360
Figura 164: Esquema 4 TCS 360
Figura 165: Esquema 4 PSL para TCS 361
Figura 166: Interfaces do esquema de lógica 368
Figura 167: Lógica do LED de Disparo 372
Figura 168: Circuito de polarização RS485 384
Figura 169: Comunicação remota usando K-Bus 385
Figura 170: IED conectado a LANs separadas 388
Figura 171: Topologia HSR de multidifusão (Multicast) 389
Figura 172: Topologia HSR de difusão única (Unicast) 390
Figura 173: Uso do HSR na subestação 391
Figura 174: IED conectado a um circuito Ethernet redundante, estrela ou anel. 391
Figura 175: Comportamento da entrada de controlo 403
Figura 176: Seleção manual de um registo de perturbação 420
Figura 177: Seleção automática de registo de perturbação - método 1 421
Figura 178: Seleção automática de registo de perturbação - método 2 422
Figura 179: Extração do ficheiro de configuração 423
Figura 180: Extração do ficheiro de dados 424
Figura 181: Camadas de Modelos de Dados em IEC61850 431
Figura 182: Sinalização temporal por Satélite de GPS 437
Figura 183: Navegação no display inicial 448
Figura 184: Montagem dos produtos em bastidor 463
Figura 185: Inserindo a unidade na caixa 465
Figura 186: Contatos acionados por mola para curto-circuito de TCs 465
Figura 187: Bloco de terminais MiDOS 468
Figura 188: Conexão do terra à blindagem do cabo 470
Figura 189: Dimensões da caixa 20TE 472
Figura 190: Dimensões da caixa 30TE 473
Figura 191: Conexão física RP1. 487
Figura 192: Comunicação remota usando barramento K-Bus 488

P14D-TM-PT-7 xxiii
Tabela de Figuras P14D

xxiv P14D-TM-PT-7
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1
Capítulo 1 - Introdução P14D

2 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 1 - Introdução

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo fornece algumas informações gerais sobre o manual técnico e uma introdução ao(s) dispositivo(s)
descrito(s) neste manual técnico.

Este capítulo contém as seguintes seções:


Visão geral do capítulo 3
Prefácio 4
Escopo do produto 6
Recursos e funções 7
Diagramas lógicos 10
Visão geral de funções 12

P14D-TM-PT-7 3
Capítulo 1 - Introdução P14D

2 PREFÁCIO
Este manual técnico fornece uma descrição funcional do P14D da GE Energy Connections, bem como um conjunto
completo de instruções para uso do dispositivo. Este manual presume que o leitor esteja familiarizado com a
engenharia de proteção e possua experiência nessa área. A descrição dos princípios e teoria limita-se aos
elementos necessários para o entendimento do produto. Para mais detalhes sobre a teoria geral de engenharia
de proteção, consulte a publicação NPAG (Guia de Aplicação de Proteção) da Alstom, disponível online ou nosso
Centro de Contato.
Este manual foi elaborado para ser o mais preciso e abrangente possível. Entretanto, não é possível garantir que
não tenha erros. Nem se pode afirmar que não possa ser aprimorado. Portanto, ficaríamos gratos se nos
comunicasse, no caso de descobrir algum erro, ou tiver alguma sugestão de melhoria. Nossa política é fornecer as
informações necessárias para ajudar na especificação, concepção, instalação, entrada em operação,
manutenção e, eventualmente, descarte, seguros deste produto. Consideramos que este manual oferece as
informações importantes, mas caso entenda que são necessárias mais informações, por favor, entre em contato
conosco.
Todas as opiniões devem ser enviadas para nosso Centro de Contato, através do seguinte site:
www.gegridsolutions.com/contact

2.1 PÚBLICO-ALVO
Este manual destina-se a todos os profissionais encarregados da instalação, entrada em funcionamento,
manutenção, solução de problemas ou operação de todos os produtos dentro da respectiva família de produtos.
Isso inclui o pessoal de instalação e entrada em funcionamento bem como os engenheiros que serão
responsáveis pela operação do produto.
Este manual é escrito em um nível que assume que os engenheiros de instalação e entrada em operação
possuem conhecimentos sobre o manuseio de equipamentos eletrônicos. Além disso, os engenheiros do sistema e
de proteção possuem conhecimento completo sobre sistemas de proteção e equipamentos correlatos.

2.2 CONVENÇÕES TIPOGRÁFICAS


As seguintes convenções tipográficas são usadas em todo este manual.
● Os nomes das teclas especiais aparecem em letra maiúscula.
Por exemplo: ENTER
● Ao se descrever aplicativos de software, itens do menu, botões, etiquetas etc., são escritos em negrito, à
medida em que aparecem na tela.
Por exemplo: Selecione Salvar no menu de arquivos.
● Nomes de arquivo e caminhos usam fonte Courier
Por exemplo: Exemplo\Arquivo.texto
● Terminologia especial é escrita com a primeira letra em maiúsculo.
Por exemplo: Falha à terra sensitiva
● Caso seja feita referência às configurações internas do IED e à base de dados de sinais, o texto do título do
grupo de menu (coluna) é escrito em itálico e letras maiúsculas.
Por exemplo: A coluna DADOS SISTEMA
● Caso seja feita referência às configurações internas do IED e à base de dados de sinais, as células de
configuração e sinais DDB (dado base digital) serão escritos em itálico negrito.
Por exemplo: A célula de Idioma na coluna DADOS SISTEMA
● Caso seja feita referência às configurações internas do IED e à base de dados de sinais, o conteúdo de uma
célula será escrito na fonte Courier.
Por exemplo: A célula de Idioma na coluna DADOS SISTEMA contém o valor Inglês

4 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 1 - Introdução

2.3 NOMENCLATURA
Devido à natureza técnica deste manual, são usados muitos termos especiais, abreviaturas e acrônimos em todo
o manual. Alguns desses termos são termos específicos do setor, bem conhecidos, enquanto outros podem ser
termos especiais específicos de um produto, usados pela GE Energy Connections. O primeiro aparecimento de um
acrônimo ou termo usado em um capítulo particular é seguido por uma explicação do termo. Além disso, existe
um glossário separado disponível no website, ou no Centro de Contato, da GE Energy Connections.
No entanto, gostaríamos de destacar as seguintes mudanças da nomenclatura:
● A palavra 'relé' não é mais usada para descrever o dispositivo em si. Ao invés disso, o dispositivo é chamado
de 'IED' (Dispositivo Eletrônico Inteligente), 'dispositivo' ou 'produto'. A palavra 'relé' é usada unicamente
para descrever componentes eletromecânicos dentro do dispositivo, por exemplo, relés de saída.
● O manual original foi todo escrito em Inglês Britânico.
● Onde, o uso do termo britânico 'Earth' é preferido em relação ao equivalente norte-americano 'Ground'. Em
Português, não existe distinção.

2.4 CONFORMIDADE
O dispositivo foi submetido a uma gama de testes extensos e processos de certificação para assegurar e
comprovar a compatibilidade com todos os mercados-alvo. Uma descrição detalhada desses critérios pode ser
encontrada no capítulo Especificações Técnica.

P14D-TM-PT-7 5
Capítulo 1 - Introdução P14D

3 ESCOPO DO PRODUTO
O IED de gestão do alimentador P14D foi concebido para proteger uma ampla gama de linhas aéreas e cabos
subterrâneos. O P14D fornece proteção integral contra sobrecorrente direcional e não direcional, sobretensão e
falha à terra, e é adequado para uso em sistemas solidamente aterrados, aterrados por impedância, aterrados
por bobinas Petersen e em sistemas isolados.
Além dos recursos de proteção, os dispositivos incluem uma completa linha de outros recursos, incluem medições
e facilidades de gravação que auxiliam o diagnóstico e a análise de falhas do sistema de energia.
O P14D pode ser usado em várias aplicações, dependendo do firmware escolhido. Existem 06 (seis) modelos
diferentes, de acordo com o firmware instalado: P14DA, P14DB, P14DG, P14DL, P14DZ, P14DH.
● P14DA é um dispositivo compacto em uma caixa 20TE
● P14DB é o dispositivo básico para aplicações gerais
● P14DG é para aplicações em geradores pequenos
● P14DL é para proteção de linha
● P14DZ é para aplicações de falha à terra de alta impedância
● P14DH inclui proteção wattimétrica direcional de falha à terra.

Todos os modelos são disponíveis uma gama de opções de entrada/saída, descritas no capítulo de projeto de
hardware e resumidas nas opções de pedido.
Uma das principais vantagens da plataforma P14D é sua compatibilidade retroativa com os produtos da série K.
Os produtos P14D foram desenhados de forma que a caixa e o leiaute das configurações de terminais do painel
traseiro são idênticos aos dos predecessores da série K e podem ser trocados sem o trabalho costumeiro
associado à troca e repasse de fiação em dispositivos. Isto permite a atualização fácil do sistema de proteção
com um impacto mínimo e um tempo de parada mínimo do alimentador. Este produto não é apenas compatível
com os produtos da série K, em termos de hardware. Ele pode ser usado como substituto direto do KMPC 130 e é
compatível não apenas no hardware, mas também em termos de opções de medição e comunicação.

3.1 OPÇÕES DE PEDIDO


Todos os modelos atuais e variantes deste produto são definidos em uma planilha interativa denominada CORTEC.
Ela está disponível no website da empresa.
Alternativamente, você pode obtê-la no Centro de Contato no endereço a seguir:
www.gegridsolutions.com/contact
Também fornecemos uma cópia estática da CORTEC nos apêndices deste documento. Entretanto, esta deve ser
usada apenas como referência pois apresenta uma imagem congelada dos dados interativos na época da
publicação deste manual.

6 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 1 - Introdução

4 RECURSOS E FUNÇÕES

4.1 FUNÇÕES DE PROTEÇÃO


Os modelos P14D oferecem as seguintes funções de proteção:
ANSI IEC 61850 Função de proteção P14DA P14DB P14DG P14DL P14DZ
37 Detecção de subcorrente (carga baixa) Sim Sim Sim Sim Sim
46 NgcPTOC Sobrecorrente de sequência negativa Sim Sim Sim Sim Sim
46BC Condutor Rompido Sim Sim Sim Sim Sim
49 ThmPTTR SOBRECARGA TÉRM. Sim Sim Sim Sim Sim
50 SOTF Chaveamento sobre falha Sim Sim Sim Sim Sim
50BF RBRF Falha de disjuntor Sim Sim Sim Sim Sim
50 OcpPTOC Proteção contra sobrecorrente de tempo definido 6 estágios 6 estágios 6 estágios 6 estágios 6 estágios
Proteção contra sobrecorrente de tempo definido
50N EfdPTOC neutro/terra 4 estágios 4 estágios 4 estágios 4 estágios 4 estágios
Medida e derivada (padrão EF TC), Derivada (SEF TC)
51 OcpPTOC Proteção contra sobrecorrente IDMT (estágios) 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios
Proteção contra sobrecorrente de tempo inverso
51N EfdPTOC 2 estágios 2 estágios 2 estágios 2 estágios 2 estágios
IDMT neutro/terra
67 OcpPTOC Sobrecorrente de fase direcional Sim Sim Sim Sim Sim
67N EfdPTOC Sobrecorrente direcional de neutro Sim Sim Sim Sim Sim
Falha de terra wattimétrica Sim Sim Sim Sim Sim
Partida a frio Sim Sim Sim Sim Sim
Sup. TP TP SUPERVISÂO Sim Sim Sim Sim Sim
Sup. TC TC SUPERVISÂO Sim Sim Sim Sim Sim
64N RefPDIF Falha à terra restrita Sim Sim Sim Sim Sim
Falha à terra sensitiva (somente com SEF TC) Sim Sim Sim Sim Sim
68 Bloqueio da 2a harmônica Sim Sim Sim Sim Sim
27 VtpPhsPTUV Subtensão 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios
47 Sobretensão de sequência negativa Sim Sim Sim Sim Sim
59 VtpPhsPTOV Sobretensão 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios
59N VtpResPTOV Sobretensão residual 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios 3 estágios
81O FrqPTOF Sobrefrequência Não 9 estágios 9 estágios 9 estágios 9 estágios
81U FrqPTUF Subfrequência Não 9 estágios 9 estágios 9 estágios 9 estágios
81df/dt Taxa de alteração da frequência (df/dt) Não 9 estágios 9 estágios 9 estágios 9 estágios
81V DfpPFRC Bloqueio de subtensão da proteção de frequência Não Sim Sim Sim Sim
Curvas programáveis Sim Sim Sim Sim Sim
51V Sobrecorrente controlada por tensão Sim Sim Sim Sim Sim
Sobrecorrente restrita pela tensão Não Não Sim Sim Sim
25 Verificação de sincronismo Não Não Sim Sim Sim
32 Potência direcional de fase Não Não Sim Sim Sim
Potência sensitiva Não Não Sim Sim Sim
Supervisão da invasão de carga
Não Não Não Sim Sim
(Blindagem de carga)
4 4
79 RREC Religação automática (Trifásica) Não Não Não
tentativas tentativas

P14D-TM-PT-7 7
Capítulo 1 - Introdução P14D

ANSI IEC 61850 Função de proteção P14DA P14DB P14DG P14DL P14DZ
21FL LOCALIZ.FALHA Não Não Não Sim Sim
Taxa de alteração de frequência com supervisão de
81RF DfpPFRC Não Não Não Sim Sim
frequência
Taxa média de alteração de frequência com
81RAV DfpPFRC Não Não Não Sim Sim
supervisão de frequência
81R Restauração da carga Não Não Não Sim Sim
Taxa de alteração de tensão (dV/dT) Não Não Não 4 estágios 4 estágios
Proteção de admitância do neutro Não Não Não Sim Sim
Esquema de bloqueio Sim Sim Sim Sim Sim
Curvas programáveis Sim Sim Sim Sim Sim
Falha à terra de alta impedância Não Não Não Não Sim
Monitoriz Disj. Não Não Não Não Sim
86 Contatos de saída de travamento (Latching) Sim Sim Sim Sim Sim

4.2 FUNÇÕES DE CONTROLE

Característica IEC 61850 ANSI


Diagnóstico de inicialização e automonitoramento contínuo
Textos dos menus totalmente configuráveis
Teclas de função FnkGGIO
Grupos alternativos de configuração (4)
LEDs programáveis LedGGIO
Teclas de acesso rápido programáveis
Contatos watchdog
Modo de leitura exclusiva
Segurança cibernética em conformidade com a NERC
Alocação programável de entradas e saídas digitais
Entradas de controle PloGGIO1
Esquema gráfico de lógica programável (PSL)
Controle de disjuntor, monitoramento de status e condição XCBR 52
Supervisão do circuito de bobina e desarme
Supervisão de TC (Apenas para produtos com entradas TP)
Supervisão de TP (Apenas para produtos com entradas TP)
Localizador de falha (Apenas para produtos com entradas TP) RFLO

4.3 FUNÇÕES DE MEDIÇÃO


O dispositivo oferece as seguintes funções de medição:

8 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 1 - Introdução

Função de medição Detalhes


Medições ● As correntes medidas, sequência calculadas e
(A faixa exata de medições depende do modelo do dispositivo) correntes RMS
● Tensões medidas, sequência calculada e
tensões RMS
● Quantidades de potência e energia
● Valores de demanda de pico, fixas e rolantes
● Medições de frequência
● Outras medições
Registos de distúrbios (captura da forma de onda, oscilografia)
Canais / duração de cada ou total /amostras por ciclo 9 / 10, 5 / 24

Registos de falha 10
Registros de manutenção 10
Registro de eventos / Armazenamento de eventos 2048
Gravação de data e hora das entradas ópticas Sim

4.4 FUNÇÕES DE COMUNICAÇÃO


O dispositivo oferece as seguintes funções de comunicação:
Função de comunicação Detalhes
HMI local Sim
HMI (Interface Homem-Máquina) com múltiplos idiomas Sim
(Inglês, Francês, Alemão, Italiano, Português, Espanhol,
Russo)
Porta Frontal USB
1a. porta traseira RS485 ou IRIG-B
2a. Porta traseira (opcional) RS485, IRIG-B ou Ethernet
Protocolos seriais disponíveis IEC 60870-5-103, MODBUS, Courier, DNP3
Protocolos de Ethernet disponíveis IEC 61850, DNP3 sobre Ethernet
Entradas virtuais 32
Segurança cibernética Sim
Enhanced Studio (S1 Ágil) Sim

P14D-TM-PT-7 9
Capítulo 1 - Introdução P14D

5 DIAGRAMAS LÓGICOS
Este manual técnico contém muitos diagramas lógicos que têm como objetivo auxiliar no entendimento das
funcionalidades do dispositivo. Embora este manual seja o mais específico possível para o respectivo produto, é
possível que contenha diagramas com elementos de outros produtos. Neste caso, aparecerá uma nota com a
devida explicação.
Os diagramas lógicos seguem uma convenção para os elementos usados, representada por meio de cores e
formas pré-definidas. Esta convenção é apresentada abaixo. Recomenda-se que os diagramas sejam visualizados
em cores e não em preto e branco. A versão eletrônica do manual técnico é colorida, mas a versão impressa
poderá não ser. Caso você precise de diagramas coloridos, estes poderão ser adquiridos via Centro de Contato,
informando-se o número do diagrama.

10 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 1 - Introdução

Chave:
Quantidade de
Porta AND &
energização
Sinal interno Porta OR 1

Sinal DDB Porta XOR XOR

Função interna Porta NOT


Célula de
0 lógico 0
configuração
Valor configurado Temporizador
Configuração no
hardware Pulso / Latch

Célula de medição S
Latch SR Q
R
Cálculo interno
S
Latch SR Q
Configuração ´Reset` dominante RD
derivada

Chave HMI Memorização na borda positiva

Conexão / Nó Entrada de lógica invertida


1
Interruptor Interruptor por software 2

Interruptor Multiplicador X

Filtro passa-faixa
Comparador para detecção
de valores insuficientes

Comparador para detecção


V00063 de valores excessivos

Figura 1: Explicação sobre os diagramas lógicos

P14D-TM-PT-7 11
Capítulo 1 - Introdução P14D

6 VISÃO GERAL DE FUNÇÕES

50
46 50 51
86 37 49 50BF 64N 68 79 HiZ CTS
46BC 50N 51N
SOFT

Isen

81O
81RF
59 67 81U
YN 21FL 25 27 32 47 51V 81RAV VTS
59N 67N 81R
81 df/dt
81V

I/O digital Comunicação Medições Registros de


Entradas
opto-
Saídas de
IRIG-B Ethernet RS485
USB
Registros de falhas
distúrbios
acopladas relé Local

V00001

Figura 2: Visão geral de funções

12 P14D-TM-PT-7
INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA

CAPÍTULO 2
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

14 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 2 - Informações de segurança

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo fornece informações sobre o uso seguro dos equipamentos. Os equipamentos devem ser
devidamente instalados e manuseados de forma a mantê-los em condições seguras e manter sempre os
operadores em segurança. O operador deve estar familiarizado com as informações contidas neste capítulo antes
de desembalar, instalar, colocar em serviço ou dar manutenção no equipamento.

Este capítulo contém as seguintes seções:


Visão geral do capítulo 15
Saúde e segurança 16
Símbolos 17
Instalação, Comissionamentoe manutenção 18
Retirada de serviço e descarte 23
Conformidade com padrões 24

P14D-TM-PT-7 15
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

2 SAÚDE E SEGURANÇA
O pessoal associado a este equipamento deve estar familiarizado com o conteúdo destas Informações de
segurança.
Quando equipamentos elétricos estão em operação, tensões perigosas estão presentes em certas partes do
equipamento. O uso incorreto do equipamento e o descumprimento das notas de advertência colocarão o
pessoal em risco.
Apenas pessoal qualificado pode trabalhar ou operar este equipamento. O termo "pessoal qualificado" refere-se a
indivíduos que:
● estão familiarizados com a instalação, comissionamento e operação do equipamento e do sistema ao qual
é conectado.
● estão familiarizados com as práticas de segurança de engenharia e têm autorização para energizar e
desenergizar os equipamentos da forma correta.
● receberam treinamento nas práticas e no uso dos equipamentos de segurança de acordo com as normas
de segurança de engenharia.
● receberam treinamento em procedimentos de emergência (primeiros socorros).

A documentação fornece instruções para a instalação, comissionamento e operação do equipamento. Entretanto,


não aborda todas as circunstâncias possíveis. Na eventualidade de dúvidas ou problemas, não tome nenhuma
ação sem a devida autorização. Contate seu escritório de vendas local e solicite as informações necessárias.

16 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 2 - Informações de segurança

3 SÍMBOLOS
Neste manual, são usados os seguintes símbolos. Estes símbolos também podem ser vistos em partes do
equipamento.

Cuidado:
Consulte a documentação do equipamento. O desconhecimento desta
documentação poderá resultar em danos ao equipamento.

Advertência:
Risco de choque elétrico

Terminal Terra. Nota: este símbolo também pode ser usado em um terminal (Terra) de um condutor de
proteção, se este terminal for parte de um bloco de terminais, ou subconjunto.

Terminal (Terra) de condutor de proteção.

Instruções sobre requisitos de descarte

Nota:
Este manual usa os termos 'Terra' ou 'aterramento', como tradução dos originais 'Earth', do inglês britânico, ou 'Ground', do
inglês norte-americano.

P14D-TM-PT-7 17
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

4 INSTALAÇÃO, COMISSIONAMENTOE MANUTENÇÃO

4.1 PERIGOS DE ELEVAÇÃO


Muitas lesões são causadas por:
● elevação de objetos pesados
● elevação incorreta de objetos
● movimentação de objetos pesados
● utilização repetitiva dos mesmos músculos

Planeje cuidadosamente, identifique todos os possíveis perigos e determine a melhor forma de deslocar o produto.
Identifique outras formas de movimentação da carga evitando o deslocamento manual. Para reduzir o risco de
lesões, use técnicas corretas de elevação e equipamentos de proteção pessoal.

4.2 RISCOS ELÉTRICOS

Cuidado:
Todo o pessoal envolvido na instalação, comissionamentoou manutenção deve estar
familiarizado com os procedimentos corretos de trabalho.

Cuidado:
Consulte a documentação do equipamento antes da instalação, comissionamentoou
manutenção.

Cuidado:
Sempre use o equipamento conforme especificado. O descumprimento desta regra
poderá anular o efeito da proteção fornecida pelo equipamento.

Advertência:
A remoção de painéis ou tampas do equipamento poderá expor peças perigosas
energizadas. Não toque até que a alimentação elétrica esteja desligada. Tenha cuidado
se existir um acesso desprotegido na parte de trás do equipamento.

Advertência:
Isole o equipamento antes de trabalhar nos contatos metálicos dos terminais.

Advertência:
Onde existir risco de choque eléctrico, em espaços restritos, deve ser instalada uma
barreira de segurança adequada.

Cuidado:
Desligue a energia elétrica antes da desmontagem. A desmontagem do equipamento
pode expor circuitos eletrônicos sensíveis. Tome as precauções adequadas contra
descargas de tensão eletrostáticas (ESD) para evitar danos ao equipamento.

18 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 2 - Informações de segurança

Cuidado:
NUNCA olhe diretamente para fibras ópticas ou conexões ópticas de saída. Use sempre
medidores de potência óptica para determinar o nível de sinal ou de operação.

Cuidado:
A realização de testes poderá carregar alguns capacitores com níveis de tensão
perigosos. Descarregue os capacitores envolvidos, reduzindo a tensão de seus
terminais até zero, antes de desconectar os terminais de teste.

Cuidado:
Opere o equipamento dentro dos limites elétricos e ambientais especificados.

Cuidado:
Antes da limpeza do equipamento, assegure-se de que nenhuma conexão elétrica
esteja energizada. Use um pano sem fios, umedecido em água limpa.

Nota:
Os contatos metálicos dos plugues de teste são normalmente protegidos por vaselina, que não deve ser removida.

4.3 REQUISITOS UL/CSA/CUL


As informações desta seção aplicam-se apenas a equipamentos com as etiquetas UL/CSA/CUL.

Cuidado:
Equipamentos destinados a instalação em rack ou painéis devem ser instalados sobre
a superfície plana dentro de gabinetes tipo 1, conforme definido pela Underwriters
Laboratories (UL).

Cuidado:
Para manter a conformidade com a UL e CSA/CUL, instale o equipamento usando peças
reconhecidas pela UL/CSA para: cabos, fusíveis de proteção, suportes de fusível e
disjuntores, terminais em anéis de isolamento e baterias internas sobressalentes.

4.4 REQUISITOS REFERENTES A FUSÍVEIS

Cuidado:
Nas fontes de alimentação auxiliares, devem ser usados fusíveis listados pela UL ou
CSA, quando é exigido reconhecimento UL/CSA do equipamento com relação à
proteção por fusíveis externos. O tipo de fusível de proteção listado é: fusível
temporizado classe J, com corrente nominal máxima de 15 A e um valor CC nominal
mínimo de 250 Vcc (por exemplo, o tipo AJT15).

P14D-TM-PT-7 19
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

Cuidado:
Quando não é exigido reconhecimento UL/CSA do equipamento, pode ser usado um
tipo de fusível de alta capacidade de ruptura (HRC) com corrente nominal máxima de
16 A e uma tensão CC nominal mínima de 250 Vcc (por exemplo do tipo Red Spot NIT ou
TIA).
Nos modelos P50, use um fusível tipo T com corrente máxima de 1A.
Nos modelos P60, use um fusível tipo T com corrente máxima de 4A.

Cuidado:
Circuitos digitais de entrada devem ser protegidos por um fusível NIT ou TIA de alta
capacidade de ruptura, de valor nominal máximo de 16 A. Por motivos de segurança,
circuitos de transformadores de corrente nunca devem ser protegidos por fusíveis.
Outros circuitos devem ter fusíveis apropriados para proteção da fiação usada.

Cuidado:
TCs NÃO devem ser protegidos por fusíveis pois a abertura elétrica desses
componentes poderá produzir voltagens letais.

4.5 CONEXÕES DO EQUIPAMENTO

Advertência:
Os terminais expostos durante a instalação, comissionamento e manutenção, podem
apresentar uma tensão perigosa a menos que o equipamento esteja eletricamente
isolado.

Cuidado:
Aperte os parafusos de fixação M4, dos conectores de blocos de terminais de serviço
pesado, com um torque nominal de 1,3 Nm.
Aperte os parafusos prisioneiros dos blocos de terminais com um torque mínimo de 0,5
Nm e um torque máximo 0,6 Nm.

Cuidado:
Use sempre terminais isolados nas conexões de tensão e corrente.

Cuidado:
Use sempre a ferramenta e o terminal correto, de acordo com a seção do condutor.

Cuidado:
Em alguns produtos, são fornecidos contatos de watchdog (auto-monitorização) para
indicar a saúde do dispositivo. Recomenda-se fortemente configurar esses contatos no
sistema de automação da subestação, para efeitos de alarme.

20 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 2 - Informações de segurança

4.6 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE CLASSE 1

Cuidado:
Aterre o equipamento através do PCT (Terminal Condutor de Proteção) fornecido.

Cuidado:
Não remova o PCT.

Cuidado:
O PCT é algumas vezes usado para fazer a terminação da blindagem de cabos.
Verifique sempre a integridade do PCT após adicionar ou remover as ligações de terra.

Cuidado:
Use uma porca de segurança, ou mecanismo similar, para assegurar a integridade dos
PCTs conectados por parafuso.

Cuidado:
A seção de condutor mínima recomendada para PCTs é de 2,5 mm², nos países cuja
tensão de rede é 230 V (por exemplo, Europa), e de 3,3 mm², nos países cuja tensão de
rede é 110 V (por exemplo, América do Norte). Isso poderá ser substituído por
regulamentações elétricas locais ou do país específico.
Para os produtos P60, recomendamos uma seção de condutor mínima de 6 mm². Veja a
documentação do produto, para obter detalhes.

Cuidado:
A ligação do PCT deve ter baixa indutância e ser a mais curta possível.

Cuidado:
Todas as conexões com o equipamento devem ter um potencial definido. Conexões com
fiação instalada, porém não usada, devem ser aterradas, ou conectadas a um potencial
comum agrupado.

4.7 LISTA DE VERIFICAÇÃO DE PRÉ-ENERGIZAÇÃO

Cuidado:
Verifique a tensão nominal/polaridade (etiqueta de voltagem/documentação do
equipamento).

Cuidado:
Verifique o valor nominal do circuito do TC (na etiqueta de voltagem) e a integridade
das ligações.

Cuidado:
Verifique o valor nominal do fusível de proteção ou do mini-disjuntor (MCB).

P14D-TM-PT-7 21
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

Cuidado:
Verifique a integridade da conexão do PCT.

Cuidado:
Verifique os valores nominais de tensão e corrente da fiação externa, assegurando que
são apropriados para a aplicação.

4.8 CIRCUITO PERIFÉRICO

Advertência:
Não abra o circuito secundário de um TC energizado, pois a alta tensão produzida pode
ser letal para o pessoal e pode danificar o isolamento. Curto-circuite o secundário do
TC de linha, antes de abrir qualquer conexão ligada à ele.

Nota:
Na maioria dos equipamentos da Alstom com conexões de terminais em anel, o bloco de terminais rosqueados da
terminação do transformador de corrente é automaticamente colocado em curto, se o módulo for removido. Portanto o
curto-circuito externo dos TCs pode não ser necessário. Consulte primeiro a documentação do equipamento e os diagramas
de fiação, para ver se isso se aplica.

Cuidado:
Componentes externos, tais como resistores ou resistores dependentes de tensão
(VDRs), podem ser um risco de choque elétrico, se tocados.

Advertência:
Tome extremo cuidado quando estiver usando blocos de teste externos e plugues de
teste, como a MMLG, MMLB e P990, pois podem ficar expostas tensões perigosas.
Assegure-se de que os elos de curto-circuito do TC estão no lugar antes de remover os
plugues de teste, de modo a evitar voltagens potencialmente letais.

4.9 MODERNIZAÇÃO/MANUTENÇÃO

Advertência:
Não introduza ou remova módulos, PCBs (Placas de Circuito Impresso) ou placas de
expansão no equipamento, com este energizado, pois isso poderá danificá-lo. Além
disso, tensões perigosas seriam expostas, colocando o pessoal em perigo.

Cuidado:
Os módulos internos e o gabinete podem ser pesados e ter bordas afiadas. Tome
cuidado ao inserir ou remover módulos do IED.

22 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 2 - Informações de segurança

5 RETIRADA DE SERVIÇO E DESCARTE

Cuidado:
Antes de retirar o equipamento de serviço, isole completamente as fontes de
alimentação do equipamento (ambos os polos de qualquer fonte cc). A entrada da
alimentação auxiliar pode ter capacitores em paralelo, que podem ainda estar
carregados. Para evitar choque elétrico, descarregue os capacitores usando os
terminais externos, antes de retirar o equipamento do serviço.

Cuidado:
Evite a incineração ou descarte em cursos de água. Descarte o equipamento de
maneira segura, responsável e ecológica e, se aplicável, de acordo com as leis do
respectivo país.

P14D-TM-PT-7 23
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

6 CONFORMIDADE COM PADRÕES


A conformidade com a European Commission Directive (Diretriz da Comissão Européia) referente a EMC e LVD é
por certificação própria nos padrões internacionais.

6.1 CONFORMIDADE EMC: 2004/108/EC


A conformidade com a EN60255-26:2009 foi usada para estabelecer conformidade.

6.2 SEGURANÇA DE PRODUTO: 2006/95/EC


A conformidade com a EN60255-27:2005 foi usada para estabelecer conformidade.

Classe de proteção
IEC 60255-27: 2005 Classe 1 (a menos que especificado de outra forma na documentação do equipamento). Este
equipamento exige um condutor de proteção (terra) para garantir a segurança do usuário.

Categoria de instalação
Categoria 3 de sobretensão IEC 60255-27: 2005. Equipamentos nesta categoria são testados para qualificação
com uma tensão de pico de 5kV, 1,2/50 mS, 500 Ohms, 0,5 J, entre todos os circuitos de alimentação e o terra, e
também entre circuitos independentes.

Ambiente
IEC 60255-27: 2005, IEC 60255-26:2009. O equipamento foi concebido apenas para uso interno. Caso seja
necessário seu uso ao ar livre, deve ser instalado dentro de um gabinete com o grau apropriado de proteção
contra ingresso de materiais estranhos.

6.3 CONFORMIDADE R&TTE


Equipamento terminal de rádio e telecomunicações (R&TTE) diretiva 99/5/EC.
A conformidade é demonstrada pela conformidade com a Diretiva EMC e com a diretiva de baixa tensão, para
zero volts.

6.4 CONFORMIDADE UL/CUL


Se marcado com este logo, o produto tem conformidade com os requisitos da Underwriters Laboratories (UL) do
Canadá e EUA.
O número e ID do respectivo registro UL é exibido pelo equipamento.

6.5 CONFORMIDADE COM A DIRETRIZ ATEX


Caso tenha o logotipo, o equipamento é compatível o artigo 192 da diretriz europeia 94/9/EC. É aprovado para
operação fora de áreas perigosas ATEX. Porém tem aprovação para ser conectado a motores com proteção
classificada como ATEX e equipamento de Categoria 2, com Segurança mais elevada, de modo a garantir a
operação segura em zonas com gases, 1, e áreas perigosas 2.

24 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 2 - Informações de segurança

Equipamento com este tipo de etiquetagem não é adequado, ele mesmo, a operar dentro de
atmosferas potencialmente explosivas.

A conformidade é demonstrada por um certificado de exame do tipo Órgão Notificado.

Diretriz 94/9/EC da ATEX relativa a equipamentos para atmosferas potencialmente explosivas.

P14D-TM-PT-7 25
Capítulo 2 - Informações de segurança P14D

26 P14D-TM-PT-7
PROJETO DE HARDWARE

CAPÍTULO 3
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

28 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo fornece informações sobre o projeto de hardware do produto.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 29
Arquitetura de hardware 30
Construção mecânica 32
Conexões dos terminais 36
Painel frontal 51

P14D-TM-PT-7 29
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

2 ARQUITETURA DE HARDWARE
Os principais componentes de dispositivos que se baseiam na plataforma P40Agile são os seguintes:
● A caixa, que consiste em um painel frontal e suas respectivas conexões traseiras
● O módulo do processador principal, que consiste em uma CPU (Unidade de Processamento Central),
memória e uma interface com a IHM (Interface Homem-Máquina) do painel frontal.
● Uma placa de E/S composta por contatos de relés de saída e por entradas opto-acopladas.
● Módulos de comunicação
● Fonte de alimentação

Todos os módulos são conectados por um barramento paralelo de dados e endereços, que permite ao módulo do
processador enviar e receber informações aos(dos) demais módulos, conforme necessário. Existe também um
barramento serial separado de dados, usado para transmitir a amostragem de dados do módulo de entrada aos
processadores. Estes barramentos de dados, serial e paralelo, são mostrados como um módulo de interconexão
único na figura, que apresenta os módulos e o fluxo de informações entre eles.

Teclado Módulo de relés de Contatos dos relés de


Módulo processador

saída saída
IHM do painel

LCD
dianteiro

Módulo de entradas c /
Entradas digitais
isol . óptico
LEDs
I/O
Porta
dianteira
Correntes do sistema
TCs
de potência *
Memória
Interconexão

Memória flash para todas as Tensões do sistema de


configurações e registros TPs
potência*
Super capacitor DRAM Entradas analógicas
para o relógio de tempo
real
Módulo RS485 Comunicação RS 485
Contatos do
Sincronização de tempo
Watchdog Módulo Watchdog Módulo IRIG-B
(Opcional)
+ LED
Comunicação Ethernet
Módulo Ethernet
Alimentação (Opcional)
Módulo PSU
auxiliar Comunicações

* Nenhum TP, modelos que trabalham apenas com corrente. Nenhum TC, modelos que
trabalham apenas com voltagem.
V00200

Figura 3: Visão geral do projeto de hardware

2.1 MEMÓRIA E RELÓGIO DE TEMPO REAL


O IED contém memória flash para armazenamento das seguintes informações operacionais:
● Registros de falhas, manutenção e operação.
● Eventos
● Alarmes

30 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

● Valores de medições
● Desarmes memorizados (por latch)
● Contatos memorizados (por latch)

A memória flash é não volátil e, portanto, não requer bateria de reserva.


Um supercapacitor dedicado mantém o relógio de tempo real da placa operacional por até quatro dias, após o
desligamento da energia.

P14D-TM-PT-7 31
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

3 CONSTRUÇÃO MECÂNICA
Todos os produtos baseados na plataforma P40Agile possuem uma arquitetura de hardware comum. O hardware
compreende duas partes principais; o berço e a caixa.
O berço consiste no painel frontal que está preso a uma placa base, na qual todas as placas de hardware e os
módulos são conectados. Os produtos foram projetados de forma a que todas as placas e módulos que formam o
produto sejam encaixados no berço e não devam ser removidos ou inseridos após o produto deixar a fábrica.
A caixa compreende a parte metálica e os conectores da parte traseira, nos quais as placas do berço se
conectam.

Figura 4: Vista explodida do IED

3.1 VARIAÇÕES DA CAIXA


A linha de produtos P40 Agile é produzida em duas versões de tamanho de caixa. As dimensões de caixa para
produtos industriais normalmente seguem unidades de medida modulares baseadas nos tamanhos dos
bastidores. Que são: U para altura e TE para largura, onde:
● 1U = 1,75 pol. = 44,45 mm
● 1TE = 0,2" = 5,08 mm

Os produtos são disponíveis em versões para instalação em painel ou independente. Todos os produtos têm
nominalmente 4U de altura. O que representa 177,8 mm ou 7 polegadas.
As caixas são de aço pré-fabricado com um revestimento condutivo de alumínio e zinco. Isto fornece uma boa
ligação ao terra em todas as juntas, formando um caminho de baixa impedância para o terra, o que é essencial
para um bom desempenho na presença de ruído externo.
A largura da caixa depende do tipo de produto e das opções de hardware. Existem dois formatos diferentes de
caixa na linha de produtos descrita: 20TE e 30TE. Os produtos da linha <P40Agile> podem ser usados como
substitutos da série K e as caixas, berços, e conectores são completamente compatíveis. As dimensões da caixa e
os critérios de compatibilidade são os seguintes:
Largura da caixa
Largura da caixa (mm) Série K equivalente Produtos
(TE)
20TE 102,4 mm (4 pol.) KCGG140/142 P14N

32 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Largura da caixa
Largura da caixa (mm) Série K equivalente Produtos
(TE)
30TE 154,2mm (6 pol.) KCEG140/142 P14N (com E/S extra), P14D

3.2 PAINEL TRASEIRO 20TE


O painel traseiro 20TE consiste em dois blocos terminais MIDOS de alto poder de corte.

Figura 5: Painel traseiro 20TE

3.3 PAINEL TRASEIRO 30TE


O painel traseiro 30TE consiste de:
● Três blocos de terminais MIDOS para contatos de alto poder de corte
● Dois blocos de terminais MIDOS para contatos de alto poder de corte e uma placa de comunicação
● Dois blocos de terminais MIDOS para contatos de alto poder de corte e um painel cego

P14D-TM-PT-7 33
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

Figura 6: Painel traseiro 30TE com três blocos MIDOS

Figura 7: Painel traseiro 30TE com dois blocos MIDOS + comunicação

34 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Figura 8: Painel traseiro de 30TE com 2 blocos MIDOS + placa cega

P14D-TM-PT-7 35
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

4 CONEXÕES DOS TERMINAIS

4.1 OPÇÕES DE E/S

Opção de E/S
Componente Opção de E/S B Opção de E/S C Opção de E/S D Opção de E/S E Opção de E/S F
A
8 11 11 13 6
Entradas 3
(1 grupo de 3 e (2 grupos de 3 e (1 grupo de 3, 1 grupo (1 grupo de 3 e (1 grupo de 3 e 3
digitais (1 grupo de 3)
1 grupo de 5) 1 grupo de 5) de 5 e 3 individuais) 2 grupos de 5) individuais)
8 12 12 12 4 8
Relés de saída
(NA) (NA) (11 NA, 1 NF) (NA) (NA) (5 NA, 1 NF)

Nota:
As opções de E/S, C e F, são adequadas para aplicações de TCS (Supervisão de Circuito de Desarme).

4.2 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 1 DO P14D

1 29 30
3 4 31 RL5 RL1 32
5 WatchDog 6 33 34
7 8 35 RL6 RL2 36
9 10 37 38
11 12 39 RL7 RL3 40
13 14 41 42
PSU
15 16 43 RL8 RL4 44
17 Vcs 18 45 46
19 Va Vb 20 L4 L1
47 48
21 Vc 22 L5 L2
49 50
23 Ia 24 L6 L3
51 52
25 Ib 26 L7
53 54
27 Ic 28 L8
55 56
In
SCN

E00217

Figura 9: P14D em caixa de 20TE com opção de E/S A

4.2.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado

36 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Terminal Descrição
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.2.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Relé 5, normalmente aberto
33 + 35 Relé 6, normalmente aberto
37 + 39 Relé 7, normalmente aberto
41 + 43 Relé 8, normalmente aberto
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Entrada opto-acoplada L4 (grupo 2)
47 + 55 Entrada opto-acoplada L5 (grupo 2)
49 + 55 Entrada opto-acoplada L6 (grupo 2)
51 + 55 Entrada opto-acoplada L7 (grupo 2)
53 + 55 Entrada opto-acoplada L8 (grupo 2)
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

P14D-TM-PT-7 37
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

4.3 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 2 DO P14D

1 29 30
3 4 31 RL5 RL1 32
WatchDog Placa
5 6 33 34
de
7 8 comunicação 35 RL6 RL2 36
9 10 Ethernet
37 38
11 12 39 RL7 RL3 40
13 14 41 42
PSU Canal único
15 16 43 RL8 RL4 44
17 Vcs 18 45 46
Va Vb 10/100Base-TX L4 L1
19 20 47 48
Vc ou L5 L2
21 22 49 50
23 Ia 24 100Base-FX L6 L3
51 52
25 Ib 26 L7
53 54
27 Ic 28 L8
55 56
In
SCN

E00221

Figura 10: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S A + comunicação Ethernet

4.3.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.3.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto

38 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Terminal Descrição
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Relé 5, normalmente aberto
33 + 35 Relé 6, normalmente aberto
37 + 39 Relé 7, normalmente aberto
41 + 43 Relé 8, normalmente aberto
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Entrada opto-acoplada L4 (grupo 2)
47 + 55 Entrada opto-acoplada L5 (grupo 2)
49 + 55 Entrada opto-acoplada L6 (grupo 2)
51 + 55 Entrada opto-acoplada L7 (grupo 2)
53 + 55 Entrada opto-acoplada L8 (grupo 2)
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.3.3 CONECTIVIDADE ETHERNET


As conexões Ethernet estão situadas entre os blocos de terminais esquerdo e direito. Os seguintes tipos de placa
Ethernet estão disponíveis:
● Ethernet de cobre simples e canais de fibra com failover hot standby (opção 6 no dígito 7 do cortec).
● Canal de cobre Ethernet redundante duplo, suportado pelos protocolos PRP e HSR (opção E do dígito 7 do
cortec).
● Canal de fibra Ethernet redundante duplo, suportado pelos protocolos PRP e HSR (opção F no dígito 7 do
cortec).

P14D-TM-PT-7 39
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

4.4 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 3 DO P14D

1 57 58 29 30
3 4 59 RL9 60 31 RL5 RL1 32
5 WatchDog 6 61 62 33 34
7 8 63 RL10 64 35 RL6 RL2 36
9 10 65 66 37 38
11 12 67 RL11 68 39 RL7 RL3 40
13 14 69 70 41 42
PSU
15 16 71 RL12 72 43 RL8 RL4 44
17 Vcs 18 73 74 45 46
19 Va Vb 20 L9 L4 L1
75 76 47 48
21 Vc 22 L10 L5 L2
77 78 49 50
23 Ia 24 L11 L6 L3
79 80 51 52
25 Ib 26 L7
81 82 53 54
27 Ic 28 L8
83 84 55 56
In
SCN SCN

E00219

Figura 11: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S B

4.4.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.4.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto

40 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Terminal Descrição
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Relé 5, normalmente aberto
33 + 35 Relé 6, normalmente aberto
37 + 39 Relé 7, normalmente aberto
41 + 43 Relé 8, normalmente aberto
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Entrada opto-acoplada L4 (grupo 2)
47 + 55 Entrada opto-acoplada L5 (grupo 2)
49 + 55 Entrada opto-acoplada L6 (grupo 2)
51 + 55 Entrada opto-acoplada L7 (grupo 2)
53 + 55 Entrada opto-acoplada L8 (grupo 2)
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.4.3 BLOCO DE TERMINAIS CENTRAL

Terminal Descrição
58 + 60 Relé 9, normalmente aberto
62 + 64 Relé 10, normalmente aberto
66 + 68 Relé 11, normalmente aberto
70 + 72 Relé 12, normalmente aberto
74 + 80 Entrada opto-acoplada L9 (grupo 3)
76 + 80 Entrada opto-acoplada L10 (grupo 3)
78 + 80 Entrada opto-acoplada L11 (grupo 3)
82 + 84 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado
O resto Não Usado

P14D-TM-PT-7 41
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

4.5 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 4 DO P14D

1 57 58 29 30
3 4 59 RL9 60 31 RL5 RL1 32
5 WatchDog 6 61 62 33 34
7 8 63 RL10 64 35 RL6 RL2 36
9 10 65 66 37 38
11 12 67 RL11 68 39 RL7 RL3 40
13 14 69 70 41 42
PSU
15 16 71 RL12 72 43 RL8 RL4 44
17 Vcs 18 73 74 45 46
19 Va Vb 20 L9 L4 L1
75 76 47 48
21 Vc 22 L5 L2
77 78 49 50
23 Ia 24 L10 L6 L3
79 80 51 52
25 Ib 26 L7
81 82 53 54
27 Ic 28 L11 L8
83 84 55 56
In
SCN

E00220

Figura 12: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S C

4.5.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.5.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto

42 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Terminal Descrição
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Relé 5, normalmente aberto
33 + 35 Relé 6, normalmente aberto
37 + 39 Relé 7, normalmente aberto
41 + 43 Relé 8, normalmente aberto
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Entrada opto-acoplada L4 (grupo 2)
47 + 55 Entrada opto-acoplada L5 (grupo 2)
49 + 55 Entrada opto-acoplada L6 (grupo 2)
51 + 55 Entrada opto-acoplada L7 (grupo 2)
53 + 55 Entrada opto-acoplada L8 (grupo 2)
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.5.3 BLOCO DE TERMINAIS CENTRAL

Terminal Descrição
58 + 60 Relé 9, normalmente aberto
62 + 64 Relé 10, normalmente aberto
66 + 68 Relé 11, normalmente aberto
70 + 72 Relé 12, normalmente fechado
74 + 76 Entrada opto-acoplada L9
78 + 80 Entrada opto-acoplada L10
82 + 84 Entrada opto-acoplada L11
O resto Não Usado

P14D-TM-PT-7 43
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

4.6 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 5 DO P14D

1 57 58 29 30
3 4 59 RL9 60 31 RL5 RL1 32
5 WatchDog 6 61 62 33 34
7 8 63 RL10 64 35 RL6 RL2 36
9 10 65 66 37 38
11 12 67 RL11 68 39 RL7 RL3 40
13 14 69 70 41 42
PSU
15 16 71 RL12 72 43 RL8 RL4 44
17 Vcs 18 73 74 45 46
19 Va Vb 20 L9 L4 L1
75 76 47 48
21 Vc 22 L10 L5 L2
77 78 49 50
23 Ia 24 L11 L6 L3
79 80 51 52
25 Ib 26 L12 L7
81 82 53 54
27 Ic 28 L13 L8
83 84 55 56
In
SCN

E00218

Figura 13: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S D

4.6.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.6.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto

44 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Terminal Descrição
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Relé 5, normalmente aberto
33 + 35 Relé 6, normalmente aberto
37 + 39 Relé 7, normalmente aberto
41 + 43 Relé 8, normalmente aberto
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Entrada opto-acoplada L4 (grupo 2)
47 + 55 Entrada opto-acoplada L5 (grupo 2)
49 + 55 Entrada opto-acoplada L6 (grupo 2)
51 + 55 Entrada opto-acoplada L7 (grupo 2)
53 + 55 Entrada opto-acoplada L8 (grupo 2)
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.6.3 BLOCO DE TERMINAIS CENTRAL

Terminal Descrição
58 + 60 Relé 9, normalmente aberto
62 + 64 Relé 10, normalmente aberto
66 + 68 Relé 11, normalmente aberto
70 + 72 Relé 12, normalmente aberto
74 + 84 Entrada opto-acoplada L9 (grupo 5)
76 + 84 Entrada opto-acoplada L10 (grupo 5)
78 + 84 Entrada opto-acoplada L11 (grupo 5)
80 + 84 Entrada opto-acoplada L12 (grupo 5)
82 + 84 Entrada opto-acoplada L13 (grupo 5)
O resto Não Usado

P14D-TM-PT-7 45
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

4.7 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 6 DO P14D

1 29 30
3 4 31 RL1 32
5 WatchDog 6 33 34
7 8 35 RL2 36
9 10 37 38
11 12 39 RL3 40
13 14 41 42
PSU
15 16 43 RL4 44
17 Vcs 18 45 46
19 Va Vb 20 L1
47 48
21 Vc 22 L2
49 50
23 Ia 24 L3
51 52
25 Ib 26 53 54
27 Ic 28 55 56
In
SCN

E00270

Figura 14: P14D em caixa de 20TE com opção de E/S E

4.7.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.7.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto

46 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Terminal Descrição
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Não Usado
33 + 35 Não Usado
37 + 39 Não Usado
41 + 43 Não Usado
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Não Usado
47 + 55 Não Usado
49 + 55 Não Usado
51 + 55 Não Usado
53 + 55 Não Usado
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.8 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 7 DO P14D

Placa de
comunicação
Ethernet

E00272

Figura 15: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S E + comunicação Ethernet

4.8.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto

P14D-TM-PT-7 47
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

Terminal Descrição
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.8.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Não Usado
33 + 35 Não Usado
37 + 39 Não Usado
41 + 43 Não Usado
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Não Usado
47 + 55 Não Usado
49 + 55 Não Usado
51 + 55 Não Usado
53 + 55 Não Usado
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.8.3 CONECTIVIDADE ETHERNET


As conexões Ethernet estão situadas entre os blocos de terminais esquerdo e direito. Os seguintes tipos de placa
Ethernet estão disponíveis:
● Ethernet de cobre simples e canais de fibra com failover hot standby (opção 6 no dígito 7 do cortec).
● Canal de cobre Ethernet redundante duplo, suportado pelos protocolos PRP e HSR (opção E do dígito 7 do
cortec).
● Canal de fibra Ethernet redundante duplo, suportado pelos protocolos PRP e HSR (opção F no dígito 7 do
cortec).

48 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

4.9 CONFIGURAÇÃO DE HARDWARE 8 DO P14D

1 57 58 29 30
3 4 59 RL5 60 31 RL1 32
5 WatchDog 6 61 62 33 34
7 8 63 RL6 64 35 RL2 36
9 10 65 66 37 38
11 12 67 RL7 68 39 RL3 40
13 14 69 70 41 42
PSU
15 16 71 RL8 72 43 RL4 44
17 Vcs 18 73 74 45 46
19 Va Vb 20 L4 L1
75 76 47 48
21 Vc 22 L2
77 78 49 50
23 Ia 24 L5 L3
79 80 51 52
25 Ib 26 81 82 53 54
27 Ic 28 L6
83 84 55 56
In
SCN

E00271

Figura 16: P14D em caixa de 30TE com opção de E/S F

4.9.1 BLOCO DE TERMINAIS ESQUERDO

Terminal Descrição
1 Terra
2 Não Usado
3+5 Watchdog, normalmente fechado
4+6 Watchdog, normalmente aberto
7 a 12 Não Usado
13 + 14 Fonte de alimentação
15 + 16 Transformador de tensão Vcs, ou V0
17 + 18 Transformadores de tensão, VA e VB
19 + 20 Transformador de tensão VC
21 + 22 Transformador de corrente IA
23 + 24 Transformador de corrente IA
25 + 26 Transformador de corrente IC
27 + 28 Transformador de corrente IN

4.9.2 BLOCO DE TERMINAIS DIREITO

Terminal Descrição
30 + 32 Relé 1, normalmente aberto
34 + 36 Relé 2, normalmente aberto
38 + 40 Relé 3, normalmente aberto

P14D-TM-PT-7 49
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

Terminal Descrição
42 + 44 Relé 4, normalmente aberto
29 + 31 Não Usado
33 + 35 Não Usado
37 + 39 Não Usado
41 + 43 Não Usado
46 + 52 Entrada opto-acoplada L1 (grupo 1)
48 + 52 Entrada opto-acoplada L2 (grupo 1)
50 + 52 Entrada opto-acoplada L3 (grupo 1)
45 + 55 Não Usado
47 + 55 Não Usado
49 + 55 Não Usado
51 + 55 Não Usado
53 + 55 Não Usado
54 + 56 EIA(RS)485 ou IRIG-B demodulado

4.9.3 BLOCO DE TERMINAIS CENTRAL

Terminal Descrição
58 + 60 Relé 5, normalmente aberto
62 + 64 Relé 6, normalmente aberto
66 + 68 Relé 7, normalmente aberto
70 + 72 Relé 8, normalmente fechado
74 + 76 Entrada opto-acoplada L4
78 + 80 Entrada opto-acoplada L5
82 + 84 Entrada opto-acoplada L6
O resto Não Usado

50 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

5 PAINEL FRONTAL

5.1 PAINEL FRONTAL DO 20TE

Figura 17: Painel frontal (20TE)


As figuras mostram os painéis frontais da opção 20TE.
Consiste em:
● Mostrador LCD
● Teclado
● Porta USB
● 4 x LED tricolor de função fixa
● 4 x LED tricolor programável

P14D-TM-PT-7 51
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

5.2 PAINEL FRONTAL DO 30TE

Figura 18: Painel frontal (30TE)


As figuras mostram os painéis frontais da opção 30TE.
Consiste em:
● Mostrador LCD
● Teclado
● Porta USB
● 4 x LED tricolor de função fixa
● 8 x LED tricolor programável
● 3 x tecla de função
● 3 x LED tricolor das teclas de função

5.3 TECLADO
O teclado possui as seguintes teclas:

4 teclas de seta para navegação pelos menus (Organizadas em torno


da tecla ENTER)

Uma tecla ENTER para confirmação da opção escolhida

52 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 3 - Projeto de hardware

Uma tecla CLEAR para exclusão do último comando

Uma tecla READ para visualização de blocos de texto maiores (teclas


direcionais agora usadas para navegar)

2 teclas de atalho para navegar através do mostrador padrão e para


controle dos grupos de configuração. Estas são situadas diretamente
abaixo do mostrador LCD.

5.4 MOSTRADOR DE CRISTAL LÍQUIDO


O LCD é um mostrador monocromático de alta resolução de 16 caracteres, com 3 linhas e iluminação de fundo
regulável.

5.5 PORTA USB


A porta USB está situada no painel frontal no canto esquerdo inferior, e é usada para se comunicar com um PC
conectado localmente. Ela possui duas finalidades principais:
● Transferir informações de configuração do PC para o Dispositivo e vice-versa.
● Efetuar a descarga de atualizações de firmware e edição de textos de menu.

A porta é destinada a uma ligação temporária durante testes, instalação e ativação. Não é destinada a ser usada
em comunicações SCADA permanentes. Esta porta suporta apenas o protocolo de comunicação Courier. O
Courier é um protocolo de comunicação proprietário que permite a comunicação com uma linha de
equipamentos de proteção, e entre o dispositivo e o pacote de software de suporte que executa no Windows.
Pode ser usado um cabo USB de até 5 m de comprimento para conectar a unidade a um PC.
O temporizador de inatividade para a porta frontal está definido em 15 minutos. Isto controla o tempo que a
unidade mantém o nível de acesso por senha na porta frontal. Se nenhuma mensagem for recebida na porta
frontal durante 15 minutos, qualquer nível de acesso por senha que tenha sido autorizado é cancelado.

Nota:
A porta frontal serial não suporta extração automática de registos de eventos e perturbações, embora estes dados possam
ser acessados manualmente.

Cuidado:
Quando não em uso, feche sempre a tampa da porta USB para evitar contaminação.

P14D-TM-PT-7 53
Capítulo 3 - Projeto de hardware P14D

5.6 LEDS DE FUNÇÃO FIXA


Quatro LEDs de função fixa no lado esquerdo do painel frontal indicam as seguintes condições.
● O LED Desarme (Vermelho) ACENDE quando o IED emite um sinal de desarme. Ele é apagado quando o
registo de falha associado é apagado do mostrador frontal. O LED Desarme também pode ser configurado
como self-reset.
● Alarme (Amarelo) pisca quando o IED regista um alarme. Isto pode ser ativado por um registo de falha,
evento ou registro de manutenção. O LED pisca até que os alarmes tenham sido aceitos (lidos) e, então,
muda para continuamente ACESO. Quando os alarmes são desligados, o LED muda para APAGADO.
● Fora de serviço (Amarelo) fica ACESO quando as funções do IED não estão disponíveis.
● Saudável (Verde) está ACESO quando o IED está em perfeito funcionamento, devendo ficar ACESO o tempo
todo. O LED APAGA se o autoteste da unidade mostrar que existe um erro no hardware ou software. O
estado do LED saudável é refletido no contato watchdog na parte traseira do equipamento.

5.7 TECLAS DE FUNÇÃO


As teclas de função programáveis estão disponíveis para uso personalizado em alguns modelos.
Configurações padrão de fábrica associam funções específicas a estas teclas, mas ao usar o esquema lógico
programável, as funções padrão destas teclas podem ser alteradas para atender a necessidades específicas.
Junto a estas teclas de função existem LEDs tricolores programáveis que estão associados às respectivas teclas
de função.

5.8 LEDS PROGRAMÁVEIS


O dispositivo possui alguns LEDs programáveis. Todos os LEDs programáveis da unidade são tricolores e podem
ser acesos em VERMELHO, AMARELO ou VERDE.
Na caixa de 20TE, existem quatro LEDs programáveis. Na caixa de 30TE, existem oito LEDs.

54 P14D-TM-PT-7
DESIGN DO SOFTWARE

CAPÍTULO 4
Capítulo 4 - Design do software P14D

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P14D Capítulo 4 - Design do software

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo descreve o design do software do IED
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 57
Visão geral do software 58
Software de nível de sistema 59
Software da plataforma 61
Funções de controle e proteção 62

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Capítulo 4 - Design do software P14D

2 VISÃO GERAL DO SOFTWARE


A família de produtos baseada na plataforma P40 Agile pode ser categorizada conceptualmente em vários
elementos, como descrito a seguir:
● Software de nível de sistema
● Software da plataforma
● Software de controle e proteção

Estes elementos não se distinguem para o usuário e a distinção será feita aqui meramente para fins
explanatórios.

Camada de software de proteção e controle


Tarefa de proteção

Lógica programável Processamento Algoritmos de


e de lógica fixa Fourier de sinais proteção Tarefa do localizador Tarefa do
de defeito registrador de
distúrbios

Tarefa supervisora

Registros

Configurações
de proteção e
controle
Camada de software de plataforma

Evento, falha, Interfaces de


distúrbio, registro de Banco de dados de comunicação
Função de manutenção configurações remota
amostragem

Interface do painel
Interfaces de
dianteiro
comunicação local
(LCD + Teclado)

Dados amostrados + Controle das interfaces ao teclado , Mostrador


Entradas lógicas LCD, LEDs, portas dianteiras e traseiras .
digitais Controle dos contatos de Registros de manutenção de verificação
saída e LEDs programáveis automática

Camada de software do nível de sistema


Serviços do sistema (por ex. device drivers) / Sistema operacional de tempo real / Software de autodiagnóstico

Camada de dispositivos de hardware


LEDs / LCD / Teclado / Memória / FPGA

V00300

Figura 19: Estrutura do software


O software pode ser dividido em um número de funções como ilustrado acima. Cada função é, posteriormente,
dividida em um número de tarefas separadas. Essas tarefas são executadas por um Agendador. São disparadas a
intervalos fixos ou por eventos. As tarefas se comunicam entre si, conforme necessário.

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P14D Capítulo 4 - Design do software

3 SOFTWARE DE NÍVEL DE SISTEMA

3.1 SISTEMA OPERACIONAL DE TEMPO REAL


O sistema operacional de tempo real é usado para agendar o processamento de várias tarefas. Isto garante que
são processadas no tempo disponível e na ordem de prioridades desejada. O sistema operacional também atua
no controle da comunicação entre as tarefas de software.

3.2 SOFTWARE DE SERVIÇOS DO SISTEMA


O software de serviços do sistema fornece a camada entre o hardware e a funcionalidade de mais alto nível do
software da plataforma, além do software de controle e proteção. Por exemplo, o software de serviços do sistema
fornece drivers para controle de itens como o mostrador LCD, o teclado e as portas de comunicação remota.
Também controla coisas como a reinicialização do processador e o download do código do processador para a
memória RAM, na inicialização.

3.3 SOFTWARE DE AUTO-DIAGNÓSTICO


O equipamento contém várias funcionalidades de auto-diagnóstico quando em serviço, para verificação do seu
hardware e software. Se existir um problema com o software ou hardware, o equipamento deve conseguir
detectar o problema e elaborar um relatório, na tentativa de resolver o problema irá efectuar um reboot. Neste
caso o equipamento deve estar fora de serviço durante um curto periodo, durante o qual o "Healthy Led" na face
frontal estará apagado e o contacto do Watchdog estara activo. Se o restart não solucionar o problema, a
unidade ira ficar fora de serviço permanentemente, ficando o "Healthy Led" apagado e o contacto do Watchdog
permanece activo.
Se um problema é detectado pelo auto-diagnóstico, o equipamento tenta gravar um registo de manutenção para
comunicar o tipo de problema ao utilizador.
A auto-monitorização é implementada em duas etapas: Em primeiro lugar numa verificação que é efectuada no
arranque e posteriormente um self-diagnóstico continuo, que verifica as funções criticas durante a operação.

3.4 AUTOTESTE NA INICIALIZAÇÃO


O autoteste demora poucos segundos para ser concluído, intervalo durante o qual as funções de medição,
registro, controle e proteção do IED ficam indisponíveis. Em uma inicialização e autoteste bem sucedidos, o LED
'Operacional', na frente da unidade, é aceso. Caso seja detectado um problema durante os testes de inicialização,
o dispositivo permanecerá fora de serviço até que seja colocado novamente em serviço de forma manual.
As operações efetuadas na inicialização são:
1. Boot do sistema
2. Inicialização do software do sistema
3. Monitoramento e inicialização do software da plataforma.

3.4.1 BOOT DO SISTEMA


A integridade da memória flash é verificada usando um checksum (verificação por soma), antes que o código do
programa e os dados sejam carregados na memória RAM, para execução pelo processador. Quando a carga
houver sido completada, os dados na RAM serão comparados aos presentes na memória flash, para garantir que
não ocorreram erros na transferência de dados e que são iguais. O ponto de início do código do software na RAM
é então acionado. Este é o código de inicialização do IED.

3.4.2 INICIALIZAÇÃO DO SOFTWARE DE NÍVEL DO SISTEMA


O processo de inicialização, inicializa os registradores do processador e interrupções, inicia os temporizadores de
watchdog (usado pelo hardware para determinar se o software ainda está executando), inicia o sistema

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Capítulo 4 - Design do software P14D

operacional de tempo real e cria e inicia a tarefa supervisora. No processo de inicialização o dispositivo verifica o
seguinte:
● O status do supercapacitor (usado para suportar a cópia de segurança da SRAM).
● A integridade da memória não-volátil, usada para armazenar os registros de eventos, falhas e distúrbios.
● A operação do controlador do LCD.
● A operação do watchdog

Ao término da execução do software de inicialização, a tarefa supervisora inicia o processo de inicialização do


software da plataforma.

3.4.3 MONITORAMENTO E INICIALIZAÇÃO DO SOFTWARE DA PLATAFORMA.


Quando se inicia o software da plataforma, o IED verifica o seguinte:
● A integridade dos dados mantidos na memória volátil (usando checksum).
● A operação do relógio de tempo real.
● A função IRIG-B opcional (se aplicável)
● A presença e condição da placa de entrada
● O sistema de aquisição de dados analógicos (isso é feito por amostragem da tensão de referência).

Após o término bem sucedido de todos esses testes, a unidade entra em serviço e o software aplicativo é iniciado.

3.5 AUTOTESTE CONTÍNUO


Quando o IED está em serviço, verifica continuamente a operação das partes críticas de seu hardware e software.
A verificação é realizada pelo software de serviços do sistema e os resultados são relatados para o software da
plataforma. As funções verificadas são as seguintes:
● A memória flash que contém todo o código de programa e texto de mensagens é verificada por um
checksum.
● O código e dados constantes mantidos na memória do sistema são verificados contra os dados
correspondentes da memória flash, para determinar se os dados foram corrompidos.
● A memória do sistema que contém todos os dados além do código e dados constantes é verificada com
um checksum.
● A integridade dos dados de E/S de sinal digital das entradas opto-acopladas e das bobinas dos relés de
saída é verificada pela função de aquisição de dados sempre que esta é executada.
● A operação do sistema de aquisição de dados é verificada continuamente pela função de aquisição a cada
vez que esta é executada. Isto é feito pela amostragem das tensões de referência.
● A operação da placa de Ethernet opcional é verificada pelo software na placa do processador principal. Se
a placa de Ethernet falha em responder, é emitido um alarme e o cartão é reiniciado em uma tentativa de
solucionar o problema.
● A operação da função IRIG-B opcional é verificada pelo software que lê a data e horário da placa.
No evento de uma das verificações detecta um erro em algum dos subsistemas, o software da plataforma é
notificado e tenta criar um registro de manutenção.
Se o problema for com o supercapacitor ou com a placa IRIG-B, o dispositivo continua a operação. Para
problemas detectados em qualquer outra área, o dispositivo inicia um desligamento e reinicialização, que
resultam em um intervalo de 10 segundos durante o qual a funcionalidade fica indisponível.
Um reinício deve limpar a maioria dos problemas que podem acontecer. Se, contudo, o autoteste de diagnóstico
detectar a presença do mesmo problema que provocou a reinicialização do IED, isso significa que a reinicialização
não eliminou o problema e o dispositivo se coloca a si mesmo fora de serviço permanentemente. Isto é indicado
pelo LED ‘Operacional’, na frente do dispositivo, que é apagado, e pelo contato do watchdog que vai para nível
ATIVO (ON).

60 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 4 - Design do software

4 SOFTWARE DA PLATAFORMA
O software da plataforma possui três funções principais:
● Controlar o armazenamento dos registros gerados pelo software de proteção, incluindo alarmes, eventos,
falhas e registros de manutenção.
● Armazenar e manter um banco de dados de todas as configurações na memória não volátil.
● Prover a interface interna entre a base de dados de configurações e as interfaces do usuário, usando a
interface do painel frontal e as portas de comunicação dianteira e traseira.

4.1 ARMAZENAMENTO DE REGISTROS


A função de registro é usada para armazenar todos os alarmes, eventos, falhas e registros de manutenção. Os
registros são armazenados na memória não volátil para criar um histórico do que aconteceu. O IED mantém
quatro tipos de registro armazenados segundo a lógica de fila FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair). São eles:
● Alarmes
● Registros de eventos
● Registros de falhas
● Registros de manutenção

Os registros são mantidos de modo que o mais antigo é sobrescrito pelo mais novo. A função de registro pode ser
iniciada a partir do software de proteção. O software de plataforma é responsável por criar um registro de
manutenção, no evento de uma falha do IED. Isto inclui erros que tenham sido detectados pelo próprio software
da plataforma, ou erros detectados pelos serviços do sistema ou pela função do software de proteção. Consulte o
capítulo sobre Monitoramento e Controle para obter mais detalhes sobre a criação de registros.

4.2 BANCO DE DADOS DE CONFIGURAÇÕES


A base de dados de configurações contém todas as configurações e dados, armazenados na memória não volátil.
O software de plataforma gerencia a base de dados de configurações e assegura que apenas uma interface com
o usuário possa alterar os dados os dados por vez. Esta restrição é necessária para evitar conflitos entre partes
diferentes do software durante uma alteração.
Alterações nas configurações de proteção e dos registros de distúrbios são, primeiro, escritas em uma memória
SRAM de localização temporária. Esta memória é, algumas vezes, chamada de 'rascunho'. Estas configurações
não são escritas na memória não volátil, imediatamente. Isto acontece porque alterações que fazem parte de um
grupo não podem ser ativadas uma a uma, mas apenas como parte de um esquema completo. Uma vez que todo
o esquema tenha sido armazenado na SRAM, o grupo de configurações poderá ser guardado na memória não
volátil, onde tais configurações se tornarão ativas.

4.3 INTERFACES
A base de dados de configurações e medições deve ser acessada a partir de todas as interfaces de modo a
permitir operações de leitura e de alteração. O software de plataforma apresenta os dados no formato apropriado
para cada uma das interfaces (mostrador LCD, teclado e todas as interfaces de comunicação).

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Capítulo 4 - Design do software P14D

5 FUNÇÕES DE CONTROLE E PROTEÇÃO


O software de controle e proteção processa todos os elementos de proteção e funções de medição. Para
conseguir isto, ele tem de se comunicar com o software de serviços do sistema, com o software da plataforma, e
também organizar suas próprias operações.
O software da tarefa de proteção possui a maior prioridade entre todas as tarefas de software da placa do
processador principal. Isto garante a resposta de proteção mais rápida possível.
O software de proteção e controle fornece uma tarefa de supervisão, que controla o início da tarefa e trata a troca
de mensagens entre a tarefa e o software da plataforma.

5.1 AQUISIÇÃO DE AMOSTRAS


Após a inicialização, a tarefa de controle e proteção aguarda até que existam amostras suficientes a serem
processadas. A aquisição de amostras na placa do processador principal é controlada pela 'função de
amostragem', chamada pelo software de serviços do sistema.
A função de amostragem coleta amostras do módulo de entrada e as armazena em um buffer FIFO de dois ciclos.
A taxa de amostragem é de 24 amostras por ciclo. Isto resulta em uma taxa de amostragem nominal de 1200
amostras por segundo, em um sistema de 50 Hz, e de 1440 amostras por segundo, em um sistema de 60 Hz.
Entretanto, a taxa de amostragem não é fixa. A função de amostragem rastreia a frequência do sistema elétrico,
conforme descrito na seção a seguir.

5.2 RASTREAMENTO DE FREQUÊNCIA


O dispositivo usa um algoritmo de rastreamento de frequência que garante que são coletadas sempre 24
amostras por ciclo, independentemente do deslocamento de frequência, dentro de uma certa faixa de frequência
(ver especificações técnicas). Caso a frequência da energia caia fora desta faixa, a taxa de amostragem, volta a
seu valor padrão de 1200 Hz para 50Hz ou 1440 Hz para 60 Hz.
O rastreamento de frequência dos sinais analógicos de entrada é obtido por um algoritmo de Fourier recursivo,
aplicado a um dos sinais de entrada. Ele detecta alterações no ângulo de fase dos sinais medidos. O valor
calculado da frequência é usado para modificar a taxa de amostragem usada pelo módulo de entrada, de modo a
se atingir uma taxa de amostragem constante por ciclo da forma de onda da energia. O valor da frequência
rastreada também é armazenado para uso pela tarefa de controle e proteção.
A função rastreia qualquer tensão ou corrente na ordem VA, VB, VC, IA, IB, IC, até 10%Vn, para tensão, e até 5%In,
para corrente.

5.3 PROCESSAMENTO FOURIER DE SINAIS


Quando a tarefa de controle e proteção é reiniciada pela função de amostragem, ela calcula os componentes
Fourier dos sinais analógicos. Embora alguns algoritmos de proteção usem alguns harmônicos derivados pelo
método Fourier (por ex., segunda harmônica para inrush de magnetização ), a maioria das funções de proteção se
baseiam nos componentes fundamentais dos sinais analógicos medidos, derivados pelo método Fourier. Os
componentes Fourier da corrente de entrada e sinais de tensão são armazenados na memória de modo que
podem ser acessados por todos os algoritmos dos elementos de proteção.
Os componentes Fourier são calculados usando um algoritmo Fourier monociclo. Este algoritmo Fourier usa
sempre as 24 amostras mais recentes do buffer de 2 ciclos.
As maiorias dos algoritmos de proteção usam a componente fundamental. Neste caso, o algoritmo Fourier extrai
a componente fundamental da frequência da energia a partir do sinal e produz sua magnitude e ângulo de fase.
Isto pode ser representado tanto em formato polar como em retangular, dependendo das funções e algoritmos
que o usam.
A função Fourier atua como um filtro, com ganho zero em CC e ganho unitário na fundamental, porém com boa
rejeição de harmônicas, em todas as frequências até à frequência de Nyquist. Frequências além desse limite de

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P14D Capítulo 4 - Design do software

Nyquist são conhecidas como frequências falsas (alias), introduzidas quando a frequência de amostragem se
torna menor do que duas vezes o componente de frequência sendo amostrado. Entretanto, as frequências falsas
são significativamente atenuadas por um filtro anti aliasing (filtro passa-baixas), que atua nos sinais analógicos
antes que sejam amostados. O ponto de corte ideal de um filtro passa-baixas anti-aliasing deveria ser
estabelecido em:
(amostras por ciclo) ´ (frequência fundamental)/2
Com 24 amostras por ciclo, este ponto seria especificamente 600 Hz, em um sistema com 50 Hz, ou 720 Hz, em
um sistema de 60 Hz.
A figura a seguir mostra a resposta de frequência nominal do filtro anti-aliasing e do filtro Fourier de um algoritmo
Fourier monociclo com 24 amostras, atuando na componente fundamental.
Amplitude

Número da amostra
[Amplitude]

Frequência de entrada
= 16 ,0 Hz

Frequência (Hz)

V00301

Figura 20: Resposta de frequência (apenas indicativa)

5.4 LÓGICA DE ESQUEMA PROGRAMÁVEL


A finalidade do Lógica de Esquema Programável (PSL) é permitir que você configure seus próprios esquemas de
proteção para suas aplicações específicas. Isto é feito com portas lógicas programáveis e temporizadores de
atraso. Para permitir grande flexibilidade, cada um dos quatro grupos de configurações pode ter sua própria PSL.
A entrada para a PSL é qualquer combinação do estado dos sinais digitais de entrada provenientes dos isoladores
ópticos na placa de entrada, das saídas dos elementos de proteção, como os disparos e desarmes de proteção e

P14D-TM-PT-7 63
Capítulo 4 - Design do software P14D

das saídas da Lógica de Esquema Programável (PSL). A Lógica de Esquema Fixo provê os esquemas de proteção
padrão. A PSL consiste de portas lógicas de software e temporizadores. As portas lógicas podem ser programadas
para efetuar uma gama de diversas funções lógicas e podem aceitar qualquer número de entradas. Os
temporizadores são usados para criar um atraso programável e/ou para condicionar as saídas lógicas, como criar
um pulso de duração fixa da saída independentemente do comprimento do pulso na entrada. As saídas da PSL
são os LEDs no painel frontal do dispositivo e os contatos de saída na traseira.
A execução da lógica PSL é determinada por eventos. A lógica é processada sempre que qualquer uma de suas
entradas muda, por exemplo, como resultado de uma mudança em um dos sinais digitais de entrada ou em uma
saída de desarme de um elemento de proteção. Além disso, somente é processada a parte da PSL que é afetada
especificamente pela entrada em que ocorreu a alteração. Isto reduz a quantidade tempo de processamento
usado pela PSL. O software de controle e proteção atualiza os temporizadores de atraso da lógica e verifica se
ocorreu alguma mudança nos sinais de entrada da PSL, toda a vez que é executada.
A PSL pode ser configurada para criar esquemas muito complexos. Em função disso, o design da PSL é criado
usando um pacote de software de PC, chamado Editor PSL. Ele é fornecido como parte do software de
configuração MiCOm S1 Agile, ou como um módulo de software autônomo.

5.5 REGISTRO DE EVENTOS


Uma mudança em qualquer sinal de entrada digital ou sinal de saída de elemento de proteção é usada para
indicar que um evento aconteceu. Quando isto acontece, a tarefa de controle e proteção envia uma mensagem à
tarefa supervisora para indicar que existe um evento disponível para ser processado; e escreve os dados do
evento em um buffer rápido controlado pela tarefa supervisora. Quando a tarefa supervisora recebe um registro
de evento, instrui o software da plataforma a criar o registro apropriado na memória não volátil (memória flash). A
operação de armazenamento do registro na SRAM é mais lenta do que o armazenamento no buffer. Isto significa
que o software de proteção não é atrasado aguardando o armazenamento dos registros pelo software de
plataforma. Entretanto, nos casos raros em que um grande número de registros é criado em um curto intervalo de
tempo, é possível que alguns sejam perdidos, se o buffer supervisor estiver cheio antes que o software da
plataforma seja capaz de criar um novo registro na SRAM. Se isto acontecer, será registrado um evento que indica
esta perda de informação.
Os registros de manutenção são criados de maneira similar, com a tarefa supervisora instruindo o software da
plataforma para armazenar um registro, quando recebe uma mensagem de registro de manutenção. Contudo, é
possível que um registro de manutenção seja disparado por um erro fatal no dispositivo, caso em que poderá não
ser possível armazenar o registro de manutenção, dependendo da natureza do problema.
Para mais informações, consulte o capítulo sobre Monitoramento e Controle.

5.6 REGISTRADOR DE DISTÚRBIOS


O registrador de distúrbios opera como uma tarefa separada da tarefa de controle e proteção. Pode registrar as
formas de onda dos canais analógicos calibrados mais os valores dos sinais digitais. O tempo de registro é
selecionável pelo usuário até um máximo de 10,5 segundos. O registrador de distúrbios recebe dados da tarefa de
controle e proteção uma vez por ciclo, e anexa os dados recebidos no registro de distúrbios até ao comprimento
requerido. Os registros de distúrbios podem ser extraídos com o uso do software aplicativo ou do sistema SCADA,
que também pode armazenar os dados no formato COMTRADE, permitindo o uso de outros pacotes para
visualização dos dados armazenados.
Para mais informações, consulte o capítulo sobre Monitoramento e Controle.

5.7 LOCALIZ.FALHA
O localizador de falhas usa 12 ciclos dos sinais de entrada analógicos para calcular a localização da falha. O
resultado é devolvido à tarefa de controle e proteção, que o inclui no registro de falha. As tensões pré-falha e pós-
falha também são incluídas no registro de falha. Quando o registro de falhas está completo, incluindo a
localização da falha, a tarefa de controle e proteção envia uma mensagem para a tarefa supervisora para criação
do registro de falha.

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P14D Capítulo 4 - Design do software

O localizador de falhas não está disponível em todos os modelos.

5.8 INTERFACE DAS TECLAS DE FUNÇÃO


As teclas de função têm interface direta com a PSL como sinais de entrada digital. Uma mudança de estado só é
reconhecida quando uma tecla é pressionada em média por mais de 200 ms. O tempo para registrar uma
mudança de estado depende se o pressionamento da tecla ocorre no início ou final de uma tarefa de proteção,
incluindo o tempo de escaneamento adicional requerido pelo hardware e software. O pressionamento de uma
tecla pode uma memorização (modo biestável) ou saída apenas no pressionamento (modo normal), dependendo
de como esta foi programada. Ela pode ser configurada para atender os requisitos de esquemas específicos de
proteção. O sinal de estado memorizado de cada tecla de função individual é registrado na memória não volátil e
lido da memória não volátil durante a energização do dispositivo, o que permite que o estado da tecla de função
seja restabelecido após a inicialização, caso a energia caia inesperadamente.

P14D-TM-PT-7 65
Capítulo 4 - Design do software P14D

66 P14D-TM-PT-7
CONFIGURAÇÃO

CAPÍTULO 5
Capítulo 5 - Configuração P14D

68 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Cada produto possui parâmetros de configuração de acordo com as funções para as quais foi projetado para
executar. Contudo, existe uma metodologia comum para a configuração desses parâmetros, utilizada em toda a
série de produtos.
Uma parte da configuração das comunicações só pode ser efetuada através da IHM, e não pode ser realizada
com o software aplicativo de configuração. Este capítulo inclui instruções concisas de como configurar o
dispositivo, particularmente no que se refere à configuração das comunicações, bem como uma descrição da
metodologia comum usada para a configuração geral do dispositivo.

Este capítulo contém as seguintes seções:


Visão geral do capítulo 69
Software aplicativo de configuração 70
Uso do painel IHM 71
Configuração de data e hora 83
Seleção de grupo de configurações 85

P14D-TM-PT-7 69
Capítulo 5 - Configuração P14D

2 SOFTWARE APLICATIVO DE CONFIGURAÇÃO


Para configurar este dispositivo, será necessário usar o software aplicativo de configuração. O software de
configuração usado nesta família de IEDs é chamado de MiCOM S1 Agile. Ele consiste em uma família de
ferramentas de software, usadas para configuração e gerenciamento de IEDs.
Embora você possa alterar muitas configurações usando a IHM do painel frontal, alguns recursos não podem ser
configurados sem o software de configuração; por exemplo, o esquema de lógica programável, ou comunicações
IEC1850.
Se você ainda não possui uma cópia do software de configuração, poderá obter uma no Centro de Contato da GE
Energy Connections.
Para configurar seu produto, você precisará de um modelo de dados que corresponda a seu produto. Quando
você iniciar o software de configuração, você verá um painel que permite a execução do “Gerenciador de Modelo
de Dados”. Isto fechará as demais funcionalidades do software permitindo uma importação eficiente do modelo
de dados escolhido. Se você não tem, ou não consegue encontrar, o modelo de dados associado a seu produto,
entre em contato com o Centro de Contato da GE Energy Connections.
Quando houver carregado todos os modelos de dados de que precisa, deve reiniciar o software de configuração e
iniciar a criação de um modelo de seu sistema, utilizando o painel “System Explorer” (Explorador do Sistema).
O software é concebido para ser intuitivo, mas existe ajuda disponível em um sistema de ajuda online e também
no Guia do Usuário do Software de Configuração, P40-M&CR-SAS-UG-<Idioma>-n, onde 'Idioma' é um código de
duas letras que designa a versão do idioma do guia, e 'n' é a versão mais recente do Software de Configuração.

70 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

3 USO DO PAINEL IHM


Com a IHM você pode:
● Exibir e modificar configurações
● Ver o status dos sinais digitais de E/S
● Exibir medições
● Exibir registros de falhas
● Reiniciar indicações de falhas e alarmes

O teclado fornece acesso total à funcionalidade do dispositivo com o uso de uma gama de opções de menu. A
informação é exibida no LCD.
Teclas Descrição Função

Para mudar o nível do menu, ou alterar entre


Teclas de cursor para cima e para
configurações de uma coluna particular, ou mudar valores
baixo
de uma célula.

Para alterar a tela padrão, mudar entre títulos de colunas,


Teclas de cursor esquerda e direita
ou trocar os valores de uma célula

Tecla ENTRAR Para alterar e executar configurações

Para execução de comandos e configurações para as


Hotkeys
quais foram definidas teclas de função

Para retornar para o cabeçalho da coluna, a partir de


Tecla Cancelar
qualquer célula do menu

Tecla Ler Para leitura de mensagens de alarme

Teclas de função (não em todos os


Para execução de funções programáveis pelo usuário
modelos)

P14D-TM-PT-7 71
Capítulo 5 - Configuração P14D

Nota:
Como o mostrador LCD possui uma resolução de 16 caracteres x 3 linhas, algumas informações aparecem em um formato
mnemônico condensado.

3.1 NAVEGAÇÃO PELO PAINEL DA IHM


As teclas de cursor são usadas para se navegar pelos menus. Essas teclas têm uma função de auto-repetição,
caso pressionadas continuamente. Isto pode ser usado para acelerar tanto a configuração de valores como a
navegação de menu. Quanto mais a tecla é pressionada, mais rápida a taxa de mudança ou movimento.
O mapa de navegação mostra como navegar pelos itens de menu.

Opção padrão de Opção padrão de


exibição exibição

Mensagem de
alarme

Opções padrão de exibição


C

Coluna 00 Títulos de colunas subsequentes Última coluna


Dados do sistema

As teclas de cursor verticais


permitem a movimentação entre as As teclas de cursor
linhas de configuração horizontais permitem
a movimentação
Linha 01
Idioma C entre valores, dentro
de uma célula
Linha 01

A tecla Cancel
(Cancelar) retorna
ao cabeçalho das
Linhas Linhas
colunas
subsequentes subsequentes

V00400

Figura 21: Navegação pela IHM

3.2 PRIMEIROS PASSOS


Quando se inicia o IED pela primeira vez, ele executa o procedimento de inicialização. Após alguns segundos, ele
estacionará em um dos menus superiores. Existem dois menus neste nível:
● O menu de Alarmes, para quando existem alarmes presentes.
● O menu da tela inicial, para quando não existirem alarmes presentes.

72 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

Caso existam alarmes presentes, o LED de Alarmes amarelo piscará e a tela do menu apresentará o seguinte:

Alarmes/Falhas
Presentes
HOTKEY

Embora o dispositivo em si deva estar em estado de pleno de funcionamento quando é ligado pela primeira vez,
ainda assim deve ocorrer um alarme, por exemplo, um alarme de conexão de rede ausente, no caso de um
dispositivo com placa de rede. Neste caso, o alarme poderá ser lido pressionando-se a tecla 'Ler'.

ALARMES
NIC Falha Lig.

Se o dispositivo for instalado com um cartão Ethernet, você precisará primeiro conectar o dispositivo a uma rede
Ethernet ativa para desativar o alarme e obter a tela inicial.
Caso existam outros alarmes presentes, estes também precisarão ser desativados, antes que apareçam as
opções de menu padrão na tela inicial.

3.3 TELA PRE. DEF.


A IHM possui uma gama de opções que podem ser selecionadas como tela inicial. As opções disponíveis são:

Faixa de Conformidade com NERC


Se o dispositivo é um modelo com segurança de rede, ele exibirá uma tela inicial compatível com a NERC. Caso o
dispositivo não possua uma opção de segurança de rede, esta opção não estará disponível na tela.

ACESSO APENAS PARA


USUÁRIOS
AUTORIZADOS
HOTKEY

DATA E HORA
Por exemplo:

11:09:15
23 Nov 2011
HOTKEY

Descrição (definida pelo usuário)


Por exemplo:

Descrição
MiCOM P14NB
HOTKEY

P14D-TM-PT-7 73
Capítulo 5 - Configuração P14D

Mapa da planta (definida pelo usuário)


Por exemplo:

Ref. Instalação
MiCOM
HOTKEY

Nível Acesso
Por exemplo:

Nível de acesso
3
HOTKEY

Além do descrito acima, também existem telas para as tensões do sistema, potência, frequência, etc.,
dependendo do modelo do dispositivo.

3.4 NAVEGAÇÃO NA TELA INICIAL


O diagrama a seguir é um exemplo da navegação pela tela inicial. Neste exemplo, é apresentado um modelo de
segurança de rede. Isto é apenas um exemplo e não se aplica inteiramente a todos os modelos. As opções reais
disponíveis na tela dependem do modelo exato.
Use a teclas de cursor horizontais para navegar de uma tela a outra.

74 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

Faixa em
conformidade com
a NERC

Aviso de conformidade Aviso de conformidade


com a NERC com a NERC

Medições do
Nível de acesso sistema de corrente

Medições do
Frequência do
sistema de tensão
sistema

Medições do
Ref. da planta sistema de potência

Descrição Data e horário

V00403

Figura 22: Navegação na tela inicial


Caso o dispositivo tenha segurança de rede mas ainda não esteja configurado com a NERC (ver o capítulo sobre
segurança de rede), será exibido um aviso quando se sai da faixa "NERC compliant" (Conformidade NERC). A
mensagem de aviso será a seguinte:

DISPLAY NÂO NERC


CONFORME. OK?

Você precisará confirmar com o botão ENTRAR antes de prosseguir.

Nota:
Sempre que o IED tiver um alarme ativado, a tela inicial será substituída pelos textos Alarmes / Falhas presentes. Esta tela
inicial não pode ser substituída. Contudo, você consegue entrar na estrutura de menu a partir da tela inicial, mesmo se a tela
estiver exibindo a mensagem de Alarmes / Falhas.

P14D-TM-PT-7 75
Capítulo 5 - Configuração P14D

3.5 ENTRADA DE SENHA


Configurar a tela inicial (além da modificação de outras configurações) exige acesso nível 3. O sistema solicitará
sua senha antes de permitir a realização das alterações. A senha padrão do nível 3 é AAAA.

Colocar Senha

1. Um cursor piscante exibirá qual campo de caracteres da senha pode ser alterado. Pressione as teclas
verticais de cursor para alterar cada caractere (dica: o pressionamento da tecla "para cima" uma vez fará
aparecer um "A" maiúsculo, conforme requerido pela senha padrão de nível 3).
2. Use as teclas horizontais de cursor ("para a esquerda e "para a direita") para se mover entre os campos de
caracteres da senha.
3. Pressione a tecla ENTRAR para confirmar a senha. Caso você digite uma senha incorreta, será exibida uma
mensagem de senha inválida e depois a mensagem Colocar senha. Ao se inserir uma senha válida,
aparecerá uma mensagem indicado que a senha está correta e o nível de acesso que foi liberado. Caso
este nível seja suficiente para editar a configuração selecionada, a tela voltará para a página de
configuração para permitir a continuação da edição. Caso não tenha sido inserido o nível correto de senha,
a solicitação de senha será exibida novamente.
4. Para sair desta tela de solicitação, pressione a tecla APAGAR. Alternativamente, insira a senha através da
configuração de Senha da coluna DADOS SISTEMA. Caso o teclado fique inativo por 15 minutos, a proteção
por senha da interface com o usuário do painel frontal volta ao nível de acesso padrão.
Para reiniciar a proteção por senha para o nível padrão, selecione Senha e, depois, pressione a tecla CLEAR
(APAGAR) em vez de inserir uma senha.

Nota:
Na coluna CONFIG SEGURANÇA pode-se configurar o número máximo de tentativas, a janela de tempo na qual as tentativas
falhas são contadas e o intervalo de tempo durante o qual o usuário fica bloqueado.

3.6 PROCESSAMENTO DE ALARMES E REGISTROS


Caso existam mensagens de alarme, serão exibidas no mostrador padrão e o LED de alarme amarelo piscará. As
mensagens de alarme podem ser reiniciadas automaticamente ou memorizadas. Caso sejam memorizadas,
devem ser desativadas automaticamente.
1. Para ver as mensagens de alarme, pressione a tecla Ler. Quando todos os alarmes houverem sido
visualizados, mas não limpos, o LED de alarme muda de piscante para aceso continuamente, e é exibido o
registro de falha mais recente (caso exista um).
2. Desça pelas páginas do último registro de falha, usando as teclas de cursor. Quando todas as páginas do
registro de falha houverem sido visualizadas, aparecerá a seguinte janela.

76 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

Pressione APAGAR
para
Desativar os
alarmes

3. Para limpar todas as mensagens de alarme, pressione a tecla APAGAR. Para retornar à tela que exibe os
alarmes e falhas presentes, deixando-os ativos, pressione a tecla Ler.
4. Dependendo das configurações de senha, você poderá precisar digitar uma senha antes que as
mensagens de alarme possam se apagadas.
5. Quando as mensagens são apagadas, o LED de alarme amarelo se apaga. Caso o LED vermelho esteja
aceso, também se apagará.

Nota:
Para acelerar o procedimento, você poderá acessar o visualizador de alarmes com o uso da tecla Ler seguido do
pressionamento da tecla APAGAR. Isto leva o software diretamente para a tela de registro de falhas. Pressione a tecla
APAGAR novamente para se mover diretamente para a tela de desativação de alarmes e, então, pressione novamente a tecla
APAGAR para apagar todos os alarmes.

3.7 ESTRUTURA DO MENU


As configurações, comandos, registros e medições são armazenadas em uma base de dados local, dentro do IED.
Quando se usa uma IHM, é conveniente visualizar o sistema de navegação de menus como uma tabela. Cada
item do menu é conhecido como uma célula, que é acessada por referência a uma linha e coluna. Cada linha e
coluna recebe números hexadecimais de 2 dígitos, resultando em um endereço de célula de 4 dígitos para cada
célula na base de dados. Os grupos do menu principal são colunas alocadas alocados e os itens dentro de cada
grupo são linhas alocadas, e um item específico dentro de um grupo específico é uma célula.
Cada coluna contém todos os itens relacionados, por exemplo, todas as configurações de registros de distúrbio
ficam na mesma coluna.
Existem três tipos de células:
● Configurações: se aplicam a parâmetros que podem ser definidos em diversos valores.
● Comandos: se aplicam aos comandos que podem ser executados.
● Dados: refere-se às medições e registros a serem visualizados, que não são configuráveis.

Nota:
Algumas vezes o termo "Configuração" é usado com sentido genérico para significar todos os três tipos.

A tabela abaixo, fornece um exemplo da estrutura de menu:


DADOS SISTEMA (Col 00) VER REGISTROS (Col 01) MEDIÇÕES 1 (Col 02) …
Idioma (Linha 01) "Selecione Evento [0...n]" (Linha 01) IA Magnitude (Linha 01) …
Senha (Linha 02) Ref.Celula Menu (Linha 02) IA Ângulo Fase (Linha 02) …
Lig. Func. Sist. (Linha 03) Hora & Data (Linha 03) IB Magnitude (Linha 03) …
… … … …

É conveniente especificar todas as configurações em uma única coluna, detalhando o endereço Courier completo
em cada configuração. Portanto, a tabela acima poder ser representada como segue:

P14D-TM-PT-7 77
Capítulo 5 - Configuração P14D

Configuração Coluna Linha Descrição


DADOS SISTEMA 00 00 Definição da primeira coluna
Idioma (Linha 01) 00 01 Primeira configuração dentro da primeira coluna
Senha (Linha 02) 00 02 Segunda configuração dentro da primeira coluna
Lig. Func. Sist. (Linha 03) 00 03 Terceira configuração dentro da primeira coluna
… … …
VER REGISTOS 01 00 Definição da segunda coluna
Selecionar evento [0...n] 01 01 Primeira configuração dentro da segunda coluna
Ref.Celula Menu 01 02 Segunda configuração dentro da segunda coluna
Hora & Data 01 03 Terceira configuração dentro da segunda coluna
… … …
MEDIDAS 1 02 00 Definição da terceira coluna
IA Magnitude 02 01 Primeira configuração dentro da terceira coluna
IA Ângulo Fase 02 02 Segunda configuração dentro da terceira coluna
IB Magnitude 02 03 Terceira configuração dentro da terceira coluna
… … …

Os cabeçalhos das primeiras três colunas são comuns na maioria das linhas de produtos. Contudo, as linhas
dentro de cada um desses cabeçalhos podem diferir de acordo com o tipo de produto. Muitos dos cabeçalhos são
os mesmos para todos os produtos dentro da série. Apesar disso, não existe garantia de que os endereços serão
os mesmos para um cabeçalho de coluna específico. Portanto, você deve sempre consultar a documentação das
configurações do produto e não fazer suposições.

3.8 ALTERAÇÃO DAS CONFIGURAÇÕES


1. Na tela inicial, pressione a tecla de cursor Para baixo para exibir o cabeçalho da primeira coluna.
2. Use as teclas de cursor horizontais para selecionar o cabeçalho de coluna desejado.
3. Use as teclas de cursor verticais para ver os dados de configuração na coluna.
4. Para retornar ao cabeçalho da coluna, pressione a tecla "para cima" por aproximadamente um segundo,
ou pressione e tecla APAGAR uma vez. Só é possível se movimentar pelas colunas no nível do cabeçalho de
coluna.
5. Para retornar à tela inicial, pressione a tecla "Para cima" ou a tecla APAGAR, a partir de qualquer dos
cabeçalhos de coluna. Se você estiver usando a função de autorepetição da tecla "Para cima", não poderá
se deslocar diretamente para a tela inicial a partir de uma das células de coluna, pois a autorepetição para
no cabeçalho da coluna.
6. Para alterar o valor de uma configuração, vá para a respectiva célula no meni e pressione a tecla ENTRAR
para alterar o valor da célula. Um cursor piscante no LCD mostra que o valor pode ser alterado. Para fazer
a alteração, poderá ser solicitada sua senha.
7. Para alterar o valor, pressione as teclas de cursor Para cima e Para baixo. Se a configuração a ser alterada
é um valor binário ou uma cadeia de caracteres, selecione o bit ou caractere que deseja mudar, usando as
teclas de cursor horizontais.
8. Pressione a tecla ENTRA para confirmar o novo valor introduzido ou a tecla APAGAR para descartá-lo. A
nova configuração será descartada automaticamente, se não for confirmada em 15 segundos.

78 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

9. Para configurações do grupo de proteção e configurações de registros de distúrbios, as alterações podem


ser confirmadas antes de serem usadas. Quando todas as mudanças necessárias houverem sido inseridas,
retorne ao nível do cabeçalho de coluna e pressione a tecla "Para baixo". Antes de retornar à tela inicial,
aparecerá a seguinte janela.

Atual.Parametr?
ENTRAR ou APAGAR

10. Pressione a tecla ENTRAR para aceitar as novas configurações, ou pressione APAGAR para descartar as
novas configurações.

Nota:
Para as configurações do grupo de proteção e registro de distúrbios, se a temporização (time-out) expirar antes da
confirmação das alterações, estas serão descartadas. Contudo, as configurações de controle e suporte são atualizadas
imediatamente depois de digitadas, sem a necessidade de se confirmar na janela Confirmar configurações?.

3.9 ACESSO DIRETO (O MENU DE HOTKEYS)


Para configurações e comandos que precisam ser executados rapidamente, ou regularmente, o IED fornece um
par de teclas imediatamente abaixo do mostrador LCD. Estas teclas são chamadas de Hotkeys e podem ser
usadas para executar configurações e comandos específicos diretamente.
As funções disponíveis para acesso direto usando essas teclas são:
● Seleção de grupo de configuração
● Entradas de controle
● Funções de controle de disjuntor (CB)

A disponibilidade dessas funções é controlada pela célula Acesso direto na coluna CONFIGURAÇÃO. Existem
quatro opções: Desativado, Ativado, Disj.Controle Apenas e Hotkey Apenas.
Para a seleção de grupo de configuração e entradas de controle, esta célula deve ser definida em Ativado ou
Hotkey Apenas. Para funções de controle de disjuntor, a célula deve ser definida em Ativado ou
Disj.Controle Apenas.

3.9.1 SELEÇÃO DE GRUPO DE CONFIGURAÇÃO


Por padrão, apenas o grupo 1 de configuração é ativado. Outros grupos de configuração somente ficarão
disponíveis se forem ativados primeiro. Para ser capaz de selecionar um grupo de configurações diferente, você
precisa primeiro ativá-las primeiro na coluna CONFIGURAÇÃO.
Para acessar o menu de hotkeys da tela inicial, pressione a tecla que fica imediatamente abaixo do texto HOTKEY
no LCD. A seguinte tela aparecerá.

¬User32 STG GP®


MENU HOTKEY
EXIT

Use as teclas de cursor "para a direita" para acessar o menu GRUPO DE AJUSTES.

¬Menu Usuario01®
GRUPO AJUSTES 1
ProxGrp Selec.

P14D-TM-PT-7 79
Capítulo 5 - Configuração P14D

Selecione o grupo de configuração com ProxGrp e confirme, pressionando Selec.. Caso nenhuma das teclas de
cursor seja pressionada dentro de 20 segundos após o acionamento de uma hotkey de sub-menu, o dispositivo
voltará à tela inicial.

3.9.2 ENTRADAS DE CONTROLE


As entradas de controle são funções atribuíveis pelo usuário. Você pode usar a coluna CONFIG ENTR.CTRL para
configurar as entradas de controle para o menu de hotkeys. Para fazer isso, use a primeira célula de configuração
de Hotkey Ativada para ativar ou desativar qualquer uma das 32 entradas de controle. Você poderá definir cada
entrada de controle como memorizada ou pulsada e definir seu comando como Ligar/Desligar, Definir/
Redefinir, Entrada/Saída, ou Ativada/Desativada.
Como padrão, a hotkey é ativada para todas as 32 entradas de controle e estas são definidas como Definir/
Redefinir e são Memorizadas.
Para acessar o menu de hotkeys da tela inicial, pressione a tecla que fica imediatamente abaixo do texto HOTKEY
no LCD. A seguinte tela aparecerá.

¬User32 STG GP®


MENU HOTKEY
EXIT

Pressione a tecla de cursor direita, duas vezes, para obter a primeira entrada de controle, ou a tecla de cursor
esquerda para obter a última entrada de controle.

¬STP GP User02®
Control Entrada1
SAIR DEFINIR

Agora, você pode executar a função escolhida (Definir/Redefinir, neste caso).


Caso nenhuma das teclas de cursor seja pressionada dentro de 20 segundos após o acionamento de uma hotkey
de sub-menu, o dispositivo voltará à tela inicial.

3.9.3 CONTROLE DO DISJUNTOR


Você pode abrir e fechar o disjuntor controlado com a hotkey à direita, se ativada como descrito acima. Por
padrão, o acesso hotkey aos disjuntores fica desativado.
Se o acesso hotkey aos disjuntores houver sido habilitado, a parte inferior direita do mostrador exibirá "Aberto ou
Fechado", dependendo se o disjuntor está aberto ou fechado, respectivamente.
Por exemplo:

Ref. Instalação
MiCOM
HOTKEY FECHAR

Para fechar o disjuntor (neste caso), pressione a tecla diretamente abaixo de FECHAR. Aparecerá uma janela para
que você confirme ou cancele.

Executar
DISJ. FECHA
Cancelar
Confirmar

80 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

O capítulo Monitoramento e Controle possui informações mais detalhadas a este respeito.

3.10 TECLAS DE FUNÇÃO


A maioria dos produtos possui um número de teclas de função para funcionalidades de controle de programação
que usam o esquema de lógica programável (PSL).
Cada tecla de função possui um LED tricolor programável associado que pode ser programado para fornecer a
indicação desejada associada a uma tecla de função.
Estas teclas de função podem ser usadas para disparar qualquer função à qual sejam associadas como parte do
PSL. Os comandos de teclas de função ficam nas coluna TECLAS FUNÇÃO.
A primeira célula de cima para baixo na coluna TECLAS FUNÇÃO é a célula Estado Tcls Func. Ela contém uma
sequência de bits que representa os comandos das teclas de função. O status pode ser lido a partir desta
sequência binária.

TECLAS FUNÇÃO
Estado Tcls Func
0000000000

A próxima célula para baixo (Tecla Função 1) permite que você ative ou desative a primeira tecla de função (1). A
configuração Bloq. permite o bloqueio de uma tecla de função. Isto permite que as teclas de função configuradas
em modo Biestável e seus sinais DDB ativos em ‘alto’, sejam bloqueados em seus estados ativos, impedindo
que teclas pressionadas posteriormente desativem a função associada. O bloqueio de uma tecla de função
definida em modo normal desativa permanentemente os sinais DDB associados. Este recurso de segurança
impede que teclas pressionadas inadvertidamente ativem ou desativem funções críticas.

TECLAS FUNÇÃO
Tecla Função 1
Desbloqueado

A próxima célula para baixo (Modo Tecl.Func.1) permite que você defina a tecla de função em modo Normal ou
Biestável. No modo biestável, a saída do sinal DDB da tecla de função permanece no estado definido até que
um comando de reinício seja recebido, ativando a tecla de função no próximo pressionamento. No modo normal,
o sinal DDB da tecla de função permanece energizado enquanto a tecla é mantida pressionada e, depois, reinicia
automaticamente. Se necessário, uma largura mínima de pulso pode ser programada adicionando-se um
temporizador de pulso mínimo ao sinal de saída DDB de tecla de função.

TECLAS FUNÇÃO
Modo Tecl.Func.1
Biestável

A próxima célula para baixo (Etiq.Tecl.Func.1) permite que você altere a etiqueta associada à função. A etiqueta
padrão é Tecla Fn 1 neste caso. Para alterar esta etiqueta, você tem de pressionar a tecla ENTRAR e, então,
mudar o texto na linha inferior, caractere a caractere. Este texto é exibido quando uma tecla de função é
acessada no menu de teclas de função, ou pode ser exibido no PSL.

TECLAS FUNÇÃO
Etiq.Tecl.Func.1
Tecla Fn 1

As células subsequentes permitem que você realize o mesmo procedimento descrito acima para as demais teclas
de função.

P14D-TM-PT-7 81
Capítulo 5 - Configuração P14D

O estado das teclas de função é armazenado em memória não volátil. Se a alimentação elétrica auxiliar for
interrompida, o estado de todas as teclas de função será restaurado. O IED somente reconhece um único
pressionamento de tecla por vez e é necessário que a tecla seja pressionada durante pelo menos 200 ms para
que o pressionamento seja reconhecido. Este recurso evita pressionamentos duplos acidentais.

82 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

4 CONFIGURAÇÃO DE DATA E HORA


A configuração de data e hora normalmente será atualizada automaticamente pelo mecanismo de sincronização
de tempo da UTC (Coordenação de Tempo Universal) escolhida, quando o dispositivo está operando. Você
também pode definir a data e hora manualmente usando a célula Data/Hora da coluna DATA E HORA.

4.1 COMPENSAÇÃO DE FUSO HORÁRIO


O tempo padrão UTC usa a hora média de Greenwich como padrão. Sem compensação, a data e hora seriam
exibidas no dispositivo independente de sua localização.
Pode ser que você deseje exibir a hora local de sua localização geográfica. Você pode faze isto com as
configurações AtivarTempLocal e DesvioTempLocal.
A AtivarTempLocal possui três opções de configuração; Desativado, Fixo e Flexível.
Com Desativado, não é mantido fuso horário local. Será usada a sincronização de tempo a partir de qualquer
interface para definir o relógio principal. Todos os horários exibidos em todas as interfaces serão baseados no
relógio principal sem ajustes.
Com Fixo, é definido um ajuste de fuso horário, usando a configuração DesvioTempLocal e todas as interfaces
non-IEC 61850, que usam o protocolo Simple Network Time Protocol (SNTP), são compensadas para exibir o
horário local.
Com Flexível, é definido um ajuste de fuso horário local usando a configuração DesvioTempLocal. As
interfaces não IEC 61850, não locais, podem ser definidas ou com o fuso horário UTC ou com o fuso horário local.
As interfaces locais são sempre definidas com o fuso horário local e a interface Ethernet é sempre definida no fuso
UTC.
As interfaces onde você pode selecionar entre UTC e fuso local são as seriais, RP1, RP2, DNP sobre Ethernet (se
aplicável) e Courier em túnel (se aplicável). Isto é obtido por meio das seguintes configurações, cada uma delas
podendo ser definida como UTC ou Local.:
● Tempo Zona RP1
● Tempo Zona RP2
● Tempo Zona DNPOE
● Tempo Zona Cour.

A configuração DesvioTempLocal permite que você insira a compensação de fuso horário local de -12 a + 12
horas, em intervalos de 15 minutos.

4.2 COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO DE VERÃO


É possível compensar o horário de verão com as seguintes configurações
● DST Ativado
● Desvio DST
● Inicio DST
● Dia de InicioDST
● Mes de InicioDST
● MinutosInicioDST
● Fim DST
● Dia final DST
● Mes final DST
● MinutosFinalDST

P14D-TM-PT-7 83
Capítulo 5 - Configuração P14D

Estas configurações estão descritas na tabela DATA E HORA, no capítulo sobre configuração.

84 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 5 - Configuração

5 SELEÇÃO DE GRUPO DE CONFIGURAÇÕES


Você pode selecionar o grupo de configurações usando entradas opto-acopladas, uma seleção de menu, o menu
de hotkeys ou, em alguns modelos, teclas de função. Você escolhe o método usando a configuração de Grupo de
configurações na coluna CONFIGURAÇÃO. Existem duas possibilidades; Seleção via menu, ou seleção via PSL. Se
for escolhida a seleção via menu, você define o Grupo de configurações usando a configuração Parametros
Ativo, ou com as hotkeys. Se for escolhida a seleção via PSL, você define o Grupo de configurações com sinais
DDB, de acordo com a tabela a seguir:
SG Seleção 1X SG Seleção X1 Grupo de configurações selecionado
0 0 1
0 1 2
1 0 3
1 1 4
Cada grupo de configurações tem seu próprio PSL. Uma vez que uma configuração PSL tenha sido designada,
pode ser alocada a qualquer um dos 4 grupos de configurações. Quando descarregar ou extrair uma
configuração PSL, você será solicitado a inserir o grupo de configurações requerido para o qual ela será alocada.

P14D-TM-PT-7 85
Capítulo 5 - Configuração P14D

86 P14D-TM-PT-7
FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE CORRENTE

CAPÍTULO 6
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

88 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


O P14D fornece uma ampla gama de funções de proteção de corrente. Este capítulo descreve a operação destas
funções inclusive os princípios, diagramas lógicos e aplicações.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão Geral do Capítulo 89
Princípios de Proteção de Sobrecorrente 90
Proteção de sobrecorrente de fase 97
Elemento de Sobrecorrente Dependente de Tensão 107
Seleção de Limiar de Parâmetro de Corrente 111
Proteção de sobrecorrente de sequência negativa 112
Proteção de Defeito à Terra 116
Proteção de defeito à terra sensitiva 127
Arrq Carga Frio 137
Lógica de Sobrecorrente Seletiva 140
Seleção do Parâmetro do Temporizador 142
Proteção de Sobrecarga Térmica 143
Proteção de condutor quebrado 147
Proteção de Bloqueio de Sobrecorrente 149
Bloqueio por segunda harmónica 152
Blindagem de carga 155
Proteção de admitância de neutro 159
Detecção de Defeito de Alta Impedância 162

P14D-TM-PT-7 89
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

2 PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE


A maioria das falhas de sistemas de potência resulta em sobrecorrente se um tipo ou de outro. É função dos
dispositivos de proteção, anteriormente conhecidos como 'relés' mas agora conhecidos como Dispositivos
Electrónicos Inteligentes (IEDs), proteger o sistema de potência de tais defeitos. O princípio geral é isolar os
defeitos o mais rápido possível para limitar o perigo e evitar correntes de defeito indesejadas fluindo pelos
sistemas, o que pode causar danos severos aos equipamentos e sistemas. Ao mesmo tempo, deseja-se desligar
apenas as partes da rede que são absolutamente necessárias, para evitar apagões desnecessários. Os
dispositivos de proteção que controlam o disparo dos disjuntores da rede são unidades electrónicas altamente
sofisticadas, proporcionando um leque de funcionalidades para cobrir os diferentes cenários de defeitos para uma
variedade de aplicações.
Os produtos descritos oferecem uma gama de funções de proteção de sobrecorrente, incluindo:
● Proteção de sobrecorrente de fase
● Proteção de sobrecorrente de defeito à terra
● Proteção de sobrecorrente de sequência negativa
● Proteção de defeito à terra sensitiva
● Proteção de defeito a terra restrita

Para garantir que os disjuntores necessários sejam disparados e que sejam disparados com o menor atraso
possível, os IEDs do esquema de proteção precisam coordenar-se entre si. Vários métodos estão disponíveis para
se obter a correta coordenação entre os IEDs num sistema. São estes:
● Por meio apenas do tempo
● Por meio apenas da corrente
● Por meio de uma combinação de tempo e corrente.
A graduação por meio da corrente só é possível onde existir uma diferença apreciável no nível de defeito entre os
dois locais onde os dispositivos estão situados. A graduação pelo tempo é usada por algumas concessionárias,
mas pode frequentemente levar a tempos excessivos de resolução de defeito em ou próximo a subestações de
origem onde o nível do defeito é o mais elevado.
Por estes motivos a característica mais comumente aplicada na coordenação de dispositivos de sobrecorrente é
do tipo IDMT (Tempo Definido Mínimo Inverso).

2.1 CARACTERÍSTICA IDMT


Existem dois requisitos básicos a considerar quando se projeta esquemas de proteção:
● Todas os defeitos devem ser solucionadas o mais rápido possível para minimizar danos aos equipamentos
● A solução do defeito deve resultar em interrupção mínima na rede de energia elétrica.

O segundo requisito estabelece que o esquema de proteção deve ser projetado de forma tal que devam disparar
apenas o(s) disjuntor(es) na zona de proteção onde o defeito ocorre.
Estes dois critérios na verdade estão em conflito, porque para satisfazer (1) aumentamos o risco de desligar partes
saudáveis da rede e para satisfazer (2) introduzimos propositadamente atrasos, o que aumenta o tempo que uma
corrente de defeito flui. Este problema é exacerbado pela natureza dos defeitos, no sentido de que os dispositivos
de proteção mais próximos da origem, onde as correntes de defeito são maiores, na verdade precisam do atraso
mais longo.
Os antigos relés eletromecânicos contrapunham-se a este problema de alguma forma devido à sua característica
natural de tempo de operação versus corrente de defeito, na qual quanto mais alta a corrente de defeito mais
curto o tempo de operação. A característica típica destes relés eletromecânicos é chamada de Tempo Definido
Mínimo Inverso ou abreviadamente IDMT.

90 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

2.1.1 CURVAS IDMT IEC60255


Existem três variantes bem conhecidas desta característica, como definido pela IEC 60255:
● Inversa
● Muito inversa
● Extremamente inversa

As equações e curvas correspondentes que governam estas características são bem conhecidas no setor de
energia.

Inversa
A curva é muito abrupta. O relé pode operar em baixos valores de corrente de defeito, mas em altas correntes de
defeito tem um tempo de operação significativo. A equação da característica inversa é a seguinte:

0.14
top = T 0.02
 I 
  −1
 Is 

Muito inversa
A curva fica em algum lugar entre inversa e extremamente inversa. A equação da característica inversa é a
seguinte.

13.5
top = T
I 
  −1
 Is 

Extremamente inversa
A curva é muito superficial. O relé não opera em valores de corrente de defeito muito baixos, mas opera
rapidamente em níveis de corrente altos.

80
top = T 2
I 
  −1
 Is 
Nas equações acima:
● top é o tempo de operação
● T é o parâmetro multiplicador de tempo
● I é a corrente medida
● Is é o parâmetro de limiar de corrente.

A relação I/Is é às vezes definida como ‘M’ or ‘PSM’ (Multiplicador de parâmetro do plugue).
Estas três curvas são mostradas a seguir:

P14D-TM-PT-7 91
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

1000.00

100.00
Tempo de operação (segundos)

10.00

Reverso padrão (Rp)

1.00
Reverso intenso (Ri)

Reverso extremo (Re)

0.10
1 10 100
E00600 Corrente (múltiplos de IS)

Figura 23: Curvas IDMT IEC 60255

2.1.2 NORMAS EUROPEIAS


A equação de Operação do IDMT IEC 60255 é:

92 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

 β 
top = T  α + L+C
 M −1 
e a equação de Reset do IDMT IEC 60255 é:

 β 
tr = T  α 
 1− M 
onde:
● top é o tempo de operação
● T é o parâmetro multiplicador de tempo
● M é a relação da corrente medida com a corrente de limiar (I/Is)
● β é uma constante, que pode ser escolhida para satisfazer a curva característica requerida
● α é uma constante, que pode ser escolhida para satisfazer a curva característica requerida
● C é uma constante para adicionar Tempo Definido (adicionadora de Tempo Definido)
● L é uma constante (normalmente usada apenas para curvas ANSI/IEEE)

Os valores de constantes para as curvas IDMT IEC são os seguintes:


Descrição da curva Constante b Constante a Constante L
IEC Normal Inversa Operação 0,14 0,02 0
IEC Normal Inversa Reset 8,2 6,45 0
IEC Muito Inversa Operação 13,5 1 0
IEC Muito Inversa Reset 50,92 2,4 0
IEC Extremamente Inversa Operação 80 2 0
IEC Extremamente Inversa Reset 44,1 3,03 0
UK Tempo Longo Inversa Operação* 120 1 0
BPN (EDF) Operação* 1000 2 0,655
UK Retificador Operação* 45900 5,6 0
FR Tempo Curto Inversa Operação 0,05 0,04 0

Característica Rápido Inversa (RI)


A curva de operação RI é representada pela seguinte equação:

 
 1 
top = K 
0.236 
 0.339 − 
 M 
onde:
● top é o tempo de operação
● K é o parâmetro Multiplicador de tempo
● M é a relação da corrente medida com a corrente de limiar (I/Is)

Nota:
* Quando se usa UK Tempo Longo Inversa, BPN, UK Retificador, FR Tempo Curto Inversa, ou RI para a característica de
Operação, DT é sempre usada para a característica de Reset.

P14D-TM-PT-7 93
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

2.1.3 NORMAS NORTE-AMERICANAS


A equação de Operação IDMT IEEE é:

 β 
top = TD  α + L+C
 M −1 
e a equação de Reset IDMT IEEE é:

 β 
tr = TD  α 
 1− M 
onde:
● top é o tempo de operação
● TD é o parâmetro de Dial de ajuste de tempo
● M é a relação da corrente medida com a corrente de limiar (I/Is)
● b é uma constante, que pode ser escolhida para satisfazer a curva característica requerida
● a é uma constante, que pode ser escolhida para satisfazer a curva característica requerida
● C é uma constante para adicionar Tempo Definido (adicionadora de Tempo Definido)
● L é uma constante (normalmente usada apenas para curvas ANSI/IEEE)

Os valores de constantes para as curvas IEEE são os seguintes:


Descrição da curva Constante b Constante a Constante L
IEEE Moderadamente Inversa Operação 0,0515 0,02 0,114
IEEE Moderadamente Inversa Reset 4,85 2 0
IEEE Muito Inversa Operação 19,61 2 0,491
IEEE Muito Inversa Reset 21,6 2 0
IEEE Extremamente Inversa Operação 28,2 2 0,1217
IEEE Extremamente Inversa Reset 29,1 2 0
CO8 US Inversa Operação 5,95 2 0,18
CO8 US Inversa Reset 5,95 2 0
CO2 US Tempo Curto Inversa Operação 0,16758 0,02 0,11858
CO2 US Tempo Curto Inversa Reset 2,261 2 0
ANSI Normalmente Inversa Operação 8,9341 2,0938 0,17966
ANSI Normalmente Inversa Reset 9 2 0
ANSI Tempo Curto Inversa Operação 0,03393 1,2969 0,2663
ANSI Tempo Curto Inversa Reset 0,5 2 0
ANSI Tempo Longo Inversa Operação 2,18592 1 5,6143
ANSI Tempo Longo Inversa Reset 15,75 2 0

Nota:
* Quando se usa UK Tempo Longo Inversa, BPN, UK Retificador, ou FR Tempo Curto Inversa para a característica de
Operação, DT é sempre usada para a característica de Reset.

2.1.4 DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS NORTE-AMERICANAS E EUROPEIAS


As curvas IEEE e US são definidas de forma diferente das curvas IEC/UK, em relação ao parâmetro do tempo. Um
parâmetro multiplicador de tempo (TMS) é usado para ajustar o tempo de operação para as curvas IEC, enquanto

94 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

que um parâmetro dial de ajuste de tempo é usado para as curvas IEEE/US. O menu é organizado de forma a que
se for selecionada uma curva IEC/UK, a célula I> Tempo Dial não fica visível e vice-versa para o parâmetro TMS.
Para ambos os tipos de curvas IEC e IEEE/US, está disponível um parâmetro adicionador de tempo definido, que
irá aumentar o tempo de operação das curvas pelo valor definido.

2.1.5 CURVAS PROGRAMÁVEIS


Assim como as curvas padrão definidas pelos vários países e organismos normalizadores, é possível programar
curvas personalizadas usando a Ferramenta de Curvas Programável pelo Utilizador da GE Energy Connections,
descrita no capítulo MiCOM S1 Agile. Esta é uma ferramenta amigável com a qual se pode criar curvas seja por
fórmula ou introduzindo os pontos da curva. Curvas programáveis ajudam a combinar melhor a característica de
resistência do equipamento elétrico do que curvas padrão.

2.2 PRINCÍPIOS DE IMPLEMENTAÇÃO


A linha MiCOM de produtos de proteção fornece uma gama muito ampla de funções de proteção. Não obstante a
diversa gama de funções fornecidas, existem algumas coincidências entre as formas com que muitas das funções
de proteção são implementadas. É importante descrever alguns destes princípios básicos antes de aprofundar
cada função de proteção.
Uma representação muito simples das funções de proteção é mostrada no diagrama a seguir:

Energising quantity Sinal de Arranque

IDMT/ DT
Limiar
& & & Sinal de Disparo

Inibição da função

Sinais de Bloqueio de Estágio


Parâmetros do
1 Temporizador
Parâmetros de Bloqueio de
Estágio

Voltage
Directional Check
Current

Sinais de Bloqueio do
Temporizador
1
Parâmetros de Bloqueio do
Temporizador
V00654

Figura 24: Princípio de Implementação das Funções de Proteção


Um valor elétrico pode ser uma entrada de tensão de um transformador de tensão do sistema, uma entrada de
corrente de um transformador de corrente do sistema ou outro valor derivado de um ou de ambos os anteriores.
Os valores elétricos são extraídos do sistema de potência e apresentados ao IED na forma de sinais analógicos..
Estes sinais analógicos são então convertidos em valores digitais, podendo então serem processados pelo
computador interno do IED.
No geral, um valor elétrico, seja um valor de corrente, tensão, potência, frequência, ou fase, é comparado com um
valor de limiar, que pode ser definível ou codificado fisicamente, dependendo da função. Se o valor excede (para
valores superiores) ou não atinge (para valores inferiores) o limiar, gera-se um sinal, que quando processado com
as várias funções de inibição e bloqueio torna-se o sinal de Arranque para aquela função de proteção. Este sinal
de Arranque normalmente é disponibilizado para o Esquema lógico fixo e para o Esquema lógico programável
para processamento posterior. Também passa através de uma função temporizada para gerar o sinal de Disparo.
A função temporizada pode ser uma curva IDMT ou um atraso de Tempo Definido, dependendo da função. Este
temporizador também pode ser bloqueado por sinais e parâmetros de bloqueio. O temporizador pode ser

P14D-TM-PT-7 95
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

configurado por uma gama de parâmetros para definir configurações como o tipo de curva, o Parâmetro
Multiplicador de Tempo, as constantes de IDMT, o atraso de Tempo Definido etc.
Muitas funções de proteção requerem uma decisão dependente de direção. Estas funções só podem ser
implementadas onde tanto entradas de tensão e corrente estejam disponíveis. Para estas funções é necessária
uma verificação direcional, cuja saída pode bloquear o sinal de Arranque caso a direção do defeito esteja errada.
Nos produtos MiCOM existem normalmente vários estágios independentes para cada uma das funções, e para
funções trifásicas existem normalmente estágios independentes para cada uma das três fases.
Tipicamente, nos produtos MiCOM, os estágios 1, 2 e 5 (se disponíveis) usam uma função de temporização IDMT,
enquanto que os estágios 3, 4 e 6 (se disponíveis) usam uma função de temporização de Tempo Definido. Se o
atraso de DT estiver definido como '0', a função é dita "instantânea". Em muitas instâncias, o termo 'proteção
instantânea" é usado imprecisamente para descrever estágios de proteção de Tempo Definido, mesmo quando o
estágio pode teoricamente não ser instantâneo.

2.2.1 FUNÇÃO PARAR TEMPORIZADOR


Este recurso pode ser útil em certas aplicações, tais como quando graduando com relés eletromecânicos de
sobrecorrente a montante que possuem atrasos de reset inerentes. Se o temporizador de espera for definido com
um valor diferente de zero, o reset dos temporizadores do elemento de proteção será atrasado por este período.
Isto permite que o elemento se comporte de forma semelhante a um relé eletromecânico. Se o temporizador de
espera for definido como zero, o temporizador de sobrecorrente para aquele estágio irá sofrer reset
instantaneamente assim que a corrente cair abaixo de uma percentagem especificada no parâmetro de corrente
(tipicamente 95%).
Outra situação possível em que a função temporizador de espera pode ser usada para reduzir tempos de solução
de defeitos é para defeitos intermitentes. Um exemplo disto pode ocorrer num cabo com isolamento plástico.
Nesta aplicação é possível que a energia do defeito funda e sele novamente o isolamento do cabo, extinguindo o
defeito desta maneira. Este processo repete-se criando uma sucessão de pulsos de corrente de defeito, com
duração crescente e redução dos intervalos entre pulsos até que o defeito se torne permanente.
Quando o tempo de reset é instantâneo, o dispositivo sofrerá reset repetidamente e não será capaz de disparar
até que o defeito se torne permanente. Usando a função Temporizador de espera o dispositivo irá integrar os
pulsos de corrente de defeito, reduzindo assim o tempo de solução do defeito.
A função Temporizador de Espera só está disponível para estágios com a função IDMT, e é controlada pelos
parâmetros de reset do temporizador para o estágio relevante (p.ex. I>1 tRepos, I>2 tRepos). Estas células não
estão visíveis para as curvas IEEE/US se uma característica de reset de tempo inverso tiver sido selecionada,
porque neste caso o tempo de reset está determinado pelo parâmetro do dial de ajuste de tempo (TDS).

96 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

3 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DE FASE


Defeitos de corrente de defeito são defeitos em que a corrente de defeito circula entre duas ou mais fases de um
sistema de potência trifásico. A corrente de defeito pode ser apenas entre os condutores das fases ou entre dois
ou mais condutores de fases e a terra. Existem três tipos de defeito de fase:
● Fase-Fase (responsável por aproximadamente 8% de todas os defeitos)
● Fase-Fase-Terra (responsável por aproximadamente 5% de todas os defeitos)
● Fase-Fase-Fase (responsável por aproximadamente 2% de todas os defeitos)

Ainda que não tão comuns quanto os defeitos à terra (linha única para a terra), os defeitos de fase são
tipicamente mais severos.
Um exemplo de um defeito de fase é quando um galho caído de uma árvore conecta duas ou mais fases de uma
linha aérea.

3.1 IMPLEMENTAÇÃO DE PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DE FASE


A Proteção de Sobrecorrente de Fase é implementada na coluna SOBRECORRENTE de um grupo de parâmetros
relevante.
O produto fornece seis estágios de proteção de sobrecorrente trifásica com características de atraso
independentes. Todos os parâmetros se aplicam a todas as três fases, mas são independentes para cada um dos
seis estágios.
Os estágios 1, 2 e 5 fornecem opções de características de operação e reset, onde se pode selecionar entre:
● Uma gama de curvas normais de IDMT (Tempo Definido Mínimo Inverso)
● Uma gama de curvas definidas pelo utilizador
● DT (Tempo definido)

Isto é obtido usando as células


● I>(n) Função para a característica de operação de sobrecorrente
● I>(n) Reset Car. para a característica de reset de sobrecorrente
● I>(n) UtlRstCarac para a característica de reset para curvas definidas pelo utilizador

onde (n) é o número do estágio.


Os estágios com IDMT, (1,2 e 5) também fornecem uma função Temporizador de Espera (on page96). Isto é
configurado usando as células I>(n) tRepos, onde (n) é o número do estágio. Isto não se aplica para curvas
baseadas na norma IEEE.
Os estágios 3, 4 e 6 podem ter apenas características de tempo definido.

P14D-TM-PT-7 97
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

3.2 LÓGICA DE SOBRECORRENTE NÃO DIRECIONAL


IA I>1 Arranque - A

I >1 Ajuste Corr. &


& IDMT/DT I>1 Disparo A

IA 2Harm.Arranq.
&
Timer Settings
I> Bloqueio
2H Bloqueio I >1
2H 1f BLOQUEIO

IB I>1 Arranque - B

I >1 Ajuste Corr. &


& IDMT/DT I>1 Disparo B

IB 2Harm.Arranq.
&
Timer Settings
I> Bloqueio
2H Bloqueio I >1
2H 1f BLOQUEIO

IC I >1 Arranque - C

I >1 Ajuste Corr. &


& IDMT/DT I>1 Disparo C

IC 2Harm.Arranq.
&
Timer Settings 1 I>1 Arranque
I> Bloqueio
2H Bloqueio I >1
2H 1f BLOQUEIO 1 I>1 Disparo

I 2Harm.Arranq.
& Notas: Este diagrama não apresenta todos os estágios . Os outros estágios
I> Bloqueio
seguem princípios similares.
2H Bloqueio I >1 Bloqueio de AR só está disponível nos estágios 3, 4 e 6.
2H 1f BLOQUEIO

I >1 Timer Block

Prot.Princ.Bloq.
&
I > Bloqueio
RELIG. Bloq. I>3
Bloqueio de AR disponível apenas nos estágios TD
V00601

Figura 25: Diagrama Lógico de Sobrecorrente Não Direcional

Nota:
*1 Os limiares dos parâmetros são influenciados pelas funções de Tensão Dependente e Arranque com Carga Fria
*2 A função de Blindagem de Carga só está disponível para os estágios 1, 2 e 5 e em determinados modelos
*3 O bloqueio de Religação Automática só está disponível para os estágios 3, 4 e 6 e em determinados modelos
*4 Os parâmetros do temporizador são influenciados pelo Arranque com Carga Fria e Lógica Seletiva de Sobrecorrente

Os Módulos de Sobrecorrente de Fase são detectores de nível que detectam quando a amplitude da corrente
excede um limiar definido. Quando isto acontece o Módulo de Sobrecorrente de Fase em questão emite um sinal,
que é processado com alguns sinais de bloqueio para gerar o sinal de Partida. Este sinal de Partida. é processado
com outros sinais de bloqueio e aplicado ao módulo de temporizador IDMT/DT. Também é disponibilizado
diretamente ao utilizador para uso no PSL. Para cada estágio existem três Módulos de Sobrecorrente de Fase, um
para cada fase. Os três sinais de Partida. de cada uma das fases passam por uma porta OR para criar um sinal de
3-phase Start.
As saídas dos módulos de temporizador IDMT/DT são sinais de disparo usados para acionar o relé de saída de
disparo. Estes sinais de disparo também passam por uma porta OR para criar um sinal de 3-phase Trip.

98 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Os módulos de temporizador IDMT/DT podem ser bloqueados por:


● Um Bloqueio de Temporizador de Sobrecorrente de Fase (I>(n) Tempo Bloq.)
● Para modelos com a função Religação Automática, um sinal de bloqueio de Religação Automática, gerado
pelo DDB Prot.Princ.Bloq. e os parâmetros relevantes da célula I>Bloqueio. Isto só é válido para os
estágios apenas de DT

Se algum dos sinais acima estiver alto, ou for para o nível alto antes que o temporizador tenha esgotado, o
módulo temporizador IDMT/DT é inibido (sofre reset) até que o sinal de bloqueio vá para nível baixo novamente.
Existem sinais de bloqueio de temporizador de sobrecorrente de fase separados, que são independentes para
cada estágio de sobrecorrente.
O sinal de arranque pode ser bloqueado por:
● A função de bloqueio de Segunda Harmónica em cada fase ou em todas as três fases. Os bits relevantes
são definidos na célula I> Bloqueio e isto é combinado com os DDBs relevantes de bloqueio de segunda
harmónica.
● A função de Blindagem de Carga em cada fase ou em todas as três fases. Os bits relevantes são definidos
na célula I> Bloqueio 2 e isto é combinado com os DDBs relevantes de bloqueio de Blindagem de Carga.

O tipo de dado G14 é usado para o parâmetro I>Bloqueio:


Número do Bit Função I> Bloqueio
Bit 0 VTS Bloq. I>1
Bit 1 VTS Bloq. I>2
Bit 2 VTS Bloq. I>3
Bit 3 VTS Bloq. I>4
Bit 4 VTS Bloq. I>5
Bit 5 VTS Bloq. I>6
Bit 6 RELIG. Bloq. I>3
Bit 7 RELIG. Bloq. I>4
Bit 8 RELIG. Bloq. I>6
Bit 9 2H Bloqueio I>1
Bit 10 2H Bloqueio I>2
Bit 11 2H Bloqueio I>3
Bit 12 2H Bloqueio I>4
Bit 13 2H Bloqueio I>5
Bit 14 2H Bloqueio I>6
Bit 15 2H 1f BLOQUEIO
Podem ser definidos através da IHM do Painel frontal ou com o software aplicativo de configuração.
O parâmetro do limiar de Sobrecorrente de Fase pode ser influenciado pelas funções Arranque com Carga Fria
(CLP) (on page137) e Sobrecorrente Dependente de Tensão (VDep OC) (on page107), se estas funções estiverem
disponíveis e forem usadas. Da mesma forma, os parâmetros do temporizador podem ser influenciados pela
função Lógica Selectiva (on page140).

3.3 ELEMENTO DIRECIONAL


Se a corrente de falha puder fluir em ambos os sentidos em um local protegido, você precisará usar um elemento
de sobrecorrente direcional para determinar o sentido da falha. Uma vez que a direção tenha sido determinada, o
dispositivo poderá decidir se permite o desarme ou bloqueia o desarme. Para determinar o sentido de uma falha
de sobrecorrente de fase, o dispositivo deve comparar o ângulo de fase da corrente de falha com o respectivo

P14D-TM-PT-7 99
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

ângulo de uma referência conhecida. O ângulo de fase desta referência conhecida deve ser independente da fase
com falha. Tipicamente, usa-se a tensão de linha entre as outras duas fases.
Os elementos de falha de fase dos IEDs são polarizados internamente pelas tensões de quadratura fase-a-fase,
como mostrado na tabela abaixo:
Fase da proteção Corrente de operação Tensão de polarização
Fase A IA VBC
Fase B IB VCA
Fase C IC VAB

Sob condições de falha do sistema, o vetor de corrente de falha possui a tensão nominal de fase atrasada de um
ângulo que depende da relação X/R do sistema. O IED deve, portanto, operar com sensibilidade máxima para
correntes que ficam nesta região. Isto é obtido com a configuração de ângulo característico (RCA) do IED. O RCA é
o ângulo de deslocamento que deve existir entre a corrente aplicada ao IED e a tensão aplicada ao IED, para se
obter a máxima sensibilidade.
Existem duas formas de mudar a configuração dos ângulos de característica e de desarme. Isto é controlado pelo
valor da célula Dir Car. Ajuste, na coluna CONFIG SISTEM. Esta configuração fornece duas opções: Simples e
Avançada.
No modo Avançado, o ângulo característico pode ser definido independentemente em cada estágio. No estágio
1, por exemplo, este seria o valor I>I>1 Car Angulo. É possível definir ângulos característicos em qualquer lugar
dentro da faixa de – 180° a + 180°.
O ângulo de abertura da zona de desarme direta ou reversa também pode ser definido independentemente em
cada estágio. Isto permite que você defina um ângulo de desarme de menos do que 180° em cada estágio. No
estágio 1, por exemplo, você faz isso usando a configuração I>1 Disp Angulo.
No modo Simples, o ângulo só pode ser alterado globalmente para todos os estágios de sobrecorrente.
Uma verificação direcional é realizada com base nos seguintes critérios:

Direcional direta
Ð V + RCA - 90° + (180° - ângulo de desarme)/2 < Ð I < Ð V + RCA +90° - (180° - ângulo de
desarme)/2

Direcional reversa
Ð V + RCA - 90° - (180° - ângulo de desarme)/2 > Ð I > Ð V + RCA +90° + (180° - ângulo de
desarme)/2
Isto pode ser melhor visualizado no diagrama a seguir:

100 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Linha de torque
zero fase A

Ângulo
de torque

Ângulo de
desarme
avante

Ângulo de
desarme
reverso

V00747

Figura 26: Ângulos de desarme direcionais

3.3.1 POLARIZAÇÃO SÍNCRONA


Para um defeito trifásico em primeiro plano, todas as três tensões irão a zero e não haverá tensão de fase
presente. Por este motivo, o dispositivo inclui um recurso de polarização síncrona que armazena as informações
de tensão pré-defeito e continua a aplicá-las aos elementos de sobrecorrente direcional por um período de tempo
de alguns segundos. Isto assegura que os elementos de sobrecorrente direcional instantâneos ou com atraso
poderão operar, mesmo com um colapso de tensão trifásica.

P14D-TM-PT-7 101
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

3.3.2 LÓGICA DE SOBRECORRENTE DIRECIONAL

IA I>1 Partida - A

I >1 Ajuste Corr. &


IDMT/DT
& I>1 Disparo A
IA 2Harm.Partida
&
I> Bloqueio
Timer Settings
2H Bloqueio I >1
2H 1F BLOQUEIO

I 2Harm.Partida
&
I> Bloqueio
2H Bloqueio I >1 Notas: Este diagrama não apresenta todos os estágios . Os outros
estágios seguem princípios similares .
2H 1F BLOQUEIO
Este diagrama não mostra todas as fases . As demais fases
seguem princípios similares .
Blindaj.Z1 Carga A funcionalidade de bloqueio por invasão de carga só está
&
Função Blindag . disponível nos estágios 1, 2 e 5, e nos modelos direcionais
selecionados.
Trifásico (Z1)
Bloqueio de AR só está disponível nos estágios 3, 4 e 6
I> Bloqueio 2
BL.Bloqueio I >1

Bloqueio por invasão de carga disponível nos estágios 1, 2 e 5

IA
VAB
I >1 Direção

TPS Bloq.Rápido
& Directional
I> Bloqueio check
TPS Bloqueio I >1

I >1 Car Angulo

I>1 Disp Angulo

I>1 Temp Bloq .

Prot.Princ.Bloq.
&
I>Blocking
RELIG. Bloq. I>3
Bloqueio de AR disponível apenas nos estágios TD
V00743

Figura 27: Diagrama lógico de sobrecorrente direcional (Mostrada apenas a fase A)


A Supervisão de Transformador de Tensão (VTS) só pode ser usada para bloquear a operação de elementos de
sobrecorrente direcionais.
Consegue-se isso por meio da célula I>Bloqueio. Quando o respectivo bit é colocado em 1, a operação do VTS
bloqueará o estágio, se estiver direcional. Quando o bit estiver em 0, o estágio voltará a ser não direcional quando
o VTS retornar a operar.

3.4 CONFIGURAÇÕES DE SOBRECORRENTE DE FASE DO MODELO H

Nota:
Esta seção se aplica apenas ao modelo H.

102 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

No P14D modelo H, os seguintes valores de configuração do estágio 1 de sobrecorrente foram modificados:


● O valor máximo de configuração de atraso de tempo para o estágio 1, (I>1 Tempo Atraso), foi aumentado
para 8 horas (28800 segundos).
● O valor máximo de configuração de dial de tempo para o estágio 1, (I>1 Tempo Dial), foi aumentado para 8
horas (28800 segundos).
● O valor máximo de configuração de adição de tempo definido para o estágio 1, (I>1 DT Adicional), foi
aumentado para 8 horas (28800 segundos).
● O valor máximo de configuração de tempo de reset definido para o estágio 1, (I>1 DT Adder), foi
aumentado para 8 horas (28800 segundos).

3.5 NOTAS DE APLICAÇÃO

3.5.1 ALIMENTADORES PARALELOS

33 kV

R1 R2
OC/EF OC/EF

SBEF

R3 R4
DOC/DEF DOC/DEF
OC/EF OC/EF
11 kV

R5
OC/EF

Cargas

E00603

Figura 28: Sistema típico de distribuição usando transformadores paralelos


Na aplicação mostrada no diagrama, um defeito em ‘F’ poderia resultar na operação de R3 e R4 culminando na
perda de alimentação para o barramento de 11 kV. Assim, com esta configuração do sistema, é necessário aplicar
dispositivos de proteção direcional nestes locais programados para olhar para dentro dos seus respectivos
trransformadores. Estes dispositivos devem coordenar-se com os dispositivos não direcionais, R1 e R2, para
garantir uma operação discriminada durante estas condições de defeito.
Nesta aplicação, R3 e R4 podem normalmente requerer elementos de proteção de sobrecorrente não direcional
para proteger o barramento de 11 kV, além de fornecer uma função de reserva para os dispositivos de
sobrecorrente nos alimentadores de saída (R5).
Para esta aplicação, o estágio 1 da proteção de sobrecorrente R3 e R4 seria definido como não direcional e
graduado no tempo com R5, usando uma característica adequada de atraso. O estágio 2 poderia então ser
definido como direcional (olhando na direção do transformador) e também ter uma característica que fornecesse

P14D-TM-PT-7 103
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

a coordenação correta com R1 e R2. A direção para cada um dos estágios de sobrecorrente aplicáveis pode ser
definida na célula I>Direção.

Nota:
Os princípios definidos para a aplicação com transformadores paralelos são igualmente aplicáveis para alimentadores
simples que estejam a operar em paralelo.

3.5.2 CONFIGURAÇÕES DE REDE EM ANEL

Fonte

2.1s 2.1s

0.1s 0.1s
Carga

Carga
Carga 1.7s
1.7s

0.5s Carga
0.5s
Carga

1.3s 1.3s
Carga

0.9s 0.9s

E00604

Figura 29: Rede em anel típica com proteção de sobrecorrente associada


A corrente circula em ambas as direções através dos vários locais dos dispositivos, portanto são necessários
dispositivos de sobrecorrente direcional para se obter a discriminação correta.
O procedimento normal de escalonamento para dispositivos de sobrecorrente protegendo um circuito de rede em
anel é abrir o anel no ponto de abastecimento e escalonar os dispositivos primeiro no sentido horário e depois no
anti-horário. As setas mostradas nos diversos locais dos dispositivos ilustram a direção da operação à frente dos
dispositivos respectivos (ou seja, os dispositivos direcionais estão definidos para olhar para o alimentador que
estão protegendo).
O diagrama mostra parâmetros típicos de tempo (assumindo que seja usada coordenação de tempo definido),
das quais se pode ver que qualquer defeito nas interconexões entre estações são solucionadas
discriminadamente pelos dispositivos em cada extremo do alimentador.
Qualquer um dos estágios de sobrecorrente pode ser configurado como direcional e coordenado, mas tenha em
mente que as características IDMT não podem ser selecionadas em todos os estágios.

104 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

3.5.3 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO


Devem ser aplicados princípios padronizados no cálculo dos parâmetros necessários de corrente e tempo. O
exemplo explicado abaixo mostra um cálculo típico de parâmetros e descreve como os parâmetros são aplicados.
Este exemplo é para um dispositivo alimentando um quadro de distribuição de BT e faz os seguintes pressupostos:
● Relação do TI = 500/1
● Corrente a plena carga do circuito = 450 A
● Proteção mais lenta à frente = Fusível de 100 A

O parâmetro de corrente no dispositivo deve considerar tanto a máxima corrente de carga como a relação de
reset, portanto:
I> deve ser maior que: 450/0,95 = 474 A.
O dispositivo permite que os parâmetros de corrente sejam aplicados a valores do primário ou secundário. Isto é
feito definindo a célula Ajust.Parâmetros da coluna CONFIGURAÇÃO. Quando esta célula é definida como
primário, todos os valores de parâmetros de sobrecorrente de fase são escalados pela relação programada do TI,
que é encontrada na coluna RELAÇÃO TI E TT [0A].
Neste exemplo, assumindo que sejam usadas correntes do primário, a relação deve ser programada como 500/1.
O parâmetro necessário é 0,95 A em termos de corrente do secundário ou 475 A em termos do primário.
Agora precisa ser escolhida uma característica adequada de atraso. Quando se coordena com fusíveis colocados
à frente, a característica aplicada deve ser combinada com a característica do fusível. Portanto, assumindo que
seja usada a coordenação IDMT, uma característica Extremamente Inversa (EI) seria normalmente escolhida. É
encontrada na célula I>1 Função como IEC E Inversa.
Finalmente, um parâmetro multiplicador de tempo adequado (TMS) deve ser calculado e introduzido na célula I>1
TMS.

3.5.4 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (ELEMENTO DIRECIONAL)


Os parâmetros de corrente aplicados para dispositivos de sobrecorrente direcional são dependentes da aplicação
em questão. Numa configuração de alimentador paralelo, a corrente de carga está sempre a circular na direção
de não operação. Assim, o parâmetro de corrente deve ser menor que a especificação de plena carga do circuito;
tipicamente 50% de In.

Nota:
O parâmetro mínimo que pode ser aplicado tem que ter em conta a especificação térmica do IED. Alguns dispositivos
eletromecânicos de sobrecorrente direcional possuem características para suportar continuamente apenas o dobro do
parâmetro de corrente aplicado e assim 50% da especificação era o parâmetro mínimo que poderia ser aplicado. Com os
dispositivos Px4x, a especificação contínua de corrente é 4 vezes a corrente nominal, assim é possível aplicar parâmetros
muito mais sensíveis se necessário.

É preciso observar algumas limitações dos parâmetros quando se aplica proteção de sobrecorrente direcional na
ponta de entrada de alimentadores paralelos. Estes parâmetros mínimos seguros são concebidos para assegurar
que não haja possibilidade de disparos indesejados durante a solução de um defeito na fonte. Para uma carga
linear do sistema, estes parâmetros são como segue:
● Alimentadores simples paralelos: estabelecer para 50% da corrente de carga pré-defeito
● Alimentadores com transformadores paralelos: estabelecer para 87% da corrente de carga pré-defeito

Quando as limitações de parâmetros acima são infringidas, é mais provável que uma proteção independente de
tempo emita um disparo indesejado que uma proteção dependente de tempo, durante a solução de um defeito
na fonte. Onde as limitações de parâmetros acima são infringidas sem alternativa, uma proteção segura de
defeito de fase pode ser fornecida por dispositivos que tenham lógica de disparo com 2 de 3 proteções
direcionais.

P14D-TM-PT-7 105
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Numa aplicação de rede em anel é possível que a corrente de carga flua em ambas as direções através do ponto
de transferência. Portanto, o parâmetro de corrente deve estar acima da máxima corrente de carga, como numa
aplicação padrão não direcional.
Os parâmetros requeridos de ângulo característico para dispositivos direcionais irão diferir dependendo da
aplicação exata em que eles são usados. Os parâmetros recomendados de ângulo característico são como segue:
● Alimentadores simples, ou aplicações com um ponto de aterramento (fonte de sequência zero) atrás do
local do dispositivo, devem usar um parâmetro RCA de +30°
● Alimentadores com transformadores, ou aplicações com uma fonte de sequência zero na frente do local do
dispositivo, devem usar um parâmetro RCA de +45°

Enquanto seja possível definir o RCA para ser exatamente igual ao ângulo de defeito do sistema, recomenda-se
que sejam seguidas as diretrizes acima, pois estes parâmetros fornecem desempenho e estabilidade satisfatórios
numa ampla gama de condições do sistema.

106 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

4 ELEMENTO DE SOBRECORRENTE DEPENDENTE DE TENSÃO


OS IEDs de sobrecorrente são coordenados em todo o sistema de forma se obter uma operação em cascata. Isto
significa que a falha de disparo de um disjuntor a jusante por uma condição de defeito, seja devido a defeito de
um dispositivo de proteção ou do disjuntor em si, poderia resultar no disparo do disjuntor imediatamente a
montante.
Entretanto, onde alimentadores longos são protegidos por IEDs de sobrecorrente, a detecção de defeitos remotos
de fase-fase pode mostrar-se difícil devido ao fato de que o levantamento de corrente dos elementos de
sobrecorrente de fase deve ser definido acima da máxima corrente de carga, limitando assim a sensibilidade
mínima do elemento.
Se a corrente vista por um dispositivo local para uma condição de defeito remoto estiver abaixo do seu parâmetro
de sobrecorrente, um elemento dependente de tensão pode ser usado para aumentar a sensibilidade a estes
defeitos. Como ocorrerá uma redução na tensão do sistema durante as condições de sobretensão, isto pode ser
usado para melhorar a sensibilidade da proteção da sobrecorrente reduzindo o nível de detecção.
Dispositivos de sobrecorrente dependentes de tensão são frequentemente usados em aplicações de proteção de
geradores para poder dar a sensibilidade adequada para condições de defeito em primeiro plano. A característica
de defeito desta proteção deve então coordenar com qualquer um dos dispositivos de sobrecorrente à frente que
respondam à condição de queda da corrente. Se daí em diante acontecer que o dispositivo tenha que ser aplicado
a um alimentador de saída de uma estação geradora, o uso de proteção de sobrecorrente dependente de tensão
no alimentador pode permitir melhor coordenação com o dispositivo Dependente de Tensão no gerador.

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DE PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DEPENDENTE DE TENSÃO


A Proteção de Sobrecorrente Dependente de Tensão (VDep OC) é implementada na coluna SOBRECORRENTE de
um grupo de parâmetros relevante, no subtítulo V DEPENDENTE O/C.
A função está disponível para os estágios 1, 2 e 5 do elemento principal de sobrecorrente. Quando VDep OC está
activado, o parâmetro do limiar de sobrecorrente é modificado quando a tensão cai abaixo de um limiar definido.
Se for selecionada a operação de sobrecorrente dependente de tensão, o elemento pode ser definido por um de
dois modos, sobrecorrente controlada por tensão ou sobrecorrente restrita pela tensão. O modo de operação é
definido na célula V Dep OC Estado de acordo com o tipo de dado G100 como segue:
O Tipo de dado G100 é uma string indexada e é usado para o parâmetro V Dep O/C Estado:
Número da String Opções V Dep O/C
0 Desactivo
1 VCO I>1
2 VCO I>2
3 VCO I>1 & I>2
4 VCO I>5
5 VCO I>1&I>2&I>5
6 VCO I>1 & I>5
7 VCO I>2 & I>5
8 VRO I>1
9 VRO I>2
10 VRO I>5
11 VRO I>1 & I>2
12 VRO I>1 & I>5
13 VRO I>2 & I>5

P14D-TM-PT-7 107
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Número da String Opções V Dep O/C


14 VRO I>1&I>2&I>5

4.1.1 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE CONTROLADA POR TENSÃO


No modo de operação Operação Controlada por Tensão (VCO), o detector de subtensão é usado para gerar uma
alteração em degrau no parâmetro de corrente do relé, quando a tensão cai abaixo do parâmetro de tensão V
Dep.OC V<1 Set. A característica de operação do parâmetro de corrente quando o modo controlado por tensão é
selecionado é a seguinte:

Configuração
de corrente

Valor de corrente de
detecção

K x valor de detecção de
corrente

Tensão medida
Configuração de limiar de tensão
E00642

Figura 30: Modificação do nível de aceitação da corrente para proteção de sobrecorrente controlada por
tensão

4.1.2 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE RESTRITA PELA TENSÃO


No modo Operação Restrita pela Tensão (VRO) a corrente efetiva de operação do elemento de proteção varia
continuamente conforme a tensão aplicada varia entre dois limites de tensão. Este modo de proteção é
considerado mais adequado para aplicações onde o gerador está conectado ao sistema via um transformador
gerador.
Com conexão indireta do gerador, um defeito permanente fase-fase no barramento local resultará apenas num
colapso parcial de tensão fase-fase nos terminais do gerador.
O parâmetro de corrente restrita pela tensão está relacionado com a tensão medida como segue:
● Se V for maior que V<1, o parâmetro de corrente (Ιs) = Ι>
● Se V for maior que V<2, mas menor que V<1, o parâmetro de corrente (Ιs) =
V −V < 2
KI > + ( I > − KI )
V < 1−V < 2
● Se V for menor que V<2, o parâmetro de corrente (Ιs) = K.Ι>
onde:
● Ι> = parâmetro do estágio de sobrecorrente
● Ιs = parâmetro de corrente na tensão V
● V = tensão aplicada ao elemento do relé
● V<1 = V Dep.OC V<1 Set
● V<2 = V Dep.OC V<2 Set

108 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Configuração
de corrente

I> Ajustar

KI> Ajuste

V<1 Ajuste Tensão medida


V<2 Ajuste
E00643

Figura 31: Modificação do nível de aceitação de corrente para proteção de sobrecorrente restrita pela tensão

4.2 LÓGICA DE SOBRECORRENTE DEPENDENTE DE TENSÃO


V Dep.O/C Estado
VCO I>1
&
VRO I>1 1 VCO Arranque -AB

VAB

V Dep.OC V<1 Set

I >1 Ajuste Corr.


Applied Current
× Threshold
V Dep.O/C k Set
1
VAB &

V Dep.OC V<1 Set

I >1 Ajuste Corr.

VAB &
V Dep.OC V<2 Set

I >1 Ajuste Corr.


×
V Dep.O/C k Set

VAB &
V Dep.OC V<2 Set &

VAB
Nota : Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros
V Dep.OC V<1 Set estágios seguem princípios similares .

V Dep.O/C k Set
Functional
I >1 Ajuste Corr.
Operator
VAB
V00644

Figura 32: Lógica de sobrecorrente dependente de tensão (fase A para fase B)


O parâmetro de limiar de corrente para a função de Sobrecorrente é determinado pela tensão.

P14D-TM-PT-7 109
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Se a tensão for maior que V<1 Set, o parâmetro normal de sobrecorrente I>(n) Ajuste Corr. é usado. isto aplica-se
aos modos VCO e VRO.
Se a tensão for menor que V<1 Set E estiver no modo VCO, o parâmetro de sobrecorrente I>(n) Ajuste Corr. é
multiplicado pelo fator definido por V Dep.O/C k Set.
Se a tensão for menor que V<2 Set E estiver no modo VRO, o parâmetro de sobrecorrente I>(n) Ajuste Corr. é
multiplicado pelo fator definido por V Dep.O/C k Set.
Se a tensão estiver entre V<1 Set e V<2 Set E estiver no modo VRO, o parâmetro de sobrecorrente é multiplicado
por um operador funcional para determinar o parâmetro.

4.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

4.3.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO


O parâmetro V Dep.O/C k deve ser definido baixo o suficiente para permitir a operação em defeitos remotos fase-
fase, tipicamente:

IF
k=
1.2 I >
onde:
● IF = corrente mínima de defeito esperada para o defeito remoto
● I> = parâmetro de corrente de fase para o elemento ter controlo VCO

Exemplo
Se o dispositivo de sobrecorrente tiver um parâmetro de 160% In, mas a corrente mínima de defeito para a
condição de defeito remota for de apenas 80% In, então o fator necessário será dado por:

0.8
k= = 0.42
1.6 ×1.2
O limiar de tensão, parâmetro Vdep OC V< será definido abaixo da menor tensão do sistema que possa ocorrer
sob condições normais de operação, garantindo a detecção correta do defeito remoto.

110 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

5 SELEÇÃO DE LIMIAR DE PARÂMETRO DE CORRENTE


O parâmetro do limiar usado no detector de nível depende de haver uma condição Dependente de Tensão ou
uma condição de Arranque com Carga Fria. A função de Sobrecorrente seleciona o limiar de acordo com o
seguinte diagrama:

Arranque

Use o limiar calculado pela


Sim
Existe uma condição função Dependente de
Dependente de Tensão
Tensão?
Não

Sim Use o limiar de corrente


Existe uma condição de definido na coluna
Arranque com Carga ARR.CARGA FRIO
Fria?
Não

Use o limiar de corrente


definido na coluna
SOBRECORRENTE

Fim
V00646

Figura 33: Selecionando o parâmetro do limiar de corrente

P14D-TM-PT-7 111
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

6 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DE SEQUÊNCIA NEGATIVA


Quando se aplica proteção padrão de sobrecorrente de fase, os elementos de sobrecorrente devem ser definidos
significativamente mais altos que a máxima corrente de carga, desta forma limitando a sensibilidade dos
elementos. A maioria dos esquemas de proteção também usam um elemento de defeito à terra operando com
corrente residual, o que melhora a sensibilidade para defeitos à terra. Entretanto, podem surgir certos defeitos
que podem permanecer não detectados por estes esquemas. Nestes casos podem ser usados elementos de
Sobrecorrente de Sequência Negativa.
Qualquer condição de defeito desequilibrado irá produzir uma componente de corrente de sequência negativa.
Portanto, um elemento de sobrecorrente de sequência negativa de fase pode ser usado para defeitos fase-fase e
fase-terra. A proteção de Sobrecorrente de Sequência Negativa oferece as seguintes vantagens:
● Os elementos de sobrecorrente de sequência negativa de fase são mais sensíveis a defeitos resistivos fase-
fase, onde os elementos de sobrecorrente de fase podem não operar.
● Em certas aplicações, a corrente residual pode não ser detectada por um elemento de defeito à terra
devido à configuração do sistema. Por exemplo, um elemento de defeito à terra aplicado no lado triângulo
de um transformador triângulo-estrela é incapaz de detectar defeitos à terra do lado estrela. Entretanto, a
corrente de sequência negativa estará presente em ambos os lados do transformador para qualquer
condição de defeito, independente da configuração do transformador. Portanto, um elemento de
sobrecorrente de sequência negativa de fase pode ser usado para fornecer proteção atrasada de reserva
para qualquer defeito assimétrico não solucionado a jusante.
● Quando máquinas rotativas são protegidas por fusíveis, a perda de um fusível produz uma grande corrente
de sequência negativa. Esta é uma condição perigosa para a máquina devido ao efeito de aquecimento da
corrente de sequência negativa de fase. Um elemento de sobrecorrente de sequência negativa de fase
situado a montante poderia ser aplicado para fornecer proteção de reserva para relés dedicados de
proteção de motores.
● Pode ser suficiente simplesmente disparar um alarme para indicar a presença de correntes de sequência
negativa de fase no sistema. Os operadores podem então investigar a causa do desequilíbrio.

6.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DE SEQUÊNCIA NEGATIVA


A Proteção de Sobrecorrente de Sequência Negativa é implementada na coluna SOBRECOR.SEQ.NEG do grupo de
parâmetros relevante.
O produto fornece quatro estágios de proteção de sobrecorrente de sequência negativa com características de
atraso independentes.
Os estágios 1 e 2 fornecem opções de características de operação e reset, onde pode selecionar entre:
● Uma gama de curvas normais de IDMT (Tempo Definido Mínimo Inverso)
● Uma gama de curvas definidas pelo utilizador
● DT (Tempo definido)

Isto é obtido usando as células


● I2>(n) Função para a característica de operação de sobrecorrente
● I2>(n) Reset Car. para a característica de reset de sobrecorrente
● I2>(n) UtlRstCarac para a característica de reset para curvas definidas pelo utilizador

onde (n) é o número do estágio.


Os estágios com IDMT, (1 e 2) também fornecem uma função Parar temporizador (on page96). Isto é configurado
usando as células I2>(n) tRepos, onde (n) é o número do estágio. Isto não se aplica para curvas baseadas na
norma IEEE.
Os estágios 3 e 4 podem ter apenas características de tempo definido.

112 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

6.2 LÓGICA DE SOBRECORRENTE DE SEQUÊNCIA NEGATIVA NÃO DIRECIONAL


I2 I 2>1 Arranque

I2 >1 Ajuste Corr &


& IDMT/DT I2>1 Disparo

CTS Bloqueio

I2 > Inibido Timer Settings

I 2Harm.Arranq.
Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios
I2> Bloqueio
& seguem princípios similares.
2H Bloqueio I 2>1

I2>1 Tempo Bloq. V00607

Figura 34: Lógica de Sobrecorrente de Sequência Negativa - operação não direcional


Para Proteção de Sobrecorrente de Sequência Negativa de Fase, o valor elétrico I2> é comparado com a tensão
limite I2>1 Ajuste Corr. Se o valor exceder este parâmetro é gerado um sinal de Arranque (I2>(n) Partida), desde
que não haja bloqueio. O comparador possui uma histerese de 5% de forma que o valor de queda é 0,95 x o limiar
de corrente definido.
A função pode ser bloqueada por um sinal de Inibição, CTS, ou bloqueio de segunda harmónica.
O sinal I2>Partida é aplicado num temporizador para gerar o sinal I2> disparo. O temporizador pode ser
bloqueado pelo sinal de bloqueio do temporizador I2> (n) Tempo Bloq..
Este diagrama e a descrição aplicam-se a cada estágio.

6.3 ELEMENTO DIRECIONAL


Onde a corrente de sequência negativa de fase pode circular em qualquer direção através de um local de IED, tais
como sistemas de rede em anel com linhas paralelas, deve-se usar controlo direcional.
A direção é obtida comparando o ângulo entre a tensão de sequência negativa de fase e a corrente de sequência
negativa de fase. Está disponível um elemento direcional para todos os estágios de sobrecorrente de sequência
negativa. Isto é encontado na célula I2> Direção para o estágio relevante. Pode ser definida como não direcional,
direcional directo ou direcional inverso.
Um parâmetro adequado para o ângulo característico (I2> Angulo Carat) é escolhido para proporcionar o melhor
desempenho. Este parâmetro deveria ser definido igual ao ângulo de fase da corrente de sequência negativa em
relação à tensão invertida de sequência negativa (–V2), para poder estar no centro da característica direcional.

P14D-TM-PT-7 113
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

6.3.1 LÓGICA DE SOBRECORRENTE DE SEQUÊNCIA NEGATIVA DIRECIONAL

I2 I2>1 Arranque

I2 >1 Ajuste Corr &


&
& IDMT/DT I2 >1 Disparo
CTS Bloqueio

I2 > Inibido
Timer Settings
I 2Harm.Arranq.

I2> Bloqueio
&
2 H Bloqueio I2>1

I2 >1 Direcional Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros
estágios seguem princípios similares .
V2

I2> V2pol Ajuste


Directional
VTS Bloq. Lento check
I2> Bloqueio
&
VTS Bloq. I2>1

I2> Angulo Carat

I2>1 Tempo Bloq.


V00608

Figura 35: Lógica de Sobrecorrente de Sequência Negativa - operação direcional


A direção é obtida comparando o ângulo entre a tensão de sequência negativa de fase e a corrente de sequência
negativa de fase. O elemento pode ser selecionado para operar tanto na direção à frente como na direção
inversa. Um parâmetro adequado de ângulo característico (I2>Angulo Carat) é escolhido para proporcionar o
melhor desempenho. Este parâmetro deveria ser definido igual ao ângulo de fase da corrente de sequência
negativa com relação à tensão invertida de sequência negativa (–V2), para poder estar no centro da característica
direcional.
Para que os elementos direcionais de sequência negativa de fase operem, o dispositivo deve detectar uma tensão
de polarização acima do limite mínimo I2>V2pol Ajuste. Este deve ser definido maior que qualquer tensão de
equilíbrio de sequência negativa de fase. Isto pode ser estabelecido durante o estágio de comissionamento
verificando as medições de sequência negativa de fase no dispositivo.
Quando o elemento é escolhido como direcional (apenas dispositivos direcionais), está disponível uma opção VTS
Bloq. Quando o bit relevante é definido como 1, a operação da Supervisão do Transformador de Potencial (VTS)
bloqueará o estágio. Quando definido como 0, o estágio irá reverter para não direcional.

6.4 NOTAS DE APLICAÇÃO

6.4.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (LIMIAR DE CORRENTE)


O limiar de detecção de corrente deve ser definido mais alto que a corrente de sequência negativa de fase devido
ao desequilíbrio de carga normal máximo. Isto pode ser definido praticamente no estágio de comissionamento,
fazendo uso da função de medição para exibir a corrente de sequência negativa de fase parmanente. O
parâmetro deve estar pelo menos 20% acima deste valor.
Onde o elemento de sequência negativa de fase precisa operar para defeitos assimétricos não solucionados
específicos, um parâmetro preciso de limiar teria que ser baseado numa análise individual de defeito para aquele
sistema particular devido à complexidade envolvida. Entretanto, para garantir a operação da proteção, o
parâmetro de detecção da corrente deve ser definido aproximadamente 20% abaixo da contribuição calculada
mais baixa da corrente de defeito de sequência negativa de fase para uma condição específica de defeito remoto.

114 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

6.4.2 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (ATRASO)


A definição correta do atraso para esta função é vital. Deve-se estar também muito ciente de que este elemento é
aplicado primariamente para proporcionar proteção de reserva para outros dispositivos de proteção ou para criar
um alarme. Teria, portanto, normalmente um atraso grande.
O atraso definido deve ser maior que o tempo de operação de qualquer outro dispositivo de proteção (no nível
mínimo de defeito) que possa responder a defeitos desbalanceados, tais como:
● Elementos de sobrecorrente de fase
● Elementos de defeito à terra
● Elementos de condutor rompido
● Elementos térmicos influenciados por sequência negativa de fase

6.4.3 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (ELEMENTO DIRECIONAL)


Onde a corrente de sequência negativa de fase pode circular em qualquer direção através de um local de IED, tais
como sistemas de rede em anel com linhas paralelas, deve-se empregar controlo direcional do elemento.
A direção é obtida comparando o ângulo entre a tensão de sequência negativa de fase e a corrente de sequência
negativa de fase e o elemento pode ser selecionado para operar na direção directa ou inversa. Um parâmetro
adequado para o ângulo característico (I2> Angulo Carat) é escolhido para proporcionar o melhor desempenho.
Este parâmetro deveria ser definido igual ao ângulo de fase da corrente de sequência negativa com relação à
tensão invertida de sequência negativa (–V2), para poder estar no centro da característica direcional.
O ângulo que surge entre V2 e I2 sob condições de defeito é diretamente dependente da impedância de fonte de
sequência negativa do sistema. Entretanto, parâmetros típicos para o elemento são como se segue:
● Para um sistema de transmissão o RCA deve ser definido igual a –60°
● Para um sistema de distribuição o RCA deve ser definido igual a –45°

Para que os elementos direcionais de sequência negativa de fase operem, o dispositivo deve detectar uma tensão
de polarização acima do limite mínimo I2> V2pol Ajuste.. Este deve ser definido maior que qualquer tensão de
equilíbrio de sequência negativa de fase. Isto pode ser estabelecido durante o estágio de comissionamento
olhando as medições de sequência negativa de fase no dispositivo.

P14D-TM-PT-7 115
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

7 PROTEÇÃO DE DEFEITO À TERRA


Defeitos à terra são simplesmente falhas de sobrecorrente onde a corrente de defeito circula para a terra (em
oposição a circular entre fases). São o tipo mais comum de defeito. Existem alguns tipos diferentes de defeito à
terra, mas o mais comum é o defeito fase-terra. Consequentemente este é o primeiro e mais importante tipo de
defeito que os dispositivos de proteção devem cobrir.
Parâmetros típicos para IEDs de defeito à terra são por volta de 30-40% da corrente de carga plena. Se for
necessária maior sensibilidade, deve ser usado Defeito à Terra Sensitiva.
Defeitos à terra podem ser medidos diretamente pelo sistema por meio de:
● Um TI separado localizado numa conexão de terra do sistema de potência
● Um TI Toroidal separado (CBCT)
● Uma conexão residual dos TIs das três linhas, na qual os defeitos à terra possam ser calculados
matematicamente somando as três correntes de fase medidas.

Dependendo do modelo do dispositivo, este fornecerá um ou mais dos meios acima descritos para proteção de
defeito à terra.

7.1 ELEMENTOS DE PROTEÇÃO DE DEFEITO À TERRA


A proteção de defeito à terra é implementada nas colunas FALHA À TERRA 1 e FALHA À TERRA 2 do grupo de
parâmetros relevante.
Cada coluna contém um conjunto idêntico de elementos, onde a coluna FALHA À TERRA 1 (EF1) é usada para
corrente de defeito à terra medida diretamente do sistema, enquanto que a coluna FALHA À TERRA 2 (EF2) contém
células, as quais operam a partir de um valor de corrente residual calculado internamente pela soma das
correntes das três fases.
O produto fornece quatro estágios de proteção de Defeito à Terra com características de atraso independentes
para cada coluna de FALHA À TERRA.
Os estágios 1 e 2 fornecem opções de características de operação e reset, onde se pode selecionar entre:
● Uma gama de curvas normais de IDMT (Tempo Definido Mínimo Inverso)
● Uma gama de curvas definidas pelo usuário
● DT (Tempo definido)

Para a coluna EF1, isto é obtido usando as células:


● IN1>(n) Função para as características de operação de sobrecorrente
● IN1>(n) Reset Car. para a característica de reset de sobrecorrente
● IN1>(n) UtlRstCarac para a característica de reset para curvas definidas pelo utilizador

Para a coluna EF2, isto é obtido usando as células:


● IN2>(n) Função para as características de operação de sobrecorrente
● IN2>(n)Reset Car. para a característica de reset de sobrecorrente
● IN2>(n)UtlRstCarac para a característica de reset para curvas definidas pelo utilizador

onde (n) é o número do estágio.


Os estágios 1 e 2 fornecem uma função Parar temporizador (on page96). Isto é configurado usando as células
IN1>(n) tRepos para EF1 e IN2>(n) tRepos para EF2.
Os estágios 3 e 4 podem ter apenas características de tempo definido.
O fato de tanto os elementos de EF1 como os de EF2 poderem ser activados ao mesmo tempo leva a várias
vantagens nas aplicações. Por exemplo, algumas aplicações podem requerer proteção de defeito à terra

116 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

direcional para equipamentos anteriores e proteção de defeito à terra de reserva para equipamentos posteriores.
Isto pode ser obtido com um único IED, ao em vez de dois.

7.2 LÓGICA DE DEFEITO À TERRA NÃO DIRECIONAL


IN2 IN2>1 Partida

IN2 >1 Corrente &


& IDMT/DT IN2>1 Disparo

TCS Bloqueio
Não aplicável para IN1 Timer Settings

IN2> Inibido

I 2Harm.Partida Nota: Este diagrama mostra a lógica para IN 2 (Falha derivada para terra ).
A lógica de IN 1 (falha medida para terra ) segue os mesmos princípios ,
IN2> Bloqueio porém sem bloqueio CTS .
& Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem
2H Bloqueio IN>2
princípios similares.
O bloqueio de AR só está disponível nos estágios 3 e 4.
IN2>1 Tempo Bloq

Prot.Princ. Bloq.

IN2> Bloqueio
&
RELIG.Bloq. IN>3

Bloqueio de AR disponível apenas nos estágios TD V00610

Nota:
*1 Se existir uma condição de CLP, o limiar de I>(n) Ajuste Corr. é tirado da coluna ARR.CARGA FRIO
*2 O bloqueio de Religação Automática só está disponível para os estágios 3, 4 e 6 e em determinados modelos

Figura 36: Lógica de EF Não Direcional (estágio único)


A corrente de Defeito à Terra é comparada com um limiar definido (IN1>(n) Corrente) para cada estágio. Se
exceder este limiar, um sinal de Arranque é acionado, desde que não esteja bloqueado. Esta pode ser bloqueada
pela função de bloqueio de segunda harmónica ou por um sinal DDB de Inibição de Defeito à Terra.
A lógica de religação automática pode ser definida para bloquear o disparo de Defeito à Terra após um número
prescrito de tentativas (definido na coluna RELIGADOR AUTO). Isto é obtido usando o parâmetro Prot.Princ.Bloq.
Este também pode ser bloqueado pelo sinal DDB relevante IN1>(n)Tempo Bloq.
A proteção de Defeito à Terra pode seguir as mesmas características IDMT conforme descrito na seção de
Princípios de Proteção de Sobrecorrente. Consulte esta seção para detalhes das características IDMT.
O diagrama e a descrição também se aplicam ao elemento de Defeito à Terra 2 (IN2).

7.3 CURVA IDG


A curva IDG é normalmente usada para proteção atrasada de defeito à terra no mercado Sueco. Esta curva está
disponível no estágio 1 da proteção de Defeito à Terra.
A curva IDG é representada pela seguinte equação:

 I 
top = 5.8 − 1.35 log e  
 IN > Setting 
onde:
top é o tempo de operação
I é a corrente medida

P14D-TM-PT-7 117
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

IN> É um parâmetro ajustável, o qual define o ponto de partida da característica

Nota:
Embora o ponto de partida da característica seja definido pelo parâmetro "ΙN>", o real limiar de corrente é um parâmetro
diferente chamado "IDG Ιs". O parâmetro "IDG Ιs" é definido como um múltiplo de "ΙN>".

Nota:
Quando se usa uma característica de Operação IDG, DT é sempre usado com valor zero para a característica de Reset.

Um parâmetro adicional "Temp.IDG" também é usado para definir o tempo mínimo de operação em altos níveis de
corrente de defeito.

10

9
Faixa
IDG deIs configuração
Setting RangeIs IDG
8
time (seconds)

7
(segundos)

6
Tempo de operação

5
Operating

3
FaixaIDG Time Setting
de configuração Range
do tempo IDG
2

0
1 10 100
I/IN>

V00611

Figura 37: Característica IDG

7.4 ELEMENTO DIRECIONAL


Se a corrente de defeito à terra puder circular em ambas as direções num local protegido, será preciso usar um
elemento de sobrecorrente direcional para determinar a direção do defeito. Os sistemas típicos que requerem esta
proteção são alimentadores paralelos (simples e transformador) e sistemas de rede em anel, cada um deles
relativamente comum em sistemas de distribuição.
Está disponível um elemento direcional para todos os estágios de Defeito à Terra para ambas as colunas de
Defeito à Terra. São encontrados nas células do parâmetro de direção para o estágio relevante (p.ex.
IN1>1 Direção, IN2>2 Direção). Podem ser definidos como não direcional, direcional directo ou direcional inverso.
Para proteção padrão de defeito à terra, estão disponíveis duas opções para polarização; Tensão Residual ou
Sequência Negativa.

118 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

7.4.1 POLARIZAÇÃO DE TENSÃO RESIDUAL


Com proteção de falha à terra, o sinal de polarização precisa representar a condição de falha à terra. Como é
gerada uma tensão residual durante as condições de falha à terra, ela é normalmente usada para polarizar os
elementos de falha à terra direcionais. Isto é conhecido como polarização de tensão de sequência zero,
polarização de tensão residual ou polarização de tensão de deslocamento neutro (NVD).
Níveis pequenos de tensão residual podem estar presentes sob condições de sistema normais devido a
desbalanceamentos, imprecisões do TP, tolerâncias do dispositivo, etc. Por esta razão, o dispositivo inclui um limiar
configurável (IN>VNPol set), que deve ser ultrapassado para que a função DEF se torne operacional. A medição de
tensão residual fornecida pela coluna MEDIDAS 1 do menu pode ajudar na determinação do valor do limiar
requerido durante a fase de entrada em operação, uma vez que isto indicará o nível da tensão residual presente.

Nota:
A tensão residual fica nominalmente 180° fora de fase em relação à corrente residual. Consequentemente, os elementos DEF
são polarizados a partir da quantidade "-Vres". Este deslocamento de fase de 180° é introduzido automaticamente dentro do
dispositivo.

O critério direcional com a polarização de tensão residual é dado abaixo:

Direcional direta
(Ð VN + 180°) + RCA - 90° + (180° - ângulo de desarme)/2 < Ð IN < (Ð VN +180°) + RCA +90° - (180°
- ângulo de desarme)/2

Direcional reversa
(Ð VN + 180°) + RCA - 90° - (180° - ângulo de desarme)/2 > Ð IN > (Ð VN +180°) + RCA +90° + (180°
- ângulo de desarme)/2
Isto pode ser melhor visualizado no diagrama a seguir:

P14D-TM-PT-7 119
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

IN
ENTRAR

Linha de torque zero


fase A

Ângulo de
desarme
avante

VN VN

Ângulo de
torque
Ângulo de
desarme
reverso

V00748

Figura 38: Ângulos direcionais


Alguns dos modelos derivam a tensão residual internamente, a partir da entrada de tensão trifásica fornecida por
um TP de 5 membros ou de três fases únicas. Em alguns modelos (aqueles sem nenhuma função de verificação de
sincronismo), o transformador de tensão pode ser usado para medir a tensão residual VN. Isto fornece um
resultado mais preciso do que o cálculo com tensão derivada.

7.4.1.1 LÓGICA DE FALHA À TERRA DIRECIONAL COM POLARIZAÇÃO DE TENSÃO RESIDUAL

IN1> DIRECIONAL

VN

IN1> VNPol.Ajust

IN1

Limiar de baixa corrente Directional


Para a lógica EF
check
IN1>1 Car Ângulo

IN1 >1 Disp Ângul

TPS Bloq.Lento Nota: Este diagrama mostra a lógica de IN 1 (falha medida para terra ).
A lógica de IN 2 (falha medida para terra ) segue princípios similares.
IN1> Bloqueio Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem
& princípios similares.
TPS Bloq .IN>1

V00744

Figura 39: Lógica de EF direcional com polarização de tensão de neutro (estágio simples)
A Supervisão de Transformador de Tensão (VTS) bloqueia seletivamente a proteção direcional ou faz com que ela
volta a operar em modo não direcional. Quando configurada para bloquear a proteção direcional, o bloqueio VTS
é aplicado à verificação direcional, que também bloqueia de maneira eficaz as saídas de Partida.

120 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

7.4.2 POLARIZAÇÃO DE SEQUÊNCIA NEGATIVA


Em algumas aplicações, o uso de polarização de tensão residual poderá não ser possível de alcançar, ou poderá
ser problemática, no mínimo. Por exemplo, pode não estar disponível o tipo adequado de TP, ou uma aplicação de
linha paralela HV/EHV poderá apresentar problemas com acoplamento mútuo de sequência zero.
Em tais situações, o problema poderá ser resolvido com o uso de valores de Sequência de fase negativa (NPS) na
polarização. Este método determina o sentido da falha comparando a tensão NPS com a corrente NPS. O valor de
operação, entretanto, ainda é a corrente residual.
Isto pode ser usado nos elementos de falha à terra padrão medidos e derivados. Ele requer que as células
IN>V2pol set e IN>I2pol set sejam definidas com valores adequados de tensão e corrente, respectivamente.
A polarização de sequência de fase negativa não é recomendada para sistemas aterrados por impedância,
independentemente do tipo de transformador que alimenta o relé. Isto acontece devido à corrente de falha à terra
reduzida que limita o queda de tensão na impedância da fonte de sequência negativa a níveis desprezíveis. Se
esta tensão for menor do que 0,5 volts, o dispositivo irá parar de oferecer seleção de direção.
O critério direcional com a polarização de sequência negativa é dado abaixo:

Direcional direta
(Ð V2 + 180°) + RCA - 90° + (180° - ângulo de desarme)/2 < Ð I2 < (Ð V2 +180°) + RCA +90° - (180° -
ângulo de desarme)/2

Direcional reversa
(Ð V2 + 180°) + RCA - 90° - (180° - ângulo de desarme)/2 > Ð I2 > (Ð V2 +180°) + RCA +90° + (180° -
ângulo de desarme)/2
Isto pode ser melhor visualizado no diagrama a seguir:

I2

Linha de torque zero


fase A

Ângulo de
desarme
avante

V2 V2

Ângulo
de torque
Ângulo de
desarme
reverso

V00749

Figura 40: Ângulos direcionais

P14D-TM-PT-7 121
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

7.4.2.1 LÓGICA DE FALHA À TERRA DIRECIONAL COM POLARIZAÇÃO NPS

IN1> DIRECIONAL

V2

IN1 > V2 Pol.Ajust

I2

IN1> I2Pol.Ajust Directional


Para a lógica EF
check
IN1>1 Car Ângulo

IN1 >1 Disp Ângul

TPS Bloq.Lento Nota: Este diagrama mostra a lógica de IN 1 (falha medida para terra ).
A lógica de IN 2 (falha medida para terra ) segue princípios similares.
IN1> Bloqueio Este diagrama não mostra todos os estágios Os outros estágios seguem
& princípios similares.
TPS Bloq .IN>1

V00745

Figura 41: *Lógica de falha à terra direcional com polarização de sequência negativa (estágio único)
A Supervisão de Transformador de Tensão (VTS) bloqueia seletivamente a proteção direcional ou faz com que ela
volta a operar em modo não direcional. Quando configurada para bloquear a proteção direcional, o bloqueio VTS
é aplicado à verificação direcional, que também bloqueia de maneira eficaz as saídas de Partida.

7.5 NOTAS DE APLICAÇÃO

7.5.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (ELEMENTO DIRECIONAL)


Com Defeitos à terra direcionais, a corrente residual sob condições de defeito permanece em um ângulo atrasado
em relação à tensão de polarização. Assim, parâmetros negativos de RCA são necessários para aplicações de DEF.
Isto é definido na célula I>Ângulo Caract no menu relevante de defeito à terra.
Recomendam-se os seguintes parâmetros de RCA:
● Sistemas aterrados por resistência: 0°
● Sistemas de distribuição (aterramento sólido): -45°
● Sistemas de transmissão (aterramento sólido): -60°

7.5.2 SISTEMAS ATERRADOS POR BOBINA DE PETERSON


Os sistemas de potência são normalmente aterrados para limitar sobretensões transientes durante defeitos por
arco e também para auxiliar na detecção e solução de defeitos à terra. O aterramento por impedância tem a
vantagem de limitar os danos ocorridos na instalação durante condições de defeito à terra e também limitar o
risco de defeito por explosão de equipamentos de manobra, o que é um perigo para as pessoas. Além disso, ele
limita os potenciais de toque e passo numa subestação ou na vizinhança de um defeito à terra.
Se for usado um dispositivo de alta impedância para aterrar o sistema, a corrente de defeito à terra será reduzida,
mas as sobretensões de equilíbrio e transientes nas fases boas podem ser muito altas. Consequentemente, o
aterramento de alta impedância é usado geralmente apenas em redes de distribuição de tensão, onde não é caro
fornecer a isolação necessária contra estas sobretensões.
Uma forma de fornecer aterramento de alta impedância é onde a reatância indutiva de aterramento é definida
como igual à reatância capacitiva total do sistema para a terra na frequência do sistema. Esta prática é
conhecida como Aterramento por Bobina de Petersen, ou Aterramento por Bobina Ressonante. Com um sistema
sintonizado corretamente, a corrente de defeito à terra em equilíbrio é zero, de forma que os defeitos à terra com
formação de arco se tornam autoextinguíveis. Este tipo de sistema pode operar com uma fase aterrada por um
longo período até que a causa do defeito seja identificado e retificado.

122 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

A figura abaixo mostra uma fonte aterrada através de uma Bobina de Petersen, com um defeito à terra aplicado
na Fase A. Nesta situação, a capacitância paralela da fase A entra em curto pelo defeito. Consequentemente, os
cálculos mostram que se a reatância da bobina de aterramento for definida corretamente, a corrente resultante
de defeito à terra em equilíbrio é zero.

se

Vetores de corrente para a falha da fase A

E00631

Figura 42: Distribuição de corrente em sistema aterrado por Bobina de Petersen


A figura abaixo mostra um sistema de distribuição radial de três alimentadores com uma fonte que está aterrada
via uma Bobina de Petersen, onde um defeito fase-terra está presente na fase C.

E00632

Figura 43: Distribuição de correntes durante uma falha da fase C para a terra
Os diagramas vetoriais associados mostrados abaixo assumem que o sistema é totalmente compensado (ou seja,
a reatância da bobina está totalmente sintonizada com a capacitância do sistema), e que a resistência da bobina
de aterramento e dos cabos do alimentador são negligíveis.

P14D-TM-PT-7 123
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

a) Correntes capacitivas e indutivas

b) Linha sem falha c) Linha com falha

E00633

Figura 44: Caso teórico - sem resistência em XL ou XC


Na figura (a), o defeito da fase C para a terra faz com que as tensões das fases saudáveis se elevem por um fator
de √3. As correntes de carregamento da fase A (Ia1, Ia2 e Ia3), adiantam-se 90° em relação à tensão resultante da
fase A; da mesma forma para as correntes de carregamento da fase B em relação à Vb resultante.
O desequilíbrio detectado por um transformador de corrente com núcleo balanceado nos alimentadores
saudáveis é uma simples soma vetorial de Ia1 e Ib1, resultando numa corrente residual atrasada de exatamente
90° em relação à tensão residual (figura (b)). Como as tensões da fases saudáveis se elevaram por um fator de √3,
as correntes de carga nestas fases são também √3 vezes maiores que os seus valores em regime estacionário.
Portanto, a amplitude da corrente residual IR1 é igual a 3 vezes o valor em regime estacionário para cada corrente
de carga de fase.
A real tensão residual usada como sinal de referência para IEDs de defeito à terra direcional tem a fase deslocada
de 180° e é mostrada como –3Vo nos diagramas vetoriais. Este deslocamento de fase é introduzido
automaticamente pelos IEDs.
No alimentador em defeito, a corrente residual é a soma da corrente de carga nas fases saudáveis (IH3) mais a
corrente de defeito (IF). O desequilíbrio resultante é, portanto, igual a IL-IH1-IH2, como mostrado abaixo.

I0F
IR0F
Alimentador defeituoso
IR0H
IR0H Alimentadores em bom estado
IL
Chave:

IH3 IH2 IH1 IR0F = Corrente residual no alimentador defeituoso


-Vo IR0H = Corrente residual no alimentador em bom estado
3XL Xco
Pode-se, portanto, ver que:-
I0F = IL - IH1 - IH2 - IH3
IR0F = IH3 + I0F
Portanto:
E00640 IR0F = IL - IH1 - IH2

Figura 45: Rede de sequência zero mostrando correntes residuais

124 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Quando se compara as correntes residuais que ocorrem nos alimentadores saudáveis e em defeito, usando a
análise acima, pode-se ver que as correntes serão semelhantes em amplitude e fase, portanto não será possível
aplicar um IED, o qual poderia proporcionar discriminação.
Entretanto, o cenário de resistência negligível na bobina ou nos cabos do alimentador é puramente teórico.
Portanto, é necessário fazer outras considerações para uma aplicação prática na qual a componente resistiva
não é mais ignorada. Esta situação pode ser mais rapidamente explicada considerando a rede de sequência zero
para esta condição de defeito.

Componente resistivo Componente resistivo no alimentador


em bobina de aterramento
(IH1 + IH2 + IH3)’
IL’ A 3Vo

a) Correntes capacitivas e
indutivas com componentes
resistivos

C B

Restricao
Operação
IL
IR1 = IH1 Linha de torque zero
para RCA em 0°

c) Linha com falha

IH1 - IH2
Operação
IR3
IR3 = IF + IH3
= IL - IH1 - IH2 Restricao
Vres = 3Vo

Linha de torque zero para RCA em 0° Vres = 3Vo


Operação
E00641

Figura 46: Caso prático - com resistência em XL e XC


Devido à presença de resistência nos alimentadores, as correntes de carga das fases saudáveis estão agora
adiantadas de menos de 90° em relação a suas respectivas tensões de fase. De modo semelhante, a resistência
presente na bobina de aterramento tem o efeito de deslocar a corrente IL para um ângulo atrasado de menos de
90°.
A corrente residual agora aparece num ângulo maior que 90° da tensão de polarização para o alimentador
saudável e menos de 90° no alimentador em defeito. Portanto, um IED direcional que tenha um parâmetro de
ângulo característico de 0° (em relação ao sinal de polarização -3Vo) poderia ser aplicado para proporcionar
discriminação. A corrente residual do alimentador saudável apareceria dentro da seção de restrição da
característica, mas a corrente residual do alimentador em defeito permaneceria na região de operação.
Em sistemas práticos, pode-se encontrar um valor de resistência inserido propositadamente em paralelo com a
bobina de aterramento. Isto tem duas finalidades, primeiro aumentar a corrente de defeito à terra para um valor
mais detectável na prática e segundo aumentar a diferença angular entre os sinais residuais para poder facilitar a
discriminação da proteção.

7.5.3 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (REDES COMPENSADAS)


A configuração direcional deve ser tal que a direção à frente esteja a olhar para o alimentador protegido (longe do
barramento), com um RCA de 0°.

P14D-TM-PT-7 125
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Para um sistema totalmente compensado, a corrente residual detectada pelo relé no alimentador em defeito é
igual à corrente da bobina menos a soma das correntes de carga que circulam no resto do sistema. Além disso, a
soma das correntes de carga das duas fases saudáveis em cada alimentador dá uma corrente de carga total que
tem uma amplitude três vezes o valor de regime estacionário por fase. Portanto, para um sistema totalmente
compensado, a corrente desbalanceada detectada é igual a três vezes a corrente de carga por fase do circuito
em defeito. Um parâmetro típico pode, portanto, ser da ordem de 30% deste valor, ou seja, igual à corrente de
carga por fase do circuito em defeito. Na prática, os parâmetros exatos podem ser determinados no local, onde
defeitos do sistema podem ser aplicados e parâmetros adequados adotados com base em resultados práticos
obtidos.
Na maioria das situações, o sistema não será totalmente compensado e consequentemente será permitido
circular um pequeno nível de corrente de defeito em regime estacionário. A corrente residual vista pelo IED no
alimentador em defeito pode, portanto, ter um valor maior, o que enfatiza ainda mais o fato de que os parâmetros
do IED devem estar baseados em níveis práticos de corrente, sempre que possível.
O acima também vale para o parâmetro do RCA. Como foi mostrado, é necessário um parâmetro RCA nominal de
0º. No entanto, o ajuste fino deste parâmetro no local pode ser necessário para se poder obter o parâmetro ótimo
de acordo com os níveis de resistência presentes na bobina e no alimentador. A carga e o desempenho do TI
também terá um efeito sobre isto. O efeito da corrente de magnetização do TI será criar o adiantamento de fase
da corrente. Enquanto isto possa ajudar na operação de IEDs de alimentadores em defeito, poderia reduzir a
margem de estabilidade de IEDs de alimentadores saudáveis. Deve-se, portanto, chegar a um compromisso pelo
ajuste fino do RCA. Isto é ajustável em passos de 1°.

126 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

8 PROTEÇÃO DE DEFEITO À TERRA SENSITIVA


Em alguns defeitos à terra, a corrente de defeito é limitada seja por resistência intencional (como é o caso de
alguns sistemas de AT) ou por resistência não intencional (p. ex. em condições muito secas e onde o substrato é de
alta resistência, como areia ou rocha).
Para fornecer proteção nestes casos, é necessário fornecer um sistema de proteção de defeito à terra com um
parâmetro consideravelmente menor que para proteção normal de linha. Esta sensibilidade não pode ser
fornecida por TIs convencionais, portanto, a SEF seria normalmente alimentada por um transformador de corrente
toroidal (CBCT) montado em volta das três fases do cabo do alimentador. Também deve ser usado um
transformador especial de medição SEF no IED.
Com proteção SEF, podem ser usados parâmetros de até 10%.

8.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO SEF


A proteção de Defeito à Terra Sensitiva é implementada na coluna PROTECÇÃO SEF do grupo de parâmetros
relevante.
O produto fornece quatro estágios de proteção SEF com características de atraso independentes.
Os estágios 1 e 2 fornecem opções de características de operação e reset, onde se pode selecionar entre:
● Uma gama de curvas normais de IDMT (Tempo Definido Mínimo Inverso)
● Uma gama de curvas definidas pelo utilizador
● DT (Tempo definido)

Isto é obtido usando as células


● ISEF>(n) Função para a característica de operação de sobrecorrente
● ISEF>(n) Reset Car para a característica de reset de sobrecorrente
● ISEF>(n) UtlRstCarac para a característica de reset para curvas definidas pelo utilizador

onde (n) é o número do estágio.


Os estágios 1 e 2 também fornecem uma função Parar temporizador (on page96). Isto é configurado usando as
células ISEF>(n) tRepos.
Os estágios 3 e 4 podem ter apenas características de tempo definido.

P14D-TM-PT-7 127
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

8.2 LÓGICA DE SEF NÃO DIRECIONAL


ISEF ISEF>1 Arranque

ISEF>1 Corrent &


& IDMT/DT ISEF>1 Disparo
ISEF>1 Direção
Não Direcional
Timer Settings
Inibir SEF

I 2Harm.Arranq.

ISEF> Bloqueio
&
2H Bloq.ISEF>1

ISEF>1 Temp .Bloq Notas: Este diagrama não apresenta todos os estágios . Os outros estágios
seguem princípios similares.
Bloqueio de AR só está disponível nos estágios 3, 4 e 6
Prot.Princ. Bloq.

ISEF> Bloqueio
&
REL.Bloq.ISEF>3

Bloqueio de AR disponível apenas nos estágios TD


V00615

Figura 47: Lógica de SEF Não Direcional


A corrente de SEF é comparada com um limiar definido (ISEF>(n) Corrente) para cada estágio. Se exceder este
limiar, um sinal de Arranque é acionado, desde que não esteja bloqueado. Esta pode ser bloqueada pela função de
bloqueio de segunda harmónica ou por um sinal DDB de Inibição de SEF.
A lógica de religação automática pode ser definida para bloquear o disparo de SEF após um número prescrito de
tentativas (definido na coluna RELIGADOR AUTO). Isto é obtido usando o parâmetro Prot.Princ.Bloq. Este também
pode ser bloqueado pelo sinal DDB relevante ISEF>(n)Temp.Bloq.
A proteção de SEF pode seguir as mesmas características IDMT conforme descrito na seção de Princípios de
Proteção de Sobrecorrente. Consulte esta seção para detalhes das características IDMT.

8.3 CURVA EPATR B


A curva EPATR B é normalmente usada para proteção atrasada de Defeito à Terra Sensitiva em certos mercados.
Esta curva só está disponível nos estágios 1 e 2 de proteção de Defeito à Terra Sensitiva. Está baseada nos
parâmetros de corrente do primário, empregando uma relação de TI SEF de 100:1 A.
A curva EPATR_B tem 3 segmentos separados definidos em termos da corrente do primário. É definida como
segue:
Gama de Corrente do Primário Baseada numa Relação de TI de 100A:
Segmento Característica Corrente/Tempo
1A
1 ISEF = 0,5 A a 6,0 A t = 432 x TMS/ISEF 0,655 seg.
2 ISEF = 6,0 A a 200 A t = 800 x TMS/ISEF seg.
3 ISEF acima de 200 A t = 4 x TMS seg.

onde TMS (parâmetro multiplicador de tempo) pode ser de 0,025 - 1,2 em passos de 0,025.

128 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Curva EPATR

1000

100
Tempo em seg.

10

1
0.1 1 10 100 1000
Corrente no Primário A (Relação TC 100 A/1 A)

V00616

Figura 48: Característica EPATR B mostrada para TMS = 1,0

8.4 ELEMENTO DIRECIONAL


Onde a corrente de SEF pode circular em ambas as direções num local de IED, deve-se usar controlo direcional.
Existe um elemento direcional disponível para todos os estágios de sobrecorrente de SEF. Isto é encontrado na
célula ISEF>(n) Direção para o estágio relevante. Pode ser definida como não direcional, direcional directa ou
direcional inversa.
A direção é obtida usando técnicas diferentes dependendo da aplicação e da filosofia de projeto. Com relação à
figura abaixo, pode-se ver que a SEF direcional pode ser usada para:
● Sistemas com aterramento sólido
● Sistemas não aterrados (sistemas isolados)
● Sistemas compensados
● Sistemas com aterramento por resistência

O diagrama mostra qual tipo de controlo direcional que pode ser usado para qual sistema.

P14D-TM-PT-7 129
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Sistemas com Aterramento Sistemas Não Aterrados Sistemas Compensados Sistemas com aterramento
Sólido (sistemas isolados) (Bobina de Peterson ) por resistência

SEF Direcional SEF Direcional SEF Direcional SEF Direcional

TI de núcleo INsen(j) INcos(j) INcos(j)


balanceado caracteristica caracteristica caracteristica

Direcional TI de núcleo
Wattimétrica Wattimétrica
Defeito a terra
VN x IN sen(j) VN x IN cos(j)
balanceado
(potência reativa) (potência activa)
Defeito de Alta Impedância Direcional
(HIF) Defeito a terra
TI de núcleo
balanceado
Defeito de Alta Impedância
V00655 (HIF)

Figura 49: Tipos de controlo direcional


O dispositivo suporta controlo direcional padrão com núcleo balanceado, bem como características Isen(phi),
Icos(phi) e Wattimétrica.
Caso esteja usando a proteção direcional SEF, você seleciona a polarização requerida usando o valor de
configuração Opções SEF, na coluna PROTEÇÃO SEF.

8.4.1 CARACTERÍSTICA WATTIMÉTRICA


As análises mostraram que existe uma pequena diferença angular entre a corrente residual de alimentadores
saudáveis e em defeito, para defeito à terra em redes compensadas. Esta diferença angular dá origem a
componentes ativos de corrente que estão em oposição de fase.

Vres = -3Vo

Componente ativo
de corrente residual: IR3 - IH1 - IH2 Operação
Alimentador defeituoso

IL

IR1
Componente ativo
de corrente residual: Linha de torque zero Restricao
Alimentador em bom estado para RCA em 0°

Chave:

IR3 - Corrente residual em alimentador defeituoso

IR1 - Corrente residual em alimentador em bom estado

IH1 IH2 - Corrente de carga do resto do sistema

IL - Corrente através de bobina aterrada


E00617

Figura 50: Componentes resistivos de corrente residual

130 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Consequentemente, os componentes ativos da potência de sequência zero também estarão em planos


semelhantes, significando que um IED capaz de detectar potência ativa pode tomar decisões discriminatórias. Se
a componente Wattimétrica da potência de sequência zero for detectada na direção à frente, isto indicaria defeito
naquele alimentador. Se a potência for detectada na direção inversa, então o defeito deve estar num alimentador
adjacente ou na fonte.
Para operação do elemento de defeito à terra direcional, todos os três parâmetros ajustáveis devem ser
excedidos; nominalmente a corrente ISEF>, a tensão ISEF> VNpol.Ajus e a potência PN> Ajuste.
O parâmetro de potência é chamado de PN> e é calculado usando valores residuais ao invés de valores de
sequência zero. Os valores residuais são três vezes os seus valores respectivos de sequência zero e a fórmula
completa para operação é a mostrada abaixo:
O parâmetro PN> corresponde a:
VresIrescos(f - fc) = 9VoIocos(f - fc)
onde:
● f = ângulo entre a Tensão de Polarização (-Vres) e a Corrente Residual
● fc = Parâmetro do Ângulo Característico do Relé (RCA) (ISEF> Ang. Caract)
● Vres = Tensão Residual
● Ires = Corrente Residual
● Vo = Tensão de Sequência Zero
● Io = Corrente de Sequência Zero
A ação de definir o limiar de PN> em zero desactivaria efetivamente a função wattimétrica e o dispositivo operaria
como um elemento direcional de defeito à terra sensitiva básico. Entretanto, se for necessário, a opção SEF pode
ser selecionada na célula Opções SEF/REF no menu.

Nota:
O parâmetro de potência residual, PN>, é escalado pelas relações programadas de Transformador.

Um outro ponto a ser notado é que quando se seleciona um limiar de potência diferente de zero, uma pequena
alteração é feita nos limites angulares da característica direcional. Em vez de serem ±90° do RCA, são colocados
um pouco mais estreitos em ±85°.
Os critérios de verificação direcional são os seguintes:
Direcional directo: -85° < (ângulo(IN) - ângulo(VN + 180°) - RCA) < 85°
Direcional inverso: -85° > (ângulo(IN) - ângulo(VN + 180°) - RCA) > 85°

8.4.2 CARACTERÍSTICA ICOS PHI / ISEN PHI


Em algumas aplicações, a corrente residual no alimentador saudável pode-se situar imediatamente dentro do
limite de operação em seguida a uma condição de defeito. A corrente residual para o alimentador em defeito se
situa próxima do limite de operação.

P14D-TM-PT-7 131
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Icos(φ1) Alimentador
defeituoso

Tensão
de polarização

Operação φ1
avante

Icos(φ2)

Alimentador
φ2
em bom estado

Operação
reversa Operação reversa

E00618

Figura 51: Característica de operação para Icos


O diagrama ilustra o método de discriminação quando a componente real (cosf ) é considerada. Defeitos
próximos da tensão de polarização terão uma amplitude mais alta que aqueles próximos do limite de operação.
No diagrama assumimos que a amplitude da corrente é I nos alimentadores com e sem defeito.
● Para a componente ativa Icos, o critério de operação é: Icosf > Isef
● Para a componente reativa Isen, o critério de operação é: Isenf > Isef

Onde Isef é o parâmetro de corrente de defeito à terra sensitiva para o estágio em questão
Se qualquer estágio for definido como não direcional, o elemento reverte para operação normal com base na
amplitude de corrente I sem decisão direcional. Neste caso, a discriminação correta é obtida por meio de uma
característica Icos pois o alimentador em defeito terá uma grande componente ativa de corrente residual,
enquanto que o alimentador saudável terá um valor pequeno.
Para aplicações de terra isolada, é comum usar a característica Isen.
Todos os parâmetros relevantes podem ser encontrados na coluna SEF.

132 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

8.4.3 LÓGICA SEF DIRECIONAL

Opções SEF

ISEF
ISEFsin(phi) ISEF>1 Partida
ISEFcos(phi)

ISEF>1 Corrent &


&
& IDMT/DT ISEF>1 Disparo
Inibir SEF

I 2Harm.Partida
Timer Settings
ISEF> Bloqueio
&
2H Bloq.ISEF>1

ISEF>1 Direção

VN.ISEF.cos phi

PN> Ajuste &


Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros
Opções SEF estágios seguem princípios similares .
O bloqueio de AR só está disponível nos estágios 3 e 4.
Wattimétrica

VN
Directional
ISEF> VNpol Ajus check

TPS Bloq.Lento

ISEF> Bloqueio
&
TPS Bloq.ISEF>1

ISEF>1 CarAng.

ISEF>1 DispAng.

Prot.Princ.Bloq .

ISEF> Bloqueio
&
REL.Bloq.ISEF>3
Bloqueio de AR disponível apenas nos estágios TD

ISEF>1 Temp.Bloq
V00746

Figura 52: SEF direcional com polarização VN (estágio único)


A proteção de falha à terra sensitiva pode ser configurada EM/FORA DE serviço usando o sinal DDB de inibição
adequado, que pode ser enviado por uma entrada opto-acoplada ou por um comando de controle. A Supervisão
VT (VTS) bloqueia seletivamente a proteção direcional ou faz com que ela volte a operação não direcional. Quando
configurada para bloquear a proteção direcional, o bloqueio VTS é aplicado à verificação direcional, que também
bloqueia de maneira eficaz as saídas de Partida.
Os critérios de verificação direcional são dados abaixo para o elemento de falha à terra sensitivo padrão:
● Direcional direta: -90° < (ângulo(IN) - ângulo(VN + 180°) - RCA) < 90°
● Direcional reversa : -90° > (ângulo(IN) - ângulo(VN + 180°) - RCA) > 90°

Existem três possibilidade para o tipo de elemento de proteção que você pode usar na detecção de falha à terra
sensitiva:
● Um elemento de proteção de falha à terra direcional sensitivo adequado, com uma configuração de ângulo
característico (RCA) de zero graus, e com a possibilidade de ajuste fino deste limiar.
● Um elemento de proteção wattométrico de sequência zero direcional sensitivo, com uma configuração de
ângulo característico (RCA) de zero graus, e com a possibilidade de ajuste fino deste limiar.
● Um elemento de proteção de falha à terra direcional sensitivo com características Icosf e Isinf.

P14D-TM-PT-7 133
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Todos os estágios do elemento de falha à terra sensitivo podem ser definidos com 0,5% da corrente nominal.

8.5 NOTAS DE APLICAÇÃO

8.5.1 SISTEMAS ISOLADOS


Onde se usam sistemas isolados, não é possível detectar defeitos usando proteção padrão de defeitos à terra. É
possível usar um dispositivo de sobretensão residual para se obter isto, mas mesmo com este método não é
possível fazer discriminação completa. A proteção de defeito à terra totalmente discriminativa neste tipo de
sistema só pode ser obtida usando um elemento de SEF (Defeito à Terra Sensitiva). Este tipo de proteção detecta o
desequilíbrio resultante nas correntes de carga do sistema, que ocorre durante condições de defeito à terra. Para
esta aplicação deve ser usado um TI com núcleo balanceado. Isto elimina a possibilidade de correntes residuais
que possam surgir de pequenas diferenças entre TIs de linha conectados residualmente. Também permite a
aplicação de uma relação de TI muito menor, possibilitando, assim, que a sensibilidade requerida da proteção seja
obtida mais facilmente.
O diagrama seguinte mostra um sistema isolado com um defeito na fase C.

E00627

Figura 53: Distribuição de corrente num sistema isolado com defeito na fase C
Os IEDs nos alimentadores saudáveis verificam o desequilíbrio da corrente de carga para os seus próprios
alimentadores. O IED do alimentador em defeito, no entanto, verifica a corrente de carga do resto do sistema (IH1
e IH2 nesse caso). A corrente de carga do seu próprio alimentador (IH3) é cancelada.
Em relação ao diagrama vetorial associado, pode-se ver que o defeito da fase C para a terra faz com que as
tensões das fases saudáveis se elevem por um fator de √3. A corrente de carga da fase A (Ia1), está adiantada em

134 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

relação à tensão da fase A de 90°. Da mesma forma, a corrente de carga da fase B está adiantada em relação à
resultante Vb de 90°.

Vaf

Restricao
Vapf
IR1
Ib1

Operação
Ia1

Vbf

Vcpf Vbpf

Vres
(=-3Vo)

Um valor RCA além de 90° desloca o


"centro da característica" para aqui IR3 = - (IH1 + IH2)

E00628

Figura 54: Diagramas de fasores para o sistema isolado com defeito na fase C
O desequilíbrio de corrente detectado por um transformador de corrente com núcleo balanceado nos
alimentadores saudáveis é a soma vetorial de Ia1 e Ib1. Isto gera uma corrente residual adiantada em relação à
tensão de polarização (–3Vo) de 90°. Como as tensões da fases saudáveis se elevaram por um fator de √3, as
correntes de carga nestas fases são também √3 vezes maiores que seus valores em regime estacionário.
Portanto, a amplitude da corrente residual IR1 é igual a 3 vezes o valor em regime estacionário para cada corrente
de carga de fase.
Os diagramas de fasores indicam que as correntes residuais nos alimentadores saudáveis e em defeito (IR1 e IR3
respectivamente) estão em oposição de fase. Um elemento direcional poderia, portanto, ser usado para
proporcionar proteção de defeito à terra discriminativa.
Se a tensão de polarização for deslocada de +90°, a corrente residual verificada pelo relé do alimentador em
defeito estará dentro da região de operação da característica direcional e a corrente nos alimentadores saudáveis
estará na região de restrição.
Foi dito que o parâmetro do ângulo característico para o elemento SEF aplicado a sistemas isolados é +90°. Isto é
para o caso em que o IED esteja conectado de forma tal que a sua direção de circulação da corrente para
operação é a do barramento fonte em direção ao alimentador. Se a direção directa para operação fosse definida
de forma tal que fosse a do alimentador para o barramento, (o que algumas concessionárias podem padronizar),
então seria necessário um RCA de –90°.

Nota:
A discriminação pode ser fornecida sem a necessidade de controlo direcional. Isto apenas pode ser obtido, no entanto, se for
possível programar o IED acima da corrente de carga do alimentador protegido e abaixo da corrente de carga para o
restante do sistema.

8.5.2 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (SISTEMAS ISOLADOS)


A corrente residual no alimentador em defeito é igual à soma das correntes de carga que circulam no restante do
sistema. Além disso, a soma das correntes de carga das duas fases saudáveis em cada alimentador dá uma
corrente de carga total que tem uma amplitude três vezes o valor por fase. Portanto, a corrente de desequilíbrio
total é igual a três vezes a corrente de carga por fase do restante do sistema. Um parâmetro típico pode, portanto,
ser da ordem de 30% deste valor, ou seja, igual à corrente de carga por fase do restante do sistema. Na prática, o

P14D-TM-PT-7 135
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

parâmetro necessário pode ser determinado no local, onde parâmetros adequados podem ser adotados com
base em resultados práticos obtidos.
Quando se usa um transformador com núcleo balanceado, deve-se ter cuidado com o posicionamento do TI com
relação ao aterramento da blindagem do cabo:

Prensa-cabo

Caixa de cabos

Conexão terra do
prensa-cabo/blindagem

"Incorreto"

Não Operação
SEF

"Correto"

Operação

SEF

E00614

Figura 55: Posicionamento de transformadores de corrente com núcleo balanceado


Se a blindagem do cabo estiver terminada no prensa-cabos e aterrada diretamente naquele ponto, não
aparecerá um defeito no cabo (da fase para a blindagem) para qualquer corrente desbalanceada no TI de núcleo
balanceado. Portanto, antes de aterrar, a conexão deve passar novamente através do CBCT e ser aterrada do lado
do alimentador. Isto assegura a operação correta do relé durante condições de defeito à terra.

136 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

9 ARRQ CARGA FRIO


Quando um disjuntor de alimentador é fechado para energizar a carga, os níveis de corrente que circulam por um
período de tempo após a energização podem ser bem maiores que os níveis normais da carga.
Consequentemente, os parâmetros de sobrecorrente que foram aplicados para proporcionar proteção de
sobrecorrente podem não ser adequados durante este período de energização (carga fria), pois podem iniciar
disparos indesejados do disjuntor. Este cenário pode ser evitado com a função de Arranque com Carga Fria (CLP).
A lógica de Arranque com Carga Fria (CLP) funciona de duas maneiras:
● Inibindo um ou mais estágios da proteção de sobrecorrente por uma duração definida
● Elevando os parâmetros de sobrecorrente de estágios selecionados pelo período de carga fria.

A lógica de CLP fornece, portanto, estabilidade, enquanto mantém a proteção durante o arranque.

9.1 IMPLEMENTAÇÃO
A proteção de carga fria é configurada na coluna PART. CARGA FRIO do grupo de configurações relevante.
Esta função atua de acordo com as seguintes funções de proteção:
● Todos os estágios de sobrecorrente (não direcionais e direcionais, se aplicável).
● Todos os estágios 1 de falha de terra (ambos não-direcionais e direcionais, se aplicáveis).
● Todos os estágios 2 de falha de terra (ambos não-direcionais e direcionais, se aplicáveis).

O princípio de operação é idêntico para a proteção trifásica de sobrecorrente e os primeiros estágios da proteção
de sobrecorrente de falha à terra, para EF1 e EF2.
A operação CLP ocorre quando o disjuntor permanece aberto por um tempo superior a tFrio e é fechado
subsequentemente. A operação CLP é aplicada após o intervalo tFrio e permanece por um intervalo de tempo
configurado, de tCLP, após o fechamento do disjuntor. O estado do disjuntor é fornecido ou pelos contatos
auxiliares do disjuntor ou por um dispositivo externo, via entradas lógicas. Enquanto a operação CLP está em
andamento, as configurações CLP são ativadas, após o término do atraso de tempo tCLP, os valores de
sobrecorrente normais são aplicados e as configurações CLP são desativadas.
Se desejado, em vez de se usarem limiares de corrente diferentes para o tempo de carga fria, também é possível
bloquear totalmente a operação de sobrecorrente durante este intervalo, para qualquer um dos estágios de
sobrecorrente.
A operação dependente de tensão também pode afetar as configurações de sobrecorrente. Se surgir uma
condição dependente de tensão, isto terá prioridade sobre a função CLP. Se a condição CLP predominar e a
função dependente de tensão reiniciar, o dispositivo irá operar usando as configurações CLP. Os elementos com
atraso de tempo são reiniciados em zero, caso sejam desativados durante as transições entre as configurações
normais e as configurações CLP.

P14D-TM-PT-7 137
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

9.2 LÓGICA DE CLP


Inicio CargaFrio
1 tFrio
Disj.Aberto 3F & S
Q Operaç.CargaFrio
Temp .Atr.tFrio R

1 tCLP
Disj.Fechado 3F &

Temp .Atr.tCLP

PART. CARGA FRIO


1
Ativo

Current threshold setting Applied Current


in CLP column Threshold

Timer settings in CLP


Applied Timer Settings
column

V00635

Figura 56: Lógica de Arranque com Carga Fria


O sinal de Operação do CLP indica que a lógica de CLP está em operação. Isto acontece quando CLP está activado
E CLP é iniciado seja externamente ou por uma condição de Disj. Aberto após o período de tFrio se ter esgotado. O
indicador de Operação do CLP vai para nível baixo quando CLP está desactivado ou quando o disparo esterno de
CLP é removido ou quando houver uma condição de Disj. fechado.
tFrio e tCLP são iniciados através dos sinais Disj. aberto e Disj. fechado gerados dentro do dispositivo. Estes sinais
são gerados conectando contatos auxiliares do disjuntor ou dispositivo de partida para entradas digitais do IED.
Se não houver contatos duplos de Disj. disponíveis (um para Aberto (52a) e um para Fechado (52b)) pode-se
configurar o dispositivo para ser acionado por um único contato (52a ou 52b). O dispositivo irá simplesmente
inverter um sinal para criar o outro. Esta opção está disponível usando a célula de Estado Ent.Disj. na coluna de
COMANDO DISJ. O parâmetro pode ser definido como Nenhuma, 52a, 52b ou 52a e 52b.

9.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

9.3.1 CLP PARA CARGAS RESISTIVAS


Um exemplo típico de onde a lógica de CLP pode ser usada é para cargas resistivas de aquecimento tais como
para sistemas de ar condicionado. Cargas resistivas oferecem tipicamente menor resistência quando frias do que
quando quentes, portanto, a corrente de arranque será maior.
Para definir o CLP, é preciso selecionar Activa na opção I> estado para activar os parâmetros temporários de
corrente e tempo. Estes parâmetros devem ser escolhidos de acordo com o perfil esperado da carga. Onde não
for necessário alterar o parâmetro de um estágio particular, os parâmetros de CLP devem ser definidos no mesmo
nível que os parâmetros normais de sobrecorrente.
Pode não ser necessário alterar os parâmetros de proteção de seguida a uma curta interrupção do fornecimento.
Neste caso pode ser usado um parâmetro de temporizador de tFrio adequado.

9.3.2 CLP PARA ALIMENTADORES DE MOTORES


Em geral, alimentadores que alimentam cargas de motores são protegidos por um dispositivo dedicado de
proteção de motores. Entretanto, se alógica de CLP estiver disponível num dispositivo alimentador, isto pode ser
usado para modificar os parâmetros de sobrecorrente durante o arranque.

138 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Dependendo da amplitude e duração da corrente de arranque do motor, pode ser suficiente simplesmente
bloquear a operação dos elementos instantâneos. Se a duração do arranque for muito longa, os parâmetros
atrasados de proteção também podem precisar ser elevados. Pode ser adotada uma combinação de bloqueio e
elevação dos parâmetros de sobrecorrente. Os parâmetros de sobrecorrente em CLP neste caso devem ser
escolhidos considerando a característica de arranque do motor.
Isto pode ser útil quando a proteção instantânea de defeito à terra precisar ser aplicada ao motor. Durante
condições de arranque do motor, é provável que ocorra a operação incorreta do elemento de defeito à terra
devido à saturação assimétrica do TI. Isto deve-se ao alto nível de corrente de arranque causando saturação de
um ou mais dos TIs de linha que alimentam a proteção de sobrecorrente/defeito à terra. O desequilíbrio transiente
resultante nos valores de corrente da linha do secundário é então detectado pelo elemento de defeito à terra
residualmente conectado. Por este motivo, é normal aplicar-se um atraso nominal ao elemento ou usar a
resistência de estabilização em série.
A lógica de CLP pode ser usada para permitir que sejam aplicados tempos de operação ou parâmetros de
corrente reduzidos ao elemento de defeito à terra sob condições normais de funcionamento. Estes parâmetros
poderiam então ser elevados antes do arranque do motor, por meio da lógica.

9.3.3 CLP PARA CONDIÇÕES DE FECHO SOB DEFEITO


Em algumas aplicações de alimentadores, pode ser necessário disparo rápido se um defeito já estiver presente no
alimentador quando é energizado. Tais defeitos podem ser devidos a uma condição de defeito que não foi
removido do alimentador, ou devido a garras de terra deixadas após manutenção. Em ambos os casos, é
desejável solucionar a condição de defeito rapidamente, do que aguardar o atraso imposto pela proteção de
sobrecorrente IDMT.
A lógica de CLP pode cuidar desta situação. Os estágios selecionados de sobrecorrente/defeito à terra poderiam
ser definidos para operação instantânea por um período definido de seguida ao fecho do disjuntor (tipicamente
200 ms). Assim, seria obtida a solução instantânea da defeito para uma condição de fecho sob defeito (SOTF).

P14D-TM-PT-7 139
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

10 LÓGICA DE SOBRECORRENTE SELETIVA


Com Lógica de Sobrecorrente Seletiva pode-se usar contatos de Arranque para controlar os atrasos de IEDs
anteriores, como uma alternativa a simplesmente bloqueá-los. Isto fornece uma abordagem alternativa para se
obter tipos de esquemas de sobrecorrente não encadeados, o que pode ser mais familiar para algumas
concessionárias que esquemas de sobrecorrente bloqueados.

10.1 IMPLEMENTAÇÃO DE LÓGICA SELETIVA


A Lógica de Sobrecorrente Seletiva é implementada na coluna LÓGICA SELECTIVA do grupo de parâmetros
relevante.
A função de Lógica Seletiva funciona aumentando temporariamente os parâmetros de atraso dos elementos de
sobrecorrente escolhidos. Esta lógica é iniciada energizando a entrada digital relevante no IED anterior.
Esta função atua sob as seguintes funções de proteção:
● Sobrecorrente de fase Não Direcional/Direcional (3º, 4º e 6º estágios)
● Defeito à terra –1 Não Direcional/Direcional (3º, 4º e 6º estágios)
● Defeito à terra –2 Não Direcional/Direcional (3º, 4º e 6º estágios)
● Defeito à terra sensitiva Não Direcional/Direcional (3º, 4º e 6º estágios)

10.2 DIAGRAMA LÓGICO DE SOBRECORRENTE SELETIVA

SELECTIVE LOGIC
Applied Timer Settings
timer settings

LOGICA SELETIVA
Ativo
&
I>3 Temp Bloq .

I>3 Partida - A

Prot.Princ.Bloq. Nota: a lógica seletora se aplica apenas aos estágios TD .


& Este diagrama mostra apenas o estágio 3 .
I> Bloqueio
RELIG. Bloq. I>3
V00647

Figura 57: Lógica de Sobrecorrente Seletiva


O diagrama lógico a seguir é para sobrecorrente da fase A, mas é válido para todas as três fases para cada um
dos estágios 3, 4 e 6. O princípio de operação também é idêntico para EF1, EF2 e SEF.
Quando a função de lógica seletiva é activa a ação da entrada de bloqueio é a seguinte:

Bloqueio não aplicado


No caso de uma condição de defeito que force continuamente a saída de arranque, a função irá forçar um sinal
de disparo após o atraso normal ter se esgotado.

Bloqueio de entrada lógica aplicado


No caso de uma condição de defeito que force continuamente a saída de arranque, a função irá forçar um sinal
de disparo após o atraso da lógica seletiva ter se esgotado.

140 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Bloqueio de entrada de religação automática aplicado


No caso de uma condição de defeito que force continuamente a saída de arranque, quando um bloqueio de
religação automática é aplicado a função não irá disparar. O bloqueio de religação automática também sobrepõe
o bloqueio de entrada lógica e irá bloquear o temporizador de lógica seletiva.
Note que a função de Religação Automática gera dois sinais que bloqueiam a proteção, nominalmente;
Prot.Princ.Bloq. e Prot.SEF Bloq..
Prot.Princ.Bloq. é comum para Sobrecorrente de Fase, Defeito à Terra 1 e Defeito à Terra 2, ao passo que
Prot.SEF Bloq. é usado para proteção SEF.

P14D-TM-PT-7 141
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

11 SELEÇÃO DO PARÂMETRO DO TEMPORIZADOR


As configurações usadas do temporizador dependem de haver uma condição de Sobrecorrente Seletiva ou uma
condição de Arranque com Carga Fria. A função de Sobrecorrente seleciona a configuração de acordo com o
seguinte diagrama de fluxo:

Arranque

Use os parâmetros do
Existe uma condição de Sim temporizador calculados pela
Sobrecorrente Seletiva? função Lógica de
Sobrecorrente Seletiva

Não

Sim Use os parâmetros do


Existe uma condição de temporizador definidos na
Arranque com Carga coluna ARR.CARGA FRIO
Fria?
Não

Use os parâmetos do
temporizador definidos na
coluna SOBRECORRENTE

Fim
V00652

Figura 58: Selecionando a configuração do temporizador

142 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

12 PROTEÇÃO DE SOBRECARGA TÉRMICA


O calor gerado em um item da instalação, tal como um cabo ou um transformador, é a perda resistiva (I2Rt). A
característica térmica no tempo é, portanto, baseada no quadrado da corrente integrado ao longo do tempo. O
dispositivo automaticamente usa a maior corrente de fase como entrada para o modelo térmico.
O equipamento foi projetado para operar continuamente a uma temperatura correspondente à sua carga
nominal total, onde o calor gerado esta equilibrado com o calor dissipado. As condições de sobretemperatura
ocorrem quando se permite que correntes superiores à sua capacidade máxima circulem por um período de
tempo. É sabido que mudanças de temperatura durante o aquecimento seguem constantes de tempo
exponenciais.
O dispositivo fornece duas características que podem ser selecionadas de acordo com a aplicação; característica
de constante de tempo simples e característica de constante de tempo dupla.

12.1 CARACTERÍSTICA DE CONSTANTE DE TEMPO ÚNICA


Esta característica é usada para proteger cabos, transformadores do tipo seco e bancos de capacitores.
A característica térmica constante única é dada pela equação:

 I 2 − ( KI FLC )2 
t = −τ log  
 I 2 − I p2 
e  
onde:
● t = tempo para desarme, seguindo a aplicação da corrente de sobrecarga I
● t = constante de tempo de resfriamento e aquecimento da planta protegida
● I = maior corrente de fase
● IFLC Corrente de carga plena nominal (a configuração de desarme térmico)
● Ip = Pré-carga estacionária antes da aplicação da sobrecarga
● K = uma constante, configurável entre 1 e 1,5, com o valor padrão de 1,05 (fator k)

12.2 CARACTERÍSTICA DE CONSTANTE DE TEMPO DUPLA


Esta característica é usada para proteger transformadores imersos em óleo com arrefecimento aéreo natural
(p.ex. tipo ONAN). O modo térmico é semelhante ao da constante simples, exceto que precisam ser definidas duas
constantes de temporizador.
Para uma sobrecarga marginal, o calor fluirá dos enrolamentos para o volume do óleo isolante. Portanto, em
baixa corrente, a curva de réplica é dominada pela constante de tempo longa para o óleo. Isto fornece proteção
contra uma elevação geral na temperatura do óleo.
Para sobrecargas severas, o calor acumula-se nos enrolamentos do transformador com pouca oportunidade de
dissipação no óleo de isolamento adjacente. Portanto, em elevados níveis de corrente, a curva de réplica é
dominada pela constante de tempo curta para os enrolamentos. Isto proporciona proteção contra o
desenvolvimento de pontos quentes dentro dos enrolamentos do transformador.
No geral, a característica de constante de tempo dupla serve para proteger contra o envelhecimento do
isolamento do enrolamento e para minimizar a produção de gás por óleo superaquecido. Note, no entanto, que o
modelo térmico não compensa os efeitos da mudança na temperatura ambiente.
A característica térmica de constante de tempo dupla é dada pela equação:

P14D-TM-PT-7 143
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

( − t / τ1 ) ( −t / τ 2 )
 I 2 − ( KI FLC )2 
0.4e + 0.6e = 
 I − I p
2 2


onde:
● t1 = constante de tempo de aquecimento e arrefecimento dos enrolamentos do transformador
● t2 = constante de tempo de aquecimento e arrefecimento dos enrolamentos do transformador

12.3 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SOBRECARGA TÉRMICA


O dispositivo incorpora uma característica térmica baseada em corrente, usando a corrente de carga RMS para
modelar o aquecimento e arrefecimento da instalação protegida. O elemento pode ser definido com os estágios
de alarme e disparo.
A Proteção de Sobrecarga Térmica é implementada na coluna SOBRECARGA TÉRM. do grupo de parâmetros
relevante.
Esta coluna contém os parâmetros para o tipo de característica, os limiares de alarme e disparo e as constantes
de tempo.

12.4 LÓGICA DE PROTEÇÃO DE SOBRECARGA TÉRMICA

IA
IB Max RMS
Thermal State
IC

Disparo Térmico
Disparo Térmico
Característica Limiar de
Desactivado Thermal desarme térmico
Simples Calculation
Dobro

Const.tempo 1

Const.tempo 2

Reset Térmico
Alarme Térmico
Alarme Térmico

V00630

Figura 59: Diagrama lógico da proteção de sobrecarga térmica


As amplitudes das correntes de entrada das três fases são comparadas e a amplitude maior é tomada como
entrada para a função de sobrecarga térmica. Se essa corrente exceder o limiar de disparo térmico emite-se uma
condição de arranque.
O sinal de Arranque é aplicado ao módulo de característica térmica escolhida, o qual tem três sinais de saída;
alarme, disparo e medida de estado térmico. As medições de estado térmico são disponibilizadas na coluna
MEDIDAS 3.
O estado térmico pode sofrer reset seja por uma entrada digital (se associada a esta função usando o esquema
lógico programável) ou o menu do painel da IHM. Esse comando de reset também é encontrado na coluna
MEDIDAS 3.

144 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

12.5 NOTAS DE APLICAÇÃO

12.5.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO PARA CARACTERÍSTICA DE CONSTANTE DE TEMPO


DUPLA
A maneira mais simples de resolver a equação de constante de tempo térmica dupla é expressar a corrente em
termos de tempo e usar uma folha de cálculo para calcular a corrente para uma série de tempos de operação
crescentes usando a seguinte equação e então traçar um gráfico.

0.4 I p 2 .e( − t /τ 1) + 0.6 I p 2 .e( − t /τ 2) − k 2 .I FLC 2


I=
0.4e( − t /
τ 1)
+ 0.6e( − t /τ 2) − 1

100000

Constante de tempo 1 = 5 min.


10000
Constante de tempo 2 = 120 min.
Tempo de operação (segundos)

Corrente de pré-sobrecarga = 0,9 pu


Valor térmico = 1 A
1000

100

10

1
1 10
Corrente como múltiplo do valor térmico

V00629

Figura 60: Característica de constante de tempo térmica dupla


O parâmetro de corrente é calculado como:
Disparo Térmico = Carga contínua permissível do item do transformador/relação do TI.
Para um transformador de óleo de classe 400 a 1600 kVA, as constantes de tempo aproximadas são:
● t1 = 5 minutos
● t2 = 120 minutos
Pode ser gerado um alarme ao atingir o estado térmico correspondente a uma percentagem do limiar de disparo.
Um parâmetro típico poderia ser "Alarme Térmico" = 70% da capacidade térmica.

P14D-TM-PT-7 145
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Nota:
As constantes de tempo térmicas dadas nas tabelas acima são apenas típicas. Deve-se sempre consultar o fabricante da
instalação para se obter informações precisas.

12.5.2 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO PARA CARACTERÍSTICA DE CONSTANTE DE TEMPO


SIMPLES
O tempo para o disparo varia dependendo da corrente de carga circulante antes da aplicação da sobrecarga, ou
seja, se a sobrecarga foi aplicada a quente ou a frio.
A constante de tempo térmica pode ser reescrita como:

θ − θ p 
e( − t / τ ) =  
e 
θ −1 

onde:
● θ = estado térmico = I2/K2IFLC2
● θp = estado térmico pré-defeito = Ip2/K2IFLC2

Nota: uma corrente de 105% Is (KIFLC) tem que ser aplicada por várias constantes de tempo para provocar uma
medição de estado térmico de 100%
O parâmetro de corrente é calculado como:
Disparo Térmico = Carga contínua permissível do item da instalação/relação do TI.
As tabelas a seguir mostram a constante de tempo aproximada em minutos para diferentes tensões nominais de
cabo com várias áreas de seção transversal de condutor, e para outros equipamentos da instalação.

Área (mm2) 6 - 11 kV 22 kV 33 kV 66 kV
25 – 50 10 minutos 15 minutos 40 minutos –
70 – 120 15 minutos 25 minutos 40 minutos 60 minutos
150 25 minutos 40 minutos 40 minutos 60 minutos
185 25 minutos 40 minutos 60 minutos 60 minutos
240 40 minutos 40 minutos 60 minutos 60 minutos
300 40 minutos 60 minutos 60 minutos 90 minutos

Tipo de instalação Constante de Tempo (Minutos)


Transformador tipo seco <400 kVA 40
Transformadores tipo seco de 400 –800 kVA 60 - 90
Reatores com Núcleo de Ar 40
Bancos de Condensadores 10

Linhas aéreas com seção transversal > 100 mm2 10


Linhas Aéreas 10
Barramentos 60

146 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

13 PROTEÇÃO DE CONDUTOR QUEBRADO


Um tipo de defeito desbalanceado é o defeito em 'Série' ou em 'Circuito Aberto'. Este tipo de defeito pode surgir de
condutores quebrados, entre outras coisas. Os defeitos em série não provocam um aumento da corrente de fase e
por isso não podem ser detectadas por IEDs de sobrecorrente. Entretanto, produzem um desequilíbrio que resulta
em corrente de sequência negativa de fase, o qual pode ser detectado.
É possível aplicar um elemento de sobrecorrenete de sequência negativa de fase para detectar condutores
quebrados. Entretanto, numa linha levemente carregada, a corrente de sequência negativa resultante de uma
condição de defeito em série pode estar muito próxima, ou ser menor que, o desequilíbrio de regime em plena
carga decorrente de erros de TI e desbalanceamentos de carga, tornando muito difícil a distinção. Um elemento
normal de sequência negativa não funcionaria, portanto, em baixos níveis de carga. Para superar isto, o
dispositivo incorpora um elemento especial de proteção de Condutor Quebrado.
O elemento de Condutor Quebrado mede a relação das correntes de sequência negativa para positiva de fase (I2/
I1). Esta relação é aproximadamente constante com variações na corrente de carga, tornando-o assim mais
sensível a defeitos em série que a proteção padrão de sequência negativa.

13.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE CONDUTOR QUEBRADO


A proteção de Condutor Quebrado é implementada na coluna CONDUTOR ROMPIDO do grupo de parâmetros
relevante.
Esta coluna contém os parâmetros para activar a função, para o limiar de detecção e o atraso.

13.2 LÓGICA DA PROTEÇÃO DE CONDUTOR QUEBRADO


A relação de I2/I1 é calculada e comparada com o limiar. Se o limiar for excedido, o temporizador de atraso é
iniciado. O sinal de bloqueio do CTS é usado para bloquear a operação do temporizador de atraso.

PartCond.Rompido
I2/I1

I2/I1 Ajuste & Disp. Cond.Rompid

I2

Corrente baixa

TCS Bloqueio

V00609

Figura 61: Lógica de condutor quebrado

13.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

13.3.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO


Para um condutor quebrado que afete um sistema de potência aterrado num único ponto haverá uma pequena
corrente de sequência zero e a relação de I2/I1 que circulam no circuito protegido chegará perto de 100%. No
caso de um sistema de potência com aterramento múltiplo (assumindo impedâncias iguais em cada rede de
sequência), a relação I2/I1 será de 50%.

P14D-TM-PT-7 147
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Na prática, os níveis de corrente permanente de sequência negativa de fase presentes no sistema é que
governam este parâmetro mínimo. Isto pode ser determinado por um estudo do sistema ou fazendo uso das
facilidades de medição na etapa de comissionamento. Se o último método for adotado, é importante fazer as
medidas durante condições de carga máxima do sistema, para assegurar que todas as cargas monofásicas
sejam consideradas.

Nota:
Para uma operação bem sucedida é necessário um valor mínimo de 8% de corrente de sequência negativa de fase.

Uma vez que tenham sido empregados parâmetros sensíveis, pode-se esperar que o elemento irá operar para
qualquer condição desbalanceada que ocorra no sistema (por exemplo, durante um ciclo de religação automática
monofásica). Por este motivo, é necessário um atraso longo para garantir a coordenação com outros dispositivos
de proteção. Um parâmetro de atraso de 60 segundos pode ser típico.
O exemplo a seguir foi gravado por um IED durante o comissionamento:
Iplena carga = 500 A
I2 = 50 A
portanto a relação quiescente I2/I1 = 0,1
Para acomodar tolerâncias e variações de carga um parâmetro de 20% deste valor pode ser típico: Portanto
defina:
I2/I1 = 0,2
Numa aplicação de circuito duplo (linha paralela), usar um parâmetro de 40% irá garantir que a proteção de
condutor quebrado operará apenas para o circuito que foi afetado. Um parâmetro de 0,4 resulta em não
detecção para o circuito saudável paralelo.
Defina o Atraso de I2/I1 = 60 s para dar tempo adequado para a solução de defeito de curto circuito por
proteções com tempo de atraso.

148 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

14 PROTEÇÃO DE BLOQUEIO DE SOBRECORRENTE


Com esquemas de Bloqueio de Sobrecorrente, conecta-se os contatos de arranque de IEDs posteriores às
entradas de bloqueio de temporizador de IEDs anteriores. Isto permite o uso de parâmetros idênticos de corrente
e tempo em cada um dos IEDs do esquema, porque o dispositivo mais próximo à falha não recebe um sinal de
bloqueio e assim dispara discriminativamente. Esse tipo de esquema reduz o número de estágios de graduação
necessários e consequentemente os tempos de solução de defeitos.
O princípio de proteção de Bloqueio de Sobrecorrente pode ser ampliado configurando elementos de
sobrecorrente de atuação rápida nos alimentadores de entrada de uma subestação, os quais são então
configurados para serem bloqueados por contatos de arranque dos dispositivos que protegem os alimentadores
de saída. Os elementos de atuação rápida podem então disparar por uma condição de defeito no barramento,
mas são estáveis para defeitos no alimentador externo devido ao sinal de bloqueio.
Esse tipo de esquema fornece tempos de solução de defeitos muito reduzidos para defeitos de barramento do
que seria o caso com proteção convencional de sobrecorrente escalonada no tempo. A disponibilidade de
múltiplos estágios de sobrecorrente e defeito à terra nos IEDs da GE Energy Connections permite proteção
adicional de sobrecorrente escalonada no tempo para fins de reserva.

14.1 IMPLEMENTAÇÃO DE BLOQUEIO DE SOBRECORRENTE


Os esquemas de Bloqueio de Sobrecorrente são implementados usando o PSL. As saídas de arranque, disponíveis
de cada estágio dos elementos de sobrecorrente e defeito à terra (incluindo o elemento de defeito à terra
sensitiva) podem ser mapeadas para contatos de saída de relés. Estas saídas podem então ser conectadas às
entradas de bloqueio do temporizador relevante dos IEDs anteriores através de entradas digitais.

14.2 LÓGICA DE BLOQUEIO DE SOBRECORRENTE


Para facilitar a implementação de esquemas de bloqueio de sobrecorrente, o dispositivo fornece a lógica seguinte
para fornecer um sinal de Arranque de Bloqueio de Sobrecorrente I>Partida Bloq.:

Alarm. Falha Disj


&
Remover Par.I>
Ativo 1 I>Partida Bloq.

Desativado
&
I>1 Partida

I>2 Partida

I>3 Partida
1
I>4 Partida

I>5 Partida

I>6 Partida

V00648

Figura 62: Lógica de bloqueio de sobrecorrente


O sinal I>Partida Bloq. é derivado do OR lógico das saídas de arranque de sobrecorrente de fase. Esta saída é
então combinada com o sinal DDB Alarm. Falha Disj. e o parâmetro Remover Par.I> .

14.3 LÓGICA DE DEFEITO À TERRA BLOQUEADA


Para facilitar a implementação de esquemas de bloqueio de sobrecorrente, o dispositivo fornece a lógica seguinte
para fornecer um sinal de Defeito à Terra Bloqueada IN/SEF>PartBloq.:

P14D-TM-PT-7 149
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

Alarm. Falha Disj


&
Remover Par.IN>
Ativo 1 IN/ SEF>PartBloq.

Desativado
&
IN1>1 Partida

IN1>2 Partida

IN1>3 Partida

IN1>4 Partida

IN2>1 Partida

IN2>2 Partida
1
IN2>3 Partida

IN2>4 Partida

ISEF>1 Partida

ISEF>2 Partida

ISEF>3 Partida

ISEF>4 Partida

V00649

Figura 63: Lógica de Defeito à Terra Bloqueada


O sinal IN/SEF>PartBloq. é derivado do OR lógico das saídas de arranque de sobrecorrente de fase. Esta saída é
então combinada com o sinal DDB Alarm. Falha Disj. e o parâmetro Remover Par.IN>.

14.4 NOTAS DE APLICAÇÃO

14.4.1 ESQUEMA DE BLOQUEIO DO BARRAMENTO


De entrada

Elemento mais alto do bloco


IED
Desarme retroativo de falha do disjuntor

IED IED IED IED

Contato de
Desarme
partida
retroativo
de O/P de falha do
disjuntor

Alimentador 1 Alimentador 2 Alimentador 3 Alimentador 4

E00636

Figura 64: Esquema simples de bloqueio de barramento

150 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

10.0

1.0
Tempo Elemento IDMT de entrada
(segundos) Margem IDMT
Elemento IDMT do alimentador
0.1
Elemento de valor alto da entrada
0.08
Contato de partida do Tempo até ao bloqueio
alimentador
0.01
1.0 10.0 100.0

Corrente (kA)

E00637

Figura 65: Características do esquema simples de bloqueio de barramento

P14D-TM-PT-7 151
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

15 BLOQUEIO POR SEGUNDA HARMÓNICA


Quando um transformador é conectado inicialmente a uma fonte de tensão CA, pode haver um surto substancial
de corrente através do enrolamento do primário chamado de corrente de irrupção. Isto é semelhante à corrente
de irrupção apresentada por um motor elétrico que é ligado pela conexão repentina a uma fonte de potência,
embora a corrente de irrupção de um transformador seja causada por um fenômeno diferente.
Num transformador ideal, a corrente de magnetização sobe para aproximadamente o dobro do seu valor de pico
normal, gerando a FMM necessária para criar este fluxo acima do normal. Entretanto, a maioria dos
transformadores não são projetados com margem suficiente entre picos de fluxo normais e os limites de
saturação para evitar saturação numa condição como esta, e assim o núcleo quase que certamente irá saturar
durante este primeiro semiciclo da tensão. Durante a saturação, são necessárias quantias desproporcionais de
FMM para gerar o fluxo magnético. Isto significa que a corrente do enrolamento, que cria a FMM para impor o
fluxo no núcleo, poderia subir até um valor maior que seu valor de pico em regime estacionário. Além disso, se
acontecer o transformador ter alguma magnetização residual no seu núcleo no momento da conexão da fonte, o
problema pode ser exacerbado ainda mais.
Pode-se ver que a corrente de irrupção é um fenômeno de ocorrência normal e não deve ser considerado um
defeito, porque não se deseja que o dispositivo de proteção emita um comando de disparo sempre que um
transformador ou máquina seja ligado. Isto cria um problema para o dispositivo de proteção, porque deveria
sempre disparar por um defeito interna. O problema é que defeitos internos típicos de transformadores podem
produzir sobrecorrentes que não são necessariamente maiores que a corrente de irrupção. Além disso, as defeitos
tendem a manifestar-se durante a energização, devido a altas correntes de irrupção. Por esse motivo, é preciso
encontrar um mecanismo que possa distinguir entre corrente de defeito e corrente de irrupção. Por sorte, isso é
possível devido à natureza diferente das correntes respectivas. A forma de onda de uma corrente de irrupção é
rica em harmónicas, enquanto que uma corrente de defeito interno consiste apenas da fundamental. Pode-se
assim desenvolver um método restritivo baseado no teor de harmónicas da corrente de irrupção. O mecanismo
pelo qual isso é obtido é chamado de bloqueio de segunda harmónica.

15.1 IMPLEMENTAÇÃO DO BLOQUEIO DE SEGUNDA HARMÓNICA


O bloqueio de segunda harmónica pode ser aplicado aos seguintes tipos de proteção de sobrecorrente:
● Proteção de Sobrecorrente de Fase (POC)
● Proteção de Defeito à Terra (calculada e medida) (EF1 e EF2)
● Proteção de Defeito à Terra Sensitiva (SEF)
● Proteção de Sequência Negativa de Sobrecorrente de Fase (NPSOC)

O bloqueio de segunda harmónica é implementado na coluna GRUPO (n) CONFIG SISTEMA, onde (n) é o número do
grupo de parâmetros.
O bloqueio de segunda harmónica é aplicável a todos os estágios de cada um dos elementos. Para POC, o
bloqueio de 2ª harmónica pode ser aplicado a cada fase individualmente (segregado por fase), ou a todas as três
fases de uma vez (bloqueio cruzado).
A função opera identificando e medindo as correntes de irrupção presentes na energização. Isto é efectuado
comparando o valor dos componentes de segunda harmónica da corrente com o valor da componente
fundamental. Se esta relação exceder os limiares definidos, o sinal de bloqueio é gerado. O limiar é definido pelo
parâmetro 2Harm.Ajuste.
Deseja-se apenas que a função bloqueie a proteção se a componente fundamental da corrente estiver no alcance
normal. Se exceder o alcance normal, isto indica um defeito do qual se deve proteger. Por este motivo existe outro
acionamento configurável I>2Har.Inib.Blq., que quando excedido interrompe a função de bloqueio de 2ª
harmónica.
Cada elemento de proteção de sobrecorrente possui um parâmetro I>Bloqueio com o qual se define o tipo de
bloqueio. É com este parâmetro que o bloqueio de fase segregada ou trifásico é escolhido.
O tipo de dado G14 é usado para o parâmetro I>Bloqueio:

152 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Número do Bit Função I> Bloqueio


Bit 0 VTS Bloq. I>1
Bit 1 VTS Bloq. I>2
Bit 2 VTS Bloq. I>3
Bit 3 VTS Bloq. I>4
Bit 4 VTS Bloq. I>5
Bit 5 VTS Bloq. I>6
Bit 6 RELIG. Bloq. I>3
Bit 7 RELIG. Bloq. I>4
Bit 8 RELIG. Bloq. I>6
Bit 9 2H Bloqueio I>1
Bit 10 2H Bloqueio I>2
Bit 11 2H Bloqueio I>3
Bit 12 2H Bloqueio I>4
Bit 13 2H Bloqueio I>5
Bit 14 2H Bloqueio I>6
Bit 15 2H 1f BLOQUEIO

P14D-TM-PT-7 153
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

15.2 LÓGICA DE BLOQUEIO DE SEGUNDA HARMÓNICA

&
IA fundamental
& I 2 Harm.Partida
I>2Har.Inib.Blq.
1
&

& IA 2Harm.Partida

Corrente baixa (código fixo)


IB 2Harm.Partida

IA 2 nd harm / IA fund
IA 2ndHarm IC 2Harm.Partida

2Harm.Ajuste

IA fundamental

I>2Har.Inib.Blq.
&

&
Corrente baixa (código fixo)

IB 2 nd harm / IB fund
IB 2 ndHarm

2Harm.Ajuste

IC 2ndHarm

I>2Har.Inib.Blq.
&
&
Corrente baixa (código fixo)

IC 2 nd harm / IC fund
IC 2ndHarm

2Harm.Ajuste

V00626

Figura 66: Lógica de Bloqueio da 2ª Harmónica

15.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

15.3.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO


Durante o período de energização, a componente de segunda harmónica da corrente de partida pode ser de até
70%. O nível da segunda harmónica pode ser diferente para cada fase, por isso está disponível o bloqueio
segregado por fase.
Se o parâmetro for muito baixo, o bloqueio de 2ª harmónica pode impedir o disparo durante alguns defeitos
internos do transformador. Se o parâmetro for muito alto, o bloqueio pode não operar para baixos níveis de
corrente de partida, o que poderia resultar em disparo indesejado do elemento de sobrecorrente durante o
período de energização. Em geral, um parâmetro de 15% a 20% está adequado.

154 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

16 BLINDAGEM DE CARGA
Blindagem de carga é um mecanismo, pelo qual os IEDs são impedidos de disparar sob condições de carga
elevada, mas saudáveis. No passado este mecanismo era usado principalmente para sistemas de transmissão e
era raramente necessário em níveis de tensão de distribuição. Nos últimos anos, no entanto, as redes de
distribuição tornaram-se sujeitas a períodos prolongados de cargas elevadas. Isto deve-se a uma série de
motivos, um dos quais é o aumento da geração distribuída. Por este motivo, tornou-se muito desejável equipar
IEDs de sobrecorrente, normalmente destinados a redes de distribuição, com a função de blindagem de carga.
As blindagens de carga funcionam medindo não apenas os níveis de corrente do sistema, mas também os de
tensão e tomando decisões de disparo com base na análise de ambas as medições. Isto é conhecido como
Medição de impedância.
Quando a corrente medida é maior que o normal, isto pode ser causado por duas coisas, um defeito ou uma
carga elevada. Se a causa for um defeito, o nível de tensão do sistema irá reduzir significativamente. No entanto,
se a causa for uma carga elevada, mas saudável, a tensão não vai cair significativamente. Portanto, medindo as
tensões e correntes do sistema o IED pode tomar uma decisão de não disparar sob condições de cargas elevadas.
O princípio da blindagem de carga é configurar um envelope de blindagem, que envolve os limites esperados de
carga no pior caso, e bloquear o disparo para qualquer impedância medida dentro desta região de blindagem.
Apenas impedâncias de defeito fora da área de carga têm permissão para provocar um disparo. È possível definir
o parâmetro de impedância e de ângulo independentemente para as regiões directa e inversa no plano Z.

Operação

Cego

Raio

Carga
Cego

Cego

Cego

Operação

V00645

Figura 67: Blindagem de carga e ângulo

16.1 IMPLEMENTAÇÃO DE BLINDAGEM DE CARGA


A função de blindagem de carga é implementada na coluna SOBRECORRENTE do grupo de parâmetros relevante,
no subtítulo BLINDAGEM CARGA.
Os parâmetros permitem definir os limites de impedância e ângulo para as direções directa e inversa, os limiares
de subtensão e de corrente de sequência negativa para bloquear a função, e o modo de operação.
Existem dois modos de operação, fase simples e três fases.

P14D-TM-PT-7 155
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

O modo de fase simples usa a impedância normal (Z) de cada fase. Quando o modo de fase simples é selecionado,
o bloqueio de sobrecorrente de fase é segregado por fase e fica dependente dos parâmetros individuais de
sobrecorrente por fase. No modo de fase simples, apenas o limiar de subtensão (Blind. V<Bloq.) pode bloquear a
função.
O modo de três fases usa a impedância de sequência positiva (Z1). O modo de três fases usa o limiar de
sobrecorrente de sequência negativa (Blind. I2>Bloq.) e o limiar de subtensão (Blind. V<Bloq.) para bloquear a
função.

16.2 LÓGICA DE BLINDAGEM DE CARGA

Z1 Angle
Aceitação
& Ciclos de
Frente Z Angulo
& Blind.Z1 Frente
Queda
Ciclos de

X
-1

Z1 Magnitude

Frente Z Imped . 1 Blindaj.Z1 Carga

Modo Blindagem
Frente
1
Ambos

Z1 Angle
Aceitação
& Ciclos de
Reversa Z Angulo -180°
& Blind.Z1 Reversa
Queda
Ciclos de

+180 °

Z1 Magnitude

Reversa Z Imped .

Modo Blindagem
Reversa
1
Ambos

V1

Blind. V<Bloq.
&

I2

Blinder I2<Block
Estado Blindag .
Ativo

Função Blindag .
Trifásico (Z1)

TPS Bloq.Lento

TCS Bloqueio

V00650

Figura 68: Lógica de Blindagem de Carga 3 fases

156 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Para a direção directa, a amplitude da impedância de sequência positiva é comparada com um valor definido, e o
ângulo da impedância de sequência positiva é comparado com dois valores que definem o alcance angular. Se os
critérios forem satisfeitos e o modo de Blindagem estiver na direção Directa ou Ambas, os sinais de blindagem
Blind.Z1 Direct e Blindaj.Z1 Carga são gerados.
Para a direção inversa, a amplitude da impedância de sequência positiva é comparada com um valor definido, e o
ângulo da impedância de sequência positiva é comparado com dois valores que definem o alcance angular. Se os
critérios forem satisfeitos e o modo de Blindagem estiver na direção Inversa ou Ambas, os sinais de blindagem
Blind.Z1 Inversa e Blindaj.Z1 Carga são gerados.

Z1 Angle
Aceitação
& Ciclos de
Frente Z Angulo
& Blind.A Frente
Queda
Ciclos de

X
-1

Z1 Magnitude

Frente Z Imped . 1 Blindaj.A Carga

Modo Blindagem
Frente
1
Ambos

Z1 Angle
Aceitação
& Ciclos de
Reversa Z Angulo -180°
& Blind.A Reversa
Queda
Ciclos de

+180 °

Z Magnitude

Reversa Z Imped .

Modo Blindagem
Reversa
1
Ambos

V1

Blind. V<Bloq.
&

Estado Blindag .
Ativo

Função Blindag .
Monofásico (Z1)

TPS Bloq.Lento

TCS Bloqueio

V00651

Figura 69: Lógica de Blindagem de Carga fase A

P14D-TM-PT-7 157
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

O diagrama mostra a lógica de Blindagem de Carga fase simples para a fase A. O mesmo princípio se aplica às
fases B e C. A lógica de Blindagem de Carga fase simples é muito semelhante à lógica de Blindagem de Carga três
fases. As diferenças principais são:
A função de fase simples não usa impedância de sequência positiva, usa medição de impedância normal.
Também não usa sobrecorrente de sequência negativa para bloquear a função.

158 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

17 PROTEÇÃO DE ADMITÂNCIA DE NEUTRO


A proteção de admitância de neutro funciona calculando a admitância de neutro a partir da corrente e da tensão
de entrada do neutro (IN/VN). A entrada de corrente do neutro é medida com um transformador de corrente de
falha à terra sensitivo ou de falha à terra, e a tensão do neutro é baseada na quantidade derivada internamente,
TN.
São fornecidos três elementos de estágio único:
● Superadmitância YN>: Não direcional, fornecendo saídas de desarme de partida e de atraso de tempo. O
desarme pode ser bloqueado por uma entrada lógica.
● Supercondutância GN>: Não direcional ou direcional, Não direcional, fornecendo saídas de desarme de
partida e de atraso de tempo. O desarme pode ser bloqueado por uma entrada lógica.
● Supersusceptância BN>: Não direcional ou direcional, fornecendo saídas de desarme de partida e de atraso
de tempo. O desarme pode ser bloqueado por uma entrada lógica.
Os elementos de superadmitância YN>, GN> e BN> irão operar desde que a tensão de Permaneça acima do nível
configurado para o tempo de operação configurado para o elemento. São bloqueados pela operação do sinal de
bloqueio VTS rápido, da função de supervisão do TP.
Os elementos de superadmitância fornecem medições de admitância, condutância e susceptância que também
aparecem no registro de falha.
Os elementos de superadmitância são capazes de iniciar o Religador automático por meio das configurações YN>,
GN> e BN> da coluna de menu RELIGADOR AUTO.

17.1 OPERAÇÃO DE ADMITÂNCIA DO NEUTRO


A proteção de admitância é não direcional. Consequentemente, o dispositivo irá operar desde que a magnitude da
admitância ultrapasse o valor configurado em YN> Set e a magnitude da tensão do neutro ultrapasse o valor
configurado no Limiar VN.

Ys

Nota: Operação
Y>Ys
Y = G + jB

Admitância:
Não-direcional

E00709

Figura 70: Proteção de admitância

P14D-TM-PT-7 159
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

17.2 OPERAÇÃO DE CONDUTÂNCIA


A proteção de condutância pode ser definida como direcional, não direcional ou direcional reversa. Portanto, o
dispositivo irá operar desde que a magnitude e os critérios direcionais sejam atendidos com relação a
condutância e a magnitude da tensão do neutro ultrapasse o valor configurado em Limiar VN. O ângulo de
correção produz a rotação da fronteira direcional da condutância por meio do ângulo de correção configurado.

B B B

Operação Operação Operação Operação


G>Gs G<-Gs G<-Gs G>Gs

Gs G -Gs G -Gs
Gs G

Condutância: Condutância: Condutância:


Direcional avante Direcional reversa Não-direcional

E00710

Figura 71: Operação de condutância

Nota:
Na operação direta, o centro da característica ocorre quando IN está em fase com VN.

Nota:
Se o ângulo de correção estiver em +30°, isto gira a fronteira de 90° - 270° a 60° - 240°. Assume-se que a direção do eixo G
indica 0°.

17.3 OPERAÇÃO DE SUSCEPTÂNCIA


A proteção de susceptância pode ser configurada como não direcional, direcional direta ou direcional reversa.
Portando, o relé irá operar desde que a magnitude e os critérios direcionais sejam atendidos para susceptância e
a magnitude da tensão do neutro ultrapasse o valor configurado para o limiar VN. O ângulo de correção provoca
a rotação da fronteira direcional de susceptância por meio do ângulo de correção configurado.

160 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

B B B
Operação Operação
B>Bs B>Bs

Bs Bs

G G G
-Bs -Bs

Operação Operação
B<-Bs B<-Bs

Susceptância: Susceptância: Susceptância:


Direcional avante Direcional reversa Não-direcional

E00711

Figura 72: Operação de susceptância

Nota:
Para operação direta, o centro de característica ocorre quando IN avança 90° em relação a VN.

Nota:
Se o ângulo de correção estiver em +30°, isto gira a fronteira de 0° - 180° a 330° - 150°. Assume-se que a direção do eixo G
indica 0°.

P14D-TM-PT-7 161
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

18 DETECÇÃO DE DEFEITO DE ALTA IMPEDÂNCIA


Um Defeito de Alta Impedância, também conhecida como Condutor Caído, acontece quando um condutor
primário faz contato elétrico indesejado com uma superfície de estrada, caminho, árvore etc., no qual devido à
alta impedância do percurso de defeito, a corrente de defeito fica restrita a um nível abaixo daquele que pode ser
confiavelmente detectado por dispositivos padrão de sobrecorrente. Mesmo em casos em que a corrente
instantânea de defeito possa exceder os limites, a duração deste transiente normalmente é tão pequena que o
IED padrão de sobrecorrente não detectará. É um problema bastante desafiante detectar estes defeitos e requer
um método especial combinando múltiplas técnicas.
Devido à natureza transiente e de alta impedância destes defeitos não é possível derivar os cálculos do defeito
pela computação de curto-circuito. A detecção de HIF repousa, portanto na detecção das assinaturas das formas
de onda da corrente e da tensão de defeito. Estas formas de onda podem ser muito diferentes de defeito para
defeito, mas frequentemente possuem características comuns tipificadas por:
● Conteúdo da terceira harmónica
● O padrão de transientes (mudança intermitente da amplitude)

Pode-se usar estes fenómenos para detectar o defeito.


Pode ser necessário estabelecer a direção do defeito. Para isso, pode-se usar medição da potência instantânea.
De onde se pode ver que existem três componentes necessários para fornecer uma função confiável de detecção
de HIF:
● Análise das componentes harmónicas (CHA)
● Análise Fundamental (FA) (com ou sem análise direcional (DIR)

18.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE DEFEITO DE ALTA IMPEDÂNCIA

18.1.1 ANÁLISE FUNDAMENTAL


A Análise Fundamental (FA) captura a característica intermitente associada a uma corrente de defeito. Geralmente
a corrente do sistema é bastante estável e isto mostra as condições da carga. Calcula-se uma média desta
corrente fazendo continuamente a média das últimas amostras, este valor é armazenado num buffer. Este valor é
continuamente comparado com o valor mais recente da corrente. Se houver um aumento súbito na corrente, o
seu valor excederá significativamente o valor médio. É esse incremento que é usado para iniciar o processo de
avaliação do defeito.
A corrente média da carga acompanha as condições da carga do sistema usando um processo de cálculo de
média. Uma discrepância entre a amplitude real e a amplitude média inicia o processo de avaliação do defeito. Se
o incremento for maior que um limiar de arranque determinado pelo parâmetro FA>Limiar Arr., a FA iniciará a
avaliação do defeito. Um limiar de Rajada Válida (BV), determinada pelo parâmetro FA>Limiar Expl., é usado para
julgar se o incremento indica condução de corrente de defeito. Contando as mudanças dos estados de BV numa
janela de tempo, um evento é emitido e é possível estabelecer se foi detectada um defeito intermitente.
A detecção de FA pode ser acionada por qualquer aumento inesperado da amplitude. Entretanto, apenas aquelas
séries prolongadas de mudanças dentro de uma janela de tempo especificada podem ser avaliadas como
Defeitos de Alta Impedância (HIF). Os critérios de classificação de defeito podem ser determinados usando a
cronologia e a contagem destas rajadas. A tabela seguinte mostra os critérios de classificação.
Estado do Contador Estado do Temporizador Resultado
Mudanças de estado de BV excedem o limite de
Dentro da janela de tempo de uma seção de FA HIF
contagem
As mudanças de estado de BV não excedem o
Dentro da janela de tempo de uma seção de FA Evento Transiente
limite de contagem, mas são mais de duas
Enquanto a amplitude da fundamental permanece acima do
Menos de duas mudanças Evento Permanente
limiar de BV dentro da janela de tempo

162 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

Estado do Contador Estado do Temporizador Resultado


Outros Ruídos

18.1.2 ANÁLISE DAS COMPONENTES HARMÓNICAS


A função de Análise das Componentes Harmónicas (CHA) monitoriza a corrente de SEF medida, compara-a com o
valor da corrente média e usa o incremento do valor amostrado para extrair a componente da 3ª harmónica.
Avaliando as diferenças de fase e amplitude entre a fundamental e a terceira harmónica é possível estabelecer
critérios que podem ajudar a determinar a presença de um Defeito de Alta Impedância.

Nota:
A CHA APENAS é aplicável a sistemas com aterramento direto ou usando resistências de baixas a médias.

Um conjunto de amostras de incrementos é obtido e usado para calcular a característica do defeito. O chamado
Estado Satisfeito (SS) é um valor que atende os critérios de indicar uma não linearidade HIF. A avaliação e
classificação do defeito são baseadas principalmente na medida da duração do Estado Satisfeito. O processo de
avaliação do defeito pode ser acionado internamente ou externamente.
Os critérios que determinam não linearidades características de defeitos de alta impedância consistem do
seguinte:
● A amplitude da fundamental estar acima de um limiar definido (parâmetro CHA>Magnitude)
● A diferença de fase entre a 3ª harmónica e a fundamental está dentro de um alcance em torno de 180°
(parâmetros CHA>Ang (180-x) e CHA>Ang (180+x))
● A relação de amplitudes entre a 3ª harmónica e a fundamental está acima de um alcance definido
(parâmetro CHA>3H% Limiar) e não acima de 90% da fundamental.
● Os requisitos acima permanecerem por um tempo significativo.

A função CHA detecta um defeito temporizando a duração do Estado Satisfeito (SS). Se esta duração for maior que
o tempo do parâmetro de HIF, um evento de HIF é informado. Se o período de tempo for mais curto, mas ainda
maior que um tempo do parâmetro Transiente, um evento de Transiente é informado.
Estado das Harmónicas Estado do Temporizador de SS Resultado
Dura pelo parâmetro de duração de HIF
Estado Satisfeito Persistente HIF estabelecida
(CHA>tDuração)
Dura pelo tempo do parâmetro de transiente
Estado Satisfeito Intermitente Evento Transiente estabelecido
(CHA>tTransitório)
Outros Ruídos

De forma semelhante à Análise Fundamental, um Evento Transiente precisa de confirmação posterior. São
ativados três temporizadores independentes assim que a função CHA inicia.
● Um temporizador de reset é usado para reiniciar todos os procedimentos de CHA.
● Um temporizador de duração de HIF é usado para medir a duração deste Estado Satisfeito para emitir a
HIF.
● Um temporizador de Transiente é usado para detectar qualquer evento transiente.

Se o Estado Satisfeito durar por toda a duração do tempo definido pelo temporizador de HIF, uma HIF é informada
e todos os procedimentos sofrem reset.
Se um Estado Satisfeito durar menos que a duração da HIF, mas ainda for maior que a duração do tempo de
Transiente, um evento de Suspeita de Transiente é informado e o processo de detecção irá avaliar outra seção. Se
qualquer requisito de HIF for satisfeito dentro do tempo de reset, uma HIF é informada e a detecção sofre reset.
Se houver mais de três eventos de Suspeita de Transiente informados dentro do tempo de reset, uma HIF é
informada.

P14D-TM-PT-7 163
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

18.1.3 ANÁLISE DIRECIONAL


O algoritmo descrito de FA não tem capacidade de detecção de direção. Pode ser usado num sistema com
capacitância limitada ou num sistema com ponto de neutro aterrado diretamente. Nesses casos, a corrente de
defeito em linhas saudáveis é limitada. Entretanto, quando um sistema é aterrado por resistência com uma
capacitância distribuída relativamente grande, o transiente gerado pelo defeito pode ser distribuído pelas linhas
saudáveis e em defeito devido à grande capacitância distribuída. Portanto, é necessário um elemento direcional
para ampliar o desempenho da FA.
A direção do transiente é obtida usando a direção da potência instantânea da componente de defeito. A potência
instantânea é calculada diretamente das amostras da componente de defeito. Em situações de Transiente, este é
um método mais preciso que usar cálculos de potência baseados em fasores.
O circuito da componente de defeito é usado para a análise. A fonte é o defeito em si. O ramo capacitivo produz a
potência reativa enquanto que o ramo da indutância absorve a potência reativa. O ramo da resistência absorve a
potência ativa. A potência ativa vem da fonte. A potência reativa da fonte equilibra o consumo total da potência
reativa pela outra parte do circuito.
Resistência no Neutro Bobina Peterson no Neutro Isolado
Linha em Defeito Linha Saudável Linha em Defeito Linha Saudável Linha em Defeito Linha Saudável
P Inv Directo Inv Directo Inv Directo
Q Directo Inv - - Directo Inv

Geralmente, a potência reativa é mais característica, uma vez que a capacitância distribuída é frequentemente
maior que a condutância distribuída. Portanto, em sistemas aterrados por resistência ou isolados, a direção da
potência reativa é usada para detecção da direção do transiente.
Em sistemas aterrados via bobina de Peterson, a direção da potência ativa é usada para detectar a direção,
porque a bobina de Peterson distorce o fluxo da potência reativa.
A saída da função de detecção de direção (DIR) são sinalizadores indicando a direção do defeito: FA DIR Directa e
FA DIR Inversa.
Estes sinalizadores são definidos se o algoritmo estiver no estágio de Arranque e os critérios forem atendidos. A
função FA usa o estado do sinalizador para determinar se é um defeito directo ou um defeito inverso. Também
pode ser estabelecido um alarme para indicar a linha em defeito. Ao contar um pulso no contador da função FA, a
FA primeiro consulta o sinalizador de direção. Apenas pulsos na direção directa (Transiente directo) são contados
para avaliação do defeito.

18.1.4 RESUMO
O tipo de solução de detecção de Defeito de Alta Impedância deve ser selecionado de acordo com as diferentes
condições de aterramento do sistema. A solução consiste em dois algoritmos principais e um algoritmo de
instalação que formam uma matriz para cobrir estas diferentes condições.
A CHA detecta situações onde existe uma harmónica de defeito à terra contínua. A CHA só deve ser usada para
sistemas com aterramento direto ou por baixa resistência.
A FA detecta defeitos intermitentes onde a corrente de defeito fica alternando entre conduzindo e não
conduzindo. Isto pode ser usado em qualquer condição de aterramento do sistema. Entretanto, um defeito
contínuo apenas será detectada como um evento permanente. A matriz de solução é a seguinte:
Sólido Resistência Bobina de Peterson Isolado
FA+DIR(Potência Activa) Aplicável Aplicável Recomendada Aplicável
FA+DIR(Potência React.) Aplicável Recomendada Não aplicável Recomendada
FA (não DIR) Recomendada Não aplicável Não aplicável Não aplicável
CHA Recomendada Recomendada Não aplicável Não aplicável
Solução Recomendada CHA+FA CHA+FA+DIR(Q) FA+DIR(P) FA+DIR(Q)

164 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente

18.2 LÓGICA DA PROTEÇÃO DE DEFEITO DE ALTA IMPEDÂNCIA

VN (derived)
Directionaliser
ISEF

Average
Amplitude
FA Decision
Transient Fault FA>Transitoria
Increment
FA Analysis
Amplitude Steady Fault FA>Estável

HIF FA>HIF
Average
Sample Array
CHA Decision 1 HIF Alarme

Increment
CHA Analysis HIF HARM.HIF
Amplitude
HiZ>tPREPARACÃO Transient Fault Harm. Transitoria

HiZ>SEF Partida

FA Settings

CHA Settings

HIF Reset Forçad Reset buffers

V00653

Figura 73: Lógica da Proteção HIF

P14D-TM-PT-7 165
Capítulo 6 - Funções de Proteção de Corrente P14D

166 P14D-TM-PT-7
PROTEÇÃO DE FALHA À TERRA RESTRITA

CAPÍTULO 7
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

168 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


O dispositivo fornece extensa funcionalidade a falhas de terra restritas. Este capítulo descreve a operação desta
funcionalidade, incluindo os princípios de operação, diagramas lógicos e aplicações.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 169
Princípios de proteção REF 170
Implantação da proteção de falha à terra restrita 177
Notas de uso 180

P14D-TM-PT-7 169
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

2 PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO REF


Falhas entre o enrolamento e o núcleo em um transformador podem ser causadas por rompimento no
isolamento. Essas falhas podem permitir correntes de falha muito baixas, mas ainda assim precisam ser
detectadas. Se essas falhas não forem identificadas, podem ocorrer danos extremos em equipamentos muito
caros.
Frequentemente, as correntes de falha são menores do que a corrente de carga nominal. Nem sobrecorrente,
nem proteção diferencial percentual são suficientes nesse caso. Portanto, é necessário um tipo de arranjo de
proteção diferente. Este arranjo não somente precisa ser sensível, mas deve criar uma zona de proteção limitada
a cada enrolamento de transformador. A proteção de falha à terra restrita (REF) é o mecanismo de proteção usado
para proteger os conjuntos de enrolamento do transformador individual.
A figura a seguir mostra um arranjo de proteção REF para proteger o lado delta de um transformador delta-
estrela.

Carga

REF
zona de
IED proteção

V00620

Figura 74: Proteção REF para o lado delta


Os transformadores de corrente que medem as corrente em cada fase são conectados em paralelo. As correntes
das três fases são somadas para formar uma corrente diferencial, algumas vezes conhecida como corrente de
fuga. Sob condições normais de operação, a soma das correntes das três fases resulta em zero e, portanto, em
uma corrente de fuga também igual a zero. Uma falha no lado estrela também pode resultar em uma corrente de
fuga, pois a corrente de falha simplesmente circularia nos enrolamentos delta. Contudo, se um dos enrolamentos
delta desenvolver uma falha, a impedância do enrolamento falho mudará e isso resultará em uma não
correspondência entre as correntes de fase, provocando uma corrente de fuga. Se a corrente de fuga for grande o
suficiente, provocará um comando de desarme.
A figura a seguir mostra um arranjo de proteção REF para o lado estrela de um transformador delta-estrela.

REF
zona de proteção

Carga

IED

V00621

Figura 75: Proteção REF para o lado estrela.


Aqui, temos um arranjo similar de transformadores de corrente conectados em paralelo. A diferença é que
precisamos medir a corrente de sequência zero, também na linha neutra. Uma falha desbalanceada externa

170 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

provoca o fluxo de uma corrente de sequência zero através da linha neutra, resultando em correntes desiguais
entre as fases, que podem provocar o mau funcionamento da proteção. Ao se medir esta corrente de sequência
zero e colocá-la em paralelo com as outras três, as correntes são equilibradas e resultam em uma operação
estável. Agora, apenas uma falha dentro do enrolamento estrela pode criar um desequilíbrio suficiente para
causar um desarme.

2.1 ENROLAMENTOS ESTRELA ATERRADOS POR RESISTÊNCIA


A maioria dos sistemas de distribuição usam sistemas aterrados por resistência para limitar a corrente de falha.
Considere o diagrama abaixo, que apresenta uma falha de terra no enrolamento estrela de um transformador
Dyn aterrado por resistência (Dyn = delta-estrela com conexão neutra de ponto estrela).

Fonte
Corrente pu
(x carga completa)
Disparo

20% 100%
Enrolamento sem proteção

Posição de falha a partir do neutro


V00669 (Impedância de aterramento)

Figura 76: Proteção REF para sistemas aterrados por resistência


O valor da corrente de falha (IF) depende de dois fatores:
● O valor da resistência de aterramento (que torna a impedância do caminho de falha insignificante).
● A voltagem de ponto de falha (que é governada pela localização da falha).
Porquê a corrente de falha (IF) é governada pela resistência, seu valor é diretamente proporcional à localização da
falha.
Um elemento de falha à terra restrita é conectado para medir I F diretamente. Isto fornece uma proteção de falha
à terra muito sensível. A proteção diferencial geral é menos sensível, pois mede apenas a corrente HV, IS. O valor
de IS é limitado elo número de voltas do secundário em falha em relação ao número de voltas HV.

2.2 ENROLAMENTOS ESTRELA SOLIDAMENTE ATERRADOS


A maioria dos sistemas de transmissão usa sistemas aterrados solidamente. Considere o diagrama abaixo, que
apresenta uma falha de terra no enrolamento estrela de um transformador Dyn solidamente aterrado.

P14D-TM-PT-7 171
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

Fonte Corrente pu
(x carga completa)

20% 40% 60% 80% 100%

Posição de falha a partir do neutro


V00670 (Aterramento sólido)

Figura 77: Proteção REF para sistema solidamente aterrado


Neste caso, a corrente de falha IF depende de:
● A reatância de fuga do enrolamento
● A impedância do caminho de falha
● A tensão do ponto de falha (que é governado pela localização da falha).

Neste caso, o valor da corrente de falha (IF) varia com a localização da falha de uma maneira complexa.
Um elemento de falha à terra restrita é conectado para medir IF diretamente. Isto fornece uma proteção de falha
à terra muito sensível.
Para sistemas aterrados solidamente, a corrente de operação da proteção diferencial do transformador ainda é
significativa para as falhas que ocorrem na maior parte do enrolamento. Por esta razão, uma proteção REF
independente pode não ter sido considerada previamente, especialmente onde um dispositivo adicional seria
necessário. Mas, com este produto, pode ser aplicada sem custo extra.

2.3 ESTABILIDADE SOB FALHA EXTERNA


Em um mundo ideal, os TCs de cada um dos lados de um sistema protegido diferencialmente seriam idênticos
com características idênticas, para evitar a geração de correntes diferenciais. Contudo, na realidade os TCs nunca
são iguais e, portanto, uma certa quantidade de corrente diferencial é inevitável. À medida que a corrente
provocada por uma falha externa aumenta no primário, as discrepâncias introduzidas pelas diferenças entre os
TCs são ampliadas, provocando o aumento da corrente diferencial. Eventualmente, o valor da corrente diferencial
atinge o limiar da corrente de detecção, provocando o desarme do elemento. Nessas situações, o esquema
diferencial é dito ter perdido a estabilidade. Para especificar a capacidade de um esquema diferencial de coibir
desarmes devido a falhas externas, definimos um parâmetro chamado ‘Limite de estabilidade sob falhas externas’

2.4 TIPOS DE FALHA À TERRA RESTRITA


Existem dois tipos diferentes de falha à terra restrita; REF de baixa impedância (Também conhecida como REF
polarizada) e REF de alta impedância. Cada método compensa o efeito de erros de falha externa de maneira
diferente.
Na REF de baixa impedância, a corrente de falha externa é medida e usada para alterar a sensibilidade do
elemento REF de acordo, aplicando-se uma característica de polarização. Portanto, quanto mais alta a corrente
de falha externa, mais alta deve ser a corrente diferencial para que o dispositivo emita um sinal de desarme.
Frequentemente é acrescentado um componente de polarização transiente para melhorar a estabilidade durante
as falhas externas.
A proteção de baixa impedância usada é considerada menos segura do que a proteção de alta impedância. Isto
não é mais verdadeiro à medida que IEDs numéricos aplicam algoritmos sofisticados para atingir o desempenho

172 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

de esquemas de alta impedância. A seguir são apresentadas algumas vantagens de se usar REF de baixa
impedância:
● Não existe necessidade de TCs dedicados. Como resultado, o custo por TC é reduzido substancialmente.
● A fiação é mais simples pois não requer um resistor externo ou Metrosil.
● Podem ser usadas entradas de corrente de fase comum.
● Elas fornecem uma compensação de diferença de relação de TC. Podem compensar relações de TC de até
1:40, resultando em flexibilidade no projeto das subestações e em custos reduzidos.
● Algoritmos avançados tornam a proteção segura.
Com REF de alta impedância, não existe característica de polarização, e o limiar de desarme é definido em um
nível constante. Apesar disso, a técnica de diferencial de alta impedância assegura que a impedância do circuito é
suficientemente elevada para que a tensão diferencial, sob condições de falha externa, seja inferior à tensão
necessária para produzir corrente diferencial através do dispositivo. Isto garante estabilidade contra condições de
falha externa de modo que o dispositivo irá operar apenas em falhas que ocorram dentro da zona de proteção.
A proteção REF de alta impedância responde a uma tensão que atravessa os pontos de junção diferencial.
Durante falhas externas, mesmo com saturação severa de alguns dos TCs, a tensão não se eleva acima de certo
nível porque os outros TCs fornecerão um caminho de impedância mais baixa, quando comparada com a
impedância de entrada do dispositivo. Este princípio tem sido usado por mais de meio século. Algumas vantagens
do uso da REF de alta impedância, são:
● Oferece um algoritmo simples e comprovado, que é rápido, robusto e seguro.
● É menos sensível a saturação do TC.

2.4.1 PRINCÍPIO DA REF DE BAIXA IMPEDÂNCIA.


A REF de baixa impedância pode ser usada em enrolamentos delta ou estrela, em sistemas aterrados por
resistência ou solidamente aterrados. A conexão a um IED moderno é a seguinte:

Fase A
Fase A
Fase B
Fase B
Fase C
Fase C

I Fase A
I Fase A
I Fase B
I Fase B
I Fase C
I Fase C

I Neutro

IED IED

Conexão do IED em enrolamento estrela Conexão do IED em enrolamento delta com


com REF de baixa impedância REF de baixa impedância
V00679

Figura 78: Conexão de baixa impedância

2.4.1.1 CARACTERÍSTICA DE POLARIZAÇÃO DE BAIXA IMPEDÂNCIA


Normalmente, é usada uma característica de polarização de rampa tripla, como a seguir:

P14D-TM-PT-7 173
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

Corrente diferencial

Inclinação
superior

Região de operação

Inclinação
inferior

Região de restrição
Corrente mínima de operação

Primeiro ponto da curva do joelho Segundo ponto da curva do joelho


Corrente de Bias
V00677

Figura 79: Curva de polarização REF de rampa tripla


A área plana da característica é a corrente diferencial mínima requerida para provocar um desarme (corrente de
operação) em correntes de polarização baixas. Do primeiro ponto de joelho em diante, a corrente de operação
aumenta linearmente com a corrente de polarização, como mostrado pela rampa inferior da curva. Esta rampa
inferior fornece sensibilidade para falhas externas. Do segundo e terceiro ponto em diante, a corrente de
operação aumenta mais linearmente com a corrente de polarização, mas a uma taxa mais elevada. A segunda
rampa fornece estabilidade sob condições de falha.

Nota:
Em aplicações REF (Falha de terra restrita), a Compensação de corrente de polarização também é conhecida como REF de
baixa impedância.

2.4.2 PRINCÍPIO REF DE ALTA IMPEDÂNCIA


Este esquema é muito sensível e pode proteger contra os baixos níveis de corrente de falha, típicos de falhas de
enrolamento.
A proteção REF de alta impedância é baseada no princípio diferencial. Ele trabalha sobre o princípio de corrente
de circulação, como mostrado no diagrama a seguir.

174 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

TC Normal TC Saturado
Circuito
protegido

Ph-G
Zm1 Zm2
I = Is + IF
RTC1 RTC2

I IF

RL1 IS RL3

Vs RST

R
RL2 RL4

V00671

Figura 80: Princípio REF de alta impedância


Quando sujeito a falhas externas severas, o transformador de corrente de linha pode entrar em saturação
desigualmente, resultando em um desequilíbrio. Para garantir estabilidade sob tais condições, é necessária uma
série de resistores externos conectados, de modo que a maioria da corrente desbalanceada flua através do TC
saturado. Como resultado, a corrente que flui pelo dispositivo será menor do que o valor configurado, mantendo
assim a estabilidade durante as falhas externas.
Tensão através do elemento REF Vs = IF (RCT2 + RL3 + RL4)
Resistor de estabilização RST = Vs/Is –RR
Onde:
● IF = Secundário máximo através de corrente de falha externa
● RR = carga do dispositivo
● RCT = Resistência do enrolamento secundário do TC
● RL2 and RL3 = Resistências dos terminais, do dispositivo ao transformador de corrente.
● RST = Resistor de estabilização

A REF de alta impedância pode ser usada em enrolamentos delta e estrela, tanto em sistemas solidamente
aterrados como em sistemas aterrados por resistência. A conexão a um IED moderno é feita da seguinte forma:

P14D-TM-PT-7 175
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

Fase A
Fase A
Fase B
Fase B
Fase C
Fase C

I Fase A

I Fase B

I Fase C
RSTAB I Neutro

I Neutro RSTAB
IED IED

Conexão do IED em enrolamento estrela Conexão do IED em enrolamento delta com


com REF de alta impedância REF de alta impedância

V00680

Figura 81: Conexão REF de alta impedância

176 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

3 IMPLANTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE FALHA À TERRA RESTRITA

3.1 IMPLEMENTAÇÃO DE PROTEÇÃO DE DEFEITO À TERRA RESTRITA


A Proteção de Defeito à Terra Restrita é implementada na coluna DEFEIT/TERRA REST do grupo de parâmetros
relevante. É ali que as constantes e as correntes de polarização são definidas.
A proteção REF pode ser configurada para operar como um elemento polarizado ou de alta impedância.

3.2 REF DE BAIXA IMPEDÂNCIA

3.2.1 CONFIGURAÇÃO DA CARACTERÍSTICA DE POLARIZAÇÃO


A REF de baixa impedância usa uma curva de polarização para aumentar a sensibilidade e a estabilidade em
falhas externas. A corrente necessária para desarmar o IED diferencial é chamada de corrente de operação. Esta
corrente de operação é uma função da corrente diferencial e da corrente de polarização, conforme a curva de
polarização.
A corrente diferencial é definida como segue:

I diff = I A + I B + I C + K I N
( )
A corrente de polarização é como segue:

I bias =
1
2
{
max  I A , I B , I C  + K I N }
Onde:
● K = relação de TC neutro / relação de TC de linha (0,05 < K < 15)
● IN = corrente medida pelo TC neutro

A corrente de operação é calculada conforme a seguinte curva:

P14D-TM-PT-7 177
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

Idif

K2

Região de operação

K1
Região de restrição
Is1

Is1/K1 Is2 Ibias


V00678

Figura 82: Curva de polarização REF


Para definir esta curva, são fornecidos os seguintes valores:
● IREF>Is1: define o limiar de desarme mínimo
● IREF>Is2: define o ponto de joelho da corrente de polarização, a partir do qual a corrente de desarme
requerida começa a aumentar.
● IREF> k1: define a primeira rampa (normalmente ajustada para 0%)
● IREF> k2: define a segunda rampa

Nota:
Is1 e Is2 são relativas à linha do TC, que é sempre o TC de referência.

3.2.2 POLARIZAÇÃO ATRASADA


O valor de polarização usado é, de fato, atrasado um ciclo. Ele é o valor máximo dos valores de polarização
médios calculados ao longo do ciclo anterior, onde a polarização média é a corrente de polarização fundamental.
Isto significa o nível de polarização e, assim, a estabilidade a falhas externas é mantida após uma falha externa
haver sido eliminada.
O algoritmo, mostrado abaixo, é executado oito vezes a cada ciclo.
Ipolz. = Máx. [Ipolz. (n), Ipolz. (n-1), …Ipolz., (n – (K-1))]
É esta polarização atrasada que é usada no cálculo da corrente de operação.

3.2.3 BIAS TRANSITORIO


Caso ocorra um aumento repentino na medição da polarização média, é introduzida uma quantidade adicional de
polarização no cálculo de polarização. A polarização transitória oferece estabilidade sob falhas externas, onde
pode ocorrer saturação do TC.
A função de polarização transiente melhora a estabilidade do elemento diferencial durante as falhas externas e
permite o atraso de tempo na saturação do TC, provocado por correntes de falha externas e relações X/R
elevadas.

178 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

Nenhuma polarização transiente é produzida sob condições de mudança de carga, ou quando o TC sai de
saturação.

3.3 REF DE ALTA IMPEDÂNCIA


O dispositivo oferece um recurso de proteção de falha de terra restrita de alta impedância. Um resistor externo é
necessário para criar estabilidade na presença de transformadores de corrente de linha saturados. Os sinais de
supervisão do transformador de corrente não bloqueiam a proteção REF de alta impedância. A lógica apropriada
deve ser configurada no PSL para bloquear a REF de alta impedância, quando algum dos sinais acima for ativado.

3.3.1 PRINCÍPIOS DE CÁLCULO DE REF DE ALTA IMPEDÂNCIA


A corrente de operação do primário (Iop) é função da relação do transformador de corrente, da corrente de
operação do dispositivo (IREF>Is), do número de transformadores de corrente em paralelo com um elemento REF
(n) e da corrente de magnetização de cada transformador de corrente (Ie), na tensão de estabilidade (Vs). Este
relacionamento pode ser expresso de três formas:
1. A corrente de magnetização máxima do transformador de corrente para se atingir uma corrente de
operação específica no primário, com uma corrente de operação particular.

1  I op 
Ie <  − [ IREF > Is ] 
n  CT ratio 
2. O valor de configuração de corrente máximo para se atingir uma corrente de operação específica no
primário, com uma determinada corrente de magnetização no transformador de corrente.

 I op 
[ IREF > Is ] <  − nI e 
 CT ratio 
3. A corrente de operação do primário de proteção para uma corrente de operação particular, com um nível
específico de corrente de magnetização.

I op = ( CT ratio ) ([ IREF > Is ] + nI e )

Para se atingir a corrente de operação requerida no primário com os transformadores de corrente usados, você
deve selecionar um valor de corrente para o elemento de alta impedância, como mostrado no item 2 acima. Você
pode calcular o valor do resistor de estabilização (RST) do seguintes modo.

Vs I ( R + 2 RL )
Rst = = F CT
[ IREF > Is ] [ IREF > Is ]
Onde:
● RCT = a resistência do enrolamento do TC
● RL = ta resistência do terminal, do TC ao IED.

Nota:
A fórmula acima assume uma carga de relé insignificante.

Recomendamos um resistor de estabilização que seja ajustável continuamente até sua resistência nominal
máxima.

P14D-TM-PT-7 179
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

4 NOTAS DE USO

4.1 RESISTÊNCIA DE ENROLAMENTO ESTRELA ATERRADA


Considere o seguinte enrolamento estrela com a resistência aterrada abaixo.

Primário Secundário

A a

V2 V1
B b

c
C

V00681

Figura 83: Enrolamento estrela, resistência aterrada


Uma falha de terra em tal enrolamento provoca uma corrente que depende do valor da impedância de
aterramento. Esta corrente de falha à terra é proporcional à distância da falha ao ponto neutro, pois a tensão de
falha é diretamente proporcional a essa distância.
A relação de transformação entre o enrolamento primário e as voltas em curto-circuito também varia com a
posição da falha. Portanto, a corrente que flui pelos terminais do transformador é proporcional ao quadrado da
fração de enrolamento que está em curto.
O resistor de aterramento tem um valor nominal que permite a passagem de toda a corrente de carga IFLC =
V1/Ö3R
Assumindo que V1 = V2, então T2 = Ö3T1
Para uma falha distante de x PU do neutro, a corrente de falha será If = xV1/Ö3R

Portanto, a corrente de falha do secundário relacionada ao primário é Iprimário = x2.IFLC/Ö3


Se a falha for uma falha de alimentação de ponta única, a corrente do primário deveria ser maior do que 0,2 pu
(Is1 valor padrão) para que a proteção diferencial opere. Portanto, x2/Ö3 > 20%
O diagrama a seguir mostra que 41% do enrolamento está protegido pelo elemento diferencial.

180 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

X em % Idif em %
10 0,58
20 2,31
30 5,20
59% de enrolamento sem
40 9,24
proteção
50 14,43
60 20,00
70 28,29
80 36,95 41% de enrolamento sem
90 46,77 proteção
100 57,74

V00682

Figura 84: Percentagem do enrolamento protegida

4.2 APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO REF DE BAIXA IMPEDÂNCIA

4.2.1 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO PARA OPERAÇÃO DIFERENCIAL POLARIZADA

DIFF

Operação

Restrição

BIAS

E00622

Figura 85: Característica de REF polarizada


A fórmula usada pelo dispositivo para calcular o valor necessário de polarização é a seguinte:
IBIAS = {(Valor mais alto de Ia, Ib ou Ic) + (Ineutro x Fator de Escala)}/2
Para IBIAS < Is1: Opera quando IDIFF > Is1 + K1(IBIAS)
PaPara IBIAS = Is2: Opera quando IDIFF > Is1 + K1(Is2)
Para IBIAS > Is2: Opera quando IDIFF > Is1 + K1(Is2) + K2(IBIAS-Is2)
A característica REF possui dois parâmetros de polarização. O nível de polarização K1 é aplicado para correntes
passantes até Is2, que é normalmente definida para o valor da corrente nominal do transformador. K1 deve
normalmente ser definida como 0% para dar a melhor sensibilidade para defeitos internos. Entretanto, se houver

P14D-TM-PT-7 181
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

qualquer diferença no TI em condições normais, então K1 pode ser aumentado correspondentemente para
compensar.
A polarização K2 é aplicada para correntes passantes acima de Is2 e é definida tipicamente como 150%.

4.2.2 PROTEÇÃO DIFERENCIAL POLARIZADA


Os TIs da três linhas estão conectados às entradas de TI das três fases, e o TI do neutro está conectado à entrada
de TI de EF1. Estas correntes são então usadas internamente para calcular tanto um valor de corrente de
polarização como um de diferencial for para uso pela proteção REF (Lo-Z). A vantagem deste modo de conexão é
que os TIs de linha e neutro não são conectados diferencialmente, assim o TI do neutro também pode ser usado
para acionar a proteção de EF1 para proporcionar Proteção de Defeito à Terra de Reserva. Além disso, não é
necessário nenhum componente externo tais como resistências de estabilização ou Metrosils.

Transformador de TCs de linha - Relação


potência 1000/1
Fase A
Fase B
Fase C

TC do neutro - Relação 200/1

Resistor de
aterramento
IED

Bias = (A maior de (fator de escala x )

Onde o fator de escala = TC do neutro - Relação


= 0.2 neste caso)
TCs de linha - Relação

(factor de escala x

E00623

Figura 86: Princípio de REF polarizado


Onde o TI do neutro também aciona o elemento da proteção EF1 para proporcionar proteção de Defeito à terra de
reserva, pode-se requerer que o TI do neutro tenha uma relação menor que os TIs das linhas para poder
proporcionar melhor sensibilidade de defeito à terra. Isto deve ser considerado na proteção REF, do contrário o
valor usado da corrente do neutro estará incorreto. Por este motivo, o dispositivo automaticamente escala o nível
usado da corrente do neutro no cálculo da polarização por um fator igual à relação entre os valores nominais do
primário do TI e da linha. O uso deste fator de escala é mostrado na figura, onde são dadas as fórmulas para as
correntes de polarização e diferencial.

4.2.3 CÁLCULO DOS PARÂMETROS


Considere um transformador solidamente aterrado de 90 MVA com um enrolamento estrela protegido por REF.
Assuma que os TCs possuem uma relação de 400:1.
Is1 é ajustada para 10% da corrente nominal do enrolamento:

182 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

= (0,1 x 90 x 106) / (Ö3 x 132 x 103)


= 39 A no primário
= 39/400 = 0,0975 A no secundário (aprox. 0,1 A)
Is2 é definida no valor da corrente nominal do transformador:

= 90 x 106 / (Ö3 x 132 x 103)


= 390 A no primário
= 390/400 = 0,975 A no secundário (aprox. 1 A)
Defina K1 em 0% e K2 em 150%

4.3 APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO REF DE ALTA IMPEDÂNCIA

4.3.1 MODOS DE OPERAÇÃO REF DE ALTA IMPEDÂNCIA


Nos exemplos abaixo, os respectivos TCs de linha e TCs de medição devem ter as mesmas relações de TC e
características de magnetização similares.

TC1
A a

B b

c
C

TC TN1
TC TN2
TC TN3

TCN Rst
Varistor

V00684

Figura 87: Proteção Hi-Z REF para um enrolamento estrela aterrado

P14D-TM-PT-7 183
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

TC1
A
a

B
b

C c

TC TN 1
TC TN 2
Varistor TC TN 3
Rst

V00685

Figura 88: Proteção Hi-Z REF para enrolamento delta

TC2
a

TC1
A
b
TCN
B
c

TC TN1
Varistor
Rst

V00686

Figura 89: Proteção Hi-Z REF para configuração de autotransformador

4.3.2 ORIENTAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO PARA OPERAÇÃO DE ALTA IMPEDÂNCIA


Este esquema é muito sensível e pode proteger contra níveis baixos de corrente de falha em sistemas aterrados
por resistência. Nesta aplicação, os valores IREF>Is devem ser escolhidos de forma a fornecer uma corrente de
operação de primário menor do que 10 a 25% do nível de falha de terra mínimo.

184 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

Este esquema também pode ser usado em um sistema solidamente aterrado. Nesta aplicação, o valor IREF>Is
deve ser escolhido para fornecer uma corrente de operação de primário entre 10% e 60% da corrente nominal do
enrolamento.
O diagrama a seguir exibe a aplicação de um elemento REF de impedância elevada para proteger o enrolamento
LV de um transformador de potência.

A 400:1
a
RTC

B b

RL
c
C

RL

RL

Transformador: Alta Z
RTC
90 MVA REF
33/132 kV
Dyn11, X = 5% RL
Cargas:
RTC = 0,5 W
RL = 0,98 W

V00687

Figura 90: REF de alta impedância para o enrolamento LV

4.3.2.1 CÁLCULO DE TENSÃO DE ESTABILIDADE


A corrente de carga completa do transformador, IFLC, é:

IFLC = (90 x 106) / (132 x 103 x Ö3) = 394 A


Para calcular a tensão de estabilidade, deve ser considerado o nível máximo de falha externa. O máximo nível de
falha externa, ignorando a impedância da fonte, IF, é:

IF = IFLC / XTX = 394 / 0,05 = 7873 A


A tensão de estabilidade requerida, VS, e considerando que um TC está saturado, é:
Vs = KIF(RCT + 2RL)
A figura a seguir pode ser usada para determinar o fator K e o tempo de operação. O fator K é válido quando:
● 5 ≤ X/R ≤ 120
E
● 0,5In ≤ I f ≤ 40In
Nós recomendamos um valor de VK/VS = 4.

P14D-TM-PT-7 185
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

0.4 0.06

(s)(s)
0.5 K average op.detime
Tempo médio (s)
oper . (s)

de oper.
0.05
0.6

op. time
0.7 0.04

Tempo médio
0.8 0.03
K

0.9 Unstable
Instável

average
0.02
1
1.1 Stable
Estável 0.01
1.2 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Vk/Vs
Vk/Vs

V00688

Figura 91: Variação de K e o tempo de operação médio como função de Vk/Vs


Para obter os valores requeridos, siga o procedimento abaixo: Este exemplo assume um tempo de operação de 40
ms:
1. Começando no eixo vertical (tempo de operação médio), desenhe uma linha horizontal no ponto de 40 ms,
até que ela atinja a curva tracejada.
2. Desenhe uma linha vertical a partir do ponto de intersecção de forma a determinar o valor de Vk/Vs no eixo
x. Este valor é 3,5.
3. Agora, desenhe uma linha horizontal a partir do ponto em que a linha vertical intercepta a curva sólida, de
modo a determinar o valor de K requerido. Este valor é 0,9

Portanto, podemos concluir que os valores Vk/Vs = 3,5 e K = 0,9 produzem uma operação estável.

Com o transformador em corrente de carga plena de 394 A e uma tensão de impedância percentual de 5%, a
corrente de falha esperada é de 7873 A e a tensão de estabilização requerida Vs (considerando-se que um TC está
saturado) é:
Vs = 0,9 x 7873 x (0,5 + 2 x 0,98) / 400 = 45,5 V
A tensão de joelho dos TCs deveria ser pelo menos 4 vezes Vs, de modo a se atingir um tempo de operação médio
de 40 ms.

4.3.2.2 CÁLCULO DA CORRENTE DO PRIMÁRIO


A corrente de operação do primário deve ficar entre 10 e 60 % da corrente nominal do enrolamento.
Considerando que o valor efetivo do relé, ou a corrente de operação do primário, é aproximadamente 30% da
corrente de carga plena, o cálculo abaixo mostra que é necessário um valor menor do que 0,3 A.
Valor efetivo = 0,3IFLC / Relação do TC = 30,3 x 394 / 400 = aproximadamente 0,3 A

4.3.2.3 CÁLCULO DO RESISTOR DE ESTABILIZAÇÃO


Considerando que foi escolhido um valor efetivo de 0,1A, o valor do resistor de estabilização requerido, RST, é:

186 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita

RST = Vs / (IREF> Is1 (HV)) = 45,5 / 0,1 = 455 ohms


Para se obter um tempo de operação médio de 40 ms, Vk/Vs deve ser igual a 3,5.
A tensão do ponto de joelho é:
VK = 4Vs = 4 x 45,5 = 182 V.
Se o VK real for superior a 4 vezes Vs, então, o fator K aumenta. Neste caso, Vs deve ser recalculado.

Nota:
K pode alcançar um valor máximo de aproximadamente 1.

4.3.2.4 CÁLCULO DO TRANSFORMADOR DE CORRENTE


A corrente de operação efetiva do primário é:
IP = N(Is + nIe)
Ao rearranjar esta equação, você poderá calcular a corrente de excitação de cada um dos transformadores de
corrente na tensão de estabilização. Isto se torna:
Ie = (0,3 - 0,1) / 4 = 0,05 A
Em resumo, os transformadores de corrente usados nesta aplicação devem ter uma tensão de ponto de joelho de
182 V, ou superior (note que o máximo Vk/Vs que pode ser considerado é 16, e o fator K máximo é 1), com uma
resistência do enrolamento secundário de 0,5 ohms, ou inferior, e uma corrente de magnetização de menos de
0,05 A, sob 45,5 V.
Considerando-se uma tensão de ponto de joelho de 200 V, a tensão de pico pode ser estimada assim:
VP = 2Ö2VK(VF-VK) = 2Ö2(200)(9004-200) = 3753 V
Este valor está acima da tensão de pico de 3000 V e, portanto, é necessário um resistor não-linear.

Nota:
O valor de tensão de ponto de joelho usado na fórmula acima deve ser a tensão real obtida na curva de magnetização do TC,
e não um valor calculado.

Nota:
Podem ser usados: um resistor de estabilização, modelo Alstom No. ZB9016 756, e um varistor, modelo Alstom No. 600A/S1/
S256.

P14D-TM-PT-7 187
Capítulo 7 - Proteção de falha à terra restrita P14D

188 P14D-TM-PT-7
PROTEÇÃO DE FALHA DE DISJUNTOR

CAPÍTULO 8
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

190 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


O dispositivo oferece a função de proteção de falha de disjuntor. Este capítulo descreve a operação desta função,
incluindo os princípios, diagramas lógicos e aplicações.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 191
Proteção de Falha de Disjuntor 192
Implementação de Proteção de Falha de Disjuntor 193
Lógica de Proteção de Falha de Disjuntor 195
Subcorrente e lógica ZCD na falha de disjuntor 197
Lógica de Proteção SEF de Falha de Disjuntor 198
Lógica da Função de Proteção de Falha de Disjuntor Por Ausência de Corrente 199
Mapeamento do Disjuntor 200
Notas de uso 201

P14D-TM-PT-7 191
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

2 PROTEÇÃO DE FALHA DE DISJUNTOR


Quando ocorre uma falha, um ou mais dispositivos de proteção irão operar e emitir um comando de disparo aos
disjuntores relevantes. A operação do disjuntor é essencial para isolar o defeito e evitar, ou ao menos limitar os
danos ao sistema de potência. Para sistemas de transmissão e subtransmissão, a solução lenta de defeitos
também pode ameaçar a estabilidade do sistema.
Por estes motivos, é prática comum instalar proteção de Falha de Disjuntor (CBF). A proteção CBF monitoriza o
disjuntor e estabelece se ele abriu dentro de um tempo razoável. Se a corrente de defeito não tiver sido
interrompida após um atraso definido da iniciação do disparo do disjuntor, a proteção CBF irá operar, fazendo
com que os disjuntores anteriores sejam disparados para garantir que o defeito seja isolado.
A operação da CBF também pode aplicar reset a todos os contatos de saída de arranque, garantindo que
qualquer bloqueio forçado na proteção anterior seja removido.

192 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor

3 IMPLEMENTAÇÃO DE PROTEÇÃO DE FALHA DE DISJUNTOR


A Proteção de Falha de Disjuntor é implementada na coluna FALHA DISJ & I< do grupo de parâmetros relevante.

3.1 TEMPORIZADORES DE FALHA DE DISJUNTOR


A proteção de falha de disjuntor incorpora dois temporizadores, F.Disj.Tempo 1 e F.Disj.Tempo 2, que permitem a
configuração nos dois cenários a seguir:
● CBF simples, onde apenas F.Disj.Tempo 1 é habilitado. Em qualquer atuação da proteção, o F.Disj. Tempo 1
é acionado e, normalmente, reseta quando o disjuntor abre para isolar a falta. Se a abertura do disjuntor
não for detectada, F.Disj.Tempo 1 encerra a temporização e fecha um contato de saída designado para a
falha do disjuntor (usando o esquema de lógica programável). Este contato é usado para desarmar os
disjuntores anteriores, geralmente dando trip em todos os alimentadores conectados na mesma seção do
barramento.
● Um esquema de retrip, mais um back-trip temporizado. Aqui, F.Disj.Tempo 1 é usado para emitir um
comando de desarme para um segundo circuito de desarme do mesmo disjuntor. Isto exige que o disjuntor
tenha bobinas de desarme duplas. Este mecanismo é conhecido como retrip. Caso o mecanismo de
desarme retrip não funcione, poderá ser emitido um sinal de back-trip, após um atraso de tempo adicional.
O back-trip F.Disj.Tempo 2, que também foi iniciado no instante da atuação inicial do elemento de
proteção.

Você pode configurar os elementos de CBF, F.Disj.Tempo 1 e F.Disj.Tempo 2 para operarem usando como gatilho
elementos de proteção dentro do dispositivo. Ou, poderá usar um trip por proteção externo designando uma das
entradas ópticas para o sinal DDB de Disp. Externo no PSL.
Você poderá rearmar a CBF a partir de uma indicação de disjuntor aberto (a partir da lógica de polo morto), ou a
partir de um reset de proteção. Nesses casos, o reset é permitido apenas se os elementos de subcorrente também
tiverem sido resetados. O mecanismo de reset é determinado pelas configurações Reset Prot.Tens. e Reset
Prot.Ext..
Essas opções de reset estão resumidas na tabela a seguir:
Início (Menu) Mecanismo de reset do Temporizador de falha de disjuntor
O mecanismo de reset é fixo (por ex. 50/51/46/21/87)
Proteção baseada em corrente
IA< opera E IB< opera E IC< opera E IN< opera
O mecanismo de reset é fixo.
Elemento sensível de falha de terra
ISEF< Opera
Existem três opções disponíveis:
● Todos os elementos I< e IN< operam
Proteção não baseada em corrente (por ex. ● Reset dos elementos de proteção E todos os elementos I< e IN<
27/59/81/32L) operam
● Disjuntor aberto (todos os 3 polos) E todos os elementos I< e IN<
operam
Existem três opções disponíveis.
● Todos os elementos I< e IN< operam
Proteção externa ● Reset de desarme externo E todos os elementos I< e IN< operam
● Disjuntor aberto (todos os 3 polos) E todos os elementos I< e IN<
operam

3.2 DETECÇÃO DE CRUZAMENTO EM ZERO


Quando ocorre uma falha e o disjuntor interrompe a corrente primária do TC, o fluxo no núcleo do TC cai a um
nível residual. Este fluxo decadente induz uma corrente CC decadente no circuito secundário do TC, conhecida
como corrente de decaimento. Quanto mais próximo o TC estiver do ponto de saturação, maior será a corrente de
decaimento.

P14D-TM-PT-7 193
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

A constante de tempo desta corrente de decaimento depende da constante de tempo do circuito secundário do
TC e, geralmente, é grande. Caso a proteção elimine a falha, a função de falha de disjuntor deve reiniciar
rapidamente para evitar um mau-funcionamento causado pela corrente de decaimento. Para compensar isto, o
dispositivo possui um algoritmo de detecção de cruzamento em zero, que garante que os sinais de desarme
repetitivo e desarme retroativo de falha de disjuntor não são ativados enquanto há corrente de decaimento. Se
todas as amostras dentro de meio-ciclo estiverem acima ou abaixo de 0 A (10 ms em um sistema de 50 Hz), então
a detecção de cruzamento em zero será acionada, bloqueando a função de falha de disjuntor, desse ponto em
diante. O algoritmo de detecção de cruzamento em zero é usado após o disjuntor do sistema primário abrir,
garantindo que a única corrente no circuito CA secundário é a corrente de decaimento.

194 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor

4 LÓGICA DE PROTEÇÃO DE FALHA DE DISJUNTOR

Disp.Ext.3 Fases
1 S
Ent .Comando Disp Q
RD
IA< Partida 1 CBF3PhStart
&
IB< Partida 1
IC< Partida

IN< Partida

ZCD IA<

ZCD IB< &


ZCD IC<

ZCD IN<

Alarm. Falha Disj

Disp. Externo EF S
Q
RD
IN< Partida
1
ZCD IN<

Disp. Ext. SEF


1 S
CBF SEF Trip Q
RD
ISEF< Partida
1
ZCD ISEF<

CBF NonI Trip S


Q
Reset Prot.Tens. RD
&
Reset Prot . & I< 1
I< Apenas
Disj.Aberto & I<
&
Todos Polos Mort

Disp.Ext.3 Fases S
Q
RD
Reset Prot.Ext.
&
Reset Prot . & I< 1 Nota sobre os Latches SR
Todos os latches são reset dominantes e são disparados pela borda
I<Only
positiva. Caso a borda ocorra enquanto o reset está ativo ,
Disj.Aberto & I< a detecção da borda será atrasada até que o reset seja desativado .
&
Todos Polos Mort
V00634

Figura 92: Lógica de Proteção de Falha de Disjuntor


Os elementos de CBF F.Disj.1 Tempo e F.Disj.2 Tempo podem ser configurados para operar para disparos
acionados por elementos de proteção dentro do dispositivo ou via um disparo de proteção externo. O último é
obtido alocando uma das entradas digitais "Disp. Externo" usando o esquema lógico programável.
É possível aplicar reset à CBF de uma indicação de disjuntor aberto (da Lógica de Polo Morto) ou de um reset de
proteção. Nestes casos o reset só é permitido se os elementos de subcorrente também tiverem sofrido reset. As
opções de reset estão resumidas na seguinte tabela:
Iniciação (Selecionável no Menu) Mecanismo de Reset de Temporizador de Falha de Disj.
O mecanismo de reset é fixo (p.ex. 50/51/46/21/87)
Proteção baseada em corrente
IA< opera E IB< opera E IC< opera E IN< opera
O mecanismo de reset é fixo.
Elemento de Defeito à Terra Sensitiva
ISEF< Opera

P14D-TM-PT-7 195
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

Iniciação (Selecionável no Menu) Mecanismo de Reset de Temporizador de Falha de Disj.


Estão disponíveis três opções:
● Todos os elementos I< e IN< operam
Proteção de corrente não baseada em corrrente ● Os elementos de proteção sofrem reset E todos os elementos I< e
(p.ex. 27/59/81/32L) IN< operam
● O Disj. abre (todos os 3 polos) E todos os elementos I< e IN<
operam
Estão disponíveis três opções.
● Todos os elementos I< e IN< operam
● O disparo externo sofre reset E todos os elementos I< e IN<
Proteção externa
operam
● O Disj. abre (todos os 3 polos) E todos os elementos I< e IN<
operam

Os parâmetros Remover Par.I> e Remover Par.IN> são usados para remover arranques emitidos pelos elementos
de sobrecorrente e defeito à terra respectivamente em seguida a um tempo esgotado de falha de disjuntor. O
arranque é removido quando a célula é definida como 'Activa'.

196 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor

5 SUBCORRENTE E LÓGICA ZCD NA FALHA DE DISJUNTOR

IA
IA< Partida
I< Ajust.Corrent

IB
IB< Partida
I< Ajust.Corrent

IC
IC< Partida
I< Ajust.Corrent

IN
IN< Partida
IN<Ajust.Corrent

ISEF
ISEF< Partida
ISEF<Ajust.Corr.

IA ZCD IA<

IB ZCD IB<

IC Zero Crossing Detection ZCD IC<

IN ZCD IN<

ISEF ZCD ISEF<

V00727

Figura 93: Subcorrente e lógica de Detecção de Cruzamento em Zero na falha de disjuntor

P14D-TM-PT-7 197
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

6 LÓGICA DE PROTEÇÃO SEF DE FALHA DE DISJUNTOR

ISEF>1 Disparo

ISEF>2 Disparo
1 CBF SEF Trip-1
ISEF>3 Disparo

ISEF>4 Disparo

Flh.Disj.Dsp1SEF & CBF SEF Trip

Ent .Comando Disp

V02002

Figura 94: Lógica de Proteção SEF de Falha de Disjuntor

198 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor

7 LÓGICA DA FUNÇÃO DE PROTEÇÃO DE FALHA DE DISJUNTOR POR


AUSÊNCIA DE CORRENTE
V<1 Disparo
V<2 Disparo
V<3 Disparo
V>1 Disparo
V<2 Disparo
V>3 Disparo
VN>1 Disparo
VN>2 Disparo
VN>3 Disparo
V2> Disparo
Pot>1 Disp.3Fase
Pot>1 Disp.A
Pot>1 Disp.B
Pot>1 Disp.C
Pot>2 Disp.3Fase
Pot>2 Disp.A
Pot>2 Disp.B
Pot>2 Disp.C
Pot<1 Disp.3Fase
Pot<1 Disp.A
Pot<1 Disp.B
Pot<1 Disp.C
Pot<2 Disp.3Fase
Pot<2 Disp.A
Pot<2 Disp.B
Pot<2 Disp.C
Disp.A Sensit.P1
Disp.A Sensit. P2
Nív.1 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív1
Nív.1 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív1
Nív.2 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív2
Nív.2 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív2
Nív.3 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív3
Nív.3 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív3 1
Nív.4 f+t Disp. CBF Non I Trip-1
Dsp.f+df/dt Nív4
Nív.4 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív4
Nív.5 f+t Disp. & CBF Non I Trip
Dsp.f+df/dt Nív5
Nív.5 df/dt+tDis Ent.Comando Disp
Dsp.f+df/dt Nív5
Nív.6 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív6
Nív.6 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív6
Nív.7 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív7
Nív.7 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív7
Nív.8 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív8
Nív.8 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív8
Nív.9 f+t Disp.
Dsp.f+df/dt Nív9
Nív.9 df/dt+tDis
Dsp.f+df/dt Nív9
dv/dt1 Disp.A/AB
dv/dt1 Disp.B/BC
dv/dt1 Disp.C/CA
dv/dt1 Disparo
dv/dt2 Disp.A/AB
dv/dt2 Disp.B/BC
dv/dt2 Disp.C/CA
dv/dt2 Disparo
dv/dt3 Disp.A/AB
dv/dt3 Disp.B/BC
dv/dt3 Disp.C/CA
dv/dt3 Disparo
dv/dt4 Disp.A/AB
dv/dt4 Disp.B/BC
dv/dt4 Disp.C/CA
dv/dt4 Disparo
V02003

Figura 95: Lógica da Função de Proteção de Falha de Disjuntor Por Ausência de Corrente

P14D-TM-PT-7 199
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

8 MAPEAMENTO DO DISJUNTOR

Disj.Fechado 3F Disj. em Serviço

V02026

Figura 96: Mapeamento do disjuntor

200 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor

9 NOTAS DE USO

9.1 MECANISMOS DE RESET PARA TEMPORIZADORES DE FALHA DISJ.


É prática comum usar elementos de subcorrente com baixos limiares para indicar que os polos do disjuntor
interromperam a corrente de defeito ou da carga. Isto cobre as seguintes situações:
● Onde os contatos auxiliares do disjuntor estão defeituosos ou não são confiáveis, para indicar
definitivamente que o disjuntor atuou.
● Onde um disjuntor começou a abrir mas ficou emperrado. Isto pode resultar em formação contínua de arco
nos contatos do primário, com uma resistência adicional para arcos no caminho da corrente de defeito. Se
essa resistência limitar severamente a corrente de defeito, o elemento de proteção em iniciação pode
sofrer reset. Portanto, o reset do elemento pode não dar uma indicação confiável de que o disjuntor abriu
completamente.

Para qualquer função de proteção que necessite corrente para operar, o dispositivo usa a operação dos
elementos de subcorrente para detectar se os polos necessários do disjuntor atuaram e reiniciar os
temporizadores de Falha Disj. Entretanto, os elementos de subcorrente podem não ser métodos confiáveis de dar
reset em CBF em todas as aplicações. Por exemplo:
● Onde proteções não operadas por corrente, tais como sub/sobretensão ou sub/sobrefrequência, calculam
medidas de um transformador de potencial conectado à linha. Aqui, I< apenas fornece um método de reset
confiável se o circuito protegido tiver sempre corrente de carga fluindo. Nesse caso, detectar a queda do
elemento de proteção iniciando deve ser um método mais confiável.
● Onde proteções não operadas por corrente, tais como sub/sobretensão ou sub/sobrefrequência, calculam
medidas de um transformador de potencial conectado ao barramento. Novamente usar I< deve confiar no
alimentador estar normalmente carregado. E disparar o disjuntor pode não remover a condição de
iniciação do barramento, e por isso a queda do elemento de proteção pode não ocorrer. Nesses casos, a
posição dos contatos auxiliares do disjuntor pode ser o melhor método de reset.

9.2 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (TEMPORIZADOR DE FALHA DISJ.)


Os exemplos seguintes consideram disparo direto de um disjuntor de 2 ciclos. Os parâmetros típicos de
temporizador a usar são:
Mecanismo de Reset de Atraso Típico para Disjuntor de 2
Atraso tBF
Falha de Disj. Ciclos
Tempo de interrupção do Disj.+ tempo de reset do elemento
Reset do elemento iniciador 50 + 50 + 10 + 50 = 160 ms
(máx.) + erro no temporizador tBF + margem de segurança
Tempo de abertura/fecho dos contatos auxiliares do Disj. (máx.)
Disj. aberto 50 + 10 + 50 = 110 ms
+ erro no temporizador tBF + margem de segurança
Tempo de interrupção do Disj.+ elemento de subcorrente (máx.)
Elementos de subcorrente 50 + 25 + 50 = 125 ms
+ margem de segurança do tempo de operação

Nota:
Todo reset de Falha Disj. envolve a operação dos elementos de subcorrente. Onde se usa reset de elementos ou reset de Disj.
aberto, o parâmetro de tempo de subcorrente ainda deve ser usado se isso for comprovadamente o pior caso.
Onde forem usados relés auxiliares de disparo, deve-se adicionar de 10-15 ms para compensar a operação do relé de
disparo.

9.3 DIRETRIZES DE CONFIGURAÇÃO (SUBCORRENTE)


Os parâmetros de subcorrente de fase (I<) devem ser definidos abaixo da corrente de carga para assegurar que a
operação de I< indique corretamente que o polo do disjuntor está aberto. Um valor típico para linha aérea ou
circuitos de cabos é de 20% de In. Valores de 5% de In são comuns para CBF de disjuntor de gerador.

P14D-TM-PT-7 201
Capítulo 8 - Proteção de falha de disjuntor P14D

A proteção SEF e os elementos padrão de subcorrente de defeito à terra devem ser definidos abaixo do parâmetro
de disparo respectivo, tipicamente como segue:
ISEF< = (ISEF> disparo)/2
IN< = (IN> disparo)/2

202 P14D-TM-PT-7
REQUISITOS DO TRANSFORMADOR DE
CORRENTE

CAPÍTULO 9
Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente P14D

204 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO

Este capítulo contém as seguintes seções:


Visão geral do capítulo 205
Requisitos do TC 206

P14D-TM-PT-7 205
Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente P14D

2 REQUISITOS DO TC
Os requisitos para o transformador de corrente se baseiam em uma corrente de falha máxima 50 vezes maior do
que a corrente nominal (In), com o dispositivo configurado para uma sobrecorrente instantânea de 25 vezes a
corrente nominal. Os requisitos do transformador de corrente são concebidos para oferecer operação a todos os
elementos de proteção.
Quando os critérios de uma aplicação específica ultrapassam isto, ou a resistência terminal ultrapassa a
resistência terminal limite, mostrada na tabela a seguir, poderá ser necessário modificar os requisitos do TC de
acordo com a fórmula das seções a seguir:
Classificação Resistência de terminal
Saída nominal Classe de precisão Fator limitado por precisão
nominal limite
1A 2,5 VA 10P 20 1,3 ohms
5A 7,5 VA 10P 20 0,11 ohms

Os índices da fórmula usados nas seções subsequentes são os seguintes:


VK = Tensão de joelho do TC requerida (volts)
If = Nível máximo de corrente de falha externa (A)
In = Corrente nominal do secundário (A)
RCT = Resistência do enrolamento secundário do transformador de corrente (ohms)
RL = Resistência de um terminal único, do relé ao transformador de corrente (ohms)
Rst = Valor do resistor de estabilização para aplicações REF (ohms)
Is = Ajuste de corrente dos elementos REF (A)
VS = Tensão de estabilidade requerida

2.1 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE E DE DEFEITO À TERRA

Elementos de sobrecorrente de fase com atraso (direcional e não direcional)

I cp
VK = ( RCT + RL + R p )
2

Elementos de sobrecorrente de defeito à terra com atraso (não direcional)

I cn
VK = ( RCT + 2 RL + R p + Rn )
2

Elementos de sobrecorrente instantânea de fase (não direcional)

VK = I sp ( RCT + RL + R p )

Elementos de sobrecorrente instantânea de defeito à terra (não direcional)

VK = I sn ( RCT + 2 RL + R p + Rn )

206 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente

Elementos de sobrecorrente instantânea de fase (direcional)

I fp
VK = ( RCT + RL + R p )
2

Elementos de sobrecorrente instantânea de defeito à terra (direcional)

I fn
VK = ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

2.1.1 ELEMENTOS DIRECIONAIS

Elementos temporizados de sobrecorrente de fase

I cp
VK = ( RCT + RL + R p )
2

Elementos instantâneo de sobrecorrente de fase

I fp
VK = ( RCT + RL + R p )
2

2.1.2 ELEMENTOS NÃO DIRECIONAIS

Elementos temporizados de sobrecorrente de fase

I cp
VK = ( RCT + RL + R p )
2

Elementos instantâneo de sobrecorrente de fase

VK = I sp ( RCT + RL + R p )

2.2 PROTEÇÃO DE FALHA À TERRA

2.2.1 ELEMENTOS DIRECIONAIS

Elementos instantâneo de sobrecorrente de falha à terra

I fn
VK = ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

2.2.2 ELEMENTOS NÃO DIRECIONAIS

Elementos temporizados de sobrecorrente de falha à terra

I cn
VK = ( RCT + 2 RL + R p + Rn )
2

P14D-TM-PT-7 207
Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente P14D

Elementos instantâneo de sobrecorrente de falha à terra

VK = I sn ( RCT + 2 RL + R p + Rn )

2.3 PROTEÇÃO SEF (CONECTADO RESIDUALMENTE)

Proteção SEF com atraso (direcional e não direcional)

I cn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

Proteção SEF instantânea (não direcional)

I sn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

Proteção SEF instantânea (direcional)

I
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
fn

2.3.1 ELEMENTOS DIRECIONAIS

Proteção SEF temporizada

I cn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

Proteção SEF instantânea

I
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
fn

2.3.2 ELEMENTOS NÃO DIRECIONAIS

Proteção SEF temporizada

I cn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

Proteção SEF instantânea

I sn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + R p + Rn)
2

208 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente

2.4 PROTEÇÃO SEF (TC DE NÚCLEO BALANCEADO)

Elemento com atraso (direcional e não direcional)

I cn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + Rn)
2

Elemento instantâneo (direcional)

I
VK ≥ ( RCT + 2 RL + Rn)
fn

Elemento instantâneo (não direcional)

VK ≥ I sn ( RCT + 2 RL + Rn)

Nota:
Garanta que o erro de fase do transformador de corrente de núcleo balanceado aplicado seja menor que 90 minutos em 10%
da corrente nominal e menor que 150 minutos em 1% da corrente nominal.

2.4.1 ELEMENTOS DIRECIONAIS

Elemento instantâneo

I
VK ≥ ( RCT + 2 RL + Rn)
fn

Nota:
Assegure-se de que o erro de fase do transformador de corrente do tipo core-balance (CBCT) usado é menor do que 90
minutos a 10% da corrente nominal, e menor do que 150 minutos em 1% da corrente nominal.

2.4.2 ELEMENTOS NÃO DIRECIONAIS

Elemento temporizado

I cn
VK ≥ ( RCT + 2 RL + Rn)
2

Elemento instantâneo

VK ≥ I sn ( RCT + 2 RL + Rn)

Nota:
Assegure-se de que o erro de fase do transformador de corrente do tipo core-balance (CBCT) usado é menor do que 90
minutos a 10% da corrente nominal, e menor do que 150 minutos em 1% da corrente nominal.

P14D-TM-PT-7 209
Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente P14D

2.5 PROTEÇÃO REF DE BAIXA IMPEDÂNCIA

Para X/R < 40 e If < 15In

VK ≥ 24 I n ( RCT + 2 RL )

Para 40 < X/R < 120 e 15In < If < 40In

VK ≥ 48 I n ( RCT + 2 RL )

Nota:
Devem ser usados TIs de Classe x ou Classe 5P para aplicações de REF de baixa impedância.

2.6 PROTEÇÃO REF DE ALTA IMPEDÂNCIA


O elemento REF de alta impedância irá manter a estabilidade para defeitos passantes e opera em menos de 40
ms para defeitos internos, desde que as seguintes equações sejam atendidas:

I f ( RCT + 2 RL )
Rst =
Is

VK ≥ 4 I s Rst

Nota:
Devem ser usados TIs de Classe x para aplicações REF de alta impedância.

2.7 PROTEÇÃO DE BARRAMENTO DE ALTA IMPEDÂNCIA


O elemento da proteção de barramento de alta impedância manterá a estabilidade em falhas externas e irá
operar nas falhas internas. Você deve selecionar os Vk/Vs com base no X/R do sistema. A equação é:
Vs=K*If*(RCT+RL)

Para X/R <= 40


Vk/Vs >= 2
Tempo de operação típico = 25 ms

Para X/R > 40


Vk/Vs>=4
Tempo de operação típico = 30 ms

Nota:
K é uma constante afetada pela resposta dinâmica do dispositivo. K é sempre igual a 1.

210 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente

2.8 USO DE RESISTORES METROSIL NÃO LINEARES


Transformadores de corrente podem desenvolver picos de tensão elevados sob condições de falta interna. Os
Metrosils são usados para limitar tais pico de tensão a um valor abaixo da tensão máxima suportada
(normalmente 3 kV).
Pode-se usar a fórmula a seguir para estimar a tensão de pico transiente, que poderia ser gerada por uma falha
interna. A tensão de pico produzida durante uma falha interna é função da tensão de joelho do transformador de
corrente e da tensão que se espera ser produzida por uma falta interna, caso não ocorra a saturação do
transformador de corrente.
Vp = 2Ö(2VK(VF-VK))
Vf = I'f(RCT+2RL+RST)
onde:
● Vp = Tensão de pico desenvolvida pelo TC sob condição de falha
● Vk = Tensão de joelho do TC
● Vf = Tensão máxima que seria produzida se a saturação do TC não ocorresse
● I'f = Máxima corrente interna de falha no secundário
● RCT = Resistência do enrolamento secundário do TC
● RL = Carga máxima do ponto do TC ao relé
● RST = Resistor de estabilização do relé

Deve-se usar sempre Metrosils quando os valores calculados são superiores a 3000 V. Os Metrosils são
conectados ao londo do circuito para desviar a corrente de saída do secundário do dispositivo, prevenindo
tensões de secundário muito elevadas.
Os Metrosils são instalados externamente e têm a forma de discos anelares. Suas características de operação,
seguem a expressão:

V = CI0,25
onde:
● V = Tensão instantânea, aplicada ao Metrosil
● C = Constante do Metrosil
● I = Corrente instantânea através do Metrosil

Com uma tensão sinusoidal aplicada no Metrosil, a corrente RMS seria aproximadamente 0,52 x a corrente de
pico. Este valor de corrente pode ser calculado como segue:
4
 2VS ( RMS ) 
I RMS = 0.52  
 C 
 
onde:
● VS(RMS) = valor RMS da tensão sinusoidal aplicada no Metrosil.

Isto ocorre devido ao fato da forma de onda da corrente que passa através do Metrosil não ser sinusoidal, mas
consideravelmente distorcida.

P14D-TM-PT-7 211
Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente P14D

A característica do Metrosil deve ser tal que atenda aos seguintes requisitos:
● A corrente no Metrosil deve ser a mais baixa possível, e não superior a 30 mA RMS, no caso de
transformadores de corrente de 1 A, ou 100 mA RMS, em transformadores de corrente de 5 A.
● Na corrente máxima de secundário, o Metrosil deve limitar a tensão em 1500 V RMS ou 2120 V de pico, por
0,25 segundos. Em dispositivo de tensões mais elevadas, nem sempre é possível limitar a tensão de falha
em 1500 V rms, portanto, pode ser necessário tolerar tensões de falta mais elevadas.
As tabelas a seguir mostram os tipos típicos Metrosil que serão necessários, dependendo da corrente nominal do
relé, ajuste de tensão REF, etc.

Metrosils para dispositivos com um TC de 1A.


As unidades Metrosil com TCs de 1A foram concebidas para atender as seguintes restrições:
● A corrente do Metrosil deve ser inferior a 30 mA rms.
● Na máxima corrente de falta interna do secundário, o Metrosil deveria limitar a tensão a 1500 V rms, se
possível.

As unidades Metrosil normalmente recomendadas para uso com TCs de 1A são mostradas na tabela a seguir:
Características nominais Tipo Metrosil recomendado
Ajuste de tensão do
C b Relé monopolar Relé tripolar
dispositivo
Até 125 V RMS 450 0,25 600A/S1/S256 600A/S3/1/S802
125 a 300 V RMS 900 0,25 600A/S1/S1088 600A/S3/1/S1195

Nota:
As unidades Metrosil monopolares são, normalmente fornecidas sem suportes de instalação, a menos que solicitado pelo
cliente.

Metrosils para dispositivos com um TC de 5A.


Estas unidades Metrosil foram concebidas para atender os seguintes requisitos:
● A corrente Metrosil deve ser menor do que 100 mA rms (as correntes máximas que passam pelos
dispositivos são mostradas abaixo da descrição de seu tipo.
● Na máxima corrente de falta interna do secundário, o Metrosil deve limitar a tensão a 1500 V rms por 0,25
segundos. Nos relés de configurações mais elevadas, não é possível limitar a tensão de falha em 1500 V
rms, portanto devem ser toleradas tensões de faltas mais elevadas.
As unidades Metrosil normalmente recomendadas para uso com TCs de 5A e relés monopolares são mostradas na
tabela a seguir:
Corrente falta interna do
Tipos de Metrosil recomendados para várias configurações de tensão
secundário
Amperes RMS Até 200 V RMS 250 V RMS 275 V RMS 300 V RMS
600A/S1/S1213 600A/S1/S1214 600A/S1/S1214 600A/S1/S1223
50A C = 540/640 C = 670/800 C =670/800 C = 740/870
35 mA RMS 40 mA RMS 50 mA RMS 50 mA RMS
600A/S2/P/
600A/S2/P/S1215 600A/S2/P/S1215 600A/S2/P/S1196
S1217
100A C = 570/670 C =570/670 C =620/740
C = 470/540
75 mA RMS 100 mA RMS 100 mA RMS
70 mA RMS
600A/S3/P/
600A/S3/P/S1220 600A/S3/P/S1221 600A/S3/P/S1222
S1219
150A C = 520/620 C = 570/670 C =620/740
C = 430/500
100 mA RMS 100 mA RMS 100 mA RMS
100 mA RMS

212 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente

Em algumas situações, podem ser aceitáveis conjuntos de disco único. Solicitamos que contate a Alstom Grid para
conhecer as aplicações em detalhe.

Nota:
Os Metrosils recomendados para uso com TCs de 5A também podem ser usados com dispositivos tripolares e consistem de
unidades monopolar instaladas na mesma haste central, mas isoladas eletricamente uma da outra. Para adquirir essas
unidades, por favor, especifique "Metrosil Tipo Tripolar", seguido pela referência do tipo monopolar. Caso necessário, existem
Metrosils para configurações de tensões e corrente de faltas mais elevadas.

2.9 USO DE TIS ANSI CLASSE C


Onde se usam normas Americanas/IEEE para especificar TIs, a classe de tensão C pode ser usada para determinar
a tensão de knee point equivalente de acordo com a IEC. A fórmula de equivalência é:

VK = 1.05(C rating in volts ) + 100 RCT

P14D-TM-PT-7 213
Capítulo 9 - Requisitos do transformador de corrente P14D

214 P14D-TM-PT-7
FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE TENSÃO E
FREQUÊNCIA

CAPÍTULO 10
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

216 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


O P14D fornece uma ampla gama de funções de proteção de tensão e frequência. Este capítulo descreve a
operação destas funções incluindo os princípios, diagramas lógicos e aplicações.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão Geral do Capítulo 217
Proteção de subtensão 218
Proteção de sobretensão 221
Taxa de Variação da Proteção de Tensão 224
Proteção de Tensão Residual 226
Proteção de Sobretensão de Sequência Negativa 230
Proteção de subtensão de sequência positiva 232
Proteção de sobretensão de sequência positiva 233
Funções de tensão de valor média móvel 234

P14D-TM-PT-7 217
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

2 PROTEÇÃO DE SUBTENSÃO
Condições de subtensão podem ocorrer num sistema de energia por varios motivos, alguns dos quais estão
indicados abaixo:
● Condições de subtensão podem estar associadas a cargas maiores, onde a tensão fornecida irá diminuir
de amplitude. Esta situação seria normalmente corrigida por equipamentos de regulação de tensão, tais
como AVRs (Reguladores Automáticos de Voltagem) ou Comutadores de Derivação sob Carga. Entretanto,
quando estes equipamentos falham em trazer a tensão do sistema para dentro dos limites permitidos, isto
deixa o sistema numa condição de subtensão, que precisa ser resolvida.
● Se os equipamentos de regulação não conseguirem restaurar a tensão normal do sistema, então é
necessário efectuar um disparo por meio de um elemento de subtensão.
● Os defeitos que ocorrem no sistema de potência resultam numa redução na tensão das fases em defeito. A
proporção pela qual a tensão decresce é dependente do tipo de defeito, do método de aterramento do
sistema e da sua localização. Consequentemente, é essencial a coordenação com outros dispositivos de
proteção baseados em corrente e tensão para se obter uma discriminação correta.
● Perda completa da tensão de barramento. Isto pode ocorrer devido a condições de defeito presentes na
entrada ou no próprio barramento, resultando em isolamento total da fonte de alimentação de entrada.
Para esta condição, pode ser necessário isolar cada um dos circuitos de saída, para que quando a tensão
de alimentação for restabelecida, a carga não esteja conectada. Portanto, pode ser necessário o disparo
automático de um alimentador na detecção de perda completa da tensão. Isto pode ser conseguido por
um elemento de subtensão trifásico.
● Onde alimentadores de saída de um barramento estejam alimentando cargas de motor de indução,
quedas excessivas na alimentação podem fazer os motores conectados parar e devem ser desligados para
quedas de tensão que durem mais que um tempo predeterminado.

2.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SUBTENSÃO


A Proteção de Subtensão está implementada na coluna PROTEÇÃO VOLT do grupo de parâmetros relevante. Os
parâmetros de Subtensão estão contidos dentro do subtítulo SUBTENSÃO.
O produto fornece três estágios de proteção de Subtensão com características independentes de atraso no
tempo.
Os estágios 1 e 3 fornecem uma gama de características de operação, onde se pode selecionar entre:
● Uma característica IDMT
● DT (Tempo Definido)

Você define isto usando as células de Função V<1 e a Função V<3 dependendo do estágio.
A característica IDMT é definida pela seguinte fórmula:
t = K/( M-1)
onde:
● K = configuração do Multiplicador de tempo
● t = Tempo de operação em segundos
● M = Tensão medida / tensão definida do IED (V< Ajust.Tensão)

Os estágios de subtensão podem ser configurados como tensão fase-neutro ou fase-fase na célula V< Modo
Medida.
Não existe função Parar temporizador para Subtensão.
O estágio 2 pode ter apenas característica de tempo definido. Isto é definido na célula de estado V<2.

218 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

Estão incluídos três estágios para fornecer múltiplos tipos de saída, tais como estágios de alarme e disparo.
Alternativamente, podem ser necessários diferentes configurações de tempo dependendo da severidade da
queda de tensão. Por exemplo, cargas de motor serão capazes de suportar uma pequena queda de tensão por
um tempo maior que uma mais importante.
Estão disponíveis saídas para condições monofásicas ou trifásicas através da célula V<Modo Operação para
cada estágio.

2.2 LÓGICA DE PROTEÇÃO DE SUBTENSÃO


V< Modo Medida

VA V<1 PartidaA/AB
VAB
V<1 Ajust.Tensão &
& V<1 Disparo A/ AB

V<1 Tempo Atraso

V< Modo Medida

VB V<1 PartidaB/BC
VBC
V<1 Ajust.Tensão &
& V<1 Disparo B/BC

V<1 Tempo Atraso

V< Modo Medida

VC V<1 PartidaC/CA
VCA
V<1 Ajust.Tensão &
& V <1 Disparo C/ CA

V<1 Tempo Atraso


1
&
Todos Polos Mort
1 V<1 Partida
V<1 Inh Pol .Mort &
& &
Ativo

TPS Bloq.Rápido 1
&
V <1 Tempo Bloq . 1 V<1 Disparo
&
V< Modo Operação &
Qualquer Fase
Trifásico

Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .
O bloqueio rápido VTS se aplica apenas nos modelos direcionais .
V00803

Figura 97: Subtensão - modo de disparo mono e trifásico (estágio único)


A função de proteção de Subtensão detecta quando a amplitude da tensão cai abaixo de um limiar definido para
um certo estágio. Se isto acontecer é gerado um sinal de Partida, significando o "Arranque da proteção". Este sinal
de Arranque pode ser bloqueado pelo sinal VTS Bloq.Rápido e um sinal Todos Polos Mort. Este sinal de Partida é
aplicado ao módulo temporizador para produzir o sinal de Disparo, o qual pode ser bloqueado pelo sinal de
bloqueio de temporizador de subtensão (V<(n) Temp Bloq). Para cada estágio, existem três módulos de detecção
de subtensão para as fases, um para cada fase. Os três sinais de Partida de cada uma destas fases são somados
para criar um sinal de Arranque trifásico (V<(n) Partida), o qual pode ser ativado quando qualquer uma das fases
arrancar (Qualquer Fase), ou quando todas as três fases arrancarem (Trifásico), dependendo do parâmetro
V<Modo Operação escolhido.

P14D-TM-PT-7 219
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

As saídas dos módulos temporizadores são os sinais de disparo, os quais são usados para acionar o relé de saída
de disparo. Estes sinais de disparo também são somados para criar um sinal de Disparo trifásico, os quais
também são controlados pelo parâmetro de V<Modo Operação.
Se algum dos sinais acima estiver baixo, ou for para nível baixo antes do temporizador ter esgotado, o módulo
temporizador é inibido (efetivamente sofre reset) até que o sinal de bloqueio vá para o nível alto.
Em alguns casos, não desejamos que o elemento de subtensão dispare; por exemplo, quando o alimentador
protegido estiver desenergizado ou o disjuntor estiver aberto, uma condição de subtensão será obviamente
detectada, mas não desejamos que a proteção seja iniciada. Para atender isso, um sinal de "Todos Polos Mortos"
bloqueia o sinal de Partida para cada fase. Isto é controlado pela célula V<Inh Pol.Mort, o qual é incluído para
cada um dos estágios. Se a célula estiver activada, o estágio relevante será bloqueado pela lógica integrada de
polo morto. Esta lógica produz uma saída quando detecta um disjuntor aberto via contatos auxiliares
alimentando entradas digitais ou detecta uma combinação de subcorrente e subtensão em qualquer uma das
fases.

2.3 NOTA DE USO

2.3.1 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO DE SUBTENSÃO


Na maioria das aplicações, não é necessário que a proteção de subtensão opere durante as condições de defeito
à terra do sistema. se for este o caso deve selecionar medição de tensão fase-fase, uma vez que esta grandeza é
menos afetada por quedas de tensão numa única fase devido a defeitos à terra.
A definição do limiar de tensão para a proteção de subtensão deve ser feita num valor abaixo das excursões de
tensão que podem ser esperadas nas condições normais de operação do sistema. Este limiar é dependente do
sistema em questão, mas as excursões típicas de tensão para sistemas em bom funcionamento podem ser da
ordem de 10% do valor nominal.
O mesmo se aplica à configuração de tempo. O atraso de tempo necessário é dependente do tempo pelo qual o
sistema é capaz de suportar uma tensão reduzida.
Se estiverem conectadas cargas de motores, uma configuração típica de tempo é da ordem de 0,5 segundos.

220 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

3 PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO
As condições de sobretensão estão geralmente associadas a perda de carga, pela qual a amplitude da tensão de
alimentação aumenta. Esta situação seria normalmente corrigida por equipamentos de regulação de tensão, tais
como AVRs (Reguladores Automáticos de Voltagem) ou Comutadores de Derivação sob Carga. Entretanto, quando
estes equipamentos falham em trazer a tensão do sistema para dentro dos limites permitidos, isso deixa o
sistema numa condição de sobretensão, que precisa ser resolvida.

Nota:
Durante condições de defeito à terra num sistema de energia pode haver um aumento nas tensões da fase não afetada.
Idealmente, o sistema deve ser projetado para suportar estas sobretensões por um período de tempo definido.

3.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO


A Proteção de Sobretensão está implementada na coluna PROTEÇÃO VOLT do grupo de parâmetros relevante. Os
parâmetros de Sobretensão estão contidos dentro do subtítulo SOBRETENSÃO.
O produto fornece três estágios de proteção de Sobretensão com características independentes de atraso no
tempo.
Os estágios 1 e 3 fornecem uma gama de características de operação, onde se pode selecionar entre:
● Uma característica IDMT
● DT (Tempo Definido)

Você define isto usando as células de Função V>1 e a Função V>3 dependendo do estágio.
A característica IDMT é definida pela seguinte fórmula:
t = K/( M - 1)
onde:
● K = configuração do Multiplicador de tempo
● t = Tempo de operação em segundos
● M = Tensão medida / tensão definida (V> Ajust.Tensão)

Os estágios de sobretensão podem ser configurados como tensão fase-neutro ou fase-fase na célula V> Modo
Medida.
Não existe função Parar temporizador para Sobretensão.
O estágio 2 pode ter apenas característica de tempo definido. Isto é definido na célula de estado V>2.
Estão incluídos três estágios para fornecer múltiplos tipos de saída, tais como estágios de alarme e disparo.
Alternativamente, podem ser necessários diferentes configurações de tempo dependendo da severidade do
aumento de tensão.
Estão disponíveis saídas para condições monofásicas ou trifásicas através da célula V>Modo Operação para
cada estágio.

P14D-TM-PT-7 221
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

3.2 LÓGICA DE PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO


V> Modo Medida
V>1 PartidaA/AB
VA
VAB
V>1 Ajust.Tensão & V>1 Disparo A/ AB

V>1 Tempo Atraso

V> Modo Medida


V>1 PartidaB/BC
VB
VBC
V>1 Ajust.Tensão & V>1 Disparo B/BC

V>1 Tempo Atraso

V> Modo Medida


V>1 PartidaC/CA
VC
VCA
V>1 Ajust.Tensão & V >1 Disparo C/ CA

V>1 Tempo Atraso 1


&
1 V>1 Partida
&
&

1
&
V >1 Tempo Bloq . 1 V>1 Disparo
&
V> Modo Operação &
Qualquer Fase
Trifásico
Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios
similares.
O bloqueio rápido VTS se aplica apenas nos modelos direcionais .
V 00804

Figura 98: Sobretensão - modo de disparo mono e trifásico (estágio único)


A função de proteção de Sobretensão detecta quando a amplitude da tensão excede um limiar definido para um
certo estágio. Se isto acontecer é gerado um sinal de Partida, significando o "Arranque da proteção". Este sinal de
Arranque pode ser bloqueado pelo sinal VTS Bloq.Rápido. Este sinal de Partida é aplicado ao módulo
temporizador para produzir o sinal de Disparo, o qual pode ser bloqueado pelo sinal de bloqueio de temporizador
de sobretensão (V>(n) Temp Bloq). Para cada estágio, existem três módulos de detecção de sobretensão para as
fases, um para cada fase. Os três sinais de Partida de cada uma destas fases são somados para criar um sinal de
Arranque trifásico (V>(n) Partida), o qual pode ser ativado quando qualquer uma das fases arrancar (Qualquer
Fase), ou quando todas as três fases arrancarem (Trifásico), dependendo do parâmetro V>Modo Operação
escolhido.
As saídas dos módulos temporizadores são os sinais de disparo, os quais são usados para acionar o relé de saída
de disparo. Estes sinais de disparo também são somados para criar um sinal de Disparo trifásico, os quais
também são controlados pelo parâmetro de V>Modo Operação.
Se algum dos sinais acima estiver baixo, ou for para nível baixo antes do temporizador ter esgotado, o módulo
temporizador é inibido (efetivamente sofre reset) até que o sinal de bloqueio vá para o nível alto.

222 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

3.3 NOTA DE USO

3.3.1 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO DE SOBRETENSÃO


A existência dos dois estágios e suas respectivas características operacionais permitem várias aplicações
possíveis:
● O Tempo Definido pode ser usado para ambos os estágios para fornecer os estágios necessários de alarme
e disparo.
● O uso da característica IDMT permite graduação do atraso de tempo de acordo com a severidade da
sobretensão. Como os parâmetros de tensão para ambos os estágios são independentes, o segundo
estágio poderia ser definido menor que o primeiro para proporcionar um estágio de alarme atrasado no
tempo.
● Se for necessário apenas um estágio de proteção de sobretensão, ou se o elemento for necessário para
fornecer apenas um alarme, o estágio remanescente pode ser desabilitado.

Este tipo de proteção deve ser coordenado com quaisquer outros dispositivos de sobretensão em outros locais do
sistema.

P14D-TM-PT-7 223
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

4 TAXA DE VARIAÇÃO DA PROTEÇÃO DE TENSÃO


Onde existem cargas muito grandes, podem ocorrer desequilíbrios, o que poderia resultar em rápido declínio na
tensão do sistema. A situação poderia ser tão má que desligar um ou dois estágios de carga provavelmente não
interromperia o rápido declínio da tensão. Em tal situação, a proteção padrão de subtensão teria que ser
complementada normalmente com proteção que responda à taxa de variação da tensão. É, portanto, necessário
um elemento , que identifique a alta taxa de queda da tensão e adapte de acordo o esquema de redução da
carga.
Tal proteção pode identificar variações de tensão ocorrendo próximo à tensão nominal, fornecendo, desta forma,
aviso antecipado de um problema de tensão em desenvolvimento. O elemento também pode ser usado como um
alarme para alertar operadores sobre variações anormalmente altas da tensão do sistema.
Proteção de Taxa de Variação de Tensão também é conhecida como proteção dv/dt.

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE TAXA DE VARIAÇÃO DA TENSÃO


As funções de proteção dv/dt podem ser encontradas na coluna PROTEÇÃO VOLT abaixo do subtítulo PROTEÇÃO
DV/DT. A proteção dv/dt consiste de quatro estágios independentes, que podem ser configurados seja como
fase-fase ou fase-neutro usando a célula dv/dt Modo medida.

224 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

4.2 LÓGICA DA TAXA DE VARIAÇÃO DE TENSÃO


dv/dt Mod .Medida

VA dv/dt 1 Temp.Atr.
dV/ dt Averaging dv/dt 1 PartA/AB
VAB
&
dv/dt1 Méd .Ciclo 1 DT dv /dt1 Disp.A/AB
Descartar -1
Freq. n/Encontr .

dv/dt 1 Ajuste × &

dv/dt Mod .Medida

VB dv/dt 1 Temp.Atr.
dV/ dt Averaging dv/dt 1 PartB/BC
VBC
&
dv/dt1 Méd .Ciclo 1 DT dv/dt 1 Disp.B/BC
Descartar -1
Freq. n/Encontr .

dv/dt 1 Ajuste × &

dv/dt Mod .Medida


VC dv/dt 1 Temp .Atr.
dV/ dt Averaging dv/dt 1 partC/CA
VCA
&
dv/dt1 Méd .Ciclo 1 DT dv/dt 1 Disp.C/CA
Descartar -1
Freq. n/Encontr . 1
& &
dv/dt 1 Ajuste ×
1 dv/dt1 Partida
dv/dt 1 Função &
1 &
Positivo
Ambos 1
1 &
Negativo
Desativado 1 dv/dt1 Disparo
1 &
dv/dt 1 Bloqueio &

V< Modo Operação


Qualquer Fase
Trifásico V00806

Figura 99: Lógica de proteção da Taxa de Variação de Tensão


A lógica dv/dt funciona pela diferenciação do valor RMS da tensão de entrada de cada fase, que pode ser em
relação ao neutro ou em relação à outra fase, dependendo do modo de medição selecionado. Calcula-se então a
média deste valor diferenciado durante um certo número de ciclos, determinado pelo parâmetro dv/
dt(n)Méd.Ciclo e comparando-o com um limiar (dv/dt(n)limiar) nas direções positiva e negativa. Um sinal de
arranque é gerado dependendo da direção selecionada (positiva, negativa ou ambas), definido pelo parâmetro
dv/dt(n)Função, que também pode desactivar a função com base no estágio. Cada estágio também pode ser
bloqueado pelo sinal DDB dvV/dt(n)Bloqueio. O sinal de disparo é produzido passando o sinal de Arranque através
de um temporizador de DT.
A função também gera sinais de Arranque e Disparo trifásicos, os quais podem ser definidos como Qualquer
Fase (onde qualquer uma das fases pode disparar o arranque) ou Trifásica (onde todas as três fases são
necessárias para disparar o arranque). O buffer de média sofre reset quando o estágio é desactivado ou quando
nenhuma frequência é encontrada (Sinal DDB Freq Não Encont).

P14D-TM-PT-7 225
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

5 PROTEÇÃO DE TENSÃO RESIDUAL


Num sistema de energia trifásico em bom funcionamento, a soma das tensões das três fases para a terra é
nominalmente zero, da mesma forma que a soma vetorial dos três vetores equilibrados deslocados de 120° entre
si. Entretanto, quando ocorre um defeito à terra no sistema primário, este equilíbrio é perturbado e é produzida
uma tensão residual. Esta condição causa uma elevação na tensão do neutro com relação à terra.
Consequentemente este tipo de proteção também é normalmente denominada de 'Deslocamento da Tensão do
Neutro' ou NVD abreviadamente.
Esta tensão residual pode ser calculada (a partir das tensões das fases) ou medida (a partir de um TT de medida
em delta aberto ). Os valores calculados serão usados normalmente apenas onde o modelo não suporte
funcionalidade de medição (um TT de medição dedicado). Se for usado um TT de medição para produzir uma
Tensão Residual, ele não poderá ser usado para outras funções tais como Verificação de Sincronização.
Isto permite uma forma alternativa de detecção de defeito à terra, a qual não requer nenhuma medição de
corrente. Isto pode ser particularmente vantajoso em sistemas com aterramento de alta impedância ou isolados,
onde a colocação de transformadores de corrente com núcleo equilibrado em cada alimentador pode ser ou
impraticável ou antieconômico, ou para proporcionar proteção contra defeito à terra para dispositivos sem
transformadores de corrente.

5.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO RESIDUAL


A Proteção de Sobretensão Residual está implementada na coluna SOBRETENS.RESID.NVD do grupo de
parâmetros relevante.
Algumas aplicações requerem mais de um estágio. Por exemplo, um sistema isolado pode requerer um estágio de
alarme e um estágio de disparo. É comum em tais casos que o sistema seja projetado para suportar as
sobretensões das fases boas associadas por um número de horas em seguida a um defeito à terra. Em tais
aplicações, é gerado um alarme logo após a condição ser detectada, o que serve para indicar a presença de um
defeito à terra no sistema. Isto dá tempo aos operadores do sistema para localizar e isolar o defeito. O segundo
estágio da proteção pode emitir um sinal de disparo se a condição de defeito persistir.
O produto fornece três estágios de proteção de Tensão Residual com características independentes de atraso no
tempo.
Os estágios 1 e 3 fornecem uma gama de características de operação, onde se pode selecionar entre:
● Uma característica IDMT
● DT (Tempo Definido)

A característica IDMT é definida pela seguinte fórmula:


t = K/( M - 1)
onde:
● K = configuração do Multiplicador de tempo
● t = Tempo de operação em segundos
● M = configuração de tensão residual calculada (VN> Ajust.Tensão)

Define isto usando as células de Função VN>1 e a Função VN>3 dependendo do estágio.
Os estágios 1 e 3 também fornecem uma função Parar Temporizador conforme descrito em Função Parar
Temporizador (on page96)
O estágio 2 pode ter apenas característica de tempo definido. Isto é definido na célula de estado VN>2.
O dispositivo calcula a tensão residual internamente a partir das entradas de tensão das três fases fornecidas seja
por um TT de 5 membros ou por três TTs monofásicos. Este tipo de projeto de TT fornece um caminho para o fluxo
residual e consequentemente permite que o dispositivo calcule a tensão residual requerida. Além disso, o ponto

226 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

central estrela do primário do TT deve estar aterrado. TTs de três membros não possuem caminho para o fluxo
residual e são, portanto, inadequados para este tipo de proteção.

5.2 LÓGICA DE SOBRETENSÃO RESIDUAL

VN>1 Partida

VN
VN>1 Ajus.Tensão &
& IDMT/DT VN>1 Disparo

TPS Bloq.Rápido

VN>1 Tempo Bloq.


V00802

Figura 100: Lógica de Sobretensão Residual


O módulo de Sobretensão Residual (VN>) é um detector de nível que detecta quando a amplitude da tensão
excede um limiar definido para cada estágio. Quando isto acontece, a saída do comparador produz um sinal de
Partida (VN>(n) Partida), o qual significa o "Arranque da proteção". Este pode ser bloqueado por um sinal VTS Bloq
Inst. Este sinal de Partida é aplicado ao módulo temporizador. A saída do módulo temporizador é o sinal VN>
(n) Disparo, que é usado para acionar o relé de saída de disparo.

5.3 NOTA DE USO

5.3.1 CÁLCULOS PARA SISTEMAS COM ATERRAMENTO SÓLIDO


Considere um defeito da fase A para a Terra num sistema radial simples.

P14D-TM-PT-7 227
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

IED

E00800

Figura 101: Tensão residual para um sistema com aterramento sólido


Como pode ser visto no diagrama acima, a tensão residual medida num sistema com aterramento sólido é
dependente apenas da relação entre impedância da fonte atrás do IED e a impedância da linha na frente do IED,
até o ponto de defeito. Para um defeito remoto distante, a relação: ZS/ZL será pequena, resultando numa tensão
residual correspondentemente pequena. Portanto, a proteção apenas opera para defeitos que ocorram até uma
certa distância do sistema. A distância máxima depende da configuração do dispositivo.

5.3.2 CÁLCULOS PARA SISTEMAS COM ATERRAMENTO VIA IMPEDÂNCIA


Considere um defeito da fase A para a Terra num sistema radial simples.

228 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

IED

E00801

Figura 102: Tensão residual para um sistema com aterramento via impedância
Um sistema com aterramento via impedância irá gerar sempre um grau relativamente grande de tensão residual,
uma vez que a impedância de fonte de sequência zero agora inclui a impedância de aterramento. Conclui-se
então que a tensão residual gerada por um defeito à terra num sistema isolado terá o valor mais alto possível (3 x
tensão fase-neutro), uma vez que a impedância de fonte de sequência zero é infinita.

5.3.3 CÁLCULOS PARA SISTEMAS COM ATERRAMENTO VIA IMPEDÂNCIA


A configuração de tensão aplicada aos elementos é dependente da amplitude da tensão residual que se espera
ocorrer durante a condição de defeito à terra. Isto por sua vez é dependente do método empregado de
aterramento do sistema.
Além disso, você deve assegurar que o parâmetro do IED seja definido acima de qualquer nível persistente de
tensão residual presente no sistema.

P14D-TM-PT-7 229
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

6 PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO DE SEQUÊNCIA NEGATIVA


Onde um alimentador de entrada estiver a fornecer a equipamentos de instalações rotativas, tais como um motor
de indução, é essencial que a alimentação esteja balanceada e com as fases corretas. A rotação incorreta de fase
irá resultar que os motores conectados girem na direção errada. Para aplicações sensíveis à direção, tais como
elevadores e correias transportadoras, é inaceitável deixar que isto aconteça.
Desequilíbrios na alimentação de entrada causam componentes de tensão de sequência de fase negativa. No
caso de rotação incorreta de fase, a tensão de alimentação consistiria efetivamente apenas de 100% de tensão
de sequência negativa de fase.

6.1 IMPLEMENTAÇÃO DE SOBRETENSÃO DE SEQUÊNCIA NEGATIVA


A proteção de sobretensão de sequência negativa é implementada na coluna SOBRETENS.SEQNEG do respectivo
grupo de configurações.
O dispositivo inclui um elemento de sobretensão de sequência de fase negativa. Só é possível tempo definido
Este elemento monitora a rotação e a magnitude da tensão de entrada (normalmente, a partir de um
transformador de tensão conectado ao barramento) e pode ser ligado ao contactor ou disjuntor do motor, para
evitar que o motor seja energizado enquanto existir rotação de fase incorreta.
O elemento é habilitado usando as células V2>1 Estado e V2>2 Estado.

6.2 LÓGICA DE SOBRETENSÃO DE SEQUÊNCIA NEGATIVA

V2>1 Start

V2
Start
V2>1 Ajus.Tensão & Counter
& DT V2>1 Trip

TPS Bloq.Rápido Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem
princípios similares.
V2>1 Accelerate O bloqueio rápido VTS se aplica apenas nos modelos direcionais .
V00818

Figura 103: Lógica de sobretensão de sequência negativa


O módulo de sobretensão de sequência negativa detecta quando a magnitude da tensão excede um limiar pré-
definido. Quando isto acontece, o módulo comparador de sobretensão de saída, produz um sinal Partida (por ex.,
para o estágio 1: V2>1 Partida), que significa "Início da proteção". Isto pode ser bloqueado por um sinal TPS
Bloq.Rápido. Este sinal de Partida é aplicado ao módulo temporizador DT. A saída do módulo temporizador DT é o
sinal de desarme usado para acionar o relé de saída que está desarmando.
O sinal V2>1 Acelerar acelera o tempo de operação da função, reduzindo o número de ciclos de confirmação
necessários para iniciar a função. Em 50 Hz, isto significa que o Início da proteção é reduzido em 20 ms.

6.3 NOTA DE USO

6.3.1 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO


A preocupação primária é normalmente a detecção de rotação incorreta de fase (mais do que pequenos
desequilíbrios), portanto não é necessário um parâmetro sensível. O parâmetro deve ser mais alto que qualquer
tensão de NPS persistente, que possa estar presente devido a desequilíbrios no TT de medição, tolerâncias do
dispositivo etc.
Um parâmetro de aproximadamente 15% da tensão nominal pode ser típico.

230 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

Nota:
Níveis persistentes de tensão de NPS (V2) são exibidos na célula Magnitude de V2 da coluna MEDIÇÕES 1.

O tempo de operação do elemento é altamente dependente da aplicação. Um parâmetro típico estaria na faixa de
5 segundos.

P14D-TM-PT-7 231
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

7 PROTEÇÃO DE SUBTENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA

7.1 IMPLEMENTAÇÃO DA SUBTENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA


A proteção de subtensão de sequência positiva é implementada no cabeçalho POS SEQ U/V na coluna
PROTECAO.TENSÃO do respectivo grupo de configurações.
O produto fornece dois estágios de Proteção de subtensão de sequência positiva, com características de atraso
de tempo independentes.
O estágio 1 permite escolher algumas características de operação, entre elas:
● Uma característica IDMT
● DT (Tempo Definido)

Isto é configurado na célula V1<1 Função.


A características IDMT é definida pela fórmula a seguir:
t = K/( M-1)
onde:
● K = Valor do multiplicador de tempo
● t = Tempo de operação em segundos
● M = Tensão medida / Tensão de configuração do IED

Não existe recurso de Retenção de tempo para subtensão.


O estágio 2 pode ter apenas características de tempo definido. Isto é configurado na célula V1<2 Estado.
São incluídos dois estágios de modo a permitir múltiplos tipos de saída, tais como alarme e estágios de desarme.

7.2 LÓGICA DE SUBTENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA


V1<1 Start
V1
V1<1 Ajust.Tens. &
& V1<1 Trip

V1<1 Temp Atraso

Todos Polos Mort

V 1<1 Poledead Inh


&
Ativo
Nota : Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .
VTS Blocks 1 O bloqueio rápido VTS se aplica apenas nos modelos direcionais .

Ativo
&
TPS Bloq.Rápido

V1<1 Timer Block


V00816

Figura 104: Lógica de subtensão de sequência positiva

232 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

8 PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA

8.1 IMPLEMENTAÇÃO DE SOBRETENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA


A Proteção de sobretensão de sequência positiva é implementada no cabeçalho POS SEQ O/V na coluna
PROTECAO.TENSÃO do respectivo grupo de configurações.
O produto fornece dois estágios de Proteção de sobretensão de sequência positiva, com características de atraso
de tempo independentes.
O estágio 1 permite escolher algumas características de operação, entre elas:
● Uma característica IDMT
● DT (Tempo Definido)

Isto é configurado na célula V1>1 Função.


A características IDMT é definida pela fórmula a seguir:
t = K/( M-1)
onde:
● K = Valor do multiplicador de tempo
● t = Tempo de operação em segundos
● M = Tensão medida / Tensão de ajuste do IED (V1> V<1 Ajust.Tensão)

Não existe recurso de retenção de temporizador na sobretensão de sequência positiva.


O estágio 2 pode ter apenas características de tempo definido. Isto é configurado na célula V1>2 Estado.
São incluídos dois estágios de modo a permitir múltiplos tipos de saída, tais como alarme e estágios de desarme.

8.2 LÓGICA DE SOBRETENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA


V1>1 Start
V1
V1>1 Ajust.Tens. &
& V1>1 Trip

V1>1 Temp Atraso

Todos Polos Mort

V 1>1 Poledead Inh


& Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios
Ativo
similares.
VTS Blocks 1 O bloqueio rápido VTS se aplica apenas nos modelos direcionais .

Ativo
&
TPS Bloq.Rápido

V1>1 Timer Block


V00817

Figura 105: Lógica de sobretensão de sequência positiva

P14D-TM-PT-7 233
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

9 FUNÇÕES DE TENSÃO DE VALOR MÉDIA MÓVEL


As funções de tensão de valor média móvel estão disponíveis para:
● Subtensão (Vavg<)
● Sobretensão (Vavg>)
● Tensão de sequência zero (V0avg>)
● Tensão de sequência positiva (V1Avg>)
● Tensão de sequência negativa (V2Avg>)
A tensão é amostrada a 5 Hz (uma amostra a cada 200 ms, para um sistema de 50 Hz). O período de atualização é
de 3 segundos, o que significa que são coletadas 15 amostras a cada período de atualização. A tensão média
para os 10 minutos anteriores é calculada, exibida como medições e usada como quantidades de energização
para as funções de proteção. As seguintes quantidades são fornecidas:
VA Mov Media: Tensão média RMS da fase A
VB Mov Media: Tensão média RMS da fase B
VC Mov Media: Tensão média RMS da fase C
V0 Mov Media: Magnitude de tensão média de sequência zero
V1 Mov Media: Magnitude de tensão média de sequência positiva
V2 Mov Media: Magnitude de tensão média de sequência negativa

234 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

9.1 LÓGICA DE SUBTENSÃO DE MÉDIA MÓVEL


Vmed<1 Estad. VMed <1 Part. A

VA Mov Average & VMed <1 Disp. A

Vmed <1 VoltAjust

Vmed <1 PartTempo

Vmed<1 DispTemp

Vmed<1 Estad. VMed <1 Part. B

VB Mov Average & VMed <1 Disp. B

Vmed <1 VoltAjust

Vmed <1 PartTempo

Vmed<1 DispTemp

Vmed <1 Estad. VMed <1 Part. C

VC Mov Average & VMed <1 Disp. C

Vmed <1 VoltAjust


1
Vmed <1 PartTempo &
Vmed <1 DispTemp 1 VMed <1 Part.
&
&

1
&
1 VMed <1 Disp.
&
Vmed < Modo Oper &
Qualquer Fase
Trifásico V00807

Figura 106: Lógica de subtensão de média móvel

P14D-TM-PT-7 235
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

9.2 LÓGICA DE SOBRETENSÃO DE MÉDIA MÓVEL


Vmed >1 Estad. VMed >1 Part. A

VA Mov Average & VMed >1 Disp. A

Vmed>1 VolAjust

Vmed >1 PartTemp

Vmed >1 DispTemp

Vmed >1 Estad. VMed >1 Part. B

VB Mov Average
& VMed >1 Disp. B

Vmed >1 VolAjust

Vmed >1 PartTemp

Vmed>1 DispTemp

Vmed >1 Estad. VMed >1 Part. C

VC Mov Average
& VMed >1 Disp. C

Vmed >1 VolAjust


1
Vmed >1 PartTemp &
Vmed >1 DispTemp 1 VMed >1 Part.
&
&

1
&
1 VMed >1 Disp.
&
Vmed > Oper Modo &
Qualquer Fase
Trifásico V00808

Figura 107: Lógica de sobretensão de média móvel

9.3 LÓGICA DE TENSÃO DE SEQUÊNCIA ZERO DE MÉDIA MÓVEL


V0med >1 Estad. V0 Med>1 Part.
V 0 Mov Average
& V0Med >1 Disp.
V0med>1 VolAjust

V0med >1 Atraso

V Blocking 1
Ativo
&
TPS Bloq.Rápido
V00809

Figura 108: Lógica de tensão de sequência zero de média móvel

236 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência

9.4 LÓGICA DE TENSÃO DE SEQUÊNCIA POSITIVA DE MÉDIA MÓVEL


V1Med >1 Estad. V1 Med>1 Part.
V 1 Mov Average
& V1Med >1 Disp.
V1Med>1 VolAjust

V1Med >1 Atraso


V00810
V Bloqueio 1
Ativo
&
TPS Bloq.Rápido

Figura 109: Lógica de tensão de sequência positiva de média móvel

9.5 LÓGICA DE TENSÃO DE SEQUÊNCIA NEGATIVA DE MÉDIA MÓVEL


V2Med >1 Estad. V2 Med>1 Part.

V 2 Mov Average & V2Med >1 Disp.

V2Med>1 VolAjust

V2Med>1 PartTemp

V 2avg>1 DispTemp V00811

Figura 110: Lógica de tensão de sequência negativa de média móvel

9.6 PSL DE BLOQUEIO DE TENSÃO MÉDIA


A função de proteção de tensão média não fornece bloqueio interno para uma condição VTS ou condições de Polo
morto. Para conseguir isto, você deve configurar o PSL como segue:

VMed <1 Disp.

VMed<2 Disp.

VMed >1 Disp.

VMed>2 Disp.

V0Med >1 Disp.


1
V0Med >2 Disp. & Para o esquema

V1Med >1 Disp.

V1Med >2 Disp.

V2Med >1 Disp.

V2Med >2 Disp.

TPS Bloq.Rápido

Qualq .Polo Morto

Todos Polos Mort


V00815

Figura 111: Bloqueio de proteção de tensão média

P14D-TM-PT-7 237
Capítulo 10 - Funções de Proteção de Tensão e Frequência P14D

238 P14D-TM-PT-7
FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA

CAPÍTULO 11
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

240 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


O dispositivo fornece uma variedade de funções de proteção de frequência. Este capítulo descreve a operação
destas funções, incluindo os princípios, diagramas lógicos e aplicações.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 241
Visão Geral da Proteção de Frequência 242
Proteção de subfrequência 244
Proteção de sobrefrequência 246
Proteção R.O.C.O.F independente 248
Proteção R.O.C.O.F supervisionada em frequência 251
Proteção de Taxa média de troca de frequência 254
Redução e restauração de carga 257

P14D-TM-PT-7 241
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

2 VISÃO GERAL DA PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA


A geração e o uso da energia precisam ser bem equilibrados em qualquer rede de distribuição ou transmissão
industrial. Estas redes elétricas são entidades dinâmicas, com cargas e fornecimento variando continuamente, os
quais afetam continuamente a frequência do sistema. O aumento da carga reduz a frequência do sistema e a
geração precisa ser aumentada para manter a frequência do fornecimento. Contrariamente, a diminuição da
carga aumenta a frequência do sistema e a geração precisa ser reduzida. Flutuações bruscas na carga podem
causar mudanças rápidas na frequência, que precisam ser tratadas rapidamente.
A menos que sejam tomadas medidas corretivas em tempo apropriado, a queda da frequência pode ir além do
ponto sem volta e causar um colapso amplo da rede, o que tem consequências terríveis.
Os dispositivos de proteção capazes de detectar condições de baixa frequência são usados geralmente para
desconectar cargas sem importância para restabelecer o equilíbrio geração/carga. Entretanto, com estes
dispositivos, a ação é iniciada apenas após o evento, e esta forma de ação corretiva pode não ser efetiva o
suficiente para lidar com aumentos bruscos na carga que causem grandes quedas de frequência em tempos
muito curtos. Em tais casos, um dispositivo que possa antecipar a severidade da queda de frequência e agir para
desconectar as cargas antes que a frequência atinja níveis perigosamente baixos é muito eficaz em conter os
danos. Isto é chamado de proteção de taxa de variação instantânea de frequência.
Durante perturbações severas, a frequência do sistema oscila conforme vários geradores tentam se sincronizar
em uma frequência comum. A medição da taxa instantânea de variação de frequência pode ser enganadora
durante este tipo de perturbação. A queda de frequência precisa ser monitorizada durante um período de tempo
mais longo para tomar a decisão correta para redução de cargas. Isto é chamado de proteção de taxa de
variação média de frequência.
Normalmente os geradores são classificados para uma faixa de frequência particular. A operação fora desta faixa
pode provocar danos mecânicos nas palhetas das turbinas. A proteção contra estas contingências é necessária
quando a frequência não recupera mesmo após terem sido tomados passos de redução de carga. Este tipo de
proteção pode ser usado para alarmes para o operador ou disparo da turbina em caso de queda severa da
frequência.
Certamente uma gama de métodos é necessária para assegurar estabilidade da frequência do sistema. Os
dispositivos de frequência da GE Energy Connections fornecem vários meios de proteção:
● Proteção de subfrequência: abreviada como f+t<
● Proteção de sobrefrequência: abreviada como f+t>
● Proteção da Taxa de Variação de Frequência Independente: abreviada para R.O.C.O.F Independente, ou
df/dt+t
● Proteção da Taxa de Variação de Frequência com Supervisão de Frequência: abreviada para R.O.C.O.F com
Supervisão de Frequência, ou f+df/dt
● Proteção da Taxa de Variação de Frequência Média: abreviada para R.O.C.O.F Média, ou f+Df/Dt (note o D
maiúsculo)
● Delastre (load shedding) e restauração de carga

2.1 IMPLANTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA


A proteção de frequência é implantada na coluna PROT.FREQUÊNCIA do respectivo grupo de configurações.
O dispositivo inclui 9 estágios para os seguintes métodos de proteção de frequência:
● Proteção de subfrequência: abreviada como f+t<
● Proteção de sobrefrequência: abreviada como f+t>
● Proteção de taxa de mudança da frequência: abreviada como independente R.O.C.O.F, ou df/dt+t

242 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

● Proteção de taxa de mudança da frequência,: abreviada como frequência supervisionada R.O.C.O.F, ou f


+df/dt
● Proteção de taxa média de mudança da frequência: abreviada como R.O.C.O.F, ou f+Df/Dt (note o 'D'
maiúsculo)
● Redução e restauração de carga

Cada estágio pode ser desabilitado ou habilitado através da Nível (n). A proteção de frequência também pode ser
bloqueada por uma condição de subtensão, caso necessário.

P14D-TM-PT-7 243
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

3 PROTEÇÃO DE SUBFREQUÊNCIA
Uma frequência de sistema reduzida indica que a carga da rede é excessiva para a geração disponível. Essa
condição pode surgir quando um sistema interconectado se divide e a carga restante conectada a um dos
subsistemas está além da capacidade dos geradores desse subsistema específico. Plantas industriais que
dependem da rede elétrica para suprir parte de suas cargas experimentarão condições de subfrequência, quando
as linhas de entrada forem perdidas.
Muitos tipos de cargas industriais possuem tolerâncias limitadas com relação à frequência e velocidade de
operação (por ex. motores síncronos). A subfrequência sustentada possui implicações na estabilidade do sistema,
pois qualquer distúrbio subsequente poderá danificar o equipamento e até mesmo levar a quedas totais de
energia. Portanto, é essencial oferecer proteção para as condições de subfrequência.

3.1 IMPLANTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SUBFREQUÊNCIA


As configurações a seguir são relevantes para a subfrequência:
● Est.Freq.n f+t: determina se o estágio é subfrequência, sobrefrequência ou está desabilitado.
● Ajust.Freq.n f+t: define a configuração da coleta de frequência.
● Temp.Freq.n f+t: define o atraso de tempo.

3.2 LÓGICA DA PROTEÇÃO DE SUBFREQUÊNCIA


Nív.1 f+t Par.

Freq Averaging

DT
Ajust.Freq.1 f+t & Nív.1 f+t Disp.

Nível 1
Ativo

Est.Freq.1 f+t
Sub

ADV Freq. Inibir


1
Freq. n/Encontr.

Estado V <B
Ativo
1
Min Tens . Bloq.

V00850 Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 112: Lógica de subfrequência (estágio simples)


Se a frequência estiver abaixo do parâmetro e não bloqueada o temporizador de DT é iniciado. Se a frequência
não puder ser determinada, a função é bloqueada.

3.3 NOTA DE USO

3.3.1 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO


Para minimizar os efeitos da subfrequência, um esquema de redução de carga multiestágio pode ser usado com
as cargas da instalação priorizadas e agrupadas. Durante a condição de subfrequência, os grupos de cargas são
desconectados sequencialmente, com o grupo de maior prioridade sendo o último a ser desconectado.

244 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

A efetividade de cada grupo de redução de carga depende da proporção de deficiência de energia que ele
representa. Se o estágio de redução de carga for muito pequeno comparado com a deficiência de energia
prevalecente, então poderá não haver melhoria na frequência. Isto deve ser levado em conta ao se formar os
grupos de cargas.
Os atrasos devem ser suficientes para superar qualquer queda transiente na frequência, bem como proporcionar
tempo para que os controles de frequência no sistema respondam. Estes não podem ser excessivos, pois isso
poderia prejudicar a estabilidade do sistema. Parâmetros de atraso de 5 - 20 s são típicos.
Um exemplo de um esquema de redução de carga de quatro estágios para sistemas de 50 Hz é mostrado abaixo:
Estágio Elemento Parâmetro de Frequência (Hz) Parâmetro de Tempo (Seg.)
1 Nível 1(f+t) 49,0 20 s
2 Nível 2(f+t) 48,6 20 s
3 Nível 3(f+t) 48,2 10 s
4 Nível 4(f+t) 47,8 10 s

Os atrasos de tempo relativamente longos são destinados a fornecer tempo suficiente para que os controles do
sistema respondam. Isto funcionará bem numa situação onde a queda da frequência do sistema é lenta. Para
situações onde a queda rápida da frequência é esperada, este esquema de redução de carga deve ser
complementado por elementos de proteção de taxa de variação de frequência.

P14D-TM-PT-7 245
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

4 PROTEÇÃO DE SOBREFREQUÊNCIA
Um aumento de frequência do sistema ocorre quando a entrada mecânica de um gerador ultrapassa a saída
elétrica do mesmo. Isto pode acontecer, por exemplo, quando ocorre uma perda repentina de carga devido ao
desligamento de um alimentador da planta para um centro de carga. Sob tais condições, o regulador
normalmente responde rápido para obter um equilíbrio entre a potência mecânica e a demanda elétrica,
restaurando, assim, a frequência a seu valor normal. A proteção de sobrefrequência é necessária como uma
reserva para atender os casos onde a reação do equipamento de controle é excessivamente lenta.

4.1 IMPLANTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SOBREFREQUÊNCIA


As configurações a seguir são relevantes para a sobrefrequência:
● Est.Freq.n f+t: determina se o estágio é subfrequência, sobrefrequência ou está desabilitado.
● Ajust.Freq.n f+t: define a configuração da coleta de frequência.
● Temp.Freq.n f+t: define o atraso de tempo.

4.2 LÓGICA DA PROTEÇÃO DE SOBREFREQUÊNCIA


Nív.1 f+t Par.

Freq Averaging

DT
Ajust.Freq.1 f+t & Nív.1 f+t Disp.

Nível 1
Ativo

Est.Freq.1 f+t
Sobre

ADV Freq. Inibir


1
Freq. n/Encontr.

Estado V <B
Ativo
1
Min Tens . Bloq.

V00851 Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 113: Lógica de sobrefrequência (estágio simples)


Se a frequência estiver acima do parâmetro e não bloqueada o temporizador de DT é iniciado e depois que este
esgotar, o disparo é produzido. Se a frequência não puder ser determinada, a função é bloqueada.

4.3 NOTA DE USO

4.3.1 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO


Em seguida as mudanças na rede causadas por defeitos ou outros requisitos operacionais é possível que vários
subsistemas sejam formados dentro da rede de energia. É provável que estes subsistemas venham a sofrer de um
desequilíbrio de geração/carga. As "ilhas" onde a geração exceda a carga existente estarão sujeitas a condições
de sobrefrequência. Condições severas de sobrefrequência podem ser inaceitáveis para muitas cargas industriais,
uma vez que a velocidade de rotação dos motores será afetada. O elemento de sobrefrequência pode ser definido
adequadamente para detectar esta contingência.

246 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

Um exemplo de proteção de sobrefrequência de dois estágios é mostrado abaixo usando os estágios 5 e 6 dos
elementos f+t. Entretanto, os parâmetros para um sistema real irão depender da frequência máxima que o
equipamento pode tolerar por um dado período de tempo.
Estágio Elemento Parâmetro de Frequência (Hz) Parâmetro de Tempo (Seg.)
1 Nível 5(f+t) 50,5 30
2 Nível 6(f+t) 51,0 20

Os atrasos de tempo relativamente longos são destinados a fornecer tempo para que os controlos do sistema
respondam e funcionarão bem numa situação em que o aumento da frequência do sistema seja lenta.
Para situações onde o aumento rápido da frequência é esperado, o esquema de proteção acima poderia ser
complementado por elementos de proteção de taxa de variação de frequência.
No sistema mostrado abaixo, a geração no barramento de MT é dimensionada de acordo com as cargas naquele
barramento, enquanto que os geradores ligados ao barramento de AT geram energia para exportar para a
concessionária. Se as ligações à rede forem perdidas, a geração de IPP fará com que a frequência do sistema se
eleve. Esta taxa de elevação poderia ser usada para isolar o barramento de MT do sistema de AT.

À rede elétrica
Geração IPP

Barramento HV

Carga

Barramento MV

Geração local
Carga

E00857

Figura 114: Segregação do sistema de energia com base nas medições de frequência

P14D-TM-PT-7 247
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

5 PROTEÇÃO R.O.C.O.F INDEPENDENTE


Onde existirem cargas muito grandes, poderão ocorrer desequilíbrios que resultem em um rápido declínio na
frequência do sistema. Esta situação pode ser tão ruim que mesmo a remoção de um ou dois estágios de carga,
provavelmente, não impedirá o declínio rápido da frequência. Em tais situações, a proteção padrão de
subfrequência normalmente precisará ser complementada com uma proteção que responda à taxa de mudança
na frequência. Portanto, é necessário um elemento que identifica a alta taxa de declínio na frequência e adapta o
esquema de remoção de carga de acordo.
Tal proteção pode identificar variações de frequência que ocorrem perto da frequência nominal, fornecendo
portanto um aviso antecipado de um problema de frequência que está em desenvolvimento. O elemento também
pode ser usado como um alarme para avisar os operadores a respeito de variações incomumente elevadas na
frequência do sistema.

5.1 IMPLANTAÇÃO DA PROTEÇÃO R.O.C.O.F INDEPENDENTE


O dispositivo possui nove estágios de proteção independentes. Cada estágio responde tanto a condições de
queda como de elevação de frequência. Isto depende do limiar de frequência ter sido ajustado acima ou abaixo
da frequência nominal do sistema. Por exemplo, se o limiar de frequência for configurado acima da frequência
nominal, o ajuste de taxa de mudança de frequência é considerado positivo e o elemento será acionado em
condições de elevação de frequência. Se o limiar de frequência for estabelecido abaixo da frequência nominal, o
ajuste é considerado negativo e o elemento será acionado em condições de queda de frequência.
As seguintes configurações são importantes para a proteção df/dt+t:
● Estado df/dt+t (n): determina se o estágio está configurado para condições de queda ou elevação de
frequência
● Conf. df/dt+t (n): define a taxa de mudança da configuração de coleta de frequência
● Temp. df/dt+t (n): define o atraso de tempo

248 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

5.2 LÓGICA DA PROTEÇÃO R.O.C.O.F INDEPENDENTE

Frequency
V determination
df/dt Nív.1 df/ dt+tPar

& 1 Nív.1 df/dt+tDis

df /dt Ciclo Med


-1

df /dt+t 1 Ajuste X &


df/dt +t 1 Tempo

Nível 1
Ativo

Estado df / dt+t 1 1
Positivo
Ambos
1
Negativo
Desativado

Estado V <B
Ativo
1 1
Min Tens . Bloq.

Nível 1 Bloq .

ADV Freq. Inibir

Freq. n/Encontr. 1
Frequência Alta

Frequência Baixa
Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .
V00852

Figura 115: Lógica independente da taxa de mudança de frequência (estágio único)

5.3 NOTA DE USO

5.3.1 ORIENTAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO


Deve ser tomado bastante cuidado quando se configura este elemento pois não é supervisionado por uma
configuração de frequência. A configuração de um atraso de tempo ou aumento do número de ciclos de cálculo
de média df/dt aumentará a estabilidade, porém aumentará os tempos de desarme.
É provável que este elemento seja usado em conjunto com outros elementos de proteção baseados em
frequência para estabelecer um esquema que trate flutuações de frequência severas. Abaixo é apresentado um
exemplo desse tipo de esquema:
Elementos "f+t [81U/81O]" de Elementos "f+df/dt [81RF]" de taxa de mudança de frequência
frequência supervisionados em frequência
Configuração
Configuração de Configuração de Taxa de mudança da configuração de
Estágio de frequência
tempo (s) frequência (Hz) frequência (Hz/s)
(Hz)
1 49 20 49,2 1,0
2 48,6 20 48,8 1,0
3 48,2 10 48,4 1,0
4 47,8 10 48,0 1,0

P14D-TM-PT-7 249
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

Elementos "f+t [81U/81O]" de Elementos "f+df/dt [81RF]" de taxa de mudança de frequência


frequência supervisionados em frequência
Configuração
Configuração de Configuração de Taxa de mudança da configuração de
Estágio de frequência
tempo (s) frequência (Hz) frequência (Hz/s)
(Hz)
5 - - - -

Taxa de mudança de frequência


Estágio
Elementos "df/dt+t [81R]"
Taxa de mudança da configuração de frequência (Hz/s) Configuração de tempo (s)
1 - -
2 - -
3 -3,0 0,5
4 -3,0 0,5
5 -3,0 0,1

Neste esquema, o desarme dos dois últimos estágios é acelerado pelo uso do elemento de taxa de mudança de
frequência independente. Se a frequência começar a cair em uma taxa elevada (> 3 Hz/s, neste exemplo), os
estágios 3 e 4 serão removidos em torno de 48,5 Hz, com o objetivo de melhorar a estabilidade do sistema. O
estágio 5 serve como um alarme e dá aos operadores um aviso antecipado de que a situação está crítica.

250 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

6 PROTEÇÃO R.O.C.O.F SUPERVISIONADA EM FREQUÊNCIA


A proteção de taxa de mudança de frequência supervisionada em frequência trabalha de forma similar à
proteção de taxa de mudança de frequência independente. A única diferença é que, com a supervisão de
frequência, a frequência real em si é monitorada e a proteção é acionada em ambos os casos, quando a
frequência ou quando a taxa de mudança de frequência saem fora dos limites.
A proteção de taxa de mudança de frequência supervisionada em frequência também é conhecida como
proteção f+df/dt.

6.1 IMPLANTAÇÃO DA FREQUÊNCIA SUPERVISIONADA R.O.C.O.F


O dispositivo possui nove estágios de proteção independentes. Cada estágio responde tanto a condições de
queda como de elevação de frequência. Isto depende do limiar de frequência ter sido ajustado acima ou abaixo
da frequência nominal do sistema. Por exemplo, se o limiar de frequência for configurado acima da frequência
nominal, o ajuste de taxa de mudança de frequência é considerado positivo e o elemento será acionado em
condições de elevação de frequência. Se o limiar de frequência for estabelecido abaixo da frequência nominal, o
ajuste é considerado negativo e o elemento será acionado em condições de queda de frequência.
As seguintes configurações são relevantes para a proteção f+ df/dt:
● Estado f+df/dt 1: determina se o estágio está configurado para condição de queda ou elevação de
frequência
● Freq. f+df/dt 1: define o ajuste de pickup da frequência
● f+df/dt 1 df/dt: define o ajuste de pickup da taxa de mudança da frequência

O dispositivo também indicará quando uma configuração incorreta foi aplicada, caso o limiar de frequência esteja
configurado na frequência nominal do sistema. Não existe nenhuma atraso de temporização intencional
associado a este elemento, mas podem ser aplicados atrasos usando o PSL, caso seja necessário.

P14D-TM-PT-7 251
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

6.2 LÓGICA FREQUÊNCIA SUPERVISIONADA R.O.C.O.F

Frequency
V determination
df/dt

& 1 Nív.1 df/dt+tDis

df /dt Ciclo Med


-1

df/dt f +df /dt 1 X &

Frequency Frequency
V determination averaging

Méd .Freq.Ciclos
-1

Freq. f+df/dt 1 X

Nível 1
Ativo

Estado f +df/dt 1 1
Positivo
Ambos
1
Negativo
Desativado

Estado V <B
Ativo
1 1
Min Tens . Bloq.

Nível 1 Bloq .

ADV Freq. Inibir

Freq. n/Encontr. 1

Frequência Alta

Frequência Baixa

V00853 Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 116: Lógica de taxa de mudança de frequência; frequência supervisionada (estágio único)

6.3 NOTA DE USO

6.3.1 EXEMPLO DE R.O.C.O.F FREQUÊNCIA SUPERVISIONADA


No esquema de remoção de carga abaixo, assume-se que em condições de queda de frequência, o sistema pode
ser estabilizado na frequência f2, removendo-se um estágio de carga. Para taxas de decaimento lentas, isto pode
ser obtido usando o elemento de proteção de subfrequência configurado na frequência f1 com um atraso de
tempo adequado. Entretanto, se o déficit de geração for substancial, a frequência diminuirá rapidamente e é
possível que o atraso de tempo imposto pela proteção de subfrequência não permita a estabilização da
frequência. Neste caso, a chance de recuperação do sistema será melhorada desconectando-se o estágio de
carga com base em uma medição da taxa de mudança de frequência e desconsiderando-se o atraso de tempo.

252 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

Frequência

Decaimento lento

Decaimento rápido
Tempo
E00858

Figura 117: Proteção de taxa de mudança de frequência por frequência supervisionada

6.3.2 ORIENTAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO


Recomendamos que o elemento (f+df/dt) da proteção de taxa de mudança de frequência por frequência
supervisionada seja usado em conjunto com o elemento temporizado (f+t) da proteção de frequência.
Pode-se configurar um esquema de remoção de carga de alta velocidade de quatro estágios, como mostrado
abaixo, notando-se que, em cada estágio, ambos os elementos "f+t" e "f+df/dt" estão habilitados.
Elementos "f+df/dt [81RF]" de taxa de mudança de frequência
Elementos "f+t [81U/81O]" de frequência
supervisionados em frequência
Configuração de Configuração de Configuração de Taxa de mudança da configuração de
Estágio
frequência (Hz) tempo (s) frequência (Hz) frequência (Hz/s)
1 49 20 49 1,0
2 48,6 20 48,6 1,0
3 48,2 10 48,2 1,0
4 47,8 10 47,8 1,0

Pode ser possível melhorar ainda mais a velocidade de remoção de carga, trocando a configuração de frequência
do elemento f+df/dt. Nas configurações destacadas abaixo, as configurações de frequência deste elemento
foram definidas ligeiramente acima das configurações de frequência do elemento f+t. Esta diferença acomodará
o tempo de medição e resultará no desarme dos dois elementos aproximadamente no mesmo valor de
frequência. Portanto, os cenários de declínio lento e rápido de frequência são monitorados independentemente e
são otimizados sem o sacrifício da segurança do sistema.
Elementos "f+df/dt [81RF]" de taxa de mudança de frequência
Elementos "f+t [81U/81O]" de frequência
supervisionados em frequência
Configuração de Configuração de Configuração de Taxa de mudança da configuração de
Estágio
frequência (Hz) tempo (s) frequência (Hz) frequência (Hz/s)
1 49 20 49,2 1,0
2 48,6 20 48,8 1,0
3 48,2 10 48,4 1,0
4 47,8 10 48,0 1,0

P14D-TM-PT-7 253
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

7 PROTEÇÃO DE TAXA MÉDIA DE TROCA DE FREQUÊNCIA


Devido à dinâmica complexa dos sistemas de energia elétrica, as variações de frequência em momentos de
desequilíbrio entre geração e consumo são altamente não-lineares. Oscilações de frequência ocorrerão quando o
sistema tentar compensar esse desequilíbrio, tipicamente na faixa de 0,1 Hz a 1 Hz, além da alteração básica na
frequência.
Os elementos independente e supervisionado por frequência que monitoram a taxa de mudança de frequência,
usam uma medição instantânea da taxa de mudança de frequência, com base em uma técnica de média móvel,
filtrada de 3 ciclos. Devido à natureza oscilatória das excursões de frequência, este valor instantâneo poderá ser
enganador, provocando uma operação inesperada ou instabilidade excessiva. Por esta razão, o dispositivo
também possui um elemento que monitora a tendência de longo prazo, reduzindo os efeitos da não-linearidade
do sistema.
A proteção de taxa média de mudança de frequência também é conhecida como proteção f+Df/Dt (note o "D"
maiúsculo).

7.1 IMPLANTAÇÃO DA PROTEÇÃO R.O.C.O.F. MÉDIA


Este dispositivo oferece nove estágios independentes de taxa média de mudança de proteção de frequência.
Cada estágio responde tanto a condições de queda como de elevação de frequência. Isto depende do limiar de
frequência ter sido ajustado acima ou abaixo da frequência nominal do sistema. Por exemplo, se o limiar de
frequência for configurado acima da frequência nominal, o ajuste de taxa de mudança de frequência é
considerado positivo e o elemento será acionado em condições de elevação de frequência. Se o limiar de
frequência for estabelecido abaixo da frequência nominal, o ajuste é considerado negativo e o elemento será
acionado em condições de queda de frequência.
Quando a frequência medida cruza o limiar de frequência de supervisão, é acionado um temporizador. Ao final
deste intervalo de tempo, a diferença de frequência é avaliada e, caso ultrapasse o valor d ajuste, é ativada uma
saída de desarme.

Frequência de supervisão

Inclinação verdadeira para o tempo t

E00856

Figura 118: Característica de taxa média de mudança de frequência

254 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

Após um intervalo ∆t, a operação posterior do elemento é bloqueada até que a frequência volte a um valor acima
do limiar de frequência de supervisão. Caso o elemento tenha sido acionado, o sinal de desarme DDB ficará ON
(ATIVO) até que a frequência volte a um valor acima do limiar da frequência de supervisão.
A taxa média de mudança de frequência é então medida com base na diferença de frequência, ∆f, ao longo do
intervalo de tempo de ajuste, ∆t.
As configurações a seguir são importantes para a proteção Df/Dt:
● Estado f+Df/Dt (n) : determina se o estágio está configurado para condição de queda ou elevação da
frequência.
● Freq. f+Df/Dt (n) : define a configuração de coleta de frequência.
● DFreq. f+Df/Dt (n) : define a mudança de frequência que deve ser medida em um intervalo de tempo
configurado.
● Dtemp. f+Df/Dt (n) : define o intervalo de tempo ao longo do qual a frequência é monitorada.

7.2 LÓGICA R.O.C.O.F MÉDIA

Frequency Frequency
V determination Averaging
Nív.1 df/ dt+tPar

Frequency
& 1 comparision
Nív.1 df/dt+tDis

Méd .Freq.Ciclos
-1

Freq. f+Df/Dt 1 X &


Dtemp.f+Df/Dt 1 Dtemp.f+Df/ Dt 1
Nível 1
Ativo

Estado f +Df/Dt 1 1
Positivo
Ambos
1
Negativo
Desativado

Estado V <B
Ativo
1 1
Min Tens . Bloq.

Nível 1 Bloq .

ADV Freq. Inibir

Freq. n/Encontr. 1

Frequência Alta

Frequência Baixa

V00859 Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 119: Lógica de taxa de mudança de frequência média (estágio único)

P14D-TM-PT-7 255
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

7.3 NOTA DE USO

7.3.1 ORIENTAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO


O elemento da taxa de mudança de frequência média pode ser ajustado para medir a taxa de mudança durante
um intervalo tão curto quanto 20 ms (1 ciclo @ 50 Hz) ou relativamente longo até 2 s (100 ciclos @ 50 Hz). Com
uma configuração de tempo, Dt, próxima à extremidade inferior desta faixa, o elemento se torna similar à função
de taxa de mudança supervisionada em frequência, "f+df/dt". Com valores de Dt elevados, o elemento atua como
um monitor de tendência de frequência.
Embora o elemento possua uma faixa ampla de possibilidades de configuração, recomenda-se que o valor de Dt
seja superior a 100 ms, para assegurar a precisão do elemento.
Um esquema de remoção de carga de quatro estágios possível, usando o elemento de taxa de mudança de
frequência média, é mostrado na tabela abaixo:
Frequência Elementos "f+Df/Dt [81RAV]" da taxa de mudança de frequência
Elementos "f+t [81U/81O]" média
Configuração de (f+t) t Configuração de Configuração de dif. de
Intervalo de tempo (f
Estágio frequência (f+t) f Configuração de frequência (f+Df/Dt) frequência (f+Df/Dt) Df,
+Df/Dt) Dt, (s)
(Hz) tempo (s) f, (Hz) (Hz)
1 49 20 49 0,5 0,5
2 48,6 20 48,6 0,5 0,5
3 48,2 10 48,2 0,5 0,5
4 47,8 10 47,8 0,5 0,5

No esquema acima, as decisões mais rápidas sobre remoção de carga são tomadas monitorando a mudança de
frequência em um intervalo de 500 ms. Portanto, o desarme acontece mais lentamente do que nos esquemas
onde se emprega df/dt supervisionada por frequência, mas a diferença não é muito grande nesta configuração
Caso o atraso afete a estabilidade do sistema, o esquema pode ser melhorado aumentando-se a configuração "f"
independente. Dependendo de quanto este valor é aumentado, a frequência na qual o elemento "f+Df/Dt" irá
desarmar também aumenta, reduzindo o atraso de tempo sob flutuações de frequência mais severas. Por
exemplo, com as configurações mostradas abaixo, o primeiro estágio de remoção de carga deve disparar
aproximadamente 300 ms após 49.0 Hz serem atingidos e a uma frequência de aproximadamente 48,7 Hz.
Frequência Taxa de mudança de frequência média
Elementos "f+t [81U/81O]" Elementos "f+Df/Dt [81RAV]"
Configuração de (f+t) t Configuração de Configuração de dif. de
Intervalo de tempo
Estágio frequência (f+t) f Configuração de frequência (f+Df/Dt) frequência (f+Df/Dt) Df,
(f+Df/Dt) Dt, (s)
(Hz) tempo (s) f, (Hz) (Hz)
1 49 20 49,2 0,5 0,5 s
2 48,6 20 48,8 0,5 0,5 s
3 48,2 10 48,4 0,5 0,5 s
4 47,8 10 48,0 0,5 0,5 s

256 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

8 REDUÇÃO E RESTAURAÇÃO DE CARGA


O objetivo da redução de carga é estabilizar uma frequência de sistema em queda. À medida que o sistema se
estabiliza e a capacidade de geração aumenta, a frequência do sistema irá retornar a níveis próximos do normal,
e após um certo tempo, pode-se considerar realizar a restauração de carga no sistema em bom estado. Contudo,
a restauração de carga precisa ser realizada com cuidado e de forma sistemática de modo a não por em risco
novamente a estabilidade do sistema.
No caso de plantas industriais com geração cativa, a restauração de carga deve corresponder à capacidade de
geração disponível, pois a conexão de carga adicional a uma fonte com capacidade inadequada provocará
apenas queda na frequência e redução adicional de carga. Caso a geração na planta seja insuficiente para
atender os requisitos de demanda, a restauração de carga deve ser sincronizada com a recuperação da geração
de energia da rede elétrica.
Embora a redução de carga leve a uma melhora na frequência do sistema, as cargas desconectadas precisam ser
reconectadas quando o sistema estiver novamente estável. As cargas só devem ser restauradas se a frequência
permanecer estável por algum tempo (excursões de frequência menores podem ser ignoradas durante este
período de tempo). O número de passos para a restauração de carga é normalmente menor do que o número de
passos para reduzir os distúrbios repetitivos que ocorrem enquanto se restaura a carga.

8.1 IMPLANTAÇÃO DA RESTAURAÇÃO DE CARGA


O dispositivo usa a medição da frequência do sistema como principal critério de restauração de carga. Para cada
estágio de restauração de carga é necessário que o mesmo estágio de restauração tenha ocorrido anteriormente
e que nenhum elemento desse estágio esteja configurado para sobrefrequência ou condições de elevação de
frequência. Caso a remoção de carga não tenha ocorrido antes, a restauração de carga para o respectivo estágio
fica inativa.
O dispositivo oferece nove estágios independentes de restauração de carga. É implantado na coluna
PROT.FREQUÊNCIA do grupo de configurações relevante. As configurações a seguir são relevantes para
restauração de carga:
● Estado Restauro n: determina se o estágio está desabilitado ou habilitado.
● Freq.Restauro n: define a configuração de coleta de frequência.
● Temp.Restauro n: Intervalo de tempo para o qual a frequência medida deve ser superior à restauração do
estágio.
● Temp.Retenção: Define o valor do temporizador

8.2 FAIXA DE RETENÇÃO


A restauração de carga de um determinado estágio começa quando a frequência do sistema se eleva acima da
configuração de Freq.Restauro n do respectivo estágio e o temporizador de restauração do estágio
Temp.Restauro n é acionado. Se a frequência do sistema permanecer acima do valor de frequência associado ao
mesmo atraso de tempo, a restauração de carga do respectivo estágio será iniciada.
Infelizmente, os perfis de recuperação de frequência são altamente não lineares e seria razoavelmente comum
que a frequência do sistema caísse de forma transitória abaixo do limiar da frequência de restauração. Se o
temporizador de restauração fosse reiniciado imediatamente, sempre que ocorresse uma queda de frequência, é
provável que a restauração de carga nunca acontecesse de forma bem sucedida. Por esta razão, a proteção
possui uma "faixa de retenção". Esta faixa é uma região definida pela frequência de restauração e pela
configuração de frequência mais elevada utilizada nos elementos de remoção de carga do respectivo estágio. A
diferença entre essas duas configurações deve ser sempre superior a 0,02 Hz, pois de outro modo, será gerado
um alarme de Wrong Setting. Sempre que a frequência do sistema mergulha da faixa de retenção, a operação do
temporizador de restauração do estágio é suspensa até que a frequência se eleve acima da configuração de
frequência de restauração, ponto no qual a temporização irá ocorrer. Se a queda de frequência do sistema for
suficientemente grande para provocar o disparo ou desarme de qualquer elemento de frequência neste estágio,

P14D-TM-PT-7 257
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

por ex. se a frequência cair abaixo do limite inferior da faixa de retenção, o temporizador de restauração será
reiniciado imediatamente. Isto é demonstrado abaixo.

Sistema Freq.

Restauração
Frequência
Faixa de Retenção
Redução de carga
Frequência

Operação do relé
Disparo
Subfrequência
Elemento Desligado

Concluído
Retenção
Temporizador Desligado
Tempo menor que o
Parâmetro do
Concluído Temporizador de
Retenção
Restauração
Temporizador Desligado

Ligado
NivX Restaur Est
Desligado

Ligado
NivX Restaur Hab
Desligado
Tempo de
Queda Parcial da Frequência do Continua a Recuperação da
Levantamento do Elemento Redução de Carga por Restauração
Disparo de Subfrequência Sistema Temporizador de Frequência do Sistema
de Subfrequência Concluído
do Estágio X Recuperação Suspenso Temporizador de Restauração de
Inicia a Recuperação da Recuperação Retoma Carga do Nível X
Frequência do Sistema Inicia o
Tempo de Restauração

Hora
V00854

Figura 120: Restauração de carga com desvio curto na faixa de retenção.


Se a frequência do sistema permanecer na faixa de retenção por muito tempo, é provável que estejam ocorrendo
outros problemas de frequência no sistema, e é prudente efetuar o reset do temporizador de restauração desse
estágio. Por esta razão, tão logo se obtenha uma medição da frequência do sistema dentro da faixa de retenção,
inicializa-se o "Temporizador de retenção". Caso a frequência do sistema não saia da faixa de retenção antes que
a configuração do temporizador de retenção tenha sido excedida, o atraso de tempo de restauração de carga
desse estágio será imediatamente reiniciado.

Nota:
O temporizador de retenção possui uma configuração comum para todos os estágios de restauração de carga.

Abaixo é mostrado um exemplo do caso em que a permanência na faixa de retenção é excessiva.

258 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

Sistema Freq.

Restauração
Frequência
Faixa de Retenção
Redução de carga
Frequência

Operação do relé
Subfrequência Disparo
Elemento Desligado
Retenção Concluído
Temporizador
Desligado Tempo maior que o
Parâmetro do
Restauração Temporizador de
Temporizador Concluído Retenção

Desligado

NivX Restaur Est Ligado


Temporiza
Desligado dor de
Retenção
NivX Restaur Hab Ligado
Desligado
Levantamento do Redução de Carga Queda Parcial da Continua a
por Disparo de Frequência do Sistema Recuperação da Tempo de
Elemento de Restauração
Subfrequência Subfrequência do Temporizador de Frequência do Sistema
Estágio X Inicia a Recuperação da Recuperação Concluído
Temporizador de Restauração de
Frequência do Sistema Suspenso Recuperação Retoma
Inicia o Tempo de Carga do Nível X
Restauração

V00855 Hora

Figura 121: Restauração de carga com grande desvio dentro da faixa de retenção

P14D-TM-PT-7 259
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

8.3 LÓGICA DE RESTAURAÇÃO DE CARGA


Nív.1 f+t Disp.

Nív.1 df/dt +tDis


1
Load Restoration Cumulative
Dsp.f+df/dt Nív1 & Function Timer
Nível1 Rest.Part

Dsp.f+Df/Dt Nív1
& Nív1 Rest.Fecho
Estado Restauro1
Temp .Restauro 1
Ativo
Desativado

Estado V <B
Ativo
1 1
Min Tens . Bloq.

Nível 1 Bloq .

ADV Freq. Inibir

Freq. n/Encontr. 1
Frequência Alta

Frequência Baixa

Frequency Frequency
V determination Averaging

Méd .Freq.Ciclos
Holding function
Freq.Restauro 1

Highest Freq setting

Temp.Retencão 1

V00860 Nota : Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 122: Lógica de restauração de carga

8.4 NOTA DE USO

8.4.1 ORIENTAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO


Abaixo é mostrado um esquema de restauração de quatro estágios e frequência única. A configuração de
frequência foi escolhida de modo que haja uma separação suficiente entre a maior frequência de remoção de
carga e a frequência de restauração, para evitar possíveis oscilações. Uma configuração de frequência mais
próxima da frequência nominal poderá ser escolhida, caso seja inaceitável uma frequência de operação de 49,3
Hz.
Configuração de frequência de
Estágio Atraso de tempo de restauração (s) Atraso de tempo de retenção (s)
restauração (Hz)
1 49,3 Hz 240 s 20 s
2 49,3 Hz 180 s 20 s
3 49,3 Hz 120 s 20 s
4 49,3 Hz 60 s 20 s

260 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência

Neste esquema, os atrasos de tempo garantem que as cargas mais críticas são reconectadas (considerando que
os estágios mais elevados estão associados a cargas mais importantes). Ao se restaurar a carga de modo
sequencial, a estabilidade do sistema normalmente é mantida. Estas configurações de tempo dependem do
sistema; valores mais altos ou mais baixos poderão ser necessários, dependendo da aplicação específica.
É possível estabelecer esquemas de restauração envolvendo frequências múltiplas. Isto permite a restauração
mais rápida das cargas, mas existe a possibilidade de operação contínua do sistema em frequências bem
distantes da frequência nominal. Um esquema típica usando duas frequências é ilustrado a seguir:
Freq. Restauração Configuração de Atraso de restauração Atraso de tempo
Estágio Atraso do tempo de retenção (s)
frequência de restauração (Hz) de restauração (s)
1 49,5 Hz 120 s 20 s
2 49,5 Hz 60 s 20 s
3 49,0 Hz 120 s 20 s
4 49,0 Hz 60 s 20 s

Este esquema também permite o uso de configurações de tempos escalonados, porém a separação de tempo
entre os estágios de restauração será função do padrão de recuperação de frequência. Restauração coordenada
no tempo só pode ser garantida para aqueles estágios com uma configuração comum de frequência de
restauração.

P14D-TM-PT-7 261
Capítulo 11 - Funções de proteção de frequência P14D

262 P14D-TM-PT-7
FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE POTÊNCIA

CAPÍTULO 12
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

264 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


A proteção de potência é usada na proteção de geradores. O produto descrito fornece proteção de potência
básica para pequenos geradores distribuídos, tipicamente menores que 2 MW.

Este capítulo contém as seguintes seções:


Visão Geral do Capítulo 265
Proteção de sobrepotência 266
Proteção de subpotência 270
Proteção de Potência Sensível 273
Proteção de falha de terra direcional wattimétrica 277

P14D-TM-PT-7 265
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

2 PROTEÇÃO DE SOBREPOTÊNCIA
Com Sobrecarga de Potência devemos considerar duas condições distintas: Sobrecarga de Potência Direta e
Inversa.
A condição de sobrecarga de potência direta ocorre quando a carga do sistema se torna excessiva. Um gerador é
projetado para fornecer uma potência específica e se tentar fornecer ao sistema uma potência maior que a sua
capacidade nominal pode ficar danificado. Por isso, a proteção contra sobrecarga de potência na direção direta
pode ser usada como uma indicação de carga excessiva. Também pode ser usada como proteção de reserva no
caso de falha dos equipamentos de regulação e controlo. Geralmente o elemento de proteção de sobrecarga de
potência é especificado acima da potência nominal máxima da máquina.
A condição de sobrecarga de potência inversa ocorre se a unidade motriz do gerador falhar. Quando isto
acontece o sistema de potência fornece energia para o gerador, fazendo com que ele atue como motor. Esta
inversão do fluxo de energia devido à perda da unidade motriz pode causar danos, é importante ser capaz de ser
detectada com um elemento de proteção de sobrecarga de potência inversa.

2.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE SOBRECARGA DE POTÊNCIA


A Proteção de Sobrecarga de Potência está implementada na coluna PROT POTÊNCIA do grupo de parâmetros
relevante, abaixo do subtítulo SOBREPOTÊNIA.
O elemento de Proteção de Sobrecarga de Potência proporciona 2 estágios de proteção direcional tanto para a
potência ativa como para a reativa. O elemento direcional pode ser configurado como direto ou inverso e pode
ativar disparo monofásico ou trifásico.
Os elementos usam como valores elétricos as medidas de potência monofásica e trifásica. Ocorre uma condição
de Início da proteção quando duas medidas consecutivas excedem o limiar do parâmetro. Ocorre uma condição
de disparo da proteção se a condição de Início permanecer presente durante o tempo de atraso definido. Isto
pode ser inibido pela lógica de TTS bloqueio lento e de polo morto se desejado.
Os temporizadores de Início e Disparo reiniciam se a potência cair abaixo do nível de rejeição ou se ocorrer uma
condição de inibição. O mecanismo de reinício é semelhante à função de sobrecorrente para uma condição de
defeito intermitente, onde a percentagem de tempo decorrido do temporizador de operação é memorizada para
um atraso do tipo set e reset. Se a condição de Início da proteção retorna antes que o temporizador de reset
tenha esgotado, o tempo de operação reinicia a partir do valor memorizado. Ao contrário, o valor memorizado vai
para zero após o tempo de reset se ter esgotado.

266 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

2.2 LÓGICA DA SOBRECARGA DE POTÊNCIA


Potência>1 Arr.

P(A, B, or C) DT
Pot >1 1 Fase Watt & 1 & Potência >1 Disp.

Pot >1 1Fase Var


Pot>1 Temp.Atras
Pot >1 Modo
Ativo -1 X &
Reativa Pot >1 Part3Fases

P(3 phase )
DT
Pot>1 3 FasesWatt & 1 & Pot>1 Disp.3Fase

Pot >1 3 Fases Var

Pot >1 Modo Pot>1 Temp.Atras

Ativo -1 X &
Reativa

Pot>1 Direção
Frente
Reversa

Pot >1 Estado


Ativo

TPS Bloq .Lento

V00900

Figura 123: Lógica da Sobrecarga de Potência

2.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

2.3.1 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO DE SOBRECARGA DE POTÊNCIA DIRETA


Os limiares dos parâmetros relevantes de potência devem ser definidos com valores mais altos do que a potência
nominal em plena carga da máquina.
O modo de operação deve ser definido como Direto.
Deve ser aplicado um parâmetro de tempo de atraso (Pot>(n) Temp.Atras). Este parâmetro é dependente da
aplicação, mas tipicamente tem o valor de 5 segundos. O atraso no temporizador de reset (Pot>(n) tREPOSIÇÃO)
normalmente é definido como zero.

2.3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE POTÊNCIA INVERSA


Espera-se que um gerador forneça potência ao sistema conectado em operação normal. Se a unidade motriz do
gerador falha, este começa a atuar como motor (se o sistema de potência ao qual está conectado possuir outras
fontes de geração). As consequências do gerador atuar como motor e o nível de potência drenada do sistema de
potência dependerão do tipo de unidade motriz do gerador.
Na tabela seguinte são dados os níveis típicos de potência drenada e os possíveis danos pela condição motora
que podem ocorrer para vários tipos de instalação de geração.

P14D-TM-PT-7 267
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

Unidade motriz Potência na condição motora Danos possíveis (classificação percentual)


Risco de incêndio ou explosão do combustível não
Motor Diesel 5% - 25%
queimado
O nível da condição motora depende da taxa de compressão e da rigidez da camisa do cilindro. É necessária uma
desconexão rápida para limitar a perda de potência e o risco de danos.
Com alguns conjuntos acionados por engrenagem
10% - 15% (Veio-Separado)
Turbina a Gás pode haver dano devido ao torque inverso nos
>50% (Veio-Único)
dentes da engrenagem.
A carga do compressor em máquinas de veio único leva a energia motora elevada em comparação com máquinas de veio
separado. É necessária uma rápida desconexão para limitar a perda de potência ou danos.
0,2 - >2% (Palhetas fora d'água) Pode ocorrer dano às palhetas e rotor devido a um
Turbinas Hidráulicas
>2,0% (Palhetas na água) longo período de condição motora
A potência é baixa quando as palhetas estão acima do nível da água no canal de fuga. Dispositivos de detecção de fluxo
hidráulico são normalmente os principais meios de detectar perda de propulsão. A desconexão automática é recomendada
em operação autónoma.
Pode ser infligido dano por stress térmico em
0,5% - 3% (Com condensador) palhetas de turbinas de baixa pressão quando o
Turbinas a Vapor
3% - 6% (Sem condensador) fluxo de vapor não está disponível para dissipar as
perdas devidas à resistência do ar.
Pode ocorrer dano rapidamente em turbinas sem condensador ou quando há perda de vácuo em turbinas com
condensador. A proteção de sobrecarga inversa pode ser usada como um método secundário de detecção e só deve ser
usado para gerar um alarme.

Em algumas aplicações, o nível de potência inversa no caso de falha da unidade motriz pode flutuar. É o caso para
um motor diesel em falha. Para evitar iniciação cíclica e reset do temporizador de disparo principal, foi
estabelecido um tempo de atraso de reset ajustável. Será necessário definir este atraso maior que o período para
o qual a potência inversa poderia cair abaixo do valor configurado. Este parâmetro deve ser levado em
consideração ao definir o atraso no disparo principal.

Nota:
Um atraso maior que metade do período de oscilação da potência de qualquer sistema poderia resultar na operação da
proteção de sobrecarga inversa durante as oscilações.

2.3.3 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO DE SOBRECARGA DE POTÊNCIA INVERSA


Cada estágio de proteção de sobrecarga de potência pode ser programado para operar como um estágio de
sobrecarga de potência inversa selecionando a célula Pot>(n) Direção para Inversa.
Os limiares dos parâmetros de potência relevantes devem ser estabelecidos em menos de 50% da potência na
condição motora.
O modo de operação deve ser definido como Inverso.
A função de proteção de sobrecarga de potência inversa deve ser atrasada no tempo para evitar que sejam
dados falsos disparos ou alarmes durante as perturbações do sistema de potência ou na sincronização que se
segue.
Um parâmetro de atraso de aproximadamente 5 s seria o normalmente aplicado.
O atraso no temporizador de reset, Pot>1 tREPOSIÇÃO ou Pot>2 tREPOSIÇÃO seria normalmente zero.
Quando são usados valores maiores que zero para o atraso do reset, o valor do atraso de pick-up pode ter que ser
aumentado para assegurar que falsos disparos não resultem num evento de oscilação estável da potência.
A proteção de sobrecarga de potência inversa também pode ser usada para aplicações de falta de energia. Se o
gerador distribuído estiver conectado na rede, mas não for permitido exportar potência para a rede, é possível
usar a detecção de potência inversa para desligar o gerador. Neste caso, o valor do limiar deve ser definido num

268 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

valor sensível, tipicamente menos de 2% da potência nominal. Também deve ser atrasado no tempo para evitar
que sejam dados falsos disparos ou alarmes durante as perturbações do sistema de potência ou na sincronização
que se segue. Um atraso típico é de 5 segundos.

P14D-TM-PT-7 269
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

3 PROTEÇÃO DE SUBPOTÊNCIA
Embora a proteção de Potência Insuficiente seja direcional e possa ser configurada como direta ou inversa, a
aplicação mais comum é em proteção de Potência Direta Baixa.
Quando uma máquina está a produzir e o disjuntor que conecta o gerador ao sistema é disparado, a carga
elétrica do gerador é desligada. Isto poderá levar o gerador a exceder a velocidade se a potência mecânica de
entrada não for reduzida rapidamente. Grandes turboalternadores, com rotores de baixa inércia não possuem
uma tolerância alta para sobrevelocidade. O vapor contido numa turbina, após uma válvula que acabou de
fechar, pode levar rapidamente à sobrevelocidade. Para reduzir o risco de dano por sobrevelocidade pode ser
desejável intertravar o disparo do disjuntor com a entrada mecânica através de um teste de potência direta baixa.
Isto assegura que o disjuntor do gerador abre apenas após a entrada mecânica da unidade motriz ter sido
removida e a potência de saída ter sido reduzida o suficiente para que a sobrevelocidade seja improvável. Este
atraso no disparo do disjuntor pode ser aceitável para disparos de proteção não urgentes (p. ex. proteção de
defeito à terra do estator para um gerador aterrado por alta impedância). No entanto, para disparos urgentes (p.
ex. proteção diferencial de corrente do estator), este intertravamento de Potência Direta Baixa não deve ser
usado.

3.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE POTÊNCIA INSUFICIENTE


A Proteção de Potência Insuficiente está implementada na coluna PROT POTÊNCIA do grupo de parâmetros
relevante, abaixo do subtítulo SUBPOTÊNCIA.
O elemento de Proteção de Potência Insuficiente proporciona 2 estágios de proteção direcional tanto para a
potência ativa como para a reativa. O elemento direcional pode ser configurado como direto ou inverso e pode
ativar disparos monofásicos ou trifásicos.
Os elementos usam como valores elétricos as medidas de potência monofásica e trifásica. Ocorre uma condição
de arranque da proteção quando duas medidas consecutivas caem abaixo do limiar do parâmetro. Ocorre uma
condição de disparo da proteção se a condição de início permanecer presente durante o tempo de disparo
definido. Isso pode ser inibido pela lógica de TTS bloqueio lento e de polo morto se desejado.
Os temporizadores de Arranque e Disparo reiniciam se a potência exceder o nível de rejeição ou se ocorrer uma
condição de inibição. O mecanismo de reinício é semelhante à função de sobrecorrente para uma condição de
falha intermitente, onde a percentagem de tempo decorrido do temporizador de operação é memorizado para
um atraso do tipo set e reset. Se a condição de Arranque da proteção retorna antes que o temporizador de reset
tenha esgotado, o tempo de operação reinicia a partir do valor memorizado. Pelo contrário, o valor memorizado
vai para zero após o tempo de reset ter se esgotado.

270 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

3.2 LÓGICA DE POTÊNCIA INSUFICIENTE


A Phase Watts Pot <1 PartA
A Phase VA
Pot <1 1 Fase Watt & DT
1 & Pot<1 Disp.A
Pot <1 1 Fase Var

Pot <1 Modo Pot>1 Temp. Atras

Ativo -1 X &
Reativa
Pot <1 Part3Fases

3 Phase Watts
3 Phase VA
Pot<1 3 FasesWatt & DT
1 & Pot<1 Disp.3Fase
Pot <1 3 Fases Var

Pot <1 Modo Pot>1 Temp. Atras

Ativo -1 X &
Reativa

Pot<1 Direção
Frente
Reversa

Pot <1 Estado


Ativo

Todos Polos Mort


&
V<1 Inh Pol .Mort 1
Ativo

TPS Bloq .Lento V00901

Figura 124: Lógica de Potência Insuficiente

3.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

3.3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE POTÊNCIA DIRETA BAIXA


A proteção de Potência Direta Baixa pode ser combinada para intertravar disparos de proteção não urgentes
usando o esquema lógico programável. Também pode ser combinada para prover um contato para
intertravamento externo de disparo manual. Para evitar alarmes e sinalizadores indesejados, um elemento de
proteção de Potência Direta Baixa pode ser desactivado quando o disjuntor é aberto pela lógica de 'Polo Morto'.
A proteção de Potência Direta Baixa também pode ser usada para proporcionar proteção de perda de carga
quando uma máquina está em condição motora. Pode ser usada, por exemplo, para proteger uma máquina que
esteja a bombear de se tornar inoperante, ou parar um motor no caso de uma falha na transmissão mecânica.
Uma aplicação típica seria para geradores de bombagem de reservatórios operando na condição motora, quando
existe a necessidade de evitar que a máquina se torne inoperante, o que pode causar danos às palhetas e ao
rotor. Durante a condição motora é típico para o IED alternar para outro grupo de parâmetros com a potência
direta baixa activa e corretamente definida, com o modo de operação da proteção definido como 'Inverso'.
Um elemento de potência direta baixa também pode ser usado para detectar uma condição de falha na rede ou
falha na malha para aplicações onde um gerador distribuído não pode exportar energia para o sistema.

3.3.2 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO DE POTÊNCIA DIRETA BAIXA


Cada estágio de proteção de sobrecarga de potência pode ser programado para operar como um estágio de
sobrecarga de potência inversa selecionando a célula Pot<(n) Direção para Direta.

P14D-TM-PT-7 271
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

Quando necessário para interbloqueio de aplicações não urgentes de disparo de proteção, o valor do limiar da
função de proteção de potência direta baixa deve ser menor do que 50% do nível de potência que poderia
resultar numa condição perigosa de sobrevelocidade com a perda da carga elétrica.
Quando necessária para aplicações de perda de carga, o valor do limiar da função de proteção de potência direta
baixa é dependente do sistema, no entanto, é tipicamente definido como sendo de 10 - 20% abaixo da carga
mínima. O modo de operação deve ser definido como 'Inverso' para esta aplicação.
Para fazer interbloqueamento em aplicações não urgentes o atraso associado à função de proteção de potência
direta baixa deve ser definido como zero. Entretanto, é desejável algum atraso de modo a não ser dada permissão
para um disparo elétrico não urgente no caso de flutuações de potência decorrentes do fecho abrupto da válvula/
regulador de vapor. Um atraso típico é de 2 segundos.
Para aplicações de perda de carga o atraso de pick-up é dependente da aplicação, mas normalmente é definido
como sendo maior que o tempo entre a partida do motor e o estabelecimento da carga. Quando a potência
nominal não pode ser atingida durante o arranque (por exemplo, onde o motor sofre arranque em vazio) e o
tempo de operação requerido da proteção é menor que o tempo para estabelecimento da carga, neste caso será
necessário inibir a proteção de potência durante este período. Isto pode ser feito no PSL usando a lógica AND e
um temporizador pulsado disparado com a partida do motor, para bloquear a proteção de potência durante o
tempo necessário.
Quando necessário para aplicações de falha de rede ou falta de malha onde os geradores distribuídos não podem
exportar energia para o sistema, o valor do limiar da função de proteção de potência inversa deve ser definido
num valor sensível, tipicamente < 2% da potência nominal.
A função de proteção de sobrecarga de potência direta baixa deve ser atrasada no tempo para evitar que sejam
dados falsos disparos ou alarmes durante as perturbações do sistema de potência ou na sincronização que se
segue. Tipicamente aplica-se um atraso de 5 s.
O atraso nos temporizadores de reset são normalmente definidos como zero.
Para evitar alarmes e sinalizadores indesejados, o elemento de proteção pode ser desactivado quando o disjuntor
é aberto via lógica de Polo Morto.

272 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

4 PROTEÇÃO DE POTÊNCIA SENSÍVEL


Em algumas aplicações é necessário ter precisão muito alta quando se aplica proteção de potência. Para estas
aplicações é possível usar TIs de medição e elementos independentes de Potência Sensível.
A Proteção de Potência Sensível é um elemento de potência monofásica usando corrente e tensão da fase A.
Proporciona dois estágios independentes de proteção de Potência Direta Baixa, Potência Inversa e Sobrecarga de
Potência com bloqueio por temporização e polo morto.

Nota:
A Proteção de Potência Sensível só está disponível para modelos equipados com um transformador de SEF.

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE POTÊNCIA SENSÍVEL


A Proteção de Potência Sensível está implementada na coluna PROT POTÊNCIA do grupo de parâmetros relevante,
abaixo do subtítulo POTÊNCIA SENSÍT. É um elemento de potência monofásica usando a corrente e a tensão da
fase A.
Existem dois estágios de proteção de Potência Sensível que podem ser selecionados independentemente como
Potência Direta Baixa, Potência Inversa e Sobrecarga de Potência.

Nota:
Quando a função de potência sensível é usada, o TI de SEF deve ser conectado à corrente da Fase A, tornando a potência
medida como ISEF x VA.

4.2 MEDIÇÕES DE POTÊNCIA SENSÍVEL


Três medições relativas à potência sensível são adicionadas à coluna Medidas, cuja visibilidade irá depender da
configuração de proteção.
● Potência Ativa Sensível da Fase A em Watts (A Fase Sen Watts)
● Potência Reativa Sensível da Fase A em VArs (A Fase Sen VARs)
● Ângulo de Potência Sensível da Fase A (A Fase Ângulo Pot)

P14D-TM-PT-7 273
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

4.3 LÓGICA DE POTÊNCIA SENSÍVEL

Aph Sen Watts Pot.Sen.1 Arr. A

DT
Sens.P>1 Ajuste & 1 Disp.A Sensit.P 1

Aph Sen Watts Sens Pot .1 Temp.

Sens .-P>1 Ajuste &

Aph Sen Watts

Sens.P<1 Ajuste &

Fase A Sens .Pot .


Ativo

Sens.Pot .1 Func.
Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .
Sobre Também não mostra todas as fases . As demais fases seguem princípios similares .
Reversa
Frente Baixo
Desativado

P1 Inh Pol .Morto


Ativo 1

TPS Bloq .Lento

V00902

Figura 125: Diagrama da Lógica de Potência Sensível

4.4 NOTAS DE APLICAÇÃO

4.4.1 CÁLCULOS DE POTÊNCIA SENSÍVEL

Valores de Entrada
A potência sensível é calculada da tensão VA F-N e da corrente I da entrada sensível (conectada à fase A).
O cálculo da potência ativa com o ângulo de correção é:

PA = I ASVA cos( ϕ − θC )

Onde:
● VA = tensão da fase A
● IAS = corrente sensível da fase A
● Φ= o ângulo de IAS em relação a VA
● θC = o ângulo de correção do TI

Os cálculos dentro do dispositivo estão baseados em componentes em quadratura obtidos da análise de Fourier
dos sinais de entrada. Os valores em quadratura para VA e IAS são usados para os cálculos de potência sensível
como mostrado:

274 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

VA = VAr + jVAi

I AS = I ASr + jI ASi

VA
VA = Fase A-N volts
IAS = corrente sensível da fase A
IASC = corrente sensível da fase a compensada
F = ângulo de IAS em relação a VA
hc = ângulo de correção do TC

IASC

hc
F IAS
V00903

Figura 126: Vetores de entrada da Potência Sensível

Correção do TI
A correção do TI gira o vetor IAS pelo ângulo de correção. Esta correção é executada antes do cálculo da potência
e pode ser obtida com o uso de uma matriz de rotação:

cos θC − sin θC 
 sin θ cos θC 
 C

A corrente sensível da fase A corrigida IASC é então:

I   I  cos θC − sin θC   I ASr cos θC − I ASi sin θC 


I ASC =  ASCr  = I AS =  ASr   =
 I ASCi   I ASi   sin θC cos θC   I ASr sin θC + I ASi cos θC 

portanto:

I ASCr = I ASr cos θC − I ASi sin θC

I ASCi = I ASr sin θC + I ASi cos θC

Estes valores serão armazenados e apenas calculados quando o parâmetro do ângulo de compensação for
alterado. Os valores armazenados podem então ser usados para calcular IASC e IASC.

Cálculo da Potência Ativa


O vetor corrigido da corrente sensível da fase A pode agora ser usado para calcular a potência ativa sensível da
Fase A PAS.
Usando a equação
*
PAS = Re VA I ASC

PAS = Re (VAr + jVAi ) ( I ASCr + jI ASCi )

P14D-TM-PT-7 275
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

= Re (VAr + jVAi ) ( I ASCr − jI ASCi ) = Re (VAr I ASCr + VAi I ASCi ) + j (VAi I ASCrr − VAr I ASCi )

= VAr I ASCr + VAi I ASCi

4.4.2 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO DA POTÊNCIA SENSÍVEL


Para proteção de potência direta baixa e inversa, se forem usados parâmetros maiores que 3% de Pn, os erros de
ângulo de fase de transformadores de corrente para medição adequados não irão resultar em qualquer risco de
mau funcionamento. Entretanto, se forem usados parâmetros menores que 3%, recomenda-se que a entrada de
corrente seja alimentada por um transformador de corrente de medição conectado corretamente.
A proteção de potência sensível possui uma precisão mínima de 0,5% de Pn. Usa o TI sensitivo de In para calcular
a potência ativa monofásica. Também fornece compensação de fase para remover erros introduzidos pelos
transformadores de entrada primária.

276 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

5 PROTEÇÃO DE FALHA DE TERRA DIRECIONAL WATTIMÉTRICA

Nota:
A proteção de falha de terra wattimétrica (WDE) só está disponível no P14D modelo H.

Alguns sistemas de distribuição funcionam completamente isolados do terra. Tais sistemas são chamados de
sistemas desaterrados. A vantagem de um sistema desaterrado é que uma falha entre uma única fase e o terra
não provoca o fluxo de uma corrente de falha de terra. Isto significa que todo o sistema permanece operacional e
que a alimentação não é interrompida. O sistema deve ser concebido para suportar sobretensões estacionárias e
transientes elevados, porém, seu uso normalmente é restrito a sistemas de distribuição de baixa a média tensão.
Quando existe uma falha de terra em um sistema trifásico desaterrado, a tensão da fase em falha é reduzida ao
potencial de terra. Isto faz com que a tensão das outras duas fases se eleve, provocando uma corrente de carga
significativa entre as capacitâncias fase-a-terra. Isto poderá provocar arcos voltaicos no local da falha. Muitos
sistemas usam uma bobina de Petersen para compensar isto, eliminando, assim, o problema do arco. Esses
sistemas são chamados de redes compensadas. A rede é aterrada com um reator indutivo, onde sua reatância é
feita nominalmente igual à capacitância total do sistema ao terra. Sob esta condição, uma falha de terra
monofásica não resulta em uma corrente de falha de terra estacionária.
O uso de uma bobina de Petersen introduz grandes dificuldades quando se trata de determinar a direção da falha.
Isto acontece porque a corrente da linha em falha é a soma da corrente induzida, introduzida pela bobina de
Petersen, com a corrente capacitiva da linha, as quais têm fases opostas entre si. Caso sejam iguais em
magnitude, a corrente da linha em falha será zero. Se a corrente indutiva for maior do que a corrente capacitiva, a
direção da corrente da linha em falha parecerá ter a mesma direção daquela da linha em bom funcionamento.
Técnicas de direcionamento padrão, usadas por dispositivos de proteção de alimentação convencionais, não são
adequadas neste cenário e, portanto, precisamos de um método diferente para determinar a direção da falha.
Dois métodos comumente usados são o método da Primeira Meia Onda e o método de Potência Ativa Residual.

Método da Primeira Meia Onda


A onda transiente inicial, gerada no ponto de falha viaja em direção ao barramento, ao longo da linha em falha,
até atingir a linha em bom estado. Nas falhas diretas, os componentes de corrente e tensão de falha de alta
frequência estão em direções opostas, durante a primeira meia onda, enquanto nas falhas inversas, estão em
fase. Este fato pode ser usado para determinar a direção da falha. Este método, entretanto, está sujeito às
seguintes desvantagens:
● A duração de tempo da característica é muito curta, não sendo maior do que 3 ms, na maioria dos casos.
Por causa disto, é necessária uma frequência de amostragem muito alta (3000 Hz ou mais).
● É necessário um filtro analógico passa-altas, o que requer hardware especial.
● O método é afetado pelo ângulo de início da falha. Por exemplo, quando o ângulo de início da falha é de 0°,
não existem ondas iniciais.

Método de Potência Ativa Residual


O método de Potência Ativa Residual, algumas vezes usado para detectar uma amostra de falha, também pode,
em alguns casos, ser usado para detectar a direção da falha. Embora as correntes capacitivas possam ser
compensadas pela corrente indutiva gerada por uma bobina de Petersen, a corrente ativa (instantânea) nunca
poderá ser compensada e isto ainda é o oposto de uma linha em bom funcionamento. Este fato também pode ser
usado para detectar a direção da falha.
Para uma falha direcional direta, a potência ativa de sequência zero é a perda de potência na bobina de Petersen,
que é negativa. Para uma falha inversa, a potência ativa de sequência zero é a perda de potência na linha de
transmissão, que é positiva. Este método, entretanto, está sujeito às seguintes desvantagens:

P14D-TM-PT-7 277
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

● A potência ativa de sequência zero será muito pequena em magnitude, no caso de uma falha direcional
inversa. Seu valor dependerá da perda de potência na linha de transmissão.
● A potência ativa de sequência zero poderá ser demasiado pequena em magnitude para ser detectada em
uma falha direcional direta. Seu valor dependerá da perda de potência na bobina de Petersen.
● São necessários TCs de alta resolução.
Devido à baixa magnitude dos valores medidos, a confiabilidade fica comprometida.
Este produto não usa as técnicas acima para estabelecimento de direção. Este produto usa uma técnica
inovadora patenteada que determina a direção de falha de terra em redes compensadas. Este método envolve o
uso da Potência Ativa Residual (RAP) juntamente com a Potência Reativa Transiente (TRP).

5.1 IMPLEMENTAÇÃO WDE


O modelo P14D oferece dois estágios de Proteção de Falha de Terra Wattimétrica (WDE). Cada estágio pode ser
ativado ou desativado com as configurações WDE>1 Função e WDE>2 Função.
O estágio 1 usa sempre a entrada de neutro do TC, mas o estágio 2 pode usar a entrada de neutro do TC ou uma
das entradas de fase do TC. Você pode selecionar qual entrada de TC será usada com a configuração WDE>2 Res
Corr.

5.2 LÓGICA WDE

278 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência

VN
RAP
IN DPA_POS
WDE>1 Ativ Pot

DPA_NEG
Invert

VN
TRP
IN Qtran_POS

WDE>1 Ativ Pot *K


Qtran_NEG
Invert

Forward
DPA_NEG_ RegPerm Direction WDE>1 Part Frent
Negative DPN
DPA_NEG Power Determination
Detection
Qtran_NEG

WDE>1 Temp Espe


Trip
WDE>1 Frt. Temp WDE>1 Disp.
Delay
WDE Inib Atrs.
IIM
Qtran_POS Positive
Power
DPA_POS Detection DPP
Inhibition
WDE>1 Inib Temp

Reverse
Direction WDE>1 Rev Start
Determination
WDE Reset

WDE Inibit.
WDE Função

V00904

Figura 127: Diagrama lógico de proteção de falha de terra wattimétrico


A potência ativa residual (RAP) é calculada e comparada com o valor configurado de limiar de potência ativa, para
gerar o sinal interno DPA_POS (potência ativa residual positiva). Ele é comparado com o inverso do limiar de
potência ativa para gerar o sinal interno DPA_NEG (potência ativa residual negativa).
Devido ao fato da impedância indutiva da bobina Peterson ser muito grande em altas frequências, os
componentes de alta frequência associados aos transientes de falha não podem ser filtrados. Portanto, podemos
direcionar a falha de terra selecionando corretamente os componentes de corrente e tensão de alta frequência.
Fazemos isso passando os sinais de tensão e corrente residual através de filtros passa-faixa. A potência reativa
transiente resultante (TRP) é calculada e comparada com um valor proporcional ao limiar de potência ativa
(K*WDE>(n) Ativ Pot), para gerar o sinal interno Qtran_POS (potência reativa transiente positiva). Ele é comparado
com o inverso deste valor para produzir o sinal interno Qtran_NEG (potência reativa transiente negativa).

P14D-TM-PT-7 279
Capítulo 12 - Funções de Proteção de Potência P14D

Os sinais acima são, então, introduzidos na lógica WDE (mostrada acima) para produzir sinais de partida direto e
reverso, e um sinal de desarme.
As configurações também estão disponíveis para três temporizadores diferentes:
WDE>1 Temp Espe, WDE>2 Temp Espe: Configurações do temporizador de retenção, estágio 1 e estágio 2.
WDE>1 Frt. Temp, WDE>2 Frt Temp: Configurações do atraso de tempo direto, estágio 1 e estágio 2.
WDE>1 Inib Temp, WDE>2 Inib Temp: Configurações do tempo de inibição, estágio 1 e estágio 2.

280 P14D-TM-PT-7
RELIGAÇÃO AUTO.

CAPÍTULO 13
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

282 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Alguns modelos deste produto fornecem uma função sofisticada de Religação Automática (Relig). O objetivo deste
capítulo é descrever a operação desta função incluindo os princípios, diagramas lógicos e aplicações.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão Geral do Capítulo 283
Introdução à Religação Automática trifásica 284
Implementação 285
Entradas da Função Religação Automática 286
Saídas da Função Religação Automática 289
Alarmes da Função de Religação Automática 292
Operação da Religação Automática 293
Diretrizes para Configuração 311

P14D-TM-PT-7 283
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

2 INTRODUÇÃO À RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA TRIFÁSICA


Sabe-se que aproximadamente 80 - 90% das falhas são de natureza transiente. Isto significa que a maioria dos
defeitos são de duração curta e resolvem-se automaticamente. Um exemplo comum de um defeito transiente é a
formação de arco num isolador, que pode ser causada por raios, atrito entre condutores ou detritos trazidos pelo
vento.
Uma defeito transiente, como o arco num isolador, é um defeito resolvido automaticamente e sem danos. O arco
fará um ou mais disjuntores atuarem, mas isso também pode ter o efeito de resolver o defeito. Se o defeito se
resolve automaticamente, não reaparece quando a linha é reenergizada.
Os restantes 10 - 20% dos defeitos são semipermanentes ou permanentes. Um pequeno galho de árvore caindo
sobre a linha pode causar um defeito semipermanente. Neste caso o defeito não será removido pelo disparo
imediato do circuito, mas poderia ser dissipado até o fim durante um disparo com atraso. Defeitos permanentes
poderiam ser condutores partidos, defeitos de transformadores, defeitos em cabos ou em máquinas, que
precisam ser localizados e reparados antes que a energia possa ser restabelecida.
Na maioria dos incidentes de defeito, a linha em defeito é desligada imediatamente, sendo dado tempo para que
o arco do defeito se desionize, a religação dos disjuntores resultará na reenergização bem-sucedida da linha.
Os esquemas de religação automática são usados para religar automaticamente um disjuntor num tempo
definido após ter sido aberto pela operação de um elemento de proteção.
Em redes de distribuição AT/MT, a religação automática é aplicada principalmente a alimentadores radiais, onde
normalmente não surgem problemas de estabilidade do sistema. As principais vantagens do uso da Religação
Automática são:
● Interrupção mínima do fornecimento para o consumidor
● Redução dos custos de operação - menor quantidade de homens-hora para reparar danos e a
possibilidade de operar subestações não tripuladas.
● Com a Religação Automática, a proteção instantânea pode ser usada, o que significa defeitos de menor
duração. Isto, por sua vez, significa menos danos por defeitos e menor quantidade de defeitos
permanentes

A religação automática fornece um benefício importante em circuitos que usam proteção escalonada no tempo,
permitindo o uso de proteção instantânea para proporcionar um primeiro disparo em alta velocidade. Com o
disparo rápido, a duração do arco resultante de um defeito em linha aérea é reduzida ao mínimo. Isto diminui a
probabilidade de danos na linha, o que poderia, não sendo assim, fazer um defeito transiente transformar-se num
defeito permanente. Usar a proteção instantânea também evita o rebentamento de fusíveis de alimentadores
teed, bem como reduz a manutenção de disjuntores eliminando o aquecimento pré-arco.
Quando a proteção instantânea é usada com religação automática, o esquema é normalmente organizado para
bloquear a proteção instantânea após o primeiro disparo. Portanto, se o defeito persistir após a religação, a
proteção escalonada no tempo fornecerá disparo discriminante resultando no isolamento da seção em defeito.
No entanto, para certas aplicações, onde a maioria dos defeitos provavelmente é transiente, é prática comum
permitir mais de um disparo instantâneo antes da proteção instantânea ser bloqueada.
Alguns esquemas permitem um número de religações e disparos escalonados no tempo após o primeiro disparo
instantâneo, que pode resultar na dissipação total e resolução de defeitos semipermanentes. Esse esquema
também pode ser usado para permitir que fusíveis operem em alimentadores teed, onde a corrente de defeito é
baixa.
Ao considerar alimentadores que parcialmente são linhas aéreas e parcialmente cabos subterrâneos, qualquer
decisão de instalar religação automática deve estar sujeita a análise dos dados (conhecimento da frequência de
defeitos transientes). Isto será porque este tipo de configuração provavelmente tem uma maior proporção de
defeitos semipermanentes e permanentes do que alimentadores puramente aéreos. Neste caso, as vantagens da
religação automática são pequenas. Pode ainda ser desvantajoso, porque religar um cabo em defeito pode
provavelmente exacerbar os danos.

284 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

3 IMPLEMENTAÇÃO
A função de religação automática é uma opção de software selecionada quando se adquire o dispositivo, por isso
esta descrição aplica-se apenas a modelos com esta opção.
A religação automática funciona para proteção de sobrecorrente de fase (POC), defeito à terra (EF) e defeito à
terra sensitiva(SEF). Ela está implementada na coluna RELIGADOR AUTO. do grupo relevante de parâmetros. Além
dos parâmetros contidos nesta coluna, também precisará fazer algumas configurações nas células de bloqueio
das colunas de proteção relevantes.
A função de Religação Automática pode ser definida para executar um ciclo de disparo único, duplo, triplo ou
quádruplo. Seleciona isto na célula Número Ciclos na coluna RELIGADOR AUTO.. Pode iniciar também um ciclo
independente de Religação Automática para a proteção SEF, com um número diferente de ciclos, selecionado pela
célula Núm. SEF Ciclos. Os tempos mortos de cada ciclo podem ser ajustados separadamente.
Um ciclo de Religação Automática pode ser iniciado internamente pela operação de um elemento de proteção, ou
externamente por um dispositivo de proteção separado. O tempo morto inicia-se de duas formas, quando o
disjuntor tiver disparado ou quando a proteção for reiniciada. Seleciona isto usando a célula Par.Temp.Mort.ON.
No final do tempo morto relevante é gerado um sinal Disj.Fechado 3F, desde que seja seguro o disjuntor fechar.
Isto é determinado verificando se certas condições do sistema são atendidas conforme especificado na função
Verific.Sistema.
É seguro fechar o disjuntor desde que:
● apenas um lado do disjuntor esteja vivo (seja linha morta / barramento vivo ou linha viva / barramento
morto), ou
● se os lados da linha e do barramento do disjuntor estiverem vivos e as tensões do sistema estiverem
sincronizadas.

Além disso, a fonte de energia que alimenta o disjuntor (por exemplo, a mola de fecho) deve estar totalmente
carregada. Isto é indicado pela entrada DDB Disj.Pronto.
Quando o Disjuntor fechar inicia o tempo de recuperação. Se o disjuntor não disparar novamente, a função
Religação Automática reinicia no final do tempo de recuperação definido. Se a proteção operar durante o tempo
de recuperação o dispositivo ou avança para o próximo ciclo de religação, ou se todas as tentativas de religação
tiverem sido efectuadas, entra em bloqueio.
Os sinais de Estado Disj também devem estar disponíveis, assim a definição padrão para Estado Ent Disj deve ser
modificada de acordo com a aplicação. O PSL padrão requer as entradas lógicas 52A, 52B e Disj Pronto, por isso é
necessária uma definição para 52A e 52B para o Estado Ent Disj.

P14D-TM-PT-7 285
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

4 ENTRADAS DA FUNÇÃO RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


A função Religação Automática possui várias entradas lógicas que podem ser mapeadas a qualquer uma das
entradas digitais ou a um ou mais sinais de saída DDB gerados pelo PSL. As funções dessas entradas estão
descritas abaixo.

4.1 DISJ. PRONTO


É necessário estabelecer se existe energia suficiente no disjuntor (acionado por mola, pressão de gás etc.) antes
que o Disj possa ser religado. Esta entrada Disj. Pronto é usada para assegurar isso antes de iniciar um comando
Disj.Fechado 3F. Se ao concluir o tempo morto a entrada Disj. Pronto estiver em nível baixo, e permanecer assim
por um período de tempo dado pelo temporizador Tempo Disj Pronto, ocorrerá o bloqueio e o disjuntor
permanecerá aberto.
A maioria dos disjuntores só é capaz de realizar um único ciclo de disparo-fecho-disparo, em cujo caso o sinal
Disj.Pronto permanecerá baixo após um ciclo de Religação Automática, resultando em bloqueio.
Este teste pode ser desactivado não alocando uma entrada ótica para o sinal Disj.Pronto, com o qual o sinal
ficará por padrão em um estado Alto.

4.2 BLOQUEIO RELIG.


A entrada Bloqueio Relig. bloqueia a função Religação Automática e força um bloqueio. Pode ser usada quando
for necessário operar a proteção sem Religação Automática. Um exemplo típico é um alimentador de
transformador, onde a Religação Automática pode ser iniciada pela proteção do alimentador, mas bloqueada pela
proteção do transformador.

4.3 RESET BLOQUEIO


A entrada Reset Bloqueio pode ser usada para reiniciar a função Religação Automática após o bloqueio. Também
reinicia qualquer alarme de Religação Automática, desde que os sinais que iniciaram o bloqueio tenham sido
removidos.

4.4 RELIG.MODO AUTO


A entrada Modo Automatico é usada para selecionar o modo de operação Automático. Neste modo, a função
Religação Automática está em uso.

4.5 RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA MODO LINHA VIVA


A entrada Modo Linha Viva é usada para selecionar o modo de operação Linha Viva quando a Religação
Automática está fora de serviço e todos os bloqueios de proteções instantâneas pela Religação Automática estão
desativados. Este modo de operação tem precedência sobre todos os outros modos por motivos de segurança,
pois indica que o pessoal da concessão está a trabalhar próximo de equipamentos vivos.

4.6 MODO TELECONTROL


A entrada Telecontrolé usada para selecionar o modo de operação de Telecontrolo para que os modos de
operação Auto e Não Auto possam ser selecionados remotamente.

4.7 CIRC VIVO/MORTO OK (CIRCUITOS VIVO/MORTO OK)


O sinal Circuitos OK é um sinal que indica o estado das condições Linha Viva / Barramento Morto ou Barramento
Vivo / Linha Morta do sistema (Alto = OK, Baixo = Não OK). A lógica necessária pode ser criada no PSL a partir dos
sinais Linha Viva, Linha Morta, Barramento Vivo e Barramento Morto na lógica de Verificações do Sistema, ou
pode vir de uma fonte externa dependendo da aplicação.

286 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

4.8 REL. VER. SIST. OK (RELIG VERIFICAÇÕES DO SISTEMA)


O sinal Rel. Ver. Sist. OK pode ser mapeado da saída Ver.Sist.Desact. das verificações do sistema, para activar a
religação automática sem nenhuma verificação pelo sistema, desde que o parâmetro Verific.Sistema na coluna
CONFIGURAÇÃO esteja desactivado. Este mapeamento não é essencial, porque o parâmetro Não Verif.Sist na
coluna RELIGADOR AUTO pode ser activado para obter o mesmo efeito.
Este DDB também pode ser mapeado para uma entrada digital para permitir que o IED receba um sinal de um
dispositivo de monitorização de um sistema externo, indicando que as condições do sistema são adequadas para
fecho do Disjuntor. Isto normalmente não deve ser necessário, uma vez que o IED possui funcionalidades
abrangentes incorporadas de verificação do sistema.

4.9 DISPEXT. REL. PROT. (DISPARO EXTERNO DE PROTEÇÃO DA RELIGAÇÃO


AUTOMÁTICA)
O sinal DispExt.Rel.Prot permite o início da Religação Automática por um Disparo de um dispositivo de proteção
independente.

4.10 ARR.EXT.REL.PROT (INÍCIO EXTERNO DE PROTEÇÃO DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA)


O sinal Arr.Ext.Rel.Prot permite o início da Religação Automática por um Arranque de um dispositivo de proteção
independente.

4.11 RELIG. COMPLETO (RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA ATRASADA CONCLUÍDA)


Algumas concessionárias requerem a função Religação Automática Atrasada (Relig. Completo).
O sinal Relig.Completo pode, se necessário, ser mapeado no PSL para fornecer um pulso curto quando um
comando de Fecho Disj for dado no final do tempo morto. Se Relig.Completo for ativado durante um ciclo de
Religação automática, é feito reset na saída Relig.em Curso 1, muito embora o tempo de recuperação possa
ainda estar em andamento, e Relig.em Curso permanece ativo até o final do tempo de recuperação.
Para a maioria das aplicações, Relig.Completo pode ser ignorado (não mapeado no PSL). Nestes casos a saída
Relig.em Curso 1 opera e sofre reset em paralelo com Relig.em Curso.

4.12 DISJ EM SERVIÇO (DISJUNTOR EM SERVIÇO)


Este sinal deve estar alto até o instante da operação da proteção para que um ciclo de Religação Automática seja
iniciado. Para a maioria das aplicações, este DDB pode ser mapeado simplesmente da Disj.Fechado 3F. Um
mapeamento mais complexo de PSL pode ser programado se necessário, por exemplo onde for necessário
confirmar não apenas que o Disj está fechado, mas também que o TV da linha e/ou barramento esteja realmente
vivo até o instante da operação da proteção.

4.13 RELIG.REARRANQUE
Em algumas aplicações às vezes é necessário iniciar um ciclo de Religação Automática por meio da conexão de
um sinal externo a uma entrada digital. Isto ocorreria quando as condições normais de intertravamento não
forem todas satisfeitas, ou seja, quando o Disj estiver aberto e o alimentador associado estiver morto. Se a
entrada Relig.RePartida estiver mapeada para uma entrada digital, a ativação daquela entrada iniciará um ciclo
de Auto Religação independente do estado da entrada Disj. em Serviço, desde que as outras condições de
intertravamento ainda estejam satisfeitas.

4.14 TM OK P/ARRANQUE (TEMPO MORTO OK PARA ARRANQUE)


Este é um intertravamento extra opcional na lógica de iniciação de tempo morto. Além do Disj estar aberto e a
proteção em reset, TM OK p/Partida tem que estar definido como alto para permitir que a função de tempo
morto esteja pronta após um ciclo de Religação Automática ter iniciado. Assim que a função de tempo morto

P14D-TM-PT-7 287
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

esteja pronta, este sinal não tem efeito - a função de tempo morto permanece pronta mesmo se o sinal for depois
para nível baixo. Um mapeamento típico no PSL para esta entrada é do sinal Linha Morta da lógica de
Verificações do Sistema. Isso permitiria que o tempo morto estivesse pronto apenas quando o alimentador
estivesse morto após o Disj ter disparado. Se este intertravamento extra da preparação do tempo morto não for
necessário, TM OK p/Partida pode não ser mapeado, e irá para um estado alto por padrão.

4.15 TEMPO MORTO ACTIVO


Este é outro intertravamento opcional na lógica de tempo morto. Este sinal tem que estar alto para permitir que o
tempo morto funcione. Se este sinal ficar baixo o tempo morto interrompe e reinicia, mas fica pronto e irá reiniciar
do zero quando este ficar alto novamente. Um mapeamento típico no PSL é da entrada Disj.Pronto ou de sinais
selecionados da lógica de Verificações de Sistema. Também pode ser mapeado para uma entrada digital para
proporcionar uma função 'suspensão' para o Disj escravo numa aplicação 'mestre/escravo' de 2 Disj. Se este
intertravamento opcional não for necessário, Temp.Mort.Activo pode não ser mapeado, e irá para um estado alto
como padrão.

4.16 TESTEDISPRELINIC (INICIAR TESTE DE DISPARO)


Se TesteDispRelInic estiver mapeado a uma entrada digital e esta entrada for ativada momentaneamente, o IED
gera uma saída de disparo do Disj via Teste Disp.Relig. O PSL padrão então mapeia isto para saída no relé de
saída de disparo e inicia um ciclo de Religação Automática.

4.17 OMIT.CICLO1 REL.


Se Omit.Ciclo1 Rel. estiver mapeado a uma entrada digital, e aquela entrada for ativada momentaneamente, a
lógica do IED fará o contador de sequência de Religação Automática incrementar 1 unidade. Isto diminuirá o
número de ciclos de religação disponíveis e bloqueia o religador.

4.18 INIB.TEMP.RECUP. (INIBIR TEMPO DE RECUPERAÇÃO)


Se Inib.Temp.Recup. estiver mapeado a uma entrada digital, e esta entrada estiver ativa no início do tempo de
recuperação, a lógica do IED fará os temporizadores de recuperação ficarem bloqueados.

288 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

5 SAÍDAS DA FUNÇÃO RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


A função Religação Automática possui várias saídas lógicas, que podem ser associadas a contatos de relé de
saída, bits de monitorização na coluna de TESTES COMISSION ou ao PSL. As funções destas saídas estão descritas
abaixo.

5.1 RELIG.EM CURSO


Este sinal está presente durante todo o ciclo de religação desde o início da proteção até o fim do tempo de
recuperação ou bloqueio.

5.2 RELIG.EM CURSO 1


Este opera juntamente com o sinal Relig.em Curso no início da Religação Automática. Se Relig.Completo não
operar, Relig.em Curso 1 permanece operado até que Relig.em Curso sofra reset ao final do ciclo. Se
Relig.Completo for para alto durante o ciclo de Religação Automática, Relig.em Curso 1 sofre reset.

5.3 SINAIS DDB DO ESTADO DO CONTADOR DE SEQUÊNCIA


Durante cada ciclo de Religação Automática um contador de sequência incrementa em 1 unidade após cada
disparo e reinicia a zero ao fim do ciclo.
● Contador Seq. = 0 quando o contador está em zero
● Contador Seq. = 1 quando o contador está em 1
● Contador Seq. = 2 quando o contador está em 2
● Contador Seq. = 3 quando o contador está em 3
● Contador Seq. = 4 quando o contador está em 4

5.4 FECHO C/SUCESSO


A saída Fecho c/Sucesso indica que um ciclo de Religação Automática foi concluído com sucesso. Um sinal de
Religação Automática bem sucedido é gerado após a proteção ter disparado o Disj e ter religado com sucesso. A
saída de Religação Automática bem sucedida sofre reset no próximo disparo do Disj ou de um dos métodos de
travamento de reset.

5.5 RELIG.EM SERVIÇO


A saída Relig.Em Serviço indica se a Religação Automática está em serviço ou não. A Religação Automática está
Em Serviço quando o dispositivo está em modo Auto e Fora de Serviço quando está nos modos Não Auto e Linha
Viva.

5.6 PROT.PRINC.BLOQ. (BLOQUEIO DA PROTEÇÃO PRINCIPAL)


O sinal Prot.Princ.Bloq. bloqueia estágios DT apenas (estágios instantâneos) dos elementos principais de proteção
de corrente. São eles I>3, I>4, I>6, IN1>3, IN1>4, IN2>3, e IN2>4. Bloqueia os estágios instantâneos para cada
disparo do ciclo de Religação Automática usando os parâmetros de Sobrecorrente e Defeito à Terra 1 e2, I>
Bloqueio, IN1> Bloqueio, IN2> Bloqueio e os parâmetros Disparo 1/2/3/4/5 Principal.

5.7 PROT.SEF BLOQ. (BLOQUEIO DE PROTEÇÃO SEF)


O sinal Prot.SEF Bloq. bloqueia estágios TM apenas (estágios instantâneos) dos elementos de proteção SEF. Que
são ISEF>3, e ISEF>4. Bloqueia estágios instantâneos de SEF para cada disparo do ciclo de Religação Automática
usando o parâmetro de PROTEÇÃO SEF ISEF> Bloqueio, e os parâmetros Disparo 1/2/3/4/5 SEF.

P14D-TM-PT-7 289
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

5.8 VERIF.RELIGAÇÃO
A saída Verif.Religação indica que Verificações de Religações do Sistema estão em progresso.

5.9 TMP.MORT.E/CURSO
A saída Tmp.Mort.e/Curso indica que o tempo morto está em progresso. Esse sinal é definido quando
Verif.Religação está definido e a entrada AND Tempo MortoActivo está alta. Isso pode ser útil durante o
comissionamento para verificar a operação do ciclo de Religação Automática.

5.10 TMP.MORT.COMPLET (TEMPO MORTO CONCLUÍDO)


Tmp.Mort.Complet (Tempo morto concluído) opera ao final do tempo morto estabelecido, permanecendo
operado até que ou o esquema reinicie no final do tempo de recuperação ou até que ocorra outra operação da
proteção ou uma iniciação da Religação Automática. Pode ser aplicado puramente como uma indicação, ou
incluído no mapeamento do PSL para a entrada lógica Relig.Completo.

5.11 RELIG.VERIF.SIST (VERIFICAÇÃO DE SINCRONIZAÇÃO DA RELIG)


Relig.Verif.Sist indica que as verificações de sincronismo da Religação Automática foram satisfatórias. Isso
acontece quando ambos os módulos de verificação de sincronização (CS1 ou CS2) confirmam uma condição de
Em Sincronismo.

5.12 REL.VER.SIST.OK (RELIG VERIFICAÇÕES DO SISTEMA OK)


Rel.Ver.Sist.OK indica que as verificações de Sistema da Religação Automática foram satisfatórias. Isto ocorre
quando qualquer condição de verificação do sistema selecionada (verificação de sincronismo, barramento vivo/
linha morta etc.) é confirmada.

5.13 FECHO AUTOMATICO


A saída Fecho Automatico indica que a lógica da Religação Automática enviou um sinal Fecho para o Disj. Esta
saída aciona um sinal para o temporizador de controlo de pulso de fecho e permanece ativa até que o Disj tenha
fechado. Este sinal pode ser útil durante o comissionamento para verificar a operação do ciclo de Religação
Automática.

5.14 BLOQUEIO PROT. (BLOQUEIO DA PROTEÇÃO)


Bloqueio Prot. (Bloqueio da Proteção) opera se Relig.Bloqueado for disparado por operação da proteção seja
durante o período de inibição seguinte ao fecho manual do Disj ou quando o dispositivo está em modo Não auto
ou Linha Viva.

5.15 RESET ALARM.BLOQ (ALARME DE RESET DE BLOQUEIO)


Reset Alarm.Bloq opera quando o dispositivo está no modo Não auto, se o parâmetro Reset Bloqueio está
definido como Seleção Não Auto.

5.16 TMP.REC.EM/CURSO
A saída Tmp.Rec.em/Curso indica que um temporizador de recuperação está em progresso e vai cair assim que o
temporizador de recuperação sofrer reset.

290 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

5.17 TMP.REC.COMPLETO
Tmp.Rec.Completo opera ao final do tempo de recuperação definido e é um reset rápido. Para manter a indicação
de saída um temporizador de permanência tem que ser implementado no PSL.

P14D-TM-PT-7 291
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

6 ALARMES DA FUNÇÃO DE RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


Os seguintes sinais DDB irão produzir um alarme. Eles são descritos abaixo.

6.1 REL.SIS.VER.FALH
O alarme Rel.Sis.Ver.Falh indica que as tensões do sistema não são adequadas para religação automática ao
final do tempo de verificação do sistema (parâmetro Tempo Verif.Sist), levando a uma condição de bloqueio. Este
alarme é memorizado e precisa sofrer reset manual.

6.2 REL.DISJ.FALHA
O alarme Rel.Disj.Falha indica que a entrada Disj Pronto não foi energizada ao final do Tempo Disj Pronto,
levando a uma condição de bloqueio. Este alarme é memorizado e precisa sofrer reset manual.

6.3 RELIG.BLOQUEIO
O alarme Relig.Bloqueio indica que o dispositivo está em estado de bloqueio e não serão feitas novas tentativas
de religação. Este alarme pode ser configurado para sofrer reset automaticamente (auto-reset) ou manualmente
conforme determinado pelo parâmetro Reset Bloq.por na coluna COMANDO DISJ.

292 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

7 OPERAÇÃO DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA

7.1 MODOS DE OPERAÇÃO


A função de Religação Automática possui três modos de operação:
● Modo Auto: A Religação Automática está em serviço
● Modo Não auto: A Religação Automática está fora de serviço E as funções de proteção escolhidas estão
bloqueadas se o parâmetro Relig. não Selec. = Bloq.Prot.Inst.
● Modo Linha Viva: A Religação Automática está fora de serviço, mas as funções de proteção NÃO estão
bloqueadas, mesmo se o parâmetro Relig. não Selec. = Bloq.Prot.Inst..

Nota:
O Modo Linha Viva proporciona segurança extra para trabalhos em linha viva no alimentador protegido.

A função Religação Automática deve inicialmente ser activada na coluna CONFIGURAÇÃO. Pode então selecionar
o modo de operação de acordo com os requisitos da aplicação. O método básico de seleção é determinado pelo
parâmetro Sel.Mod.Relig. na coluna RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA, conforme resumido na tabela seguinte:
Parâmetro de Seleção do
Descrição
Modo Relig
A seleção de modo Auto ou Não auto é determinada pela célula de comando Modo Religador na coluna
Modo de Comando
COMANDO DISJ.
A seleção de modo Auto ou Não auto é determinada por uma entrada digital mapeada para Relig Modo
Auto
Modo Ajust.Opto
Se a entrada Relig Modo Auto estiver alta, o modo de operação Auto é selecionado. Se a entrada Relig
Modo Auto estiver baixa, o modo de operação Não Auto é selecionado.
A seleção dos modos Auto ou Não auto é controlada pela entrada Telecontrol Modo. Se a entrada Modo
Telecontrol estiver alta, o parâmetro Modo Religador na coluna COMANDO DISJ é usado para selecionar o
Modo Ajust.Util.
modo de operação Auto ou Não Auto. Se a entrada Modo Telecontrol estiver baixa, ele comporta-se de
acordo com o parâmetro 'Modo Ajust.Opto'.
A seleção do modo Auto ou Não auto é determinada pelo flanco descendente de Telecontrol. Se a entrada
Telecontrol estiver alta, o modo de operação é alternado entre Auto e Não Auto pelo flanco descendente
Modo Ajust.Pulso
quando for para nível baixo. Os pulsos de Modo Auto são produzidos pelo sistema SCADA.
Se a entrada Telecontrol estiver baixa, comporta-se de acordo com o parâmetro Modo Ajust.Opto.

O Modo Linha Viva é controlado pelo Modo Relig Linha Viva. Se este estiver alto, o esquema é forçado para o
Modo Linha Viva independente dos outros sinais.

7.1.1 IMPLEMENTAÇÃO COM CHAVE SELETORA DE QUATRO POSIÇÕES


É muito comum que algumas concessionárias usem uma chave seletora de quatro posições para controlar o
modo de operação. Esta aplicação pode ser implementada usando os sinais DDB Modo Linha Viva, Relig.Modo
Auto e Modo Telecontrol. Isto é demonstrado no diagrama seguinte.

P14D-TM-PT-7 293
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

CONFIGURAÇÕES DE MODO
INTERRUPTOR SELETOR DE 4 POSIÇÕES MODO DE COMANDO AUTO
MODO DE AJUSTE OPTO
MODE DE AJUSTE USUÁRIO

MODO DE AJUSTE DE PULSO


NÃO
AUTOMÁTICO MODOS DE OPERAÇÃO

ENTRADA LÓGICA Não Automático


TELECONTROL
TELECONTROL

ENTRADA LÓGICA AUTO


AUTO
AUTO

ENTRADA LÓGICA LINHA VIVA


LINHA VIVA
LINHA VIVA

IED

E00500

Figura 128: Implementação com Chave Seletora de Quatro Posições


A tabela requerida de verdade da lógica para esta configuração é a seguinte:
Religação Automática Modo
Posição da chave Relig.Modo Auto Modo Telecontrol
Linha Viva
Não Automático 0 0 0
Telecontrol 0 ou pulso SCADA 1 0
Auto 1 0 0
Linha Viva 0 0 1

294 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

7.1.2 LÓGICA DE SELEÇÃO DO MODO DE OPERAÇÃO

Religador Auto.
Desativado Autoreclose disabled
Ativar
& Live Line Mode (int)
Modo Linha Viva

Sel. Mod. Relig.


Modo Ajust .Opto
&
&
Modo Ajust .Util.
& Non Auto Mode
&
Modo Ajust .Pulso
& &
&
Modo de Comando
& 1 &
1
S
Modo Religador Q Auto Mode (int)
&
Auto R
Não Operação 1
&
Não Automático

&

&

& Enable

Output pulse on
rising edge of ‘Tele’

& Enable

Output pulse on &


Modo Automatico falling edge of ‘Auto’

&

Modo Telecontrol
V00501

Figura 129: Lógica de seleção do modo de Religação Automática


A lógica de seleção de modo inclui um atraso de 100 ms nas entradas lógicas Modo Auto, Telecontrol e Linha
Viva, para garantir uma mudança previsível dos modos de operação. Isto é de particular importância para o caso
quando a chave de quatro posições não tem contatos do tipo que fecham antes de abrir. A lógica também
garante que quando a chave é movida da posição Auto para Não Auto para Telecontrol, o esquema permanece
no modo previamente selecionado (Auto ou Não Auto) até que um modo diferente seja selecionado por controlo
remoto.
Para aplicações em que não seja necessário o modo de operação de linha viva e a seleção remota dos modos
Auto e Não Auto, uma chave simples de duas posições pode ser configurada para ativar a entrada Modo Auto.
Nesse caso, as entradas Linha Viva e Telecontrol não serão usadas.

7.2 INICIAÇÃO DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


A Religação Automática normalmente é iniciada a partir da função interna de proteção do IED. Diferentes estágios
de proteção de sobrecorrente de fase e defeito à terra podem ser programados para iniciar ou bloquear a função
principal da Religação Automática. Os estágios de proteção de defeito à terra de alta sensibilidade também
podem ser programados para iniciar ou bloquear tanto a função de Religação Automática Principal como a
função de Religação Automática SEF.

P14D-TM-PT-7 295
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

Os parâmetros associados são encontrados na coluna RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA abaixo do subtítulo RELIG INICIAR.
Por exemplo:
Se I>1 Religador for definido como Inic.Relig.Princ., a operação do estágio da proteção I>1 irá iniciar a
Religação Automática.
Se ISEF>1 Religador for definido como Sem Acção, a operação do estágio de proteção ISEF>1 levará a um
disparo do Disj, mas sem religação.

Nota:
Deve ser feita uma seleção para cada estágio de proteção que estiver activo.

Um dispositivo de proteção independente também pode iniciar a Religação Automática. A Religação Automática
pode ser iniciada a partir de um Disparo de proteção, ou quando é necessária a coordenação de sequência a
partir de um Arranque da proteção. Se for necessário o disparo externo da Religação Automática os seguintes
sinais do DDB devem ser mapeados para entradas digitais:
● DispExt.Rel.Prot
● Arr.Ext.Rel.Prot (se aplicável)

Além disso, o parâmetro Protecção Extern deve ser definido como Inic.Relig. Princ..
Embora um arranque da proteção e um disparo da proteção possa iniciar um ciclo de Relig. Auto., várias
verificações devem ser realizadas antes que seja dado o sinal de inicialização. Algumas das verificações estão
listadas abaixo:
● Modo Auto tenha sido selecionado
● Modo Linha viva esteja desactivado
● O número de ciclos da proteção principal e de SEF não tenha sido alcançado
● A coordenação de sequência esteja activa (para o arranque da proteção iniciar a Relig. Auto., isto não é
necessário se um disparo da proteção efectuar a iniciação).
● O sinal DDB Disj.Oper.Bloq. não esteja definido
● O sinal DDB Disj em Serviço esteja alto

Nota:
O disparo relevante da proteção deve estar mapeado no DDB Ent.Comando Disp.

296 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

7.2.1 LÓGICA DO SINAL DE ARRANQUE

PartExt.Rel.Prot
Protecção Extern &
Inic.Relig. Prin.

I>1 Partida
I>1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.

IN1>1 Partida
IN1>1 RELIGADOR & 1 Main Protection Start
Inic.Relig. Prin.

IN2>1 Partida
IN2>1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.

ISEF>1 Partida
ISEF>1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.
Inic.Relig.SEF SEF Protection Start

V00502
Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 130: Lógica do Sinal de Arranque

7.2.2 LÓGICA DO SINAL DE DISPARO

TesteDispRelInic
Teste Religador 1 Teste Disp.Relig
Teste 3 Polos

DispExt.Rel.Prot
Protecção Extern &
Inic.Relig. Prin.

Ent.Comando Disp

I>1 Disparo
I>1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.

IN1>1 Disparo
IN1>1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.
1 & Main Protection Trip
IN2>1 Disparo
IN2 >1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.

ISEF>1 Disparo
ISEF>1 RELIGADOR &
Inic.Relig. Prin.
Inic.Relig.SEF & SEF Protection Trip

V00503 Nota: Este diagrama não mostra todos os estágios . Os outros estágios seguem princípios similares .

Figura 131: Lógica do sinal de disparo

P14D-TM-PT-7 297
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

7.2.3 LÓGICA DE SINAL DE BLOQUEIO

Alarm.Falha Disj

Bloqueio Relig .

Relay 3 Output

I>3 Disparo
IREF> Disparo
I>3 RELIGADOR &
I 2>1 Disparo
Bloqueio Relig .
Disp. Cond.Rompid
Disparo Térmico I>4 Disparo
V<1 Disparo I>4 RELIGADOR &
V<2 Disparo Bloqueio Relig .
V>1 Disparo
I>6 Disparo
V>2 Disparo
I>6 RELIGADOR &
VN>1 Disparo
Bloqueio Relig .
VN>2 Disparo
Trip V2>2
IN1>3 Disparo
Nív.1 f+t Disp.
IN1>3 RELIGADOR &
Dsp.f+Df/ Dt Nív1 1
Bloqueio Relig .
Nív. 1 df/dt +tDis
Dsp.f +df/ dt Nív1 IN1>4 Disparo
VMed <1 Disp. IN1>4 RELIGADOR & 1 & 1 Block autoreclose
VMed <2 Disp. Bloqueio Relig .
VMed >1 Disp.
IN2>3 Disparo
VMed >2 Disp.
IN2>3 RELIGADOR &
V0Med >1 Disp.
Bloqueio Relig .
V0Med >2 Disp.
V1Med>1 Disp. IN2>4 Disparo
V1Med>2 Disp. IN2>4 RELIGADOR &
V2Med>1 Disp. Bloqueio Relig .
V2Med>2 Disp.
ISEF>3 Disparo
ISEF>3 RELIGADOR &
Bloqueio Relig .

ISEF>4 Disparo
ISEF>4 RELIGADOR &
Bloqueio Relig .

V00522

Figura 132: Lógica de sinal de bloqueio

7.2.4 LÓGICA DE CICLOS EXCEDIDOS

Main Protection Start


& S
SC Count >= Main Shots Q Main High Shots
R

SEF Protection Start


& S
SC Count >= SEF Shots Q SEF High Shots
R

V00504

Figura 133: Lógica de Ciclos Excedidos

298 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

7.2.5 LÓGICA DE INICIO RELIG.

Auto Mode (int)


&
Alarme Bloqueio

Main Protection Trip


1
Main Protection Start
&
Main High Shots

SEF Protection Trip


1
SEF Protection Start
&
SEF High Shots

Sequência Cord .
Ativo
Desativado
Autoreclose Start

& S
1
Q Relig.em Curso 1
R
Disj.em Serviço Autoreclose Initiate
S
Autoreclose Inhibit Q Relig.em Curso
R
Relig.RePartida Increment on falling Contador Seq .= 0
edge
Relig.Completo Contador Seq .= 1
1
Contador Seq .= 2
Alarme Bloqueio
Contador Seq .= 3
SC Counter
Tmp.Rec.Completo Contador Seq .= 4

Non Auto Mode 1 Reset SC Count > 4


Numero Ciclos SC Count >= Main Shots
Autoreclose Disabled
Num.SEF Ciclos SC Count >= SEF Shots
Live Line Mode

V00505

Figura 134: Lógica de Inicio Relig.

7.3 BLOQUEANDO A PROTEÇÃO INSTANTÂNEA PARA DISPAROS SELECIONADOS


A proteção instantânea pode ser bloqueada ou não para cada disparo em um ciclo de Religação Automática. Isto
é selecionado usando os parâmetros Disparo Principal (n) e Disp SEF (n), onde n é o número do disparo no ciclo
de religação automática. Estes permitem que os elementos instantâneos de proteção de fase, defeito à terra e SEF
sejam bloqueados seletivamente para uma sequência de disparo de Disj. Por exemplo, se Disp.Princip 1 estiver
definido como Sem Bloqueio e Disp.Princip 2 estiver definido como Bloq. Prot.Inst., os elementos
instantâneos da proteção de fase e defeito à terra estarão disponíveis para o primeiro disparo, mas bloqueados
em seguida para o segundo disparo durante o ciclo de Religação Automática. A lógica é mostrada abaixo.

P14D-TM-PT-7 299
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

Contador Seq.= 0

Disp.Princip.1 &
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq.= 1

Disp.Princip.2 &
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq.= 2

Disp.Princip.3
& 1 Block Main Prot Trips
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq.= 3

Disp.Princip.4 &
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

AR SeqCounter 4
1
SC Count > 4
&
Disp.Princip.5
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq.= 0

Disparo SEF 1 &


Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq.= 1

Disparo SEF 2 &


Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq.= 2

Disparo SEF 3 & 1 Block SEF Prot Trips


Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq .= 3

Disparo SEF 4
&
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Contador Seq .= 4
1
SC Count > 4
&
Disp.Princip.5
Bloq. Prot.Inst.
Sem Bloqueio

V00506

Figura 135: Bloqueando a Proteção Instantânea para Disparos Selecionados

300 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

7.4 BLOQUEANDO A PROTEÇÃO INSTANTÂNEA PARA BLOQUEIOS


A proteção instantânea também pode ser bloqueada para certas condições de bloqueio:
É bloqueada quando o contador de bloqueios de manutenção de Disj ou o bloqueio de frequência de falha
excessiva tiverem atingido o penúltimo valor.
Por exemplo, se o parâmetro Não. Ops.Bloq.Disj na coluna CONF.SUP.DISJ. estiver definido como 100 e Não CB
Ops Manut= '99', a proteção instantânea pode ser bloqueada para garantir que o último disparo do Disj antes do
bloqueio será devido a operação discriminativa da proteção. Isto é controlado usando o parâmetro
Bloq.Manut.EFF (bloqueio de manutenção por Frequência Excessiva de defeito). Se for definido como
'Bloq.Prot.Inst.' a proteção instantânea será bloqueada para o último Disparo do Disj antes de ocorrer o bloqueio.
A proteção instantânea também pode ser bloqueada quando o IED estiver bloqueado, usando o parâmetro
Relig.Bloqueio. Também pode ser bloqueada após um fecho manual usando o parâmetro Fecho Manual. Quando
o IED está no modo Não Auto pode ser bloqueado usando o parâmetro Relig.não.Selec.. A lógica para estes
recursos é mostrada abaixo.

P14D-TM-PT-7 301
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

Autoreclose disabled

Alarme Bloqueio

Pré-Bloqueio
&
Bloq.Manut . EFF
Bloq .Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Block Main Prot Trips

& & &

Main Protection Start S


Q 1 & Prot. Princ.Bloq.
1 R

Live Line Mode (int)

Block SEF Prot Trips

& & &

SEF Protection Start S


Q 1 & Prot.SEF Bloq.
1 R

Live Line Mode (int)

Alarme Bloqueio

Relig.Bloqueio &
Bloq .Prot.Inst. 1
Sem Bloqueio

Non Auto Mode

Relig.não Selec .
&
Bloq .Prot.Inst.
Sem Bloqueio

Relig. em Curso

Disj.Fechado 3F &
1
Auto Mode (int) &
20ms
Autoreclose inhibit

Fecho Manual
Bloq .Prot.Inst.
Sem Bloqueio

V00507

Figura 136: Bloqueando a Proteção Instantânea para Bloqueios

7.5 CONTROLO DE TEMPO MORTO


Quando o parâmetro CS Relig.Imediat está activo é permitida a religação imediata do disjuntor desde que ambos
os lados deste estejam vivos e em sincronismo a qualquer momento após o tempo morto ser iniciado. Isto
possibilita a restauração rápida da carga, pois não é necessário aguardar a conclusão do tempo morto.
Se CS Relig.Imediat estiver desactivo, ou nem a Linha nem o Barramento estiverem vivos, o temporizador do
tempo morto continuará a correr se o sinal Tempo Morto Activo estiver alto. A função Tempo Morto Activo
poderia ser mapeada para uma entrada digital para indicar que o disjuntor está a funcionar correctamente.

302 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

Mapear a função Tempo Morto Activo no PSL aumenta a flexibilidade ao permitir que ela seja despoletada por
outras condições tais como Linha Viva/Barramento Morto. Se Tempo Morto Activo não estiver mapeado no PSL,
ele fica em nível alto por padrão, assim o tempo morto pode ser contado.
A lógica de controlo de tempo morto é mostrada abaixo.

Esquema 2 (somente modelos de


Relig.com C/S tensão )
Ativar
&
Desativado

1 &
Relig.Verif.Sist

1
Temp.Mort .Activo

Contador Seq.= 1 &

Contador Seq .= 2 & 1 Tmp.Mort.Complet

& Tmp.Mort.e/Curso
Contador Seq.= 3 &

Contador Seq .= 4 &

Disj.Aberto 3F
1

TM OK p /Partida & S
Q Verif.Religação
R

Autoreclose Start &


1 1

Autoreclose Initiate

Relig.em Curso

Sequência Cord .
Ativar
&
Desativado

Par.Temp .Mort. ON
&
Reset Proteção
Disj.Disparo

V00508

Figura 137: Lógica de Controlo de Tempo Morto

7.5.1 CONTROLO DE FECHO DO DISJ DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


Assim que o tempo morto for concluído ou uma verificação de sincronismo for confirmada, o sinal Fecho
Automatico é enviado, desde que tanto Disj Pronto comoVerific. Sistema sejam atendidos. O sinal Fecho
Automatico activa um comando de Fecho Disj através da função Comando Disj.
A Lógica de Controlo de Fecho do Disj da Relig. Automática é mostrada abaixo.

P14D-TM-PT-7 303
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

Reset Tot .Relig.


Sim Total Shot Counter
Não (Increment on +ve edge )

Disj.Fecho Falha
& Fecho Automatico
Disj.Aberto 3F

& Hold Reclaim Output

& S
Q
R

& S
Tmp. Mort.Complet Q
R
Autoreclose Start &
Alarme Bloqueio
& S
Q
R

Disj.Fechado 3F

& Rel.Disj. Falha

Disj.Pronto
&
& Rel.Disj. Falha
Rel. Ver.Sist. OK

V00509

Figura 138: Lógica de Controlo de Fecho do Disj da Religação Automática

7.6 VERIFICAÇÕES DO SISTEMA DA RELIG. AUTOM.


A permissão para iniciar uma Religação Automática depende dos seguintes parâmetros de verificação do sistema
da Relig. Auto.. São encontrados na coluna RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA abaixo do subtítulo RELIG. VERIFIC. SISTEMA,
não devendo ser confundidos com os parâmetros principais de verificação do sistema na coluna VERIF. SISTEMA.
As RELIG VERIFIC. SISTEMA são as seguintes:
● Circ Vivo/Morto: quando activo este parâmetro enviará um sinal Rel.Ver.Sist.OK quando o sinal Circuitos
OK estiver alto. Esta entrada lógica do DDB normalmente seria mapeada no PSL com combinações
adequadas dos sinais de Linha Viva, Linha Morta, Barramento Vivo e Barramento Morto.
● Ver.Sist.Desact. : quando activo este parâmetro desactiva completamente as verificações do sistema
permitindo, assim, a iniciação da Religação Automática sob qualquer condição do sistema.
● Ver.Sist.Ciclo 1: pode ser usada para desactivar verificações do sistema no primeiro ciclo da Relig.
● Relig.com C/S: apenas permite a Religação Automática quando o sistema satisfaz os parâmetros de Verific.
Sincr. Nível 1 (CS1) no menu principal de VERIFIC. SISTEMA.
● Relig.com S/S: apenas permite a Religação Automática quando o sistema satisfaz os parâmetros de Verific.
Sincr. Nível 2 (CS2) no menu principal de VERIFIC. SISTEMA.

A lógica de Verificação do Sistema da Relig. é a seguinte:

304 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

Rel.Ver.Sist.OK
1 Rel.Ver.Sist.OK
Ver.Sist.Ciclo1
Ativo
&
Contador Seq .= 1

Não Verif.Sist.
Ativo
1 Rel.Ver.Sist.OK

Vivo/ Morto C/S


Ativo
&
Circuitos OK

Relig.com C /S
Ativo
&
1 Relig.Verif. Sist
Verif.Sincro1 OK

Relig. com S/S


Ativo
&
Verif.Sincro1 OK

Verif.Religação

V00510

Figura 139: Lógica da Verificação do Sistema da Relig. Autom.

7.7 INICIALIZAÇÃO DO TEMPORIZADOR DE RECUPERAÇÃO


O parâmetro tRecup Estend permite controlar se o temporizador está suspenso ou não pelos contatos de
arranque da proteção. Quando é usado um parâmetro de Não Operação o temporizador de recuperação
opera a partir do instante em que o Disj é fechado e continua até esgotar o tempo. O Tempo Recuper. deve,
portanto, ser definido em excesso do tempo de operação da proteção atrasada, para garantir que a proteção
possa operar antes que a função Religação Automática sofra reset.
Para certas aplicações é vantajoso definir tRecup Estend como Partida Proteção. Este recurso permite que
a operação do temporizador de recuperação seja suspensa após a religação do Disj por um sinal do arranque da
proteção principal ou por sinais do arranque da proteção SEF. Este recurso garante que o tempo de recuperação
não se esgote e dê reset na Religação Automática antes que a proteção atrasada tenha operado.
Uma vez que o temporizador de recuperação vai ser suspenso, é necessário usar um parâmetro do temporizador
maior que o tempo de operação da proteção, portanto, pode ser usado um tempo de recuperação menor.
Parâmetros de tempo de recuperação menores podem ajudar a evitar o bloqueio desnecessário para uma
sucessão de defeitos transientes num curto período, por exemplo durante uma tempestade de raios.

P14D-TM-PT-7 305
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

Reset Bloqueio
Sim

IHM Clear 1
Reset Bloqueio
Descartar
Alarme Bloqueio
& Bloqueio
Disj.Fechado 3 F

Reset Bloq. por


Disj.Fechado
Interface Usua.

Reset Alarm.Bloq

Disj.Aberto 3F

& S
Fecho Automatico Q
1 & S
R
Q Fecho c/Sucesso
Disj.Fechado 3F R
&
Relig.em Curso
Tmp .Rec.em/Curso

tRecup Estend
Partida Proteção &
& & Tmp.Rec.Completo
Não Operação 1

Main Protection Start


1
SEF Protection Start

Tmp. Mort.Complet
1
Autoreclose Start &
Sequência Cord .
Ativo

Hold Reclaim Output

Contador Seq.= 1
& nc Successful
Reset 1st shot Counter
Contador Seq .= 2
& nc Successful
Reset 2nd shot Counter
Contador Seq.= 3
& nc Successful
Reset 3rd shot Counter
Contador Seq.= 4
& nc Successful
Reset 4th shot Counter
Disj.Aberto 3F
& nc Persistant
Relig.Bloqueio
Reset Faults Counter
Reset Tot .Relig.
Sim

V00511

Figura 140: Lógica do Tempo de Recuperação

7.8 INIBIÇÃO DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


Para garantir que a religação automática não seja iniciada para um fecho manual do Disj devido a um defeito
preexistente (fecho sob defeito), o parâmetro Relig.Fecho Man. pode ser definido como Inibido. Com este
parâmetro, a inicialização da Religação Automática é inibida por um período igual ao parâmetro Temp.Relig.Inib.
em seguida a um fecho manual do Disj. A lógica para a Inibição da Relig. é a seguinte:

306 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

Disj.Fechado 3F Pulse to start inhibit timer


&
1
Relig.em Curso & Autoreclose inhibit

Relig.Fecho Man .
Inibido
Ativo
&
Main Protection Start
1
SEF Protection Start

Auto Mode (int)

V00512

Figura 141: Inibição da Inicialização da Relig.


Se uma operação da proteção ocorrer durante o período de inibição a Religação Automática não é iniciada. Uma
outra opção é fornecida pelo parâmetro Fecho Man.Falha. Se estiver definido como Bloqueio, a Religação
Automática é bloqueada (Relig.Bloqueio) para um defeito durante o período de inibição seguinte a um fecho
manual do Disj. Se Fecho Man.Falha estiver definido como Não Bloqueado, o Disj dispara sem religação, mas a
Religação Automática não está bloqueada.
Pode ter que bloquear proteções rápidas não selecionadas discriminativas para poder obter disparos totalmente
discriminativos durante o período de inibição da iniciação da Relig. seguinte a um fecho manual do Disj. Isto pode
ser feito definindo Fecho Manual como Bloq.Prot.Inst.. Um parâmetro Sem Bloqueio irá activar todos os
elementos de proteção imediatamente ao fecho do Disj.
Se o parâmetro Relig.Fecho Man. estiver definido como Activo, a Religação Automática pode ser iniciada
imediatamente no fecho do Disj, e os parâmetros Temp.Relig.Inib., Fecho Man.Falha e Fecho Manual são
irrelevantes.

7.9 BLOQUEIO DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA


Se a proteção operar durante o tempo de recuperação de seguida à tentativa final de religação, o IED é
bloqueado e a função de Religação Automática é desactiva até que a condição de bloqueio seja reiniciada. Isto
gera o alarme, Relig.Bloqueio. A entrada Bloqueio Relig bloqueia a Religação Automática e provoca um bloqueio
se estiver em progresso.
O bloqueio da Religação Automática também pode ser causado pelo fecho do Disj devido ao disjuntor estar em
mau estado (molas do Disj não acionadas ou baixa pressão de gás) ou se não houver sincronismo entre as
tensões do sistema. Estas duas condições são indicadas pelos alarmes Disj.Falha e Rel.Disj.Falha. Isto está
mostrado no diagrama lógico de Relig. Bloqueio como segue:

P14D-TM-PT-7 307
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

Tmp.Rec.Completo
&
Disj.Aberto 3F

Tmp. Mort.Complet &


Autoreclose Start

Relig.em Curso
& S
Block Autoreclose Q
R

Rel. Disj.Falha
1
Disj.Estad .Alarm

Disj.Fecho Falha

S
IHM Clear Q Relig. Bloqueio
1 R
Reset Bloqueio
Sim
Descartar
Bloqueio
Reset Bloqueio

Alarme Bloqueio
&
Disj.Fechado 3F

Reset Bloq. por


Interface Usua.
Disj.Fechado

Reset Alarm.Bloq

Main Protection Trip

Autoreclose Initiate &

Main High Shots

SEF Protection Trip

Autoreclose Initiate &


1
SEF High Shots

Man n/Verif.Sinc

Bloqueio Prot .

V00513

Figura 142: Lógica Global de Bloqueio


Relig. Bloqueio também pode ser devido a uma operação da proteção quando o IED estiver nos modos de Linha
Viva ou Não Auto quando o parâmetro Disp.Relig.Inact estiver definido como Bloqueio. O bloqueio da
Religação Automática também pode ser causado por uma operação da proteção após fecho manual durante o
Temp.Relig.Inib. quando o parâmetro Fecho Man.Falha está definido como Bloqueio. Isto é mostrado a seguir:

308 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

Disp.Ext.3 Fases

Main Protection Trip 1


&
SEF Protection Trip 1 Bloqueio Prot .

Autoreclose inhibit

Fecho Man.Falha
Bloqueio
Não Bloqueio

Live Line Mode

Non Auto mode 1 &


Alarme Bloqueio

Disp.Relig.Inat
Bloqueio
Não Bloqueio

V00514

Figura 143: Bloqueio para disparo de proteção quando Relig. não está disponível

Nota:
O bloqueio também pode ser causado pelas funções de monitorização da condição do Disj na coluna CONF.SUP.DISJ.

A entrada Reset Bloqueio pode ser usada para reiniciar a função de Religação Automática após o bloqueio e
reiniciar qualquer alarme de Religação Automática, desde que os sinais que tenham iniciado o bloqueio tenham
sido removidos. O bloqueio também pode ser reiniciado pela tecla clear ou pelo comando Reset Bloqueio na
coluna COMANDO DISJ.
Existem dois parâmetros Reset Bloq.por diferentes. Um na coluna COMANDO DISJ. e um na coluna RELIGÃDOR
AUTO..
O parâmetro Reset Bloq.por na coluna COMANDO DISJ. é usado para activar ou desactivar o reset do bloqueio
automaticamente a partir de um fecho manual após o tempo de fecho manual Temp.Res.Fec.Man.
O parâmetro Reset Bloq.por na coluna RELIGÃDOR AUTO. é usado para activar/desactivar o reset do bloqueio
quando o IED estiver no modo de operação Não Auto. Os métodos de reset de bloqueio estão resumidos na tabela
seguinte:
Método de Reset de Bloqueio Disponível quando?
Interface de utilizador via tecla Clear.
Sempre
Nota: isto irá fazer reset também em todos os outras sinalizadores de proteção
Interface de utilizador através do comando Reset Bloqueio de COMANDO DISJ Sempre
Reset bloqueio de entradas digitais Sempre
Após um fecho manual bem sucedido se o parâmetro Reset Bloqueio do COMANDO
Apenas quando definido
DISJ estiver definido como Fecho Disj
Ao selecionar o modo Não Auto, desde que o parâmetro Reset Bloqueio da RELIGÃDOR
Apenas quando definido
AUTO. tenha sido definido como Seleção Não Auto

7.10 COORDENAÇÃO DE SEQUÊNCIA


O parâmetro Sequência Cord no menu RELIGÃDOR AUTO. permite a coordenação de sequência com outros
dispositivos de proteção, tais como religadores em postes situados adiante.
Os sinais de arranque da proteção principal ou de arranque da proteção de SEF indicam quando a corrente de
defeito está presente, avançam de um a contagem de sequência e iniciam o tempo morto, quer o Disj esteja

P14D-TM-PT-7 309
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

aberto ou fechado. Quando o tempo morto estiver concluído e as entradas de arranque da proteção estiverem
baixas, o temporizador de recuperação é iniciado.
Deve-se programar ambos os IED de Religação Automática situados a montante e jusante com o mesmo número
de ciclos para bloqueamento e o mesmo número de disparos instantâneos antes que a proteção instantânea seja
bloqueada. Isto irá assegurar que para um defeito persistente a jusante, ambos os IED de Religação Automática
estarão na mesma contagem de sequência e irão bloquear as proteções instantâneas ao mesmo tempo. Quando
a coordenação de sequência está desactivada, o disjuntor tem que ser disparado para iniciar o tempo morto e a
contagem de sequência é avançada de uma unidade.
Quando se usa a coordenação de sequências para algumas aplicações tais como religadores montados em poste
a jusante, pode ser desejável reactivar a proteção instantânea quando o religador estiver bloqueado. Quando o
religador a montante estiver bloqueado não existe necessidade de discriminação. Isto permite disparos
instantâneos, depois IDMT, e depois disparos instantâneos novamente durante um ciclo de Religação Automática.
A proteção instantânea pode ser bloqueada ou não para cada disparo num ciclo de Religação Automática usando
os parâmetros Disp.Princip.(n) e Disparo SEF (n), onde n é o número de disparos no ciclo de religação automática.

7.11 VERIFICAÇÕES DO SISTEMA PARA PRIMEIRA RELIGAÇÃO


O parâmetro Ver.Sist.Ciclo 1 no submenu de VERIFIC. SISTEMA da coluna RELIGÃDOR AUTO. é usado para activar
ou desactivar verificações do sistema para a primeira tentativa de religação num ciclo de Religação Automática.
Isto pode ser preferível quando se aplica Religação Automática de alta velocidade, para evitar o tempo extra para
uma verificação de sincronismo. As tentativas posteriores de religação num ciclo múltiplo, no entanto, ainda
requerem uma verificação de sincronismo.

310 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

8 DIRETRIZES PARA CONFIGURAÇÃO

8.1 NUMERO CICLOS


Não existem regras claras para definir o número de ciclos para uma aplicação em particular. Geralmente os
sistemas de média tensão usam esquemas de Religação Automática com apenas dois ou três ciclos. Entretanto,
em certos países, para aplicações específicas, um esquema de quatro ciclos não é incomum. Um esquema de
quatro ciclos tem a vantagem de o tempo morto final poder ser definido suficientemente longo para permitir que
qualquer tempestade de raios passe antes de religar pela última vez. Esta configuração evita bloqueio
desnecessário para defeitos transientes consecutivos.
Tipicamente, o primeiro disparo, e às vezes o segundo, serão causados por proteção instantânea. Como a maioria
dos defeitos é transiente, os disparos subsequentes serão atrasados, todos com tempos mortos crescentes para
limpar os defeitos semipermanentes.
Uma consideração importante é a capacidade do disjuntor realizar várias operações de abrir-fechar em sucessão
rápida e o efeito destas operações no período de manutenção do circuito.
Em circuitos de transmissão em EAT com altos níveis de falha, normalmente aplica-se apenas uma religação, por
causa dos danos que poderiam ser causados por religações múltiplas.

8.2 CONFIGURAÇÃO DO TEMPORIZADOR DE TEMPO MORTO


A escolha do tempo morto depende do sistema. Os principais fatores que podem influenciar a escolha do tempo
morto são:
● Requisitos de estabilidade e sincronismo
● Conveniência operacional
● Carga
● O tipo de disjuntor
● Tempo de desionização do defeito
● O tempo de reset da proteção

8.2.1 REQUISITOS DE ESTABILIDADE E SINCRONISMO


Pode ser que o nível de transferência de potência num alimentador específico seja tal que os sistemas em ambas
os extremos do alimentador possam sair rapidamente de sincronismo se o alimentador for aberto. Se for este o
caso, normalmente é necessário religar o alimentador tão rápido quanto possível para evitar perda de
sincronismo. Isto é chamado de religação automática de alta velocidade (HSAR). Nesta situação, o parâmetro do
tempo morto deve ser ajustado para o tempo mínimo necessário. Este parâmetro de tempo deve atender as
limitações de tempo morto mínimo impostas pelo disjuntor e a proteção associada, que deve ser suficiente para
permitir a desionização completa do trajeto do defeito e restauração do nível total da tensão de ruptura. Os
valores típicos de tempo morto para HSAR estão entre 0,3 e 0,5 segundos.
Num sistema de transmissão altamente interconectado, onde caminhos alternativos de transferência de potência
normalmente mantêm todo o sistema em sincronismo mesmo quando um alimentador específico se abre, ou
num sistema de fornecimento radial onde não existem implicações de estabilidade, prefere-se normalmente
deixar um alimentador aberto por alguns segundos após o desaparecimento do defeito. Isso permite que o
sistema estabilize e reduz o choque no sistema com a religação. Isto é chamado de religação automática
atrasada ou lenta (DAR). O parâmetro do tempo morto para DAR é escolhido normalmente pela conveniência
operacional.

8.2.2 CONVENIÊNCIA OPERACIONAL


Quando o HSAR não é necessário, o tempo morto escolhido para a primeira religação seguinte a um disparo por
defeito não é crítico. Poderia ser longo o suficiente para permitir a queda de qualquer transiente resultante, mas

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Capítulo 13 - Religação auto. P14D

não tão longo para causar inconvenientes importantes aos consumidores afetados pela perda do alimentador. O
parâmetro escolhido frequentemente depende da experiência com a manutenção do alimentador específico.
Os valores típicos de tempo morto na primeira tentativa em sistemas de distribuição de 11 kV são de 5 a 10
segundos. Em situações em que dois circuitos paralelos de uma subestação são levados pelas mesmas torres,
normalmente é estipulado que os tempos mortos dos dois circuitos sejam escalonados, p. ex., um a 5 segundos e
o outro a 10 segundos, de forma que os dois disjuntores não religuem simultaneamente após um defeito que
afete os dois circuitos.
Para ciclos múltiplos de Religação Automática, os tempos mortos do segundo ciclo e dos seguintes são
normalmente mais longos que o do primeiro ciclo, para permitir que defeitos semipermanentes queimem até o
fim e para que o disjuntor recarregue. Os valores típicos de tempo morto para o segundo e terceiro ciclo são 30
segundos e 60 segundos respectivamente.

8.2.3 REQUISITOS PARA A CARGA


Alguns tipos de carga elétrica podem ter requisitos específicos para tempo morto máximo e/ou mínimo, para
evitar danos e minimizar a interrupção. Por exemplo, motores síncronos apenas são capazes de tolerar
interrupções de fornecimento de duração extremamente curta sem perder sincronismo. Na prática é desejável
desconectar o motor da rede no caso de um defeito; o tempo morto normalmente seria suficiente para permitir
um desligamento controlado. Por outro lado, os motores de indução podem suportar interrupções de
fornecimento de até 0,5 segundos tipicamente e reacelerar com sucesso.

8.2.4 DISJUNTOR
Para HSAR o tempo morto mínimo do sistema de potência irá depender do atraso mínimo imposto pelo disjuntor
durante uma operação de disparo e religação.
Após o disparo, deve ser dado tempo para o mecanismo reiniciar antes de aplicar um pulso de fecho, de outra
forma o disjuntor pode falhar em fechar corretamente. O tempo de reset irá variar dependendo do disjuntor, mas
é tipicamente 0,1 segundos.
Assem que o mecanismo tenha reiniciado, um sinal de Fecho Disj. pode ser aplicado. O intervalo de tempo entre
energizar o mecanismo de fecho e fechar os contatos é chamado de tempo de fecho. Um mecanismo de fecho
por solenoide pode levar até 0,3 segundos. Um disjuntor operado por mola, por outro lado, pode fechar em
menos de 0,1 segundos.
Quando o HSAR é necessário, para a maioria das aplicações de média tensão, o tempo de reset do mecanismo do
disjuntor por si mesmo define o tempo morto mínimo. Que será o tempo de reset do mecanismo mais o tempo de
fecho do disjuntor. Um mecanismo de solenoide não é adequado para Religação Automática de alta velocidade,
pois o tempo de fecho é geralmente muito longo.
Para a maioria dos disjuntores, após uma religação é necessário recarregar a fonte de energia do mecanismo de
fecho antes que possa ocorrer outra religação. Portanto o tempo morto para o segundo ciclo e os seguintes numa
sequência de múltiplos ciclos deve ser definido maior que o tempo de recarga da mola ou da pressão do gás.

8.2.5 TEMPO DE DESIONIZAÇÃO DO DEFEITO


Para o HSAR, o tempo de desionização do defeito pode ser o fator mais importante quando se considera o tempo
morto. Esse é o tempo requerido para que o ar ionizado se disperse em volta da posição do defeito de forma que
o nível de isolamento do ar seja restabelecido. Não se pode prever isto com precisão, mas pode-se obter uma
aproximação com a seguinte fórmula:
Tempo de desionização = (10,5 + ((tensão do sistema em kV)/34,5))/frequência
Exemplos:
Em 66 kV 50 Hz, o tempo de desionização é de aproximadamente 0,25 s
Em 132 kV 60 Hz, o tempo de desionização é de aproximadamente 0,29 s

312 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 13 - Religação auto.

8.2.6 TEMPO DE RESET DA PROTEÇÃO


É essencial que qualquer proteção escalonada no tempo seja totalmente reiniciada durante o tempo morto, de
forma que seja mantida uma discriminação correta do tempo após religar por um defeito. Para o HSAR é
necessário o reset instantâneo da proteção. Entretanto no nível da distribuição, onde as proteções são feitas
predominantemente com dispositivos de sobrecorrente e defeito à terra, o tempo de reset da proteção pode não
ser instantâneo. No caso do disjuntor religar por um defeito e a proteção não ter sofrido reset totalmente, pode
ser perdida a discriminação com a proteção adiante. Para evitar esta condição o tempo morto deve ser definido
como maior que o tempo de reset mais lento seja do dispositivo local ou de qualquer proteção adiante.
Os parâmetros típicos de tempo morto para 11/33 kV no Reino Unido são os seguintes:
primeiro tempo morto = 5 - 10 segundos
segundo tempo morto = 30 segundos
terceiro tempo morto = 60 - 180 segundos
quarto tempo morto = 1 - 30 minutos

Nota:
Um quarto tempo morto é incomum no Reino Unido, entretanto isso pode ser comum em outros países como a África do Sul.

8.3 CONFIGURAÇÃO DO TEMPORIZADOR DE RECUPERAÇÃO


Vários fatores influenciam a escolha do temporizador de recuperação:
● Continuidade do fornecimento: tempos de recuperação grandes resultam em bloqueio desnecessário por
defeitos transientes.
● Incidência de defeitos/Experiência passada: pequenos tempos de recuperação podem ser necessários
onde haja uma grande incidência de queda de raios, para evitar o bloqueio desnecessário por defeitos
transientes.
● Tempo de acionamento da mola: para o HSAR o tempo de recuperação pode ser definido maior que o
tempo de acionamento da mola para garantir que haja energia suficiente no disjuntor para realizar um
ciclo de abrir-fechar-abrir. Para Religação Automática atrasada não há necessidade pois o tempo morto
pode ser estendido por um tempo extra de janela de verificação de estado do Disj se houver energia
suficiente no Disj. Se não houver energia suficiente após o tempo da janela de verificação o IED bloqueia.
● Manutenção em equipamento de manobra: operação excessiva resultante de tempos de recuperação
curtos podem significar períodos de manutenção mais curtos. Um tempo mínimo de recuperação de mais
de 5 segundos pode ser necessário para dar tempo ao disjuntor para recuperar após uma abertura e fecho
antes que possa realizar outro ciclo de abrir-fechar-abrir. Este tempo irá depender da classificação de
trabalho do disjuntor.

O tempo de recuperação deve ser longo o suficiente para permitir que qualquer Religação Automática iniciada
por proteção atrasada opere. Deixar de fazer isto resultaria em reset prematuro do esquema de Religação
Automática e reabilitação da proteção instantânea. Se essa condição surgisse, um defeito permanente pareceria
efetivamente com vários defeitos transientes, resultando numa religação contínua, a menos que sejam tomadas
medidas adicionais tais como bloqueio de proteção por frequência excessiva de defeitos.
A proteção de defeito de terra de alta sensibilidade é aplicada para detectar defeitos de terra de alta resistência e
normalmente possui um logo atraso de 10 - 15 segundos típicos. Esse tempo mais longo deve ser levado em
consideração se a religação automática for por proteção SEF. Os defeitos de terra de alta resistência raramente
são transientes e podem ser um perigo para o público. É uma prática comum, portanto, bloquear a Religação
Automática pela operação da proteção de defeito à terra de alta sensibilidade com bloqueio do disjuntor.
Um tempo de recuperação típico para 11/33 kV no Reino Unido é de 5 - 10 segundos. Isto evita bloqueio
desnecessário durante tempestades de raios. No entanto, tempos de recuperação de até 60 - 180 segundos
podem ser usados noutros locais do mundo.

P14D-TM-PT-7 313
Capítulo 13 - Religação auto. P14D

314 P14D-TM-PT-7
MONITORIZAÇÃO E CONTROLO

CAPÍTULO 14
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

316 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Além de fornecer uma gama de funções de proteção, o produto inclui uma funcionalidade abrangente de
monitorização e controlo.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão Geral do Capítulo 317
Registos 318
Registo de perturbação 322
Medições 323
Monitorização da Condição do Disjuntor 327
Monitorização do Estado do Disjuntor 329
Controle do disjuntor 331
Função Polo Morto 336
Verif.Sistema 337

P14D-TM-PT-7 317
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

2 REGISTOS
O IED regista três tipos de registos diferentes. Que são os registos de Eventos, Defeitos e Manutenção, os quais são
armazenados na memória não volátil do IED. É importante fazer registos porque permite que se estabeleça a
sequência de eventos que ocorreu, por exemplo, de seguida a uma condição particular do sistema de potência.
Este dispositivo é capaz de armazenar até:
● 2048 registos de evento
● 10 registos de defeito
● 10 registos de manutenção
Quando o espaço disponível se esgota, o registo mais antigo é sobrescrito automaticamente pelo mais novo. O
relógio interno do IED fornece uma etiqueta de horário para cada evento, com uma resolução de 1 ms.
A coluna de VER REGISTOS contém detalhes destes registos de Eventos, Defeitos e Manutenção, os quais podem
ser exibidos no painel frontal do IED, embora seja muito mais fácil visualizá-los usando o software aplicativo de
configuração.
O dispositivo é capaz de armazenar até 2048 registros de eventos.
Além do registro de eventos, não existem registros adicionais que contenham duplicatas dos últimos 10 registros
de manutenção e dos 10 últimos registros de falha. A finalidade disto é prover um acesso conveniente aos
eventos de manutenção e falha mais recentes.

2.1 TIPOS DE EVENTO


Existem vários tipos diferentes de evento:
● Eventos de entradas digitais (mudança de estado da entrada digital)
● Eventos de contatos (mudança de estado do contato do relé de saída)
● Eventos de alarme
● Eventos de proteção (arranques e disparos)
● Notificações de registos de falhas
● Notificações de relatório de manutenção
● Eventos de Segurança
● Eventos de Plataforma

2.1.1 EVENTOS DE ENTRADAS DIGITAIS


Se uma ou mais entradas digitais tiver mudado de estado desde a última execução do algoritmo de proteção, o
novo estado lógico é registado como um evento. Detalhes do evento são exibidos na coluna VER REGISTOS.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e é sempre mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento na célula Record Text para este tipo de evento é sempre Entradas Lógicas #
onde # é o número de grupo das entradas digitais. É '1' para o primeiro grupo de 32 entradas digitais e'2' para o
segundo grupo de 32 entradas digitais (se aplicável).
O valor do evento mostrado na célula Record Value para este tipo de evento é uma string binária do tipo de dado
G8 ilustrando seus estados lógicos, no qual o BmS (da direita) corresponde à primeira entrada digital.
A mesma informação também está na célula Estados Ent.Digi na coluna DADOS SISTEMA.

2.1.2 EVENTOS DE CONTATO


Se um ou mais relés de saída tiver mudado de estado desde a última vez que o algoritmo de proteção foi
executado, o novo estado lógico é registado como um evento. Detalhes do evento são exibidos na coluna VER
REGISTOS.

318 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e é mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento na célula Record Text para este tipo de evento é sempre Contacto Saída #
onde # é o número de grupo dos contatos de saída do relé. Este é '1' para o primeiro grupo de 32 contatos de
saída e'2' para o segundo grupo de 32 contatos de saída (se aplicável).
O valor do evento mostrado na célula Record Value para este tipo de evento é uma string binária do tipo de dado
G9 ilustrando os seus estados lógicos, no qual o BmS (da direita) corresponde ao primeiro contato de saída.
A mesma informação também está na célula Estad.Relés.Said na coluna DADOS SISTEMA.

2.1.3 EVENTOS DE ALARME


O IED regista qualquer condição de alarme que gera como evento individual. Detalhes do evento são exibidos na
coluna VER REGISTOS.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e é sempre mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento na célula Record Text para este tipo de evento é dependente do tipo de alarme dos
quais existem muitos. Estes estão definidos nos tipos de dados G96-1, G96-2 e G228 como mostrado abaixo:
A mesma informação também está nas células Estado Alarme 1, Estado Alarme 2 and Estado Alarme 3 na
coluna DADOS SISTEMA.

Nota:
Estado Alarme 1 está duplicado nas células 22 e 50.

O valor do evento não está mostrado na célula Record Value para este tipo de evento. É destinado ao uso pelo
software de extração.

2.1.4 EVENTOS DE REGISTO DE DEFEITO


Um registo de evento é criado cada vez que um registo de defeito é gerado. Este registo de evento é diferente do
Registo de Defeito em si. O registo de evento simplesmente informa que um registo de defeito foi gerado, mas não
contém nenhum detalhe do defeito.
Detalhes do evento são exibidos na coluna VER REGISTOS.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e é sempre mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento na célula Record Text para este tipo de evento é apenas Registo de Defeito.

2.1.5 EVENTOS DE SEGURANÇA


Um registo de evento é gerado cada vez que uma configuração é executada, requerendo um nível de acesso.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e isto é sempre mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento mostrada na célula Record Text exibe o tipo de alteração. Estas são as seguintes:
Valor do Evento Texto do Evento Descrição
0 ENTRADA UTILIZ. Um utilizador fez login
1 SAÍDA UTILIZADOR Um utilizador fez logoff
2 P/WORD EM BRANCO Foi definida uma senha em branco
3 Password N/NERC A senha não é compatível com NERC
4 P/WORD ALTERADA A senha foi alterada
5 P/WORD BLOQUEADA Uma senha foi bloqueada
6 P/WORD N/BLOQUE. A senha foi desbloqueada
7 P/W ENT.EM BRANC Foi introduzida uma senha enquanto estava bloqueada

P14D-TM-PT-7 319
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

Valor do Evento Texto do Evento Descrição


8 P/W Introd.Inval Foi introduzida uma senha inválida
9 P/W Temp.Expirad O tempo limite da senha expirou
10 RECUP.P/W INTROD A senha de recuperação foi introduzida
11 IED COD.SEG.LIDO O código de segurança do IED foi lido
12 IED COD.SEG.EXP. O código de segurança do IED expirou
13 PORTA DESACTIVA Uma porta foi desactivada
14 PORTA ACTIVA Uma porta foi activada
15 Def.Disp.N/NERC O display inicial não é compatível com NERC
16 PSL PARAM.DESCAR Os parâmetros do PSL foram transferidos para o IED
17 DNP PARAM.DESCAR Os parâmetros de DNP foram transferidos para o IED
18 DADOS TRA.DESCAR Os Dados de Rastreio foram transferidos para o IED
19 IED CONFIG DESCAR Um arquivo de configuração foi transferidos para o IED
20 CURVA UTL.DESCAR Uma curva de utilizador foi transferida para o IED
21 Param.Grp.Descar Um grupo de parâmetros foi transferido para o IED
Uma configuração do Gravador de Osciloperturbografia foi
22 DR Param.Descar.
transferida para o IED
23 PSL PARAM.CARREG Os parâmetros do PSL foram carregados do IED
24 DNP PARAM.CARREG Os parâmetros de DNP foram carregados do IED
25 DADOS TRA.CARREG Os Dados de Rastreio foram carregados do IED
26 IED CONFIGCARREG Um arquivo de configuração foi carregado do IED
27 CURVA UTL.CARREG Uma curva de utilizador foi carregada do IED
28 PSL CONF.CARREG. Uma configuração de PSL foi carregada do IED
29 PARAM.CARREGADOS Parâmetros foram carregados do IED
30 Eventos Extraid. Os eventos foram extraídos
31 Desel. Grp.Activo Por "Interface" O grupo ativo deixou de ser selecionado por um interface
32 Desel. Grp Select By "Interface" O grupo ativo foi selecionado por uma interface
33 Desel. Grp.Activo Por Opto O grupo ativo deixou de ser selecionado por uma entrada digital
34 Desel. Grp Select By Opto O grupo ativo foi selecionado por uma entrada digital
35 C & S Alterados Um parâmetro de controlo e suporte foi alterado
36 DR Alterados Um parâmetro do Gravador de Osciloperturbografia foi alterado
37 PARAM.ALTERADOS Parâmetros foram alterados
38 Defeit.Param.Utl A configuração padrão foi restaurada
39 Defeit.Curva Utl A curva padrão foi restaurada
40 LIGAR ALIMENT. A energia foi ligada
41 Aplic.Descarg. Um aplicativo foi transferido para o IED
42 IRIG-B Set None A interface IRIG-B foi definida como "Nenhuma"
43 IRIG-B Set Port1 A interface IRIG-B foi definida como "RP1"
44 IRIG-B Definido Port2 A interface IRIG-B foi definida como "RP2"

2.1.6 EVENTOS DE MANUTENÇÃO


As falhas internas detectadas pelos circuitos de automonitorização são registados como registos de manutenção.
Um registo de evento é criado cada vez que isto acontece. Detalhes do evento são exibidos na coluna VER
REGISTOS.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e isto é sempre mostrado primeiro.

320 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

A descrição do tipo de evento na célula Record Text para este tipo de evento é apenas Registo Manuten.
A célula Record Value também fornece um código binário único, o qual deve ser anotado.

2.1.7 EVENTOS DE PROTECÇÃO


O IED regista arranques e disparos da proteção como eventos individuais. Detalhes do evento são exibidos na
coluna VER REGISTOS.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e é sempre mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento na célula Record Text para este tipo de evento é dependente do evento de proteção
que ocorreu. Cada vez que ocorre um evento de proteção, um sinal DDB muda de estado. É o nome deste sinal
DDB seguido por ON ou OFF que aparece na célula Record Text.
O valor do evento não está mostrado na célula Record Value para este tipo de evento. Ele é destinado ao uso pelo
software de extração. Entretanto, as strings binárias podem ser vistas na coluna TESTES COMISSION no grupo de
células DDB relevante.

2.1.8 EVENTOS DE PLATAFORMA


Existe um grupo de eventos que veio classificado como Eventos Gerais.
Um carimbo de Hora e Data está sempre associado com o evento em questão e isto é sempre mostrado primeiro.
A descrição do tipo de evento mostrado na célula Record Text exibe o tipo de alteração. São as seguintes:
Valor do Evento Texto do Evento Descrição
0 Alarmes Apagados O registo de alarmes foi apagado
1 Eventos Apagados O registo de eventos foi apagado
2 Defeitos Apagados O registo de defeitos foi apagado
3 Manuten.Apagados O registo de manutenção foi apagado
4 IRIG-B Activo IRIG-B está activo
5 IRIG-B Inactivo IRIG-B está desactivo
6 Tempo Sincroniz. O horário foi sincronizado
7 Reset Indicações As indicações dos LEDs sofreram reset
14 NIC Falha Lig. A Placa de Interface de Rede falhou
15 Reg.Osc.Apagados Os registos de oscilografia foram apagados
16 IO Upgrade OK A E/S foi atualizada com sucesso

P14D-TM-PT-7 321
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

3 REGISTO DE PERTURBAÇÃO
O gravador de osciloperturbografia pode registar formas de onda dos canais analógicos calibrados, mais os
valores dos sinais digitais. O gravador de osciloperturbografia recebe dados uma vez por ciclo e coleta os dados
recebidos num registo de oscilografia. Os registos de oscilografia podem ser extraídos usando um software
aplicativo ou o sistema SCADA, os quais também podem armazenar os dados no formato COMTRADE, permitindo
o uso de outros pacotes para visualizar os dados gravados.
O gravador de osciloperturbografia possui uma área de memória reservada especificamente para armazenar
registos de oscilografia. O número de registos que podem ser armazenados é dependente da duração da
gravação. O tempo de gravação total máximo é de 94,5 segundos, no qual a duração mínima é de 0,1 s e a
máxima é de 10,5 s.
Quando a memória disponível se esgota, os registos mais antigos são sobrescritos pelos mais novos.
O gravador de osciloperturbografia armazena as amostras a uma taxa de 24 amostras por ciclo.
Cada registo de oscilografia consiste de 8 canais de dados analógicos e 32 canais de dados digitais. As relações
relevantes de TI e TT para os canais analógicos também são extraídas para permitir escalar os valores para o
primário.
Os tempos de gravação de defeito são definidos por uma combinação das células Duração e Posição Partida. A
célula Duração define o tempo total de gravação e a célula Posição Partida define o ponto de acionamento
como uma porcentagem da duração. Por exemplo, os parâmetros padrão mostram que o tempo total de
gravação está definido como 1,5 s e o ponto de acionamento como 33,3% desta, dando tempos de gravação de
0,5 s pré-defeito e 1 s pós-defeito.
Com o Modo Partida definido como Simples, se ocorrer outro acionamento enquanto estiver a efectuar uma
gravação, o gravador irá ignorar o acionamento. Entretanto, com o Modo Partida for definido como Ampliado, o
temporizador pós-acionamento voltará para zero, ampliando assim o tempo de gravação.
Pode-se selecionar qualquer uma das entradas analógicas do IED como canal analógico a ser gravado. Pode-se
também mapear qualquer uma das entradas digitais para os canais digitais. Além disso, pode-se também mapear
um número de sinais DDB internos tais como Arranques e LEDs para canais digitais.
Pode escolher qualquer um dos canais digitais para acionar o gravador de osciloperturbografia numa tansição de
baixo para alto ou de alto para baixo, através da célula Ent.Dig. Arr. Os parâmetros padrão são tais que qualquer
contato de saída de disparo dedicado irá acionar o gravador.
Não é possível ver os registos de oscilografia localmente através do LCD do painel frontal. É preciso extraí-los
usando um software adequado como o MiCOM S1 Agile.

322 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

4 MEDIÇÕES

4.1 GRANDEZAS MEDIDAS


O dispositivo mede diretamente e calcula várias grandezas do sistema, que são atualizadas a cada segundo.
Pode-se ver estes valores na coluna MEDIDAS ou com o Visualizador de Medidas do MiCOM S1 Agile. Dependendo
do modelo, o dispositivo pode medir e exibir algumas das seguintes grandezas:
● Correntes medidas e sequência calculada e correntes RMS
● Tensões medidas e sequência calculada e tensões RMS
● Valores de potência e energia
● valores de demanda de pico, fixa e móvel
● Medidas de frequência
● Outras medidas

4.1.1 CORRENTES MEDIDAS E CALCULADAS


O dispositivo mede valores de corrente entre fases e entre fase e neutro. Os valores são produzidos amostrando
os valores das entradas analógicas, convertendo-os em valores digitais e usando algoritmos especiais para
apresentar os valores de amplitude e fase. Os valores de sequência são produzidos processando os valores
medidos. Estes também são exibidos como valores de amplitude e ângulo de fase. Os valores de tensão e corrente
RMS de fase são calculados usando a soma das amostras elevada ao quadrado durante um ciclo de dados
amostrados.
Estas medidas estão contidas na coluna MEDIDAS 1.

4.1.2 TENSÕES MEDIDAS E CALCULADAS


O dispositivo mede valores de tensão entre fases e entre fase e neutro. Os valores são produzidos amostrando os
valores das entradas analógicas, convertendo-os em valores digitais e usando algoritmos especiais para
apresentar os valores de amplitude e fase. Os valores de sequência são produzidos processando os valores
medidos. Estes também são exibidos como valores de amplitude e ângulo de fase. Os valores de tensão e corrente
RMS de fase são calculados usando a soma das amostras elevada ao quadrado durante um ciclo de dados
amostrados.
Estas medidas estão contidas na coluna MEDIDAS 1.

4.1.3 VALORES DE POTÊNCIA E ENERGIA


Usando as tensões e correntes medidas o dispositivo calcula os valores de potência aparente, real e reativa. Estas
são produzidas para cada fase com os valores trifásicos baseados na soma dos valores individuais das três fases.
Os sinais das medidas de potência real e reativa podem ser controlados usando o parâmetro de modo de
medição. As quatro opções estão definidas na seguinte tabela:
Modo Medida Parâmetro Sinal
Potência Exportada +
0 Potência Importada –
(Por Defeito) VArs Atrasada +
VArs Adiantada –
Potência Exportada –
Potência Importada +
1
VArs Atrasada +
VArs Adiantada –

P14D-TM-PT-7 323
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

Modo Medida Parâmetro Sinal


Potência Exportada +
Potência Importada –
2
VArs Atrasada –
VArs Adiantada +
Potência Exportada –
Potência Importada +
3
VArs Atrasada –
VArs Adiantada +

O dispositivo também calcula os fatores de potência de cada fase e trifásico.


Estes valores de potência também são usados para incrementar as medidas de energia total, real e reativa.
Medidas separadas de energia são mantidas para a energia total exportada e importada. As medidas de energia
são acumuladas até os valores máximos de 1000 GWhr ou 1000 GVARhr a partir do qual reiniciam a zero, também
é possível reiniciar estes valores usando o menu ou interfaces remotas com a célula de Reset Demanda.
Estas medidas estão contidas na coluna MEDIDAS 2.

4.1.4 VALORES DE DEMANDA


O dispositivo produz valores de demanda fixa, móvel e de pico. É possível reiniciar estes valores usando a célula
Reset demanda.
O valor da demanda fixa é a média de um valor num intervalo especificado. Os valores são produzidos para cada
corrente de fase e para a potência trifásica real e reativa. Os valores de demanda fixa exibidos são aqueles do
intervalo anterior. Os valores são atualizados ao final do período da demanda fixa.
Os valores da demanda móvel são semelhantes aos da demanda fixa, a diferença consistindo no uso de uma
janela móvel. A janela da demanda móvel consiste de vários subintervalos menores. A resolução da janela móvel é
o comprimento do subintervalo, os valores exibidos são atualizados no final de cada subintervalo.
Os valores da demanda de pico são produzidos para cada corrente de fase e para a potência real e reativa. Estes
exibem o valor máximo da grandeza medida desde o último reset dos valores de demanda.
Estas medidas estão contidas na coluna MEDIDAS 2.

Nota:
Do P14D, versão 55 em diante, foi incluído um sinal DDB de entrada opto-acoplada Reset Demanda.

4.1.5 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA


O dispositivo produz uma gama de estatísticas e medidas de frequência relativas à função de Proteção de
Frequência. Estas incluem medidas de Verificação de sincronização e de Frequência de deslizamento encontradas
na coluna MEDIDAS 1, medidas de Taxa de Variação de Frequência encontradas na coluna MEDIDAS 3 e
estatísticas de Proteção de Frequência encontradas na coluna ESTATISTIC. FREQ.
O dispositivo produz as medidas de frequência de deslizamento medindo a taxa de alteração do ângulo de fase
entre as tensões do barramento e da linha, durante o período de um ciclo. A medida de frequência de
deslizamento assume que o fasor de referência é o da tensão do barramento.

4.1.6 OUTRAS MEDIDAS


Dependendo do modelo, o dispositivo produz uma gama de outras medidas como as de 2ª harmônica, térmicas,
potência SEF, impedância e medidas adicionais de frequência.
Estas medidas estão contidas na coluna MEDIDAS 3.

324 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

4.2 CONFIGURAÇÃO DE MEDIÇÃO


Você pode definir a forma como as medições são configuradas e exibidas por meio da coluna CONFIG.MEDIDAS e
as medições serão exibidas nas respectivas tabelas MEDIDAS.

4.3 LOCALIZADOR DE DEFEITO


Alguns modelos fornecem a função de localização do defeito. É possível identificar a localização do defeito
medindo a amplitude e as fases da tensão e corrente de defeito e apresentando estas informações a uma Função
de Localização de Defeito. O localizador de defeito é acionado sempre que um registo de defeito é gerado e os
dados subsequentes de localização do defeito são incluídos como parte do registo do defeito. Esta informação é
também mostrada na célula Localiz.Falha na coluna VER REGISTOS. Esta célula define a localização do defeito em
metros, milhas, ohms ou percentagem, dependendo da unidade escolhida na célula Localiz.Falha na coluna
CONFIG.MEDIDAS.
O Localizador de Defeitos usa 12 ciclos dos sinais de entrada analógica para calcular a localização do defeito. O
resultado está incluído no registo da defeito. As tensões pré-falha e pós-falha também são apresentadas no
registo de defeito. Os parâmetros associados ao Localizador de Defeito podem ser encontrados na coluna
LOCALIZ. DEFEITO.

4.3.1 EXEMPLO DE PARÂMETROS DO LOCALIZADOR DE DEFEITO


Assumindo os seguintes dados para a linha protegida:
Parâmetro Valor
Relação do TI 1200/5
Relação do TT 230000/115
Compriment.Linha 10 km
Impedância de linha de sequência positiva ZL1 (por km|) 0,089+j0,476 Ohms/km
Impedância de linha de sequência zero ZL0 0,34+j1,03 ohms/km
Impedância mútua de sequência zero ZM0 0,1068+j0,5712 Ohms/km

Os parâmetros de amplitude e ângulo da impedância de linha são calculados como segue:


● Relação de impedância do primário para o secundário = relação de TI/relação de TT = 0,12
● Impedância de linha de sequência positiva ZL1 (total) = 0,12 x 10(0,484Ð79,4°) = 0,58 Ð79,4°
● Portanto o comprimento definido da linha = 0,58
● Ângulo da linha = 79°

A amplitude e ângulo de compensação da impedância residual são calculados usando a seguinte fórmula:

ZL0 − ZL1 ( 0.34 + j1.03) − ( 0.089 + j 0.476 ) 0.6∠65.2°


KZn = = = = 0.41∠ − 14.2°
3ZL1 3 ( 0.484∠79.4° ) 1.45∠79.4°

Portanto os parâmetros são:


● KZN Residual = 0,41
● Ângulo de KZN Resid. = -14

4.4 CARIMBO DE TEMPO AMPLIADO


Cada entrada digital tem o horário carimbado com uma tolerância de +/- 1 ms em relação ao Relógio de Tempo
Real. Estes carimbos de tempo são usados para os registos de eventos de entradas digital e para a gravação de
oscilografia. O dispositivo precisa ser sincronizado com precisão a uma origem de relógio externa tal como o sinal
IRIG-B ou com um sinal de relógio mestre fornecido no protocolo de dados relevante.

P14D-TM-PT-7 325
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

Para ambas as entradas digitais filtradas ou não, o carimbo de tempo de um evento de mudança de entrada
digital é o horário de amostragem no qual a mudança de estado ocorreu. Se uma mistura de entradas digitais
filtradas e não filtradas mudar de estado no mesmo intervalo de amostragem, estas mudanças de estado serão
informadas como um único evento. O carimbo de tempo ampliado de entradas digitais é consistente em todos os
protocolos implementados. As mensagens GOOSE são publicadas de forma oportuna e não são atrasadas por
nenhum mecanismo de filtragem de eventos.

326 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

5 MONITORIZAÇÃO DA CONDIÇÃO DO DISJUNTOR


O dispositivo regista várias estatísticas relacionadas a cada operação de disparo de disjuntor permitindo que seja
feita uma avaliação precisa da condição do disjuntor. Os contadores de monitorização da condição do disjuntor
são incrementados cada vez que o dispositivo emite um comando de disparo.
Estas estatísticas estão disponíveis na coluna CONDIÇÃO DISJ. e são mostradas abaixo. As células mostradas no
menu são apenas valores de contador e não podem ser definidas diretamente. Os contadores, no entanto, podem
sofrer reset durante a manutenção. Isto é obtido com o parâmetro Reset Disj.Dados.

Nota:
Quando no modo de teste de Comissionamento os contadores de monitorização do Disj. não são atualizados.

5.1 NOTAS DE APLICAÇÃO

5.1.1 DEFININDO OS LIMIARES PARA A CORRENTE INTERROMPIDA TOTAL


Onde as linhas de transmissão de energia forem protegidas por disjuntores a óleo (OCB), a troca do óleo
representa uma parte significativa dos custos de manutenção do dispositivo de manobra. Frequentemente, as
trocas de óleo são realizadas após um número fixo de operações de falha do Disj. Entretanto, isto pode resultar
em manutenção prematura onde as correntes de defeito tenham a tendência de serem baixas, porque a
degradação do óleo pode ser mais lenta do que se esperaria normalmente. O Acumulador da Corrente Total
(contador de I^) armazena e acumula o valor total da corrente interrompida pelo disjuntor, proporcionando uma
avaliação mais precisa da condição do disjuntor.

A rigidez dielétrica do óleo geralmente diminui como uma função de I2t, onde 'I' é a corrente de falha interrompida
e 't' é o tempo de arco no tanque do disjuntor. O tempo de arco não pode ser determinado com precisão, mas é
geralmente dependente do tipo de disjuntor usado. Em vez disto, define-se um fator (I^ Partido) com um valor
entre 1 e 2, dependendo do disjuntor.
A maioria dos disjuntores teria este valor definido como '2', mas para alguns tipos de disjuntor, especificamente
aqueles que operam em sistemas de tensão mais elevada, um valor 2 pode ser muito alto. Nestas aplicações I^
Partido pode ser definida mais baixo, tipicamente 1,4 ou 1,5.
A faixa de definição para I^ Partido varia entre 1,0 e 2,0 em passos de 0,1.

Nota:
Qualquer programa de manutenção deve atender completamente as instruções do fabricante do dispositivo de manobra.

5.1.2 DEFININDO OS LIMIARES PARA O NÚMERO DE OPERAÇÕES


Toda a operação de disjuntor resulta em algum grau de desgaste para os seus componentes. Portanto, a
manutenção rotineira, tal como a lubrificação dos mecanismos, deve estar baseada no número de operações.
Uma definição adequada do limiar de manutenção permitirá a criação de um alarme, indicando quando a
manutenção preventiva é necessária. Caso a manutenção não seja realizada, o dispositivo pode ser definido para
bloquear a função de religação automática ao atingir um segundo limiar de operações (No. Ops.Bloq.Disj). Isto
evita religação posterior quando o disjuntor não tiver sofrido manutenção com o padrão exigido pelas instruções
de manutenção do fabricante do dispositivo de manobra.
Alguns disjuntores, tais como disjuntores a óleo (OCB) podem apenas realizar um certo número de interrupções de
falha antes de requerer cuidados de manutenção. Isso ocorre porque cada interrupção de falha provoca a
carbonização do óleo, degradando suas propriedades dielétricas. O limiar do alarme de manutenção (parâmetro
No. Ops.Man. Disj.) pode ser definido para indicar a necessidade de testes dielétricos do óleo, ou manutenção
mais abrangente. Novamente, o limiar de bloqueio No. Ops.Bloq.Disj pode ser definido para desactivar a

P14D-TM-PT-7 327
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

religação automática quando não puderem ser garantidas novas interrupções de falhas repetidas. Isto minimiza o
risco de fogo no óleo ou explosão.

5.1.3 DEFININDO OS LIMIARES PARA O TEMPO DE OPERAÇÃO


Uma operação lenta do Disj. indica a necessidade de manutenção do mecanismo. Os limiares de alarme e
bloqueio (Tempo Manut.Disj e Tempo Bloq.Disj.) são fornecidos para fazer isso. Eles podem ser definidos na faixa
de 5 a 500 ms. Este tempo está relacionado ao tempo de interrupção do disjuntor.

5.1.4 DEFININDO OS LIMIARES PARA FREQUÊNCIA EXCESSIVA DE DEFEITO


Defeitos permanentes geralmente irão causar o bloqueio da religação automática, com atenção de manutenção
subsequente. Defeitos intermitentes tais como conflito com a vegetação podem repetir-se fora de qualquer tempo
de recuperação e a causa comum nunca ser investigada. Por este motivo é possível definir um contador de
operações frequentes, que permita que o número de operações Cont.Freq.Falha num período de tempo definido
Tempo Freq.Falha seja monitorizado. Podem ser definidos limiares de alarme e bloqueio separados.

328 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

6 MONITORIZAÇÃO DO ESTADO DO DISJUNTOR


A monitorização de Estado do Disj. é usada para verificar o estado aberto ou fechado de um disjuntor. A maioria
dos disjuntores possui contatos auxiliares através dos quais transmitem os estados (aberto ou fechado) para
equipamentos de controlo como IEDs. Estes contatos auxiliares são conhecidos como:
● 52A para contatos que sigam o estado do Disj.
● 52B para contatos que estejam em oposição ao estado do Disj.

Todos os nossos dispositivos podem ser definidos para monitorizar ambos os tipos de disjuntor. Se o estado é
desconhecido por algum motivo, pode ser gerado um alarme.
Alguns Disj. fornecem os dois conjuntos de contatos. Se for este o caso, estes contatos estarão normalmente em
estados opostos. Caso os dois conjuntos de contatos estejam abertos, isto indicaria uma das seguintes condições:
● Contatos auxiliares/electrificação defeituosos
● Disjuntor (Disj.) defeituoso
● O Disj. em posição isolada

Caso os dois conjuntos de contatos estejam fechados, apenas uma das seguintes condições se aplicaria:
● Contatos auxiliares/electrificação defeituosos
● Disjuntor (Disj.) defeituoso

Se alguma das condições anteriores existir, será emitido um alarme após um atraso de 5 s. Um contato de saída
pode ser atribuído a esta função via o esquema lógico programável (PSL). O atraso é definido para evitar operação
indesejada durante operações normais de troca de estado.
Na coluna COMANDO DISJ existe uma célula de parâmetro chamada Estado Ent Disj. Esta célula pode ser
definida numa das seguintes opções:
● Nenhuma
● 52A
● 52B
● Ambas 52A e 52B

Onde Nenhuma for selecionada nenhum estado do Disj. fica disponível. Se apenas 52A for usada, o dispositivo
assumirá um sinal 52B na ausência de um sinal 52A. As informações de estado do disjuntor estarão disponíveis
neste caso, mas nenhum alarme de discrepância estará disponível. O acima também é válido quando apenas 52B
é usada. Se forem usados 52A e 52B então as informações de estado estarão disponíveis e um alarme de
discrepância será possível de acordo com a seguinte tabela.
Posição dos Contatos Auxiliares Estado do Disj. Detectado Ação
52A 52B
Aberto Fechado Disjuntor aberto Disjuntor operacional
Fechado Aberto Disjuntor fechado Disjuntor operacional
Fechado Fechado Falha de disjuntor Alarme criado se a condição persistir por mais de 5 s
Aberto Aberto Estado desconhecido Alarme criado se a condição persistir por mais de 5 s

P14D-TM-PT-7 329
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

6.1 LÓGICA DE MONITORIZAÇÃO DO ESTADO DO DISJ.

Estado Ent .Disj.


Nenhum
52A
52B
Ambos 52A e 52B
&
Disj. Aux.3F(52A)

& 1 Disj.Fechado 3F

& 1
Planta Estad.
Disj.1 Fechado
X1
Disj.1 Aberto

& 1

& 1 Disj.Aberto 3F

&

& Disj.Estad.Alarm
X1
Disj. Aux.3F(52B)

V01200

Figura 144: Lógica de Monitorização do Estado do Disj.

330 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

7 CONTROLE DO DISJUNTOR
Embora alguns disjuntores não ofereçam contatos auxiliares, a maioria deles fornece esses contatos para
informar o estado do disjuntor. São eles:
● Disjuntores com contatos 52A (onde o contato auxiliar segue o estado do disjuntor)
● Disjuntores com contatos 52B (onde o contato auxiliar está em estado oposto do estado do disjuntor)
● Disjuntores com contatos 52A e 52B

O controle de disjuntores só é possível se o disjuntor em questão fornecer contatos auxiliares. A célula Estado
Ent.Disj. na coluna DISJ CONTROLE deve ser configurada para o tipo de disjuntor. Se não existirem contatos
auxiliares de disjuntor disponíveis, esta célula deverá ser definida com valor Nenhum e, neste caso, não será
possível nenhum controle de disjuntor.
Para controle local, a célula CB Controle por deveria ser configurada de forma correspondente.
O contato de saída pode ser configurado para operar de acordo com um atraso de tempo definido pelo valor da
célula Temp.Man.Fecha. Uma das razões para este atraso é dar ao pessoal tempo para se afastar de forma
segura do disjuntor que recebeu um comando de fechamento.
O ciclo de controle de fechamento pode ser cancelado a qualquer momento, antes da operação do contato de
saída, por qualquer sinal de desarme apropriado, ou pela ativação do sinal DDB Reset Atr. Fecha.
O comprimentos dos pulsos de desarme e fechamento podem ser configurados nas células Imp.Tempo Abert. e
Dur impul Fechar, respectivamente. Estes valores devem ser grandes o suficiente para garantir que o disjuntor
conseguiu completar seu ciclo de fechamento, ou abertura, antes do final do pulso.
Se estiver em andamento uma tentativa de fechar o disjuntor e for gerado um sinal de desarme de proteção, o
comando de desarme de proteção terá prioridade sobre o comando de fechamento.
A configuração Reset Bloq.por é usada para ativar ou desativar o bloqueio automaticamente a partir de um
fechamento manual, após o tempo estabelecido por Temp.Res.Fec.Man.
Caso o disjuntor falhe em responder ao comando de controle (o que será indicado por não ocorrer nenhuma
mudança no estado das entradas de estado do disjuntor), será gerado um alarme após o término dos respectivos
pulsos de desarme ou fechamento. Esses alarmes podem ser vistos no mostrador LCD remotamente, ou podem
ser atribuídos a contatos de saída por meio do Esquema de lógica programável (PSL).

Nota:
Os valores Tempo Disj.Pront e Tempo Verif.Sinc definido sob esta seção de menu são aplicáveis apenas a operações
manuais de disjuntor. Essas configurações estão duplicadas no menu RELIGADOR AUTO. para uso nas aplicações de
religamento automático.

Os valores Reset Bloqueio e Reset Bloq.por são aplicáveis a bloqueios de disjuntor associados ao fechamento
manual de disjuntores, ao monitoramento de condições de disjuntores (Número de operações de disjuntor, por
exemplo) e bloqueios de religamento automático.
O dispositivo inclui as seguintes opções para controle de um único disjuntor:
● O menu do IED (controle local)
● As teclas de atalho (Hotkeys) (controle local)
● As teclas de função (controle local)
● As entradas opto-acopladas (controle local)
● Comunicação via SCADA (controle remoto)

P14D-TM-PT-7 331
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

7.1 CONTROLO LOCAL USANDO O MENU DO IED


Pode-se controlar disparos e fechos manuais com o comando Disj.Disp./Fecho na coluna DADOS SISTEMA. Pode
ser definido como Sem Operação, Disparo, ou Fecho correspondentemente.
Para que isto funcione tem que definir a célula Comando Disj.por na opção 1 Local, opção 5 Opto+Local, ou
opção 7 Opto+Local+Remoto na coluna COMANDO DISJ.

7.2 CONTROLO LOCAL USANDO AS TECLAS DE ACESSO DIRETO


As hotkeys permitem o disparo ou fecho manual do Disj. sem a necessidade de entrar na coluna DADOS SISTEMA.
Para que isto funcione tem que definir a célula Comando Disj.por na opção 1 Local, opção 5 Opto+Local, ou
opção 7 Opto+Local+Remoto na coluna COMANDO DISJ.
O controlo do Disj. usando a hotkey é obtido pressionando o botão direito diretamente abaixo do display do LCD.
Este botão só fica activo se:
● O parâmetro Comando Disj.por estiver definido em uma das opções onde o controlo local é possível
(opções 1, 3, 5 ou 7)
● O Estado Ent.Disj. estiver definido como 52A, 52B, ou Ambos 52A e 52B

Se o Disj. estiver fechado atualmente, o texto do comando no canto inferior direito do display do LCD mostrará
Disparo. Pelo contrário, se o Disj.estiver atualmente aberto, o texto do comando mostrará Fecho.
Se executar um Disparo, será exibido um ecrã com o estado do Disj. assim que o comando estiver concluído. Se
executar um 'Fecho', aparecerá um ecrã com uma barra de temporização enquanto o comando estiver a ser
executado. Este ecrã também oferece a opção de cancelar ou reiniciar o procedimento de fecho. O atraso é
determinado pelo parâmetro Tempo Fecho Man. no menu de COMANDO DISJ. Quando o comando tiver sido
executado será exibido um ecrã confirmando o estado atual do disjuntor. Será então solicitado a selecionar o
próximo comando apropriado ou a sair.
Se nenhuma tecla for pressionada por um período de 25 segundos enquanto se espera a confirmação do
comando, o dispositivo voltará a exibir o Estado do Disj. Se nenhuma tecla for pressionada por um período de 25
segundos enquanto se exibe o ecrã de estado do Disj., o dispositivo voltará para o ecrã inicial.
Para evitar operação acidental da função disparo ou fecho, os comandos de controlo do Disj. por hotkey são
desactivados por 10 segundos após a saída do menu de hotkey.
A função de acesso direto é resumida graficamente abaixo:

332 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

Ecran por Def.

HOTKEY DJ.CTRL

Hotkey Menu

Disj. Fechado Disj. aberto

<ESTADO DISJUNTOR> EXECUTAR <ESTADO DISJUNTOR> EXECUTAR EXECUTAR FECHO


FECHADO DISJ.DISPARO ABERTO DISJ.FECHO 30 seg.

DISPARO SAIR CONFIRMAR CANCELAR SAIR FECHAR CANCELAR CONFIRMAR CANCELAR REINICIAR

E01209

Figura 145: Navegação no menu de Acesso Direto

7.3 CONTROLO LOCAL USANDO AS TECLAS DE FUNÇÃO


Também pode usar as teclas de função para permitir o controlo direto do disjuntor. Isto possui uma vantagem
sobre as hotkeys, que os LEDs associados às teclas de função podem indicar o estado do Disj. O PSL padrão está
definido de forma que a Tecla de função 2 inicia um disparo e a Tecla de função 3 inicia um fecho. Para que isto
funcione tem que definir a célula Comando Disj.por na opção 5 Opto+Local, ou opção 7 Opto+Local
+Remoto na coluna COMANDO DISJ.
A lógica do PSL padrão para o mapeamento de tecla de função é mostrada abaixo. Como se pode ver, as teclas de
função 2 e 3 já foram associadas ao controlo do Disj. no PSL padrão.

Tecla Fn 1 Blq.Rem.Ops.Disj

TeclFn LED1 Verm

Tecla Fn 2 Inicio Disp.Disj

TeclFn LED2 Verm

FnKey LED 2 Grn

Tecla Fn 3 Inic.Fecho.Disj

1 TeclFn LED3 Verm


Fecho em Curso
FnKey LED 3 Grn
V02025

Figura 146: PSL padrão de tecla de função


Os LEDs programáveis de tecla de função foram mapeados de forma a indicarem amarelo enquanto as teclas
estiverem ativadas.

P14D-TM-PT-7 333
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

7.4 CONTROLO LOCAL USANDO ENTRADAS DIGITAIS


Certas aplicações podem requerer o uso de botões ou de outros sinais externos para controlar as várias
operações de controlo do Disj. É possível conectar estes botões e sinais a entradas digitais e mapeá-los aos sinais
DDB correspondentes.
Para que isto funcione tem que definir a célula Comando Disj.por na opção 2 Remoto, opção 4 opto, opção 5
Opto+Local, opção 6 Opto + Remoto ou opção 7 Opto+Local+Remoto na coluna COMANDO DISJ.

7.5 CONTROLO REMOTO


O Controlo Remoto do Disj pode ser alcançado definindo a célula Disj.Disp./Fecho na coluna de DADOS SISTEMA
para disparar ou fechar usando um comando Courier para a interface traseira RP1.
Para que isso funcione você tem que definir a célula Comando Disj.por na opção 2 Remoto, opção 3 Local
+Remoto, opção 6 Opto+Remoto ou opção 7 Opto+Local+Remoto na coluna COMANDO DISJ.
Recomenda-se que sejam alocados contatos separados de relé de saída para controlo remoto do Disj. e disparo
de proteção. Isto permite que selecione as saídas de controlo usando um simples comutador local/remoto
conforme mostrado abaixo. Quando este recurso não é necessário o mesmo contato(s) de saída pode ser usado
para disparo da proteção e disparo remoto.

Disparo da
proteção

Disparo
Remoto
Controle
Disparo Fecho
Remoto
Controle
Fecho

Local

Remoto

Disparo Fecho

E01207

Figura 147: Controlo Remoto do Disjuntor

7.6 VERIFICAÇÃO DE SINCRONIZAÇÃO


Onde estiver definida a função verificar sincronismo, pode ser activada para supervisionar comandos manuais de
Fecho do disjuntor. Um comando de Fecho do disjuntor apenas será emitido se os critérios de Verificar
Sincronização forem satisfeitos. Pode ser definido um atraso com o parâmetro Tempo Verif.Sinc. Se os critérios de
Verificar Sincronização não forem satisfeitos dentro do período de tempo seguinte a um comando de Fecho o
dispositivo bloqueará e emite alarme.

334 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

7.7 VERIFICAÇÃO DE DISJ. OPERACIONAL


Uma verificação de Disj Operacional também está disponível se necessária. Esta facilidade aceita uma entrada
numa das entradas digitais para indicar que o disjuntor é capaz de fechar (p.ex., que ele está totalmente
carregado). Pode ser definido um atraso com o parâmetro Tempo Disj.Pront. Se o Disj. não indicar uma condição
operacional dentro do período de tempo seguinte a um comando de Fecho o dispositivo bloqueará e emite
alarme.

7.8 LÓGICA DE CONTROLO DO DISJ.


DISJ CONTROLE
Desativado Optico
Local Optico+local
1 Habilitar disparo e fechamento de Disj .
Remoto Optico+Remoto iniciado por entrada optoisolada
Local+Remoto Opto+Rem+Local

Disparo da IHM Controlo Disparo


1
& & S
Inicio Disp.Disj Q
R & DisjDispManFalha

&
Inic.Fecho.Disj 1 Fecho em Curso
Tempo de fechamento de
Fecho da IHM controle com atraso
& S
Controlo Fecho
Q Pulso de
Relig.em Curso R & fechamento
1 S
Fecho Automatico Q Saída pulsada memorizada
R na IHM
Somente modelos com & Disj.Fecho Falha
Relig.

Reset Temp .Fecho 1

Ent.Comando Disp 1
1
Disp.Ext.3 Fases

Controlo Disparo

Disj.Aberto 3F
1
Disj.Fechado 3F Janela Disj.
Saudável

& Man Disj.Falha


Disj.Pronto

Janela C/S
Somente modelos de
tensão
& Man n/Verif.Sinc
Man Verif .Sincr.

V01208

Figura 148: Lógica de Controlo do Disj.

P14D-TM-PT-7 335
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

8 FUNÇÃO POLO MORTO


A Lógica de Polo Morto é usada para indicar que uma ou mais fases da linha estão mortas. Também pode ser
usada para bloquear a operação de elementos de subfrequência e subtensão onde aplicável.
Uma condição de Polo Morto é determinada pela medição das correntes e/ou tensões de linha ou pela
monitorização do estado dos contatos auxiliares do disjuntor.

8.1 LÓGICA DE POLO MORTO

IA

Hardcoded threshold & 1 Polo A Morto

VA

Hardcoded threshold

IB

Hardcoded threshold & 1 Polo B Morto

VB

Hardcoded threshold

IC

Hardcoded threshold & 1 Polo C Morto

VC

1 Qualq.Polo Morto
Hardcoded threshold

TPS Bloq. Lento


& Todos Polos Mort
Disj. Aberto 3F

V01201

Figura 149: Lógica de Polo Morto


Se a corrente e a tensão de linha caírem abaixo de um certo limiar o dispositivo iniciará uma condição de Polo
Morto. Os limiares de subtensão (V<) e subcorrente (I<) estão em código fixo internamente.
Se um ou mais polos estiverem mortos, o dispositivo indicará qual a fase que está morta e também forçará o sinal
DDB Qualq.Polo Morto. Se todas as fases estiverem mortas o sinal Qualq.Polo Morto será acompanhado pelo
sinal Todos Polos Mort.
Se o TT falhar, um sinal VTS Bloq.Lento é retirado da lógica de VTS para bloquear as indicações de Polo Morto que
seriam geradas pelos limiares de subtensão e subcorrente. Entretanto, a lógica de VTS não bloqueará as
indicações de Polo Morto se forem iniciadas por um sinal Disj.Aberto 3F. Um sinal Disj.Aberto 3F inicia
automaticamente uma condição de Polo Morto independente da medição de corrente e tensão.

336 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

9 VERIF.SISTEMA
Em algumas situações é possível que os lados do "barramento" e "linha" de um disjuntor estejam vivos quando o
disjuntor estiver aberto - por exemplo, nas extremidades de um alimentador que tem uma fonte de energia em
cada ponta. Portanto, normalmente é necessário verificar se as condições da rede em ambos os lados são
adequadas, antes de fechar o disjuntor. Isto aplica-se ao fecho manual do disjuntor e à religação automática. Se
um disjuntor estivesse para fechar quando as tensões da linha e do barramento estão vivas, com uma grande
diferença de ângulo de fase, frequência ou amplitude entre elas, o sistema poderia ficar sujeito a um choque
inaceitável, resultando em perda de estabilidade e possíveis danos às máquinas conectadas.
A função de Verificações de Sistema envolve monitorizar as tensões em ambos os lados de um disjuntor, e se
ambos os lados estão vivos, realizando uma verificação de sincronização para determinar se quaisquer diferenças
em amplitude, ângulo de fase ou frequência da tensão estão dentro dos limites permitidos.
As condições pré-fecho do sistema para um dado disjuntor dependem da configuração do sistema, e para
religação automática, do programa de religação escolhido. Por exemplo, num alimentador com religação
automática atrasada, os disjuntores nas duas pontas da linha estão normalmente programados par fechar em
tempos diferentes. A primeira ponta da linha a fechar normalmente possui um barramento vivo e uma linha morta
imediatamente antes da religação. O disjuntor da segunda ponta da linha agora verifica um barramento vivo e
uma linha viva.
Se houver uma conexão em paralelo entre as pontas do alimentador disparado as frequências serão as mesmas,
mas qualquer aumento de impedância poderia fazer com que o ângulo de fase entre as duas tensões
aumentasse. Portanto, imediatamente antes de fechar o segundo disjuntor, pode ser necessário realizar uma
verificação de sincronização, para garantir que o ângulo de fase entre as duas tensões não aumentou para um
nível que causaria um choque inaceitável para o sistema quando o disjuntor fechar.
Se não houver interconexões em paralelo entre as pontas do alimentador disparado, os dois sistemas poderiam
perder sincronismo juntos e a frequência numa ponta poderia se deslocar em relação à outra ponta. Nesta
situação, o segundo extremo da linha requer uma verificação de sincronização compreendendo tanto testes de
ângulo de fase como de frequência.
Se o barramento do segundo extremo da linha não tiver fonte de energia além do alimentador que disparou, o
disjuntor verá uma linha viva e um barramento morto, assumindo que o primeiro disjuntor religou. Quando o
disjuntor do segundo extremo da linha fecha o barramento irá carregar pela linha viva (carga de barramento
morto).

9.1 IMPLEMENTAÇÃO DE VERIFICAÇÕES DO SISTEMA


A função de Verificações do Sistema é activada ou desactivada pelo parâmetro Verif.Sistema na coluna
CONFIGURAÇÃO. Se Verif.Sistema estiver desactivada, o menu VERIFIC.SISTEMA fica invisível, e é definido um sinal
DDB Ver.Sist.Desact..
A função de Verificações do sistema fornece Monitorização de Tensão Vivo/Morto, dois estágios de Verificação de
Sincronização e indicação de Sistema Dividido.

9.1.1 CONEXÕES TP
O dispositivo provê conexões para um "TP principal" trifásico e pelo menos um TP monofásico para verificação de
sincronismo. Dependendo do arranjo do sistema primário, o TP principal pode ficar localizado em qualquer um dos
lados de linha da lateral do barramento do disjuntor, com Check Sync TP no outro lado. Normalmente, o TP
principal fica localizado na lateral da linha (configuração padrão), mas este não é sempre o caso. Por esta razão, é
permitido que você defina a configuração onde aplicável. Esta é a configuração de Localiz.TP Princ, encontrada
na coluna RELAÇÃO TC E TP.
Check Sync TP pode ser conectado a uma das tensões fase-a-fase ou fase-a-neutro. Isto precisa ser definido na
configuração Entrada CS, na coluna RELAÇÃO TC E TP. As opções são, A-B, B-C, C-A, A-N, B-N ou C-N.

P14D-TM-PT-7 337
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

9.1.2 MONITORAMENTO DE TENSÃO


Os atributos de configuração no sub-título MONITOR TENSÕES da coluna VERIFIC.SISTEMA permitem que você
defina o limiar no qual uma tensão é considerada viva, e um limite no qual a tensão é considerada morta. Esses
limiares se aplicam a ambos os lados da linha e barramento. Se a tensão medida cair abaixo do valor de
configuração Tensão Morta, é gerado um sinal DDB (Barr. Morto, ou Linha Morta, dependendo de qual lado está
sendo medido). Se a tensão medida for superior ao valor configurado em Tensão Viva, é gerado um sinal
DDB(Barr. Vivo ou Linha Viva, dependendo de que lado está sendo medido).

9.1.3 VERIFICAÇÃO DE SINCRONIZAÇÃO


O dispositivo fronece dois estágios de Verificação de Sincronização. O primeiro estágio (CS1) foi projetado para uso
geral, no qual as frequências e ângulos de fase de ambos os extremos são comparados e se a diferença estiver
dentro de limites definidos, o disjuntor pode fechar. O segundo estágio (CS2) é semelhante ao estágio 1, mas
possui um parâmetro adaptativo adicional. O CS2 é usado para casos onde os dois lados estão fora de
sincronismo e uma frequência está continuamente a se deslocar em relação à outra. Se o tempo de fecho do
Disjuntor for conhecido, o comando de fecho pode ser emitido num ponto definido do ciclo, de forma a que o Disj.
feche no ponto em que ambos os extremos estão em fase.
Os parâmetros específicos para Verificação de Sincronização são encontrados no subtítulo VERIFIC. SINCRO. na
coluna VERIFIC.SISTEMA. A única diferença entre os parâmetros de CS1 e de CS2 é que o parâmetro CS2
Contr.Desliz tem uma opção para fecho preventivo do Disj. (Freq. + Disj. Comp.).
As configurações específicas da verificação de sincronismo são encontradas no sub-título VERIFIC. SINCRO., na
coluna VERIFIC.SISTEMA. A única diferença entre as configurações CS1 e CS2 é que o atributo CS2 Contr.Desliz
tem uma opção para o fechamento preditivo do disjuntor(Freq.+Disj.Comp.).

9.1.4 DIAGRAMA DE VETORES DE VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO


O seguinte diagrama de vetores representa as condições da funcionalidade de Verificação de sincronismo. A
configuração tensão morta é exibida como um círculo em torno da origem cujo raio é igual ao maior valor de
tensão por meio do qual a tensão pode ser considerada morta. A magnitude de tensão nominal da linha é
representada por um círculo em torno da origem cujo raio é igual à magnitude de tensão nominal da linha. A
magnitude de tensão mínima na qual o sistema pode ser considerado vivo, é a diferença de magnitude entre o
barramento e as tensões de linha.

338 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

Verif. Sincron.
Limites do estágio 2
Verif. Sincron.
Limites do estágio 1

Vbus

Tensão viva

Vetor
Tensão
rotativo
nominal

Linha V

Tensão morta

Limites de
divisão do
E01204 sistema +/- 180°

Figura 150: Diagrama de vetor de verificação de sincronismo

9.1.5 SISTEMA DIVIDIDO


Se o extremo da linha e do barramento tiverem a mesma frequência (ou seja, em sincronismo) mas tiverem um
grande ângulo de fase entre eles (180° +/- os limites definidos), o sistema é considerado Dividido. Se for este o
caso, o dispositivo detectará esta situação e emitirá um sinal de alarme indicando-a.
Os parâmetros específicos para a função de Sistema Dividido são encontrados no subtítulo SISTEMA PARTIDO na
coluna VERIFIC.SISTEMA.

P14D-TM-PT-7 339
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

9.2 LÓGICA DE VERIFICAÇÃO DO SISTEMA


VERIFIC.SISTEMA
Desativado Ver.Sist.Desact.
Ativo
CS1 Criteria OK
VAN &

VBN CS2 Criteria OK


&
VCN
Select SS Criteria OK
VAB &

VBC CS1 Slip Freq >


& CS1 Desliz.Freq >
VCA CS1 Slip Freq <
& CS1 Desliz.Freq <
VBus
CS2 Slip Freq >
& CS2 Desliz.Freq >
CS2 Slip Freq <
& CS2 Desliz.Freq <
CS Vline >
& CS Vlinha>
CS Vbus>
& CS Vbarra>
CS Vline <
Check Synchronisati on Function

& CS Vlinha<
CS Vbus<
& CS Vbarra<
CS Vline> Vbus
& CS Vlinha>Vbarra
CS Vline< Vbus
& CS Vlinha<Vbarra
CS1 Fline > Fbus
& CS1 Flinh >Fbarra
CS1 Fline < Fbus
& CS1 Flinh <Fbarra
CS1 Angle not OK+
& CS1 Angul.n/OK +
CS1 Angle not OK-
& CS1 Angul.n/OK -
CS2 Fline > Fbus
& CS2 Flinh >Fbarra
CS2 Fline < Fbus
& CS2 Flinh <Fbarra
CS2 Angle not OK+
& CS2 Angul.n/OK +
CS2 Angle not OK-
& CS2 Angul.n/OK -
Angle rotating anticlockwise
& CS AngRot. SensAH
Angle rotating clockwise
TPS Bloq.Rápido & CS AngRot. SensH
1
F Fora de Passo

CS1 Estado
Ativo & Verif.Sincro1 OK

CS1 Activo

CS2 Estado
Ativo & Verif.Sincro1 OK

CS2 Activo

SS Estado
Ativo & SISTEMA PARTIDO

Sist.Part.Activo
V01205

Figura 151: Lógica de Verificação do Sistema

340 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

9.3 PSL DE VERIFICAÇÃO DO SISTEMA

Ver.Sist.Desact.

Verif.Sincro1 OK

Verif.Sincro1 OK

Linha Viva Man Verif .Sincr.


&
Barra Morta 1 Rel. Ver. Sist.OK

&
Linha Morta

&
Barra Viva
V02028

Figura 152: PSL de Verificação do Sistema

9.4 NOTAS DE APLICAÇÃO

9.4.1 CONTROLO DE DESLIZAMENTO


O controlo de deslizamento pode ser obtido por temporizador, frequência ou ambos. Os parâmetros CS1
Contr.Desliz e CS2 Contr.Desliz servem para determinar qual tipo de controlo de deslizamento deve ser usado.
Como o dispositivo suporta medição direta de frequência, normalmente usa-se apenas frequência.
Se você estiver usando Controlo de Deslizamento por Temporizador, a combinação de parâmetros de Ângulo de
Fase e de Temporizador determina uma frequência máxima efetiva de deslocamento, calculada como:
2A/360T – para CS1
A/360T – para CS2
onde:
● A = parâmetro de Ângulo de Fase em graus
● T = parâmetro do Temporizador de Deslocamento em segundos

Exemplos
Para CS1, onde o parâmetro do Ângulo de Fase for 30° e o parâmetro do Temporizador 3,3 s, o vetor de
“deslocamento” tem que permanecer dentro de +/- 30° do vetor de referência por pelo menos 3,3 segundos.
Portanto não haverá uma saída de verificação de sincronização se o deslizamento for maior que 2 x 30° e, 3,3
segundos.
Portanto, a frequência máxima de deslocamento = 2x30/360x3,3 = 0,0505 hz.
Para CS2, onde o parâmetro do Ângulo de Fase é 10° e o parÂmetro do Temporizador é 0,1 seg., o vetor de
deslocamento tem que permanecer dentro de 10° do vetor de referência, com o ângulo decrescendo, por 0,1 seg.
Quando ângulo passa pelo zero e começa a crescer, a saída de verificção de sincronização é bloqueada. Portanto
não haverá uma saída se o deslizamento for maior que 10° em 0,1 segundos.
Portanto, a frequência máxima de deslocamento = 10/360x0,1 = 0,278 Hz.
O controlo de deslizamento por Temporizador não é prático para aplicações com "grande deslizamento/pequeno
ângulo de fase" porque os parâmetros requeridos do temporizador são muito pequenos, às vezes menores que
0,1 segundos. Para estas situações o controlo de deslizamento por frequência é melhor.

P14D-TM-PT-7 341
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

Se for selecionado Controlo de Deslizamento por Frequência + Temporizador, para que seja gerada uma saída, a
frequência de deslocamento deve ser menor que AMBOS o valor definido de Desliz.Freq. e o valor determinado
pelos parâmetros de Ângulo de Fase e Temporizador.

9.4.2 USO DE VERIF SINCRO 2 E SISTEMA PARTIDO


As funções Verif Sincro 2 (CS2) e Sistema Dividido estão incluídas para uso em situações em que o deslocamento
máximo permitido de frequência e ângulo de fase para verificações de sincronismo podem mudar devido a
condições adversas do sistema. Uma aplicação típica é em um sistema bastante interconectado, onde o
sincronismo normalmente é mantido quando um alimentadoe é disparado. Mas sob certas circunstâncias, com
interconexões paralelas fora de serviço, as pontas do alimentador podem desviar-se do sincronismo quando o
alimentador é disparado. Dependendo das características do sistema e da máquina, as condições para fecho
seguro do disjuntor podriam ser, por exemplo:
Condição 1: Para sistema sincronizado, com deslizamento zero ou muito pequeno:
● Desvio <50 mHz; ângulo de fase <30°

Condição 2: Para sistemas não sincronizados, com deslizamento significativo:


● Desvio <250 mHz; ângulo de fase <10° e decrescente

ao activar CS1 e CS2, o dispositivo pode ser configurado para permitir fecho do Disj. se ambas as condições forem
detectadas.
Para fecho manual do disjuntor com verificação de sincronismo, algumas concessionárias podem preferir
configurar a lógica para veriificar inicialmente apenas a condição 1. Entretanto, se um Sistema Dividido for
detectado antes dos parâmetros da condição 1 estarem satisfeitos, o dispositivo mudará para verificar os
parâmetros da condição 2, com base no pressuposto de que um grau significativo de deslizamento deveria estar
presente quando as condições de sistema partido foram detectadas. Isto pode ser configurado por uma lógica de
PSL adequada, usando os sinais DDB de Verificação de Sistema.

9.4.3 FECHO PREVENTIVO DO DISJUNTOR


O parâmetro CS2 Contr.Desliz contém uma opção para compensar o tempo tomado para fechar o Disj.. Quando
definido para compensar o Tempo de Fecho do Disj., usa-se uma abordagem preventiva para fechar o disjuntor
assegurando que o fecho ocorra próximo a 0º, minimizando assim o impacto para o sistema de potência. O
ângulo de fecho real está sujeito às limitações de arquitetura do produto existente, ou seja, a tarefa de proteção
roda duas vezes por ciclo do sistema de potência, com base em rastreamento de frequência na faixa de 40 Hz a
70 Hz.

9.4.4 CORREÇÃO DE TENSÃO E ÂNGULO DE FASE


Para a função de Verificação de Sincronização, o dispositivo precisa de converter tensões medidas no secundário
em valores do primário. Em algumas aplicações, TTs em ambos os lados do disjuntor podem ter diferentes
relações de TT. Nestes casos é necessário um fator de correção de amplitude.
Existem algumas aplicações onde o TT principal está do lado de AT de um transformadoe e o TT de Verif Sincr está
do lado de BT ou vice-versa. Se o grupo de vetores do transformador não é "0", as tensões não estarão em fase,
assim também é necessária a correção de fase.
Os fatores de correção são conforme a seguir e estão localizados na coluna RELAÇÂO TI E TT:
● C/S V kSM, onde kSM é o fator de correção da tensão.
● C/S Fase kSA, onde kSA é o fator de correção do ângulo.

Assumindo que o parâmetro da entrada C/S é A-N, então:


As amplitudes de tensão da linha e do barramento serão iguais se Va sec = Vcs sec x C/S V kSA
Os ângulos da tensão da linha e do barramento serão iguais se ÐVa sec = ÐVcs sec + C/S Fase kSA

342 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 14 - Monitorização e Controlo

Nota:
Definir as relações corretas de TV não ajustará os fatores k e não terá impacto na função de Verificação de Sincronização. A
Verificação de Sincronização somente leva em conta a definição dos fatores k.

Nota:
As relações de TT têm impacto na apresentação das medidas ou parâmetros reacionados em termos de valores do primário
ou secundário.

Nota:
O parâmetro de tensão de CS na coluna VERIFIC. SISTEMA estão todos referenciados pelas relações do TT Princ.

Nota:
A medida de C/S Bar-Lin.Ang. leva em conta o parâmetro C/S Fase kSA.

Os seguintes cenários de aplicação mostram onde os fatores de correção de tensão e ângulo são aplicados para
compatibilizar diferentes relações de TT:
Fatores de Correção de
Relações Físicas (valores f-n) Relações de Parâmetros
CS
Cenário Relação do TT
Relação do TT Princ. Relação de TT CS Relação de TT CS
principal (f-f) Sempre kSM kSA
Pri (kV) Sec (V) Pri (kV) Sec (V) Pri (kV) Sec (V) Pri (kV) Sec (V)
1 220/√3 110/√3 132/√3 100/√3 220 110 132 100 1,1 30º
2 220/√3 110/√3 220/√3 110 220 110 127 110 0,577 0º
3 220/√3 110/√3 220/√3 110/3 220 110 381 110 1,732 0º

P14D-TM-PT-7 343
Capítulo 14 - Monitorização e Controlo P14D

344 P14D-TM-PT-7
SUPERVISÃO

CAPÍTULO 15
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

346 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo descreve as funções de supervisão.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 347
Monitor de alimentação CC 348
Supervisão do transformador de tensão 350
Supervisão do transformador de corrente 354
Supervisão do circuito de trip 356

P14D-TM-PT-7 347
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

2 MONITOR DE ALIMENTAÇÃO CC
Este produto pode ser alimentado com tensão CC ou CA. Como normalmente se usa tensão CC, o produto possui
um recurso de monitoramento de alimentação CC para indicar o estado da alimentação CC. O valor nominal da
tensão de alimentação é de 48 V CC, que é fornecido por um banco de baterias. Algumas vezes, é possível que
este valor de alimentação caia abaixo, ou se eleve acima, dos limites de operação aceitáveis. Se a tensão estiver
muito elevada, isso poderá indicar sobrecarga. Se a tensão estiver muito baixa, isso pode indicar uma bateria
defeituosa.
Nesses casos, é muito útil ter o recurso de monitoramento de alimentação CC. Os produtos P40 Agile oferecem
esse recurso medindo a alimentação CC auxiliar consumida pelo dispositivo e processando essa informação com
certos limites estabelecidos por valores configuráveis. Além disso, o valor de alimentação CC auxiliar pode ser
exibido no LCD do painel dianteiro com uma resolução de 0,1 V CC. A faixa de medição vai de 19 V CC a 300 V CC.

2.1 IMPLANTAÇÃO DO MONITOR DE ALIMENTAÇÃO CC


Os produtos P40 Agile oferecem três zonas de monitoramento de alimentação CC; zona 1, zona 2 e zona 3. Isto
permite que sejam estabelecidos múltiplos critérios de monitoramento. Cada zona deve ser configurada para
corresponder a uma condição de sobretensão ou de subtensão. Não é possível configurar uma única zona para
criar alarmes de subtensão e de sobretensão. Normalmente, se configura as zonas 1 e 2 para condições de
subtensão, onde o menor limite é definido muito baixo, e a zona 3 para uma condição de sobretensão, onde o
limite superior é estabelecido muito elevado.
Isto é melhor expresso na forma de um diagrama:

Vcc3 Lim. Inf.


Zona 3 (sobretensão)
Vcc3 Lim. Sup.
Vcc nominal
Vcc1 Lim. Inf.

Zona 1 (subtensão)

Vcc1 Lim. Sup.


Vcc2 Lim. Inf.
Zona 2 (subtensão)

Vcc2 Lim. Sup.

V01221

Figura 153: Zonas de monitor de alimentação CC


É possível a definição de zonas sobrepostas onde o limite superior da zona 2 fica abaixo do limite inferior da zona
1, no exemplo acima.
A função de monitoramento da alimentação CC é implantada usando-se os valores de configuração na MONITOR
ALIM. CC coluna Existem três conjuntos de valores de configuração; um para cada uma das zonas. Os valores de
configuração permitem que você:
● Ative ou desative a função de cada zona
● Defina um limite de tensão menor para cada zona
● Defina um limite de tensão maior para cada zona
● Defina uma temporização para cada zona

348 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

2.2 LÓGICA DE MONITOR DE ALIMENTAÇÃO CC

Vdc Vcc1 Partida

Vcc1 Lim. Sup .


& Vcc1 Disparo

Vdc

Vcc1 Lim. Inf.

Vcc1 Estados
Ativo

InibSigVccSupMon

V01220

Figura 154: Lógica de monitor de alimentação CC


O diagrama mostra apenas a lógica de monitoramento de alimentação CC do estágio 1. Os estágios 2 e 3 são
idênticos, em princípio.
A função lógica será executada quando o valor da célula Vcc1 Estados for ativado E o sinal de inibição de
monitoramento da alimentação CC (InibSigVccSupMon) for baixo.
Se a tensão de alimentação auxiliar (Vcc) ultrapassar o limite inferior E cair abaixo do limite superior, a tensão
estará dentro da zona não saudável e o Sinal de partida será gerado.
O sinal de alarme Falha Vcc é resultado da operação lógica OU executada nos sinais de desarme Vcc(n) de todos
os estágios.

P14D-TM-PT-7 349
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

3 SUPERVISÃO DO TRANSFORMADOR DE TENSÃO


A função de supervisão do transformador de tensão é usada para detectar falha das entradas de tensão CA na
proteção. Isto pode ser causado por falhas do transformador de tensão, sobrecarga, ou falhas da fiação, o que
normalmente resulta no rompimento de um ou mais fusíveis do transformador de voltagem.
Se ocorrer uma falha na entrada de tensão CA, o IED pode "entender" isto incorretamente como uma falha nas
tensões de fase reais do sistema de energia, o que pode provocar o desarme desnecessário de um disjuntor.
A lógica TPS foi concebida para evitar essa situação detectando falhas na tensão de entrada, que NÃO são
causadas por falhas de tensão nas fases do sistema de energia, e automaticamente bloquear os elementos de
proteção que dependem das tensões associadas. Existe uma saída de alarme temporizada para avisar sobre uma
condição de TPS.
Os cenários a seguir são possíveis com respeito à falha de entradas de TP.
● Perda de uma ou duas tensões de fase
● Perda de todas as três tensões de fase sob condições de carga
● Ausência de tensões trifásicas sob energização da linha

3.1 PERDA DE UMA OU DUAS TENSÕES DE FASE


Se as tensões do sistema de energia estão funcionando corretamente, não haverá nenhuma corrente de fase de
sequência negativa. Se, contudo, ocorrer queda em uma ou duas das entradas de tensão CA, haverá uma tensão
de fase de sequência negativa presente, mesmo se as tensões de fase reais do sistema de energia estiverem
saudáveis. A TPS funciona detectando tensões de sequência negativas (NPS) sem a presença de corrente de
sequência negativa. Portanto, se houver tensão NPS presente, mas não houver corrente NPS presente, é certo que
existe um problema com os transformadores de tensão e deve ser aplicado um bloqueio TPS nas funções de
proteção dependentes de tensão, para evitar mau funcionamento. O uso de quantidade de sequência negativa,
assegura a operação correta, mesmo onde são usados transformadores de tensão de três membros ou
conectados em V.

3.2 QUEDA DAS TRÊS TENSÕES DE FASE


Caso todas as três fases de tensão sejam perdidas, não aparecerão quantidades de sequência de fase negativas,
mas o dispositivo sentirá que não existe entrada de tensão. Se isso for causado por uma falha do sistema de
energia, ocorrerá um aumento no valor das correntes de fase. No entanto, se a causa não for uma falha do
sistema de energia, não haverá alteração em nenhuma das fases de corrente. Portanto, se não houver tensão
medida em nenhuma das três fases de tensão, e não houver nenhuma mudança em nenhuma das três fases de
corrente, isto indica que existe um problema com os transformadores de tensão e deve ser aplicado um bloqueio
por TPS nas funções de proteção dependentes de tensão, para evitar mal funcionamento.

3.3 AUSÊNCIA DE TODAS AS FASES DE TENSÃO NA ENERGIZAÇÃO DE LINHA


Na energização de linha deve ocorrer uma mudança nas fases de corrente como resultado da carga ou da
corrente de carregamento da linha. Sob esta condição, precisamos de um método alternativo para detecção de
falha trifásica do TP.
Caso não exista tensão medida em nenhuma das três fases durante a energização da linha, podem ser aplicadas
duas condições:
● Falha trifásica do TP
● Falha trifásica proxima ao TP

A primeira condição requer que o TPS bloqueie as funções dependentes de tensão.


Na segunda condição, as funções dependentes de tensão não devem ser bloqueadas, pois os desarmes são
necessários.

350 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

Para diferenciar entre essas duas condições são usados detectores de sobrecorrente, (TPS I> Inibir e TPS I2>
Inibir). Estes impedem que um bloqueio TPS seja gerado no caso de uma falha genuína. Esses elementos devem
ser ajustados além de quaisquer correntes sem falhas, na energização da linha (carga, corrente de carga da linha,
corrente de energização do transformador, se aplicável), mas abaixo do nível de corrente produzido por uma falha
trifásica interna.
Se a linha estiver sido fechada onde há uma falha de TP trifásico, o detector de sobrecorrente não irá operar e
será aplicado um bloqueio de TPS. O fechamento em uma falha trifásica resultará em operação do detector de
sobrecorrente e impedirá a aplicação de um bloqueio de TPS.

3.4 IMPLANTAÇÃO TPS


A TPS é implantada na coluna SUPERVISÃO do respectivo grupo de configurações.
As configurações a seguir são importantes para supervisão de um TP:
● TPS Estado: determina se o contato de operação do TPS será para bloqueio ou apenas uma indicação de
alarme.
● TPS Ajuste: determina o limiar no qual os detectores de fase de tensão são acionados.
● TPS Modo reset: determina se o Reset é manual ou automático.
● TPS Temp.Atraso: determina o tempo de operação.
● TPS I> Inibir: inibe a operação TPS no caso de uma falha de sobrecorrente de fase.
● TPS I2> Inibir: inibe a operação TPS no caso de uma falha de sobrecorrente de sequência negativa.
A TPS só é ativada durante uma condição de linha viva (conforme indicado pela lógica de polo morto) para evitar a
operação sob condições de sistema morto.

3.5 LÓGICA TPS


Esta lógica será ativada durante uma condição de linha viva (conforme pela lógica de polo morto) para evitar a
operação sob condições de sistema morto (por ex. quando não houver tensão e o elemento de sobrecorrente TPS
I> Inibir não for acionado).

P14D-TM-PT-7 351
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

Todos Polos Mort

IA

TPS I> Inibir

IB
1
TPS I> Inibir

IC

TPS I> Inibir

VA

TPS Ajuste

VB
&
1 & S
TPS Ajuste
Q
VC R 1
& TPS Bloq.Lento

TPS Ajuste

Delta IA

1 & TPS Bloq .Rápido


Hardcoded threshold
Delta IB
1 & S
Q
Hardcoded threshold
R
Delta IC

Hardcoded threshold
V2

Hardcoded threshold &


I2

I 2>1 Ajuste Corr &

TPS Modo reset


Manual &
1
Auto

MCB/TPS

TPS Estado
Indicação
Bloqueio
1 S 1 Alarme Falha TP
Qualq .Polo Morto & Q
R
&
TPS Entrada Inic

V01202

Figura 155: Lógica TPS

352 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

Como pode ser visto no diagrama, a função TPS será inibida se:
● Houver um sinal DDB Todos Polos Mort presente
● Está presente qualquer condição de sobrecorrente de fase
● Existe uma corrente de fase de sequência de negativa
● Se a corrente de fase muda no intervalo de 1 ciclo

3.6 LÓGICA DE INDICAÇÃO DE ACELERAÇÃO TPS

Ent .Comando Disp TPS Entrada Inic

V02001

Figura 156: Lógica de indicação de aceleração TPS

P14D-TM-PT-7 353
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

4 SUPERVISÃO DO TRANSFORMADOR DE CORRENTE


A função de supervisão do transformador de corrente (CTS) é usada para detectar a falha das entradas de
corrente CA na proteção. Isto pode ser causado por falhas internas do transformador de corrente, sobrecarga ou
falhas na fiação. Se houver uma falha na entrada de corrente CA, a proteção pode interpretar esse evento
incorretamente como uma falha das correntes de fase reais do sistema de energia, o que poderia resultar em mal
funcionamento. Além disso, uma interrupção nos circuitos de corrente CA pode causar a geração de tensões
perigosas no secundário do TC.

4.1 IMPLANTAÇÃO DA CTS


Se as correntes do sistema de energia estão saudáveis, não é gerada nenhuma tensão de sequência zero.
Contudo, se uma ou mais entradas de corrente CA forem perdidas, será gerada uma corrente de sequência zero,
mesmo se as fases de correntes do sistema de energia estiverem saudáveis. A CTS padrão funciona detectando
uma corrente de sequência zero gerada onde não existe nenhuma tensão de sequência zero gerada
correspondente.
A conexão com o transformador de tensão usado deve ser capaz de transferir tensões de sequência zero do lado
primário para o lado secundário. Portanto, este elemento só deve ser ativado nos casos em que o TP é construído
com cinco membros, ou contém três unidades de fase simples com o ponto estrela do primário aterrado.
A função CTS é implementada na coluna SUPERVISÃO do respectivo grupo de configurações, sob o subtítulo
SUPERVISÃO TC.
As configurações a seguir são relevantes para a supervisão de TC:
● TCS Estado: para ativar ou desativar a CTS
● TCS VN< Inibir: inibe a CTS, se a tensão de sequência zero ultrapassar este valor
● TCS IN> Ajuste: determina o nível de corrente de sequência zero
● TCS Temp.Atraso: determina o tempo de operação

4.2 LÓGICA CTS

IN2
TCS Bloqueio

TCS IN> Ajuste

& Alarme Falha TC

VN

TCS VN< Inibir

V01203

Figura 157: Diagrama da lógica CTS


Se a corrente de falha de terra derivada (corrente de sequência zero) ultrapassar o limiar estabelecido em TCS IN>
Ajuste, um sinal DDB de bloco CTS será gerado, desde que não esteja inibida. O sinal será inibido se a tensão
residual for menor do que o limiar definido em TCS VN< Inibir. Um alarme CTS é gerado após um atraso curto
configurado em TCS Temp.Atraso.

354 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

4.3 NOTAS DE APLICAÇÃO

4.3.1 ORIENTAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO


A configuração da tensão residual, TCS VN< Inibir e a configuração da corrente residual, TCS IN> Ajuste, devem
ser ajustadas de modo a evitar acionamentos indesejados durante condições saudáveis do sistema. Por exemplo:
● TCS VN< Inibir deve ser ajustado em 120% da máxima tensão residual contínua.
● TCS IN> Ajuste é tipicamente ajustado abaixo da corrente de carga mínima.
● TCS Temp.Atraso é geralmente ajustada em 5 segundos.

Quando a magnitude de uma tensão residual, durante uma falha de terra, é imprevisível, o elemento poderá ser
desativado para evitar que os elementos de proteção sejam bloqueados durante as condições de falha.

P14D-TM-PT-7 355
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

5 SUPERVISÃO DO CIRCUITO DE TRIP


Na maioria dos esquemas de proteção, o circuito de trip se estende além da caixa do IED e inclui componentes
como elos, contatos de relés, interruptores auxiliares e outras placas de terminais. Tais arranjos complexos podem
exigir esquemas dedicados para sua supervisão.
Existem duas partes separadas distintas no circuito de trip; o caminho no circuito de trip e a bobina de desarme. O
caminho de trip é o trajeto de circuito entre a caixa do IED e a caixa do disjuntor. Este trajeto contém
componentes auxiliares como cabos, fusíveis e conectores. Uma interrupção neste trajeto é possível e, portanto, é
desejável supervisionar este trajeto e gerar alarmes para as situações de interrupção neste trajeto.
A bobina de desarme em si também é parte do circuito geral de trip, e também é possível ocorrer uma falha e
abertura no circuito da mesma.
Este produto proporciona uma variedade de esquemas de supervisão de circuitos de desarme (TCS).

5.1 ESQUEMA 1 DE SUPERVISÃO DE CIRCUITO DE DESARME


Este esquema provê supervisão da bobina de desarme com o disjuntor aberto ou fechado, contudo, ele não
oferece supervisão do caminho de desarme enquanto o disjuntor está aberto. O estado do disjuntor pode ser
monitorado quando se usam contatos de trip com rearme automático. Contudo, este esquema é incompatível
com contatos de desarme memorizado (latched contact), pois estes irão colocar a entrada opto-acoplada em
curto-circuito por um tempo que excede ao valor recomendado para o temporizador de drop-out (DDO), de
400 ms, e, portanto não oferece suporte ao monitoramento de estado do disjuntor. Se você precisa de
monitoramento de estado do disjuntor, devem ser usadas entradas opto-acopladas adicionais.

Nota:
Um contato auxiliar de disjuntor, 52a, segue a posição do disjuntor. Um contato auxiliar, 52b, faz o oposto.

+ve

Relé de Saída de Bobina de


Disparo 52A disparo
Caminho de disparo

Diodo de bloqueio

52B

R1 Entrada
optoacoplada Disjuntor
V01214 -ve

Figura 158: Esquema 1 TCS


Quando o disjuntor está fechado, a corrente de supervisão flui através da entrada opto-acoplada, diodo de
bloqueio e a bobina de desarme. Quando o disjuntor está aberto, a corrente de supervisão flui através da entrada
opto-acoplada e pela bobina de desarme, através do contato auxiliar 52b. Isto significa que existe supervisão de
Bobina de desarme tanto com o disjuntor aberto como fechado, porém a supervisão do Caminho de Trip somente
ocorre quando o disjuntor está fechado. Não existe supervisão do caminho de trip enquanto o disjuntor está
aberto (supervisão pré-fechamento). Qualquer falha no circuito de trip será detectada apenas no fechamento do
disjuntor, após um atraso de 400 ms.

5.1.1 VALORES DE RESISTORES


A corrente de supervisão é bem menor do que a corrente exigida pela bobina de desarme para desarmar um
disjuntor. As entradas opto-acopladas limitam esta corrente de supervisão a menos de 10 mA. Entretanto, se as
entradas opto-acopladas sofrerem curto-circuito, é possível que a corrente de supervisão atinja um nível que
desarma o disjuntor. Por este motivo, frequentemente se usa um resistor R1 para limitar a corrente, no caso de

356 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

haver curto-circuito em uma entrada opto-acoplada. Este resistor limita a corrente a menos de 60 mA. A tabela
abaixo mostra o valor de resistor apropriado e o valor de configuração de tensão para este esquema.
Tensão de circuito de desarme Resistor R1
24/27 620 Ohms a 2 Watts
30/34 820 Ohms a 2 Watts
48/54 1.2 k Ohms a 5 Watts
110/125 2.7 k Ohms a 10 Watts
220/250 5.2 k Ohms a 15 Watts

Advertência:
Caso o seu IED tenha as configurações de modo óptico (Opto 9 Modo, Opto 10 Modo,
Opto 11 Modo) na coluna CONFIG.ENTRADAS, estes valores DEVEM Ser definidos em
TCS.

5.1.2 ESQUEMA 1 PSL PARA TCS

0 0
Entrada Optica rejeição direto *Output Relay
400 0

50
& detecção Memorizando LED
0
Alarme do Usuário

*NF significa Normalmente Fechado V01217

Figura 159: Esquema 1 PSL para TCS


A entrada opto-acoplada pode ser usada para acionar um relé de saída normalmente fechado, que por sua vez
pode ser usado para acionar equipamento de alarme. O sinal também pode ser invertido para acionar um LED
programável memorizado e um sinal DDB de alarme de usuário.
O temporizador DDO é acionado assim que a entrada opto-acoplada é energizada, mas levará 400 ms para
resetar / reiniciar, na eventualidade de uma falha no circuito de trip. O atraso de 400 ms evita alarmes falsos
devido a pequenas quedas de tensão provocadas por falhas em outros circuitos, ou durante operações normais
de trip, quando a entrada opto-acoplada é curto-circuitada por um contato de trip com rearme automático (self-
reset). Quando o temporizador é acionado, o relé de saída NF (normalmente fechado) se abre e os alarmes de LED
e do usuário são reiniciados.
O ajuste de 50 ms do temporizador evita indicações falsas de LED e alarme de usuário, durante a inicialização e
após interrupções da alimentação elétrica.

5.2 ESQUEMA 2 DE SUPERVISÃO DE CIRCUITO DE DESARME


O esquema fornece supervisão da bobina de desarme com o disjuntor aberto ou fechado, mas não fornece
supervisão de pré-fechamento do caminho de desarme. Contudo, o uso de duas entradas opto-acopladas
permite que o IED monitore corretamente o estado do disjuntor, uma vez que estas são conectadas em série com
os contatos auxiliares do disjuntor. Isto é obtido atribuindo-se uma entrada opto-acoplada ao contato 52a e outra
entrada opto-acoplada ao contato 52b. Se o valor de Estado Disjuntor, na coluna DISJ.CONTROLE, for igual a
Ambos 52A e 52B, o IED irá monitorar corretamente o estado do disjuntor. Este esquema também é totalmente
compatível com contatos tipo latch, uma vez que a corrente de supervisão será mantida através do contato 52b,
quando o contato de trip fecha.

P14D-TM-PT-7 357
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

+ve
Bobina de
Relé de Saída de Disparo
Caminho de disparo 52A disparo

52B

R1 Entrada
Disjuntor
Optica 1 -ve

R2 Entrada
V01215 Optica 2

Figura 160: Esquema 2 TCS


Quando o disjuntor está fechado, a corrente de supervisão passa através da entrada opto-acoplada 1 e da bobina
de desarme. Quando o disjuntor está aberto, a corrente flui pela entrada opto-acoplada 2 e pela bobina de
desarme. Não existe supervisão do circuito de trip enquanto o disjuntor está aberto. Qualquer falha no circuito de
trip será detectada apenas no fechamento do disjuntor, após um atraso de 400 ms.

5.2.1 VALORES DE RESISTORES


Como no esquema 1, os resistores opcionais R1 e R2 podem ser adicionados para evitar o desarme, se houver
alguma entrada opto-acoplada em curto-circuito. A tabela abaixo mostra o valor de resistor apropriado e o valor
de configuração de tensão para este esquema.
Tensão de circuito de desarme Resistor R1 e R2
24/27 620 Ohms a 2 Watts
30/34 820 Ohms a 2 Watts
48/54 1.2 k Ohms a 5 Watts
110/125 2.7 k Ohms a 10 Watts
220/250 5.2 k Ohms a 15 Watts

Advertência:
Caso o seu IED tenha as configurações de modo óptico (Opto 9 Modo, Opto 10 Modo,
Opto 11 Modo) na coluna CONFIG.ENTRADAS, estes valores DEVEM Ser definidos em
TCS.

5.2.2 ESQUEMA 2 PSL PARA TCS

Entrada Optica 1 Disj.Aux.3F(52 A)

0 0
1 rejeição direto *Output Relay
400 0

Entrada Optica 2 Disj.Aux.3F(52 B)

50
& detecção Memorizando LED
0
Alarme do Usuário

*NF significa Normalmente Fechado V01218

Figura 161: Esquema 2 PSL para TCS

358 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

No esquema 2 de TCS, ambas as entradas opto-acopladas devem estar baixas antes que seja gerado um alarme
de falha no circuito de trip.

5.3 ESQUEMA 3 DE SUPERVISÃO DE CIRCUITO DE DESARME


O esquema 3 TCS é projetado para fornecer supervisão da bobina de desarme, com o disjuntor aberto ou fechado.
Também provê supervisão de pré-fechamento do circuito de trip. Uma vez que este esquema usa apenas uma
entrada opto-acoplada, ele não é compatível com contatos de desarme memorizados (latched). Se você precisa
de monitoramento de estado do disjuntor, devem ser usadas entradas opto-acopladas adicionais.

+ve
R3
Relé de Bobina de
Saída Caminho de disparo 52A disparo

R2
52B

Entrada R1 Disjuntor
optoacoplada -ve
V01216

Figura 162: Esquema 3 TCS


Quando o disjuntor está fechado, a corrente passa pela entrada opto-acoplada, pelo resistor R2 e pela bobina de
desarme. Quando o disjuntor está aberto, a corrente flui através da entrada opto-acoplada, resistores R1 e R2 (em
paralelo), resistor R3 e pela bobina de desarme. A corrente de supervisão é mantida através do caminho de
desarme com o disjuntor em ambos os estados, fornecendo portanto supervisão pré-fechamento.

5.3.1 VALORES DE RESISTORES


Assim como no esquemas TCS 1 e 2, os resistores R1 e R2 são usados para evitar desarmes falsos, quando as
entradas opto-acopladas sofrem curto-circuito. Contudo, diferentemente dos outros dois esquemas, este depende
da posição e valor desses resistores. A remoção deles resultaria no monitoramento incompleto do circuito de
desarme. A tabela abaixo mostra os valores do resistor e as configurações de tensão requeridas para a operação
satisfatória.
Tensão de circuito de desarme Resistor R1 e R2 Resistor R3
24/27 620 Ohms a 2 Watts 330 Ohms a 5 Watts
30/34 820 Ohms a 2 Watts 430 Ohms a 5 Watts
48/54 1.2 k Ohms a 5 Watts 620 Ohms a 10 Watts
110/125 2.7 k Ohms a 10 Watts 1.5 k Ohms a 15 Watts
220/250 5.2 k Ohms a 15 Watts 2.7 k Ohms a 25 Watts

Advertência:
Caso o seu IED tenha as configurações de modo óptico (Opto 9 Modo, Opto 10 Modo,
Opto 11 Modo) na coluna CONFIG.ENTRADAS, estes valores DEVEM Ser definidos em
TCS.

P14D-TM-PT-7 359
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

5.3.2 ESQUEMA 3 PSL PARA TCS

0 0
Entrada Optica rejeição direto *Output Relay
400 0

50
& detecção Memorizando LED
0
Alarme do Usuário

*NF significa Normalmente Fechado V01217

Figura 163: Esquema 3 PSL para TCS

5.4 ESQUEMA 4 DE SUPERVISÃO DE CIRCUITO DE DESARME


O esquema 4 é idêntico àquele oferecido pelo MVAX31 (um relé de supervisão de circuito de desarme) e,
consequentemente, é totalmente compatível com a especificação H7 ENA. Para se obter esta conformidade,
existem três configurações na coluna CONFIG.ENTRADAS. Essas configurações (Opto 9 Modo, Opto 10 Modo e
Opto 11 Modo) deve ser definidas com valor TCS, antes que o esquema possa ser usado. Tipicamente, apenas
duas dessas entradas opto-acopladas seriam usadas.
No diagrama abaixo, a entrada opto-acoplada 1 e 2 corresponderiam às entradas opto-acopladas mencionadas
acima.

+ve
Relé de Caminho de Bobina de
52
saída disparo A disparo

Entrada 52
optoisolada 2 B
R1 R2
Entrada
Disjuntor -ve
V01222 optoisolada 1

Figura 164: Esquema 4 TCS


Sob condições normais sem falhas, uma corrente de 2 mA flui através de um dos seguintes circuitos:
a) Supervisão pós fechamento: quando o disjuntor está em um estado fechado, a corrente flui através de, da
entrada opto-acoplada 1, do contato 52A e da bobina de desarme.
b) Supervisão pré-fechamento: quando o disjuntor está em um estado aberto, a corrente flui através de R1, da
entrada opto-acoplada 1, do contato 52B, da entrada opto-acoplada 2 e da bobina de desarme.
c) Desarme momentâneo com contato Self-reset: quando um contato de reinício automático está em um estado
fechado, a corrente flui através do contato de desarme, do contato 52A e da bobina de desarme.
d) Desarme com contato memorizado: quando um contato de desarme memorizado é usado e quando ele está
em um estado fechado, a corrente flui através do contato de desarme, do contato 52A, da bobina de desarme,
mudando para o contato de caminho de desarme, R2, contato 52B, entrada opto-acoplada 2 e a bobina de
desarme.
Uma corrente de 2 mA através da bobina de desarme não é suficiente para provocar a operação do contato de
desarme, porém é suficiente para energizar as entradas opto-acopladas. Sob esta condição, ambas as entradas
opto-acopladas apresentarão valor lógico 1, de modo que o relé de saída (saúde TCS) será fechado e o alarme de
usuário será desativado. Caso ocorra uma interrupção no circuito de desarme, a corrente cessará de fluir,

360 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 15 - SUPERVISÃO

resultando em ambas as entradas opto-acopladas apresentando saída 0. Isto provocará a abertura do relé de
saída e irá energizar o alarme do usuário.

5.4.1 VALORES DE RESISTORES


As entradas opto-acopladas TCS drenam uma corrente constante de 2 mA. Os valores dos resistores externos R1 e
R2 são escolhidos para limitar a corrente a um máximo de 60 mA no caso de uma entrada opto-acoplada sofrer
curto-circuito. O valor desses resistores depende da tensão do circuito de desarme. Para atingir conformidade
com a especificação H7 ENA, realizamos testes extensos e recomendamos os seguintes valores de resistores.
Tensão de circuito de desarme Resistor R1 e R2 (ohms)
24/27 620 Ohms a 2 Watts
30/34 820 Ohms a 2 Watts
48/54 1.2 k Ohms a 5 Watts
110/125 2.7 k Ohms a 10 Watts
220/250 5.2 k Ohms a 15 Watts

Para a condição de desarme momentâneo, nenhuma das entradas opto-acopladas é energizada. Para sobrepor
esta operação normal do disjuntor, é adicionado ao PSL um atraso de tempo de queda de cerca de 400 ms.

Advertência:
Caso o seu IED tenha as configurações de modo óptico (Opto 9 Modo, Opto 10 Modo,
Opto 11 Modo) na coluna CONFIG.ENTRADAS, estes valores DEVEM Ser definidos em
TCS.

5.4.2 ESQUEMA 4 PSL PARA TCS

Entrada Optica 1

0 0
1 rejeição direto *Output Relay
400 0
Entrada Optica 2

50
& detecção Memorizando LED
0
Alarme do Usuário

V01223
*NF significa Normalmente Fechado

Figura 165: Esquema 4 PSL para TCS

P14D-TM-PT-7 361
Capítulo 15 - SUPERVISÃO P14D

362 P14D-TM-PT-7
CONFIGURAÇÃO DA PSL E E/S DIGITAIS

CAPÍTULO 16
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

364 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo apresenta o editor de PSL (Esquema de Lógica Programável) e descreve a configuração das entradas
e saídas digitais. Ele fornece uma visão geral dos conceitos de esquemas lógicos e do editor PSL. Em seguida, são
apresentados detalhes sobre a alocação das entradas e saídas digitais, que exigem o uso do editor PSL. Existe um
documento separado, denominado "Software aplicativo de configuração", que apresenta uma descrição completa
dos PSL. Porém, este capítulo fornece informações suficientes para que você faça a alocação das principais
entradas e saídas digitais.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 365
Configuração das entradas e saídas digitais 366
Esquema de lógica 367
Configuração de entradas opticamente isoladas 370
Atribuição dos relés de saída 371
LEDs de função fixa 372
Configuração de LEDs programáveis 373
Teclas de função 375
Controlo Entradas 376
Entradas e saídas Inter-PSL. 377

P14D-TM-PT-7 365
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

2 CONFIGURAÇÃO DAS ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS


A configuração das entradas e saídas digitais neste produto é muito flexível. Você pode usar uma combinação de
configurações e de lógica programável para adaptá-las à sua aplicação. Você pode acessar algumas das
configurações usando o teclado do painel dianteiro, mas será necessário um computador e a execução do
software aplicativo de configuração para verificar e configurar totalmente as propriedades das entradas e saídas
digitais.
O software de configuração inclui um módulo chamado Editor PSL (Editor de Esquema de Lógica Programável). O
editor PSL permite que você aloque entradas e saídas de acordo com sua necessidade específica. Isso permite
que você associe atributos a alguns dos sinais, como, por exemplo, uma temporizaçãode drop-off em um contato
de saída.
Neste produto, as entradas e saídas digitais configuráveis são:
● Entradas digitais com isolamento óptico (opto-acopladas). Estas podem ser usadas para monitorar o
estado da planta associada.
● Relés de saída. Estes podem ser usados para fins como, por exemplo, iniciar o disparo de disjuntores,
fornecer alarmes, etc.
● LEDs programáveis. O número e cor dos LEDs programáveis varia de acordo com o produto específico ao
qual estão associados.
● Teclas de função e indicações de LED associadas Estas não fazem parte de todos os produtos, mas onde
são fornecidas, cada tecla possui um LED tricolor associado.
● Entradas e saídas IEC 61850 GOOSE. Existem apenas em produtos cuja especificação inclui a conexão a um
sistema IEC61850, e os detalhes GOOSE são apresentados na documentação da IEC61850.

366 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

3 ESQUEMA DE LÓGICA
O produto é fornecido com um Esquema de Lógica Fixo pré-definido (FSL) e um Esquema de Lógica Programável
(PSL).
O esquema de lógica é um módulo funcional dentro do IED, através do qual é feito todo o mapeamento de
entradas e saídas. O esquema de lógica pode ser dividido em duas partes; o Esquema de Lógica Fixo (FSL) e o
Esquema de Lógica Programável (PSL). Esses esquemas são construídos sobre o conceito de barramento de dados
digital (DDB). O DDB inclui todos os sinais digitais (DDBs) que são usados no FSL e PSL. O DDB inclui as entradas,
saídas e sinais internos.
O FSL consiste em lógica que foi codificada no produto. É fundamental corrigir a interação entre vários elementos
de proteção e/ou controle. É fixa e não pode ser alterada.
O PSL oferece a facilidade de desenvolver esquemas adequados a cada aplicação específica, caso os esquemas
PSL padrão programados em fábrica não atendam suas necessidades. Os esquemas PSL padrão são
programados antes do produto deixar a fábrica. Tais esquemas PSL padrão foram concebidos para atender
aplicações típicas e, caso atendam suas necessidades, você não precisará alterar nada. Contudo, se você desejar
mudar os mapeamentos entrada/saída ou implantar um esquema de lógica personalizado, poderá mudá-los ou
criar novos esquemas PSL usando o editor PSL.
O PSL consiste de componentes como portas lógicas e temporizadores, que combinam e condicionam os sinais
DDB.
As portas lógicas podem ser programadas para realizar uma série de funções lógicas AND. O número de entradas
em uma porta lógica não tem limite. Os temporizadores pode ser usados, ou para criar um atraso programável,
ou para condicionar as saídas lógicas. Os contatos de saída e LEDs programáveis possuem condicionadores
dedicados.
A lógica PSL é acionada por evento. Apenas é processada a parte da lógica PSL que é afetada particularmente
pela alteração da entrada que ocorreu. Isto minimiza a quantidade de tempo de processamento usado pelo PSL,
assegurando um desempenho líder de mercado.
O diagrama a seguir mostra como o esquema de lógica interage com o restante do IED.

P14D-TM-PT-7 367
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

Valores de energização Funções de proteção LEDs fixos

Entradas SL

Saídas SL
Entradas ópticas LEDs programáveis
PSL e FSL

Teclas de função Relés de saída


Entradas de controle

Entradas GOOSE

Saídas GOOSE

Módulo de Módulo de
controle de processamento
entrada Ethernet

V02011

Figura 166: Interfaces do esquema de lógica

3.1 EDITOR PSL


O esquema de lógica programável (PSL) é um módulo de portas lógicas e temporizadores programáveis no IED,
que pode ser usado para criar lógica personalizada, qualificando como o produtos responde a condições do
sistema. As entradas digitais do IED são combinadas com sinais digitais gerados internamente através de portas
lógicas, temporizadores e condicionadores. Os sinais resultantes são, então, mapeados para sinais de saída
digital, incluindo relés e LEDs de saída.
O editor PSL é uma ferramenta do Software de Configuração que permite que você crie e edite diagramas de
esquemas lógicos. Você pode usar o esquema lógico padrão, concebido para atender a maioria das aplicações,
mas poderá alterá-lo, caso ele não seja adequado para a sua aplicação. Caso você crie um esquema de lógica
diferente com o software, precisará carregá-lo no dispositivo para usá-lo.

368 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

3.2 ESQUEMAS PSL


O produto é fornecido com arquivos de esquemas padrão. Estes podem ser usados sem modificação na maioria
das aplicações, ou você poderá escolher usá-los como ponto de partida para criar seu próprio esquema. Também
é possível criar um esquema novo a partir do zero. Para criar um esquema novo, ou alterar um já existente, é
necessário executar o Software de Configuração. É necessário, então, abrir um arquivo PSL existente, ou criar um
novo, para o produto específico que você usa e, então, abrir um arquivo PSL. Caso queira criar um novo arquivo
PSL, você deve selecionar Arquivo , Novo e, finalmente, Esquema em branco... Esta ação abre um arquivo padrão
apropriado para o dispositivo em questão, mas apaga os componentes do diagrama do arquivo padrão, deixando
um diagrama em branco com as informações de configuração carregadas. Para abrir um arquivo existente, ou
um arquivo padrão, simplesmente dê um duplo clique nele.

3.3 CONTROLE DE VERSÃO DO ESQUEMA PSL.


Para ajudar você a rastrear os PSL carregados nos produtos, o software possui um recurso de controle de versão.
A interface com o usuário possui DADOS PSL uma coluna, que pode ser usada para rastrear as modificações PSL.
Existe um total de 12 células DADOS PSL coluna; 3 para cada grupo de configurações.
Refer.PSL Grp.n: Quando se faz o download de um esquema PSL em um IED, o sistema pedirá o número do grupo
relevante e um identificador de referência. Os primeiros 32 caracteres do identificador de referência são exibidos
nesta célula. As teclas de cursor horizontais podem percorrer os 32 caracteres, uma vez que o mostrador só exibe
16 caracteres por vez.

Exemplo:

Refer.PSL Grp.n

Data/Hora: Esta célula exibe a data e hora em que o esquema PSL foi baixado no IED.

Exemplo:

18 Nov 2002
08:59:32.047

ID PSL Grp.n: Esta célula exibe um número identificador (ID) exclusivo que foi associado ao esquema PSL.

Exemplo:

ID PSL Grp.n
ID - 2062813232

P14D-TM-PT-7 369
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

4 CONFIGURAÇÃO DE ENTRADAS OPTICAMENTE ISOLADAS


O número de entradas de estado opticamente isoladas (opto-acopladas) depende do modelo específico fornecido.
O uso das entradas dependerá da aplicação, e sua alocação é definida no esquema lógico programável (PSL).
Além da configuração PSL, você também precisa especificar a tensão de entrada esperada. Geralmente, todas as
entradas opto-acopladas compartilham a mesma faixa de tensão de entrada, mas este dispositivo poderá
acomodar outras faixas de tensão.
Na coluna CONFIG.ENTRADAS há uma configuração de tensão nominal. Se todas as entradas opto-acopladas
forem ser energizadas com a mesma faixa de tensão, esse valor será selecionado com esta configuração. Se você
selecionar Custom na configuração, então as células Entrada Óptica 1, Entrada Óptica 2, etc. se tornarão
visíveis. Você usa estas células para configurar faixas de tensão para cada entrada individual opto-acoplada.
Se você estiver usando o software de configuração recomendado (MiCOM S1 Agile), a função de monitoramento
de alimentação CC do produto detecta a tensão de alimentação CC e fornece alguma automação para a tensão
nominal global. Esta característica é encontrada, clicando-se em Dispositivo, selecionando-se Supervisionar
dispositivo ® Auto-configuração de tensão óptica. Esta detecção automática somente funciona em entradas
CC.
Dentro da coluna CONFIG.ENTRADAS também existem configurações para controlar os filtros aplicados às
entradas, bem como a característica pick-up/drop-out.
A configuração de controle de filtros fornece uma cadeia de bits, onde cada bit está associado a uma entrada
opto-acoplada. O valor ‘1’ em um bit indica a aplicação de um filtro de meio ciclo. Isto ajuda a evitar a operação
incorreta na eventualidade de interferência de frequência na fiação do sistema de geração. O valor ‘0’ em um bit
remove a aplicação do filtro e torna a operação mais rápida. Note-se que a remoção do filtro reduz a imunidade
CA. Isso significa que a filtragem de interferências fora de faixa se torna menos eficaz.
A configuração característica é um valor único aplicado a todas as entradas opto-acopladas. Ela é usada para
estabelecer as relações de pick-up/drop-out dos sinais de entrada.
O padrão de drop-out é 60% do valor de entrada CC máximo e o limiar de pick-up é 80% do valor de entrada CC
mínimo. Você pode mudar isto para outros limiares disponíveis, caso necessário. Outros limiares disponíveis são:
50% a 70%, e 58% a 75%.

370 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

5 ATRIBUIÇÃO DOS RELÉS DE SAÍDA


A ação de contato dos relés é controlada usando o PSL. Os sinais DDB são mapeados no PSL e acionam os relés
de saída. O acionamento de um relé de saída é controlado por meio de um condicionador do relé de saída.
Existem várias opções disponíveis para condicionamento dos contatos dos relés de saída. Por exemplo, você pode
escolher se a operação de um relé se saída será memorizada por um latch, se terá um atraso no pick-up, ou um
atraso no drop-out. Você seleciona isto na janela Propriedade de contato associada ao condicionador do
respectivo relé de saída.
Para mapear um relé de saída no PSL você deve usar o botão Condicionador de contato, que aparece na barra de
ferramentas, para importá-lo. Então, deverá condicioná-lo de acordo com suas necessidades. A saída do
condicionador respeitará os atributos que você atribuiu.
O botão Condicionador de contato da barra de ferramentas é semelhante a isto:

A contribuição PSL associada se parece com isto:

Nota:
Os condicionadores de contato somente aparecerão como disponíveis se não houverem sido todos usados. Em alguns
esquemas de PSL padrão, todos os Condicionadores de contato podem ter sido usados. Nesse caso, se você quiser usá-los
para outra coisa, precisará reatribuí-los.

Na barra de ferramentas, existe um outro botão associado às saídas de relé. Este botão se parece com isto:

Este é o botão "Sinal de contato". Ele permite que você crie réplicas de um relé condicionado no PSL, evitando que
você tenha de fazer conexões entre páginas que poderiam diminuir a clareza do esquema.

P14D-TM-PT-7 371
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

6 LEDS DE FUNÇÃO FIXA


Quatro LEDs de função fixa no lado esquerdo do painel frontal indicam as seguintes condições.
● O LED Desarme (Vermelho) ACENDE quando o IED emite um sinal de desarme. Ele é apagado quando o
registo de falha associado é apagado do mostrador frontal. O LED Desarme também pode ser configurado
como self-reset.
● Alarme (Amarelo) pisca quando o IED regista um alarme. Isto pode ser ativado por um registo de falha,
evento ou registro de manutenção. O LED pisca até que os alarmes tenham sido aceitos (lidos) e, então,
muda para continuamente ACESO. Quando os alarmes são desligados, o LED muda para APAGADO.
● Fora de serviço (Amarelo) fica ACESO quando as funções do IED não estão disponíveis.
● Saudável (Verde) está ACESO quando o IED está em perfeito funcionamento, devendo ficar ACESO o tempo
todo. O LED APAGA se o autoteste da unidade mostrar que existe um erro no hardware ou software. O
estado do LED saudável é refletido no contato watchdog na parte traseira do equipamento.

6.1 LÓGICA DO LED DE DISPARO


Quando ocorre um disparo, o LED de disparo acende. É possível fazer reset disto de várias maneiras:
● Diretamente com um comando de reset (pressionando a Tecla Clear)
● Com uma entrada lógica de reset
● Com lógica de reset automático

Activa-se o reset automático com a célula Lig. Func. Sist. na coluna DADOS SISTEMA. Um '0' desactiva o reset
automático e um '1' activa o reset automático.
O reset ocorre quando o circuito é religado e o sinal Qualq.Polo Morto sofreu reset por três segundos desde que o
sinal Qualquer Partida esteja inativo. O reset é impedido se o sinal Qualquer Partida estiver ativo após o fecho do
disjuntor. Isto é útil quando usado em conjunto com a lógica de Religação Automática, pois impedirá que
sinalizadores de disparo indesejado sejam exibidos após uma religação bem sucedida do disjuntor.
A lógica do LED de Disparo é a seguinte:

Qualquer Disparo
PartLED Disparo
Reinício
1
Reset Relés/LED

Lig. Func. Sist .


Trip LED S/Reset
&

Qualq.Polo Morto

Qualquer Partida

V01211

Figura 167: Lógica do LED de Disparo

372 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

7 CONFIGURAÇÃO DE LEDS PROGRAMÁVEIS


Existem três tipos de sinais de LEDs programáveis, que variam de acordo com o modelo usado. São eles:
● LED programável de cor única. Estes LED são de cor vermelha.
● LED programável tricolor. Estes acedem nas cores vermelha, verde e amarelo.
● LED programáveis tricolores associados com uma tecla de função. Estes acedem nas cores vermelha, verde
e amarelo.

Os sinais DDB são representados no PSL e usados para acender os LEDs. No caso dos LEDs programáveis de cor
única, existe um sinal DDB associado a cada LED. No caso dos LEDs tricolores, existem dois sinais DDB associados
ao LED. Ativar o sinal LED # Verd acenderá a cor verde do LED. Ativar o sinal LED # Verm acenderá a cor vermelha
do LED. A ativação de ambos os sinais DDB acenderá a cor amarelo.
O acendimento de um LED é controlado por meio de um condicionador. Usando um condicionador, você pode
decidir se os LEDs refletem o estado dos sinais DDB em tempo real, ou se fica aceso (memorizado) aguardando
intervenção do usuário.
Para representar um LED no PSL você deve usar o botão Condicionador de LED da barra de ferramentas para
importá-lo. Então, deverá condicioná-lo de acordo com suas necessidades. A(s) saída(s) do condicionador
respeita(m) o(s) atributo(s) que você associou.
O botão da barra de ferramentas de um LED tricolor se parece com isto:

A contribuição PSL associada se parece com isto:

O botão da barra de ferramentas de um LED de cor única se parece com isto:

A contribuição PSL associada se parece com isto:

Nota:
Os condicionadores de LED estão disponíveis apenas no caso de não estarem sendo todos usados, o que poderá acontecer
em alguns esquemas PSL. Se esse for o caso e você quiser usá0los para algo mais, será necessário reatribuí-los.

Na barra de ferramentas, existe outro botão associado com os LEDs. O botão associado a um LED tricolor é similar
a isto:

O botão associado a um LED de cor única é similar a isto:

P14D-TM-PT-7 373
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

É o botão do "Sinal de LED" Ele permite que você crie réplicas de um LED condicionado no PSL, evitando que tenha
de efetuar conexões entre páginas que poderiam reduzir a clareza do esquema.

374 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

8 TECLAS DE FUNÇÃO
Nos modelos montados em caixas de 30TE ou maiores, estão disponíveis várias teclas de função programáveis.
Isto permite que se atribua teclas de função a funcionalidades de controlo através do esquema lógico
programável (PSL). Cada tecla de função está associada a um LED tricolor programável, que se pode programar
para fornecer a indicação desejada quando da ativação da tecla de função.
Estas teclas de função podem ser usadas para acionar qualquer função à qual estiverem conectadas como parte
do PSL. Os comandos de tecla de função podem ser encontrados na coluna TECLAS FUNÇÃO.
Cada tecla de função está associada a um sinal DDB conforme mostrado na tabela DDB. Pode-se mapear estes
sinais DDB a qualquer função disponível no PSL.
A célula Estado Tcls Func exibe o estado (energizado ou desenergizado) das teclas de função por meio de uma
string binária, onde cada bit representa uma tecla de função começando com 0 para a tecla de função 1.
Cada tecla de função tem três parâmetros associados a ela, como abaixo:
● Modo Tecl.Func.(n), que permite que se configure a tecla como alternada ou normal
● Tecla Função (n), que activa ou desactiva a tecla de função
● Etiq.Tecl.Func.(n), que permite que se defina o texto da tecla de função que é exibido

Quando a célula Modo Tecl.Func.(n) está definida como Alternado, a saída do sinal DDB da tecla de função
permanece no estado ativo até que seja dado um comando de reset. No modo Normal, o sinal DDB da tecla de
função permanecerá energizado pelo tempo em que a tecla de função estiver pressionada e depois sofre reset
automaticamente. Neste modo, pode-se programar uma duração mínima de pulso adicionando um temporizador
de pulso mínimo ao sinal de saída DDB da tecla de função.
A célula Tecla Função (n) é usada para activar (desbloquear) ou desactivar os sinais da tecla de função no PSL. O
parâmetro de Bloqueio foi fornecido para impedir ativação posterior ao se pressionar a tecla em sequência. Isto
permite que teclas de função definidas no modo Alternado e os seus sinais DDB ativos em alto sejam
bloqueados no estado ativo evitando assim que qualquer ativação posterior da tecla desative a função associada.
Bloquear uma tecla de função que esteja definida no modo 'Normal' faz com que os sinais DDB associados fiquem
permanentemente desativados. Este recurso de segurança impede que qualquer ativação inadvertida da tecla de
função ative ou desative funções críticas.
A célula Etiq.Tecl.Func. possibilita alterar o texto associado a cada tecla de função. Este texto será exibido quando
uma tecla de função é acedida no menu de tecla de função, ou pode ser exibido no PSL.
Os estados de todas as teclas de função são armazenados em memória não volátil, para o caso de interrupção da
alimentação auxiliar.

Nota:
O dispositivo apenas reconhece uma única ativação de tecla de função de cada vez.

Nota:
É necessária uma duração da ativação da tecla de pelo menos 200 ms antes que seja reconhecida no PSL. Este recurso de
eliminação de erro evita ativações duplas acidentais.

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Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

9 CONTROLO ENTRADAS
As entradas de controlo são comutadores de software, que podem ser fechados ou abertos localmente ou
remotamente. Estas entradas podem ser usadas para acionar qualquer função do PSL às quais estejam
conectadas. Existem três colunas de parâmetros associadas às entradas de controlo.

376 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais

10 ENTRADAS E SAÍDAS INTER-PSL.


Para tornar a concepção dos esquemas PSL mais fácil, o P40 Agile oferece uma série de sinais DDB para conexão
de entradas PSL a saídas PSL. Estas são chamadas entradas e saídas Inter-PSL Este dispositivo permite que você
mapeie muitos sinais de entrada PSL a um único sinal de saída Inter-PSL, muitos sinais de saída PSL a um único
sinal de entrada Inter-PSL e a junção do sinal de entrada Inter-PSL com um sinal de saída Inter-PSL. Os sinais de
entrada Inter-PSL também podem ser usados para disparar diretamente o Gravador de distúrbios.

P14D-TM-PT-7 377
Capítulo 16 - Configuração da PSL e E/S digitais P14D

378 P14D-TM-PT-7
COMUNICAÇÃO SCADA

CAPÍTULO 17
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

380 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Os produtos MiCOM suportam comunicação de sistemas de automação de subestações e SCADA com base em
duas tecnologias, serial e Ethernet. As comunicações seriais são usadas há muito tempo, existindo ainda muitas
subestações ligadas desta maneira. A Ethernet é um meio mais moderno, sendo que todas as comunicações de
subestações modernas estão baseadas nesta tecnologia. Os produtos MiCOM da GE Energy Connections
suportam ambas as tecnologias de comunicação.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão Geral do Capítulo 381
Interfaces de Comunicação 382
Comunicação serie 383
Comunicação padrão Ethernet 386
Comunicação Ethernet redundante 387
Visão geral dos Protocolos de Dados 393
Modo de Leitura 435
Sincronização Horária 437

P14D-TM-PT-7 381
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

2 INTERFACES DE COMUNICAÇÃO
Os produtos MiCOM P40 Agile possuem vários interfaces de comunicação padrão e opcionais. O hardware e
protocolos padrão e opcionais estão resumidos abaixo:

Porta Disponibilidade Camada Física Uso Protocolos de Dados

Configuração local
Frontal Norma USB Courier
Download de firmware
SCADA
Porta serie
Norma RS485 / K-Bus Configuração remota Courier, MODBUS, IEC 60870-5-103, DNP3.0
traseira 1
IRIG-B
Porta serie
SCADA
traseira 2
Opcional RS485 Configuração remota Courier
(opção de
IRIG-B
pedido)
Porta Ethernet SCADA Courier, DNP3.0 sobre Ethernet, IEC 61850
Opcional Ethernet/cobre
traseira Configuração remota (opção de pedido)
Porta Ethernet SCADA Courier ou DNP3.0 sobre Ethernet
Opcional Ethernet/fibra
traseira Configuração remota (opção de pedido)

Nota:
As placas de comunicação opcionais são sempre encaixadas na posição C e apenas na posição C.
Só é possível encaixar uma placa de comunicação opcional, portanto, a comunicação Serie e Ethernet são mutuamente
exclusivas.

382 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

3 COMUNICAÇÃO SERIE
Os padrões de camada física que são usados na comunicação serie para SCADA são:
● Barramento serie universal (USB)
● EIA(RS)485 (normalmente abreviado para RS485)
● K-Bus (uma implementação proprietária da RS485)

O USB é um padrão relativamente novo, que substitui a EIA(RS232) para comunicação local com o IED (para
transferir configurações e extrair atualizações de firmware)
A RS485 é semelhante à RS232, mas para distâncias mais longas, permitindo o encadeamento em série e
multiderivações de IEDs.
O K-Bus é um protocolo proprietário muito semelhante ao RS485, mas não pode ser misturado no mesmo link
com o RS485. Diferente do RS485, os sinais K-Bus aplicados entre dois terminais não são polarizados.
É importante notar que estes não são protocolos de dados. Apenas descrevem as características físicas
requeridas para que dois dispositivos comuniquem entre si.
Para a descrição do padrão K-Bus veja K-Bus (on page384) e o manual do interface K-Bus da GE Energy
Connections referência R6509.
Uma descrição completa do RS485 está disponível na publicação da norma.

3.1 BARRAMENTO SÉRIE UNIVERSAL


A porta USB é usada para conectar computadores localmente para transferir configurações, medidas e registos
entre o computador e o IED e para extrair atualizações de firmware de um computador local para o IED.

3.2 BARRAMENTO EIA(RS)485


A conexão a dois fios RS485 fornece ao IED uma conexão série half duplex totalmente isolada. A conexão é
polarizada, mas não existe definição de qual terminal represente o que. Se o mestre for incapaz de comunicar
com o produto e os parâmetros de comunicação estiverem corretos, é possível que a conexão a dois fios esteja
invertida.
O barramento RS485 deve terminar em cada ponta com resistências de 120 Ω 0,5 W entre os fios de sinal.
O padrão RS485 requer que cada dispositivo seja ligado diretamente ao barramento físico. São proibidos ramais
ou derivações em T. As topologias de barramento em loop e em estrela não fazem parte do padrão RS485 e
também são proibidas.
Deve ser usado um cabo blindado com dois condutores trocados. A especificação completa do cabo depende da
aplicação, embora um condutor multifilar de 0,5 mm2 por núcleo seja normalmente adequado. O comprimento
total do cabo não pode exceder 1000 m. É importante evitar correntes circulantes, que podem provocar ruído e
interferência, especialmente quando o cabo passa entre edifícios. Por este motivo, a blindagem deve ser contínua
e ligada à terra apenas num extremo, normalmente no ponto de conexão do mestre.
O sinal RS485 é um sinal diferencial e não existe ligação de terra de sinal. Se houver uma ligação de terra de sinal
no cabo do barramento esta deve ser ignorada. Em nenhum local deve ser ligada à blindagem do cabo ou ao
chassis do produto. Tanto por razões de segurança como de ruído.
Pode ser necessário polarizar os fios de sinal para evitar inconsistências. As inconsitências ocorrem quando o nível
de sinal possui um estado intermitente porque o barramento não está a ser corretamente referenciado. Isto pode
ocorrer quando todos os escravos estão em modo de recepção e o mestre é lento na mudança do modo de
recepção para o de transmissão. O motivo para isto ocorrer pode ser por o mestre estar a aguardar no modo de
recepção, em estado de alta impedância, até ter algo para transmitir. A inconsistência faz com que o(s)
dispositivo(s) de recepção perca(m) os primeiros bits do primeiro caractere do pacote, o que faz com que o escravo
rejeite a mensagem e por isso não responda. Os sintomas disto são: tempos de resposta longos (devido às

P14D-TM-PT-7 383
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

tentativas), contagens crescentes de erros de mensagens, comunicação errática, e no pior caso, falha completa
na comunicação.

3.2.1 REQUISITOS DE POLARIZAÇÃO DA EIA(RS)485


A polarização requer que as linhas de sinal sejam referenciadas a um nível de tensão definido de
aproximadamente 1 V. Deve haver apenas um ponto de polarização no barramento, que fica melhor situado no
ponto de conexão do mestre. A fonte de CC usada para a polarização deve ser limpa para evitar a injeção de ruído
no circuito.

Nota:
Alguns dispositivos podem ser capazes de fornecer a polarização do barramento, neste caso não serão necessários
componentes externos.

6 – 9 V CC
180 Ω
polarização

Mestre 120 Ω

180 Ω
polarização

0V 120 Ω

Escravo Escravo Escravo

V01000

Figura 168: Circuito de polarização RS485

Advertência:
É extremamente importante que sejam usadas as resistências de terminação de 120
Ω. Caso contrário a tensão de polarização pode ser excessiva e pode danificar os
dispositivos conectados ao barramento.

3.3 K-BUS
O K-Bus é um método robusto de sinalização baseado nos níveis de tensão do RS485. O K-Bus incorpora uma
estrutura de mensagens com base em um protocolo HDLC síncrono de 64 kbps com modulação FM0 para
aumentar a velocidade e a segurança.
A interface traseira é usada para fornecer uma ligação permanente para o K-bus, o que permite uma ligação com
várias derivações.
Um ramal K-Bus consiste até 32 IEDs ligados numa configuração multiderivada usando cabos de pares trocados.
A conexão K-Bus em par trocado não é polarizada.
Deve ser usado um cabo blindado com dois condutores trocados. A especificação completa do cabo depende da
aplicação, embora um condutor multifilar de 0,5 mm2 por núcleo seja normalmente adequado. O comprimento
total do cabo não pode exceder 1000 m. É importante evitar correntes circulantes, que podem provocar ruído e
interferência, especialmente quando o cabo passa entre edifícios. Por este motivo, a blindagem deve ser contínua
e ligada à terra apenas num extremo, normalmente no ponto de conexão do mestre.

384 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

O sinal K-Bus é um sinal diferencial e não existe ligação de terra do sinal. Se houver uma ligação de terra de sinal
no cabo do barramento esta deve ser ignorada. Em nenhum local deve ser ligada à blindagem do cabo ou ao
chassis do produto. Tanto por razões de segurança como de ruído.
Não é possível usar um conversor padrão de EIA(RS)232 para EIA(RS)485 para converter amostras IEC 60870-5
FT1.2 para K-Bus. Para esta finalidade deve ser usado um conversor de protocolo KITZ101, KITZ102 ou KITZ201.
Consulte a GE Energy Connections para obter informações sobre a especificação e fornecimento de dispositivos
KITZ. A figura seguinte mostra uma conexão K-Bus típica.

IED IED IED

Barramento
RS232 K

Conversor de protocolo
Computador Conversor RS232-USB
KITZ
V01001

Figura 169: Comunicação remota usando K-Bus

Nota:
Apenas é necessário um conversor RS232-USB se o computador local não tiver uma porta RS232.

Maiores informações sobre o K-Bus estão disponíveis na publicação R6509: Manual do Interface K-Bus, disponível
a pedido.

P14D-TM-PT-7 385
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

4 COMUNICAÇÃO PADRÃO ETHERNET


O interface Ethernet é necessário para IEC 61850 ou DNP3 sobre Ethernet (o protocolo deve ser selecionado no
momento do pedido). Com qualquer um destes protocolos, o interface Ethernet também oferece comunicação
com o MiCOM S1 Studio para configuração remota e extração de registos.
O uso de conexão por fibra ótica é recomendado em conexões permanentes num ambiente de subestação, pois
oferece vantagens em termos de rejeição de ruído. A porta de fibra ótica permite comunicação a 100 Mbps e usa
conectores tipo LC.
O dispositivo também pode ser conectado a um hub ou switch Ethernet 10Base-T ou 100Base-TX usando a porta
RJ45. A porta detecta automaticamente o tipo de hub conectado. Este tipo de conexão só é recomendado para
conexões de pequena duração e para pequenas distâncias por motivo de ruído e interferência.
Os pinos do conector RJ45 são os seguintes:
Pino Nome do sinal Definição do sinal
1 TXP Transmissão (positivo)
2 TXN Transmissão (negativo)
3 RXP Recepção (positivo)
4 - Não usado
5 - Não usado
6 RXN Recepção (negativo)
7 - Não usado
8 - Não usado

386 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

5 COMUNICAÇÃO ETHERNET REDUNDANTE


A redundância é necessária quando não é tolerável nem um único ponto de falha. É necessária em aplicações
críticas como na automação de subestações. A redundância atua como uma política de segurança, oferecendo
uma rota alternativa, no caso de falha de uma das rotas.
A redundância das comunicações Ethernet é disponível na maioria dos produtos da GE Energy Connections,
usando um equipamento de Ethernet redundante. Este equipamento tem uma Placa de Interface de Rede (NIC)
que possui um switch de Ethernet integrado. A interface possui dois pares transmissor/receptor Ethernet, ambos
para a mesma mídia física (dois para cobre e dois para fibra óptica). Além dos dois pares de transmissor/receptor
Ethernet, a REB (placa ethernet redundante) possui uma indicação de atividade do elo.
Tanto o protocolo PRP (Parallel Redundancy Protocol) como o HSR (High-availability Seamless Redundancy), ambos
padrão de mercado, estão disponíveis, mediante indicação de uma opção no pedido de compra.

5.1 PROTOCOLOS SUPORTADOS


Um dos requisitos chave das comunicações de subestação redundantes é a redundância "ininterrupta". Isto
significa a habilidade de efetuar a transferência de uma linha de comunicação para outra sem consequências
notáveis. Os protocolos padrão da época às vezes não atendiam os exigentes requisitos de disponibilidade de
rede das soluções de automação de subestações. Os tempos de comutação eram inaceitavelmente longos. Por
esta razão, as empresas desenvolveram protocolos proprietários. Mais recentemente, contudo, foram
desenvolvidos protocolos padrão capazes de suportar a redundância sem impactos (especificamente o PRP e o
HSR).
A versão 56 e posteriores do P40Agile suportam Ethernet redundante. Existem variantes para cada um dos
protocolos a seguir:
● PRP (Parallel Redundancy Protocol)
● HSR (High-availability Seamless Redundancy)

O PRP e o HSR são padrões abertos, de modo que sua implementação é compatível com qualquer dispositivo PRP
ou HSR padrão, respectivamente. O PRP oferece redundância "ininterrupta".

Nota:
O protocolo que você precisa deverá ser selecionado no momento do pedido.

5.2 PROTOCOLO DE REDUNDÂNCIA PARALELA


O PRP (Parallel Reundancy Protocol) é definido pela IEC 62439-3. O PRP oferece redundância ininterrupta e atende
as necessidades mais exigentes da automação de subestações. A implementação do PRP da REB é compatível
com qualquer dispositivo padrão PRP.
O PRP usa duas redes Ethernet independente que operam em paralelo. Os sistemas PRP são concebidos de modo
que não haja nenhum ponto de falha comum entre as duas redes e, portanto, as redes têm fontes de alimentação
independentes e não são conectadas diretamente.
Os dispositivos concebidos para aplicações PRP possuem duas portas conectadas às duas redes separadas e são
chamados de Nós duplamente conectados (DAN). Cada DAN possui duas portas, um endereço MAC e um
endereço IP.
O nó transmissor replica cada quadro que chega primeiro e descarta o duplicado. O nó receptor processa o
quadro que chega primeiro e descarta o duplicado. Portanto, não existe distinção entre os trajetos principal e de
reserva. O nó receptor verifica se todos os quadros chegam na sequência e se os quadros estão sendo recebidos
corretamente em ambas as portas.
Dispositivos, como por exemplo impressoras, que têm uma única porta Ethernet, podem ser conectados a
qualquer uma das redes, porém não se beneficiarão dos princípios PRP. Esses dispositivos são chamados Nós de

P14D-TM-PT-7 387
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

conexão simples (SAN). Dispositivos com uma única porta Ethernet poderão se conectar a ambas as LANs, caso
necessário, por meio de Dispositivos de Interligação Redundante (algumas vezes chamados de RedBox).
Dispositivos com uma única porta Ethernet e que se conectam a ambas as LANs por meio de uma RedBox são
conhecidos como DAN virtual (VDAN).
A figura abaixo resume a conectividade de DANs, SANs, VDANs, LANs e RedBoxes.

DAN DAN

SAN DAN

LAN B

LAN A

REDUNDÂNCIA
CAIXA

VDAN

VDAN SAN SAN

VDAN

E01028

Figura 170: IED conectado a LANs separadas


Em um DAN, ambas as portas compartilham o mesmo endereço MAC, de modo que isso não afeta o modo como
os dispositivos "falam" uns com os outros em uma rede Ethernet (Protocolo de resolução de endereço, na camada
2). Cada quadro de dados é visto por ambas as portas.
Quando um DAN envia um quadro de dados, o quadro é duplicado em ambas as portas e, portanto, em ambos os
segmentos da LAN. Isto cria um trajeto redundante para o quadro de dados, no caso de falha de um dos
segmentos. Sob condições normais, ambos os segmentos de LAN estarão funcionando e cada porta receberá
quadros idênticos.

5.3 REDUNDÂNCIA TRANSPARENTE DE ALTA DISPONIBILIDADE (HSR)


O HSR é padronizado pela IEC 62439-3 (cláusula 5) para uso em redes de topologia em anel. Da mesma forma que
o PRP, o HSR oferece redundância ininterrupta atendendo as necessidades mais exigentes da automação de
subestações. O HSR se tornou o padrão de referência para redes de topologia em anel no ambiente de
subestações. A implementação HSR da placa de Ethernet redundante (REB) é compatível com qualquer dispositivo
HSR padrão.
O HSR trabalha com a premissa de que cada dispositivo conectado no anel é um nó com conexão dupla operando
o HSR (chamado de DANH). De forma similar, ao PRP, nós com uma única conexão, como impressoras, são
conectados através de um Dispositivo de Interligação Redundante (RedBox).

5.3.1 TOPOLOGIA HSR DE MULTIDIFUSÃO (MULTICAST)


Quando um DANH envia um quadro multidifusão, o quadro (Quadro C) é duplicado (Quadro A e Quadro B), e cada
quadro duplicado A/B recebe uma etiqueta com o endereço MAC de destino e o número de sequência. Os quadros
A e B diferem apenas em seu número de sequência, que é usado para discernir um quadro do outro. Cada quadro
é enviado para a rede através de uma porta separada. O DANH destino recebe dois quadros idênticos, remove a

388 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

etiqueta HSR do primeiro quadro recebido e o envia (quadro D) para processamento. O outro quadro duplicado é
descartado. Os nós encaminham quadros de uma porta a outra, a menos que seja o nó que injetou o quadro na
rede.

Fonte

DANH DANH Redbox Interruptor

Armação D Armação C Armação D


Armação A Armação B

Nós conectados
individualmente

Armação D Armação D Armação D

DANH DANH DANH


V01030

Figura 171: Topologia HSR de multidifusão (Multicast)


Somente cerca de metade da largura de banda da rede está disponível no HSR para os quadros de multidifusão
ou de transmissão ampla (broadcast) porque ambos os quadros A e B circulam por todo o anel.

5.3.2 TOPOLOGIA HSR DE DIFUSÃO ÚNICA (UNICAST)


No caso dos quadros Unicast, existe apenas um destino e os quadros são enviados apenas para esse destino.
Todos os dispositivos não receptores simplesmente repassam os quadros. Não os processam de nenhuma forma.
Em outras palavras, os quadros D são produzidos apenas para o DANH receptor. Isto é ilustrado abaixo.

P14D-TM-PT-7 389
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Fonte

DANH DANH Redbox Interruptor

Armação C

Armação A Armação B

Nós conectados
individualmente

Armação D

DANH DANH DANH

Destino V01031

Figura 172: Topologia HSR de difusão única (Unicast)


No caso dos quadros unicast, toda a largura de banda fica disponível, pois ambos os quadros A e B param no nó
destino.

5.3.3 USO DO HSR NA SUBESTAÇÃO

390 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

switch T1000

SCADA do PC

Gateways DS Agile

Px4x H49 H49 H49 Px4x

Px4x Px4x Px4x Px4x Px4x Px4x

Bay 1 Bay 2 Bay 3


E01066

Figura 173: Uso do HSR na subestação

5.4 PROTOCOLO RAPID SPANNING TREE


O RSTP é um padrão usado para reconexão rápida em uma falha de rede, pela busca de um trajeto alternativo. Ele
impede os circuitos de rede ao mesmo tempo que permite redundância. Pode ser usado em conexões estrela ou
anel, como mostrado na figura a seguir.

Switch 11
Comutador Switch 22
Comutador Comutador
Switch 11 Comutador
Switch 2 2

IED 1 IED 2 IED 1 IED 2

Star connection
Conexão with
em estrela redundant
com ports
portas redundantes Ring connection
Conexão managed pela
em anel gerenciada by RST P
função
gerenciadas pela função de bloqueio
managed by RSTP blocking function RSTP. . blocking function
de bloqueio on nos
RSTP upper switches
switches
superiores e IED conectados diretamente.
and IEDs interconnected directly .
V01010

Figura 174: IED conectado a um circuito Ethernet redundante, estrela ou anel.


A implementação do RSTP neste produto é compatível com qualquer dispositivo que use o RSTP.

P14D-TM-PT-7 391
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

O RSTP é capaz de recuperar falhas de rede rapidamente, mas o tempo de recuperação depende do número de
dispositivos conectados à rede e da topologia. Um valor típico para o tempo de recuperação são cerca de 300 ms.
Portanto, o RSTP não oferece a redundância “ininterrupta” que outros protocolos oferecem.
Consulte o padrão IEEE 802.1D 2004 para obter informações detalhadas sobre a operação do protocolo.

5.5 CONFIGURAÇÃO DO ENDEREÇO IP


O dispositivo de interconexão redundante não possui nenhum requisito especial de configuração de endereço IP.
Existe apenas um endereço IP para o dispositivo, que pode ser configurado usando o configurador IEC61850,
como dispositivo Ethernet padrão.
O configurador IED exibirá automaticamente os parâmetros de configuração PRP/HSR.

392 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

6 VISÃO GERAL DOS PROTOCOLOS DE DADOS


Os produtos suportam uma ampla gama de protocolos para permitir o uso em muitos setores e aplicações. Os
protocolos de dados suportados por um produto específico dependem da aplicação escolhida, mas a seguinte
tabela fornece uma lista dos protocolos de dados tipicamente disponíveis.

Protocolos de dados para SCADA


Protocolo de Dados Protocolo de camada 1 Descrição
Padrão para comunicações SCADA, desenvolvido pela GE Energy
Courier K-Bus, RS485, Ethernet, USB
Connections.
MODBUS RS485 Padrão para comunicações SCADA, desenvolvido pela Modicon.
IEC 60870-5-103 RS485 Padrão IEC para comunicações SCADA
Padrão para comunicações SCADA, desenvolvido pela Harris. Usado
DNP 3.0 RS485, Ethernet
principalmente na América do Norte.
Padrão IEC para automação de subestações. Facilita a
IEC 61850 Ethernet
interoperabilidade.

A relação destes protocolos com os protocolos de mais baixo nível da camada física são como segue:
IEC 60870-5-103
Protocolos de MODBUS IEC 61850
Dados DNP3.0 DNP3.0
Courier Courier Courier Courier
Camada de
EIA(RS)485 Ethernet USB K-Bus
Ligação de Dados
Camada Física Cobre ou Fibra Ótica

6.1 COURIER
Esta secção fornecerá informações suficientes para permitir a compreensão do protocolo Courier num nível
adequado para a maioria dos utilizadores. Para situações em que o nível das informações contidas neste manual
for insuficiente, estão disponíveis a pedido outras publicações (R6511 e R6512) contendo detalhes completos
sobre o protocolo e seu uso.
O Courier é um protocolo de comunicação proprietário da GE Energy Connections. O Courier usa um conjunto
padrão de comandos para aceder a um banco de dados de configurações e dados no IED. Isto permite que um
mestre comunique com vários dispositivos escravos. Os elementos específicos da aplicação estão contidos no
banco de dados em vez de nos comandos usados para consultá-lo, o que significa que a estação mestre não
precisa ser pré-configurada. O Courier também fornece um mecanismo de extração de registo de sequência de
eventos (SOE) e de registo de perturbações.

6.1.1 CONEXÃO FÍSICA E CAMADA DE LIGAÇÃO


Nos produtos P40 Agile o Courier pode ser usado com três protocolos de camada física: K-Bus, EIA(RS)485 e USB.
Existem três opções de conexão disponíveis para o Courier:
● A porta USB frontal - para conexão ao software aplicativo de configuração em, por exemplo, um laptop
● Porta serie traseira 1 - para conexão permanente de SCADA via RS485 ou K-Bus
● A porta serie traseira 2 (opcional) - para conexão permanente de SCADA via RS485 ou K-Bus
O endereço e a taxa de transmissão do IED podem ser selecionados usando o menu do painel frontal ou por uma
aplicação adequada como o MiCOM S1 Agile.

P14D-TM-PT-7 393
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

6.1.2 BASE DE DADOS DO COURIER


A base de dados do Courier é bidimensional e é semelhante a uma tabela. Cada célula na base de dados é
referenciada pelos endereços de linha e coluna. Tanto a linha como a coluna podem assumir valores na faixa de 0
a 255 (0000 a FFFF em hexadecimal). Os endereços na base de dados estão em valores hexadecimais, por
exemplo, 0A02 significa coluna 0A linha 02. As configurações ou dados associados fazem parte da mesma coluna.
A linha zero da coluna possui uma string de texto para identificar o conteúdo e para funcionar como cabeçalho da
coluna.
O menu base de dados de produtos específicos contém a definição completa da base de dados. Estas
informações também são apresentadas no capítulo de Configurações.

6.1.3 CATEGORIAS DE CONFIGURAÇÕES


Existem duas categorias principais de configuração em IEDs de proteção:
● Configurações de controle e suporte
● Configurações de proteção

Com a excepção das configurações do Gravador de Osciloperturbografia, as alterações feitas nas configurações
de controle e suporte são implementadas imediatamente e armazenadas em memória não volátil. As alterações
feitas nas configurações de proteção e nas do Gravador de Osciloperturbografia são armazenadas em memória
temporária e não são implementadas imediatamente. Estas necessitam ser confirmadas escrevendo na célula
Guard.Alterações na coluna CONFIGURAÇÃO.

6.1.4 TROCAR CONFIGURAÇÕES


O Courier fornece dois mecanismos para fazer alterações de configuração. Os dois métodos podem ser usados
para editar qualquer configuração na base de dados.

Método 1
Este usa uma combinação de três comandos para realizar uma alteração de configuração:
Primeiro, entre no modo de configuração: isto verifica se a célula pode ser definida e retorna os limites.
1. Configuração de Pré-Carga: Isto coloca um novo valor na célula. É exibido o eco do valor para garantir que
a configuração não foi corrompida. A validade da configuração não é verificada por esta ação.
2. Execute a configuração: Isto confirma a alteração da configuração. Se a alteração for válida é retornada
uma resposta positiva. Se a alteração de configuração falhar é retornada uma resposta de erro.
3. Abortar Configuração: Este comando pode ser usado para abandonar a alteração da configuração.
Este é o método mais seguro. É ideal para editores on-line porque os limites da configuração são extraídos antes
de fazer a alteração. Entretanto, este método pode ser moroso se muitas configurações estiverem a ser alteradas,
porque são necessários três comandos para cada alteração.

Método 2
O comando Definir Valor pode ser usado para alterar diretamente uma configuração. A resposta a este comando
pode ser uma confirmação ou um código de erro para indicar a natureza de uma falha. Este comando pode ser
usado para implementar uma configuração mais rápida que o método anterior, entretanto, os limites não são
extraídos. Este método é, portanto, mais adequado para editores de configuração off-line, tais como o MiCOM S1
Agile, ou para a emissão de comandos de controlo pré-configurados.

6.1.5 EXTRAÇÃO DE EVENTOS


Pode extrair eventos automaticamente (pela porta serie traseira apenas) ou manualmente (por qualquer porta
serie). Na extração automática, todos os eventos serão extraídos em ordem sequencial usando o mecanismo
padrão para eventos do Courier. Isto inclui dados de falhas e manutenção se for adequado. A opção manual
permite selecionar dados de eventos, falhas ou manutenção conforme desejado.

394 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

6.1.5.1 EXTRAÇÃO AUTOMÁTICA DE REGISTOS DE EVENTOS


Este método é destinado à extração contínua de informações de eventos e falhas assimq ue são geradas. Apenas
é suportada pela porta Courier traseira.
Quando novas informações de eventos são criadas, o bit Evento é marcado no byte de Estado. Isto indica ao
dispositivo mestre que estão disponíveis informações de eventos. O evento não extraído mais antigo pode ser
extraído do IED usando o comando Enviar Evento. O IED responde com os dados do evento.
Assim que um evento é extraído, o comando Aceitar Evento pode ser usado para confirmar que o evento foi
extraído com sucesso. Quando todos os eventos tiverem sido extraídos, o bit Evento é reiniciado. Se houver mais
eventos a serem extraídos, o próximo evento pode ser acedido usando o comando Enviar Evento como
anteriormente.

6.1.5.2 EXTRAÇÃO MANUAL DE REGISTO DE EVENTO


A coluna VER REGISTOS (posição 01) é usada para visualização manual do registo do evento, falha ou
manutenção. O conteúdo desta coluna depende da natureza do registo selecionado. Pode selecionar eventos pelo
número do evento e selecionar diretamente um registo de falha ou manutenção pelo número.

Seleção de registo de evento (célula 'Selecionar Evento': 0101)


Esta célula pode ser definida com o número de eventos armazenados. Para registos simples de eventos (Tipo 0), as
células 0102 a 0105 contêm os detalhes do evento. Uma única célula é usada para representar cada um dos
campos do evento. Se o evento selecionado for um registo de falha ou manutenção (Tipo 3), o restante da coluna
contém as informações adicionais.

Seleção de Registo de Falha (célula 'Selecionar Falha': 0105)


Esta célula pode ser usada para selecionar diretamente um registo de falha, usando um valor entre 0 e 4 para
selecionar um entre cinco registos de falha armazenados. (sendo 0 a falha mais recente e 4 a mais antiga). A
coluna conterá os detalhes do registo de falha selecionado.

Seleção de registo de manutenção (célula 'Selec Manut': 01F0)


Esta célula pode ser usada para selecionar um registo de manutenção usando um valor entre 0 e 4. Opera de
forma semelhante à seleção do registo de falha.
Se esta coluna for usada para extrair informações de eventos, o número associado a um registo é alterado
quando ocorre um novo evento ou falha.

Tipos de Evento
O IED gera eventos sob certas circunstâncias, tais como:
● Alteração do estado do relé de saída
● Alteração do estado de entrada digital
● Operação de elemento de proteção
● Condição de alarme
● Alteração de configuração
● Senha introduzida/tempo limite expirado

Formato de Registo de Evento


O IED devolve os seguintes campos quando o comando Enviar Evento é fornecido:
● Referência da Célula
● Carimbo de Tempo
● Texto da célula
● Valor da célula

P14D-TM-PT-7 395
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

O Menu Base de dados contém tabelas de possíveis eventos e mostra como o conteúdo dos campos acima é
interpretado. Os registos de Falha e Manutenção retornam um evento Courier tipo 3, que contém os campos
acima e dois campos adicionais:
● Coluna de Extração de Evento
● Número do Evento

Estes eventos contêm informações adicionais, que são extraídas do IED usando a coluna B4. A linha 01 da coluna
contém uma configuração Selecção Registo que permite a seleção do registo de falha ou manutenção. Esta
configuração deve ser definida com o valor do número do evento retornado no registo. Os dados ampliados
podem ser extraídos do IED carregando o texto e os dados da coluna.

6.1.6 EXTRAÇÃO DO REGISTO DE OSCILOPETURBOGRAFIA


Os registos de Osciloperturbografia armazenados estão acessíveis através da interface do Courier. Os registos são
extraídos usando a coluna (B4).
A célula Selecção Registo pode ser usada para selecionar o registo a ser extraído. O registo 0 é o mais antigo não
extraído. Os registos mais antigos que já foram extraídos recebem valores positivos, enquanto os mais recentes
recebem valores negativos. Para auxiliar a extração automática pela porta traseira, o IED define o bit Perturbação
do byte de Status, sempre que existirem registos de perturbação não extraídos.
Quando um registo tiver sido selecionado, usando a célula acima, a data e a hora do registo podem ser lidas a
partir da célula (B402) Tempo Partida. O registo de Osciloperturbografia pode ser extraído usando o mecanismo
de transferência de blocos da célula B40B e ser salvo no formato COMTRADE. O aplicativo de configuração faz isto
automaticamente.

6.1.7 CONFIGURAÇÕES DE ESQUEMA LÓGICO PROGRAMÁVEL


As configurações de esquema lógico programável (PSL) podem ser carregadas do IED e descarregadas para o IED
usando o mecanismo de transferência de blocos.
As células a seguir são usadas para realizar a extração:
● Célula (B204) Domínio: Usada para selecionar as configurações de PSL (upload ou download) ou dados de
configuração de PSL (apenas upload).
● Célula (B208) Subdomínio: Usada para selecionar o Grupo de configuração de proteção para ser carregado
ou descarregado.
● Célula (B20C) Versão : Usada num download para verificar a compatibilidade do arquivo a ser
descarregado.
● Célula (B21C) Modo Transfer.: Usada para definir o processo de transferência.
● Célula (B120) Dados Transfer.: Usada para realizar upload ou download.

A configuração de PSL pode ser carregada do IED ou descarregada para o IED usando este mecanismo. O
software de configuração MICOM S1 Agile deve ser usado para editar os parâmetros. Também realiza a
verificação da validade dos parâmetros antes de ser transferidos para o IED.

6.1.8 SINCRONIZAÇÃO HORÁRIA


A data/hora pode ser definida usando o recurso de sincronização horária do protocolo do Courier. O dispositivo
corrigirá o atraso na transmissão. A mensagem de sincronização horária pode ser enviada como um comando
global ou para qualquer endereço individual do IED. Se a mensagem de sincronização horária for enviada para um
endereço individual, o dispositivo responderá com uma mensagem de confirmação. Se for enviada como um
comando global, o (mesmo) comando deve ser enviado duas vezes. Um evento Courier de sincronização horária
será gerado/produzido quer a mensagem de sincronização horária seja enviada como comando global ou para
qualquer endereço individual do IED.

396 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Se o relógio estiver a ser sincronizado usando a entrada IRIG-B, então não será possível definir o horário do
dispositivo usando a interface do Courier. Uma tentativa de definir o horário usando a interface fará com que o
dispositivo crie um evento com a data/hora atual tirada do relógio interno sincronizado pela IRIG-B.

6.1.9 CONFIGURAÇÃO COURIER


Para configurar o dispositivo:
1. Selecione a coluna CONFIGURAÇÃO e verifique se a célula Ajustes Comunic. está com valor Visível.
2. Selecione a coluna COMUNICAÇÕES.
3. Seguindo para a primeira célula abaixo (RP1 Protocolo). Esta é uma célula não editável que exibe o
protocolo de comunicação escolhido, neste caso o Courier.

COMUNICAÇÕES
RP1 Protocolo
Courier

4. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Endereço). Esta célula controla o endereço da porta RP1 no
dispositivo. Podem ser conectados até 32 IEDs em um hub. Portanto, é necessário que cada IED possuam
um endereço exclusivo de modo que as mensagens provenientes da estação de controle mestre sejam
aceitas por um único IED. O protocolo Courier usa um número inteiro entre 1 e 254 para designar os
endereços dos relés. Seu valor padrão é 255, que precisa ser alterado. Um fato importante é que nenhum
endereço de IED se repete.

COMUNICAÇÕES
RP1 Endereço
100

5. Seguindo para a próxima célula (RP1 Temp.Inativ). Esta célula controla o temporizador de inatividade. O
temporizador de inatividade controla como o IED aguarda a ausência de mensagens na porta traseira,
antes de revogar um acesso por senha concedido anteriormente, e descartar mudanças adicionais. No
caso da porta traseira, este tempo pode ser configurado entre 1 e 30 minutos.

COMUNICAÇÕES
RP1 Temp.Inativ
10,00 min.

6. Se os conectores ópticos opcionais estiverem em uso, a célula RP1 Lig.Fisica ficará visível. Esta célula
controla a mídia física usada na comunicação (Cobre ou fibra óptica).

COMUNICAÇÕES
RP1 Lig.Fisica
Cobre

7. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Estado Placa). Esta célula é não editável. Ela exibe o estado do
protocolo de camada física da RP1.

P14D-TM-PT-7 397
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

COMUNICAÇÕES
RP1 Estado Placa
Barramento K OK

8. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Conf.Porta). Esta célula controla o tipo de conexão serial.
Pode-se selecionar entre Barramento K e RS485.

COMUNICAÇÕES
RP1 Conf.Porta
Barramento K-Bus

9. Caso esteja sendo usada EIA(RS)485, a próxima célula (RP1 Modo Comunic) seleciona o modo de
comunicação. As opções são: IEC 60870 FT1.2 para operação normal, com modems de 11 bits, ou 10 bits
sem paridade. Caso esteja sendo usado o Barramento K-Bus, esta célula não será exibida.

COMUNICAÇÕES
RP1 Modo Comunic
IEC 60870 FT1.2

10. Caso esteja sendo usada EIA(RS)485, a próxima célula abaixo controla a velocidade de comunicação serial
(baud rate). O dispositivo suporta três velocidades, 9600, 19200 e 38400. Caso esteja sendo usado o
Barramento K-Bus, esta célula não aparecerá, pois a velocidade serial será fixada em 64 kbps.

COMUNICAÇÕES
RP1 Veloc.Trans.
19200

6.2 IEC 60870-5-103


A especificação IEC 60870-5-103 (Equipamentos e Sistemas de Telecontrolo Parte 5 Seção 103: Protocolos de
Transmissão), define o uso das normas IEC 60870-5-1 a IEC 60870-5-5, que foram criadas para comunicação com
equipamentos de proteção.
Esta seção descreve como a norma IEC 60870-5-103 é aplicada na plataforma Px40. Não é uma descrição da
norma em si. Esta seção foi escrita considerando que o leitor já esteja familiarizado com a norma
IEC 60870-5-103.
Esta seção fornecerá detalhes suficientes para permitir o entendimento da norma num nível necessário pela
maioria dos utilizadores.
A interface IEC 60870-5-103 é uma interface mestre/escravo com o dispositivo na posição de escravo. O
dispositivo atende o nível de compatibilidade 2, como definido na norma IEC 60870-5-103.
As seguintes funcionalidades da IEC 60870-5-103 são suportadas por esta interface:
● Inicialização (reset)
● Sincronização horária
● Extração de registos de evento
● Consultas gerais
● Medições cíclicas
● Comandos gerais
● Extração do Registo de Oscilopeturbografia
● Códigos privados

398 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

6.2.1 CONEXÃO FÍSICA E CAMADA DE LIGAÇÃO


Existe apenas uma opção para a IEC 60870-5-103:
● Porta serie traseira 1 - para conexão permanente de SCADA via RS485

O endereço e a taxa de transmissão do IED podem ser selecionados usando o menu do painel frontal ou por uma
aplicação adequada como o MiCOM Agile.

6.2.2 INICIALIZAÇÃO
Sempre que o dispositivo for energizado, ou se os parâmetros de comunicação tiverem sido alterados é
necessário um comando de reset para inicializar as comunicações. O dispositivo responderá a ambos os
comandos de reset; Reset CU ou Reset FCB (Unidade de Comunicação (CU) ou Bit de Contagem de Quadro (FCB)). A
diferença entre os dois comandos é que o comando Reset CU apagará quaisquer mensagens não enviadas do
buffer de transmissão, enquanto o comando Reset FCB não exclui nenhuma mensagem.
O dispositivo responderá ao comando de reset com uma mensagem de identificação ASDU 5. A Causa da
Transmissão (COT) desta resposta será o Reset CU ou o Reset FCB dependendo da natureza do comando de reset.
O conteúdo da ASDU 5 é descrito na IEC 60870-5-103, na seção do Menu Banco de dados, disponibilizado
separadamente pela GE Energy Connections se solicitado.
Além da mensagem de identificação acima, ele também produzirá um evento de energização.

6.2.3 SINCRONIZAÇÃO HORÁRIA


A data/hora pode ser definida usando o recurso de sincronização horária do protocolo IEC 60870-5-103. O
dispositivo corrigirá o atraso na transmissão conforme especificado na IEC 60870-5-103. A mensagem de
sincronização é enviada como uma mensagem enviar/confirmar, por isso o dispositivo responderá com uma
mensagem de confirmação. Um evento de sincronização horária Classe 1 será gerado/produzido quer a
mensagem de sincronização horária seja enviada como uma mensagem enviar/confirmar ou como difusão
(enviar/sem resposta).
Se o relógio estiver sendo sincronizado usando a entrada IRIG-B, então não será possível definir o horário do
dispositivo usando a interface IEC 60870-5-103. Uma tentativa de definir o horário através da interface fará com
que o dispositivo crie um evento com a data/hora atual tirada do relógio interno sincronizado pela IRIG-B.

6.2.4 EVENTOS ESPONTÂNEOS


Os eventos são categorizados usando as seguintes informações:
● Tipo de função
● Número da informação

O perfil IEC 60870-5-103 no Menu Banco de dados contém uma listagem completa de todos os eventos
produzidos pelo dispositivo.

6.2.5 CONSULTAS GERAIS (GI)


A solicitação GI pode ser usada para ler o status do dispositivo, os números das funções e os números das
informações que serão retornados durante o ciclo da GI. Estes estão mostrados no perfil IEC 60870-5-103 no
Menu Banco de dados.

6.2.6 MEDIÇÕES CÍCLICAS


O dispositivo produzirá valores medidos usando a ASDU 9 de forma cíclica, isto pode ser lido do dispositivo usando
uma consulta Classe 2 (note que a ADSU 3 não é usada). A taxa com que o dispositivo produz novos valores
medidos pode ser controlada usando a configuração de período de medição. Esta configuração pode ser editada
pelo menu do painel frontal ou usando o MiCOM S1 Agile. Ela fica ativa imediatamente após uma alteração.

P14D-TM-PT-7 399
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

O dispositivo transmite suas medições a 2,4 vezes o valor nominal do valor analógico.

6.2.7 COMANDOS
O Menu Banco de dados contém uma lista dos comandos suportados. O dispositivo responderá a outros
comandos com uma ASDU 1, com uma causa de transmissão (COT) indicando ‘confirmação negativa’.

6.2.8 MODO TESTE


É possível desligar os relés de saída do dispositivo, para permitir que testes de injeção no secundário sejam
realizados, usando o menu do painel frontal ou a porta serie frontal. A norma IEC 60870-5-103 interpreta isto
como ‘modo de teste’. Serão produzidos eventos para indicar a entrada e a saída do modo de teste. Os eventos
espontâneos e os dados medidos ciclicamente transmitidos enquanto o dispositivo está no modo de teste terão
uma COT de ‘modo de teste’.

6.2.9 REGISTROS DE OSCILOPETROGRAFIA


Os registros de Oscilopetrografia são armazenados em um formato não comprimido e podem ser extraídos
usando os mecanismos padrão descritos na IEC 60870-5-103.

Nota:
A IEC 60870-5-103 somente suporta até 8 registros.

6.2.10 BLOQUEIO DE COMANDO/MONITOR


O dispositivo suporta uma funcionalidade para bloquear mensagens para o monitor (dados do dispositivo) e
também na direção do comando (dados para o dispositivo). As mensagens podem ser bloqueadas na direção do
monitor e do comando usando um dos seguintes métodos:
● O menu comando RP1 CS103Bloq. na coluna COMUNICAÇÕES
● O DDB sinaliza Monitor Bloqueado e Comando Bloqueado

6.2.11 CONFIGURAÇÃO IEC 60870-5-103


Para configurar o dispositivo:
1. Selecione a coluna CONFIGURAÇÃO e verifique se a célula Ajustes Comunic. está com valor Visível.
2. Selecione a coluna COMUNICAÇÕES.
3. Seguindo para a primeira célula abaixo (RP1 Protocolo). Esta é uma célula não editável, que exibe o
protocolo de comunicação escolhido, neste caso o IEC 60870-5-103.

COMUNICAÇÕES
RP1 Protocolo
IEC 60870-5-103

4. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Endereço). Esta célula controla o endereço IEC 60870-5-103 do
IED. Podem ser conectados até 32 IEDs em um hub. Portanto, é necessário que cada IED possuam um
endereço exclusivo de modo que as mensagens provenientes da estação de controle mestre sejam aceitas
por um único IED. O protocolo IEC 60870-5-103 usa um número inteiro entre 0 e 254 como endereço. É
importante o fato de que dois IEDs nunca têm o mesmo endereço IEC 60870 5 103. O endereço
IEC 60870-5-103 é então usado pela estação mestre na comunicação com o IED.

400 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

COMUNICAÇÕES
RP1 Endereço
162

5. Seguindo para a próxima célula (RP1 Veloc.Trans.). Esta célula controla a velocidade serial (baud rate) a ser
usada. O IED trabalha com duas baud rates, 9600 bits/s e 19200 bits/s. Assegure-se de que a
baud rate configurada no IED é igual à configurada na estação mestre.

COMUNICAÇÕES
RP1 Veloc.Trans.
9600 bits/s

6. Seguindo para a próxima célula (RP1 Periodo Med.). A próxima célula controla o intervalo entre as medições
IEC 60870-5-103. O protocolo IEC 60870-5-103 permite que o IED forneça medições a intervalos regulares.
O intervalo entre as medições é controlado pelo valor desta célula, que pode ser configurado entre 1 e 60
segundos.

COMUNICAÇÕES
RP1 Periodo Med.
30.00 s

7. Se os conectores ópticos opcionais estiverem em uso, a célula RP1 Lig.Fisica ficará visível. Esta célula
controla a mídia física usada na comunicação (Cobre ou fibra óptica).

COMUNICAÇÕES
RP1 Lig.Fisica
Cobre

8. A próxima célula para baixo (RP1 CS103 Bloq.) pode ser usada para monitoramento ou bloqueio de
comandos.

COMUNICAÇÕES
RP1 CS103 Bloq.
Desativado

9. Existem três configurações associadas com esta célula. São elas:

Configuração: Descrição
Desativado Bloqueio não selecionado
Quando o sinal DDB de bloqueio monitor é ativado com valor alto, tanto pela energização de uma entrada
opto-acoplada ou de uma entrada de controle, não é permitida a leitura das informações de estado ou dos
Bloq.Supervisão
registros de distúrbios. Quando está neste modo, o dispositivo envia uma mensagem de "Finalização de
interrogação geral" (Término de questionamento geral) para a estação mestre.
Quando o sinal de DDB de bloqueio de comando é ativado com valor alto, tanto pela energização de uma
entrada opto-acoplada ou de uma entrada de controle, todos os comandos remotos serão ignorados (por
Bloq.Comando
ex. Desarme/Fechamento de disjuntor, Grupo de config. de mudança, etc.). Quando neste modo, o
dispositivo envia uma mensagem "Reconhecimento negativo de comando” para a estação mestre.

P14D-TM-PT-7 401
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

6.3 DNP3.0
Esta seção descreve como o padrão DNP 3.0 é aplicado à plataforma Px40. Não é uma descrição da norma em si.
Esta seção foi escrita considerando que o leitor já esteja familiarizado com o padrão DNP 3.0.
As descrições feitas aqui são destinadas a acompanhar o documento do perfil do dispositivo que está incluído no
documento do Menu Base de dados. O protocolo DNP 3.0 não é descrito aqui, consulte a documentação
disponível no grupo de utilizador. O documento de perfil do dispositivo especifica todos os detalhes da
implementação do DNP 3.0. Este é o documento do formato padrão do DNP 3.0 que especifica quais objetos,
variações e qualificadores são suportados. O documento do perfil do dispositivo também especifica quais dados
do dispositivo estão disponíveis usando o DNP 3.0. O IED opera como um escravo DNP 3.0 e suporta o
subconjunto nível 2, como descrito no padrão DNP 3.0, e mais alguns recursos do nível 3.
O protocolo DNP 3.0 é definido e administrado pelo Grupo de utilizadores do DNP. Para mais informação sobre o
DNP 3.0 e as especificações do protocolo, consulte a página internet DNP (www.dnp.org).

6.3.1 CONEXÃO FÍSICA E CAMADA DE LIGAÇÃO


O DNP 3.0 pode ser usado com dois protocolos de camada física: EIA(RS)485 ou Ethernet.
Existem várias opções de conexão disponíveis para o DNP 3.0
● Porta serie traseira 1 - para conexão permanente de SCADA via RS485
● A porta traseira Ethernet RJ45 na placa Ethernet opcional - para conexão permanente Ethernet de SCADA
● A porta traseira Ethernet em fibra na placa Ethernet opcional - para conexão permanente Ethernet de
SCADA

O endereço e a taxa de transmissão do IED podem ser selecionados usando o menu do painel frontal ou por uma
aplicação adequada como o MiCOM Agile.
Quando se usa a interface serie, o formato de dados é: 1 bit de start, 8 bits de dados, 1 bit de stop e um bit de
paridade opcional configurável.

6.3.2 OBJETO 1 ENTRADAS BINÁRIAS


Objeto 1, entradas binárias, contém informações que descrevem o estado dos sinais no IED, os quais em sua
maioria fazem parte do barramento de dados digitais (DDB). Em geral estes incluem o estado dos contatos de
saída e das entradas digitais, sinais de alarme e sinais de início da proteção e de acionamento. A coluna ‘número
do DDB’ no documento de perfil do dispositivo fornece os números do DDB para os dados de pontos para o
DNP 3.0. Estes podem ser usados para fazer referência cruzada com a lista de definições do DDB. Consulte o
documento relevante do Menu Base de Dados. Os pontos de entradas binárias também podem ser lidos como
eventos de alteração usando o Objeto 2 e o Objeto 60 para dados de eventos classe 1-3.

6.3.3 OBJETO 10 SAÍDAS BINÁRIAS


Objeto 10, saídas binárias, contém comandos que podem ser operados usando DNP 3.0. Portanto os pontos
aceitam comandos do tipo por impulso (nulo, disparo, fecho) e permanece lig/desl conforme detalhado no perfil
do dispositivo no documento relevante do Menu Base de Dados, executando o comando uma vez a cada
comando. Os outros campos são ignorados (colocar em fila, apagar, disparo/fecho, dentro do tempo e fora de
tempo).
Existe uma imagem adicional das Entradas de Controlo. Denominadas de Entradas de Controle Alias, refletem o
estado das Entradas de Controlo, mas com uma natureza dinâmica.
● Se o sinal DDB da Entrada de Controlo já esta ATIVO e é enviado um novo comando DNP SET para a
Entrada de Controlo, o sinal DDB da Entrada de Controlo vai momentaneamente para INATIVO e depois
volta para ATIVO.
● Se o sinal DDB da Entrada de controlo já esta INATIVO e é enviado um novo comando DNP RESET para a
Entrada de Controlo, o sinal DDB da Entrada de Controlo vai momentaneamente para ATIVO e depois volta
para INATIVO.

402 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

DNP com DNP com DNP com DNP com


memória memória memória memória
ON ON OFF OFF

Entrada de
controle
(Bloqueado)

Entrada de
controle amostrada
(Bloqueado)

Entrada de
controle
(Impulso)

Entrada de
controle amostrada
(Impulso)
A largura do pulso é igual à duração de uma iteração da proteção
V01002

Figura 175: Comportamento da entrada de controlo


Muitas das funções do IED são configuráveis, assim alguns dos comandos Objeto 10 descritos nas seções
seguintes podem não estar disponíveis. Uma leitura do Objeto 10 informa que o ponto está off-line e um comando
de operar para o Objeto 12 gera uma resposta de erro.
Exemplos de pontos do Objeto 10 que podem ser informados como off-line são:
● Ativar grupos de configurações: Assegurar que grupos de configurações estão ativos
● Disparo/fecho do DJ: Assegurar que o controlo do DJ remoto está ativo
● Reset de proteção térmica de NPS: Assegurar que a proteção térmica de NPS esteja ativa
● Reset proteção térmica de O/L: Assegurar que a proteção térmica de sobrecarga esteja ativa
● Reset sinalizadores RTD: Assegurar que as entradas de RTD estão ativas
● Entradas de controlo: Assegurar que as entradas de controlo estão ativas

6.3.4 OBJETO 20 CONTADORES BINÁRIOS


Objeto 20, contadores binários, contêm contadores cumulativos e medições. Os contadores binários podem ser
lidos pelo seu valor atual de ‘contagem’ no Objeto 20, ou pelo valor ‘congelado’ no Objeto 21. Os contadores ativos
do objeto 20 aceitam as funções de ler, congelar e apagar. A função congelar pega o valor atual do contador ativo
do Objeto 20 e armazena-o no contador congelado correspondente do Objeto 21. A função congelar e apagar
reinicia o contador ativo do Objeto 20 em zero após congelar seu valor.
Os valores do evento de mudança do contador binário e do contador congelado estão disponíveis para serem
informados pelo Objeto 22 e Objeto 23 respectivamente. Os eventos de mudança de contador (Objeto 22) apenas
informam a mudança mais recente, assim o número máximo de eventos suportados é o mesmo que o número
total de contadores. Os eventos de mudança de contador congelado (Objeto 23) são gerados sempre que é
realizada uma operação de congelamento e tenha ocorrido uma mudança desde o comando congelar anterior. A
fila de eventos de contador congelado armazena os pontos para até duas operações de congelamento.

6.3.5 OBJETO 30 ENTRADA ANALÓGICA


Objeto 30, entradas analógicas, contém informações das colunas de medições do IED no menu. Todos os pontos
de Objeto 30 podem ser reportados como valores inteiros de 16 ou 32 bits com sinalizador, valores inteiros de 16
ou 32 bits sem sinalizador, bem como valores com precisão limitada em ponto flutuante.

P14D-TM-PT-7 403
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Os valores analógicos podem ser reportados à estação mestre como valores do primário, secundário ou
normalizados (que têm em conta as relações de TI e TT do IED), isto é configurável na coluna de COMUNICAÇÕES
no IED. As configurações correspondentes de zona morta podem ser exibidas como valores do primário,
secundário ou normalizados. Os valores da zona morta de pontos podem ser reportados e escritos usando
variações do Objeto 34.
A zona morta é a configuração usada para determinar se um evento de mudança deve ser gerado para cada
ponto. Os eventos de mudança podem ser lidos usando o Objeto 32 ou o Objeto 60. Estes eventos são gerados
para qualquer ponto que tenha o seu valor alterado por um valor maior que a configuração da zona morta desde
a última vez que o valor do dado foi reportado.
Qualquer medição analógica que esteja indisponível quando é lida é informada como off-line. Por exemplo, a
frequência estará off-line se a frequência da corrente e da tensão estiverem fora da gama de medição do IED.
Todos os pontos do Objeto 30 são reportados como valores do secundário no DNP 3.0 (com respeito às relações
de TI e TT).

6.3.6 OBJETO 40 SAÍDA ANALÓGICA


A conversão para formato de ponto fixo requer o uso de um fator de escala, que é configurável para os vários
tipos de dados do IED, tais como corrente, tensão, e ângulo de fase. Todos os pontos do Objeto 40 reportam os
valores inteiros do fator de escala e o Objeto 41 está disponível para configurar valores inteiros do fator de escala.

6.3.7 OBJETO 50 SINCRONIZAÇÃO HORÁRIA


Os códigos de função 1 (leitura) e 2 (escrita) são suportados para a variação 1 do Objeto 50 (hora e data). A função
Solicitação de Horário do DNP (o tempo aguardado antes de solicitar outra sincr. horária para o mestre) é
suportada, sendo configurável na faixa de 1 - 30 minutos.
Se o relógio estiver a ser sincronizado usando a entrada IRIG-B, então não será possível definir o horário do
dispositivo usando a interface do Courier. Uma tentativa de definir o horário usando a interface fará com que o
dispositivo crie um evento com a data/hora atual tirada do relógio interno sincronizado pela IRIG-B.

6.3.8 PERFIL DO DISPOSITIVO DNP3


Esta seção descreve a implementação específica da versão DNP 3.0 nos IEDs da GE Energy Connections que usam
o MiCOM P40 Agile, nas faixas modulares e compactas.
Os dispositivos usam a versão 3 da biblioteca de código fonte de dispositivos escravos DNP 3.0 da Triangle
MicroWorks Inc.
Este documento, juntamente com o conjunto de documentos DNP 3.0 Básico 4 e com o documento de Definições
de subconjunto DNP, oferecem informações completas sobre como se comunicar com dispositivos usando o
protocolo DNP 3.0.
Esta implementação do protocolo DNP 3.0 é totalmente compatível com a Definição de subconjunto DNP 3.0, nível
2. Ela também contém muitas características do subconjunto nível 3, e descritas acima.

6.3.8.1 TABELA DE PERFIL DO DISPOSITIVO DNP3


A tabela a seguir fornece o perfil do dispositivo em um formato similar àquele definido no documento de
Definições do subconjunto DNP 3.0. Embora ele seja chamado de "documento" de Definições de subconjunto DNP
3.0, é apenas um dos componentes do Guia de interoperabilidade total. Esta tabela, juntamente com as tabelas de
Implementação subsequente e Lista de pontos oferece um guia completo de interoperabilidade/configuração do
dispositivo.
A tabela a seguir fornece o perfil do dispositivo em um formato similar àquele definido no documento de
Definições do subconjunto DNP 3.0. Embora ele seja chamado de "documento" de Definições de subconjunto DNP
3.0, é apenas um dos componentes do Guia de interoperabilidade total. Esta tabela, juntamente com as tabelas de
Implementação subsequente e Lista de pontos oferece um guia completo de interoperabilidade/configuração do
dispositivo.

404 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

DNP 3.0
Documento de perfil do dispositivo
Nome do fornecedor: ALSTOM GRID
Nome do dispositivo: Relés de proteção MiCOM P40Agile – faixa compacta e modular
Modelos abordados Todos os modelos
Nível DNP mais elevado que é suportado*: Para solicitações: Nível 2
*Este é o nível DNP mais elevado que é TOTALMENTE suportado. Para respostas: Nível 2
Partes do nível 3 também são suportadas
Função do dispositivo: Escravo
Objetos, funções e/ou qualificadores especiais suportados além dos níveis DNP mais altos suportados (a lista completa é apresentada na
tabela de implementação DNP 3.0):
Para solicitações de objetos estáticas (evento sem mudança), são suportados os códigos qualificadores de solicitação 00 e 01 (início-parada),
07 e 08 (quantidade limitada), e 17 e 28 (índice), além do código qualificador de solicitação 06 (nenhuma faixa (todos os pontos))
Solicitações de objetos estáticas, enviadas com os qualificadores 00, 01, 06, 07 ou 08, serão respondidas com os qualificadores 00 ou 01.
Solicitações de objetos estáticas, enviadas com os qualificadores 17 ou 28, serão respondidas com os qualificadores 17 ou 28.
Solicitações de objetos referentes a eventos de alteração, com os qualificadores 17 ou 28, serão sempre respondidas.
Eventos de alteração analógicos no tempo de 16 ou 32 bits poderão ser solicitadas.
A variação 1 do código de função de leitura do objeto 50 (data e hora) é suportada.
As variações 1 e 3 são suportadas para Bandas mortas de entradas analógicas no objeto 34.
O estado de saída analógico de ponto flutuante e o bloco de saída, dos objetos 40 e 41, são suportados.
As variações de 1 a 7 de Transferência de arquivos sequencial, do objeto 70, são suportadas.
O atributo do dispositivo do objeto 0 é suportado.
Tamanho máximo de quadro do enlace de dados (octetos): Transmitido: 292
Recebido: 292
Tamanho máximo de fragmento de aplicação (octetos) Transmitido: Configurável (100 a 2048). Padrão 2048
Recebido: 249
Máximo de novas tentativas do Enlace de dados: Fixo em 2
Máximo de novas tentativas da camada Aplicação. Nenhum
Requer confirmação da camada de Enlace de dados Configurável para Nunca ou Sempre
Requer confirmação da camada Aplicação Quando se reporta dados de eventos (apenas dispositivos escravos)
Quando se envia respostas multifragmentos (apenas dispositivos
escravos)
Tempos máximos de espera
Confirmação do Enlace de dados: Configurável
Fragmento completo da Aplicação: Nenhum
Confirmação da Aplicação: Configurável
Resposta completa da Aplicação Nenhum
Outras
Tempo de espera de confirmação do Enlace de dados. Configurável de 0 (Desabilitado) a 120s, Padrão 10s.
Tempo de espera de confirmação da Aplicação: Configurável de 1 a 120s, padrão 2s.
Tempo de espera de Seleção/Operação de braço: Configurável de 1 a 10s, padrão 10s.
Intervalo de tempo necessário (Set IIN1-4): Configurável de 1 a 30, padrão 10 min.
Tempo de espera do arquivo da Aplicação 60 s
Período de escaneamento de eventos de mudança analógica. Fixo em 0,5 segundos
Período de escaneamento de eventos de mudança de contador Fixo em 0,5 segundos
Período de escaneamento de eventos de mudança de contador
Fixo em 1 segundos
congelado
Erro máximo de medição de atraso: 2,5 ms

P14D-TM-PT-7 405
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

DNP 3.0
Documento de perfil do dispositivo
Desvio da base de tempo de intervalo de 10 minutos: 7 ms
Operações de controle de Envios/Execuções:
Saídas binárias de escrita: Nunca
Seleção/Operação: Sempre
Operação Direta: Sempre
Operação direta - Sem Reconh: Sempre
Contagem > 1 Nunca
Pulso ativo Sempre
Pulso inativo Algumas vezes
Memoriz. Ativa Sempre
Memoriz. Inativa Sempre
Fila Nunca
Limpar fila Nunca
Nota: Pontos de controle pareados aceitarão comandos Pulso Ativo/Desarme e Pulso Ativo/Fechamento, mas apenas pontos de controle
simples aceitarão o comando de controle Pulso Inativo.
Reporta eventos de mudança de entrada binária quando não é Configurável para enviar um ou outro
solicitada nenhuma variação específica.
Reporta eventos de mudança de entradas binárias quando não é Mudança de entrada binária com tempo
solicitada nenhuma variação específica:
Envia respostas não solicitadas: Nunca
Envia dados estáticos em respostas não solicitadas: Nunca
Nenhuma outra opção é permitida
Objeto contador padrão/Variação: Configurável, lista ponto-a-ponto anexa
Objeto padrão: 20
Variação padrão:
Os contadores voltam a zero em: 32 bits
Envia respostas multifragmentos: Sim
Suporte a transferência de arquivos sequenciais:
Modo arquivo anexo Não
Cadeias de códigos de estado personalizadas Não
Campo de permissões Sim
Eventos sobre arquivos associados a classe Não
Eventos de arquivos enviados imediatamente Sim
Blocos múltiplos em um fragmento Não
Número máximo de arquivos abertos 1

6.3.8.2 TABELA DE IMPLEMENTAÇÃO DNP3


A tabela de implementação fornece uma lista de objetos, variações e códigos de controle suportados pelo
dispositivo:

406 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Solicitação Resposta
Objeto
(Biblioteca irá buscar) (Biblioteca responderá com)
Número do Número de Códigos de função (dec) Códigos qualificadores Códigos de Códigos qualificadores (hex)
Descrição função (dec)
objeto variação (hex)
1 0 Entrada binária (Variação 0 é 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
usada para solicitar variação 22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
padrão) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
1 1 Entrada binária 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
1 2 Entrada binária com flag 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 28 (índice)
2 0 Mudança de entrada binária - 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
Qualquer variação 07, 08 (qtde limitada)
2 1 Mudança de entrada binária sem 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
tempo 07, 08 (qtde limitada)
2 2 Mudança de entrada binária com 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
tempo 07, 08 (qtde limitada)
10 0 Estado de saída binária - Qualquer 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
variação 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
10 2 Estado de saída binária 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 28 (índice)
12 1 Bloco de saída de relé de controle 3 (seleção) 17, 28 (índice) 129 resposta eco da solicitação
4 (operação)
5 (op direta)
6 (op dir., sem
reconh.)
20 0 Contador binário - Qualquer 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
variação 22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
7 (congelar) 00, 01 (início-parada)
8 (congelar sem 06 (nenhuma faixa, ou todas)
9 reconh.) 07, 08 (qtde limitada)
10 (congelar limpar)
(cong. limp. sem
rec.)
20 1 Contador binário de 32 bits com 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
20 2 Contador binário de 16 bits com 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
20 5 Contador binário de 32 bits sem 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
20 6 Contador binário de 16 bits sem 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
21 0 Contador congelado - Qualquer 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
variação 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
21 1 Contador congelado de 32 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
com flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
21 2 Contador congelado de 16 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
com flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)

P14D-TM-PT-7 407
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Solicitação Resposta
Objeto
(Biblioteca irá buscar) (Biblioteca responderá com)
Número do Número de Códigos de função (dec) Códigos qualificadores Códigos de Códigos qualificadores (hex)
Descrição função (dec)
objeto variação (hex)
21 5 Contador congelado de 32 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
com Tempo para congelar 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 1)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
21 6 Contador congelado de 16 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
com Tempo para congelar 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 17, 28 (índice - ver nota 1)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
21 9 Contador congelado de 32 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver sem flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
21 10 Contador congelado de 16 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
sem flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
`22 0 Evento de mudança de contador - 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
Qualquer variação 07, 08 (qtde limitada)
22 1 Evento de mudança de contador 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
(padrão - ver de 32 bits sem tempo 07, 08 (qtde limitada)
nota 1)
22 2 Evento de mudança de contador 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
de 16 bits sem tempo 07, 08 (qtde limitada)
22 5 Evento de mudança de contador 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
de 32 bits com tempo 07, 08 (qtde limitada)
22 6 Evento de mudança de contador 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
de 16 bits com tempo 07, 08 (qtde limitada)
23 0 Evento de contador congelado (A 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
variação 0 é usada para solicitar a 07, 08 (qtde limitada)
variação padrão)
23 1 Evento de contador congelado de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
(padrão - ver 32 bits 07, 08 (qtde limitada)
nota 1)
23 2 Evento de contador congelado de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
16 bits 07, 08 (qtde limitada)
23 5 Evento de contador congelado de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
32 bits com tempo 07, 08 (qtde limitada)
23 6 Evento de contador congelado de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
16 bits com tempo 07, 08 (qtde limitada)
30 0 Entrada analógica - Qualquer 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
variação 22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
30 1 Entrada analógica de 32 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
30 2 Entrada analógica de 16 bits 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
30 3 Entrada analógica de 32 bits sem 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
30 4 Entrada analógica de 16 bits sem 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
flag 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
30 5 Ponto flutuante curto 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
32 0 Evento de mudança analógica - 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
Qualquer variação 07, 08 (qtde limitada)

408 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Solicitação Resposta
Objeto
(Biblioteca irá buscar) (Biblioteca responderá com)
Número do Número de Códigos de função (dec) Códigos qualificadores Códigos de Códigos qualificadores (hex)
Descrição função (dec)
objeto variação (hex)
32 1 Evento de mudança analógica de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
(padrão - ver 32 bits sem tempo 07, 08 (qtde limitada)
nota 1)
32 2 Evento de mudança analógica de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
16 bits sem tempo 07, 08 (qtde limitada)
32 3 Evento de mudança analógica de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
32 bits com tempo 07, 08 (qtde limitada)
32 4 Evento de mudança analógica de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
16 bits com tempo 07, 08 (qtde limitada)
32 5 Evento de mudança analógica de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
ponto flutuante curto sem tempo 07, 08 (qtde limitada)
32 7 Evento de mudança analógica de 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas) 129 resposta 17, 28 (índice)
ponto flutuante curto com tempo 07, 08 (qtde limitada)
34 0 Banda morta de entrada 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
analógica (A variação 0 é usada 06 (nenhuma faixa, ou todas)
para solicitar a variação padrão) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
34 1 Banda morta de entrada 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
analógica de 16 bits 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
2 (escrita) 00, 01 (início-parada)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
34 2 Banda morta de entrada 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver analógica de 32 bits 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
2 (escrita) 00, 01 (início-parada)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
34 3 Banda morta de entrada 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
analógica de ponto flutuante 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
curto 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
2 (escrita) 00, 01 (início-parada)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
40 0 Estado de saída analógica (A 1 (leitura) 00, 01 (início-parada)
variação 0 é usada para solicitar a 06 (nenhuma faixa, ou todas)
variação padrão) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
40 1 Estado de saída analógica de 32 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
(padrão - ver bits 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
nota 1) 07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
40 2 Estado de saída analógica de 16 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
bits 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
40 3 Estado de saída analógica de 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)
ponto flutuante curto 06 (nenhuma faixa, ou todas) 17, 28 (índice - ver nota 2)
07, 08 (qtde limitada)
17, 27, 28 (índice)
41 1 Bloco de saída analógica de 32 3 (seleção) 17, 28 (índice) 129 resposta eco da solicitação
bits 4 (operação) 27 (índice)
5 (op direta)
6 (op dir., sem
reconh.)
41 2 Bloco de saída analógica de 16 3 (seleção) 17, 28 (índice) 129 resposta eco da solicitação
bits 4 (operação) 27 (índice)
5 (op direta)
6 (op dir., sem
reconh.)

P14D-TM-PT-7 409
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Solicitação Resposta
Objeto
(Biblioteca irá buscar) (Biblioteca responderá com)
Número do Número de Códigos de função (dec) Códigos qualificadores Códigos de Códigos qualificadores (hex)
Descrição função (dec)
objeto variação (hex)
41 3 Bloco de saída analógica de ponto 3 (seleção) 17, 27, 28 (índice) 129 resposta eco da solicitação
flutuante curto 4 (operação)
5 (op direta)
6 (op dir., sem
reconh.)
1 1 (leitura) 07 (Qtde limitada = 1) 129 resposta 07 (Qtde limitada = 1)
50 (padrão - ver Data e hora
nota 1)
2 (escrita) 07 (Qtde limitada = 1)
60 0 Indefinido
60 1 Dados classe 0 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
60 2 Dados classe 1 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
60 3 Dados classe 2 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
60 4 Dados classe 3 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
07, 08 (qtde limitada)
22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
70 0 Evento de arquivo - Qualquer 1 (leitura) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
variação 07, 08 (qtde limitada)
22 (classe associada) 06 (nenhuma faixa, ou todas)
70 2 Autenticação de arquivo 29 (autenticar) 5b (formato livre) 129 resposta 5B (formato livre)
70 3 Comando de arquivo 25 (aberto) 5b (formato livre)
27 (apagar)
70 4 Estado de comando de arquivo 26 (fechar) 5b (formato livre) 129 resposta 5B (formato livre)
30 (descartar)
70 5 Transferência de arquivo 1 (leitura) 5b (formato livre) 129 resposta 5B (formato livre)
70 6 Estado de transferência de 129 resposta 5B (formato livre)
arquivo
70 7 Descritor de arquivo 28 (obter info de 5b (formato livre) 129 resposta 5B (formato livre)
arquivo)

80 1 Indicações internas 1 (leitura) 00, 01 (início-parada) 129 resposta 00, 01 (início-parada)

Nenhum objeto (apenas código de 13 (reinício frio)


função)

Nenhum objeto (apenas código de 14 (reinício quente)


função)

Nenhum objeto (apenas código de 23 (medição de atraso)


função)

Nota:
Uma variação padrão se refere à resposta da variação, quando a variação solicitada é 0, e/ou os escaneamentos têm classes
0, 1, 2 ou 3.

Nota:
Para objetos estáticos (eventos sem mudança), os qualificadores 17 ou 28 são respondidos apenas quando é enviada uma
solicitação com qualificadores 17 ou 28, respectivamente. De outra forma, as solicitações de objetos estáticos enviadas com
qualificadores 00, 01, 06, 07 ou 08 serão respondidas com qualificadores 00 ou 01. No caso de objetos de mudança de
evento, os qualificadores 17 ou 28 sempre recebem resposta.

410 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

6.3.8.3 INDICAÇÕES INTERNAS DNP3


A tabela a seguir lista as indicações internas (IIN) DNP3.0 e identifica aquelas que são suportadas pelo dispositivo.
As IINs formam um elemento de informações usado para transmitir os estados internos e resultados de
diagnóstico de um dispositivo. Estas informações podem ser usadas por uma estação receptora para executar
recuperações de erros ou outras funções adequadas. A IIN é um campo de dois octetos que segue o código de
função em todas as respostas do dispositivo. Quando uma solicitação não pode ser processada devido a erros de
formatação, ou devido a indisponibilidade dos dados solicitados, a IIN é sempre retornada com os bits
apropriados ativados.
Bit Indicação Descrição Suportado
Octeto 1
Ativado, quando é recebida uma solicitação com o endereço destino igual ao
endereço de todas as estações (6553510). Ela é limpa após a próxima resposta
Recebida mensagem Todas as
0 (mesmo se for requerida uma resposta a uma solicitação global). Sim
estações
Esta IIN é usada para informar a estação mestre que o dispositivo recebeu
uma mensagem de "divulgação" (broadcast).
Ativado quando existem dados, configurados como classe 1, prontos para
serem enviados para a estação mestre.
1 Dados de classe 1 disponíveis Sim
A estação mestre deve solicitar esses dados de classe do dispositivo, quando
este bit está ativado em uma resposta.
Ativado quando existem dados, configurados como classe 2, prontos para
serem enviados para a estação mestre.
2 Dados de classe 2 disponíveis Sim
A estação mestre deve solicitar esses dados de classe do dispositivo, quando
este bit está ativado em uma resposta.
Ativado quando existem dados, configurados como classe 3, prontos para
serem enviados para a estação mestre.
3 Dados de classe 3 disponíveis Sim
A estação mestre deve solicitar esses dados de classe do dispositivo, quando
este bit está ativado em uma resposta.
O relé requer sincronismo de tempo a partir da estação mestre (usando o
objeto Data e hora).
4 Sincronismo de tempo requerido Esta IIN é limpa uma vez que o horário tenha sido sincronizado. Também pode Sim
ser limpa escrevendo-se explicitamente 0 neste bit do objeto de Indicação
interna.
Ativo, quando algum, ou todos os relés de pontos de saída digital (Objeto
10/12) estão em estado local. Ou seja, as saídas de controle de relés NÃO estão
5 Local acessíveis por meio do protocolo DNP. Não
Esta IIN é limpa quando o relé está no estado remoto. Ou seja, as saídas de
controle de relés estão totalmente acessíveis por meio do protocolo DNP.
Ativo quando existe uma condição anormal no relé. Esta IIN é usada apenas
6 Dispositivo com problemas quando o estado não pode ser descrito por uma combinação de um ou demais Não
bits da IIN.
Ativo quando o aplicativo de software do dispositivo reinicia. Esta IIN é limpa
7 Reinício do dispositivo quando a estação mestre escreve 0, explicitamente, neste bit do objeto de Sim
Indicações internas.
Octeto 2
Código de função não
0 O código de função recebido não está implementado dentro do relé. Sim
implementado
O relé não tem os objetos específicos ou não existem objetos atribuídos à
classe solicitada.
1 Objeto(s) solicitados desconhecidos Sim
Esta IIN deve ser usadas para fins de depuração e, normalmente, indica uma
não correspondência nos perfis do dispositivo ou problemas de configuração.

P14D-TM-PT-7 411
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Bit Indicação Descrição Suportado


Os parâmetros nos campos qualificador, faixa ou dados não são válidos ou
estão fora da faixa. Isto é um erro geral para erros de formatação de
2 Fora de Medida Sim
solicitações de aplicação. Só deve ser usado para fins de depuração. Esta IIN
normalmente indica problemas de configuração.
O(s) buffer(s) de eventos, ou outro(s) buffer(s) de aplicação sofreram estouro de
capacidade. A estação mestre deve tentar a maior quantidade possível de
3 Estouro de buffer Sim
dados e indicar ao usuário que podem haver dados perdidos. O usuário deve
iniciar os procedimentos de recuperação de erros apropriados.
A solicitação recebida foi entendida, porém a operação solicitada já está em
4 Já em execução
execução.
Ativo para indicar que a configuração atual do dispositivo está corrompida. A
5 Configuração incorreta Sim
estação mestre deve baixar outra configuração no relé.
6 Reserva Retornado sempre como zero.
7 Reserva Retornado sempre como zero.

6.3.8.4 CÓDIGOS DE ESTADO DE RESPOSTA DNP3


Quando o dispositivo processa solicitações de Blocos de saída de relé de controle (Objeto 12), ele retorna um
conjunto de códigos de estado; um para cada ponto contido na solicitação original. A lista completa dos códigos
consta na tabela a seguir:
Número do
Nome identificador Descrição
código
0 Sucesso A solicitação recebida foi aceita, iniciada ou está em fila para ser executada.
A solicitação não foi executada porque a mensagem ‘operar’ foi recebida após o
temporizador do braço atingir o tempo limite (Selecionar antes de operar).
1 Fim Tempo
O temporizador do braço foi acionado quando a operação de seleção foi recebida para o
mesmo ponto.
A solicitação não foi aceita porque não existe nenhuma solicitação prévia do tipo ‘seleção’
2 Nenhuma seleção que corresponda a ela. (Foi enviada uma mensagem ‘operar’ para ativar uma saída que não
foi armada previamente com uma mensagem ‘seleção’ correspondente).
A solicitação não foi aceita porque existem erros de formatação na solicitação de controle
3 Erro de formato
(‘seleção’, ‘operação’ ou ‘operação direta’).
4 Não suportado A solicitação não foi aceita porque uma operação de controle não é suportada neste ponto.
5 Já ativa A requisição não foi aceita porque a fila de controle está cheia ou o ponto já está ativo.
6 Erro de hardware A solicitação não foi aceita devido a problemas do hardware de controle.
7 Local A solicitação não foi aceita porque o acesso local está em andamento.
8 Operações demais A solicitação não foi aceita porque foram solicitadas muitas operações.
9 Não autorizado A solicitação não foi aceita devido a autorização insuficiente.
127 Indefinido A solicitação não foi aceita por outra razão indefinida.

Nota:
Os números de código de 10 a 126 estão reservados para uso futuro.

6.3.9 CONFIGURAÇÃO DNP3


Para configurar o dispositivo:
1. Selecione a coluna CONFIGURAÇÃO e verifique se a célula Ajustes Comunic. está com valor Visível.
2. Selecione a coluna COMUNICAÇÕES.

412 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

3. Seguindo para a primeira célula abaixo (RP1 Protocolo). Esta célula é não editável, e exibe o protocolo de
comunicação escolhido, neste caso o DNP3.0.

COMUNICAÇÕES
RP1 Protocolo
DNP3.0

4. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Endereço). Esta célula controla o endereço DNP3.0 do IED. Até
32 IEDs podem ser conectados em um hub e, portanto, é necessário que cada IED tenha um endereço
único de modo que mensagens da estação de controle mestre sejam aceitas por apenas um IED. O DNP3.0
usa um número decimal entre 1 e 65519 para o endereço do relé. É importante que não haja dois ou mais
IEDs com o mesmo endereço.

COMUNICAÇÕES
RP1 Endereço
1

5. Seguindo para a próxima célula (RP1 Veloc.Trans.). Esta célula controla a velocidade serial (baud rate) a ser
usada. O IED suporte seis velocidades de comunicação serial: 1200 bps, 2400 bps, 4800 bps, 9600 bps,
19200 bps e 38400 bps. Assegure-se de que a baud rate configurada no IED é igual à configurada na
estação mestre.

COMUNICAÇÕES
RP1 Veloc.Trans.
9600 bits/s

6. Seguindo para a próxima célula (RP1 Paridade). Esta célula controla o formato de paridade usado nas
estruturas de dados. A paridade pode ser definida como Nenhuma, Ímpar ou Par. Assegure-se de que o
formato de paridade selecionado no IED é igual ao selecionado na estação mestre.

COMUNICAÇÕES
RP1 Paridade
Nenhum

7. Se os conectores ópticos opcionais estiverem em uso, a célula RP1 Lig.Fisica ficará visível. Esta célula
controla a mídia física usada na comunicação (Cobre ou fibra óptica).

COMUNICAÇÕES
RP1 Lig.Fisica
Cobre

8. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Tempo Sincr.). Esta célula afeta a solicitação de sincronismo de
tempo proveniente da estação mestre para o IED. Ela pode ser definida como SEF Ativo ou Inativo.
Se ativo, permitirá que o mestre DNP3.0 sincronize o tempo no IED.

COMUNICAÇÕES
RP1 Tempo Sincr.
Ativo

P14D-TM-PT-7 413
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

6.3.9.1 CONFIGURADOR DNP3


Um pacote de apoio a PC para DNP3.0 é fornecido como parte do software aplicativo de configuração (MiCOM S1
Agile) e permite a configuração da resposta DNP3.0 do dispositivo. Os dados de configuração são carregados do
dispositivo para o PC em um bloco de dados de formato comprimido e descarregados, de forma similar, após as
modificações. A nova configuração DNP3.0 entra em efeito após o término do download. Para restaurar a
configuração padrão a qualquer momento, a partir da coluna CONFIGURAÇÃO selecione a célula
Parametr.Fábrica e, por fim, selecione Todos Parametros.

No MiCOM S1 Agile, os dados DNP3.0 são apresentados em três pastas principais, uma pasta para cada
configuração de ponto, escala de inteiro e variação padrão (formato de dados). A configuração de ponto também
inclui telas de entradas binárias, saídas binárias, contadores e configuração de entrada analógica.

6.3.10 REPORTE DNP3 NÃO SOLICITADA


Nas versões anteriores, o DNP3 só suporta transmissão de dados baseada em solicitações de consulta ("polling")
feitas pela estação mestre. Desta versão em diante, é suportado um novo modo de transmissão chamado
Reporte não solicitado. Este é um modo de operação onde a estação externa transmite espontaneamente uma
resposta sem ter recebido uma solicitação de dados associada. Este modo é útil quando o sistema tem muitas
estações externas e a mestre requer notificação tão logo quanto possível, quando ocorre uma mudança. Ao invés
de esperar por um ciclo de consultas ("polling"), a estação externa transmite a mudança imediatamente. Portanto,
este comportamento é mais direcionado por eventos do que por consultas.
Este recurso requer um novo conjunto de configurações, que são encontradas sob a coluna DNP SETTINGS (Faixa
de células 1B Courier). Estas podem ser encontradas nas tabelas de configuração, como um PDF interativo, na
parte traseira do manual.

Nota:
Recomendamos que você não ative o Reporte não solicitado em uma linha serial multi-drop. Isto devido ao fato de que
poderão ocorrer colisões entre múltiplos IEDs que estejam reportando eventos concorrentes. Se o Reporte não solicitado
estiver ativado em uma linha serial, recomendamos conectar apenas um IED em cada enlace com um mestre. Esta restrição
não se aplica se for usado DNP3 over Ethernet.

6.4 MODBUS
Esta seção descreve como o padrão MODBUS é aplicado à plataforma Px40. Não é uma descrição da norma em
si. Esta seção foi escrita considerando que o leitor já esteja familiarizado com o padrão MODBUS.
O protocolo MODBUS é um protocolo mestre/escravo, definido e administrado pela Organização MODBUS. Para
outras informações sobre o MODBUS e as especificações do protocolo consulte a página web (www.modbus.org).

6.4.1 CONEXÃO FÍSICA E CAMADA DE LIGAÇÃO


Existe apenas uma opção disponível para conectar o MODBUS:
● Porta serie traseira 1 - para conexão permanente de SCADA via EIA(RS)485

A interface MODBUS usa o modo de comunicação ‘RTU’ em vez do modo ‘ASCII’ pois proporciona um uso mais
eficiente da largura de banda de comunicação. Este modo de comunicação é definido pelo padrão MODBUS.
O endereço e a taxa de transmissão do IED podem ser selecionados usando o menu do painel frontal ou por uma
aplicação adequada como o MiCOM Agile.
Quando se usa a interface serie, o formato de dados é: 1 bit de start, 8 bits de dados, 1 bit de paridade com 1 bit
de stop ou 2 bits de stop (um total de 11 bits por caractere).

414 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

6.4.2 FUNÇÕES DO MODBUS


Os seguintes códigos de função do MODBUS são suportados:
● 01: Ler Status da Bobina
● 02: Ler Status da Entrada
● 03: Ler Registos
● 04: Ler Registos de Entrada
● 06: Predefinir Registo Único
● 08: Diagnósticos
● 11: Buscar Contador de Eventos de Comunicação
● 12: Buscar Registo de Eventos de Comunicação
● 16: Predefinir Múltiplos Registos 127 máx.

Eles são interpretados pelo IED MiCOM da seguinte maneira:


● 01: Ler status de relés de saída (endereços 0xxxx)
● 02: Ler status de entradas optoisoladas (endereços 1xxxx)
● 03: Ler valores de configuração (endereços 4xxxx)
● 04: Ler valores medidos (endereços 3xxxx)
● 06: Escrever valor de configuração única (endereço 4xxxx)
● 16: Escrever valores de configurações múltiplas (endereços 4xxxx)

6.4.3 CÓDIGOS DE RESPOSTA

MCode Descrição do MODBUS Interpretação do MiCOM


01 Código de Função Ilegal O código de função transmitido não é suportado pelo escravo.
O endereço de dados inicial na solicitação não é um valor permitido. Se nenhum dos
endereços da faixa puder ser acedido devido a proteção por senha, todas as mudanças
02 Endereço Ilegal de Dado da solicitação serão descartadas e será devolvida esta resposta de erro.
Nota: Se o endereço inicial estiver correto, mas a faixa incluir endereços não
implementados esta resposta não será gerada.
Um valor referenciado no campo de dados transmitido pelo mestre está fora da faixa.
03 Valor Ilegal Outros valores transmitidos no mesmo pacote serão executados se estiverem dentro da
faixa.
O comando de escrita não pode ser implementado porque o banco de dados está
06 Dispositivo Escravo Ocupado bloqueado por outro interface. Esta resposta também será produzida se o software
estiver ocupado executando uma solicitação anterior.

6.4.4 MAPEAMENTO DE REGISTOS


O dispositivo suporta as seguintes referências de página de memória:
● Página de Memória: Interpretação
● 0xxxx: Acesso para leitura e escrita nos relés de saída
● 1xxxx: Acesso apenas para leitura das entradas digitais
● 3xxxx: Acesso apenas para leitura de dados
● 4xxxx: Acesso para leitura e escrita de configurações

onde xxxx representa o endereço disponível na página (0 a 9999).


Um mapa completo dos endereços MODBUS suportados pelo dispositivo está contido no menu banco de dados
relevante, disponível a pedidos.

P14D-TM-PT-7 415
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Nota:
O "arquivo de memória estendida" (6xxxx) não é suportado.

Nota:
A convenção do MODBUS é documentar os endereços dos registos como números ordinais apesar de que os endereços reais
do protocolo são valores literais. Os relés do MiCOM começam os endereços de registos em zero. Portanto, o primeiro registo
numa página de memória tem o endereço zero. O segundo registo tem o endereço 1 e assim por diante.

Nota:
A notação do número da página não faz parte do endereço.

6.4.5 EXTRAÇÃO DE EVENTOS


O dispositivo suporta dois métodos de extração de eventos, extração automática ou manual dos registos de
evento, falha e manutenção armazenados.

6.4.5.1 EXTRAÇÃO AUTOMÁTICA DE REGISTOS DE EVENTOS


As facilidades de extração automática permitem que todos os tipos de registo sejam extraídos assim que
ocorrem. Registos de eventos são extraídos em ordem sequencial, incluindo qualquer dado de falha ou
manutenção que possa estar associado ao evento.
O mestre MODBUS pode determinar se o dispositivo possui eventos armazenados que ainda não foram extraídos.
Isto é realizado lendo o registrado de status 30001 (tipo de dado G26). Se o bit de evento deste registrado estiver
ativo então o dispositivo possui eventos não extraídos disponíveis. Para selecionar o próximo evento para
extração sequencial, a estação mestre escreve o valor 1 no registo de seleção de registos 40400 (tipo de dado
G18). Os dados do evento juntamente com qualquer dado de falha/manutenção podem ser lidos dos registrados
especificados abaixo. Assim que os dados forem lidos, o registo de evento pode ser marcado como tendo sido lido
escrevendo o valor '2' no registrador 40400.

6.4.5.2 EXTRAÇÃO MANUAL DE REGISTO DE EVENTO


Existem três registos disponíveis para selecionar manualmente registos armazenados e três registadores de
apenas leitura permitindo que o número de registos armazenados seja determinado.
● 40100: Selecionar Evento
● 40101: Selecionar Falha
● 40102: Selecionar Registo de Manutenção

Para cada um dos registadores acima o valor 0 representa o registo armazenado mais recente. Os registadores
seguintes ao serem lidos indicam o número dos vários tipos de registos armazenados.
● 30100: Número de registos armazenados
● 30101: Número de registos de falha armazenados
● 30102: Número de registos de manutenção armazenados

Cada registo de falha ou manutenção guardado provoca a criação de um registo de evento. Se este registo de
evento for selecionado, os registadores adicionais que guardam os detalhes do registo de falha ou manutenção
também serão populados.

6.4.5.3 DADOS DE REGISTO


A localização e formato dos registadores usados para aceder aos dados do registo são os mesmos quer eles
tenham sido selecionados usando extração automática ou manual.

416 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Endereço Comprimen
Descrição do Evento Comentários
MODBUS to
Data e Hora 30103 4 Ver descrição do tipo de dado G12
Tipo de Evento 30107 1 Ver descrição do tipo de dado G13
A natureza do valor depende do tipo de evento. Este conterá o status como um
Valor do Evento 30108 2
sinalizador binário para contato, entrada digital, alarme e eventos de proteção.
Este indica o endereço MODBUS do registador onde a mudança ocorreu.
Alarme 30011
Relés 30723
Entradas Opto. 30725
Eventos de proteção – como os endereços de relés e entradas digitais este
Endereço MODBUS 30110 1
mapeará no endereço MODBUS do registador de status do DDB adequado,
dependendo de qual o bit do DDB em que ocorreu a mudança. Estes variarão de
30727 a 30785.
Para eventos de plataforma, eventos de falha e eventos de manutenção o padrão
é 0.
Este registador conterá o ordinal do DDB para eventos de proteção ou o número
Índice de Eventos 30111 1 do bit para eventos de alarme. A direção da mudança será indicada pelo bit mais
significativo; 1 para mudança de 0 – 1 e 0 para mudança de 1 – 0.
0 significa que não há dados adicionais.
1 significa que os dados do registo de falha podem ser lidos de 30113 a 30199 (o
Dado Adicional Presente 30112 1 número de registadores depende do produto).
2 significa que os dados do registo de manutenção podem ser lidos de 30036 a
30039.

Se um registo de falha ou de manutenção for diretamente selecionado usando o mecanismo manual, então os
dados podem ser lidos das faixas de registadores especificadas acima. Os dados do registo de evento nos
registadores 30103 a 30111 não estarão disponíveis.
É possível usando o registador 40401(tipo de dado G6) apagar independentemente os registos armazenados de
evento/falha e manutenção do relé. Este registador também fornece uma opção para reiniciar as indicações do
dispositivo, o que tem o mesmo efeito sobre o relé que pressionar a tecla apagar no visualizador de alarmes
usando o menu do painel de IHM.

6.4.6 EXTRAÇÃO DO REGISTO DE OSCILOPETROGRAFIA


O IED fornece facilidades para extração manual e automática de registos de oscilopetrografia.
Os registos extraídos pelo MODBUS de dispositivos Px40 são apresentados no formato COMTRADE. Isto envolve
extrair um arquivo de configuração com texto em ASCII e então extrair um arquivo de dados binário.
Cada arquivo é extraído lendo uma série de páginas de dados do IED. A página de dados é composta por 127
registadores, proporcionando uma transferência máxima de 254 bytes por página.
O seguinte conjunto de registadores é apresentado à estação mestre para suportar a extração de registos de
perturbação não comprimidos:

P14D-TM-PT-7 417
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Registadores do MODBUS
Registador do MODBUS Nome Descrição
Fornece o status do relé na forma de bits de sinalização:
b0: Fora de serviço
b1: Falha de baixa importância no autoteste
b2: Evento
b3: Sincronização horária
3x00001 Registador de status b4: Perturbação
b5: Falha
b6: Acionamento
b7: Alarme
b8 a b15: Não usado
Um ‘1’ em b4 indica a presença de uma oscilopetrografia
Nº de oscilopetrografias Indica o número total de registros de perturbação armazenados
3x00800
armazenadas atualmente no relé, tanto extraídos como não extraídos.
Indica o valor do identificador exclusivo para o registro de
oscilopetrografia mais antigo armazenado no relé. Este é um valor inteiro
Identificador exclusivo do registo
3x00801 usado em conjunto com o valor do ‘Número de perturbações
de oscilopetrografia mais antigo
armazenadas’ para calcular um valor para selecionar registos
manualmente.
Este gravador é usado para selecionar manualmente registos de
perturbação. Os valores escritos nesta célula são um delta aplicado ao
Gravador de seleção manual de valor do identificador exclusivo do registo mais antigo. O valor do delta,
4x00250
registos de perturbação que varia de 0 até o Número de perturbações armazenadas - 1, é somado
ao identificador do registo mais antigo para gerar o identificador do
registo desejado.
Este registo é usado durante o processo de extração e possui vários
comandos. Estes são:
b0: Selecionar próximo evento
Gravador de comando de b1: Aceitar evento
4x00400
seleção de registo b2: Selecionar próximo registo de perturbação
b3: Aceitar registo de perturbação
b4: Selecionar próxima página de dados de perturbação
b5: Selecionar arquivo de dados
Estes registos retornam o identificador do tempo do registo de
3x00930 - 3x00933 Carimbo de tempo do registo
perturbação.
Nº de registos na página de Este registo informa à estação mestre o número de registos populados
3x00802
dados da página de dados.
Estes 127 registos são usados para transferir dados do relé para a
3x00803 - 3x00929 Registos da página de dados
estação mestre. São inteiros sem sinal de 16-bits
O registo de estado do gravador de perturbação é usado durante o
Registo de estado do Gravador
3x00934 processo de extração para indicar à estação mestre quando os dados
de perturbação
estão prontos para extração. Ver próxima tabela.
Seleção de formato do ficheiro Este é usado para selecionar o formato desejado do ficheiro de dados.
4x00251
de dados Este está reservado para uso futuro.

Nota:
Os endereços de registos são fornecidos no formato código de referência + endereço. P.ex. 4x00001 é formado pelo código de
referência 4x e o endereço 1 (que é especificado como código de função 03 e endereço 0x0000 na especificação do
MODBUS).

O registo de estado do gravador de perturbação informará um dos seguintes valores:

418 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Estados do gravador de perturbação


Estado Descrição
Este será o estado informado quando nenhum registo está selecionado; como após a energização ou após
Repouso
um registo ser marcado como extraído.
Ocupado O relé está atualmente processando dados.
Página pronta A página de dados foi preenchida e a estação mestre pode ler os dados com segurança.
Configuração completa Todos os dados de configuração foram lidos sem erro.
Registo completo Todos os dados de perturbação foram extraídos.
Ocorreu um erro durante o processo de extração no qual a perturbação a ser extraída foi rescrita por um
Perturbação rescrita
novo registo.
Foi feita uma tentativa pela estação mestre de selecionar automaticamente a próxima perturbação mais
Sem perturbações não extraídas
antiga não extraída quando todos os registos já haviam sido extraídos.
Não é uma perturbação válida Foi feita uma tentativa pela estação mestre de selecionar manualmente um registo que não existia no relé.
Comando fora de sequência A estação mestre emitiu um comando para o relé que não era esperado durante o processo de extração.

6.4.6.1 PROCEDIMENTO DE EXTRAÇÃO MANUAL


O procedimento usado para extrair uma perturbação manualmente é mostrado abaixo. O método de extração
manual não permite a aceitação de registos de perturbação.

P14D-TM-PT-7 419
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Arranque

Obtém o número de
oscilografias do
registrador 3x00800

Não Existem Sim


oscilografias?

Obtém o ID da oscilografia
mais antiga do registrador
3x00801

Seleciona a oscilografia
requerida escrevendo o
valor do ID do registro
requerido no registrador
4x00250

Obtém a estampa de
Extrair dados de tempo da oscilografia dos
oscilografia registradores 3x00930 –
3x00933

Fim

V01003

Figura 176: Seleção manual de um registo de perturbação

6.4.6.2 PROCEDIMENTO DE EXTRAÇÃO AUTOMÁTICA


Existem dois métodos que podem ser usados para extrair perturbações automaticamente:

Método 1
O método 1 é mais simples e é melhor para extrair registos unitários de osciloperturbografia (quando o registador
de osciloperturbografia é consultado regularmente).

420 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Arranque

Lê a palavra de estado
do registrador 3x0001

O bit da oscilografia Não


(bit 4) esta ativado?

Sim
Erro

Seleciona o próximo
registro mais antigo não
extraído escrevendo 0x04
no registrador 4x00400

Envia comando para


Extrair dados de aceitar o registro
oscilografia escrevendo 0x08 no
registrador 4x00400
V01004

Figura 177: Seleção automática de registo de perturbação - método 1

Método 2
O método 2 é mais complexo de implementar, mas é mais eficiente para extrair grandes quantidades de registos
de perturbação. Isto pode ser útil quando o gravador de osciloperturbografia é consultado apenas
ocasionalmente e, portanto, pode ter muitos registos armazenados.

P14D-TM-PT-7 421
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Arranque

FirstTime =
Verdadeiro

Lê a palavra de
estado do registrador
3x0001

FirstTime =
Verdadeiro
O bit da
oscilografia (bit 4)
esta ativado? Não

Sim

Seleciona o próximo
registro mais antigo não
extraído escrevendo Sim FirstTime =
0x04 no registrador Verdadeiro?
4x00400

Não FirstTime =
Falso

Envia comando para


Erro aceitar e selecionar o
FirstTime = Extrair Registro de
Verdadeiro Oscilografia próximo registro
escrevendo 0x0C no
V01005 registrador 4x00400

Figura 178: Seleção automática de registo de perturbação - método 2

6.4.6.3 EXTRAINDO OS DADOS DE PERTURBAÇÃO


A extração do registo de perturbação é um processo de dois estágios que envolve extrair primeiro o ficheiro de
configuração e depois o ficheiro de dados. Primeiro o ficheiro de configuração necessita ser extraído, seguido pelo
arquivo de dados:

422 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Extraindo o ficheiro de configuração Comtrade

Arranque
(Registro selecionado) Para o
procedimento
de nível
superior
Ler o valor do estado de Ocupado
DR do registrador
3x00934 Confere se
estado de DR
tem condições de
erro ou estado de
Erro
Ocupado
Configuração
completada Qual é o valor Outro
do estado de DR?

Página
pronta
Lê o número de
registros na página de
dados com endereço
3x00802

Leia os registradores de
página de dados que
começam em 3x00803

Armazena os dados no Envia ‘Obtenha a


Configuração arquivo ASCII na ordem próxima página de
completada (começe a em que os dados foram dados’ para o
extrair o arquivo de recebidos registrador 4x00400
dados)
V01006

Figura 179: Extração do ficheiro de configuração

P14D-TM-PT-7 423
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Extraindo o ficheiro de dados comtrade

Arranque
(Configuração
completada)

Envie ‘Selecione
Arquivo de Dados’ para
o registrador 4x00400
Para o
procedimento
de nível
superior
Ler o valor do estado de
Ocupado
DR do registrador
3x00934
Confere se
estado de DR
tem condições de Erro
erro ou estado de
Ocupado
Registro completado Qual é o valor Outro
do estado de DR?

Página
pronta

Lê o número de
registros na página de
dados com endereço
3x00802

Leia os registradores de
página de dados que
começam em 3x00803

Registro completado Armazena os dados no Envia ‘Obtenha a


(marque o registro como arquivo binário na próxima página de
extraído; somente extração ordem em que os dados dados’ para o
automática) foram recebidos registrador 4x00400

V01007

Figura 180: Extração do ficheiro de dados


Durante a extração dos ficheiros COMTRADE, pode ocorrer um erro, que será reportado no registo de Status DR
3x00934. Neste caso, deve reiniciar a extração do registo ou abortar de acordo com a tabela abaixo.
Valor Estado Descrição
Este será o estado informado quando nenhum registo está selecionado; como após a energização ou
0 Repouso
após um registo ser marcado como extraído.
1 Ocupado O relé está atualmente processando dados.
2 Página pronta A página de dados foi preenchida e a estação mestre pode ler os dados com segurança.
3 Configuração completa Todos os dados de configuração foram lidos sem erro.
4 Registo completo Todos os dados de perturbação foram extraídos.
Ocorreu um erro durante o processo de extração no qual a perturbação a ser extraída foi escrita por um
5 Perturbação rescrita
novo registo.

424 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Valor Estado Descrição


Sem perturbações não Foi feita uma tentativa pela estação mestre de selecionar automaticamente a próxima perturbação
6
extraídas mais antiga não extraída quando todos os registos já tinham sido extraídos.
Não é uma Foi feita uma tentativa pela estação mestre de selecionar manualmente um registo que não existia no
7
perturbação válida relé.
Comando fora de A estação mestre emitiu um comando para o relé que não era esperado durante o processo de
8
sequência extração.

6.4.7 TROCAR CONFIGURAÇÕES


Todas as configurações do IED estão em páginas com endereço 4xxxx. Os pontos a seguir devem ser
considerados quando se fazem alterações nas configurações:
● As configurações implementadas usando múltiplos registos devem ser escritas usando uma operação de
escrita para múltiplos registos.
● O primeiro endereço de uma escrita em múltiplos registos deve ser um endereço válido. Se houver
endereços não mapeados na faixa que está a ser escrita, os dados associados a estes endereços serão
descartados.
● Se uma operação de escrita for realizada com valores que estejam fora da faixa, será gerada uma resposta
de dados ilegais. Valores válidos de configuração dentro da mesma operação de escrita serão executados.
● Se for realizada uma operação de escrita que tente alterar registos que necessitem um nível mais elevado
de permissão por senha do que o que está atualmente permitido, todas as alterações de configuração na
operação de escrita serão descartadas.

6.4.8 PROTEÇÃO POR SENHA


Os seguintes registos estão disponíveis para controlar a proteção por senha:
Função Registos do MODBUS
Introdução de senha 4x00001 a 4x00002 e 4x20000 a 4x20003
Configuração para alterar senha nível 1 (4 caracteres) 4x00023 a 4x00024
Configuração para alterar senha nível 1 (8 caracteres) 4x20008 a 4x20011
Configuração para alterar senha nível 2 4x20016 a 4x20019
Configuração para alterar senha nível 3 4x20024 a 4x20027
Pode ser lido para indicar o nível de acesso atual 3x00010

6.4.9 CONFIGURAÇÃO DE PROTEÇÃO E DO GRAVADOR DE PERTURBAÇÕES


As alterações de configuração para qualquer destas áreas são armazenadas numa área temporária e não serão
usadas pelo IED a menos que sejam confirmadas. O registo 40405 pode ser usado tanto para confirmar como
para abortar as alterações de configuração na área temporária.
O IED suporta quatro grupos de configurações de proteção. Os endereços MODBUS para cada um dos quatro
grupos são repetidos dentro das seguintes faixas de endereço.
● Grupo 1: 4x1000 - 4x2999
● Grupo 2: 4x3000 - 4x4999
● Grupo 3: 4x5000 - 4x6999
● Grupo 4: 4x7000 - 4x8999

P14D-TM-PT-7 425
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Além das funções básicas de edição dos grupos de configurações de proteção, existem as seguintes funções:
● Os valores padrão podem ser restaurados para um grupo de configurações ou para todas as
configurações do relé escrevendo no registo 4x0402.
● É possível copiar o conteúdo de um grupo de configurações para outro escrevendo o grupo de origem no
registo 40406 e o grupo de destino no 4x0407.

As alterações de configuração realizadas por qualquer uma das operações definidas acima são feitas na área
temporária. Estas alterações devem ser confirmadas escrevendo no registo 4x0405.
Os grupos de configurações de proteção ativos podem ser selecionados escrevendo no registo 40404. Será
enviada uma resposta de dados ilegais se for feita uma tentativa de definir como ativo um grupo que tenha sido
desactivado.

6.4.10 SINCRONIZAÇÃO HORÁRIA


O tipo de dado G12 de data/hora permite que informações reais de data e hora sejam transmitidas com uma
resolução de 1 ms. A estrutura do tipo de dado respeita o formato IEC 60870-5-4 Tempo binário 2a.
Os sete bytes do quadro de data/hora são colocados em quatro registos de 16-bits e são transmitidos em
sequência começando pelo byte 1. Isto é seguido por um byte null, totalizando oito bytes.
Os dados de registos são normalmente transmitidos começando pelo byte de ordem mais elevada. Portanto o
byte 1 estará na posição do byte de maior ordem seguido pelo byte 2 na posição de menor ordem para o primeiro
registo. O último registo conterá apenas o byte 7 na posição de maior ordem, o byte de menor ordem conterá o
valor zero.

Estrutura do tipo de dado G12 data e hora


Posição do bit
Byte 7 6 5 4 3 2 1 0
1 m7 m6 m5 m4 m3 m2 m1 m0
2 m15 m14 m13 m12 m11 m10 m9 m8
3 IV R I5 I4 I3 I2 I1 I0
4 SU R R H4 H3 H2 H1 H0
5 W2 W1 W0 D4 D3 D2 D1 D0
6 R R R R M3 M2 M1 M0
7 R Y6 Y5 Y4 Y3 Y2 Y1 Y0

Legenda da tabela:
● m = milissegundos: 0 a 59.999
● I = minutos: 0 a 59
● H = horas: 0 a 23
● W = dia da semana: 1 a 7 iniciando na segunda-feira
● D = dia do mês: 1 a 31
● M = mês do ano: 1 a 12 iniciando em janeiro
● Y = ano do século: 0 a 99
● R = reservado: 0
● SU = horário de verão: 0 = GMT, 1 = horário de verão
● IV = inválido: 0 = valor inválido, 1 = valor válido

Uma vez que a faixa do tipo de dado é de apenas 100 anos, o século deve ser deduzido. O século é calculado
como aquele que produzirá o valor mais próximo do tempo para a data atual. Por exemplo: 30-12-99 é
30-12-1999 quando recebida em 1999 e 2000, mas é 30-12-2099 quando recebida em 2050. Esta técnica permite

426 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

que anos de 2 dígitos sejam convertidos com precisão para 4 dígitos em uma janela de ±50 anos em volta da data
atual.
O bit inválido tem duas aplicações:
● Pode indicar que a informação de data/hora é considerada imprecisa, mas é a melhor informação
disponível.
● Pode indicar que a informação de data/hora não está disponível.
O bit horário de verão é usado para indicar que o horário de verão está a ser usado, e mais importante, para
resolver a descontinuidade de fuso e horário que ocorre quando inicia e termina o horário de verão. Isto é
importante para a correlação correta no tempo de registos com identificador temporal.
O campo de dia da semana é opcional e se não for calculado será colocado em zero.
O conceito de fuso horário não é considerado para este tipo de dado e pelo relé em questão. Depende do
utilizador final determinar o fuso horário. A prática normal é usar o UTC (horário coordenado universal).

6.4.11 FORMATOS DE DADOS PARA MEDIÇÃO DE POTÊNCIA E ENERGIA


As medidas de potência e energia estão disponíveis em dois formatos de dados:
Tipo de dado G29: um formato inteiro usando 3 registos
Tipo de dado G125: um formato de ponto flutuante com 32 bits usando 2 registos
Os registos G29 estão listados na primeira parte da coluna MEDIÇÕES 2 da base de dados do Courier. Os G125
equivalentes aparecem no final da coluna MEDIÇÕES 2.

Tipo de dado G29


O tipo de dado G29 consiste em três registos:
O primeiro registo é a medida de potência ou energia por unidade (ou normalizada). É um valor de 16 bits com
assinatura. Este registo é do tipo de dado G28.
O segundo e terceiro registo contem um multiplicador para converter o valor por unidade para um valor real. São
valores sem assinatura de 32-bits. Estes dois registos juntos são do tipo de dado G27.
O valor geral de potência ou energia transmitido pelo tipo de dado G29 é, portanto, G29 = G28 x G27.
O IED calcula o valor G28 de potência ou energia por unidade como:
G28 = (quantia medida no secundário/secundário do TI)(110V/(secundário do TT).
Como o tipo de dado G28 é um inteiro de 16-bits com assinatura, a sua gama dinâmica está restrita a +/- 32768.
Deve ter esta limitação em consideração para as medições de energia, já que o valor G29 saturará muito antes do
que o equivalente G125.
O multiplicador G27 associado é calculado como:
G27 = (primário do TI)(primário do TP/110V) quando for selecionada a medição de valores do primário
e
G27 = (secundário do TI)(secundário do TT/110V) quando for selecionada a medição de valores do secundário.
Por causa dos truncamentos necessários na conversão de valores em virgula flutuante para valores inteiros nos
cálculos das partes componentes do G29 e da sua gama dinâmica limitada, apenas recomendamos usar valores
G29 quando o mestre MODBUS não puder tratar os equivalentes G125 IEEE754 em virgula flutuante.

Nota:
Os valores G29 devem ser lidos em múltiplos de três registos. Não é possível ler as partes do G28 e G27 com comandos de
leitura separados.

P14D-TM-PT-7 427
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

Exemplo de tipo de dado G29


Assumindo que as configurações de TI/TT são as seguintes:
● Primário do TT principal 6,6 kV
● Secundário do TT principal 110V
● Primário do TI de fase 3150 A
● Secundário do TI de fase 1 A

A potência ativa trifásica exibida no painel de medida no display frontal do IED seria 21,94 MW
Os registos relacionados com a potência ativa trifásica são: 3x00327, 3x00328 e 3x00329
Endereço do Registo Dados lidos destes registos Formato dos dados
3x00327 116 G28
3x00328 2 G27
3x00329 57928 G27

O valor do Equivalente G27 = [216 * Valor no endereço 3x00328 + Valor no endereço 3x00329] = 216*2 + 57928 =
189000
O valor Equivalente da potência G29 = G28 * Equivalente G27 =116 * 189000 =21,92 MW

Nota:
O valor calculado acima (21,92 MW) é o mesmo que o valor medido da potência no display do painel frontal.

Tipo de dado G125


O tipo de dado G125 é um formato de virgula flutuante IEEE754 de precisão simples, que ocupa 32 bits em dois
registos consecutivos. O byte mais significativo do formato está no primeiro (ordem baixa) registo e o byte menos
significativo no segundo registo.
O valor da medida G125 é tão preciso quanto a capacidade do IED de calcular a medida após ter aplicado os
fatores de escala do secundário ou do primário. Não sofre os erros de truncamento ou limitações da gama
dinâmica associados ao formato de dado G29.

6.4.12 CONFIGURAÇÃO MODBUS


Para configurar o dispositivo:
1. Selecione a coluna CONFIGURAÇÃO e verifique se a célula Ajustes Comunic. está com valor Visível.
2. Selecione a coluna COMUNICAÇÕES.
3. Seguindo para a primeira célula abaixo (RP1 Protocolo). Esta é uma célula não editável, que exibe o
protocolo de comunicação escolhido, neste caso Modbus.

COMUNICAÇÕES
RP1 Protocolo
Modbus

4. Seguindo para a próxima célula abaixo (RP1 Endereço). Esta célula define o endereço Modbus do IED. Até
32 IEDs podem ser conectados em um hub e, portanto, é necessário que cada IED tenha um endereço
único de modo que mensagens da estação de controle mestre sejam aceitas por apenas um IED. O Modbus
usa um número decimal entre 1 e 247 para endereço do relé É importante que não haja dois ou mais IEDs
com o mesmo endereço.

428 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

COMUNICAÇÕES
RP1 Endereço
1

5. Seguindo para a próxima célula (RP1 Temp.Inativ). Esta célula controla o temporizador de inatividade. O
temporizador de inatividade controla quanto tempo o IED aguarda sem receber nenhuma mensagem na
porta traseira, antes de revertê-la a seu estado padrão, incluindo a revogação de qualquer acesso via
senha que tenha sido ativado. No caso da porta traseira, este tempo pode ser configurado entre 1 e 30
minutos.

COMUNICAÇÕES
RP1 Temp.Inativ
10,00 min.

6. Seguindo para a próxima célula (RP1 Veloc.Trans.). Esta célula controla a velocidade serial (baud rate) a ser
usada. O IED suporta seis baud rates, 1200 bits/s, 2400 bits/s, 4800 bits/s, 9600 bits/s, 19200 bits/s e
38400 bits/s. Assegure-se de que a baud rate configurada no IED é igual à configurada na estação mestre.

COMUNICAÇÕES
RP1 Veloc.Trans.
9600 bits/s

7. Seguindo para a próxima célula (RP1 Paridade). Esta célula controla o formato de paridade usado nas
estruturas de dados. A paridade pode ser definida como Nenhuma, Ímpar ou Par. Assegure-se de que o
formato de paridade selecionado no IED é igual ao selecionado na estação mestre.

COMUNICAÇÕES
RP1 Paridade
Nenhum

8. Seguindo para a próxima célula abaixo (Tempo IEC Modbus). Esta célula controla a ordem na qual os bytes
de informação são transmitidos. Há uma escolha entre Padrão e Reverso Quando se seleciona Padrão, o
formato da data e hora atende os requisitos da IEC 60870-5-4, de modo que o byte 1 dos dados é
transmitido primeiro, seguido pelos bytes 2 a 7. Se for selecionado Reverso, a transmissão da informação
é feita em ordem reversa.

COMUNICAÇÕES
Tempo IEC Modbus
Padrão

6.5 IEC 61850


Esta seção descreve o modo como a norma IEC 61850 é aplicada aos produitos da GE Energy Connections. Não é
uma descrição da norma em si. Esta seção foi escrita considerando que o leitor já está familiarizado com a norma
IEC 61850.
IEC 61850 é a norma internacional para comunicações baseadas em Ethernet nas subestações. Permite a
integração de todas as funções de proteção, controlo, medição e monitorização numa subestação, e além disso
providencia os meios para interbloqueio e interdisparo. Combina a conveniência da Ethernet com a segurança
que é tão essencial nas subestações hoje em dia.

P14D-TM-PT-7 429
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

6.5.1 BENEFÍCIOS DA IEC 61850


A norma proporciona:
● Modelos padronizados para IEDs e outros equipamentos da subestação
● Serviços de comunicação padronizados (os métodos usados para aceder e trocar dados)
● Formatos padronizados para arquivos de configuração
● Comunicação ponto a ponto

A norma segue os requisitos estabelecidos pelo modelo ISO OSI, proporcionando assim total interoperabilidade e
flexibilidade entre fornecedores nos tipos de transmissão e protocolos usados. Isto inclui mapeamento de dados
para Ethernet, que está a tornar-se cada vez mais amplamente usada em subestações, ao invés do RS485. Usar
Ethernet na subestação oferece muitas vantagens, incluindo com maior importância:
● A Ethernet permite dados em alta velocidade (atualmente 100 Mbps, ao invés de dezenas de kbps, ou
menos, usada pela maioria dos protocolos serie)
● A Ethernet possibilita ter clientes múltiplos
● A Ethernet é um padrão aberto de uso diário
● Existe uma ampla gama de produtos compatíveis com Ethernet que podem ser usados para complementar
a instalação da LAN (hubs, bridges, switches)

6.5.2 INTEROPERABILIDADE DA IEC 61850


Um benefício importante da IEC 61850 é a interoperabilidade. A IEC 61850 padroniza o modelo de dados de IEDs
de subestações, o que permite a interoperabilidade entre produtos de vários fabricantes.
Um dispositivo compatível com a IEC 61850 pode ser interoperável, mas isto não significa que seja intercambiável.
Não se pode simplesmente substituir um produto de um fabricante pelo de outro sem fazer reconfiguração.
Entretanto, a terminologia está predefinida, e qualquer um com conhecimento prévio do IEC 61850 deve ser capaz
de integrar um novo dispositivo muito rapidamente, sem ter que mapear todos os novos dados. A IEC 61850 traz
melhoria nas comunicações da subestação e interoperabilidade para o utilizador final, a um custo menor.

6.5.3 O MODELO DE DADOS DA IEC 61850


O modelo de dados de qualquer IED IEC 61850 pode ser visto como uma hierarquia de informações, cuja
nomenclatura e categorização são definidas e padronizadas na especificação da IEC 61850.

430 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

Atributos de dados
stVal q t FA FB FC

Objetos de dados
Pos A

Nós Lógicos : 1 a n
LN1: XCBR LN2: MMXU

Dispositivo Lógico : IEDs 1 a n

Dispositivo Físico (endereço de rede)

V01008

Figura 181: Camadas de Modelos de Dados em IEC 61850


Os níveis desta hierarquia podem ser descritos como segue:

Formato da Estrutura de Dados


Camada Descrição
Identifica o IED físico num sistema. Tipicamente pode ser usado o nome do dispositivo ou o endereço
Dispositivo Físico
IP (por exemplo Alimentador_1 ou 10.0.0.2
Identifica grupos de Nós Lógicos relacionados no Dispositivo físico. Para os IED MiCOM, existem 5
Dispositivo Lógico
Dispositivos lógicos: Controlo, Medições, Proteção, Registos, Sistema
Identifica as principais áreas funcionais no modelo de dados da IEC 61850. São usados 3 ou 6
caracteres como prefixo para definir o grupo funcional (wrapper) enquanto a funcionalidade real é
Wrapper/Instância do nó lógico
identificada por um nome de Nó lógico de 4 caracteres com um número de instância como sufixo.
Por exemplo, XCBR1 (disjuntor), MMXU1 (medidas), FrqPTOF2 (proteção de sobrefrequência, estágio 2).
Esta próxima camada é usada para identificar o tipo de dado que será apresentado. Por exemplo, Pos
Objeto de Dados
(posição) do Nó lógico tipo XCBR
Este é o dado real (valor da medição, estado, descrição etc.). Por exemplo, stVal (valor do estado)
Atributo de Dados
indicando a posição real do disjuntor para o Objeto de Dados tipo Pos do Nó lógico tipo XCBR

6.5.4 IEC 61850 NOS IED MICOM


A IEC 61850 é implementada usando uma placa Ethernet separada. Esta placa Ethernet gere a maior parte da
implementação e transferência de dados da IEC 61850 para evitar qualquer impacto no desempenho das funções
de proteção.
Para comunicar com um IED IEC 61850 por Ethernet, é necessário apenas saber o endereço IP. Este pode então
ser configurado para:
● Um cliente IEC 61850 (ou mestre), por exemplo um computador PACiS (MiCOM C264)
● Um IHM
● Um browser MMS, com o qual o modelo de dados completo pode ser recuperado do IED, sem qualquer
conhecimento prévio do IED

P14D-TM-PT-7 431
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

O padrão de interface compatível com IEC 61850 proporciona capacidade para o seguinte:
● Acesso de leitura às medições
● Atualização de todas as medidas a uma taxa de uma vez por segundo.
● Geração de relatórios voláteis sobre mudança de estado ou de medição
● Sincronização de tempo SNTP sobre um link Ethernet. (Isto é usado para sincronizar o relógio de tempo real
interno do IED.
● Comunicação GOOSE ponto a ponto
● Extração de registo de perturbação por transferência de ficheiro. O registo é extraído como um arquivo
COMTRADE com formato ASCII

● Controlos (Direto e Selecione antes de operar)

Nota:
Alterações de configuração não são suportadas na implementação atual da IEC 61850. Atualmente estas mudanças de
configuração são feitas usando o MICOM S1 Agile.

6.5.5 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO DE DADOS DA IEC 61850


Os nomes do modelo de dados adotados nos IED MiCOM foram padronizados para haver consistência. Por isso os
Nós lógicos estão alocados a um dos cinco Dispositivos Lógicos, como apropriado.
O modelo de dados está descrito no documento Declaração de conformidade de implementação de modelo
(MICS), disponível como um documento separado.

6.5.6 IMPLEMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DA IEC 61850


Os serviços de comunicação do IEC 61850 que estão implementados nos IED estão descritos no documento
Declaração de conformidade na implementação de protocolo (PICS), que está disponível como um documento
separado.

6.5.7 COMUNICAÇÕES PONTO A PONTO IEC 61850 (GSSE)


A implementação do Evento genérico de subestação com orientação a objetos (GOOSE) do IEC 61850 permite
comunicação mais rápida entre IEDs, oferecendo a possibilidade de uma distribuição rápida e confiável de valores
de dados de entrada e saída em âmbito sistêmico. O modelo GOOSE usa serviços multicast para transmitir
informações de eventos. A transmissão multicast de mensagens significa que são enviadas para todos os
dispositivos da rede, mas somente aqueles dispositivos que foram configurados adequadamente receberão as
frames. Além disso, os dispositivos receptores podem aceitar especificamente frames de certos dispositivos e
descartar frames de outros dispositivos. Isto também é chamado de sistema publicador/assinante. Quando um
dispositivo detecta uma alteração num dos seus pontos com estado monitorizado, ele publica uma nova
mensagem. Qualquer dispositivo que esteja interessado na informação faz uma assinatura para receber os dados
que ela contém.

Nota:
As mensagens multicast não podem ser roteadas através de redes sem equipamentos especiais.

Cada nova mensagem é retransmitida a intervalos configuráveis para prevenir possível corrupção por
interferência e colisões, garantindo assim a entrega. Na prática, os parâmetros que controlam a transmissão de
mensagens não podem ser calculados. Deve-se alocar tempo para teste dos esquemas de GOOSE antes ou
durante o comissionamento, da mesma forma que um esquema a fio deve ser testado.

432 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

6.5.8 MAPEANDO MENSAGENS GOOSE A ENTRADAS VIRTUAIS


Cada sinal GOOSE contido numa mensagem GOOSE assinada pode ser mapeado a qualquer das 32 entradas
virtuais no PSL. As entradas virtuais permitem o mapeamento em funções lógicas internas para controlo de
proteção, diretamente para contatos de saída ou LEDs para monitorização.
Um IED pode assinar todas as mensagens GOOSE, mas apenas os seguintes tipos de dados podem ser
decodificados e mapeados para uma entrada virtual:
● BOOLEANO
● BSTR2
● INT16
● INT32
● INT8
● UINT16
● UINT32
● UINT8

6.5.8.1 CONFIGURAÇÃO GOOSE IEC 61850


Todas as configurações GOOSE são realizadas usando a ferramenta IEC 61850 Configurator disponível no
software MiCOM S1 Agile.
Todas as configurações de publicação GOOSE podem ser encontradas na aba GOOSE Publishing na janela do
editor de configuração. Todos os parâmetros de configuração de assinatura GOOSE estão na aba External
Binding na janela do editor de configuração.
As configurações para activar a sinalização GOOSE e para aplicar o Modo de teste estão disponíveis usando o
IHM.

6.5.9 FUNCIONALIDADE ETHERNET


As configurações relativas a uma falha no link de Ethernet estão disponíveis na coluna COMUNICAÇÕES do IHM do
IED.

6.5.9.1 DESCONEXÃO ETHERNET


As Associações IEC61850 são exclusivas e feitas entre o cliente e o servidor. Se a ligação Ethernet for perdida por
algum motivo, as associações serão perdidas e precisarão ser reestabelecidas pelo cliente. O IED possui uma
função TCP_KEEPALIVE para monitorizar cada associação e encerrar qualquer uma que não esteja ativa.

6.5.9.2 FALTA DE ENERGIA


O IED permite o reestabelecimento de associações sem interromper a operação, mesmo após a alimentação ser
desligada. Como o IED atua como um servidor neste processo, o cliente precisa requisitar a associação. As
configurações não aplicadas são canceladas quando falta energia e os relatórios solicitados por clientes
conectados são excluídos. O cliente deve activá-los novamente quando for criar a nova associação com o IED.

6.5.10 CONFIGURAÇÃO IEC 61850


Não se pode configurar o dispositivo para a IEC 61850 edição 1, usando o painel de IHM do produto. Primeiro,
deve-se usar o Configurador IEC 61850, que é parte do software aplicativo de configuração. Caso o dispositivo
seja compatível com a edição 2, contudo, você poderá configurá-lo com a IHM. Para configurar a IEC61850 edição
2 usando a interface IHM, deve-se primeiro habilitar o IP ajustando através da interface IHM, após o quê, pode-se
definir a mídia (cobre ou fibra), o endereço IP, a máscara subnet e o endereço de gateway.

P14D-TM-PT-7 433
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

A IEC 61850 permite que os IEDs sejam configurados diretamente a partir de um arquivo de configuração. As
capacidades de configuração do sistema do IED são determinadas por um Arquivo de Descrição de Capacidades
(ICD), fornecido com o produto. Quando se usam arquivos ICD dos produtos a serem instalados, pode-se desenhar,
configurar e testar (por meio de ferramentas de simulação) o esquema de proteção de toda uma subestação,
antes que esses produtos sejam instalados na subestação.
Para ajudar nesse processo, o software de configuração possui uma ferramenta Configurador IEC 61850, que
permite que o arquivo de configuração IEC 61850 pré-definido seja importado e transferido para o IED. Você
também pode criar manualmente arquivos de configuração para todos os produtos, com base em suas
descrições de capacidades IED (arquivo ICD).
Outros recursos incluem:
● A extração de dados de configuração para visualização e edição.
● Uma sequência de verificação de erros para validação dos dados de configuração, antes de serem
enviados ao IED.

Nota:
Alguns dados de configuração estão disponíveis na coluna IEC61850 CONFIG., que permite acesso de apenas leitura a dados
básicos de configuração.

6.5.10.1 BANCOS DE CONFIGURAÇÃO IEC 61850


Existem dois bancos de configuração:
● Banco de configuração ativa
● Banco de configuração inativa

Qualquer configuração nova enviada ao IED é armazenada automaticamente no banco de configuração inativa,
portanto, não afetando imediatamente a configuração corrente.
Após uma atualização de versão, a ferramenta Configurador IEC 61850 poderá ser usada para transmitir um
comando que autoriza a ativação da nova configuração armazenada no banco de configuração inativa. Isto é
feito invertendo-se os bancos de configuração inativo e ativo. A capacidade de inverter os bancos de
configuração também está disponível por meio da coluna IEC61850 CONFIG. na IHM.
O nome SCL(linguagem de configuração da subestação) e os atributos e revisão de ambos os bancos de
configuração estão disponíveis na coluna IEC61850 CONFIG. da IHM.

6.5.10.2 CONECTIVIDADE DE REDE IEC 61850


A configuração dos parâmetros IP e parâmetros de sincronização no tempo do protocolo SNTP (Simple Network
Time Protocol) é efetuada pela ferramenta Configurador IEC 61850. Se esses parâmetros não estiverem
disponíveis em um arquivo SCL (Linguagem de Configuração de Subestação), devem ser configurados
manualmente.
Cada endereço IP da LAN (Rede de Área Local) deve ser exclusivo. Endereços IP duplicados resultam em conflito e
devem ser evitados. A maioria dos IEDs verifica a existência de conflitos a cada alteração de IP e na inicialização e
disparam um alarme caso seja detectado conflito.
O IED pode ser configurado para aceitar dados de outras redes, usando a configuração de Gateway . Se forem
usadas múltiplas redes, os endereços de IP devem ser únicos em todas as redes.

434 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

7 MODO DE LEITURA
Com as funcionalidades de comunicação IEC 61850 e Ethernet/Internet, a segurança tornou-se um ponto
importante. Tendo isto em consideração, todos os dispositivos MiCOM atendem as normas de Cyber-Security (on
page439) mais recentes. Além disto, o dispositivo fornece uma facilidade para o utilizador activar ou desactivar as
interfaces físicas. Este recurso está disponível para produtos que usam Courier, IEC 60870-5-103 ou IEC 61850.

Nota:
Para IEC 60870-5-103, a função Modo Só Leitura é diferente do recurso do bloco de Comando.

7.1 PROTOCOLO IEC 60870-5-103


Se o Modo Só Leitura estiver activado para RP1 ou RP2 com IEC 60870-5-103, os seguintes comandos são
bloqueados na interface:
● Escrever parâmetros (=alterar configuração) (ASDUs privadas)
● Comandos Gerais (ASDU20), especificamente:
○ INF16 religação automática on/off
○ INF19 reset ao LED
○ INFs privadas (por exemplo: abrir/fechar DISJ, Entradas de Controlo)
Os seguintes comandos ainda são permitidos:
● Consulta Classe 1 (Leitura de eventos espontâneos)
● Consulta Classe 2 (Leitura de medidas)
● Sequência de GI (ASDU7 'Iniciar GI', Consulta Classe 1)
● Transmissão de sequência de Registos de Osciloperturbografia (ASDU24, ASDU25, Consulta Classe 1)
● Sincronização horária (ASDU6)
● Comandos Gerais (ASDU20), especificamente:
○ INF23 ativar característica 1
○ INF24 ativar característica 2
○ INF25 ativar característica 3
○ INF26 ativar característica 4

7.2 PROTOCOLO COURIER


Se o Modo Só Leitura for activado para RP1 ou RP2 com Courier, os seguintes comandos serão bloqueados na
interface:
● Escrever Parâmetros
● Todos os controlos, incluindo:
○ Reset Indicação (LED Disparo)
○ Operar Entradas Controlo
○ Operações Disj.
○ Operações de Religação Automática
○ Reset Procura
○ Apagar registos de eventos/defeitos/manutenção/oscilo
○ Testar LEDS e contatos
Os seguintes comandos ainda são permitidos:
• Ler configurações, estados, medidas

P14D-TM-PT-7 435
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

• Ler registos (eventos, falhas, perturbações)


• Sincronização Horária
• Alterar grupo de configuração activo

7.3 PROTOCOLO IEC 61850


Se o Modo Só Leitura estiver activo para a interface Ethernet com IEC 61850, os seguintes comandos são
bloqueados na interface:
● Todos os controlos, incluindo:
○ activar/desactivar proteção
○ Operar Control Entradas
○ Operações Disj. (Fecho/Disp., Bloq.)
○ Reset aos LEDs
Os seguintes comandos ainda são permitidos:
● Ler estados, medições
● Gerar relatórios
● Extrair registos de osciloperturbografia
● Sincronização horária
● Alterar grupo de configuração ativo

7.4 CONFIGURAÇÕES DE SÓ LEITURA


As seguintes configurações estão disponíveis para activar ou desactivar o Modo Só Leitura.
● RP1 Só Leitura
● RP2 Só Leitura
● NIC Só Leitura (quando Ethernet está disponível)

Estas configurações não estão disponíveis para MODBUS e DNP3.

7.5 SINAIS DDB DE SÓ LEITURA


O modo só leitura remoto também está disponível no PSL usando três sinais dedicados do DDB:
● RP1 Só Leitura
● RP2 Só Leitura
● NIC Só Leitura (quando Ethernet está disponível)

Usando o PSL estes sinais podem ser ativados por entradas digitais, Entradas de controlo e teclas de função se
necessário.

436 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 17 - Comunicação SCADA

8 SINCRONIZAÇÃO HORÁRIA
Em esquemas modernos de proteção é necessário sincronizar o relógio de tempo real do IED de forma a que
eventos de dispositivos diferentes possam receber um identificador de temporal e ser colocados em ordem
cronológica. Isto é obtido de várias formas dependendo das opções e dos protocolos de comunicação escolhidos.
● Usando a entrada IRIG-B (se equipada)
● Usando o protocolo de tempo SNTP (para versões IEC61850 Ethernet + DNP3 OE)
● Usando a funcionalidade de sincronização horária inerente aos protocolos de dados

8.1 IRIG-B DEMODULADO


IRIG significa Inter Range instrumentation Group (Grupo de Instrumentação Interescalas), que é um organismo
normalizador responsável por normalizar diferentes formatos de código temporal. Existem vários formatos
diferentes começando com o IRIG-A, depois o IRIG-B e assim por diante. A letra após "IRIG" especifica a resolução
do sinal de tempo em pulsos por segundo (PPS). IRIG-B, o que usamos, tem uma resolução de 100 PPS. O IRIG-B é
usado quando se precisa de identificadores temporais precisos.
O diagrama a seguir mostra uma aplicação típica numa subestação sincronizada por GPS. Os sinais RF do satélite
são captados por uma parabólica e enviados para o receptor. O receptor converte o sinal num sinal de tempo
adequado para a rede da subestação. Os IEDs na subestação usam este sinal para comandar os seus relógios
internos e gravadores de eventos.

Sinal GPS Satélite GPS

IRIG-B

Antena receptora de Receptor IED IED IED


satélite

V01040

Figura 182: Sinalização temporal por Satélite de GPS


O sinal de código de tempo IRIG-B é uma sequência de frames temporais de um segundo. Cada frame é dividida
em dez intervalos de 100 mS como a seguir:
● Intervalo de tempo 1: Segundos
● Intervalo de tempo 2: Minutos
● Intervalo de tempo 3: Horas
● Intervalo de tempo 4: Dias
● Intervalo de tempo 5 e 6: Funções de controlo
● Intervalos de tempo 7 a 10: Horário binário direto do dia

Os quatro primeiros intervalos de tempo definem o horário em BCD (Binário Codificado em Decimal). Os intervalos
de tempo 5 e 6 são usados para funções de controlo, as quais controlam comandos de exclusão e permitem

P14D-TM-PT-7 437
Capítulo 17 - Comunicação SCADA P14D

diferentes agrupamentos de dados entre as strings de sincronização. Os intervalos de tempo 7-10 definem o
horário em SBS (Segundo Binário Direto do dia).

8.1.1 IMPLEMENTAÇÃO DE IRIG-B DEMODULADO


Todos os modelos possuem a opção de aceitar uma entrada de IRIG-B demodulado. Esta é uma opção de
hardware que usa os mesmos terminais que as entradas RP1 (ou RP2 se aplicável). Não é possível ter IRIG-B e uma
porta serie na mesma posição. Isto significa que modelos de 20Te não podem ter sincronização horária por IRIG-B
e capacidade de comunicação serie ao mesmo tempo. Para modelos de 30TE entretanto, é possível ter IRIG-B
numa posição e uma porta serie noutra, desde que esta opção seja adquirida.
Para configurar o dispositivo para usar IRIG-B, use a célula de configuração IRIG-B Sincron. na coluna DATA E
HORA . Pode ser definida como Nenhum (para não usar IRIG-B), RP1 (para a opção onde o IRIG-B usa os terminais
54 e 56) e RP2 (para a opção onde o IRIG-B usa os terminais 82 e 84)
O estado do IRIG-B pode ser visto na célula IRIG-B Estado na coluna DATA E HORA.

8.2 SNTP
O SNTP é usado para sincronizar os relógios de sistemas de computadores em redes de dados por comutação de
pacotes de latência variável, tais como redes IP. O SNTP pode ser usado como método de sincronização horária
para modelos que usem IEC 61850 com Ethernet.
O dispositivo é sincronizado pelo servidor SNTP principal. Isto é obtido introduzindo o endereço IP do servidor SNTP
no IED usando o software IED Configurator descrito no capítulo S61850 Agile. Um segundo servidor também é
configurado com um endereço IP diferente para fins de redundância.
O menu do IHM não contém qualquer parâmetro configurável relacionado a SNTP, já que a única forma de
configurá-lo é usando o IEC 61850 Configurator. Entretanto, é possível visualizar alguns parâmetros na coluna
COMUNICAÇÕES abaixo do subtítulo parâmetros de SNTP. Aqui podem ser vistos os endereços dos servidores SNTP
e a frequência de aquisição SNTP nas células SNTP Servidor 1, SNTP Servidor 2 e SNTP Freq.Aquis.
respectivamente.
O estado da sincronização horária SNTP é exibido na célula SNTP Estado na coluna DATA E HORA.

8.3 SINCRONIZAÇÃO HORÁRIA USANDO OS PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO


Todos os protocolos de comunicação possuem mecanismos de sincronização horária embutidos. Se nem o IRIG-B
nem o SNTP forem usados para sincronizar os dispositivos, o mecanismo de sincronização horária do protocolo
serie relevante é usado. O relógio de tempo real normalmente é definido na estação mestre e comunicado aos
IEDs relevantes através de uma das portas serie traseiras usando o protocolo escolhido. Também é possível definir
o horário localmente usando parâmetros na coluna DATA E HORA .
A sincronização horária para cada protocolo está descrita na seção de descrição do protocolo relevante como
segue:
● Sincronização horária no Courier (on page396)
● Sincronização horária no IEC 60870-5-103 (on page399)
● Sincronização horária no DNP 3 (on page404)
● Sincronização horária no Modbus (on page426)

438 P14D-TM-PT-7
SEGURANÇA CIBERNÉTICA

CAPÍTULO 18
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

440 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

1 VISÃO GERAL
No passado, as redes nas subestações eram tradicionalmente isoladas e os protocolos e formatos dos dados
usados para transferir informações entre os dispositivos eram, frequentemente prioritários.
Por estes motivos, o ambiente das subestações era muito seguro contra ataques cibernéticos. Os termos usados
para este tipo inerente de segurança são:
● Segurança por isolamento (se a rede da subestação não está conectada ao mundo exterior, esta não pode
ser acedida a partir de um local exterior).
● Segurança por obscuridade (se os formatos e protocolos forem proprietários, é muito difícil interpretá-los).

O aumento da sofisticação dos esquemas de proteção juntamente com o avanço da tecnologia e o desejo de
interoperabilidade entre fornecedores resultou na normalização das redes e no intercâmbio de dados entre as
subestações. Hoje em dia, os dispositivos no interior das subestações usam protocolos padronizados para
comunicação. Além disso, as subestações podem ser interligadas a redes abertas, tais como a Internet ou redes
de âmbito corporativo, que utilizam protocolos padronizados de comunicação. Isto introduz um importante risco
de segurança tornando a rede elétrica vulnerável a ataques cibernéticos, que poderão por sua vez levar a
importantes apagões elétricos.
Claramente existe, agora, uma necessidade de proteger a comunicação e os equipamentos nos ambientes das
subestações. Este capítulo descreve as medidas de segurança que foram implementadas para a linha de
Dispositivos Eletrónicos Inteligentes (IED).

Nota:
Dispositivos compativeis com segurança cibernética não forçam o cumprimento NERC, apenas o facilitam. É
responsabilidade do utilizador garantir a compatibilidade como e quando necessária.

Este capítulo contém as seguintes seções:


Visão geral 441
A necessidade de segurança cibernética 442
Normas 443
Implementação da Segurança Cibernética 447

P14D-TM-PT-7 441
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

2 A NECESSIDADE DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA


A segurança cibernética fornece proteção contra acesso não autorizado, transferência, modificação ou
destruição não autorizada de informações ou de sistemas de informações, quer sejam acidentais ou intencionais.
Para obter isto, existem vários requisitos de segurança:
● Confidencialidade (impedir acesso não autorizado a informações)
● Integridade (prevenir modificações não autorizadas)
● Disponibilidade / Autenticação (impedir a negação de serviços e assegurar acessos autorizados a
informações)
● Não repúdio (impedir a negação de uma ação que ocorreu)
● Rastreabilidade/Detecção (monitorização e registo de atividades para detectar intrusão e analisar
incidentes)

As ameaças à segurança cibernética podem ser não intencionais (p. ex., desastres naturais, erros humanos) ou
intencionais (p. ex., ataques cibernéticos por hackers).
Uma boa segurança cibernética pode ser obtida com uma gama de medidas, tais como fechar brechas de
vulnerabilidade, implementar processos e procedimentos de segurança adequados e disponibilizar tecnologias
para ajudar a obter este objectivo.
Exemplos de vulnerabilidades são:
● Indiscrições cometidas por pessoas (p. ex., utilizadores que deixam as senhas nos seus computadores)
● Maus hábitos (utilizadores não trocam as senhas padrão, ou todos usam a mesma senha para aceder aos
equipamentos da subestação)
● Desativação de controlos (p.ex., utilizadores desativam medidas de segurança)
● Tecnologia Inadequada (subestação não possuí firewall)

Exemplos de problemas de disponibilidade são:


● Sobrecarga do equipamento, resultando numa redução ou falta de desempenho
● Expiração da validade de um certificado impedindo o acesso ao equipamento

Para ajudar a resolver estas questões, organizações de normas produziram várias normas. O cumprimento destas
normas reduz significativamente as ameaças associadas à falta de segurança cibernética.

442 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

3 NORMAS
Existem várias normas que se aplicam à segurança cibernética de subestações. As normas atualmente aplicáveis
aos IED da GE Energy Connections são a NERC e a IEEE1686.
Norma País Descrição
NERC CIP (Corporação para a Confiabilidade Elétrica Estrutura para a proteção dos Ativos Cibernéticos críticos da
EUA
da América do Norte) rede elétrica
BDEW (Associação Alemã dos Setores de Energia e Requisitos para controlo seguro e sistemas de
Alemanha
Água) telecomunicações
Voltado para ICS, portanto, relevante para EPU, completando a
ANSI ISA 99 EUA norma existente e identificando novos tópicos tais como gestão
de patches
Norma Internacional para recursos de segurança cibernética
IEEE 1686 Internacional
em IED de subestação
IEC 62351 Internacional Dados e protocolo de comunicação de sistemas de energia
Estrutura para a proteção dos Ativos Cibernéticos críticos da
ISO/IEC 27002 Internacional
rede elétrica
NIST SP800-53 (Instituto Nacional de Normas e Estrutura completa para SCADA SP800-82 e segurança
EUA
Tecnologia) cibernética de ICS
Diretrizes CPNI (Centro para a Proteção da Boas práticas, claras e valiosas, para segurança de Controlo de
PT
Infraestrutura Nacional) Processo e SCADA

3.1 CONFORMIDADE NERC


A Corporação para a Confiabilidade Elétrica da América do Norte (NERC) criou um conjunto de normas para a
proteção de infraestrutura crítica. São conhecidas como as normas CIP (Critical Infrastructure Protection). Foram
criadas para garantir a proteção de Ativos Cibernéticos Críticos que controlam ou influenciam a confiabilidade dos
sistemas de produção e distribuição de eletricidade da América do Norte.
Estas normas têm sido obrigatórias nos EUA há vários anos. A auditoria de conformidade foi iniciada em junho de
2007, as concessionárias recebem multas extremamente pesadas pela falta de conformidade.

Normas CIP da NERC


Norma CIP Descrição
CIP-002-1 Ativos Cibernéticos Críticos Define e documenta os Ativos Críticos e os Ativos Cibernéticos Críticos
Define e documenta os Controlos de Gestão da Segurança necessários para proteger
CIP-003-1 Controlos de Gestão da Segurança
os Ativos Cibernéticos Críticos
Define e documenta o tratamento e formação de pessoal necessário para proteger
CIP-004-1 Pessoal e Formação
os Ativos Cibernéticos Críticos
Define e documenta os perímetros de segurança lógica onde os ativos cibernéticos
CIP-005-1 Segurança Eletrónica críticos residem. Define e documenta medidas para controlar os pontos de acesso e
monitorizar o acesso eletrónico
Define e documenta os Perímetros Físicos de Segurança nos quais se situam os Ativos
CIP-006-1 Segurança Física
Cibernéticos Críticos
Define e documenta procedimentos de teste dos sistemas, gestão de contas e
senhas, gestão de patch de segurança, vulnerabilidade do sistema, registos do
CIP-007-1 Gestão da Segurança dos Sistemas
sistema, controlo de alterações e configuração necessários para todos os Ativos
Cibernéticos Críticos
CIP-008-1 Relato de Incidentes e Planeamento de Define e documenta procedimentos necessários quando são identificados Incidentes
Resposta de Segurança Cibernética relativos a Ativos Cibernéticos Críticos
CIP-009-1 Planos de Recuperação Define e documenta planos de Recuperação para Ativos Cibernéticos Críticos

P14D-TM-PT-7 443
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

3.1.1 CIP 002


A CIP 002 preocupa-se com a identificação de:
● Ativos críticos, tais como linhas aéreas e transformadores
● Ativos Cibernéticos Críticos, tais como IEDs que usem protocolos roteáveis de comunicação fora ou dentro
de um Perímetro de Segurança Eletrónica, ou são acessíveis por linha dial-up

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Podemos ajudar as concessionárias de energia a criar este registo de ativos
Criar a lista de ativos automaticamente.
Podemos fornecer auditorias para listar os Ativos Cibernéticos

3.1.2 CIP 003


A CIP 003 requer a implementação de uma política de segurança cibernética, com uma documentação associada,
que demonstre o compromisso da administração e a capacidade de proteger os seus Ativos Cibernéticos Críticos.
A norma também requer práticas de controlo de alterações pela qual todas as alterações em componentes de
hardware e software relacionadas com a entidade ou fornecedores sejam documentadas e mantidas.

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Podemos ajudar as concessionárias de energia a ter controlo de acesso a seus ativos
críticos fornecendo um Controlo de acesso centralizado.
Criar uma política de Segurança Cibernética
Podemos ajudar o cliente com o controlo de alterações fornecendo uma seção na
documentação onde é descrito as alterações que afetam o hardware e o software.

3.1.3 CIP 004


A CIP 004 requer que o pessoal que tenha acesso cibernético autorizado ou acesso físico autorizado a Ativos
Cibernéticos Críticos (incluindo prestadores de serviços e fornecedores de manutenção) tenham um nível
adequado de formação.

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Providenciar formação adequada ao seu pessoal Podemos fornecer formação em segurança cibernética

3.1.4 CIP 005


A CIP 005 requer o estabelecimento de um Perímetro de Segurança Eletrónica (PSE), que proporciona:
● Desactivar as portas e serviços que não são necessários
● Monitorização permanente e acesso aos registos (24x7x365)
● Avaliações de vulnerabilidade (no mínimo anualmente)
● Documentação de Alterações na Rede

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Monitorizar o acesso ao PSE
Desactivar todas as portas não usadas no IED
Executar avaliações de vulnerabilidade
Monitorizar e registar todos os acessos ao IED
Documentar alterações na rede

444 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

3.1.5 CIP 006


A CIP 006 diz que devem ser implementados e documentados controlos de Segurança Física que forneçam
monitorização de perímetro e registo juntamente com controlos de acesso robustos. Todos os ativos cibernéticos
usados para Segurança Física são considerados críticos e devem ser tratados como tal:

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Fornecer controlos de segurança física e monitorização
de perímetro. A GE Energy Connections não pode fornecer ajuda adicional neste
Garantir que pessoas que tenham acesso a ativos aspecto.
cibernéticos críticos não tenham cadastro criminal.

3.1.6 CIP 007


A CIP 007 cobre os seguintes pontos:
● Procedimentos de testes
● Portas e serviços
● Gestão de patches de segurança
● Antivírus
● Gestão de contas
● Monitorização
● Deve ser realizada uma avaliação anual de vulnerabilidade

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Procedimentos de testes : podemos fornecer consultoria e ajudar nos
testes
Portas e serviços : os nossos dispositivos podem desactivar portas e
Fornecer uma equipa de resposta ao incidente e ter os serviços não usados
processos adequados implementados Gestão de patches de segurança : podemos fornecer assistência
Antivírus : podemos fornecer consultoria e assistência
Gestão de contas : podemos fornecer consultoria e assistência
Monitorização : o equipamento monitoriza e regista acessos

3.1.7 CIP 008


A CIP 008 requer que seja desenvolvido um plano de resposta ao incidente, incluindo a definição de uma equipa
de resposta ao incidente, às suas responsabilidades e procedimentos associados.

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Fornecer uma equipa de resposta ao incidente e ter os A GE Energy Connections não pode fornecer ajuda adicional neste
processos adequados implementados. aspecto.

3.1.8 CIP 009


A CIP 009 diz que deve ser criado um plano de recuperação de desastres e testado com exercícios anuais.

Responsabilidades da concessionária de energia: Contribuição da GE Energy Connections:


Fornecer diretrizes sobre planos de recuperação e fazer backup/restaurar
Implementar um plano de recuperação
a documentação

P14D-TM-PT-7 445
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

3.2 IEEE 1686-2007


A IEEE 1686-2007 é uma norma do IEEE para recursos de segurança cibernética em IED de subestação. Propõe
mecanismos práticos e possíveis para atingir operações seguras.
As seguintes caracteristicas descritas neste padrão são aplicadas:
● As senhas têm 8 caracteres e podem conter maiúsculas, minúsculas, caracteres numéricos e especiais.
● As senhas nunca são exibidas ou transmitidas a um utilizador.
● As funções e características do IED são atribuídas a diferentes níveis de senha. A atribuição é fixa.
● A pista de auditoria é registada, listando eventos na ordem em que eles ocorrem, guardada em um buffer
circular.
● Os registos contêm todos os campos definidos pela norma e registam todos os tipos definidos de eventos
da função onde ela é suportada.
● Não existe nenhum mecanismo para desconsiderar a senha. No seu lugar está implementado um esquema
seguro de recuperação de senha.
● Portas não usadas (físicas e lógicas) podem ser desactivadas.

446 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

4 IMPLEMENTAÇÃO DA SEGURANÇA CIBERNÉTICA


Os IED da GE Energy Connections sempre foram e continuarão a ser equipados com medidas de segurança de
ponta. Por causa da tecnologia de comunicação sempre em evolução e das novas ameaças à segurança, este
requisito não é estático. As medidas de segurança para hardware e software são continuamente desenvolvidas e
implementadas para minimizar as ameaças e riscos associados.
Esta secção descreve a implementação actual de segurança cibernética. Isto é válido para o lançamento da
plataforma de software do qual este manual pertence. Esta implementação de segurança cibernética atual é
conhecida como Segurança Cibernética Fase 1.
Ao nível do IED foram implementadas as seguintes medidas de segurança cibernética:
● Display inicial compatível com a NERC
● Acesso em quatro níveis
● Maior segurança de senha
● Procedimento de recuperação de senha
● Desactivar as portas físicas e lógicas não usadas
● Temporizador de inatividade
● Gestão de eventos de segurança

Externamente aos IEDs foram implementadas as seguintes medidas de segurança cibernética:


● Antivírus
● Gestão de patches de segurança

4.1 DISPLAY COMPATÍVEL COM NERC


Para que o Dispositivo seja compatível com NERC, ele deve fornecer a opção de um display inicial compatível com
NERC. O display inicial que está implementado no conceito de segurança cibernética contém um aviso de que o
IED pode ser acedido por utilizadores autorizados. Se requerido pode alterar isto pelo Utiliz.Banner configuração
na coluna CONFIG SEGURANÇA.

ACESSO APENAS PARA


UTILIZADORES
AUTORIZADOS
HOTKEY

Se for tentado alterar o display inicial a partir do display compatível com NERC é exibida outra mensagem:

DISPLAY NÃO NERC


CONFORME OK?

O mapa de navegação do display inicial mostra como a compatibilidade com NERC é obtida com o conceito de
display inicial do produto.

P14D-TM-PT-7 447
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

Faixa em
conformidade com
a NERC

Aviso de conformidade Aviso de conformidade


com a NERC com a NERC

Medições do
Nível de acesso sistema de corrente

Medições do
Frequência do
sistema de tensão
sistema

Medições do
Ref. da planta sistema de potência

Descrição Data e horário

V00403

Figura 183: Navegação no display inicial

4.2 ACESSO EM QUATRO NÍVEIS


A estrutura do menu contém quatro níveis de acesso, três dos quais são protegidos por senha.

Níveis de senha
Nível Significado Operação de leitura Operação de escrita
Coluna de DADOS SISTEMA:
Descrição
Ref. Instalação
Num.Modelo
Num.Serie
Ref. SW
Nível Acesso Introdução de senha
Ler alguns
0 Disposit.Seguran Contraste LCD (apenas UI)
Escrever o mínimo
Coluna CONFIG SEGURANÇA:
Utiliz.Banner
Tentat.Restantes
Tmp.Bloq.Restant
Niv.Seg.Password
Código Segurança (apenas UI)

448 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

Nível Significado Operação de leitura Operação de escrita


Todos os itens são alteráveis no nível 0.
Todos os dados e parâmetros podem Definição de senha no nível 1
Ler todos
1 ser lidos. Extrair Registo de Osciloperturbografia
Escrever poucos
Consultar Medidas Selecionar Evento, Menu Principal e Falha (upload)
Extrair Eventos (p.ex., via MiCOM S1 Studio)
Todos os itens são alteráveis no nível 1.
Células de parâmetros que mudam a visibilidade (Visível/
Invisível).
Seletor de Valores de parâmetros (Primário/Secundário)
Todos os dados e parâmetros podem
Ler todos Comandos:
2 ser lidos.
Escrever alguns Reset Indicações
Consultar Medidas
Reset Procura
Reset Estatisticas
Reset Dados Disjuntor / contadores
Definição de senha no nível 2
Todos os itens são alteráveis no nível 2.
Alterar todas as Células de parâmetros
Operações:
Extrair e fazer download do Arquivo de configuração.
Extrair e fazer download do PSL
Extrair e fazer download do MCL61850 (CONFIG IEC61850)
Extração automática do Gravador de Osciloperturbografia
Aceitar Evento Courier/Modbus (extração automática de
Todos os dados e parâmetros podem evento, p.ex., via A2R)
Ler todos
3 ser lidos. Comandos:
Escrever todos
Consultar Medidas Alterar definição do Grupo Activo
Fechar / Abrir DISJUNTOR
Alterar endereço do dispositivo de Comunicações
Definir Data e Hora
Trocar bancos MCL / Trocar Configurações Banco em UI
(IEC61850 CONFIG)
Activar / Desactivar portas do dispositivo (na coluna CONFIG
SEGURANÇA)
Definição de senha no nível 3

4.2.1 SENHAS EM BRANCO


Uma senha em branco é efetivamente uma senha de comprimento zero. É inserido através do painel frontal,
confirmando a introdução da senha, sem realmente introduzir quaisquer caracteres da senha. Através de uma
porta de comunicação os protocolos Courier e Modbus possuem meios para introduzir uma senha em branco no
IED. Uma senha em branco desativa a necessidade de uma senha no nível em que esta senha é aplicada.
Senhas em branco possuem um procedimento de validação ligeiramente diferente. Se uma senha em branco for
introduzida pelo painel frontal, o seguinte texto é exibido, após o qual o procedimento é o mesmo que já foi
descrito:

PASSWORD E/BRANC
CONFIRMA INTROD?

Senhas em branco não podem ser configuradas se a senha do nível inferior não for em branco.
Senhas em branco afetam o nível de retorno após término do tempo limite de inatividade ou saída do sistema.

P14D-TM-PT-7 449
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

O nível de retorno é o nível de senha adotado pelo IED após um período de inatividade ou após o utilizador sair do
sistema. Este será ou o nível da senha de maior nível que esteja em branco ou o nível 0 se nenhuma senha estiver
em branco.

4.2.2 REGRAS PARA SENHAS


● As senhas padrão são em branco para o nível 1 e AAAA para os níveis 2 e 3
● As senhas podem ter qualquer tamanho entre 0 e 8 caracteres
● As senhas podem ou não ser compatíveis com NERC
● As senhas podem conter qualquer caracter ASCII na gama compreendida entre o Código ASCII 33 (21 Hex)
e o código ASCII 122 (7A Hex) inclusive
● Apenas uma senha é necessária para todas as interfaces do IED

4.2.3 DDBS DE NÍVEL DE ACESSO


Além da existência da célula Nível Acesso na coluna DADOS SISTEMA (endereço 00D0), o nível corrente de
acesso de cada interface também está disponível para uso no Esquema de lógica programável (PSL) ao se fazer o
mapeamento para esses sinais do Barramento digital de dados (DDB):
● HMI Nível1 Acess
● HMI Nível2 Acess
● HMI Nível3 Acess
● PortaF Nív1Acess
● PortaF Nív2Acess
● PortaF Nív3Acess
● PortaT1Nív1Acess
● PortaT1Nív2Acess
● PortaT1Nív3Acess
● PortaT2Nív1Acess
● PortaT2Nív2Acess
● PortaT2Nív3Acess

Chave:
IHM = Interface Homem Máquina
FPort = Porta dianteira
RPrt = Porta traseira
Lvl = Nível

4.3 SEGURANÇA DE SENHA MELHORADA


A segurança cibernética requer senhas fortes e validação da compatibilidade com NERC.

4.3.1 FORTALECIMENTO DA SENHA


Senhas compatíveis com NERC possuem os seguintes requerimentos:
● Pelo menos um caracter alfabético maiúsculo
● Pelo menos um caracter alfabético minúsculo
● Pelo menos um caracter numérico
● Pelo menos um caracter especial (%, $...)
● Pelo menos 6 caracteres de comprimento

450 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

4.3.2 VALIDAÇÃO DA SENHA


O IED verifica a compatibilidade com NERC. Se a senha for introduzida através do painel frontal esta é
temporariamente visualizada no LCD.
Se a senha introduzida for compatível com NERC, o seguinte texto é exibido.

Conforme NERC
PASWORD GUARDADA

Se a senha introduzida não for compatível com NERC, o utilizador é solicitado a confirmar, neste caso a não
compatibilidade é registada.
Se a senha introduzida não for compatível com NERC, o seguinte texto é exibido:

CONFORMIDAD NERC
NAO HÁ CONFIRM?

Ao ser confirmada, a senha não compatível é armazenada e a seguinte mensagem de confirmação é exibida por
2 segundos.

N/NERC PASSWORD
GUARDADO OK

Se a ação for cancelada, a senha é rejeitada e a seguinte mensagem exibida por 2 segundos.

N/NERC PASSWORD
NÃO GUARDADO

Se a senha é introduzida através de uma porta de comunicação usando Courier ou protocolos Modbus, o
dispositivo irá armazenar a senha, independentemente de ser compatível NERC ou não. De seguida, usa códigos
de resposta adequados para informar o cliente do estado compatível NERC. Pode optar por escolher uma nova
senha compatível com NERC ou aceitar a senha não compatível com NERC introduzida.

4.3.3 BLOQUEIO DE SENHA


O utilizador fica bloqueado temporariamente após um número definido de tentativas erradas de introduzir a
senha. Cada tentativa de introdução de senha inválida decrementa de 1 a célula de dados Tentat.Restantes.
Quando o número máximo de tentativas for alcançado o acesso é bloqueado. Se o temporizador de tentativas
expirar, ou a senha correta for introduzida antes que o contador de tentativas atinja o número máximo, o contador
de tentativas é reiniciado em 0.
Uma tentativa só é contada se a senha introduzida usar apenas caracteres na gama válida e a senha não estiver
correta (não combina com a senha correspondente no IED). Qualquer tentativa onde um ou mais caracteres da
senha introduzida não estiverem na gama válida não será contada.
Assim que a introdução de senha for bloqueada, um temporizador de bloqueio é iniciado. As tentativas de aceder
ao interface enquanto o temporizador de bloqueio estiver ativo resulta numa mensagem de erro,
independentemente se a senha introduzida for correta ou não. Quando o temporizador de bloqueio expirar, o
acesso ao interface é desbloqueado e o contador de tentativas é reiniciado a zero.

P14D-TM-PT-7 451
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

Se tentar introduzir uma senha enquanto o interface estiver bloqueado, a seguinte messagem será apresentada
durante 2 segundos.

NAO ACEITE
ENTRADA BLOQUEAD

Uma resposta similar ocorre se tentar introduzir a senha através de uma porta de comunicação.
Os parametros podem ser configurados usando os campos Conta Tentativas, Tempo Tentativas e Tempo
Bloqueio na coluna CONFIG SISTEMA.

Configuração de bloqueio de senha


Célula
Configuração Unidades Definição padrão Definições disponíveis
col lin
Limite Tentativas 25 02 3 de 0 a 3 em passos de 1
Tempo Tentativas 25 03 Minutos 2 de 1 a 3 em passos de 1
Tempo Bloqueio 25 04 Minutos 5 de 1 a 30 em passos de 1

4.4 RECUPERAÇÃO DE SENHA


Se perder a senha do dispositivo, esta pode ser recuperada. Para obter a senha de recuperação deve contactar o
Contact Centre e fornecer o Número de Série e respectivo Código de Segurança. O Contact Centre usará estes
dados para gerar a Senha de Recuperação.
O código de segurança é uma sequência de 16 caracteres maiúsculos. É um parâmetro só de leitura. O Dispositivo
gera o seu próprio código de segurança aleatoriamente. Um novo código é gerado nas seguintes condições:
● Ao ser ligado
● Sempre que as configurações são definidas de volta às iniciais
● Quando expira o temporizador de validade (ver abaixo)
● Quando a senha de recuperação é introduzida

Assim que o código de segurança é exibido no LCD inicia-se um temporizador de validade. Este temporizador de
validade está definido para 72 horas e não é configurável. Isto permite tempo suficiente para o centro de
atendimento gerar manualmente e enviar uma senha de recuperação. O Acordo de Nível de Serviço (ANS) para
geração da senha de recuperação é de um dia útil, assim 72 horas é tempo suficiente, mesmo considerando o
fecho do centro de atendimento nos fins de semana e feriados.
Para evitar leitura acidental do código de segurança do IED a célula inicialmente exibirá uma mensagem de
alerta:

PULSE ENTER PARA


LER COD. SECRETO

O código de segurança é exibido por confirmação. O temporizador de validação é então iniciado. O código de
segurança só pode ser lido pelo painel frontal.

4.4.1 RECUPERAÇÃO DE SENHA


A senha de recuperação é destinada apenas à recuperação. Não é uma senha de substituição que possa ser
usada continuamente. Pode ser usada apenas uma vez, para recuperação da senha.

452 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

A entrada da senha de recuperação faz com que o IED reinicie todas as senhas para as padrão. Isto é tudo o que
foi projetado fazer. Após as senhas tenham sido revertidas para as padrão, é função do utilizador introduzir
senhas novas. Cada senha deve ser apropriada à sua função, garantindo compatibilidade NERC se requerido.
Com esta ação a seguinte mensagem é exibida:

COM PASSWORD
AJUST.P/Falha

A senha de recuperação pode ser aplicada através de qualquer interface, local ou remoto. Alcançará o mesmo
resultado independentemente do interface onde foi aplicada.

4.4.2 SENHA CRIPTOGRAFADA


O IED suporta criptografia de senhas entradas remotamente. A chave criptográfica pode ser lida através do IED
por uma célula específica disponível apenas através das interfaces de comunicação, não no painel frontal. Cada
vez que a chave é lida o IED gera uma nova chave que é válida apenas para a próxima escrita de criptografia de
senha. Uma vez usada, a chave fica inválida e uma nova chave deve ser lida para a nova escrita de senha
criptografada. O mecanismo de criptografia é transparente para o utilizador.

4.5 DESACTIVANDO PORTAS FÍSICAS


É possível desactivar portas físicas não utilizadas. É necessário uma senha de nível 3 para executar esta ação.
Para evitar desactivar uma porta por acidente, uma mensagem de alerta é exibida de acordo com a porta que
está a ser desactivada. Por exemplo, se a porta traseira 1 deve ser desactivada, aparece a seguinte mensagem:

PORTA TRASEIRA 1 A
SER
DESACT.CONFIRMA

As seguintes portas podem ser desactivadas, dependendo do modelo.


● Porta Frontal (campo Porta Frontal)
● Porta Traseira 1 (campo Porta Traseira 1)
● Porta Traseira 2 (campo Porta Traseira 2)
● Porta Ethernet (campo Ethernet)

Nota:
Não é possível desactivar a porta que está a ser usada para executar o comando de desactivação.

Nota:
Normalmente não aconselhamos desactivar a porta Ethernet fisica.

4.6 DESACTIVANDO PORTAS LÓGICAS


É possível desactivar portas lógicas não utilizadas. É necessário uma senha de nível 3 para executar esta ação.

P14D-TM-PT-7 453
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

Nota:
As células de configuração de desactivação de porta não são fornecidas no ficheiro de configurações. Só é possível efectuar
isto usando o painel frontal do HMI.

Os protocolos seguintes podem ser desactivados.


● IEC 61850 (campo IEC61850)
● DNP3 Por Ethernet (campo DNP3 PE)
● Courier Tunnelling (campo Courier Tunnel)

Nota:
Se quaisquer um destes protocolos são activados ou desactivados, a placa Ethernet será reiniciada

4.7 GESTÃO DE EVENTOS DE SEGURANÇA


Para implementar segurança cibernética compativel com NERC, uma gama de registos de Eventos necessitam ser
gerados. Estes problemas de registo como a introdução de uma senha não compatível NERC, ou a selecção de um
display padrão não compatível NERC.

Valores de eventos de segurança


Valor do Evento Display
ENTRADA UTILIZ.
NÍVEL DE SENHA DESBLOQUEADO
NO {int} NÍVEL {n}
SAÍDA UTILIZADOR
NÍVEL DE SENHA REINICIADO
NO {int} NÍVEL {n}
SENHA EM BRANCO
SENHA DEFINIDA EM BRANCO
POR {int} NÍVEL {p}
SENHA N/NERC
SENHA DEFINIDA NÃO CONFORME
POR {int} NÍVEL {p}
SENHA ALTERADA
SENHA MODIFICADA
POR {int} NÍVEL {p}
SENHA BLOQUEADA
INTRODUÇÃO DE SENHA BLOQUEADA
NA {int}
SENHA N/BLOQUEADA
INTRODUÇÃO DE SENHA DESBLOQUEADA
NA {int}
SENHA INT INVAL
SENHA INTRODUZIDA INVÁLIDA
NA {int}
SENHA EXPIRADA
SENHA EXPIRADA
NA {int}
S/A ENT.EM BRANCO
SENHA INTRODUZIDA ENQUANTO BLOQUEADA
NA {int}
RECUP.S/A INTROD
SENHA DE RECUPERAÇÃO INTRODUZIDA
NA {int}
IED COD.SEG.LIDO
CÓDIGO DE SEGURANÇA DO EID LIDO
NA {int}
TEMPORIZADOR DO CÓDIGO DE SEGURANÇA DO IED IED COD.SEG.EXP.
EXPIRADO -
PORTA DESACTIVA
PORTA DESACTIVA
POR ON {int} PORTA {prt}

454 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 18 - Segurança Cibernética

Valor do Evento Display


PORTA ACTIVA
PORTA ACTIVA
POR ON {int} PORTA {prt}
DEF. DISPLAY NÃO COMPATÍVEL COM NERC DEF.DISP.N/NERC
PSL PARAM.DESCAR
PARÂMETROS DO PSL DESCARREGADOS
POR {int} GRUPO {grp}
DNP PARAM.DESCAR
PARÂMETROS DNP DESCARREGADOS
POR {int}
DADOS RAS.DESCAR
DADOS DE RASTREIO DESCARREGADOS
POR {int}
IED CONFIG DESCAR
CONFIG IEC61850 DESCARREGADO
POR {int}
CURVA UTL.DESCAR
CURVAS DO UTILIZADOR DESCARREGADAS
POR {int} GRUPO {crv}
PSL CONFG DESCAR
CONFIG DO PSL DESCARREGADA
POR {int} GRUPO {grp}
PARAM. DESCAR
PARÂMETROS DESCARREGADOS
POR {int} GRUPO {grp}
PSL PARAM.CARREG
PARÂMETROS DO PSL CARREGADOS
POR {int} GRUPO {grp}
DNP PARAM.CARREG
PARÂMETROS DNP CARREGADOS
POR {int}
DADOS RAS.CARREG
DADOS RASTREIO CARREGADOS
POR {int}
IED CONFIG CARREG
CONFIG IEC61850 CARREGADA
POR {int}
CURVA UTL.CARREG
CURVAS DO UTILIZADOR CARREGADAS
POR {int} GRUPO {crv}
PSL CONF.CARREG.
CONFIG DO PSL CARREGADA
POR {int} GRUPO {grp}
PARAM.CARREGADOS
PARÂMETROS CARREGADOS
POR {int} GRUPO {grp}
Eventos Extraid.
OS EVENTOS FORAM EXTRAÍDOS
POR {int} {nov} EVNTOS
GRP ACTIVO ALT
GRUPO ATIVO ALTERADO
POR {int} GRUPO {grp}
C & S ALTERADOS
PARÂMETROS CS ALTERADOS
POR {int}
DR ALTERADOS
PARÂMETROS DR ALTERADOS
POR {int}
PARAM.ALTERADOS
GRUPO PARÂMETROS ALTERADO
POR {int} GRUPO {grp}
LIGAR ALIMENT.
LIGAR ALIMENT.
-
S/W DESCARREGADO
SOFTWARE DESCARREGADO
-

P14D-TM-PT-7 455
Capítulo 18 - Segurança Cibernética P14D

onde:
● int é a definição do interface (IU, PF, PT1, PT2, TNL, TCP)
● prt é o ID da porta (PF, PT1, PT2, TNL, DNP3, IEC, ETHR)
● grp é o número do grupo (1, 2, 3, 4)
● crv é o número do grupo de Curvas (1, 2, 3, 4)
● n é o novo nível de acesso (0, 1, 2, 3)
● p é o nível da senha(1, 2, 3)
● nov é o número de eventos (1 – nnn)

Cada novo evento tem um numero único incrementado. por isso eventos em falta aparececem como lacuna na
sequência. O identificador único faz parte do registo do evento que é lido ou carregado do IED.

Nota:
Não é possível eliminar Registos de Evento, Falha, Manutenção e Osciloperturbografia.

4.8 SAIR DO SISTEMA


Se estava a configurar o IED, deve fazer logout. Efectue isto no topo da árvore do menu. Quando estiver no nível
de Título de Coluna e pressionar o botão Cima, será solicitado a fazer logout com o seguinte display:

DESEJA FAZER
LOGOUT?

Será questionado se o seu nível de senha for maior que o nível de retorno.
Se confirmar, a seguinte mensagem será exibida por 2 segundos:

SAIDA
Nível Acesso #

Onde x é o nível de retorno atual.


Se decidir não sair, a seguinte mensagem será exibida por 2 segundos.

SAIDA CANCELADA
Nível Acesso #

onde # é o nível de acesso atual.

456 P14D-TM-PT-7
INSTALAÇÃO

CAPÍTULO 19
Capítulo 19 - Instalação P14D

458 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo fornece informações sobre a instalação do produto.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 459
Manuseio dos produtos 460
Montagem do dispositivo 461
Cabos e conectores 468
Dimensões da caixa 472

P14D-TM-PT-7 459
Capítulo 19 - Instalação P14D

2 MANUSEIO DOS PRODUTOS


Os nossos produtos são robustos, mas requerem um tratamento cuidadoso antes de serem instalados no local.
Esta seção discute os requisitos de recepção e desembalagem dos equipamentos, bem como as considerações
necessárias sobre os cuidados a ter com o produto e a sua segurança pessoal.

Cuidado:
Antes de levantar ou mover os equipamentos, você deve estar familiarizado com o
capítulo sobre Informações de Segurança deste manual.

2.1 RECEPÇÃO DOS PRODUTOS


Ao fazer a recepção, certifique-se que foi entregue o produto correto. Desembale o produto imediatamente, para
ter certeza de que não ocorreram danos externos durante o transporte. Se o produto foi danificado, faça uma
reclamação com a transportadora e notifique-nos imediatamente.
Para produtos cuja instalação não é imediata, volte novamente a embalá-los em suas embalagens originais.

2.2 DESEMBALAGEM DOS PRODUTOS


Ao desembalar e instalar os produtos, tome cuidado para não danificar nenhuma das peças e garanta que
componentes adicionais não sejam esquecidos na embalagem ou perdidos. Não descarte nenhum CD-ROM ou a
documentação técnica. Estes devem acompanhar as unidades até à subestação de destino e ser colocados num
local dedicado.
O local deve ser bem iluminado para auxiliar na inspeção, deve ser limpo, seco e razoavelmente livre de poeira e
vibração excessiva. Isto aplica-se particularmente em locais onde a instalação esteja sendo construída em
paralelo com a instalação do equipamento.

2.3 ARMAZENAGEM DOS PRODUTOS


Se a unidade não for instalada imediatamente, armazene-a num local livre de poeira e umidade, na sua
embalagem original. Mantenha na embalagem todos os sacos desumidificadores. Os cristais desumidificadores
perdem a eficiência se forem expostos às condições ambientes. Recupere os cristais antes de recolocá-los na
embalagem. A recuperação deve ser feita idealmente em um forno com ventilação e recirculação a
aproximadamente 115 ºC. Os sacos devem ser colocados em prateleiras planas e espaçados, para permitir a
circulação entre eles. O tempo de recuperação dependerá do tamanho do saco. Se não houver um forno com
ventilação e recirculação disponível, use um forno comum e abra a porta em intervalos regulares para deixar sair
o vapor libertado pela sílica gel.
Na próxima vez que desembalar o equipamento, garanta que nenhuma poeira depositada sobre a caixa caia no
equipamento. Evite armazenar em locais de elevada umidade. Em locais muito úmidos a embalagem pode ficar
contaminada pela umidade e os cristais desumidificadores perderão a eficiência.
O dispositivo pode ser armazenado entre –25º e +70ºC, por períodos ilimitados, ou entre -40°C e + 85°C, por até 96
horas (ver as especificações técnicas).

2.4 DESMONTAGEM DOS PRODUTOS


Caso precise desmontar o dispositivo, observe sempre as precauções padrão ESD (descarga eletroestática) As
precauções mínimas a serem seguidas são:
● Usar uma pulseira antiestática ligada a um ponto de aterramento adequado.
● Evitar tocar nos componentes eletrônicos e nas placas de circuito impresso.

460 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

3 MONTAGEM DO DISPOSITIVO
Os produtos estão disponíveis nas seguintes formas
● Para montagem embutida em painel ou bastidor
● Para substituição de modelos da série K
● Apenas software (para atualizações)

3.1 MONTAGEM EMBUTIDA EM PAINEL


Os dispositivos de montagem em painel são montados embutidos usando parafusos auto-roscantes SEMS Taptite
M4, com arruelas cativas de 3 mm de espessura (também conhecidos como unidade SEMS).

Cuidado:
Não use parafusos auto-roscantes convencionais, porque eles possuem cabeças
maiores e poderiam danificar a face frontal.

Alternativamente, pode-se usar furos roscados se o painel tiver uma espessura mínima de 2,5 mm.
Para aplicações em que o produto precise ser montado com projeção ou semi-projetado, estão disponíveis vários
suportes.
Se vários produtos forem montados em um mesmo bastidor do painel, agrupe-os mecanicamente na horizontal
ou vertical, em conjuntos rígidos, antes da instalação no painel.

Cuidado:
Não fixe os produtos com rebites pop, porque isto torna difícil a remoção em caso de
ser necessário reparar.

Se o produto for montado num painel que atenda a BS EN60529 IP52, coloque uma tira metálica de selagem entre
produtos adjacentes (código GN2044 001) e coloque um anel de selagem em torno de todo o conjunto, de acordo
com a seguinte tabela.

Largura Anel de selagem para fileira simples Anel de selagem para fileira dupla

10TE GJ9018 002 GJ9018 018

15TE GJ9018 003 GJ9018 019

20TE GJ9018 004 GJ9018 020

25TE GJ9018 005 GJ9018 021

P14D-TM-PT-7 461
Capítulo 19 - Instalação P14D

Largura Anel de selagem para fileira simples Anel de selagem para fileira dupla

30TE GJ9018 006 GJ9018 022

35TE GJ9018 007 GJ9018 023

40TE GJ9018 008 GJ9018 024

45TE GJ9018 009 GJ9018 025

50TE GJ9018 010 GJ9018 026

55TE GJ9018 011 GJ9018 027

60TE GJ9018 012 GJ9018 028

65TE GJ9018 013 GJ9018 029

70TE GJ9018 014 GJ9018 030

75TE GJ9018 015 GJ9018 031

80TE GJ9018 016 GJ9018 032

3.1.1 MONTAGEM EM BASTIDOR


As variantes para montagem em painel também podem ser montadas em bastidor usando sub-bastidor de fileira
simples (nosso código de peça FX0021 101), como mostrado na figura abaixo. Estes sub-bastidores são projetados
com dimensões que atendem a IEC 60297 e são fornecidos montados, prontos para uso. Num bastidor padrão de
483 mm (19 pol.) são possíveis combinações de larguras de caixa até um tamanho total equivalente de 80TE,
montadas lado a lado.
Os dois trilhos horizontais do sub-bastidor possuem furos espaçados a intervalos de aproximadamente 26 mm.
Fixe os produtos pelas flanges de montagem usando parafusos auto-roscantes Taptite M4 com arruelas cativas
de 3 mm de espessura (também conhecidos como unidades SEMS).

462 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

Cuidado:
Risco de danos à moldura da tampa frontal. Não use parafusos auto-roscantes
convencionais, incluindo aqueles fornecidos para montagem de produtos MiDOS,
porque eles possuem cabeças ligeiramente maiores.

Assim que a fileira está completa, os sub-bastidores são presos nos bastidores usando flanges de montagem em
cada extremidade da fileira.

Figura 184: Montagem dos produtos em bastidor


Os produtos podem ser agrupados mecanicamente em fileira simples (4U) ou em combinações de múltiplas
fileiras usando sub-bastidores. Isto permite que esquemas que usem produtos de diferentes linhas sejam pré-
cablados juntos, antes da montagem.
Use placas de acabamento para fechar todos os espaços vazios. Os espaços podem ser usados para instalar
futuros produtos, ou porque o tamanho total é menor do que 80TE em uma fileira qualquer. As placas de
acabamento também podem ser usadas para montar componentes auxiliares. Os códigos das peças são os
seguintes:

Soma do tamanho das caixas Código de peça da placa de acabamento

5TE GJ2028 101

10TE GJ2028 102

15TE GJ2028 103

P14D-TM-PT-7 463
Capítulo 19 - Instalação P14D

Soma do tamanho das caixas Código de peça da placa de acabamento

20TE GJ2028 104

25TE GJ2028 105

30TE GJ2028 106

35TE GJ2028 107

40TE GJ2028 108

3.2 SUBSTITUIÇÃO DE MODELOS DA SÉRIE K


Uma das principais vantagens da plataforma P14D é sua compatibilidade retroativa com os produtos da série K.
Os produtos P14D foram desenhados de forma que a caixa e o leiaute das configurações de terminais do painel
traseiro são idênticos aos dos predecessores da série K e podem ser trocados sem o trabalho costumeiro
associado à troca e repasse de fiação em dispositivos. Isto permite a atualização fácil do sistema de proteção
com um impacto mínimo e um tempo de parada mínimo do alimentador. A equivalência entre os modelos é a
seguinte:
Largura da caixa
Largura da caixa (mm) Série K equivalente Produtos
(TE)
20TE 102,4 mm (4 pol.) KCGG140/142 P14N
30TE 154,2 mm (6 pol.) KCEG140/142 P14D

Os produtos da antiga série K podem ser removidos retirando-se a armação da caixa. A nova armação Agile P40
poderá, então, ser inserida na caixa antiga como mostrado abaixo:

464 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

Figura 185: Inserindo a unidade na caixa


Tanto os produtos da série K como os Agile P40 estão equipados com conexões para curto-circuito de TCs.
Dependendo do modelo, seu dispositivo pode ou não estar equipado com TCs. Se houver TCs, contatos acionados
por mola (ver abaixo) garantem que os terminais aos quais os TCs se conectam entrem em curto, antes que os
contatos dos TI sejam desfeitos durante a retirada da armação da caixa. Isto garante que não haja nenhuma
tensão entre os dois terminais quando se desfazem as conexões do TC.
Se não houver TCs, os terminais para TC ficam em curto interno permanentemente.

E01407

Figura 186: Contatos acionados por mola para curto-circuito de TCs

P14D-TM-PT-7 465
Capítulo 19 - Instalação P14D

Antes de remover a unidade é importante:


● Verificar a existência de danos na caixa atual
● Verificar se a fiação está em boas condições, especialmente a ligação ao terra
● Verificar a continuidade da ligação ao terra para a barra de terra do cubículo.

Se houver qualquer dúvida sobre a integridade de qualquer um destes aspectos, contate o seu representante
local.

Cuidado:
Após remover o produto da série K da sua caixa, coloque-o na caixa que veio com o
novo dispositivo, para guardar ou usar noutro local.

A diferença entre um dispositivo normal da série K e um de reposição é que este último possui conexões internas
entre os terminais 7 e 13 e os terminais 8 e 14. Isto é assim para que os equipamentos alimentados pela tensão de
campo da série K ligada aos terminais 7 e 8 continuem a ser alimentados indiretamente através dos terminais 13
e 14, quando houver substituição pelos produtos Agile P40.
Um dispositivo da série K fornece uma tensão de campo de 48 V CC entre os terminais 7 e 8. Esta tensão de
campo é destinada a alimentar equipamentos auxiliares tais como entradas com isolamento óptico. Os
dispositivos Agile P40 NÃO fornecem esta tensão de campo. Por este motivo, os dispositivos Agile P40 aplicados
em retrofit possuem derivações internas entre os terminais 7 e 13 e os terminais 8 e 14. A intenção disto é
fornecer a tensão auxiliar de alimentação aos terminais 7 e 8 no lugar da tensão de campo.

Cuidado:
A tensão nos terminais 7 e 8 é um espelho da tensão auxiliar de alimentação. Se a
tensão auxiliar de alimentação nos terminais 13 e 14 não for 48 V CC, então a tensão
nos terminais 7 e 8 também não será 48 V CC.

Cuidado:
Ao substituir um dispositivo da série K, garanta que a carga nos terminais 7 e 8 esteja
limitada a um máximo de 5 A. Existe um cabo de curto-circuito, com um fusível
cerâmico de 5A, instalado internamente.

3.2.1 CONVENÇÕES
Os produtos Agile P40 possuem convenções diferentes dos produtos da série K, no que se refere à numeração de
alguns componentes de hardware. É muito importante estar ciente disto. Esta é apenas uma questão de
convenção e não afeta a compatibilidade dos terminais.
A equivalência é a seguinte:
Componente Produtos Agile P40 Produtos da série K
Relé de saída RL1 RL0
Relé de saída RL2 RL1
Relé de saída RL3 RL2
Relé de saída RL4 RL3
Relé de saída RL5 RL4
Relé de saída RL6 RL5
Relé de saída RL7 RL6

466 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

Componente Produtos Agile P40 Produtos da série K


Relé de saída RL8 RL7
Entrada c/ isol. óptico L1 L0
Entrada c/ isol. óptico L2 L1
Entrada c/ isol. óptico L3 L2
Entrada c/ isol. óptico L4 L3
Entrada c/ isol. óptico L5 L4
Entrada c/ isol. óptico L6 L5
Entrada c/ isol. óptico L7 L6
Entrada c/ isol. óptico L8 L7

3.3 APENAS SOFTWARE


É possível atualizar um dispositivo existente adquirindo apenas o software (desde que o dispositivo já esteja
equipado com o hardware requerido).
Existem duas opções para alteração exclusiva do software:
● O dispositivo é enviado para a fábrica da Alstom para atualização.
● O software é enviado para ser atualizado pelo usuário. Contate seu representante local, se desejar
contratar os serviços de um engenheiro de comissionamento para auxiliar na atualização do dispositivo.

Nota:
Os produtos de software são licenciados para uso em
dispositivos com números de série específicos.

Cuidado:
Não tente atualizar um dispositivo existente, se o software não houver sido licenciado
para este dispositivo específico.

P14D-TM-PT-7 467
Capítulo 19 - Instalação P14D

4 CABOS E CONECTORES
Esta seção descreve os tipos de cabos e conexões que devem ser usados quando se instala o dispositivo. Para
detalhes dos contatos, consulte o capítulo sobre Projeto de hardware, ou os diagramas de fiação.

Cuidado:
Antes de realizar qualquer trabalho no equipamento, o usuário deve estar familiarizado
com a seção Segurança e com os valores nominais apresentados na etiqueta do
equipamento.

4.1 BLOCOS DE TERMINAIS


O dispositivo usa blocos de terminais MiDOS, como mostrado a seguir.

Figura 187: Bloco de terminais MiDOS


O bloco de terminais MiDOS consiste em até 28 terminais com parafusos M4 x 28. Os fios devem ter terminais de
olhal de 90º e não devem ser usados mais do que dois terminais por contato. Os produtos são fornecidos com
uma quantidade suficiente de parafusos M4.
Estão disponíveis terminais em olhal M4 com 90º para crimpagem em três tamanhos diferentes, dependendo da
seção do condutor. Cada tipo está disponível em sacos com 100 unidades.
Código da peça Seção do condutor Cor do isolamento
ZB9124 901 0,25 - 1,65 mm2 (22 – 16 AWG) Vermelho
ZB9124 900 1,04 - 2,63 mm2 (16 – 14 AWG) Azul

4.2 CONEXÕES DE ALIMENTAÇÃO


Elas devem ser cabladas com fio flexível de cobre isolado com PVC de 1,5 mm, com terminais em olhal M4.

468 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

O fio deve ter tensão mínima nominal de 300 V RMS.

Cuidado:
Proteja a tensão auxiliar de alimentação com um fusível NIT ou TIA de grande
capacidade de corte (HRC) de 16 A.

4.3 CONEXÃO TERRA


Todo dispositivo deve ser conectado ao barramento terra do cubículo usando o terminal de terra M4.

Use um fio de pelo menos 2,5 mm2 terminado com um terminal em olhal.

Devido às limitações físicas do terminal em olhal, a seção máxima do condutor que pode ser usado é de 6,0 mm2
com terminais em olhal que não sejam pré-isolados. Caso sejam usados terminais em olhal pré-isolados, a seção
máxima do condutor é reduzida para 2,63 mm2 por terminal em olhal. Se for necessária uma área de seção
transversal maior, use dois fios em paralelo, cada um terminado em um terminal em olhal separado.
O condutor deve ter classificação de tensão mínima de 300 V RMS.

Nota:
Para evitar qualquer possibilidade de reação eletrolítica entre condutores de latão ou cobre e o painel traseiro do produto,
devem ser tomadas precauções para isolá-los um do outro. Isto pode ser feito de várias maneiras, incluindo colocar uma
arruela niquelada ou isolante entre o condutor e a caixa do produto, ou usando terminais em olhal estanhados.

4.4 TRANSFORMADORES DE CORRENTE


Os transformadores de corrente geralmente são cablados com fio flexível de múltiplas pernas, com isolamento de
PVC de 2,5 mm2, terminado com terminais em olhal M4.

Devido às limitações físicas do terminal em olhal, a seção máxima do condutor que pode ser usado é de 6,0 mm2
com terminais em olhal que não sejam pré-isolados. Caso sejam usados terminais em olhal pré-isolados, a seção
máxima do condutor é reduzida para 2,63 mm2 por terminal em olhal. Se for necessária uma área de seção
transversal maior, use dois fios em paralelo, cada um terminado em um terminal em olhal separado.
O condutor deve ter classificação de tensão mínima de 300 V RMS.

Cuidado:
Os circuitos de transformadores de corrente não podem nunca ter fusíveis.

Nota:
Se houver TCs, os contatos acionados por mola garantem que os terminais aos quais os TCs se encontram conetados entrem
em curto-circuito, antes que os contatos dos TCs sejam desfeitos.

Nota:
Nos secundários dos TCs de 5A, recomenda-se usar fio de cobre de múltiplas pernas de 2 x 2,5 mm2, com isolamento de PVC.

4.5 CONEXÕES DOS TRANSFORMADORES DE TENSÃO


Os transformadores de tensão devem ser cablados com fio condutor flexível de cobre isolado com PVC de
2,5 mm2 e terminado com terminais em olhal M4.

P14D-TM-PT-7 469
Capítulo 19 - Instalação P14D

O condutor deve ter classificação de tensão mínima de 300 V RMS.

4.6 CONEXÕES DE WATCHDOG


Elas devem ser cabladas com fio flexível de cobre isolado com PVC de 1 mm, com terminais em olhal M4.
O condutor deve ter classificação de tensão mínima de 300 V RMS.

4.7 CONEXÕES K-BUS E EIA(RS)485


Para conectar as portas EIA(RS485) / K-Bus use cabo blindado com dois condutores de comprimento máximo de
1000 m, ou capacitância total do cabo de 200 nF.
Uma especificação típica para este cabo seria:
● Cada núcleo: 16/0,2 mm2 condutores de cobre com isolamento em PVC
● Área nominal do condutor: 0,5 mm2 por condutor
● Blindagem: Malha completa, blindagem em PVC

Para garantir o desempenho segundo as especificações, deve-se assegurar a continuidade da blindagem, quando
se fazem ligações em série. O dispositivo é fornecido com uma interligação de terra (código de peça ZA0005092)
consistindo em um contato de terra com um parafuso auto-roscante para facilitar esta função.
O contato de terra é preso ao bloco Midos bem abaixo do terminal número 56, como mostrado:

E01402

Figura 188: Conexão do terra à blindagem do cabo


Não existe conexão elétrica da blindagem do cabo ao dispositivo. O contato é fornecido meramente para
interligar as duas blindagens de cabo.

4.8 CONEXÃO IRIG-B


A entrada IRIG-B opcional usa os mesmos terminais que a porta RP1 EIA(RS)485. Fica claro, portanto, que a
comunicação RS485 e a entrada IRIG-B são mutuamente exclusivas.
Uma especificação típica para este cabo seria:
● Cada núcleo: 16/0,2 mm2 condutores de cobre com isolamento em PVC
● Área nominal do condutor: 0,5 mm2 por condutor
● Blindagem: Malha completa, blindagem em PVC

470 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

4.9 CONEXÕES DE ENTRADAS C/ ISOL. ÓPTICO


Devem ser cabladas com fio flexível de cobre isolado com PVC de 1 mm2, terminado com terminais em olhal M4.
Cada entrada c/ isolamento óptico possui um filtro selecionável predefinido de ½ ciclo. Isto torna a entrada imune
a ruído induzido na fiação. Isto pode, entretanto, tornar a resposta lenta. Se for preciso desligar o filtro de 1/2 ciclo,
use a ligação em dois polos na entrada, ou cabo trançado blindado no circuito de entrada.

Cuidado:
Proteja as entradas c/ isolamento óptico e sua fiação com um fusível tipo NIT de
grande capacidade de corte (HRC), com corrente máxima de 16 A. Ou fusível TIA

4.10 CONEXÕES DE RELÉ DE SAÍDA


Elas devem ser cabladas com fio flexível de cobre isolado com PVC de 1 mm com terminais em olhal M4.

4.11 CONEXÕES ETHERNET METÁLICAS


Se o dispositivo tiver uma conexão Ethernet metálica, ele pode ser conectado a um hub Ethernet 10Base-T ou
100Base-TX. Devido à sensibilidade a ruído, recomendamos este tipo de ligação apenas para curtas distâncias,
idealmente onde os produtos e hubs estejam no mesmo bastidor. Para maior imunidade a ruído, podem ser
usados cabos e conectores CAT 6 (categoria 6) STP (par trançado blindado).
O conector da porta Ethernet é um RJ-45 blindado. A ordem dos pinos é a seguinte:
Pino Nome do sinal Definição do sinal
1 TXP Transmissão (positivo)
2 TXN Transmissão (negativo)
3 RXP Recepção (positivo)
4 - Não usado
5 - Não usado
6 RXN Recepção (negativo)
7 - Não usado
8 - Não usado

4.12 CONEXÕES DE ETHERNET POR FIBRA


Recomendamos o uso de conexões de fibra óptica para ligações permanentes em subestações. A porta de fibra
óptica de 100 Mbps usa a norma 100BaseFx e conectores tipo LC. Elas são compatíveis com fibras multimodo de
50/125µm, ou 62,5/125 µm, no comprimento de onda de 1300 nm.

4.13 CONEXÃO USB


O IED possui um conector USB tipo B no painel frontal. Pode ser usado um cabo padrão de impressora USB (Tipo A
numa ponta, tipo B na outra) para conectar um PC local ao IED. Este cabo é o mesmo usado para conectar uma
impressora a um PC.

P14D-TM-PT-7 471
Capítulo 19 - Instalação P14D

5 DIMENSÕES DA CAIXA
99.0mm A = Furos de espaçamento
10.5mm 78.0mm B = Furos de montagem

A B B A

159.0mm 168.0mm

243.1mm

A B B A

23.5mm 52.0mm 8 furos 3.4mm

213.1mm

177.0mm

102.4mm
E01403

Figura 189: Dimensões da caixa 20TE

472 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 19 - Instalação

151,0 mm
10,75 129,5 mm A = Furo de espaçamento
B = Furo de montagem

A B B A

159,0 mm 168,0 mm

A B B A
242,7 mm
8 furos 3,4 mm
23,7 mm 103,6 mm

213,1 mm

177,0 mm

154,2 mm
E01404

Figura 190: Dimensões da caixa 30TE

P14D-TM-PT-7 473
Capítulo 19 - Instalação P14D

474 P14D-TM-PT-7
INSTRUÇÕES DE ENTRADA EM
FUNCIONAMENTO

CAPÍTULO 20
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

476 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 477
Orientações gerais 478
Menu de testes de entrada em funcionamento 479
Entrada em funcionamento do equipamento 482
Verificações de produto 483
Verificação de configuração 491
Verificações de temporização de segurança 493
Verificações sob carga 495
Verificações finais 497

P14D-TM-PT-7 477
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

2 ORIENTAÇÕES GERAIS
Os IEDs da GE Energy Connections são dispositivos com verificação automática e irão gerar um alarme na
eventualidade improvável de uma falha. Aí está porquê os testes de entrada em funcionamento são menos
extensos do que aqueles de dispositivos eletrônicos não-numéricos, ou relativos a relés eletromecânicos.
Para colocar os dispositivos em funcionamento, você (o engenheiro de comissionamento) não precisa testar cada
função. Você precisa apenas verificar se o hardware está funcionando corretamente e se as configurações
específicas da aplicação foram estabelecidas. Você pode verificar o estado das configurações através do software
aplicativo de configuração, ou através da interface no painel frontal (painel da IHM).
O idioma das telas é selecionável pelo usuário e, portanto, você poderá alterá-lo se isso for necessário para a
entrada em operação.

Nota:
Lembre-se de restaurar a configuração de idioma com a opção preferida pelo usuário, ao final.

Cuidado:
Antes de realizar qualquer trabalho no equipamento, você deve estar familiarizado
com o conteúdo da Seção de segurança, ou Guia de segurança SFTY/4LM, bem como
com os valores nominais que constam na etiqueta do equipamento.

Advertência:
Com exceção da verificação dos contatos de curto do TC, não desmonte nada mais
do dispositivo, durante a entrada em funcionamento.

478 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

3 MENU DE TESTES DE ENTRADA EM FUNCIONAMENTO


O IED fornece várias facilidades de teste sob o título de menu TESTES COMISSION. Existem células de menu que
permitem que você monitore o estado das entradas opto-acopladas, dos contatos de relés de saída, dos sinais de
Barramento digital de dados (DDB) e dos LEDs programáveis pelo usuário. Esta seção descreve esses recursos de
testes de entrada em funcionamento.

3.1 CÉLULA DE ESTADO OPTO E/O (ESTADO DAS ENTRADAS OPTO-ACOPLADAS)


Esta célula pode ser usada para monitorar o estado das entradas opto-acopladas enquanto estas são
energizadas sequencialmente com um tensão CC adequada. A célula é uma sequência binária que exibe o estado
das entradas opto-acopladas, onde '1' significa energizada e '0' desenergizada. Se você mover o cursor ao longo
dos números binários, o texto da etiqueta correspondente é exibido para cada entrada lógica.

3.2 CÉLULA DE ESTADO DE RELÉ S/O (ESTADO DE SAÍDA DE RELÉ)


Esta célula pode ser usada para monitorar o estado das saídas de relé. A célula é uma sequência binária que
exibe o estado das saídas de relé, onde '1' significa energizada e '0' desenergizada. Se você deslocar o cursor ao
longo dos números binários, o texto correspondente será exibido para cada saída de relé.
A célula indica o estado dos relés de saída quando o IED está em serviço. Você pode verificar a existência de
danos em relés comparando o estado dos contatos de saída com os respectivos bits associados.

Nota:
Quando a célula Modo Teste é colocada no valor Contatos Bloq., o estado de saída do relé indica que contatos iriam
operar se o IED estivesse em serviço. Ela não mostra o estado real dos relés de saída, pois estão bloqueados.

3.3 CÉLULA DE ESTADO DA PORTA DE TESTE


Esta célula exibe o estado dos sinais DDB que foram alocados às células Monitor Bit . Se você deslocar o cursor
ao longo dos números binários, a cadeia de caracteres do sinal DDB correspondente será exibida para cada bit de
monitor.
Ao se usar esta célula com configurações de bits de monitor adequados, o estado dos sinais DDB pode ser exibido
à medida que várias condições de operação ou sequências são aplicadas no IED. Isto permite que você teste o
Esquema de lógica programável (PSL).

3.4 MONITOR BIT 1 PARA 8 CÉLULAS


As oito células Monitor Bit permitem que você selecione oito sinais DDB que podem ser observados na célula de
estado da porta de teste.
Cada célula de Monitor Bit pode ser atribuída a um sinal DDB específico. Você o define introduzindo o número de
sinal DDB requerido a partir da lista de sinais DDB disponíveis.

3.5 CÉLULA DE MODO DE TESTE


Esta célula permite que você realize teste de injeção secundária. Também permite que você teste os contatos de
saída diretamente aplicando sinais de teste controlados por menu.
Para entrar em modo de teste, selecione a opção Modo Teste na célula Modo Teste. Isto tira o IED fora de
serviço provocando o registro de uma condição de alarme e o acendimento do LED Fora de serviço. Isto também
congela todas as informações armazenadas na coluna CONDIÇÃO DISJ.. Nas versões IEC 60870-5-103, isso altera
a Causa de transmissão (COT) para Modo Teste.

P14D-TM-PT-7 479
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

No modo de teste, os contatos de saída ainda são ativos. Para desabilitar os contatos de saída, você deverá
selecionar a opção Contatos Bloq..
Uma vez que os testes estejam completos, volte o dispositivo ao serviço alterando a célula Modo Teste de volta ao
valor Desabilitado.

Cuidado:
Quando a célula está em Modo Teste, o esquema de lógica ainda controla os relés de
saída, o que pode provocar o desarme de disjuntores. Para evitar isso, mude a célula
Modo Teste para Contatos Bloq..

Nota:
Os modos de Modo Teste e de Contatos Bloq. também podem ser selecionados energizando-se uma entrada opto-
acoplada mapeada para o sinal Modo Teste, e para o sinal Contatos Bloq., respectivamente.

3.6 CÉLULA DE PADRÃO DE TESTE


A célula Teste Padrão é usada para selecionar os contatos do relé de saída que serão testados, quando a célula
Contato Test recebe o valor Iniciar Teste. A célula possui uma cadeia binária onde cada bit corresponde a
um contato de saída configurável pelo usuário, que pode ser definido em '1' para operar a saída, ou '0' para não
operá-la.

3.7 CÉLULA DE TESTE DE CONTATO


Quando o comando Aplicar Teste desta célula é emitido, os contatos configurados para operação mudam
de estado. Uma vez que o teste tenha sido aplicado, o texto do comando no LCD mudará para Não Operação e os
contatos permanecerão em estado de teste até ao reinício, efetuado através de um comando Remove Test. O
texto de comando no LCD exibirá Não Operação após a emissão do comando Remove Test.

Nota:
Quando a célula Modo Teste recebe o valor Contatos Bloq., a célula Relé O/P Estad. não exibe o estado corrente dos
relés de saída e, portanto, não pode ser usada para confirmar a operação dos relés de saída. Portanto, será necessário
monitorar o estado de cada contato.

3.8 CÉLULA DE LEDS DE TESTE


Quando o comando Aplicar teste é emitido nesta célula, os LEDs programáveis se acendem por
aproximadamente 2 segundos, antes de se apagarem, e o texto do comando no LCD muda para Não Operação.

3.9 CÉLULA TESTE RELIGADOR


Onde o IED fornece uma função de religamento, esta célula ficará disponível para teste de sequência de desarme
de disjuntores e ciclos de fechamento automático.
O comando Teste 3 Polos faz com que o dispositivo efetue o primeiro ciclo de desarme de três fases/
religamento, de modo que os contatos de saída associados possam ser verificados com relação a operação nos
momentos corretos durante o ciclo. Uma vez que a saída de desarme tenha sido acionada, o texto do comando
mudará para Não Operação enquanto o resto do ciclo de fechamento automático é executado. Para testas os
ciclos de fechamento automático subsequentes, você repete o comando Teste 3 Polos.

480 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

Nota:
Os valores de configuração padrão do esquema de lógica programável possuem os sinais Teste Disp.Relig mapeados
aos sinais Entrada Disp.. Se o esquema de lógica programável houver sido alterado, é essencial que esses sinais
mantenham esse mapeamento para que o recurso de Teste Religador funcione.

3.10 CÉLULAS DE ESTADO DE LED VERMELHO E VERDE


Essas células contém sequências binárias que indicam quais dos LEDs vermelhos e verdes programáveis pelo
usuário são acesos quando são acessados a partir de um local remoto. Um '1' indica que um LED particular está
iluminado.

Nota:
Quando o estado de ambas as células LED Verm Estad. e LED Verde Estad. é ‘1’, isto indica que a iluminação dos LEDs é
amarela.

P14D-TM-PT-7 481
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

4 ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTO

4.1 RECOMMENDED COMMISSIONING EQUIPMENT


No mínimo, são necessários os seguintes equipamentos:
● Conjunto multifuncional de teste de injeção de tensão e corrente (onde aplicável).
● Multímetro com faixa CA adequada, e faixas de tensão CC de 0 a 440 V, e 0 a 250 V, respectivamente.
● Testador de continuidade
● Um computador pessoal portátil, instalado com o software apropriado

4.2 EQUIPAMENTO DE COMISSIONAMENTO ESSENCIAL


Como um mínimo absoluto, o seguinte equipamento é requerido:
● Fonte de corrente CA acoplada com uma fonte de tensão CA.
● Alimentação CC variável (0 a 250V)
● Multímetro capaz de medir tensão e corrente CC e CA (0 a 440V CA, 0 a 250V CC).
● Temporizador
● Comutadores de teste
● Terminais de teste elétrico apropriados
● Testador de continuidade

4.3 EQUIPAMENTO DE TESTE RECOMENDADO


O equipamento de teste recomendado pode ser requerido para procedimentos de comissionamento estendidos.
● Medidor garra de corrente
● Plugue de teste
○ P992 para bloco de teste do tipo P991
○ MMLB para bloco de teste do tipo blocos MMLG
● Testador de isolamento sem escovas ou eletrônico com saída CC não excedendo 500 V.
● Conversor de protocolo Barramento KITZ - K-Bus – EIA(RS) 232, para teste da porta de barramento
EIA(RS)485 K-Bus
● Conversor EIA(RS)485 para EIA(RS)232, para teste da porta EIA(RS)485 Courier/MODBUS/IEC60870-5-103/
DNP3
● Uma impressora portátil (para impressão de um registro de configuração a partir do PC) e dispositivo de
memória destacável e gravável.
● Medidor de ângulo de fase
● Medidor de rotação de fase
● Medidor de potência de fibra óptica
● Terminais de teste de fibra óptica (mínimo 2). Comprimento mínimo de 10m, multimodo 50/125 µm ou
62,5µm terminado com conectores BFOC (ST) 2.5 para teste da porta RP1 de fibra óptica.

482 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

5 VERIFICAÇÕES DE PRODUTO
Estas verificações de produto são concebidas para garantir que o dispositivo não foi danificado fisicamente antes
da entrada em operação, que está funcionando corretamente e que todas as medições de valores de entrada
estão dentro das tolerâncias especificadas.
Caso os valores específicos da aplicação tenham sido configurados no IED antes da entrada em operação, você
deve salvar uma cópia dos mesmos. Isto permitirá que você os restaure em uma data futura, se necessário. Isto
pode ser feito por:
● Obtenção de um arquivo de configuração do cliente.
● Extração dos valores de configuração do IED, usando um computador portátil com o software de
configuração apropriado.

Caso o cliente tenha alterado a senha que protege algumas configurações contra alterações não autorizadas,
antes dos testes, deve ser fornecida a senha atualizada ou a senha original restaurada.

Nota:
Caso a senha tenha sido perdida, pode ser obtida uma nova senha com a GE Energy Connections.

5.1 VERIFICAÇÕES DE PRODUTO COM O IED DESENERGIZADO.

Advertência:
O grupo de testes a seguir deve ser realizado sem a conexão da energia auxiliar no
IED, se aplicável, com o circuito de desarme isolado.

As conexões do transformador de tensão e corrente devem ser isoladas do IED para essas verificações. Se for
fornecido um bloco de teste P991, o isolamento necessário poderá ser obtido inserindo-se um plugue de teste do
tipo P992. Isto abre os circuitos de toda a fiação roteada através do bloco de teste.
Antes de se inserir o plugue de teste, você deve verificar o diagrama esquemático para garantir que isto não
provocará danos ou um risco de segurança (o bloco de teste pode, por exemplo, ser associado com circuitos de
proteção do transformador de corrente). Os soquetes no plugue de teste, que correspondem ao enrolamento
secundário do transformador, devem ser conectados antes que o plugue de teste seja inserido no bloco de teste.

Advertência:
Nunca abra o circuito do secundário de um transformador de corrente pois a alta
tensão produzida poderá ser letal e pode danificar o isolamento.

Se não for fornecido um bloco de teste, a alimentação do transformador de tensão ao IED deve ser isolada por
meio dos elos do painel ou de blocos de conexão. Os transformadores de corrente de linha devem ser curto-
circuitados e desconectados dos terminais do IED. Sempre que forem fornecidos para isolamento da alimentação
auxiliar e do circuito de desarme (por exemplo, elos de isolamento, fusíveis e MCB), estes devem ser usados. Caso
isto não seja possível, a fiação que vai até esses circuitos deve ser desconectada e os terminais expostos devem
ser terminados para evitar que se tornem um risco de segurança.

5.1.1 INSPEÇÃO VISUAL

Cuidado:
Verifique as informações de valores nominais que são fornecidas com o dispositivo.
Verifique se o IED sob teste é o tipo correto para a linha ou circuito em questão.

P14D-TM-PT-7 483
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

Examine cuidadosamente o IED para ver se não ocorreram danos físicos desde a instalação.
Assegure-se de que as conexões de aterramento da caixa (esquerda inferior, na traseira da caixa do IED) estão
sendo usadas para conectar o IED a uma barra de terra local, usando um condutor adequado.
Verifique se as chaves de curto-circuito do transformador de corrente em questão estão conectadas no circuito
correto. Assegure-se de que, durante a retirada, elas estão fechadas, usando um testador de continuidade. As
chaves de curto-circuito ficam entre os terminais 21 e 22, 23 e 24, 25 e 26, e 27 e 28.

5.1.2 ISOLAMENTO
Testes de resistência do isolamento só são necessários durante a entrada em funcionamento, se requerido
explicitamente.
Isole toda a fiação da terra e teste o isolamento com um testador de isolamento sem escovas, ou eletrônico, com
uma tensão CC que não exceda os 500 V. Os terminais dos mesmos circuitos devem ser conectados juntos
temporariamente.
A resistência de isolamento deve ser maior do que 100 MW a 500 V.
Ao término dos testes de resistência, assegure-se de que toda a fiação externa está conectada corretamente ao
IED.

5.1.3 FIAÇÃO EXTERNA

Cuidado:
Verifique se a fiação externa está correta de acordo com os IEDs relevantes e os
diagramas de esquema. Assegure que a rotação de fase aparece como esperado.

A alimentação de tensão CC auxiliar usa os terminais 13 (alimentação positiva) e 14 (alimentação negativa).


Diferentemente dos produtos da série k, a série P40Agile não oferece uma alimentação de tensão de campo. No
caso de aplicações de reformas da série K, onde é necessária compatibilidade pino a pino, os produtos P40 Agile
emulam o suprimento de tensão de campo, tendo elos internos entre os pinos 7 e 13, e os pinos 8 e 14,
respectivamente.

5.1.4 CONTATOS WATCHDOG


Usando um testador de continuidade, verifique se os contatos do watchdog estão nos seguintes estados:
Terminais Contato desenergizado
3-5 Fechado
4-6 Aberto

5.1.5 ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA


O IED aceita uma tensão nominal de 24 V CC a 250 V CC, ou uma tensão nominal CA de 110 V CA a 240 V CA, em
50 Hz ou 60 Hz. Garanta que a alimentação elétrica está dentro desta faixa de operação. A alimentação elétrica
deve fornecer 12 Watts ou mais.

Advertência:
Não energize o IED ou a unidade de interface usando o carregador de bateria com a
bateria desconectada, pois isto pode danificar de forma irreparável os circuitos de
alimentação elétrica.

484 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

Cuidado:
Energize o IED apenas se a alimentação auxiliar estiver dentro das faixas de
operação especificadas. Se for fornecido um bloco de teste, poderá ser necessário
fazer a conexão através da frente do plugue de teste, de modo a se conectar a
alimentação auxiliar ao IED.

5.2 VERIFICAÇÕES DE PRODUTO COM O IED ENERGIZADO

Advertência:
As conexões dos transformadores de tensão e corrente devem ficar isoladas do IED,
durante estas verificações. O circuito de desarme deve também permanecer isolado
para evitar a operação acidental do disjuntor associado.

O seguintes grupo de testes verifica se o hardware e software do IED estão funcionando corretamente e devem
ser realizados com a alimentação aplicada ao IED.

5.2.1 CONTATOS WATCHDOG


Usando um testador de continuidade, verifique se os contatos do watchdog estão nos seguintes estados:
Terminais Contato energizado
3-5 Aberto
4-6 Fechado

5.2.2 TESTE DO LCD


O Mostrador de Cristal Líquido (LCD) é concebido para operar em uma ampla gama de temperaturas de ambiente
de subestação. Por este motivo, os IEDs possuem uma configuração Contraste LCD. O contraste é pré-
configurado em fábrica, mas pode ser necessário ajustá-lo para que forneça a melhor exibição possível.
Para alterar o contraste, você pode aumentar ou reduzir a célula Contraste LCD na coluna CONFIGURAÇÃO.

Cuidado:
Antes de aplicar a configuração de contraste, certifique-se de que não tornará o
mostrador claro ou escuro demais, de modo que o menu se torne ilegível. É possível
restaurar a visibilidade de um mostrador descarregando-se o arquivo de
configuração, com o contraste LCD definido dentro da faixa típica de 7 a 11.

5.2.3 DATA E HORA


A data e hora são armazenadas em uma memória não volátil. Se os valores não estiverem corretos, ajuste-os
para que fiquem corretos. O método de ajuste dependerá do fato da precisão estar sendo mantida pela porta
IRIG-B ou pelo relógio interno do IED.
Quando se usa o IRIG-B para manter o relógio, o IED deve primeiro ser conectado ao equipamento GPS
(normalmente um P594), que deverá estar energizado e funcionando.
1. Mude a célula IRIG-B Sincron. na coluna DATA E HORA para o valor Ativo.
2. Assegure-se de que o IED está recebendo o sinal IRIG-B, conferindo de que a célula IRIG-B Estado possui o
valor Ativo.

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Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

3. Uma vez que o sinal IRIG-B esteja ativo, ajuste o deslocamento de horário do Horário coordenado universal
(Horário de relógio de satélite) no equipamento de relógio de satélite de forma a exibir o horário local.
4. Verifique se a hora, data e mês estão corretos na célula Data/Hora O sinal IRIG-B não contém o ano
corrente e, portanto, precisará ser definido manualmente nesta célula.
5. Reconecte o sinal IRIG-B.

Se a data e hora não estiverem sendo mantidas por um sinal IRIG-B, assegure-se de que a célula IRIG-B Sincron.,
na coluna DATA E HORA está com valor Desativa.
1. Defina a data e hora do horário local correto usando a célula Data/Hora ou através do protocolo serial.

5.2.4 TESTE LEDS


Na inicialização, todos os LEDs devem piscar em amarelo. Em seguida, o LED verde "Ok" deverá acender, indicando
que o dispositivo está pronto.
A memória não volátil do IED armazena os estados do alarme, o desarme e os indicadores LED programáveis pelo
usuário (se configurados para memorização). Esses indicadores também poderão acender quando se aplica a
energia auxiliar).
Caso algum desses LED esteja em ON, deve ser reiniciado antes de se prosseguir com mais testes. Se os LEDs
reiniciarem com sucesso (O LED se apaga), não será necessário mais nenhum teste desse LED, uma vez que
obviamente está funcionando.

5.2.5 TESTE DE LEDS "FORA DE SERVIÇO" E DE ALARME


Os LEDs "Fora de serviço" e de alarme podem ser testados através da coluna menu TESTES COMISSION.
1. Altere o valor da célula Modo Teste para Contatos Bloq..
2. Verifique se o LED "Fora de serviço" se acende continuamente e se o LED de alarme pisca.
Não é necessário voltar a célula Modo Teste para Desativado neste ponto, porque o modo teste será
necessário para testes posteriores.

5.2.6 TESTE DO LED DE DESARME


O LED de desarme pode ser testado efetuando-se um desarme manual de disjuntor. Apesar disso, o LED de
desarme irá operar durante as verificações de configuração efetuadas mais tarde. Portanto, não é necessário
teste posterior do LED de desarme, neste estágio.

5.2.7 TESTE DE LEDS PROGRAMÁVEIS PELO USUÁRIO


Para testar esses LEDs, mude o valor da célula Teste LEDs para Iniciar Teste. Verifique se todos os LEDs
programáveis pelo usuário acendem.

5.2.8 TESTA DAS ENTRADAS OPTO-ACOPLADAS


Este teste verifica se todas as entradas opto-acopladas do IED estão funcionando corretamente.
As entradas opto-acopladas devem ser energizadas uma por vez. Para os números terminais, consulte os
diagramas de conexão no capítulo "Diagramas de conexão". Assegurando a polaridade correta, conecte a tensão
de alimentação aos terminais apropriados para a entrada sob teste.
O estado de cada entrada opto-acoplada pode ser visualizado através da célula Estados Ent.Digi da coluna
DADOS SISTEMA, ou na célula Estados Ent.Digi, da coluna TESTES COMISSION.
Um '1' indica uma entrada energizada e um '0' indica uma entrada desenergizada. Quando cada entrada opto-
acoplada é energizada, um dos caracteres da linha inferior do mostrador exibe alterações que indicam o novo
estado da entrada.

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P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

5.2.9 TEST DE RELÉS DE SAÍDA


Este teste verifica se os relés de saída estão funcionando corretamente.
1. Assegure-de que o IED ainda está em modo de teste verificando o estado da célula Modo Teste, na coluna
TESTES COMISSION. Assegure-se de que ele tem o valor Contatos Bloq..
2. Os relés de saída devem ser energizados um por vez. Para selecionar o relé de saída 1 para teste, altere o
conteúdo da célula Teste Padrão para o valor apropriado.
3. Conecte o testador de continuidade nos terminais do relé de saída 1 correspondente, como mostrado no
diagrama de conexões externas.
4. Para acionar o relé de saída mude o valor da célula Contato Test para Iniciar Teste.
5. Verifique a operação com o testador de continuidade.
6. Meça a resistência dos contatos no estado fechado.
7. Rearme o relé de saída mudando o valor da célula Contato Test para Remove Test.
8. Repita o teste para os relés de saída restantes.
9. Retorne o IED a serviço mudando o valor da célula Modo Teste, no menu TESTES COMISSION, para
Desativado.

5.2.10 TESTE DA PORTA DE COMUNICAÇÃO SERIAL RP1


Este teste só precisa ser efetuado se o IED for ser acessado a partir de uma localização remota por meio de uma
conexão serial permanente via porta de comunicação. O escopo deste teste não inclui verificar a operação com o
equipamento conectado além de qualquer conversor de protocolo fornecido. Ele verifica a operação da porta de
comunicações traseira (e, se aplicável, o conversor de protocolo), e varia de acordo com o protocolo ajustado.

5.2.10.1 VERIFICAÇÃO DA CONECTIVIDADE FÍSICA


A porta de comunicação traseira RP1 é apresentada nos terminais 54 e 56. Um cabo de par trançado blindado é
usado para efetuar a conexão com a porta. A blindagem do cabo deve ser conectada ao elo terra, imediatamente
abaixo do pino 56.

E01402

Figura 191: Conexão física RP1.


Nas aplicações de barramento K, os pinos 54 e 56 não são sensíveis à polaridade e não importa de que modo os
fios são conectados. A EIA(RS)485 é sensível à polaridade e, portanto, você deve garantir que os fios são
conectados da forma correta (o pino 54 é positivo, o pino 56 é negativo).
Se o barramento K-Bus estiver sendo usado, um conversor de protocolo Kitz (KITZ101, KITZ102 OR KITZ201) terá
sido instalado para converter os sinais do barramento K-Bus em RS232. Do mesmo modo, se estiver sendo usada

P14D-TM-PT-7 487
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

RS485, terá sido instalado um conversor RS485-RS232. Neste caso em que um conversor de protocolo está sendo
usado, pode ser conectado um laptop com o software apropriado (como o MiCOM S1 Agile) no lado de entrada do
conversor de protocolo. Abaixo é mostrado um exemplo de conversão de barramento K-Bus para RS232. A
conversão RS485 para RS232 segue o mesmo princípio, usando apenas um RS485-RS232. A maioria dos laptops
modernos têm portas USB e, portanto, é provável que você precise também de um conversor RS232 para USB.

IED IED IED

Barramento
RS232 K

Conversor de protocolo
Computador Conversor RS232-USB
KITZ
V01001

Figura 192: Comunicação remota usando barramento K-Bus

5.2.10.2 VERIFICAÇÃO DA CONECTIVIDADE LÓGICA


A conectividade lógica depende do protocolo de dados escolhido, mas os princípios de teste permanecem os
mesmos para todas as variantes de protocolo.
1. Assegure que as configurações de taxa de comunicação (baud rate) e paridade são as mesmas no
software aplicativo e no conversor de protocolo.
2. Nos modelos Courier, garanta que você definiu o endereço RP1 correto.
3. Verifique se as comunicações podem ser estabelecidas com este IED através da estação portátil PC/Master.

5.2.11 TESTE DA PORTA DE COMUNICAÇÃO SERIAL RP2


A RP2 só está disponível em alguns modelos específicos. Se aplicável, este teste é o mesmo aplicado na RP1,
exceto pelo fato de que os terminais relevantes são 82 e 84, neste caso.

5.2.12 COMUNICAÇÃO ETHERNET DE TESTE


Para produtos que usam comunicações Ethernet, recomendamos que os testes sejam limitados a uma verificação
visual de que as portas corretas foram conectadas e de que não existem danos físicos.
Caso não exista nenhuma placa instalada ou a placa em questão esteja defeituosa, será emitido um alarme de
elo NIC (desde que esta opção tenha sido configurada na célula NIC Lig.Relator., na coluna COMUNICAÇOES).

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P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

5.2.13 TESTE DAS ENTRADAS CORRENTES


Este teste verifica se as entradas atuais de medição estão configuradas corretamente.
Todos os dispositivos deixam a fábrica ajustados para uma frequência de sistema de 50 Hz. Se for necessária
operação em 60 Hz, isto precisará ser alterado na célula Frequência, na coluna DADOS SISTEMA.
1. Aplique corrente igual à corrente nominal do enrolamento secundário do transformador de corrente de
linha em cada entrada de transformador de corrente.
2. Verifique a magnitude usando um multímetro ou leitura de conjunto de teste. A leitura correspondente
poderá então ser verificada na coluna MEDIDAS 1.
3. Registre o valor exibido Os valores de corrente medidos estarão serão em Amperes do primário ou
secundário. Se a célula Valores locais da coluna CONFIG.MEDIDAS contiver o valor Primário, os valores
exibidos devem ser iguais à corrente aplicada multiplicada pela relação do transformador de corrente
correspondente (definida na coluna RELAÇÃO TC E TP), como mostrado abaixo. Se a célula Valores Locais
contiver o valor Secundário, o valor exibido deve ser igual à corrente aplicada.

Nota:
O processo será similar, se estiver sendo usado um computador pessoal (PC), conectado ao IED através da porta de
comunicações traseira, para exibir a corrente medida. Contudo, o valor da célula Valores Remotos, na coluna
CONFIG.MEDIÇÃO, determinará se os valores exibidos são a corrente do primário ou do secundário, exibida em Amperes.

A precisão de medição do IED é de ±1%. Contudo, uma tolerância adicional deve ser considerada para a precisão
do equipamento de teste sendo usado.
Relação do TC correspondente
Célula em MEDIDAS 1
(na coluna RELAÇÃO TC E TP)
IA Magnitude
IB Magnitude Fase CT Primário / Fase CT Secund.
IC Magnitude
IN Magnit.medido E/F CT Primário / E/F CT Secundário
ISEF Magnitude SEF CT Primário / SEF CT Secundário

5.2.14 ENTRADAS DE TENSÃO DE TESTE


Este teste verifica se as entradas de medição de tensão estão configuradas corretamente.
1. Aplique a tensão nominal a cada entrada do transformador de tensão.
2. Verifique a magnitude usando um multímetro ou a leitura de um conjunto de testes. A leitura
correspondente poderá então ser verificada na coluna MEDIDAS.
3. Registro do valor exibido Os valores de tensão medidos serão lidos no primário ou secundário em Volts. Se
a célula Valores Locais, da coluna CONFIG. MEDIÇÃO contiver o valor Primário, os valores exibidos serão
iguais `tensão aplicada multiplicada pela relação do transformador de tensão correspondente (definida na
coluna RELAÇÃO TRANSF.), como mostrado abaixo. Se a célula Valores Locais contiver o valor
Secundário, o valor exibido deveria ser igual à tensão aplicada.

Nota:
O processo será similar, se estiver sendo usado um computador pessoal (PC), conectado ao IED através da porta de
comunicações traseira, para exibir a corrente medida. Contudo, o valor da célula Valores Remotos, na coluna
CONFIG.MEDIÇÃO, determinará se os valores exibidos são a corrente do primário ou do secundário, exibida em Amperes.

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Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

Relação TC correspondente
Célula em MEDIDAS 1
(na coluna RELAÇÃO TRANS.)
VCN Magnitude
VBN Magnitude Primário do TV principal / Secundário do TV principal
VCN Magnitude
C/S Mag.Tensão C/S TV Primário / C/S TV Secundário

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P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

6 VERIFICAÇÃO DE CONFIGURAÇÃO
As verificações de configuração asseguram que todas as configurações específicas da aplicação (tanto a função
do IED e as configurações do esquema de lógica programável) foram aplicadas corretamente.

Nota:
Se aplicável, o circuito de desarme deve ficar isolado durante essas verificações para evitar a operação acidental dos
disjuntor associado.

6.1 APLICAÇÃO DE CONFIGURAÇÕES ESPECÍFICAS DA APLICAÇÃO


Existem dois métodos diferentes de aplicação das configurações ao IED.
● A transferência das configurações para o IED, a partir de uma configuração pré-definida, usando o MiCOM
S1 Agile.
● Insira as configurações manualmente usando o painel de IHM dianteiro do IED.

6.1.1 TRANSFERÊNCIA DE CONFIGURAÇÕES A PARTIR DE UM ARQUIVO DE CONFIGURAÇÕES.


Este é o método preferido para transferência de configurações de função. É muito mais rápido e há uma margem
inferior para erro.
1. Conecte um computador pessoal executando o software aplicativo de configuração à porta dianteira do
IED. Alternativamente, conecte a porta de comunicações Courier traseira, usando o conversor de protocolo
KITZ, se necessário.
2. Energia no IED
3. Insira o endereço IP do dispositivo se estiver ativo para Ethernet.
4. Clique com o botão direito no nome do dispositivo apropriado na janela do System Explorer e selecione
Enviar
5. Na caixa de diálogo Enviar para selecione os arquivos de configuração e clique em Enviar

Nota:
O nome do dispositivo pode não existir ainda no sistema mostrado no System Explorer. Neste caso, execute uma Conexão
Rápidacom o IED, e adicione manualmente o arquivo de configurações ao nome do dispositivo no sistema. Consulte a ajuda
do software aplicativo de configurações para obter detalhes de como fazer isso.

6.1.2 INTRODUÇÃO DE VALORES DE CONFIGURAÇÃO ATRAVÉS DA IHM


1. Partindo da tela inicial, pressione a tecla de cursor para exibir o primeiro título de coluna.
2. Use as teclas de cursor horizontais para selecionar o título de coluna requerido.
3. Use as teclas de cursor verticais para ver os dados de configuração na coluna.
4. Para retornar ao título de coluna, pressione a tecla de cursor "Para cima" por aproximadamente um
segundo, ou pressione a tecla Cancela uma vez. Só é possível se deslocar através das colunas no nível dos
títulos de colunas.
5. Para retornar à tela inicial, pressione a tecla "Para cima", ou a tecla "Cancela", em qualquer um dos títulos
de coluna. Se você usar a função de repetição automática da tecla "Para cima", não poderá voltar direto à
tela inicial a partir de uma das células de coluna, pois a repetição automática para no título de coluna.
6. Para mudar o valor da configuração, vá para a célula relevante do menu, então pressione a tecla Entrar
para alterar o valor da célula. Um cursor piscante no LCD mostra que o valor pode ser mudado. O sistema
poderá pedir uma senha primeiro.

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Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

7. Para alterar o valor configurado, pressione as teclas de cursor verticais. Se o valor a ser alterado é um valor
binário, ou uma cadeia de caracteres, selecione o bit requerido ou o caractere a ser alterado com as teclas
de cursor direita e esquerda.
8. Pressione a tecla Entrar para confirmar o valor da nova configuração ou a tecla Apagar para descartá-lo.
O novo valor será descartado automaticamente, se não for confirmado em 15 segundos.
9. Para configurações do grupo de proteção e de registro de distúrbios, as alterações devem ser confirmadas
antes de serem usadas. Quando todas as mudanças necessárias houverem sido inseridas, retorne ao nível
dos títulos de coluna e pressione a tecla "Para baixo". Antes de retornar à tela inicial, aparecerá a seguinte
pergunta:

Atualizar
configurações?
ENTRAR ou APAGAR

10. Pressione a tecla Entrar para aceitar os novos valores ou pressione a tecla Apagar para descartá-los.

Nota:
Se o temporizador do menu expirar antes dos valores de configuração serem confirmados, estes valores serão descartados.
As configurações de controle e suporte são atualizadas imediatamente após introduzidas, sem a confirmação de
atualização.
Não é possível alterar o PSL usando a IHM do painel frontal do IED.

Cuidado:
Sempre que a instalação precisar de PSL específico da aplicação, os arquivos .psl
relevantes devem ser transferidos para o IED, para cada e para todos os grupos de
configuração a serem usados. Caso você não faça isso, a PSL padrão de fábrica
permanecerá residente. Isto poderá ter sérias consequências operacionais e de
segurança.

492 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

7 VERIFICAÇÕES DE TEMPORIZAÇÃO DE SEGURANÇA


Não há necessidade para verificar todas as funções de proteção. Apenas uma função de proteção precisa ser
verificada pois a finalidade é verificar se a temporização do processador está funcionando corretamente.

7.1 VERIFICAÇÃO DE SOBRECORRENTE


Se a função de proteção de sobrecorrente estiver em uso, teste-a para o estágio 1.
1. Verifique se existe alguma condição de dependência e simule se for apropriado.
2. Na coluna CONFIGURAÇÃO, desabilite todos os elementos de proteção além daqueles que estão sendo
testados.
3. Anote quais elementos precisam ser reativados após o teste.
4. Conecte o circuito de teste.
5. Execute o teste.
6. Verifique o tempo operacional.

7.2 CONEXÃO DO CIRCUITO DE TESTE


1. Use o PSL para determinar que relé de saída irá operar quando ocorre um desarme de sobrecorrente.
2. Use o relé de saída atribuído a Saida Disparo A.
3. Use o PSL para mapear o estágio de proteção sob teste diretamente para um relé de saída.

Nota:
Se estiver usando o PSL padrão, use o relé de saída 3, uma vez que já está mapeado no sinal DDB Said.Comand.Disp.

Nota:
Se o temporizador não parar quando for aplicada corrente e o estágio 1 estiver configurado para operação direcional, as
conexões poderão estar incorretas para a direção do conjunto de operação. Tente novamente com as conexões atuais
invertidas.

7.3 EXECUÇÃO DO TESTE


1. Assegure-se de que o temporizador é reiniciado.
2. Aplique uma corrente de duas vezes o valor mostrado na célula I>1 Ajuste Corr., na coluna
SOBRECORRENTE.
3. Anote o horário exibido quando o temporizador parar.
4. Verifique se o LED de desarme vermelho se iluminou.

7.4 VERIFIQUE O TEMPO DE OPERAÇÃO


Verifique se o tempo de operação registrado pelo temporizador está dentro da faixa mostrada abaixo.
Para todas as características, deve ser considerada uma tolerância para a precisão do equipamento de teste em
uso.
Tempo operacional em duas vezes o valor da configuração de corrente e multiplicador de tempo /
Característica
posição do botão de tempo em 1.0
Nominal (segundos) Faixa (segundos)
Tempo Definido I>1 Conf. atraso de tempo Config. ±2%
IEC S Inversa 10,03 9,53 - 10,53

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Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

Tempo operacional em duas vezes o valor da configuração de corrente e multiplicador de tempo /


Característica
posição do botão de tempo em 1.0
Nominal (segundos) Faixa (segundos)
IEC M Inversa 13,50 12,83 - 14,18
IEC E Inversa 26,67 24,67 - 28,67
UK LT Inversa 120,00 114,00 - 126,00
IEEE M Inversa 3,8 3,61 - 4,0
IEEE V Inversa 7,03 6,68 - 7,38
IEEE E Inversa 9,50 9,02 - 9,97
US Inversa 2,16 2,05 - 2,27
US ST Inversa 12,12 11,51 - 12,73

Nota:
Com exceção da característica de tempo definido, os tempos de operação dados são de uma Configuração de Multiplicador
de Tempo (TMS) ou Configuração de Botão de Tempo (TDS) de 1. Para outros valores de TMS ou TDS, os valores precisam ser
modificados de acordo.

Nota:
Para tempo definido e características inversas, existe um atraso adicional de até 0,02 segundo e 0,08 segundos
respectivamente. Você poderá necessitar de incluir isto na faixa aceitável de tempos de operação do IED.

Cuidado:
Ao completar os testes, você deve restaurar todas as configurações para as
especificações do cliente.

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P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

8 VERIFICAÇÕES SOB CARGA

Advertência:
As verificações sob carga são potencialmente muito perigosas e somente podem ser
realizadas por pessoal qualificado e autorizado.

As verificações sob carga só podem ser realizadas se não existirem restrições que impeçam a energização da
planta, e se os demais dispositivos do grupo já houverem sido colocados em operação.
Remova todos os terminais de teste e elos de curto-circuito temporários e substitua toda a fiação externa que
tenha sido removida para permitir os testes.

Advertência:
Se alguma fiação houver sido desconectada por causa do processo de entrada em
operação, substitua-a de acordo com o respectivo diagrama de conexões externas.

8.1 CONFIRMAÇÃO DAS CONEXÕES ATUAIS


1. Meça os valores do secundário do transformador de corrente para cada entrada usando um multímetro
conectado em série com a entrada de corrente correspondente.
2. Verifique se as polaridades do transformador de corrente estão corretas medindo o ângulo de fase entre a
corrente e a tensão, ou usando um medidor de fase já instalado no local e que se sabe está indicando
corretamente, ou determinando a direção do fluxo de energia por informações fornecidas pelo Centro de
controle.
3. Garanta que a corrente que flui no circuito do neutro dos transformadores de corrente é desprezível.
4. Compare os valores das correntes de fase e os ângulos de fase do secundário com os valores medidos, que
podem ser encontrados na coluna MEDIDAS 1.

Se a célula Valores Locais contiver o valor Secundário, os valores exibidos deverão ser iguais à tensão aplicada
no secundário. Os valores devem estar dentro de 1% das tensões aplicadas no secundário. Contudo, uma
tolerância adicional deve ser considerada para a precisão do equipamento de teste sendo usado.
Se a célula Valores Locais contiver o valor Primário, os valores exibidos serão iguais à tensão aplicada no
primário multiplicada pela correspondente relação do transformador de tensão, definida na coluna RELAÇÃO
TRANS.. Os valores devem estar dentro de 1% do valor esperado, mais uma tolerância adicional para a precisão
do equipamento de teste em uso.

8.2 CONFIRMAR CONEXÕES DE TENSÃO


1. Usando um multímetro, meça as tensões do secundário do transformador de tensão para garantir que
estão dentro dos valores nominais.
2. Verifique se a rotação de fase do sistema está correta usando um medidor de rotação de fase.
3. Compare os valores das tensões de fase do secundário com os valores medidos, que podem ser
encontrados na coluna do menu MEDIDAS 1.

P14D-TM-PT-7 495
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

Célula na coluna MEDIDAS 1 Relação de TP correspondente em ‘TRANS. Coluna RELAÇÃO


VAB Magnitude
VBC Magnitude
VCA Magnitude Primário do TV principal / Secundário do TV principal
VCN Magnitude
VBN Magnitude
VCN Magnitude
C/S Mag.Tensão. CS TV Primário / CS TV Secundário

Se a célula Valores Locais contiver o valor Secundário, os valores exibidos deverão ser iguais à tensão aplicada
no secundário. Os valores devem estar dentro de 1% das tensões aplicadas no secundário. Contudo, uma
tolerância adicional deve ser considerada para a precisão do equipamento de teste sendo usado.
Se a célula Valores Locais contiver o valor Primário, os valores exibidos serão iguais à tensão aplicada no
primário multiplicada pela correspondente relação do transformador de tensão, definida na coluna RELAÇÃO
TRANS.. Os valores devem estar dentro de 1% do valor esperado, mais uma tolerância adicional para a precisão
do equipamento de teste em uso.

8.3 TESTE DIRECIONAL SOB CARGA


Este teste assegura que a sobrecorrente direcional e as funções de localização de falha possuem resposta de
avanço/recuo para condições de falha e carga. Para este teste, você deve saber primeiro a direção do fluxo de
energia real, no sistema. Caso você ainda não tenha esta informação, deve determiná-la usando a
instrumentação ou a proteção que já está em serviço.
● Para corrente de carga que flui na direção direta (exportação de energia para a extremidade de linha
remota), a célula A Fase Watts da coluna MEDIDAS 2 deveria apresentar sinalização de energia positiva.
● Para corrente de carga que flui na direção inversa (importação de energia da extremidade de linha remota),
a célula A Fase Watts na coluna MEDIDAS 2 deve apresentar sinalização de energia negativa.

Nota:
Esta verificação se aplica apenas aos Modos de medição 0 (padrão), e 2. Isto deve ser verificado na coluna CONFIG. MEDIÇÃO,
(Modo Medida = 0 ou 2). Se os modos de medição 1 ou 3 são usados, a sinalização do fluxo de energia esperado seria o
oposto daquele mostrado abaixo.

No evento de uma incerteza, verifique o ângulo de fase das correntes de fase com relação a sua fase de tensão.

496 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento

9 VERIFICAÇÕES FINAIS
1. Remova todos os terminais de teste e terminais de curto-circuito temporários.
2. Caso você tenha de desconectar qualquer fiação externa para efetuar os testes de verificação da fiação,
substitua toda a fiação, fusíveis e elos de acordo com as conexões externas relevantes ou com o diagrama
esquemático.
3. As configurações usadas devem ser verificadas cuidadosamente contra as configurações específicas da
aplicação, para garantir que estão corretas, e que não foram alteradas por engano durante os testes.
4. Assegure-se de que todos os elementos de proteção necessários foram configurados como Ativo na
coluna CONFIGURAÇÃO.
5. Assegure-se de que o IED voltou ao serviço verificando se o valor da célula Modo Teste, da coluna TESTES
COMISSION está com o valor ‘Desativado’.
6. Caso esta seja a instalação de um novo IED, ou o disjuntor tenha acabado de receber manutenção, a
manutenção do disjuntor e os contadores de corrente devem indicar zero. Esses contadores podem ser
reiniciados através da célula Reset t/ Valores. Se o nível de acesso exigido não estiver ativo, o dispositivo
solicitará uma senha para permitir a alteração da configuração.
7. Se o idioma do menu houver sido alterado para permitir testes mais precisos, deverá ser retornado ao
idioma de preferência do usuário.
8. Se um bloco de teste P991/MMLG for instalado, remova o plugue de teste P992/MMLB e substitua a tampa
de modo a colocar a proteção em operação.
9. Assegure-se de que todos os registros de eventos, falhas e distúrbios, alarmes, LEDs e estatísticas de
comunicação foram reiniciadas.

Nota:
Lembre-se de restaurar a configuração de idioma com a opção preferida pelo usuário, ao final.

P14D-TM-PT-7 497
Capítulo 20 - Instruções de entrada em funcionamento P14D

498 P14D-TM-PT-7
MANUTENÇÃO E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS

CAPÍTULO 21
Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas P14D

500 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas

1 VISÃO GERAL DO CAPITULO


O capitulo de Manutenção e resolução de problemas contém detalhes, de como efectuar Manutenção e resolução
de problemas para a gama Px4x e P40Agile. Cumpra sempre os avisos deste capitulo. O não cumprimento dos
mesmo pode provocar lesões ou avaria do equipamento.

Cuidado:
Antes de executar qualquer trabalho no equipamento, deve estar familiarizado com o
conteudo da secção de segurança SFTY/4LM e as tensões de alimentação do
equipamento

A parte de solução de problemas do capítulo permite uma condição de erro no IED para ser identificado de forma
a que ações corretivas apropriadas possam ser tomadas.
Se o equipamento desenvolve uma falha, é normalmente possível identificar qual o módulo que necessita ser
substituido. Não é possível efectuar uma reparação no local de um módulo com defeito.
Se enviar a unidade defeituosa ou módulo para o fabricante ou um dos seus centros de serviços aprovados, deve
incluir uma cópia preenchida do formulário da reparação ou modificação de autorização de devolução (RMA).
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do Capitulo 501
Manutenção 502
Solução de problemas 505

P14D-TM-PT-7 501
Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas P14D

2 MANUTENÇÃO

2.1 TESTES DE MANUTENÇÃO


Em virtude da natureza crítica da aplicação, os produtos da GE Energy Connections devem ser testados a
intervalos regulares para confirmar que estejam a funcionar corretamente. Os produtos da GE Energy
Connections foram projetados para durar mais que 20 anos.
Os dispositivos são autossupervisionados e por isso requerem menos manutenção que projetos anteriores de
dispositivos de proteção. A maioria dos problemas resultará em um alarme, indicando que se deve tomar ação
corretiva. Entretanto, alguns testes periódicos devem ser realizados para garantir que eles estejam a funcionar
corretamente e que a electrificação externa esteja intacta. É responsabilidade do cliente definir o intervalo entre
os períodos de manutenção. Se a sua organização possuir uma Política de Manutenção Preventiva, os testes
recomendados do produto devem ser incluídos no programa regular. Os períodos de manutenção dependem de
muitos fatores, tais como:
● O ambiente operacional
● A acessibilidade do local
● O volume de mão de obra disponível
● A importância da instalação no sistema elétrico
● As consequências da falha

Embora algumas verificações de funcionalidades possam ser realizadas a partir de um local remoto, estas estão
predominantemente restritas a verificar se a unidade está a medir com precisão as correntes e tensões aplicadas
e a verificar os contadores de manutenção do disjuntor. Por este motivo, as verificações de manutenção devem
também ser realizadas localmente na subestação.

Cuidado:
Antes de executar qualquer operação no equipamento deve-se estar familiarizado com
o conteúdo da Seção de segurança ou do Manual de segurança SFTY/4ML, bem como
com os valores da etiqueta de valores nominais do equipamento.

2.1.1 ALARMES
Primeiro verifique o LED de estado de alarme para ver se existe alguma condição de alarme. Se houver, pressione
a tecla Ler repetidamente para percorrer os alarmes.
Após tratar os problemas, apague os alarmes. Isto apagará os LEDs relevantes.

2.1.2 OPTOACOPLADORES
Verifique as entradas digitais repetindo o teste de comissionamento detalhado no capítulo Comissionamento.

2.1.3 RELÉS DE SAÍDA


Verifique os relés de saída repetindo o teste de comissionamento detalhado no capítulo Comissionamento.

2.1.4 PRECISÃO DE MEDIÇÃO


Se o sistema de alimentação está energizado, os valores medidos podem ser comparados com os valores
conhecidos do sistema para verificar que estão dentro do intervalo esperado. Se estão compreendidos num
intervalo definido, isto indica que a conversão A/D e os cálculos estão a ser realizados corretamente. Métodos de
ensaio adequados podem ser encontrados no capítulo de Comissionamento.
Alternativamente, os valores medidos podem ser comparados com os valores conhecidos injetados no dispositivo
usando o bloco de teste (se instalado) ou injetado diretamente nos terminais do dispositivo. Métodos de ensaio

502 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas

adequados podem ser encontrados no capítulo de Comissionamento. Estes testes irão comprovar se a precisão
da calibração está a ser mantida.

2.2 SUBSTITUIÇÃO DA UNIDADE


Se o produto desenvolver uma avaria, quando em serviço, dependendo da natureza da avaria, os contatos de
watchdog mudarão de estado e uma condição de alarme será sinalizada. No caso de uma avaria, normalmente
deve ser substituido o suporte que desliza facilmente para fora da caixa. Isto pode ser conseguido sem perturbar
o esquema de electrificação.
No caso improvável do problema ser na electrificação e / ou terminais, então deve substituir o dispositivo
completo, a electrificação e efectuar novo comissionamento do dispositivo.

Cuidado:
Se a reparação não for realizada por um centro de serviços aprovado, a garantia será
invalidada.

Cuidado:
Antes de realizar qualquer trabalho no equipamento, deve estar familiarizado com o
conteúdo da seção de Informações de Segurança deste guia ou o Guia de Segurança
SFTY/4LM, bem como as avaliações na etiqueta de classificação do equipamento. Isto
deve garantir que nenhum dano é causado por uso incorrecto dos componentes
electrónicos.

Advertência:
Antes de iniciar o trabalho na traseira do dispositivo, isolar toda a tensão e corrente de
fornecimento.

Nota:
Os produtos da GE Energy Connections possuem interruptores integrais de curto-circuito de transformador de corrente que
vão fechar, por razões de segurança, quando o bloco terminal é removido.

Para substituir o suporte sem perturbar a caixa e a electrificação:


1. Remova o painel frontal.
2. Retire cuidadosamente o suporte da frente.
3. Para reinstalar a unidade, siga as instruções acima pela ordem inversa, garantindo que cada bloco terminal
é recolocado na posição correta e todas as conexões são substituídas. Os blocos de terminais são
etiquetados alfabeticamente com "A", no lado esquerdo, quando visto a partir da retaguarda.
Uma vez que a unidade tenha sido reinstalada, deve ser efectuado novo comissionamento, tal como estabelecido
no capítulo Comissionamento.

2.3 LIMPEZA

Advertência:
Antes de limpar o dispositivo, certifique-se que todas as fontes AC e DC e conexões de
transformadores estão isoladas, para evitar qualquer possibilidade de choque elétrico
durante a limpeza.

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Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas P14D

Apenas limpe o equipamento com um pano que não solte pêlos umedecido com água limpa. Não use
detergentes, solventes ou produtos de limpeza abrasivos pois podem danificar a superfície do produto e deixar
um resíduo condutivo.

504 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas

3 SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

3.1 SOFTWARE DE AUTO-DIAGNÓSTICO


O equipamento contém várias funcionalidades de auto-diagnóstico quando em serviço, para verificação do seu
hardware e software. Se existir um problema com o software ou hardware, o equipamento deve conseguir
detectar o problema e elaborar um relatório, na tentativa de resolver o problema irá efectuar um reboot. Neste
caso o equipamento deve estar fora de serviço durante um curto periodo, durante o qual o "Healthy Led" na face
frontal estará apagado e o contacto do Watchdog estara activo. Se o restart não solucionar o problema, a
unidade ira ficar fora de serviço permanentemente, ficando o "Healthy Led" apagado e o contacto do Watchdog
permanece activo.
Se um problema é detectado pelo auto-diagnóstico, o equipamento tenta gravar um registo de manutenção para
comunicar o tipo de problema ao utilizador.
A auto-monitorização é implementada em duas etapas: Em primeiro lugar numa verificação que é efectuada no
arranque e posteriormente um self-diagnóstico continuo, que verifica as funções criticas durante a operação.

3.2 ERROS AO ENERGIZAR


Se o IED não ligar, use as seguintes verificações para determinar se a falha está na electrificação externa, fusível
auxiliar, módulo de alimentação ou no painel frontal do IED.
Teste Verificar Acção
Medir a tensão nos terminais 13 e 14. Verifique o nível
Se a tensão auxiliar é correta, vá para o teste 2. Caso contrário, verifique a
1 de tensão e polaridade com a etiqueta de
electrificação e os fusíveis na alimentação auxiliar.
classificação
Se o fundo luminoso LED e LCD ligar, ou os contactos Watchdog fecharem e
Verifique se o fundo luminoso LED e LCD liga na
nenhum código de erro é exibido, o erro é provavelmente na placa do
energização. Verifique também o contacto watchdog
2 processador principal.
N/A (normalmente aberto) nos terminais 4 e 6 para
Se o fundo luminoso LED e LCD não ligar e o contato Watchdog N/A não
ver se fecham.
fechar, a falha é provavelmente o módulo de alimentação do IED.

3.3 MENSAGEM OU CÓDIGO DE ERRO AO LIGAR


O IED executa um autoteste durante a energização. Se ele detectar um erro aparecerá uma mensagem no LCD e
a sequência de energização será interrompida. Se o erro ocorrer quando o software aplicativo do IED estiver
rodando é criado um registro de manutenção e o dispositivo é reiniciado.
Teste Verificação Ação
Se o IED travar e exibir em código de erro permanentemente, vá para o
Uma mensagem ou código de erro é exibido teste 2.
1
permanentemente durante a energização? Se o IED solicitar uma informação do usuário, vá para o teste 3.
Se o IED reiniciar automaticamente, vá para o teste 4.
Registre se o mesmo código de erro é exibido quando o IED é reiniciado,
2 Registre o erro exibido e religue a alimentação do IED. então contate o centro de serviços local informado o código de erro e
os dados do produto.
O IED exibe uma mensagem de parâmetros corrompidos Os testes de energização detectaram parâmetros corrompidos do IED.
3 e solicita que os valores padrão sejam restaurados para Restaure os parâmetros padrão para permitir que a energização se
os parâmetros afetados. complete e depois reaplique os parâmetros específicos da aplicação.

P14D-TM-PT-7 505
Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas P14D

Teste Verificação Ação


Erro de esquema lógico programável devido a tempo de execução
excessivo. Restaure os parâmetros padrão ligando com ambas as teclas
horizontais de cursor pressionadas, depois confirme a restauração dos
O IED reinicia quando a energização se completa. É padrões ao ser solicitado, usando a tecla Entrar. Se o IED obtiver
4
exibido um código de erro de registro sucesso em ligar, verifique a existência de caminhos de realimentação
na lógica programável.
Os outros códigos de erro relacionam-se a erros de software na placa
do processador principal, contate o centro de serviços local.

3.4 LED FORA DE SERVIÇO ACTIVO NA ENERGIZAÇÃO

Teste Verificar Acção


Usando o menu do IED, confirme se a configuração do
Se o parâmetro estiver Activo, desactive o modo de teste e certifique-se
1 Teste de Comissionamento ou do Modo de Teste está
que o LED Fora de Serviço está desactivo.
ativa. Se não está Activo, vá para o teste 2.
Verificar pelo registo de Falha Verificação H/W. Isto indica uma
discrepância entre o número do modelo do IED e o hardware. Examine a
Selecione a coluna VER REGISTOS, de seguida, visualize o
2 célula Data Manutenção; Isto indica as causas da falha usando campos
último registo de manutenção a partir do menu.
de bits:
Significado do Bit
O campo 'tipo' no Cortec da aplicação não coincide com o
0
ID do software
O campo 'subconjunto' no numero do modelo não coincide
1
com o ID do software
O campo 'plataforma' no numero do modelo não coincide
2
com o ID do software
O campo 'tipo produto' no numero do modelo não coincide
3
com o ID do software
O campo 'protocolo' no Cortec não coincide com o ID do
4
software
O campo 'modelo' no Cortec não coincide com o ID do
5
software
O primeiro campo 'versão software' no Cortec não coincide
6
com o ID do software
O segundo campo 'versão software' no Cortec não coincide
7
com o ID do software
8 Nenhum TT instalado
9 Nenhum TI instalado
10 Nenhum Toro instalado
11 Nenhum Toro de Neutro instalado

3.5 CÓDIGO DE ERRO DURANTE A OPERAÇÃO


O IED executa autoverificação continuamente. Se ele detectar um erro, exibe uma mensagem de erro, guarda um
registro de manutenção e após um curto período reinicia a si mesmo. Um problema permanente (por exemplo,
devido a uma falha de hardware) normalmente é detectado na sequência de energização. Neste caso o IED exibe
um código de erro e para. Se o problema era passageiro, ele reinicia corretamente e continua a funcionar
correctamente. Examinando o registro de manutenção guardado, pode-se determinar a natureza da falha
detectada.

506 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas

3.6 FALHA DE OPERAÇÃO DURANTE OS TESTES

3.6.1 FALHA DOS CONTACTOS DE SAÍDA


Uma aparente falha dos contatos de saída do relé pode ser causado pela configuração. Execute os seguintes
testes para identificar a verdadeira causa da falha. Os auto-testes verificam se as bobinas dos contatos do relé de
saída foram energizadas. Um erro será exibido se houver uma falha na placa do relé de saída.
Teste Verificar Acção
Se este LED está Activo, o relé pode estar em modo de teste ou a
1 Está o LED Fora de Serviço activo?
proteção foi desativada devido a um erro na verificação de hardware.
Examine o estado do Contato na seção de Se os bits relevantes do estado do contato são operados, vá para o teste
2
Comissionamento do menu. 4; se não, vá para o teste 3.
Se o elemento de proteção não operar, verifique se o teste é aplicado
Examine o registo de falha ou use a porta de teste para correctamente.
3 verificar se o elemento de proteção está a funcionar Se o elemento de proteção operar, verifique a lógica programável para
corretamente. certificar-se que o elemento de proteção está corretamente mapeado
para os contatos.
Usando o Comissionamento ou a função do modo de
Se o relé de saída opera, o problema deve estar na electrificação
Teste, aplique um padrão de teste para os relés de
externa do relé. Se o relé de saída não opera os seus contatos podem
contatos de saída relevantes. Consulte o diagrama
4 ter falhado (auto-testes verificam se a bobina do relé está energizada).
correcto de conexão externa e use um verificador de
Assegure que a resistência fechada não é demasiado elevada para o
continuidade na parte traseira do relé para verificar os
verificador de continuidade detectar.
contatos de saída do relé a operar.

3.6.2 FALHA DAS ENTRADAS ÓPTICAS


As entradas opto-isoladas são mapeadas em sinais internos DDB do IED usando o esquema lógico programável.
Se uma entrada não é reconhecida pelo esquema lógico, use a célula Estado ENT Opto na coluna TESTES
COMISSION para verificar se o problema está na própria entrada-opto, ou no mapeamento do seu sinal para as
funções lógicas do esquema.
Se o dispositivo não ler corretamente o estado entrada-opto, teste o sinal aplicado. Verifique as conexões para a
entrada-opto usando o esquema de electrificação e as definições de tensão nominal na coluna
CONFIG.ENTRADAS. Para fazer isto:
1. Selecione a tensão nominal da bateria para todas as entradas-opto, selecionando uma das cinco
classificações padrão na coluna V Nominal Global .
2. Selecione Customizada para definir cada entrada-opto individualmente a uma tensão nominal.
3. Usando um voltímetro, verifique se a tensão nos terminais de entrada é maior do que o mínimo nível de
aceitação (Veja o capítulo Especifiações Técnicas para níveis de aceitação opto).
Se o sinal é aplicado correctamente, indica falha de uma entrada-opto, caso em que o compartimento completo
deve ser substituído.

3.6.3 SINAIS ANALÓGICOS INCORRECTOS


Se as grandezas analógicas medidas não parecem correctas, utilize a função de medição para determinar o tipo
de problema. As medições podem ser configuradas em termos primários ou secundários.
1. Compare os valores de medição exibidos com as magnitudes reais nos terminais.
2. Verifique se os terminais corretos são usados.
3. Verifique se as relações dos TIs e TTs estão correctas.
4. Verifique o desfasamento das fases para confirmar se as entradas estão conectadas corretamente.

P14D-TM-PT-7 507
Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas P14D

3.7 SOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO EDITOR DE PSL


A falha em abrir uma conexão poderia ser devida a um ou mais dos seguintes pontos:
● O endereço do IED é inválido (este endereço é sempre 1 para a porta frontal)
● A senha é inválida
● A configuração de comunicação (Porta COM, Velocidade, ou Estrutura) é incorreta
● Os valores de transação não são adequados para o IED ou para o tipo de conexão
● O cabo de conexão não está ligado corretamente ou está quebrado
● Os interruptores de configuração em qualquer conversor de protocolo utilizado podem estar definidas
incorretamente

3.7.1 RECUPERAÇÃO DE DIAGRAMA


Embora possa ser extraído um esquema do IED, é fornecida uma facilidade para recuperar um esquema se o
arquivo original não puder ser obtido.
Um esquema recuperado é logicamente correto, mas muitas das informações gráficas originais são perdidas.
Muitos sinais são desenhados em uma linha vertical descendo o lado esquerdo do papel. As ligações são
desenhadas ortogonalmente usando o caminho mais curto entre A e B. Qualquer anotação acrescida no
diagrama original, tais como títulos e notas, é perdida.
Às vezes um tipo de porta não aparece como esperado. Por exemplo, uma porta E com uma entrada no esquema
original aparece como uma porta OU quando feito o upload. Portas programáveis com um valor de 1 entre
entradas e trigger também aparecem como portas OU

3.7.2 VERIFICAÇÃO DA VERSÃO PSL


O PSL é guardado com uma referência da versão, carimbo de tempo e de verificação VRC (Verificação de
Redundância Cíclica). Isto dá uma verificação visual se o PSL default está em vigor ou se uma nova aplicação foi
carregada.

3.8 PROCEDIMENTO DE REPARAÇÃO E MODIFICAÇÃO


Por favor siga estes passos para nos devolver um produto de automação:
1. Obtenha o formulário de devolução de Autorização de Reparação e Modificação (RMA)
Uma versão digital do formulário de RMA está disponível na seguinte página da web:
www.gegridsolutions.com/contact
2. Preencha o formulário RMA
Preencha só a parte branca do formulário.
Certifique-se que todos os campos marcados com (M) são completados, tais como:
○ Modelo do equipamento
○ Modelo e Nº Série
○ Descrição da falha ou modificação necessária (por favor, seja específico)
○ Valores aduaneiros (no caso de o produto requerer exportação)
○ Endereços de entrega e facturação
○ Detalhes de contacto
3. Envie o formulário de RMA para o seu contacto local
Para obter uma lista de contatos de serviços locais por todo o mundo, visite a seguinte página web:
www.gegridsolutions.com/contact

508 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas

4. O contato do serviço local fornece as informações de envio


Seu contato serviço local oferece-lhe todas as informações necessárias para enviar o produto:
○ Detalhes de Orçamentos
○ Numero RMA
○ Endereço do centro de reparação
Se necessário, uma aceitação da citação deve ser entregue antes de seguir para a próxima fase.
5. Envie o produto para a Assistência técnica
○ Remeta o envio para o centro de reparação especificada pelo seu contato local
○ Certifique-se que todos os items são embalados num saco anti-estático e com proteção de espuma
○ Certifique-se que uma cópia da factura de importação está anexada com a unidade devolvida
○ Certifique-se que uma cópia do formulário de RMA está anexada com a unidade devolvida
○ Envie por e-mail ou fax uma cópia da nota fiscal de importação e documento das despesas de envio
aéreo para o seu contato local.

P14D-TM-PT-7 509
Capítulo 21 - Manutenção e resolução de problemas P14D

510 P14D-TM-PT-7
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

CAPÍTULO 22
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

512 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

1 VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


Este capítulo descreve as especificações técnicas do produto.
Este capítulo contém as seguintes seções:
Visão geral do capítulo 513
Interfaces 514
Desempenho das funções de proteção correntes 516
Desempenho das funções de proteção de tensão 521
Desempenho das funções de proteção de frequência 523
Funções de proteção de potência 526
Desempenho das funções de monitoramento e controle 527
Medições e registro 529
Conformidade com padrões 530
Especificações mecânicas 531
Valores nominais 532
Alimentação elétrica 533
Conexões entradas / saídas 534
Condições ambientais 536
Testes de tipo 537
Compatibilidade eletromagnética 539

P14D-TM-PT-7 513
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

2 INTERFACES

2.1 PORTA USB FRONTAL

Porta USB frontal


Uso Para conexão local do laptop para fins de configuração e downloads de firmware
Conector USB tipo B
Isolamento Isolamento ao nível ELV
Restrições Comprimento máximo de cabo de 5m

2.2 PORTA SERIAL TRASEIRA 1

Porta serial traseira 1 (RP1)


Uso Para comunicações SCADA (multi-drop)
Padrão EIA(RS)485, Barramento K
Conector Bloco de uso geral, parafusos M4 (2 fios)
Cabo Par trançado blindado (STP)
Protocolos suportados * Courier, IEC-60870-5-103, DNP3.0, MODBUS
Isolamento Isolamento ao nível SELV
Restrições Comprimento máximo de cabo de 1000m
* Nem todos os modelos suportam todos os protocolos ver opções de pedido

2.3 PORTA SERIAL TRASEIRA 2

Porta serial traseira opcional (RP2)


Uso Para comunicações SCADA (multi-drop)
Padrão EIA(RS)485, K-Bus, EIA(RS)232
Conector Bloco de uso geral, parafusos M4 (2 fios)
Cabo Par trançado blindado (STP)
Protocolos suportados Courier
Isolamento Isolamento ao nível SELV
Restrições Comprimento máximo de cabo de 1000m

2.4 PORTA IRIG-B

Interface IRIG-B (Demodulado)


Uso Sinal de sincronismo de relógio externo
Padrão IRIG 200-98 formato B00X
Tipo de terminal MiDOS
Conector Bloco de uso geral, parafusos M4 (2 fios)
Tipo de cabo Par trançado blindado (STP)
Isolamento Isolamento ao nível SELV
Restrições Comprimento máximo de cabo de 1000m
Precisão < +/- 1 s por dia

514 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

2.5 COBRE DA PORTA ETHERNET TRASEIRA

Porta Ethernet traseira usando fiação CAT 5/6/7


Uso principal Comunicações de Ethernet da subestação
Protocolo de comunicação 10BaseT/100BaseTX
Conector RJ45
Tipo de cabo Par trançado blindado (STP)
Isolamento 1 kV
Protocolos suportados IEC 61850, DNP3.0 OE
Restrições Comprimento máximo de cabo de 100m

2.6 PORTA ETHERNET TRASEIRA - FIBRA

Porta Ethernet traseira de cabo de fibras ópticas


Uso principal Comunicações IEC 61850 ou DNP3 OE SCADA
Conector UNI SONET OC-3 LC (1 para cada, para Tx e Rx)
Protocolo de comunicação 100 Base FX
Tipo de fibra Multimodo 50/125 µm ou 62,5/125 µm
Protocolos suportados IEC 61850, DNP3.0 OE
Comprimento de onda 1300 nm

2.6.1 CARACTERÍSTICAS DE RECEPTOR 100 BASE FX

Parâmetro Sim. Min. Tip. Máx. Unit.


Potência mínima de saída óptica
PIN Mín. (W) -33,5 –31 Média dBm
na borda da janela
Potência mínima de saída óptica
PIN Mín. (C) -34,5 -31,8 Média Bm
no centro do circulo
Potência máxima de saída óptica PIN Máx. -14 -11,8 Média dBm
Condições: TA = 0°C a 70°C

2.6.2 CARACTERÍSTICAS DO TRANSMISSOR 100 BASE FX

Parâmetro Sim. Min. Tip. Máx. Unit.


Potência de saída óptica BOL 62,5/125
-19
µm PO -16,8 -14 Média dBm
-20
NA = 0,275 Fibra EOL
Potência de saída óptica BOL 50/125
-22,5
µm PO -20,3 -14 Média dBm
-23,5
NA = 0,20 Fibra EOL
10 %
Relação de extinção óptica
-10 dB
Potência de saída óptica em estado
PO -45 Média dBm
lógico "0"
Condições: TA = 0°C a 70°C

P14D-TM-PT-7 515
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

3 DESEMPENHO DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO CORRENTES

3.1 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE TRIFÁSICA

Detecção IDMT 1,05% x configuração +/- 5%


Detecção DT Configuração +/- 5%
Declínio (IDMT e DT) 0,95% x configuração +/- 5%
+/- 5% ou 60 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação IDMT (para as curvas IEC e UK)
+/- 5% ou 40 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Operação IDMT (Curvas IEEE e US) +/- 5% ou 60 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Para configuração TD < 100s +/- 5% ou 40 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Operação IDMT (Curvas IEEE e US)
+/- 15% (1,05 - 20) Is
Para configuração TD > 100s
Desengate < 40 ms
+/- 2% ou 70 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação DT
+/- 2% ou 50 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Reset DT Configuração +/- 5%
Repetibilidade +/- 2,5%
Superação dos elementos de corrente <30 ms

3.1.1 PARÂMETROS DIRECIONAIS DE SOBRECORRENTE TRIFÁSICA

Precisão da fronteira direcional (RCA +/-90%) +/-2° com histerese <3°


+/- 5% ou 70 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação IDMT
+/- 2% ou 50 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Desengate < 40 ms
+/- 2% ou 80 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação DT
+/- 2% ou 60 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Reset DT Configuração +/- 5%

3.2 PROTEÇÃO DE FALHA À TERRA

Medida e derivada
Detecção IDMT 1,05% x configuração +/- 5%
Detecção DT Configuração +/- 5%
Declínio (IDMT e DT) para IN1 0,95% x configuração +/- 5%
Declínio (IDMT e DT) para IN2 0,9% x configuração +/- 5%
+/- 5% ou 60 ms, o que for maior (1,05 – 2) Is
Operação IDMT
+/- 5% ou 40 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Desengate < 40 ms
+/- 2% ou 70 ms, o que for maior (1,05 – 2) Is
Operação DT
+/- 2% ou 50 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Reset DT Configuração +/- 5%
Repetibilidade +/- 2,5% (medido), +/-5% (derivado)

516 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

3.2.1 PARÂMETROS DIRECIONAIS DE FALHA À TERRA

Precisão de polarização de sequência zero


Detecção de fronteira direcional (RCA +/- 90°) +/-2°
Histerese <3°
VN> detecção Configuração +/- 10%
VN> declínio 0,9% x configuração +/- 10%

Precisão de polarização de sequência negativa


Detecção de fronteira direcional (RCA +/- 90°) +/-2°
Histerese <3°
VN2> detecção Configuração +/- 10%
VN2> declínio 0,9% x configuração +/- 10%
IN2> detecção Configuração +/- 10%
IN2> declínio 0,9% x configuração +/- 10%

3.3 PROTEÇÃO DE FALHA DE TERRA SENSÍVEL

Detecção IDMT 1,05% x configuração +/- 5%


Detecção DT Configuração +/- 5%
Declínio (IDMT + DT) 0,95% x configuração +/- 5%
+/- 2% ou 70 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação IDMT
+/- 2% ou 50 ms, o que for maior (2 - 20) Is
Desengate < 40 ms
+/- 2% ou 70 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação DT
+/- 2% ou 50 ms, o que for maior (2 - 20) Is
Reset DT Configuração +/- 5%
Repetibilidade +/- 5%

Nota:
As especificações SEF se aplicam às correntes de entrada SEF de não mais do que 2 x In. Para faixas de entrada acima de 2 x
In, a especificação não é suportada.

3.3.1 PARÂMETROS DIRECIONAIS SEF

Precisão SEF de wattímetro


Detecção para P = 0 W ISEF > +/-5% ou 5 mA
Detecção para P > 0 W P > +/-5%
Detecção para P = 0 W 0,95 x ISEF> +/- 5% ou 5 mA
Detecção para P > 0 W 0,9 x P> +/- 5% ou 5 mA
Precisão da fronteira +/-5% com histerese < 1°
Repetibilidade +/- 5%

P14D-TM-PT-7 517
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

Precisão SEF CosΦ


Detecção Configuração +/-5% para ângulos RCA+/-60°
Declínio 0,9 x configuração
Repetibilidade +/- 2%

Precisão SEF SenΦ


Detecção Configuração +/-5% para ângulos RCA+/-60° a RCA+/-90°
Declínio 0,9 x configuração
Repetibilidade +/- 2%

3.4 PROTEÇÃO DE FALHA À TERRA RESTRITA

Precisão de falha à terra (REF) restrita de alta impedância


Detecção Fórmula de configuração +/- 5%
Declínio 0,95 x Fórmula de configuração +/-5%
Tempo de operação < 60 ms
Alta detecção Configuração +/- 10%
Tempo de operação alto < 30 ms
Repetibilidade < 15%

Precisão de falha à terra (REF) restrita de baixa impedância


Detecção Fórmula de configuração +/- 5%
Declínio 0,9 x Fórmula de configuração +/-5%
Tempo de operação < 60 ms
Alta detecção Configuração +/- 5%
Tempo de operação alto < 30 ms
Repetibilidade < 15%

3.5 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DE SEQUÊNCIA NEGATIVA

Detecção IDMT 1,05% x configuração +/- 5%


Detecção DT Configuração +/- 5%
Declínio (IDMT + DT) 0,95% x configuração +/- 5%
+/- 5% ou 60 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação IDMT
+/- 5% ou 40 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Desengate < 40 ms
+/- 2% ou 70 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação DT
+/- 2% ou 50 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Reset DT Configuração +/- 5%

3.5.1 PARÂMETROS DIRECIONAIS NPSOC

Detecção de fronteira direcional (RCA +/-90%) +/- 2°

518 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

Histerese de fronteira direcional < 1°


+/- 5% ou 70 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação IDMT
+/- 5% ou 50 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Reset de IDMT < 40 ms
+/- 2% ou 80 ms, o que for maior (1,05 - <2) Is
Operação DT
+/- 2% ou 60 ms, o que for maior (2 – 20) Is
Reset DT Configuração +/- 5%

3.6 FALHA DE DISJUNTOR E PROTEÇÃO DE SUBCORRENTE

I< Detecção Configuração +/- 5% ou 20 mA, o que for maior


I< Detecção 100% da configuração +/- 5% ou 20 mA, o que for maior
Temporizadores +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Tempo Reset < 35 ms

3.7 PROTEÇÃO DE CONDUTOR ROMPIDO

Detecção Configuração +/- 2,5%


Declínio 0,95 x configuração +/- 2,5%
Operação DT +/- 2% ou 55 ms, o que for maior

3.8 PROTEÇÃO DE SOBRECARGA TÉRMICA

Detecção de alarme térmico Tempo de desarme calculado +/- 10%


Detecção de sobrecarga térmica Tempo de desarme calculado +/- 10%
Precisão de tempo de resfriamento +/- 15% do teórico
Repetibilidade <5%

Nota:
Tempo de operação medido com a corrente aplicada de 20% acima do valor de configuração térmica.

3.9 PROTEÇÃO DE DETECÇÃO DE CARGA A FRIO

I> Detecção Configuração +/- 1,5%


IN> Detecção Configuração +/- 1,5%
I> Declínio 0,95% x configuração +/- 1,5%
IN> Declínio 0,95% x configuração +/- 1,5%
Operação DT +/- 0,5% ou 50 ms, o que for maior
Repetibilidade +/- 1%

P14D-TM-PT-7 519
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

3.10 PROTEÇÃO SELETIVA DE SOBRECORRENTE

Operação de bloco rápido < 25 ms


Reset de bloco rápido < 30 ms
Atraso de tempo Configuração +/- 2% ou 20 ms, o que for maior

3.11 PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE DEPENDENTE DE TENSÃO

Detecção de limiar VCO/VRO Configuração +/- 5%


Detecção de sobrecorrente Fator K x configuração +/- 5%
Limiar de declínio VCO/VRO 1,05% x configuração +/- 5%
Declínio de sobrecorrente 0,95(Fator K x configuração) +/- 5%
Tempo de operação +/- 5% ou 60 ms, o que for maior
Repetibilidade < 5%

3.12 PROTEÇÃO DE ADMITÂNCIA DE NEUTRO

Medições YN, BN, GN +/-5%


Detecção YN, BN, GN Configuração +/- 5%
Detecção YN, BN, GN 0,85 x configuração +/-5%
Operação DT +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Reset DT Configuração +/- 5%
Desengate < 40 ms
Precisão de fronteira direcional +/- 2°
VN Configuração +/- 5%

520 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

4 DESEMPENHO DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE TENSÃO

4.1 PROTEÇÃO DE SUBTENSÃO

Detecção (IDMT e DT) Configuração +/- 5%


Declínio (IDMT e DT) 1,02% x configuração +/- 5%
+/- 3,5% ou 40 ms, o que for maior (<10 V)
Operação IDMT
+/- 5% ou 40 ms, o que for maior (>10 V)
Desengate <40 ms
Operação DT +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Reset DT Configuração +/- 5%
Repetibilidade +/- 1%

4.2 PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO

Detecção IDMT Configuração +/- 2%


Detecção DT Configuração +/- 1%
Declínio (IDMT e DT) 0,98% x configuração +/- 5%
Operação IDMT +/-5% ou 50 ms
Desengate < 40 ms
Operação DT +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Reset DT Configuração +/- 5%
Repetibilidade +/- 5%

4.3 PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO RESIDUAL

Detecção IDMT 1,05% x configuração +/- 5%


Detecção DT Configuração +/- 5%
Declínio (IDMT e DT) 0,95% x configuração +/- 5%
Operação IDMT +/- 5% ou 65 ms, o que for maior
Desengate < 35 ms
Operação DT +/- 2% ou 70 ms, ou o que for maior
Reset DT Configuração +/- 5%
Repetibilidade <10%

4.4 PROTEÇÃO DE TENSÃO DE SEQUÊNCIA NEGATIVA

Detecção Configuração +/- 5%


Declínio 0,95% x configuração +/- 5%

P14D-TM-PT-7 521
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

+/- 2% ou 65 ms, o que for maior (70 Hz - 45 Hz)


Operação DT
+/- 5% ou 70 ms, o que for maior (<45 Hz)
Repetibilidade +/- 1%

4.5 TAXA DE ALTERAÇÃO DA PROTEÇÃO DE TENSÃO

Precisão para TV de 110 V


Tolerância 1% ou 0,07, o que for maior
Detecção Configuração +/- tolerância
Declínio da direção positiva (Configuração – 0,07)+/- tolerância
Declínio da direção negativa (Configuração + 0,07)+/- tolerância
Tempo de operação em 50 Hz (Ciclo médio x 20) +60 ms
Tempo de reinício em 50 Hz 40 ms

522 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

5 DESEMPENHO DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA

5.1 PROTEÇÃO DE SOBREFREQUÊNCIA

Precisão
Detecção Configuração +/- 10 mHz
Declínio Configuração -20 mHz +/- 10 mHz
Temporizador de operação +/- 2% ou 50 ms, o que for maior

Tempo de operação e de reinício


Tempo de operação (Relação Fs/Ff menor do que 2) <125 ms
Tempo de operação (Relação Fs/Ff entre 2 e 30) <150 ms
Tempo de operação (Relação Fs/Ff maior do que 30) <200 ms
Tempo Reset <200 ms

Condições de referência: Testadas usando o passo alterado na frequência com a configuração Ciclos Freq. Média
= 0 e sem atraso de tempo intencional.
Fs = frequência inicial – configuração de frequência
Ff = configuração de frequência – frequência final

5.2 PROTEÇÃO DE SUBFREQUÊNCIA

Precisão
Detecção Configuração +/- 10 mHz
Declínio Configuração + 20 mHz +/- 10 mHz
Temporizador de operação +/- 2% ou 50 ms, o que for maior

Tempo de operação e de reinício


Tempo de operação (Relação Fs/Ff menor do que 2) <100 ms
Tempo de operação (Relação Fs/Ff entre 2 e 6) <160 ms
Tempo de operação (Relação Fs/Ff maior do que 6) <230 ms
Tempo Reset <200 ms

Condições de referência: Testadas usando o passo alterado na frequência com a configuração Ciclos Freq. Média
= 0 e sem atraso de tempo intencional.
Fs = frequência inicial – configuração de frequência
Ff = configuração de frequência – frequência final

5.3 TAXA DE ALTERAÇÃO SUPERVISIONADA DA PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA

Precisão
Detecção (f) Configuração +/- 10 mHz
Detecção (df/dt) Configuração +/- 3% ou +/- 10 mHz/s, o que for maior

P14D-TM-PT-7 523
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

Precisão
Declínio (f, subfrequência) (Configuração + 20 mHz) +/- 10 mHz
Declínio (f, sobrefrequência) (Configuração - 20 mHz) +/- 10 mHz
Declínio (df/dt, queda, para valores entre 10 mHz/s e
(Configuração + 5 mHz/s) +/- 10 mHz/s
100 mHz/s)
(Configuração + 50 mHz/s) +/- 5% ou +/- 55 mHz/s, o que for
Declínio (df/dt, queda, para valores acima de 100 mHz/s)
maior
Declínio (df/dt, queda, para valores 10 mHz/s e 100 mHz/s ) (Configuração - 5 mHz/s) +/- 10 mHz/s
Declínio (df/dt, queda, para configurações acima de (Configuração - 50 mHz/s) +/- 5% ou +/- 55 mHz/s, o que for
100 mHz/s) maior

Tempo de operação e de reinício


Tempo de operação instantâneo (Freq AvCycles configuração = 0) <125 ms
Tempo de reset (configuração df/dt AvCycles = 0) <400 ms

5.4 TAXA DE MUDANÇA INDEPENDENTE DA PROTEÇÃO DE FREQUÊNCIA

Precisão
Detecção (df/dt) Configuração +/- 3% ou +/- 10 mHz/s, o que for maior
Declínio (df/dt, queda, para valores entre 10 mHz/s e
(Configuração + 5 mHz/s) +/- 10 mHz/s
100 mHz/s)
(Configuração + 50 mHz/s) +/- 5% ou +/- 55 mHz/s, o que for
Declínio (df/dt, queda, para valores acima de 100 mHz/s)
maior
Declínio (df/dt, subida, para valores entre 10 mHz/s e
(Configuração - 5 mHz/s) +/- 10 mHz/s
100 mHz/s)
Declínio (df/dt, queda, para configurações acima de (Configuração - 50 mHz/s) +/- 5% ou +/- 55 mHz/s, o que for
100 mHz/s) maior
Temporizador de operação +/- 2% ou 50 ms, o que for maior

Tempo de operação e de reinício


Tempo de operação (para rampas 2 x o valor de configuração ou acima) <200 ms
Tempo de operação (para rampas 1,3 x o valor de configuração ou acima) <300 ms
Tempo de reset (configuração df/dt AvCycles = 0 para valores de
<250 ms
configuração df/dt acima de 0,1 Hz/s, sem atraso de tempo intencional)

Condições de referência: Testadas com ciclos Médios, df/dt AvCycles = 0, para valores de configuração df/dt
maiores do que 0,1 Hz/s, sem atraso de tempo.

5.5 TAXA MÉDIA DE MUDANÇA DA FREQUÊNCIA DE PROTEÇÃO

Precisão
Detecção (f) Configuração +/- 10 mHz
Detecção (df/dt) Configuração +/- 100 mHz/s
Declínio (queda) (Configuração + 20 mHz) +/- 10 mHz
Declínio (subida) (Configuração - 20 mHz) +/- 10 mHz
Temporizador de operação +/- 2% ou 30 ms, o que for maior

524 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

Tempo de operação
Tempo de operação (config. de Freq. Av Cycles = 0) <125 ms

Condições de referência: Para manter a precisão, o atraso de tempo mínimo deve ser:
Dt> 0,375 x Df + 0,23 (para valor Df <1 Hz)
Dt> 0,156 x Df + 0,47 (para valor Df >= 1 Hz)

5.6 RESTAURAÇÃO DA CARGA

Detecção Configuração +/- 2,5%


Declínio 0,95% x configuração +/- 2,5%
Temporizador de restauração +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Temporizador de retenção +/- 2% ou 50 ms, o que for maior

P14D-TM-PT-7 525
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

6 FUNÇÕES DE PROTEÇÃO DE POTÊNCIA

6.1 PROTEÇÃO CONTRA SOBREPOTÊNCIA / SUBPOTÊNCIA

Detecção Configuração +/- 10%


Declínio reverso/sobrepotência 0,95% x configuração +/- 10%
Declínio de potência avante baixo 1,05 x configuração +/- 10%
Detecção de variação de ângulo +/- 2°
Declínio de variação de ângulo +/- 2,5°
Tempo de operação +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Repetibilidade < 5%
Tempo de desengate <50 ms
tRESET +/- 5%
Tempo de operação instantâneo < 50 ms

6.2 PROTEÇÃO DE POTÊNCIA SENSÍVEL

Detecção Configuração +/- 10%


Declínio reverso/sobrepotência 0,9% x configuração +/- 10%
Declínio de potência avante baixo 1,1 x configuração +/- 10%
Detecção de variação de ângulo +/- 2°
Declínio de variação de ângulo +/- 2,5°
Tempo de operação +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Repetibilidade < 5%
Tempo de desengate <50 ms
tRESET +/- 5%
Tempo de operação instantâneo < 50 ms

6.3 PROTEÇÃO DE FALHA À TERRA WATTIMÉTRICA

Disparo Configuração +/- 10%


Declínio 0,95% x configuração +/- 10%
Tempo de operação +/- 5% ou 50 ms, o que for maior
Tempo de desengate < 50 ms
Tempo de operação instantâneo < 50 ms

526 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

7 DESEMPENHO DAS FUNÇÕES DE MONITORAMENTO E CONTROLE

7.1 SUPERVISÃO DO TRANSFORMADOR DE TENSÃO

Operação de bloco rápido < 25 ms


Reset de bloco rápido < 40 ms
Atraso de tempo +/- 2% ou 40 ms, o que for maior

7.2 SUPERVISÃO DO TRANSFORMADOR DE CORRENTE

IN> Detecção Configuração +/- 5%


VN< Detecção Configuração +/- 5%
IN> Declínio 0,9% x configuração +/- 5%
VN< Declínio 1,05 x configuração +/-5% ou 1 V, o que for maior
Operação de atraso de tempo Configuração +/-2% ou 20 ms, o que for maior
Operação de bloco CTS < 1,1 ciclos
Reset CTS < 40 ms

7.3 ESTADO DO DISJUNTOR E MONITORAMENTO DE CONDIÇÃO

Temporizadores +/- 40 ms ou 2%, o que for maior


Precisão de corrente interrompida < +/- 5%

7.4 TEMPORIZADORES PSL

Temporizador de cond. de saída Configuração +/- 2% ou 50 ms, o que for maior


Temporizador de cond. Permanente Configuração +/- 2% ou 50 ms, o que for maior
Temporizador de cond. de pulso Configuração +/- 2% ou 50 ms, o que for maior

7.5 VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO

Temporizadores +/- 25 ms ou 2%, o que for maior

7.6 MONITOR DE ALIMENTAÇÃO CC

Faixa de medição 19 V-310 V ±5%

P14D-TM-PT-7 527
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

Tolerância ±1,5 V para 19-100 V


±2% para 100-200 V
±2,5% para 200-300 V
Disparo 100% de configuração ± tolerância *
Declínio Histerese 2%
102% da configuração ± tolerância para o limite superior *
98% de configuração ± tolerância para o limite inferior *
Tempo de operação Configuração ± (2% ou 500 ms, o que for maior)
Tempo de desengate < 250 ms

Nota:
* Testado a 21°C

528 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

8 MEDIÇÕES E REGISTRO

8.1 GERAL

Precisão geral de medição a 20° C


Precisão geral de medição Tipicamente +/- 1%, mas +/- 0,5% entre 0,2 - 2 In/Vn
0,05 a 4 In +/- 0,5% de leitura (entrada de 1A)
Magnitude de corrente
0,05 a 4 In +/- 1,0% de leitura (entrada de 5A)
Magnitude de tensão 0,05 a 2 Vn +/- 1,0% de leitura
0° a 360° +/- 0,5° (0,05 a 4 In para entrada de 1A)
Fase de corrente
0° a 360° +/- 1° (0,05 a 4 In para entrada de 5A)
0° a 360° +/- 0,5° (0,2 a 2 Vn)
Fase de tensão
0° a 360° +/- 1° (0,05 a 2 Vn)
Frequência 40 a 70 Hz +/- 0,025 Hz
Potência (W) 0,2 a 2 Vn e 0,05 a 3 In +/- 5,0% de leitura com fator de potência unitário
Potência reativa (Vars) 0,2 a 2 Vn e 0,05 a 3 In +/- 5,0% de leitura com fator de potência zero
Potência aparente (VA) 0,2 a 2 Vn e 0,05 a 3 In +/- 5,0% de leitura
Energia (Wh) 0,2 a 2 Vn e 0,2 a 3 In +/- 5,0% de leitura com fator de potência zero
Energia (Varh) 0,2 a 2 Vn e 0,2 a 3 In +/- 5,0% de leitura com fator de potência zero

8.2 REGISTROS DE DISTÚRBIO

Precisão de medição de registros de distúrbio


Duração de registro mínimo 0,1 s
Duração de registro máximo 10,5 s
Número mínimo de registros 10,5 segundos 15
Precisão da magnitude e das fases relativas ±5% das quantidades aplicadas
Precisão da duração ±2%
Precisão da posição de disparo ±2% (disparo mínimo de 100 ms)

8.3 REGISTROS DE EVENTOS, FALHAS E DE MANUTENÇÃO

Registros de eventos, falhas e de manutenção


Localização de registros Memória flash
Método de visualização Mostrador do painel frontal ou MiCOM S1 Agile
Método de extração Extraído via porta USB
Número de registros de eventos Até 2048 registros de eventos com marcação de tempo
Número de registros de falha Até 10
Número de registros de manutenção Até 10

8.4 LOCALIZ.FALHA

Precisão
+/- 3,5% do comprimento da linha até SIR 30
Localiz. Falha
Condições de referência: falha sólida aplicada na linha

P14D-TM-PT-7 529
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

9 CONFORMIDADE COM PADRÕES


A conformidade com a European Commission Directive (Diretriz da Comissão Européia) referente a EMC e LVD é
por certificação própria nos padrões internacionais.

9.1 CONFORMIDADE EMC: 2004/108/EC


A conformidade com a EN60255-26:2009 foi usada para estabelecer conformidade.

9.2 SEGURANÇA DE PRODUTO: 2006/95/EC


A conformidade com a EN60255-27:2005 foi usada para estabelecer conformidade.

Classe de proteção
IEC 60255-27: 2005 Classe 1 (a menos que especificado de outra forma na documentação do equipamento). Este
equipamento exige um condutor de proteção (terra) para garantir a segurança do usuário.

Categoria de instalação
Categoria 3 de sobretensão IEC 60255-27: 2005. Equipamentos nesta categoria são testados para qualificação
com uma tensão de pico de 5kV, 1,2/50 mS, 500 Ohms, 0,5 J, entre todos os circuitos de alimentação e o terra, e
também entre circuitos independentes.

Ambiente
IEC 60255-27: 2005, IEC 60255-26:2009. O equipamento foi concebido apenas para uso interno. Caso seja
necessário seu uso ao ar livre, deve ser instalado dentro de um gabinete com o grau apropriado de proteção
contra ingresso de materiais estranhos.

9.3 CONFORMIDADE R&TTE


Equipamento terminal de rádio e telecomunicações (R&TTE) diretiva 99/5/EC.
A conformidade é demonstrada pela conformidade com a Diretiva EMC e com a diretiva de baixa tensão, para
zero volts.

9.4 CONFORMIDADE UL/CUL


Se marcado com este logo, o produto tem conformidade com os requisitos da Underwriters Laboratories (UL) do
Canadá e EUA.
O número e ID do respectivo registro UL é exibido pelo equipamento.

9.5 PADRÃO IDMT


A faixa de curvas IDMT usada para atender os seguintes padrões:
IEC 60255-151:2009

530 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

10 ESPECIFICAÇÕES MECÂNICAS

10.1 PARÂMETROS FÍSICOS

Medições físicas
20TE
Tipos de caso
30TE
Peso (Caso 20TE) 2 kg a 3 kg (dependendo das opções escolhidas)
Peso (Caso 30TE) 3 kg a 4 kg (dependendo das opções escolhidas)
Dimensões em mm (l x a x c) (Caso 20TE) L: 102,4mm A: 177,0mm P: 243,1mm
Dimensões em mm (l x a x c) (Caso 30TE) L: 154,2mm A: 177,0mm P: 243,1mm
Instalação Painel, gabinete ou reforma

10.2 PROTEÇÃO DO GABINETE

Contra pó, respingos de água (face dianteira) IP52 conforme a IEC 60529:2002
Proteção contra pó (todo o caso) IP50 conforme a IEC 60529:2002
Proteção para os lados da caixa (segurança) IP30 conforme a IEC 60529:2002
Proteção para a traseira da caixa (segurança) IP10 conforme a IEC 60529:2002

10.3 ROBUSTEZ MECÂNICA

Teste de vibração conforme a EN 60255-21-1:1996 Resposta: classe 2, Resistência: classe 2


Imunidade a choques e impactos conforme a Resposta a choques: classe 2, Resistência a choques: classe 1,
EN 60255-21-2:1995 Resistência a impactos: classe 1
Teste sísmico conforme a EN 60255-21-3: 1995 Classe 2

10.4 DESEMPENHO DA EMBALAGEM DE TRANSPORTE

Proteção da caixa de embalagem primária ISTA 1C


Testes de vibração 3 orientações, 7 Hz, amplitude 5,3 mm, aceleração 1,05g
10 quedas de 610 mm de altura em múltiplas faces da caixa,
Testes de queda
bordas e cantos

P14D-TM-PT-7 531
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

11 VALORES NOMINAIS

11.1 ENTRADAS DE MEDIÇÃO

Entradas de medição
Frequência nominal 50 Hz ou 60 Hz (configurável)
Faixa de operação 40 Hz a 70 Hz (Versão de software 55: 40 Hz a 65 Hz)
Rotação de fase ABC ou CBA

11.2 ENTRADAS DO TRANSFORMADOR DE CORRENTE

Corrente CA
Corrente nominal (In) 1A e 5A, dois valores nominais*
Carga nominal por fase < 0,05 VA a In
Contínua: 4 x In
10 s: 30 x In
Resistência térmica a corrente CA
1 s: 100 x In
Linear a 40 x In (corrente CA sem compensação)

Nota:
Uma entrada simples é usada em ambas as aplicações de 1A e 5A. A operação de 1 A ou 5 A é determinada por meio do
software na base de dados do produto.

Nota:
Essas especificações são aplicáveis a todos os TCs.

11.3 ENTADAS DO TRANSFORMADOR DE TENSÃO

Tensão CA
Tensão nominal 100 V a 120 V
Carga nominal por fase < 0,1 VA a Vn
Resistência térmica Contínua: 2 x Vn, 10 s: 2,6 x Vn

532 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

12 ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA

12.1 TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO DA ENERGIA AUXILIAR

24-250 V CC +/-20%
Faixa de operação nominal
110-240 V CA -20% + 10%
Faixa de operação máxima 19 a 300 V CC
Faixa de frequência da alimentação CA 45 – 65 Hz
Ripple <15% para uma alimentação CC (conformidade com a IEC 60255-11:2008)

12.2 CARGA NOMINAL

Carga em repouso 20TE 5 W máx.


30TE 6 W máx.
30TE com comunicações da 2nda
6,2 W máx.
traseira
30TE com Ethernet ou TCS 7 W máx.
Acréscimos para saídas de relé energizadas 0,26 W por relé de saída
Carga de entrada
24 V 0,065 W máx.
opto-acoplada
48 V 0,125 W máx.
110 V 0,36 W máx.
220 V 0,9 W máx.

12.3 INTERRUPÇÃO DA ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA AUXILIAR

IEC 60255-11:2008 (CC)


Padrão
IEC 61000-4-11:2004 (CA)
Quiescente / Meia carga Carga plena
19,2 V – 110 V CC >110 VCC 19,2 V – 110 V CC >110 VCC
20TE 50 ms 100 ms 50 ms 100 ms
30TE 50 ms 100 ms 30 ms 50 ms
30TE com comunicações da 2nda traseira 30 ms 100 ms 20 ms 50 ms
30TE com Ethernet ou TCS 50 ms 100 ms 20 ms 100 ms

Nota:
Carga máxima = todas as entradas/saídas energizadas

Nota:
Quiescente ou 1/2 carga = 1/2 de todas as entradas/saídas energizadas.

P14D-TM-PT-7 533
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

13 CONEXÕES ENTRADAS / SAÍDAS

13.1 ENTRADAS DIGITAIS ISOLADAS

Entradas digitais com isolamento ótico (entradas opto-acopladas)


Conformidade ESI 48-4
Tensão nominal 24 a 250 V CC
Faixa de operação 19 a 265 V CC
Resistência 300 V CC
Tempo de reconhecimento com o filtro de
< 2 ms
imunidade CC de meio ciclo removido
Tempo de reconhecimento com o filtro
< 12 ms
ativo

13.1.1 DETECÇÃO NOMINAL E LIMIARES DE RESET

Tensão nominal
Níveis lógicos: 60 a 80% DO/PU Níveis lógicos: 50 a 70% DO/PU Níveis lógicos: 58 a 75% DO/PU
da bateria
24/27 V Lógica 0 < 16.2V, Lógica 1 > 19.2V Lógica 0 < 12V, Lógica 1 > 16,8V Lógica 0 < 15,7V, Lógica 1 > 18V
30/34 Lógica 0 < 20.4V, Lógica 1 > 24V Lógica 0 < 15V, Lógica 1 > 21V Lógica 0 < 19.7V, Lógica 1 > 22.5V
48/54 Lógica 0 < 32.4V, Lógica 1 > 38.4V Lógica 0 < 24V, Lógica 1 > 33.6V Lógica 0 < 31.3V, Lógica 1 > 36V
110/125 Lógica 0 < 75V, Lógica 1 > 88V Lógica 0 < 55,0 V, Lógica 1 > 77V Lógica 0 < 72.5V, Lógica 1 > 82.5V
220/250 Lógica 0 < 150V, Lógica 1 > 176V Lógica 0 < 110V, Lógica 1 > 154V Lógica 0 < 145V, Lógica 1 > 165V

Nota:
O filtro é necessário para tornar as entradas opto-acopladas imunes a tensões CA induzidas.

13.2 CONTATOS DE SAÍDA PADRÃO

Conformidade Em conformidade com a IEC 60255-1:2009


Uso Saídas de relé de uso geral, para sinalização, desarme e geração de alarmes.
Tensão nominal 300 V
Corrente contínua máxima 10 A
Transporte de resistência de curta 30 A por 3 s
duração 250 A por 30 ms
Condução e Interrupção, CC Resistivo 50 W
Condução e Interrupção, CC Indutivo 62,5 W (L/R = 50 ms)
Condução e Interrupção, CA Resistivo 2500 VA Resistivo (cos phi = unidade)
Condução e Interrupção, CA Indutivo 2500 VA Indutivo (cos phi = 0,7)
Condução e Interrupção, CC Resistivo 30 A por 3 s, 10000 operações (sujeito aos limites acima)
Condução, continuamente e Interrupção,
4 A por 1,5 s, 10000 operações (sujeito aos limites acima)
CC Resistivo
Condução, continuamente e interrupção,
0,5 A por 1 s, 10000 operações (sujeito aos limites acima)
cc Indutivo

534 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

Condução, continuamente, e interrupção,


30 A por 200 ms, 2000 operações (sujeito aos limites acima)
ca Indutivo
Condução, continuamente, e interrupção,
10 A por 1,5 s, 10000 operações (sujeito aos limites acima)
ca Indutivo
Contato carregado 1000 operações por min.
Contato descarregado 10000 operações por min.
Tempo de operação < 5 ms
Tempo Reset < 10 ms

13.3 CONTATOS DE WATCHDOG

Uso Contatos não programáveis para indicação de bom funcionamento/falha de relé


Capacidade de desarme, CC Resistiva 30 W
Capacidade de desarme, CC Indutiva 15 W (L/R = 40 ms)
Capacidade de desarme, CA Indutiva 375 VA Indutivo (cos phi = 0,7)

13.4 ELO DE CURTO-CIRCUITO

Tensão de operação máxima 300 Vrms, 300 Vdc


Corrente de operação máxima 20 A

P14D-TM-PT-7 535
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

14 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

14.1 FAIXA DE TEMPERATURA AMBIENTE

Conformidade IEC 60255-27: 2005


Método de teste IEC 60068-2-1:2007 e IEC 60068-2-2 2007
Faixa de temperatura operacional -25°C a +55°C (contínua)
Faixa de temperatura de armazenamento e transporte -25°C a +70°C (contínua)

14.2 TESTE DE RESISTÊNCIA À TEMPERATURA

Teste de resistência à temperatura


Método de teste IEC 60068-2-1: 2007 e 60068-2-2: 2007
-40°C (96 horas)
Faixa de temperatura operacional
+70°C (96 horas)
-40°C (96 horas)
Faixa de temperatura de armazenamento e transporte
+85°C (96 horas)

14.3 FAIXA DE UMIDADE AMBIENTE

Conformidade IEC 60068-2-78: 2001 e IEC 60068-2-30: 2005


Durabilidade 56 dias a 93% de umidade relativa e +40°C
Calor úmido cíclico ciclos de seis horas (12 + 12), 93% RH, +25 to +55°C

14.4 AMBIENTES CORROSIVOS

Conformidade IEC 60068-2-42: 2003, IEC 60068-2-43: 2003


Ambiente industrial corrosivo/Controle ambiental ruim, Exposição de 21 dias em concentrações elevadas (25ppm) de
Dióxido de enxofre SO2 com umidade relativa de 75% e +25°C
Ambiente industrial corrosivo/Controle ambiental ruim, Exposição de 21 dias a concentrações elevadas (10ppm) de H2S
Sulfureto de hidrogênio com umidade relativa de 75% e +25°C
Névoa salina IEC 60068-2-52: 1996 KB severidade 3

536 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

15 TESTES DE TIPO

15.1 ISOLAMENTO

Conformidade IEC 60255-27: 2005


> 100 M ohm em 500 V CC (Usando apenas um testador de isolamento eletrônico/sem
Resistência ao isolamento
escovas)

15.2 FOLGAS E DISTÂNCIAS DE FUGA

Conformidade IEC 60255-27: 2005


Grau de poluição 3
Categoria de sobretensão Lll
Tensão de teste de impulso (não RJ45) 5 kV
Tensão de teste de impulso (RJ45) 1 kV

15.3 RESISTÊNCIA (DIELÉTRICO) A ALTA TENSÃO

Conformidade IEC IEC 60255-27: 2005


Entre entradas opto-acopladas independentes ou Vx e outros circuitos 2,82kV CC por 1 minuto
Entre todos os outros circuitos independentes 2 kV CA rms por 1 minuto
Entre Vx, ou entradas opto-acopladas, e o terminal terra de proteção 2,82kV CC por 1 minuto
Entre todos os outro circuitos independentes e o terminal terra de proteção 2 kV CA rms por 1 minuto
Entre contatos abertos de watchdog 1 kV CA rms por 1 minuto
Entre contatos abertos de relés de saída de troca 1 kV CA rms por 1 minuto
Entre todos os contatos RJ45 e o terminal terra de proteção 1 kV CA rms por 1 minuto
Entre todos os contatos tipo parafuso EIA(RS)485 e o terminal terra de proteção 1 kV CA rms por 1 minuto
Conformidade ANSI/IEEE Conformidade ANSI/IEEE C37.90-2005
Entre os contatos abertos de relés de saída normalmente abertos 1.5 kV CA rms por 1 minuto
Entre contatos abertos de relés de saída de variante normalmente abertos 1 kV CA rms por 1 minuto
Entre contatos abertos de watchdog 1 kV CA rms por 1 minuto

15.4 TESTE DE RESISTÊNCIA DE TENSÃO DE IMPULSO

Conformidade IEC 60255-27: 2005


Tempo frontal: 1,2 µs, Tempo até meio valor: 50 µs, Valor de pico: 5 kV,
Entre todos os circuitos independentes
0,5 J
Entre os terminais de todos os circuitos Tempo frontal: 1,2 µs, Tempo até meio valor: 50 µs, Valor de pico: 5 kV,
independentes 0,5 J
Entre todos os circuitos independentes e o terminal Tempo frontal: 1,2 µs, Tempo até meio valor: 50 µs, Valor de pico: 5 kV,
condutor do terra de proteção. 0,5 J

P14D-TM-PT-7 537
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

Nota:
As exceções são as portas de comunicação e os contatos de saída normalmente abertos, onde aplicável.

538 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

16 COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA

16.1 TESTE DE DISTÚRBIOS DE PULSO DE ALTA FREQUÊNCIA DE 1 MHZ

Conformidade IEC 60255-22-1: 2008, Classe III, IEC 60255-26:2013


Tensão de teste de modo comum (nível 3) 2,5 kV
Tensão diferencial de teste (nível 3) 1,0 kV

16.2 TESTE OSCILATÓRIO AMORTECIDO

EN61000-4-18: 2011: Nível 3, 100 kHz e 1 MHz. Nível 4: 3 MHz, 10 MHz e


Conformidade
30 MHz, IEC 60255-26:2013
Tensão de teste de modo comum (nível 3) 2,5 kV
Tensão de teste de modo comum (nível 4) 4,0 kV
Tensão de teste de modo diferencial 1,0 kV

16.3 IMUNIDADE A DESCARGA ELETROESTÁTICA

Conformidade IEC 60255-22-2: 2009 Classe 3 e Classe 4, IEC 60255-26:2013


Descarga de 15 kV no ar contra a interface com o usuário, mostrador e carcaça
Condição de classe 4
metálica
Condição de classe 3 Descarga de 8 kV no ar contra todas as portas de comunicação

16.4 REQUISITOS DE RUPTURA E TRANSIENTES ELÉTRICOS RÁPIDOS

IEC 60255-22-4: 2008 e EN61000-4-4:2004. Severidade do teste nível lll e lV, IEC
Conformidade
60255-26:2013
Aplicado nas entradas de comunicação Amplitude: 2 kV, frequência de estouro 5 kHz and 100 KHz (nível 4)
Aplicado na alimentação elétrica e em
todas as outras entradas exceto nas Amplitude: 4 kV, frequência de estouro 5 kHz and 100 KHz (nível 4)
entradas de comunicação.

16.5 CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA A SURTOS

Conformidade IEEE/ANSI C37.90.1: 2002


Transiente rápido de 4 kV e 2.5 kV oscilatório aplicados a modo comum e modo
Condição 1 diferencial às entradas opto-acopladas, relés de saída, TCs, TPs e alimentação
elétrica.
Transiente rápido de 4 kV e 2.5 kV oscilatório e modo comum aplicados a
Condição 2
comunicações, IRIG-B

P14D-TM-PT-7 539
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

16.6 TESTE DE IMUNIDADE DE SURTO

Conformidade IEC 61000-4-5: 2005 Nível 4, IEC 60255-26:2013


Duração do pulso Tempo para meio valor: 1,2/50 µs
Entre todos os grupos e terminal condutor de terra de proteção Amplitude 4 kV
Entre os terminais de cada grupo (excluindo as portas de
Amplitude 2 kV
comunicação, onde aplicável)

16.7 IMUNIDADE A ENERGIA ELETROMAGNÉTICA IRRADIADA

Conformidade IEC 60255-22-3: 2007, Classe III, IEC 60255-26:2013


Faixa de frequência 80 MHz a 3.0 GHz
Efetuar testes em: 80, 160, 380, 450, 900, 1850, 2150 MHz
Resistência de campo de teste 10 V/m
Teste usando AM 1 kHz @ 80%
Conformidade IEEE/ANSI C37.90.2: 2004
Faixa de frequência 80 MHz a 1 GHz
Efetuar testes em: 80, 160, 380, 450 MHz
Forma de onda 1 kHz @ 80% AM e pulso modulado
Resistência de campo 35 V/m

16.8 IMUNIDADE IRRADIADA PELAS COMUNICAÇÕES DIGITAIS

Conformidade IEC 61000-4-3: 2006, Nível 4, IEC 60255-26:2013


Faixas de frequência 800 a 960 MHz, 1,4 a 2,0 GHz
Resistência de campo de teste 30 V/m
Teste usando AM 1 kHz / 80%

16.9 IMUNIDADE RADIADA POR TELEFONES DE RÁDIO

Conformidade IEC 61000-4-3: 2006, IEC 60255-26:2013


Faixas de frequência 900 MHz e 1,89 GHz
Resistência de campo de teste 10 V/m

16.10 IMUNIDADE A DISTÚRBIOS CONDUZIDOS, INDUZIDOS POR CAMPOS DE


FREQUÊNCIAS DE RÁDIO

Conformidade IEC 61000-4-6: 2008, Nível 3, IEC 60255-26:2013


Faixas de frequência 150 kHz a 80 MHz

540 P14D-TM-PT-7
P14D Capítulo 22 - Especificações técnicas

Tensão de distúrbio de teste 10 V rms


Teste usando AM 1 kHz @ 80%
Testes pontuais 27 MHz e 68 MHz

16.11 IMUNIDADE DE CAMPO MAGNÉTICO

IEC 61000-4-8: 2009 nível 5


Conformidade
IEC 61000-4-9/10: 2001 nível 5
Teste IEC 61000-4-8 100 A/m aplicada continuamente, 1000 A/m aplicada por 3 s
Teste IEC 61000-4-9 1000 A/m aplicada em todos os planos
100 A/m aplicada em todos os planos a 100 kHz/1 MHz com uma duração de
Teste IEC 61000-4-10
ruptura de 2 segundos

16.12 EMISSÕES CONDUZIDAS

Conformidade EN 55022: 2010, IEC 60255-26:2013


Teste de alimentação elétrica 1 0,15 a 0,5 MHz, 79 dBµV (semi-pico) 66 dBµV (média)
Teste de alimentação elétrica 2 0,5 a 30 MHz, 73 dBµV (semi-pico) 60 dBµV (média)
Teste RJ45 (onde aplicável) 0,15 a 0,5 MHz, 97 dBµV (semi-pico) 84 dBµV (média)
Teste RJ45 (onde aplicável) 0,5 a 30 MHz, 87 dBµV (semi-pico) 74 dBµV (média)

16.13 EMISSÕES IRRADIADAS

Conformidade EN 55022: 2010, IEC 60255-26:2013


Teste 1 30 a 230 MHz, 40 dBµV/m à distância de medição de 10 m
Teste 2 230 a 1 GHz, 47 dBµV/m à distância de medição de 10 m
Teste 3 1 a 2 GHz, 76 dBµV/m à distância de medição de 10 m

16.14 FREQUÊNCIA DE ENERGIA

Conformidade IEC 60255-22-7:2003, IEC 60255-26:2013


Entradas opto-acopladas (A conformidade é obtida 300 V modo comum (Classe A)
usando o filtro opto-acoplado). 150 V modo diferencial (Classe A)

Nota:
A conformidade é obtida usando o filtro de entrada opto-acoplada.

P14D-TM-PT-7 541
Capítulo 22 - Especificações técnicas P14D

542 P14D-TM-PT-7
OPÇÕES DE PEDIDO

APÊNDICE A
Apêndice A - Opções de Pedido P14D

P14D-TM-PT-7
P14D Apêndice A - Opções de Pedido

Variável Número do pedido


1-4 5 6 7 8 9 10 11 12-13 14 15
Tipo do modelo
IED de Proteção de Gerenciamento do Alimentador - Direcional P14D

Aplicação
Adaptado ao caso 20TE A
Base B
Gerador pequeno G
Gerenciamento de Carga / Linha L
HIF (Somente TC SEF) * Z
PWH (Falha de Terra Direcional Watimétrica) (Apenas TC de terra padrão) H
*Disponível até sw55
Transformadores de Corrente / Tensão
TC de terra padrão 1
TC SEF 2

Opções de hardware
EIA RS485/IRIG-B (demodulado) 1
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) e Ethernet - Fibra de canal simples/Cobre (configurável como Failover *) 6
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) e EIA RS485 8
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) e Ethernet redundante dupla de cobre - 2x Cobre RJ45 (configurável como Failover) A
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) e Ethernet redundante dupla de fibra - 2x fibra multimodo (configurável como Failover) B
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) e Ethernet redundante dupla de cobre - 2x Cobre RJ45 (configurável como RSTP) C
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) e Ethernet redundante dupla de fibra - 2x fibra multimodo (configurável como RSTP) D
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) Ethernet redundante dupla de cobre - 2x Cobre RJ45 (configurável como PRP ou HSR) E
EIA RS485/IRIG-B (demodulada) Ethernet redundante dupla de fibra - 2x fibra multimodo (configurável como PRP ou HSR) F

* O Failover está disponível nas versões de software '55' e posteriores


Opções de I/O
Padrão (8 entradas lógicas + 8 saídas de relé) A
Total (11 entradas lógicas + 12 saídas de relé) B
Total (11 entradas lógicas + 12 saídas de relé) adequado para supervisão de circuitos de desarme C
Total (13 entradas lógicas + 12 saídas de relé) D
Total (3 entradas lógicas + 4 saídas de relé) E
Total (6 entradas lógicas + 8 saídas de relé) adequado para supervisão de circuitos de desarme F

Protocolo de comunicação
Courier 1
Modbus 2
IEC60870-5-103 (VDEW) 3
DNP3.0 4
IEC 61850 sobre Ethernet e Courier via RS485 traseira 6
IEC 61850 sobre Ethernet e IEC60870-5-103 via RS485 traseira 7
DNP3.0 sobre Ethernet e Courier via RS485 traseira 8
IEC 61850 sobre Ethernet e Modbus via RS485 traseira 9
IEC 61850 sobre Ethernet e DNP3.0 via RS485 traseira A

Caixa
20TE Flush (sem teclas de função, 4 LEDs programáveis) B
30TE Flush (3 teclas de função com LEDs, 8 LEDs programáveis) C
Apenas software 0
30TE Flush (Tensão de campo adaptada pra adaptação KCEG) 3
30TE Flush (sem jumpers de tensão de campo para a adaptação KCEG) 5
30TE Flush (Elo de curto-circuito adicional) 6

Idioma
Multilíngue (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol) 0
Multilíngue (Inglês, Russo, Italiano, Português) 6
Chinês, Iglês ou Francês via IHM, com Inglês ou Francês somente via porta de comunicação C

Referência de software
Será fornecida a versão mais recente, a menos que especificado o contrário **

Personalização / Regionalização
Padrão 0
Específico do cliente A
Com função de frequência (Modelo P14DB apenas no caso 20TE) F

Sufixo de projeto de hardware


Versão inicial A

P14D-TM-PT-7 A1
Apêndice A - Opções de Pedido P14D

A2 P14D-TM-PT-7
PARAMETROS & SINAIS

APÊNDICE B
Apêndice B - Parametros & Sinais P14D

Tabelas, contendo uma lista completa das configurações, dados de medição e sinais DDB de cada modelo de
produto, estão disponíveis em um arquivo PDF interativo separado, o qual é enviado anexo como um recurso
incorporado.
As tabelas são organizadas em um sistema de menu simples, que permite a seleção do idioma (se disponível), do
tipo e modelo de tabela, e pode ser visualizado e/ou impresso com uma versão atualizada do Adobe Reader.

Parametros & Sinais

P14D-TM-PT-7
DIAGRAMAS DE FIAÇÃO

APÊNDICE C
Apêndice C - Diagramas de fiação P14D

P14D-TM-PT-7
P14D Apêndice C – Diagramas De Fiação

OPÇÕES DE
MODELO CONEXAO EXTERNO DIAGRAMA TÍTULO DIAGRAMA -FOLHA EDIÇÃO
CORTEC*
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O A 10P14D01-1 B.1
(8 I/P e 8 O/P)
Opções de I/O A SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E SEF (8 P/E e 8 P/S) 10P14D02-1 C
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O A 10P14D03-1 C
(8 P/E E 8 P/S) COM ETHERNET
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O A 10P14D03-2 B
(8 P/E e 8 P/S) COM ETHERNET DE COBRE DUPLA
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA EARTH
Opções de I/O A 10P14D03-3 B
FAULT (8 P/E e 8 P/S) COM ETHERNET DE COBRE DUPLA
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E SEF (8 P/E & 8 P/S) COM
Opções de I/O A 10P14D04-1 C
ETHERNET E LINK DE CURTO OPCIONAL
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E SEF (8 P/E E 8 P/S) COM
Opções de I/O A 10P14D04-2 B
ETHERNET DE COBRE DUPLA
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA EARTH
Opções de I/O A 10P14D04-3 B
FAULT (8 P/E E 8 P/S) COM ETHERNET DE FIRBA DUPLA
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O B 10P14D05-1 B
(11 P/E E 12 P/S) COM 2 RS485
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E SEF (11 P/E E 12 P/S) COM
P14D Opções de I/O B 10P14D06-1 C
2 RS485
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O C 10P14D07-1 B
(11 P/E E 12 P/E) COM TCS
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E SEF (11 P/E E 12 P/S) COM
Opções de I/O C 10P14D08-1 C
TCS
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O D 10P14D09-1 B
(13 P/E E 12 P/S)
Opções de I/O D SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E SEF (13 P/E E 12 P/S) 10P14D10-1 C
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O A 10P14D11-1 B.1
(8 P/E E 8 P/S) PARA RETROFIT KCEG 140/142
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA COM
Opções de I/O A 10P14D12-1 B
ENTRADA DE TENSÃO RESIDUAL SEPARADA 8 P/E E 8 P/S
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O E 10P14D13-1 C
(3 P/E E 4 P/S)
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
Opções de I/O F 10P14D14-1 C
(6 P/E E 8 P/S) COM TCS
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA (8 P/E E
Opções de I/O A 10P14D15-1 C
8 P/S) COM LINK DE TERRA OPCIONAL
* Ao selecionar o(s) diagrama(s) de ligação(ções) aplicável(eis), pode ser útil fazer referência ao modelo de CORTEC apropriado.

P14D-TM-EN-7 C1
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
B.1 FALHA DE TERRA (8 I/P e 8 O/P)
Drg
Data: 28/06/2012 Nome: P.WIGGIN DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D01 Flh:
-
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C SEF (8 P/E e 8 P/S)
Drg
Data: 11/03/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D02 Flh:
-
CID SWOO-A6HC9T. PROX. FOLHA 2 ADICIONADA NOTA 3 MODIFICADA SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C FALHA DE TERRA (8 P/E E 8 P/S) COM ETHERNET
Drg
Data: 29/02/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D03 Flh: 2
A
P2 P1
A
S2 S1
B
C B
C
A B C
C B A

21
IA
N 22
23
IB
24
25
IC
26
27

IN
28

17
VA
18

VB
19
VC 20

NOTAS: 46
48 1
(a) FAZER LINKS CURTO NO TC
DESCONECTAR ANTES (b) E (c)
(b) TERMINAIS CURTO, INTERROMPER ANTES (c). 50
(c) TERMINAL LONGO
(d) PINO TERMINAL (TIPO P.C.B.) 52

45
47

49

51

1 53
3 4
5 6 55 SK2
7 8
9 10

13 14

17 18
+ 13
19 20
21 22
SK3
- 14
23 24

25 26

27 28

(COM CINTA DE ATERRAMENTO DA CAIXA)

CID SWOO-A6HC9T. PROBLEMA INICIAL SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E


B FALHA DE TERRA (8 P/E e 8 P/S) COM ETHERNET DE COBRE DUPLA
Drg
Data: 29/02/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 2
Data: Verif.: CP.TEOH (STAFFORD)
No.:
10P14D03 Flh: 3
A
P2 P1
A
S2 S1
B
C B
C
A B C
C B A

21
IA
N 22
23
IB
24
25
IC
26
27

IN
28

17
VA
18

VB
19
VC 20

NOTAS: 46
48 1
(a) FAZER LINKS CURTO NO TC
DESCONECTAR ANTES (b) E (c)
(b) TERMINAIS CURTO, INTERROMPER ANTES (c). 50
(c) TERMINAL LONGO
(d) PINO TERMINAL (TIPO P.C.B.) 52

45
47

49

51

1 53
3 4
5 6 55
7 8
9 10

13 14

17 18
+ 13 SK2
19 20
21 22
- 14
23 24

25 26

27 28 SK3

(COM CINTA DE ATERRAMENTO DA CAIXA)

CID SWOO-A6HC9T. PROBLEMA INICIAL SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE


B
Drg
Data: 29/02/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 3
Data: Verif.: CP.TEOH (STAFFORD)
No.:
10P14D03 Flh:
-
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C SEF (8 P/E & 8 P/S) COM ETHERNET E LINK DE CURTO OPCIONAL
Drg
Data: 11/03/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D04 Flh: 2
CID SWOO-A6HC9T. PROBLEMA INICIAL SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
B SEF (8 P/E E 8 P/S) COM ETHERNET DE COBRE DUPLA
Drg
Data: 29/02/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 2
Data: Verif.: CP.TEOH (STAFFORD)
No.:
10P14D04 Flh: 3
A
P2 P1
A
S2 S1
B
C B C
A B C
C B A

21
IA
N 22
23

24
25

26
27

28

17
VA
18

VB
19

VC 20

NOTAS: 46
48 1
(a) FAZER LINKS CURTO NO TC
DESCONECTAR ANTES (b) E (c)
50
(b) TERMINAIS CURTO, INTERROMPER ANTES (c).
(c) TERMINAL LONGO
52
(d) PINO TERMINAL (TIPO P.C.B.)

45
47

49

51

1
3 4 53
5 6
7 8 55
9 10

13 14

17 18
19 20
21 22 + 13 SK2
23 24
- 14
25 26

27 28

SK3

(COM CINTA DE ATERRAMENTO DA CAIXA)

CID SWOO-A6HC9T. PROBLEMA INICIAL SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E


B
Drg
Data: 29/02/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 3
Data: Verif.: CP.TEOH (STAFFORD)
No.:
10P14D04 Flh:
-
NOVO PROBLEMA CID PWIG-8NVMDK SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
B FALHA DE TERRA (11 P/E E 12 P/S) COM 2 RS485
Drg
Data: 03/12/2011 Nome: P.WIGGIN DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D05 Flh:
-
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C SEF (11 P/E E 12 P/S) COM 2 RS485
Drg
Data: 11/03/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D06 Flh:
-
NOVO PROBLEMA CID PWIG-8NVMDK SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
B FALHA DE TERRA (11 P/E E 12 P/E) COM TCS
Drg
Data: 03/12/2011 Nome: P.WIGGIN DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D07 Flh:
-
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C SEF (11 P/E E 12 P/S) COM TCS
Drg
Data: 11/03/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D08 Flh:
-
NOVO PROBLEMA CID PWIG-8NVMDK SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
B FALHA DE TERRA (13 P/E E 12 P/S)
Drg
Data: 03/12/2011 Nome: P.WIGGIN DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D09 Flh:
-
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C SEF (13 P/E E 12 P/S)
Drg
Data: 11/03/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D10 Flh:
-
SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
B.1 FALHA DE TERRA (8 P/E E 8 P/S) PARA RETROFIT KCEG 140/142
Drg
Data: 09/05/2012 Nome: P.WIGGIN DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D11 Flh:
-
NOVO PROBLEMA CID PWIG-8NVMDK SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E FALHA DE TERRA
B
Drg
Data: 03/12/2011 Nome: P.WIGGIN DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D12 Flh:
-
A
P2 P1
A
S2 S1
B
C B C
A B C
C B A

VER NOTA 2 & 3 N

21
IA
N 22
23
IB
24
25
IC
26
27
IN
28

17
VA
18

VB
19

VC 20

46
48
NOTAS: 1
3 4
50
(a) FAZER LINKS CURTO NO TC 5 6
DESCONECTAR ANTES (b) E (c) 7 8
(b) 52
TERMINAIS CURTO, INTERROMPER ANTES (c). 9 10
(c) TERMINAL LONGO
(d) PINO TERMINAL (TIPO P.C.B.) 13 14

17 18
19 20
21 22

23 24

25 26 13 +

27 28
14 -

(COM CINTA DE ATERRAMENTO DA CAIXA)

SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E


C FALHA DE TERRA (3 P/E E 4 P/S)
Drg
Data: 20/11/2015 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D13 Flh:
-
A
P2 P1
A
S2 S1
B
C B
C
A B C
C B A

21
IA
N 22
23
IB
24
25
IC
26
27

IN
28

VA 17

18
VB

19
VC 20

NOTAS:
46
(a) FAZER LINKS CURTO NO TC 48
DESCONECTAR ANTES (b) E (c)
(b) TERMINAIS CURTO, INTERROMPER ANTES (c).
(c) 50
TERMINAL LONGO
(d) PINO TERMINAL (TIPO P.C.B.)
52

74

76

78

1 57 58
80
3 4 59 60
5 6 61 62 82
7 8 63 64
9 10 65 66 84 13 +
67 68
13 14 69 70 14 -
71 72
17 18 73 74
19 20 75 76
21 22 77 78
23 24 79 80

25 26 81 82

27 28 83 84

(COM CINTA DE ATERRAMENTO DA CAIXA)

SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E


C FALHA DE TERRA (6 P/E E 8 P/E) COM TCS
Drg
Data: 20/11/2015 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D14 Flh:
-
CID SWOO-A6HC9T. NOTA 3 MODIFICADA PARA INCLUIR 'TC/TP' SOBRECORRENTE DE FASE DIRECIONAL P14D E
C
Drg
Data: 29/02/2016 Nome: S.WOOTTON DADOS CAD 1:1 DIMENSOES: mm ALSTOM GRID UK LTD Flh: 1
Data: Verif.: (STAFFORD)
No.:
10P14D15 Flh:
-
Imagination at work

Grid Solutions
St Leonards Avenue
Stafford, ST17 4LX, UK
+44 (0) 1785 250 070
www.gegridsolutions.com/contact

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P14D-TM-PT-7

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