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NOÇÕES DE

MÁQUINAS
TÉRMICAS

Autor: José Carlos Faustini de Rezende


NOÇÕES DE
MÁQUINAS
TÉRMICAS
NOÇÕES DE
MÁQUINAS
TÉRMICAS

Autor: José Carlos Faustini de Rezende

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Reconhecer os principais conceitos relacionados ao


funcionamento das máquinas térmicas.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais

? VOCÊ SABIA?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
MÁXIMA EXPOSIÇÃO o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIÁRIA PERMISSÍVEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos

Em “Atenção” estão destacadas as informações que não


4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas

o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!

trico.

tema elétrico tem


namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.

scos elétricos associados


Sumário
Introdução 15

Capítulo 1 - Máquinas térmicas


Objetivos 17
1. Máquinas térmicas 19
1.1. Ciclos teóricos e reais 19
1.1.1. Ciclo de Carnot 21
1.2. Ciclos termodinâmicos reais 22
1.2.1. Ciclo Otto 22
1.2.2. Ciclo Diesel 24
1.2.3. Ciclo Brayton 27
1.2.4. Ciclo Rankine 28
1.2.5. Turbo-expansores 29
1.3. Sistemas auxiliares de um motor a combustão interna
do ciclo Otto 29
1.3.1 Sistema de combustível 29
1.3.2. Sistema de ignição 33
1.3.3. Sistema de arrefecimento 36
1.3.4. Sistema de lubrificação 37
1.4. Exercícios 40
1.5. Glossário 44
1.6. Bibliografia 46
1.7. Gabarito 47

Capítulo 2 - Refrigeração
Objetivos 51
2. Refrigeração 53
2.1. Máquinas de refrigeração 53
2.2. Ciclos por compressão e absorção 53
2.2.1. Ciclo por compressão 53
2.2.2. Ciclo por absorção 56
2.3. Frio industrial 57
2.3.1. Aplicações do frio industrial 58
2.4. Fluidos refrigerantes 58
2.5. Gases refrigerantes 59
2.6. Condensadores 59
2.7. Evaporadores 61
2.8. Normas 62
2.8.1. Outras normas 63
2.9. Exercícios 67
2.10. Glossário 70
2.11 Bibliografia 71
2.12. Gabarito 72
Introdução

O
riginária do grego mechane, a palavra “máquina” significa
qualquer dispositivo engenhoso ou invenção que possua
várias partes, cada uma com uma função.

Cerca de 130 a.C., o inventor Heron de Alexandria catalogou os


primeiros instrumentos nomeados de máquinas simples: a alavanca,
a roda e eixo, a roldana, a cunha e a rosca. Essas máquinas simples
possuíam uma turbina de reação que era responsável por converter a
energia em movimento. Esse processo é conhecido hoje pela Terceira
Lei de Newton: a lei de ação e reação.

As máquinas térmicas atuam nesse mesmo processo, convertendo 15


energia interna de um combustível em energia mecânica, de forma
que essa energia gere movimento necessário para transportar, acionar
outras máquinas, gerar energia elétrica, dentre outros.

Elas têm participação importante na indústria do petróleo, figurando


como componentes vitais nos processos produtivos. As turbinas a
vapor e a gás e os motores a diesel, a gasolina e a vapor são máquinas
térmicas utilizadas na indústria.

Há máquinas térmicas de combustão interna e externa. Nas primeiras,


a transformação do combustível em energia e a sua conversão
em trabalho ocorrem no mesmo espaço físico, como é o caso dos
motores a gasolina e a diesel e das turbinas a gás. Nas de combustão
externa, os processos ocorrem em espaços físicos diferentes, como
é o caso das turbinas a vapor e dos turbo-expansores, nos quais
a geração de energia térmica ocorre em caldeiras ou num outro
processo químico.
As máquinas térmicas operam em um ciclo repetido de aquecimento
e pressurização de um fluido operante, da transformação de parte
da energia contida no fluido em trabalho mecânico e do descarte
da energia não aproveitada. Várias substâncias podem ser usadas
como fluido operante, entretanto as mais usadas nos equipamentos
industriais são a água, o ar e os hidrocarbonetos. Esses fluidos são os
responsáveis por receber calor e liberar trabalho.

As máquinas térmicas, portanto, utilizam energia na forma de calor


(gás ou vapor em expansão térmica) para provocar a realização de um
trabalho mecânico, gerado a partir da expansão do fluido contendo
temperatura e pressão.

16
Capítulo 1
Máquinas
térmicas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar os conceitos básicos relacionados aos ciclos


termodinâmicos das máquinas térmicas, bem como as suas
aplicações a máquinas reais;
• Reconhecer os principais sistemas de um motor ciclo Otto.
Alta Competência

18
Capítulo 1. Máquinas térmicas

1. Máquinas térmicas

A
s máquinas térmicas são dispositivos criados pelo homem para
transformar o calor, produzido a partir de uma fonte quente,
em energia mecânica utilizável, ou seja, geram trabalho (W).
Essas máquinas utilizam a energia do vapor d’água ou da mistura
gasosa produzida pela combustão de certos materiais combustíveis
ou a energia térmica de outras fontes, gerando um regime contínuo
de trabalho (W) mecânico.

Apesar dos diferentes tipos de máquinas térmicas, elas obedecem às


seguintes características:

• Recebem calor de uma fonte quente;

• Conservam apenas parte desse trabalho (W); 19

• Rejeitam o calor que não foi usado para um reservatório


chamado fonte fria;

• Funcionam por ciclos.

Ciclos termodinâmicos representam as transformações das condições


termodinâmicas de uma substância. Assim, nas máquinas térmicas o
trabalho é gerado por meio da aplicação dos ciclos adequados.

1.1. Ciclos teóricos e reais

A Termodinâmica estuda as relações entre calor, temperatura, energia


e trabalho (W) mecânico. Esses processos de conversão de energia são
governados por leis que definem as grandezas termodinâmicas:

• Lei zero: determina a temperatura e o equilíbrio térmico entre


os corpos;

• Primeira lei: estabelece o princípio de conservação da energia


de um sistema;
Alta Competência

• Segunda lei: define os limites de eficiência e a direção do fluxo


da energia.

O ciclo teórico, considerado como ideal, serve-nos como modelo


de estudo embora não seja alcançável na realidade, ou seja,
este ciclo não existe na prática. Nesse ciclo, podemos notar as
seguintes características:

• Ausência de atrito;

• Perdas para o meio externo e;

• Equilíbrio em todos os processos.

Por esses motivos é considerado ideal, servindo apenas de base para


a ciência explicar grande número de fenômenos ou operações.
20

O ciclo real é aquele que ocorre na realidade. Ao contrário do


ciclo teórico, não é imaginário. Nesse ciclo, podemos notar que
existem perdas de energia para o meio externo, causadas por atrito.
Além disso, não há tempo suficiente para o equilíbrio nos processos.

As máquinas térmicas funcionam de acordo com ciclos. A energia


adicionada em forma de calor em uma parte do ciclo é utilizada
como trabalho (W) útil em outra. Assim, a variação interna de energia
do sistema é a diferença entre o calor adicionado e o trabalho (W)
realizado. Essa é a descrição da primeira lei da termodinâmica, que é
expressa pela relação:

∆U = Q - W

Onde:

ΔU = Variação da energia interna;

Q = Calor recebido (adicionado) pelo sistema;

W = Trabalho realizado.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

1.1.1. Ciclo de Carnot

A máquina que funciona segundo o ciclo de Carnot é uma máquina


ideal em que a perda de calor para o exterior é mínima e, portanto,
apresenta o máximo rendimento entre os ciclos, muito embora na
prática nunca tenha sido possível construí-la.

Portanto, nenhuma máquina real pode superar a eficiência da


máquina de Carnot operando entre as mesmas temperaturas.

O ciclo de Carnot pode ser representado no diagrama PV a seguir, onde:

p
A Q1

B
T1 21

T2

C
Q2 v

AB = Expansão isotérmica do trabalho (W) realizado pelo gás;

BC = Expansão adiabática da liberação de calor para a fonte fria;

CD = Compressão isotérmica trabalho (W) adicionado ao gás;

DA = Compressão adiabática da adição de calor ao gás.

O trabalho (W) total realizado pelo gás é a área interna de ABCD.


Nesse caso, por termos um ciclo reversível, no qual o gás sempre
retorna a sua condição inicial, a eficiência pode ser dada por:
Alta Competência

Onde:

Tc = Temperatura da fonte fria (em graus Kelvin);

Th = Temperatura da fonte quente (em graus Kelvin).

Essa relação representa o máximo rendimento térmico que uma


máquina térmica, operando entre as temperaturas Tc e Th, pode
alcançar.

? VOCÊ SABIA?
Sadi Carnot (1796-1832) foi um engenheiro militar
francês que pesquisou sobre as características
básicas das máquinas térmicas, estudando o
problema de seu rendimento. Ele foi o primeiro a
22
demonstrar as características realmente significativas
do funcionamento das máquinas térmicas:
primeiramente, a máquina recebe de uma fonte
qualquer certa quantidade de calor a uma temperatura
elevada; depois, executa um trabalho (W) externo; e,
por fim, rejeita o calor à temperatura mais baixa do
que a correspondente ao calor recebido.

1.2. Ciclos termodinâmicos reais

Os diversos tipos de máquinas térmicas reais têm o seu princípio de


funcionamento baseado em ciclos termodinâmicos reais, sendo os
principais exemplos os ciclos de, Otto, Diesel, Brayton e Rankine.

1.2.1. Ciclo Otto

O ciclo Otto representa o funcionamento dos motores de combustão


interna cuja principal aplicação é a propulsão dos automóveis.
A máquina Otto é composta basicamente por um pistão trabalhando
em um cilindro fechado e acoplado a um eixo girante por uma biela
Capítulo 1. Máquinas térmicas

que permite a transformação do movimento alternativo em rotativo.


O cilindro possui também uma válvula de admissão da mistura
combustível + ar e uma de escape, bem com uma vela de ignição.
No esquema a seguir é apresentado o princípio de funcionamento de
um motor de ciclo Otto de quatro tempos, que são:

• Aspiração;

• Compressão;

• Combustão ou expansão;

• Descarga.
comb
ar

23

0-1 1-2 2-3

3-4 4-1 1-0

Princípio de funcionamento de um motor


Otto de quatro tempos
Na posição 0-1, o pistão se desloca para baixo admitindo a mistura
combustível – ar para o cilindro; esse é o tempo “aspiração”.

Na seqüência 1-2, as válvulas fecham e o pistão sobe, comprimindo a


mistura ar + combustível. Esse é o tempo “compressão”.
Alta Competência

Na seqüência 2-3, com o pistão na sua posição superior (ponto morto


superior), a mistura está comprimida e uma vela de ignição produz
uma centelha elétrica que inicia a combustão.

O calor gerado pela combustão eleva a pressão no cilindro forçando


o pistão para baixo como em 3-4. Esse é o temp de “combutão/
expansão”.

Ao atingir a sua posição mais baixa (ponto morto inferior) a válvula


de descarga se abre como em 4-1.

A nova subida do pistão em 1-0 permite a expulsão do gás queimado


e já sem pressão. É o tempo de “descarga”.

Quando o pistão atinge novamente o seu ponto morto superior, o


ciclo se reinicia.
24
Esse é o ciclo dos motores a gasolina, a álcool e a Gás Natural
Veicular (GNV).

? VOCÊ SABIA?
Em 1862, um engenheiro francês, Alphonse Beau
de Rochas idealizou o ciclo de “quatro tempos”
que, posteriormente (1876), foi implementado pelo
engenheiro alemão Nikolaus Otto, aplicando-o a um
motor térmico. Por isso, a designação de Ciclo Otto.

1.2.2. Ciclo Diesel

O ciclo Diesel representa o funcionamento dos motores de combustão


interna de mesmo nome.

Embora construtivamente tenham muitos pontos em comum com


os motores Otto, os motores movidos a diesel possuem algumas
diferenças típicas, que estão relacionadas, principalmente, com as
características do combustível utilizado.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

Nos motores Otto há necessidade de uma fonte de ignição para que


a combustão seja iniciada, já nos motores diesel, quando as condições
de temperatura e pressão geradas pela compressão do ar no cilindro
são suficientes para gerar a auto-ignição, apenas a injeção controlada
do combustível na câmara de combustão pode dar início à combustão.
O esquema a seguir descreve o seu funcionamento.

comb
ar

0-1 1-2 2-3

25

3-4 4-1 1-0

Princípio de funcionamento de um
motor Diesel
Na posição 0-1, o pistão se desloca para baixo admitindo somente ar
para o cilindro.

Na seqüência 1-2, as válvulas fecham e o pistão sobe, comprimindo o ar.

Na seqüência 2-3, com o pistão na sua posição superior (ponto morto


superior), o ar está comprimido e o combustível é injetado de forma
controlada por um bico injetor. A condição interna na câmara propicia
o início da combustão sem a necessidade de centelha elétrica.
Alta Competência

O calor gerado pela combustão eleva a pressão no cilindro, forçando


o pistão para baixo como em 3-4.

Ao atingir a sua posição mais baixa (ponto morto inferior) a válvula


de descarga se abre como em 4-1.

A nova subida do pistão em 1-0 permite a expulsão do gás queimado


e já sem pressão.

Quando o pistão atinge novamente o seu ponto morto superior, o


ciclo se reinicia.

? VOCÊ SABIA?
Em 1893, o engenheiro alemão Rudolf Diesel (1858-
1913) criou o primeiro modelo do motor a diesel. Há
algumas diferenças com relação a outros motores de
26 combustão interna, como por exemplo, enquanto
os cilindros dos motores Otto aspiram uma mistura
combustível – ar, os dos motores Diesel aspiram
somente ar.

Em função dos princípios de funcionamento dos dois


tipos de motores -enquanto para a gasolina, quanto
mais resistente a auto-ignição, melhor; para o diesel,
quanto menos resistente, melhor.

Engenheiros que continuaram o trabalho de Rudolf


Diesel o substituíram por um motor de ciclo misto, em
que o funcionamento relaciona-se ao mesmo tempo
com o ciclo Diesel e com o ciclo Otto.

Devido às suas características funcionais, os motores diesel trabalham


em regimes de mais baixa rotação, bem como possuem pior relação
peso-potência do que os de ciclo Otto de mesma cilindrada.
Isso explica a sua maior aplicação onde o torque é fator mais
importante, como veículos para transporte (ônibus, caminhões e
embarcações) e larga aplicação industrial. Outra justificativa para
essas aplicações é o fato do combustível queimado nos motores diesel
ser mais seguro (características de inflamabilidade na temperatura
ambiente).
Capítulo 1. Máquinas térmicas

1.2.3. Ciclo Brayton

O ciclo Brayton utiliza um gás contendo energia térmica que se


expande em uma turbina gerando trabalho (W). Este é um exemplo
de ciclo Brayton aberto, cujo conjunto é denominado “turbina a gás”,
muito utilizadas em aviões, na geração elétrica, no acionamento de
compressores de processo e na propulsão de navios.

Nesse ciclo, o ar é admitido e ganha pressão em um compressor e,


em seguida, recebe energia pela queima de um combustível em uma
câmara de combustão, expandindo-se em uma turbina que, além
de acionar o compressor, disponibiliza trabalho (W) externo. O gás
que sai da turbina é descarregado na atmosfera. Observe a seguir o
exemplo completo desse esquema.

Combustível

2 3 27

W
Câmara de
combustão
Compressor Turbina
Eixo

1 4

Entrada de ar Saída de gases

Esquema do ciclo Brayton

Como mais de 2/3 da energia fornecida pela queima do combustível


é consumida internamente no acionamento do compressor que
alimenta a câmara de combustão, a turbina a gás possui um rendimento
térmico em torno dos 30%. Na ilustração a seguir estão mostrados os
componentes principais de uma turbina a gás industrial.

exaustor
Admissão Rotor do
de ar compressor

combustor

Combustível
Estator Turbina
do compressor

Componentes de uma turbina a gás industrial


Alta Competência

As turbinas a gás têm como suas maiores qualidades a compacticidade


(relação peso x potência) e a possibilidade de utilizar vários tipos de
combustíveis, como diesel, querosene de aviação (QAV), gás natural
e óleo combustível. O fator peso-potência é o que determina sua
larga aplicação na aviação. Também essa característica, associada à
flexibilidade no uso de combustíveis, determina o seu uso intensivo
em plataformas de produção de petróleo.

Como o gás da exaustão de uma turbina ainda contém uma considerável


quantidade de energia térmica (em torno de 400 ºC), freqüentemente
ele é utilizado para aquecimento ou geração de vapor.

1.2.4. Ciclo Rankine

O ciclo Rankine é basicamente uma adaptação do ciclo de Carnot.


É o mais usado em usinas termelétricas e nucleares. Tem como fluido
28 operante a água, que passa à fase de vapor quando aquecida em
uma caldeira, gerando, dessa forma, trabalho (W). Outros líquidos
podem ser usados, mas a água é o mais comum.

Se a expansão ocorrer em uma turbina, por exemplo, esta pode ser


usada para acionar equipamentos rotativos, como geradores elétricos
e compressores. Nesse caso, o vapor que deixa a turbina condensa-
se e a água é bombeada de volta à caldeira. Outro exemplo prático
do ciclo é a locomotiva a vapor, em que a turbina é substituída por
pistões a vapor. A seguir é mostrada a visão esquemática do ciclo.

Caldeira Turbina

W34
Q23 4
Condensador

2
W12 Q41

1
Bomba
Esquema do ciclo Rankine
Capítulo 1. Máquinas térmicas

As turbinas a vapor têm vasta aplicação na indústria da


energia, principalmente na área de refinarias e petroquímicas.
Em alguns FPSOs (Floating Production Storage Offloading) elas
são usadas para geração de energia elétrica e acionamento de
bombas e compressores.

1.2.5. Turbo-expansores

Os turbo-expansores são turbinas que utilizam gases provenientes


de processos químicos que ainda contenham quantidade de energia
térmica suficiente para gerar trabalho (W) mecânico quando
expandidos nestas. São largamente utilizados em refinarias,
petroquímicas e unidades de produção de gasolina natural.

1.3. Sistemas auxiliares de um motor a combustão interna do


ciclo Otto
29
Os sistemas de um motor a combustão interna do ciclo Otto (gasolina
ou álcool) necessitam para o seu funcionamento de sistemas auxiliares
que desempenham funções diversas, como por exemplo:

• Sistema de combustível;

• Sistema de ignição;

• Sistema de arrefecimento;

• Sistema de lubrificação.

1.3.1 Sistema de combustível

É o sistema responsável por introduzir o combustível no motor,


misturando-o com ar. Em um motor movido à gasolina, a alimentação
é feita através de um carburador ou através de injetores de gasolina
colocados diretamente no coletor de admissão do motor.

a) Carburação

Entendemos por carburação o processo no qual a mistura ar/


combustível é produzida com o objetivo de gerar uma combustão
otimizada. Cabe também à carburação suprir o motor com a vazão
Alta Competência

adequada de combustível para cada regime de funcionamento do


mesmo. Para a gasolina, a relação ideal está na faixa de 15 partes de
ar para uma de combustível e para o álcool 9. Valores mais baixos que
estes indicam uma mistura rica, que provoca maior consumo e mais
poluição. Misturas pobres - muito ar - geram perda de potência.

b) Sistema de combustível a carburador

A ilustração a seguir mostra os principais componentes de um


carburador típico.
Alimentador

Afogador

Entrada de Emulsionador
gasolina (compensador)

Cuba Vent

Bóia
Difusor (venturi)
secundário

30 Agulha de
entrada

Difusor (venturi)
principal
Bomba de aceleração
Mistura atomazida
Gigle principal

Borboleta de aceleração
Circuito de baixa
Agulha de ajuste
(marcha lenta)
(marcha lenta)

Componentes de um carburador típico

O combustível é recebido na cuba fornecido por uma bomba que o


movimenta a partir de um reservatório. Um sistema de bóia e agulha
mantém o nível da cuba constante. O acionamento do acelerador atua
na abertura da válvula-borboleta de controle do fluxo, permitindo
um aumento da vazão de ar que passa pelo venturi. Uma depressão é
formada no centro, arrastando o combustível e formando uma mistura
atomizada que é direcionada para a admissão do motor. Na condição
de marcha lenta, onde a válvula-borboleta de aceleração está fechada,
a alimentação se faz por um circuito alternativo. Em condições de
aceleração, um fluxo adicional de combustível é requerido, sendo este
fornecido por um dispositivo que força uma injeção por um circuito
independente. O afogador permite o enriquecimento da mistura,
requerido quando o motor está frio, facilitando a sua partida
Capítulo 1. Máquinas térmicas

c) Sistema de combustível a injeção

A evolução dos sistemas de alimentação fez com que o carburador


fosse sendo substituído por um sistema de injeção direta, controlado
eletronicamente. Esse sistema garante que o motor receba somente o
volume de combustível de que necessita para um melhor desempenho
no regime em que está sendo solicitado.

Nos sistemas de injeção eletrônica, todos os componentes são


controlados por um módulo eletrônico central, que recebe várias
informações do funcionamento do motor via sensores elétricos, tais
como: rotação, fluxo de ar, ângulo de posição do eixo, posição da
válvula-borboleta, temperaturas e pressões, entre outros. O esquema
a seguir descreve o funcionamento desse sistema.

Ar

Bico injetor
31
P

B
Controle de
Vazão

Tanque de
combustível

Mistura
Módulo
Sensores eletrônico
de controle

Velas
Sistema de injeção eletrônica
Alta Competência

Uma bomba elétrica de combustível mantém uma pressão constante


na entrada dos bicos injetores, que são acionados para abrir e dosar
a quantidade de combustível determinada pela central, que também
controla o sistema de ignição.

Um sistema de injeção tem como principais componentes:

• Bico injetor: controla o volume de combustível, atuando através


de comandos enviados pela “unidade comando eletrônico”;

• Regulador de pressão: atua como limitador de pressão de


combustível de 1 a 2 bar, permitindo o retorno de combustível
em excesso para o reservatório;

• Bomba de combustível: possui acionamento elétrico. Sua


operação independe da rotação do motor, mantendo assim o
sistema sem flutuações de pressão;
32
• Atuador de marcha lenta: tem a função de controlar a vazão
de ar em regime de marcha lenta, permitindo, assim, controle
da rotação em qualquer instante de funcionamento do motor;

• Unidade de comando eletrônico: é o centro de operação de


todos os componentes do sistema de alimentação de combustível.
Tem a função de monitorar e analisar os dados enviados pelos
sensores, sinalizando ao injetor, e em alguns casos ao sistema de
ignição, as condições de trabalho (W) solicitadas pelo motor.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

? VOCÊ SABIA?
Uma forma de se aproveitar parte da energia
rejeitada por um motor de combustão interna é
acoplar turbinas acionadas pelos gases de escape.
Esse processo é chamado de turboalimentação.
Os gases que saem da câmara de explosão possuem
temperatura elevada e certa pressão e a turbina
converte parte dessa energia mecânica. A função é
aumentar a capacidade de admissão de ar no motor,
uma vez que este sendo admitido a uma pressão maior
que a atmosférica permite que uma maior massa de
ar seja admitida, gerando maior potência. A seguir,
é apresentado um esquema de funcionamento do
dispositivo. O recurso da turboalimentação pode ser
utilizado tanto em motores do ciclo Otto como nos
de ciclo Diesel. 33

Coletor Coletor
de escape de admissão

Intercooler

Regulador
Atuador

Válvula
de alívio Rotor de compressor

Filtro de ar
Rotor de escape Turbo

1.3.2. Sistema de ignição

O sistema de ignição é um sistema elétrico que tem a função de


gerar uma centelha no interior da câmara de combustão, que dá
início a queima da mistura combustível - ar.
Alta Competência

A centelha é gerada no interior da câmara de combustão, dando


início a queima da mistura combustível - ar. Essa centelha é formada
na vela - um eletrodo que abre um arco voltaico quando submetido
à alta tensão, obtida por um circuito elétrico composto por uma
bateria, uma bobina que eleva a tensão e um distribuidor para as
velas no momento requerido.

No esquema a seguir são mostrados os componentes principais do


sistema:

+
7
1

RV
6

34 5

3 4

Sistema de ignição
1- bateria, 2- comutador de ignição, 3- bobina de ignição,
4- distribuidor de ignição, 5- condensador de ignição,
6- platinado, 7- velas de ignição, Rv- pré-resistor.

O momento em que o sistema de ignição dispara a centelha na


vela é de suma importância para o funcionamento de um motor
a gasolina. É o chamado ponto de ignição. Como a queima não
é instantânea, o sistema promove uma antecipação da centelha
em relação ao ponto morto superior do cilindro, ou seja, quando
a pressão interna deveria atingir o seu valor máximo requerido,
otimizando o trabalho (W) gerado. Assim, essa antecipação tem um
momento ótimo e o desvio em relação a esse valor produz efeitos
indesejáveis ao funcionamento/integridade do motor.

Quando a antecipação – medida em graus em relação ao Ponto Morto


Superior (PMS) – é excessiva, dizemos que o ponto está adiantado,
podendo provocar o fenômeno da auto-ignição ou detonação, a
comumente chamada “batida de pino”. A auto-ignição é uma queima
descontrolada que pode gerar sérios danos ao motor, como erosão nos
pistões. Por outro lado, motores atrasados – com pouca antecipação
da ignição – perdem potência e aquecem acima do normal.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

a) Octanagem

O rendimento de um motor do ciclo Otto é diretamente


proporcional à sua taxa de compressão. Isso quer dizer que
os motores devem ser construídos com a maior taxa possível.
Na prática, temos uma limitação a isso, que é a possibilidade de
ocorrer a auto-ignição da mistura “combustível - ar”, quando as
condições de “temperatura - pressão” na câmara são elevadas.
Como dito anteriormente, essa é uma condição indesejável aos
motores. Assim, o limite da taxa de compressão está vinculado à
resistência que o combustível tem em iniciar uma auto-ignição.

Esta propriedade de um combustível pode ser medida e foi


padronizada, chamada de Octanagem ou Índice de Octana, pois é
medida em comparação com uma mistura de isoctano com n-heptano.
Assim, o valor da octanagem de uma gasolina é dado pelo percentual
de isoctano da mistura equivalente, e quanto maior o valor, maior 35
a resistência e, portanto, melhor a gasolina. No Brasil, temos como
exemplos a gasolina comum, com 87 octanas, e a Premium Podium
Petrobras, com 95 octanas. Os motores são projetados para atender à
octanagem média da gasolina fornecida no país.

Tanto a gasolina comum quanto a aditivada tem octanagem 86. Este


índice é indicado para a maioria da frota de veículos que circulam
no Brasil. Já a gasolina Premium possui octanagem 91, podendo ser
utilizada em qualquer veículo. Embora a octanagem da gasolina
Premium seja superior a da comum e a da aditivada, não traz nenhum
benefício se o motor não exigir esse tipo de combustível (alta taxa de
compressão, com monitoramento eletrônico, injeção multiponto e
projetados para gasolinas de alta octanagem).
Alta Competência

? VOCÊ SABIA?
O teor de álcool na gasolina é objeto de Lei
Federal e de responsabilidade da Agência Nacional
de Petróleo – ANP. No Brasil, com exceção do Rio
Grande do Sul, é utilizada uma mistura de 76% de
gasolina e 24% de álcool etílico (etanol). É uma
gasolina única no mundo.

No Brasil, também se mistura etanol à gasolina, na


forma de 24% de etanol anidro, a 99,6 ºGay-Lussac (GL)
e 0,4% de água, formando uma mistura “gasohol” com
o objetivo de aumentar a octanagem da gasolina.

1.3.3. Sistema de arrefecimento


36
Menos de uma quarta parte da energia calorífica desenvolvida em
um motor do ciclo Otto é convertida em trabalho (W) útil. O calor
restante deve ser dissipado para que nenhum dos componentes do
motor aqueça a ponto de ser danificado.

Quando se pisa fundo no acelerador, cerca de 36% do calor são


descartados pelo escapamento, 7% são consumidos em atritos
internos que são absorvidos pelo óleo de lubrificação e 33%
dissipam-se no sistema de arrefecimento, antes chamado de sistema
de refrigeração. O circuito fechado de arrefecimento é composto por
uma bomba, uma válvula termostática que controla a temperatura,
mangueiras e camisas no bloco do motor para condução do líquido
de arrefecimento, e um radiador que troca calor com o ar externo.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

Os tipos de sistemas de arrefecimento são:

Nesse sistema, os cilindros do motor (às vezes, também, o cárter)


Sistema de
possuem aletas que aumentam a superfície de contato com o ar,
refrigeração a ar
permitindo uma melhor troca de calor com o meio.
Nesse sistema, a água é utilizada como condutora de calor
Sistema de entre o motor e o ar atmosférico. A refrigeração é obtida pelo
arrefecimento a forte calor da água em contato com o exterior dos cilindros e do
água cabeçote. Com isso, a temperatura do motor fica estabilizada e o
seu funcionamento mais regular.

Sistema de Nesse sistema, não há uma bomba, a circulação de água é


arrefecimento feita naturalmente pela diferença de densidade entre a água
natural – fria (menos densa) do motor e a água quente (mais densa) do
Termossifão radiador. Esse tipo de circulação é chamado de Termossifão.

Nesse sistema, há uma bomba que agiliza a circulação, resultando


Sistema de em uma menor diferença de temperatura nas extremidades do
circulação forçada radiador e menos riscos de congelamento no inverno. Entretanto, 37
por bomba quando o motor é acionado, a água fria entra imediatamente em
circulação e o aquecimento do motor é mais lento.

1.3.4. Sistema de lubrificação

A função do óleo no motor não consiste apenas em reduzir o atrito


e o desgaste dos componentes móveis, mas também exerce função
de selagem (atua nos anéis do pistão selando os gases da câmara de
combustão), de dissipar o calor, de diminuir a corrosão e absorver
alguns dos resíduos nocivos da combustão.

O óleo encontra-se no cárter, na parte inferior do motor, e é enviado


por uma bomba para os apoios principais através de um filtro.
O bloco do motor dispõe de uma série de ranhuras que conduzem o
óleo para os mancais, cilindros, conjunto de válvulas de admissão e
descarga, entre outros. O resfriamento do óleo é normalmente feito
no cárter por troca com ambiente externo, sendo que em motores de
alta performance é utilizado um radiador específico.
Alta Competência

a) Lubrificantes

Os óleos lubrificantes para motores possuem, entre outras, as


seguintes propriedades:

Viscosidade: caracteriza as particularidades de escoamento do


óleo. Ela é modificada com a temperatura; nesse sentido, quanto
mais quente está o óleo, menor a viscosidade. A viscosidade ainda
deve ser suficiente para assegurar um atrito líquido a temperaturas
de funcionamento das peças do motor entre 353 °K e 423 °K (80 a
150 °C).

Ponto de combustão: a temperatura na qual o óleo emite vapores


suscetíveis de serem inflamados. O ponto de combustão deve ser
o mais elevado possível, evitando fugas por vaporização quando
em contato com as partes inferiores do pistão do motor quente.
38 A temperatura de combustão é geralmente superior a 493 °K
(220 °C) para os óleos finos, e para os óleos espessos, ela ultrapassa
253 °K (250 °C).

Ponto de congelamento: o óleo, a uma determinada temperatura,


não escorre mais de uma proveta quando esta é inclinada. O ponto
de congelamento deve ser o mais baixo possível, facilitando, assim,
que o motor entre em movimento após um tempo prolongado sob
temperaturas muito baixas.

Os lubrificantes devem possuir também características detergentes,


que contribuem para manter a limpeza interna do motor, anti-
corrosivos e contra formação de borras e depósitos nas partes internas
nos motores.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

Os tipos de sistemas de lubrificação são:

Nesse sistema, as cubas colocadas perto da passagem de cada


Lubrificação por biela são alimentadas por uma bomba de óleo. As bielas possuem
salpico uma colher (pescador) que apanha o óleo que passa pela cuba; por
inércia, o óleo penetra em seguida na biela e lubrifica o moente.

Nesse sistema, o óleo chega aos mancais sob pressão, sendo


canalizado até aos moentes para lubrificar as bielas. Tanto os
Lubrificação por
mancais quanto as bielas não possuem ranhuras de lubrificação,
pressão
com exceção de algumas câmaras de óleo curtas que não
desembocam no exterior.

Nesse sistema, a lubrificação ocorre sob pressão de todos os


Lubrificação por
mancais e a lubrificação das bielas por um jato de óleo, que
projeção
intensifica a penetração do mesmo no interior da biela.

Lubrificação por Nesse sentido, o óleo é misturado com o combustível penetrando


mistura no motor, proporcionalmente ao consumo do mesmo.

Nesse sistema, o óleo fica em um reservatório independente, 39


sendo introduzido sob pressão nos elementos a lubrificar. O óleo
Lubrificação por
que tende a se acumular no fundo do cárter é aspirado por uma
cárter seco
segunda bomba, chamada bomba de retorno, que o remete ao
reservatório.
Alta Competência

1.4. Exercícios

1) Qual é a função de um sistema de ignição?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________

2) Qual a diferença entre ciclo teórico e ciclo real?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

3) Complete:

a) O ciclo _______________ caracteriza um motor térmico ideal  em


que a perda de calor para o exterior é mínima e, portanto, apresenta
o máximo rendimento entre os ciclos.
40
b) O ciclo _____________ representa o funcionamento dos motores
de combustão interna cuja principal aplicação é a propulsão dos
automóveis.

c) O ciclo ______________ aplica-se aos motores lentos estudados


para a propulsão dos barcos.

d) O ciclo _______________ usa a água, que passa à fase vapor quando


aquecida em uma caldeira e se expande para gerar trabalho.

e) O ciclo _______________ utiliza um gás contendo energia térmica


que se expande em uma turbina, gerando trabalho.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

4) Qual a diferença entre sistema de carburação e injeção?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

5) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com


os tipos de sistemas de arrefecimento e lubrificação listados na
segunda coluna:
(1) O óleo fica em um reservatório in- ( ) Sistema de
dependente, sendo introduzido sob lubrificação
pressão nos elementos a lubrificar. por projeção.

(2) O óleo é misturado com o combustí- ( ) Sistema de


vel, penetrando no motor proporcio- lubrificação
nalmente ao consumo do mesmo. por salpico.
41
(3) O óleo chega aos mancais sob pres- ( ) Sistema de
são, sendo canalizado até aos mo- lubrificação
entes para lubrificar as bielas. por mistura.
(4) A lubrificação ocorre sob pressão ( ) Sistema de
de todos os mancais e a lubrifica- lubrificação
ção das bielas por um jato de óleo. por cárter
seco.
(5) As cubas colocadas perto da passa- ( ) Sistema de
gem de cada biela são alimentadas lubrificação
por uma bomba de óleo. por pressão.
Alta Competência

6) Marque a alternativa correta.

a) Neste sistema, a água é utilizada como condutor de calor entre


o motor e o ar atmosférico.

( ) Sistema de refrigeração a ar.

( ) Sistema de arrefecimento a água.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.

b) Neste sistema, os cilindros do motor (às vezes, também, o cárter)


possuem aletas que aumentam a superfície de contato com o ar.

( ) Sistema de refrigeração a ar.

( ) Sistema de arrefecimento a água.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.

c) Neste sistema, há uma bomba que agiliza a circulação, resultan-


42
do em uma menor diferença de temperatura nas extremidades do
radiador e menos riscos de congelamento no inverno.

( ) Sistema de arrefecimento natural – Termossifão.

( ) Sistema de arrefecimento a água.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.

d) Neste sistema, não há uma bomba, a circulação de água é feita


naturalmente pela diferença de densidade entre a água fria do
motor e a água quente do radiador.

( ) Sistema de refrigeração a ar.

( ) Sistema de arrefecimento natural – Termossifão.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.


Capítulo 1. Máquinas térmicas

7) Correlacione as colunas, identificando os principais sistemas de


um motor ciclo Otto.
A) Sistema de ( ) A função do óleo no motor não
combustível consiste apenas em reduzir o atrito e
o desgaste dos componentes móveis,
mas também exerce função de selagem
(atua nos anéis do pistão, selando os
gases da câmara de combustão), de
dissipar o calor, de diminuir a corrosão
e absorver alguns dos resíduos nocivos
da combustão.
B) Sistema de ( ) É um sistema que tem a função de dis-
ignição sipar o calor restante resultante do pro-
cesso de conversão de energia para que
nenhum dos componentes do motor
aqueça ao ponto de ser danificado.
C) Sistema de ( ) É um sistema elétrico que tem a função
43
arrefecimento de gerar uma centelha no interior da
câmara de combustão, que dá início à
queima da mistura combustível - ar.
D) Sistema de ( ) É o sistema responsável por introduzir
lubrificação o combustível no motor, misturando-o
com ar. Em um motor movido a gasoli-
na, a alimentação é feita através de um
carburador ou através de injetores de
gasolina colocados.
Alta Competência

1.5. Glossário
Afogador - dispositivo no painel do veículo, o qual enriquece a mistura de ar +
combustível.

Aleta - chapa paralela, presa às carcaças dos motores com o objetivo de aumentar
a área de contato com o ar para o resfriamento.

ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Biela - peça responsável pela transferência do movimento alternativo em rotativo.

Cárter - o cárter de um motor é em ferro fundido ou em alumínio fundido. Forma


a parte principal do bloco do motor e contém o virabrequim, o eixo de cames
(motor de válvulas laterais) e a bomba de óleo. As extremidades do cárter têm
freqüentemente garras destinadas à fixação do motor. As paredes extremas e as
divisórias internas suportam os mancais do virabrequim.

Cilindrada - medida do volume deslocado de um motor de combustão interna a


pistão. É obtido pelo produto do diâmetro pelo curso dos pistões, multiplicado
44 pelo número de cilindros do motor.

Combustão - reação química entre uma substância (o combustível) e um gás (o


comburente), geralmente o oxigênio, para liberar.

Fluido operante - em uma máquina térmica, tem o papel de receber o calor e liberar
o trabalho. Várias substâncias podem ser usadas como fluido operante, mas os mais
usados nos equipamentos industriais são a água, o ar e os hidrocarbonetos.

FPSO - Floating Production Storage Offloading. Sistema Flutuante de Produção,


Armazenamento e Transferência.

GL - Gay-Lussac.

Mancal - suporte do rolamento nos eixos dos motores.

Moente - pino do eixo manivela.

Pistão - peça móvel do motor responsável por movimentar o eixo manivela.

PMS - Ponto Morto Superior.

Proveta - recipiente cilíndrico de vidro encontrado em laboratórios.

QAV - querosene de aviação.

Ranhura - pequenos canais onde corre o óleo lubrificante.

Trabalho (W) - para fins da termodinâmica, trabalho é a energia que passa de um


corpo para outro devido à ação de uma força.
Capítulo 1. Máquinas térmicas

Válvula-borboleta - válvula responsável por dosar a quantidade de ar na entrada


da câmara de combustão.

Venturi - estreitamento do tubo no qual é criada uma depressão onde o ar suga o


combustível.

Viscosidade - propriedade dos fluidos correspondente ao transporte microscópico


de quantidade de movimento por difusão molecular.

45
Alta Competência

1.6. Bibliografia
ALMEIDA, Silvio Carlos Anibal de. Motores de Combustão Interna. Apostila. Rio
de Janeiro: UFRJ. Disponível em: <http://mecanica.scire.coppe.ufrj.br/util/
b2evolution/media/silvio/apmotoresMCI05_01.pdf>. Acesso em: 29 set 2008.

CARBONE, Luis. Máquinas Térmicas. Rio de Janeiro: CEFET/RJ, 1993.

RIBEIRO, Almir Francisco. Refrigeração e Ar condicionado. Apostila. Petrobras. Rio


de Janeiro: 2004.

VAN WYLEN, Gordon & SONNTAG, Richard E. Fundamentos da Termodinâmica.


São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1998.

46
Capítulo 1. Máquinas térmicas

1.7. Gabarito
1) Qual é a função de um sistema de ignição?

Esse sistema elétrico tem a função de gerar uma centelha no interior da câmara de
combustão, que dá início a queima da mistura combustível - ar.
2) Qual a diferença entre ciclo teórico e ciclo real?

No ciclo teórico temos ausência de fricção, equilíbrio em todos os processos e


não há perda de energia para o meio externo. Já no ciclo real há fricção, tempo
insuficiente para equilíbrio e perdas de energia.

3) Complete:

O ciclo de Carnot caracteriza um motor térmico ideal  em que a perda de calor
para o exterior é mínima e, portanto, apresenta o máximo rendimento entre
os ciclos.

O ciclo Otto representa o funcionamento dos motores de combustão interna cuja


principal aplicação é a propulsão dos automóveis.

O ciclo Diesel aplica-se aos motores lentos estudados para a propulsão dos barcos.
47
O ciclo Rankine usa a água, que passa à fase vapor quando aquecida em uma
caldeira e se expande para gerar trabalho.

O ciclo Brayton utiliza um gás contendo energia térmica que se expande em uma
turbina, gerando trabalho.

4) Qual a diferença entre sistema de carburação e injeção?

No sistema de carburação, a mistura ar/combustível começa no carburador e


termina no interior da câmara de combustão do motor. Já no sistema por injeção,
todos os componentes são controlados por um módulo eletrônico central, que
recebe várias informações do funcionamento do motor via sensores elétricos,
permitindo que o motor receba somente o volume necessário de combustível.
Alta Competência

5) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os tipos de


sistemas de arrefecimento e lubrificação listados na segunda coluna:

(1) O óleo fica em um reservatório independente, (5) Sistema de


sendo introduzido sob pressão nos elementos lubrificação por
a lubrificar. projeção.
(2) O óleo é misturado com o combustível, (4) Sistema de
penetrando no motor proporcionalmente ao lubrificação por
consumo do mesmo. salpico.

(3) O óleo chega aos mancais sob pressão, sendo (2) Sistema de
canalizado até aos moentes para lubrificar as lubrificação por
bielas. mistura.
(4) A lubrificação ocorre sob pressão de todos (1) Sistema de
os mancais e a lubrificação das bielas por um lubrificação por
jato de óleo. cárter seco.
(5) As cubas colocadas perto da passagem de (3) Sistema de
cada biela são alimentadas por uma bomba de lubrificação por
óleo. pressão.

6) Marque a alternativa correta.

48 a) Neste sistema, a água é utilizada como condutor de calor entre o motor e o ar


atmosférico.

( ) Sistema de refrigeração a ar.

( X ) Sistema de arrefecimento a água.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.

b) Neste sistema, os cilindros do motor (às vezes, também, o cárter) possuem aletas
que aumentam a superfície de contato com o ar.

( X ) Sistema de refrigeração a ar.

( ) Sistema de arrefecimento a água.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.

c) Neste sistema, há uma bomba que agiliza a circulação, resultando em uma


menor diferença de temperatura nas extremidades do radiador e menos riscos de
congelamento no inverno.

( ) Sistema de arrefecimento natural – Termossifão.

( ) Sistema de arrefecimento a água.

( X ) Sistema de circulação forçada por bomba.

d) Neste sistema, não há uma bomba, a circulação de água é feita naturalmente pela
diferença de densidade entre a água fria do motor e a água quente do radiador.

( ) Sistema de refrigeração a ar.

( X ) Sistema de arrefecimento natural – Termossifão.

( ) Sistema de circulação forçada por bomba.


Capítulo 1. Máquinas térmicas

7) Correlacione as colunas, identificando os principais sistemas de um motor


ciclo Otto.

A) Sistema de (D) A função do óleo no motor não consiste apenas em


combustível reduzir o atrito e o desgaste dos componentes móveis,
mas também exerce função de selagem (atua nos anéis
do pistão, selando os gases da câmara de combustão), de
dissipar o calor, de diminuir a corrosão e absorver alguns
dos resíduos nocivos da combustão.
B) Sistema de (C) É um sistema que tem a função de dissipar o calor
ignição restante resultante do processo de conversão de energia
para que nenhum dos componentes do motor aqueça ao
ponto de ser danificado.
C) Sistema de (B) É um sistema elétrico que tem a função de gerar uma
arrefecimento centelha no interior da câmara de combustão, que dá
início à queima da mistura combustível - ar.

D) Sistema de (A) É o sistema responsável por introduzir o combustível no


lubrificação motor, misturando-o com ar. Em um motor movido a
gasolina, a alimentação é feita através de um carburador
ou através de injetores de gasolina colocados.

49
Capítulo 2
Refrigeração

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Definir máquinas de refrigeração;


• Distinguir os diferentes ciclos da refrigeração;
• Reconhecer os conceitos básicos relacionados à refrigeração.
Alta Competência

52
Capítulo 2. Refrigeração

2. Refrigeração

R
efrigeração não é um processo de adição de frio, como
normalmente se pensa, mas sim, a remoção natural ou artificial
do calor de um corpo. Esta aplicação é utilizada na preservação
de alimentos desde muito tempo. Foi importante no desenvolvimento
do comércio, pois conservava os produtos sujeitos à deterioração.

2.1. Máquinas de refrigeração

Equipamentos construídos no intuito de refrigerar ou


condicionar o ar, permitindo a troca de calor entre substâncias
e ambientes de temperaturas diferentes, são chamados de
máquinas de refrigeração.

Nas plataformas de produção de petróleo offshore da Petrobras,


53
situadas na Bacia de Campos, os tipos de sistemas de climatização
mais utilizados são o de expansão indireta (chiller) e o de expansão
direta (self-contained).

2.2. Ciclos por compressão e absorção

O processo de remover calor de um corpo é realizado por meio


de um ciclo termodinâmico. A partir desse ciclo, o calor é extraído
do ambiente a ser refrigerado e em seguida é enviado para o
ambiente externo.

Dentre os ciclos de refrigeração, os ciclos por compressão e por


absorção são os mais utilizados.

2.2.1. Ciclo por compressão

O ciclo de Carnot é um ciclo ideal e, portanto, pode funcionar de


forma invertida. Assim, se ao invés de retirarmos trabalho (W) de
uma fonte quente, adicionarmos trabalho (W) ao ciclo, o calor será
movido da fonte fria para a fonte quente e teremos o princípio usado
nos sistemas de refrigeração. Um ciclo de refrigeração é operado
por meio de condensador, válvula de expansão e evaporador.
Esses componentes são mostrados no esquema a seguir:
Alta Competência

Válvula de expansão Calor

Trabalho
Condensador

Compressor
Evaporador

Esquema de um ciclo de refrigeração

No ciclo por compressão, a elevação da pressão do refrigerante é


conseguida por meio de um compressor que requer trabalho (W),
ou seja, ao introduzir o trabalho (W) externo, por intermédio do
compressor, a pressão do fluido refrigerante é elevada à forma
54
de gás, que se torna liquido quando resfriado no condensador.
Convém mencionar que o fluido operante no ciclo por compressão
possui propriedades específicas que permitem maximizar o
rendimento do ciclo. Chamado de fluido ou gás de refrigeração, o
mais comumente utilizado é o Freon, nome comercial para os gases
com base nos clorofluorcarbonos, ou CFCs.

A transformação de expansão ocorre em uma válvula que, reduzindo


a pressão, faz com que o refrigerante retorne para o seu estado
gasoso removendo calor da fonte fria por intermédio do evaporador.
Entende-se por fonte fria o meio que se deseja resfriar.

Tanto o condensador quanto o evaporador são trocadores de calor


que podem ser do tipo colméia ou do tipo casco e tubos. Em sistemas
domésticos, como geladeiras e aparelhos de ar condicionado, as
trocas de calor ocorrem entre o gás refrigerante e o ar externo no
condensador e entre o gás refrigerante e o ar do meio refrigerado no
evaporador, normalmente do tipo colméia - radiadores.
Capítulo 2. Refrigeração

Nos sistemas industriais, como em plataformas, é comum o uso da


troca “gás - refrigerante - água” em condensadores e evaporadores
casco tubo, em sistemas de ar condicionado que utilizam a água
gelada como fluido secundário, os chamados chillers. Assim, a
água gelada é conduzida por tubulações isoladas aos ambientes,
onde alimenta um conjunto “radiador - ventilador” (fan-coil) que
resfria o ar.

Observe nas ilustrações a seguir alguns componentes dos sistemas de


refrigeração.

55

Chiller

Condensador com
válvula termostática
Alta Competência

Ventoinha

Escapamento Tambique
ajustável
Ventilador
Compressor

Painel de
controle

Grade Mola do
frontal Sensor do Mola do condensador
Filtro evaporador
termostato

Condicionador de ar doméstico

56

Fan coil

2.2.2. Ciclo por absorção

O ciclo de refrigeração por absorção é similar ao ciclo de refrigeração


a vapor, sendo que a etapa de compressão é substituída por um
processo químico. Esse ciclo é operado a calor, isto é, a maior parte
da operação está associada com o fornecimento de calor que libera o
vapor do líquido de alta pressão.
Capítulo 2. Refrigeração

No sistema de absorção, podemos citar os seguintes componentes:

• Absorvedor: onde o fluido (gás) é misturado a uma solução


líquida (ex.: água + amônia);

• Bomba: para manter o fluxo e aumentar a pressão da


mistura líquida;

• Gerador: onde o fluido (gás) é separado da mistura a alta


pressão.

A energia externa vem em forma de calor. Este é adicionado ao


gerador para liberação do fluido. A remoção do calor acontece no
absorvedor durante a mistura. Uma válvula redutora mantém a
diferença de pressão entre o gerador e o absorvedor. Assim, é possível
a geração de frio a partir do fornecimento de calor.
57

Qge Ambiente
Quente

Tq

Gerador Qq
C

D
Absorvedor
B
Tf
Wbs A Qf

Ambiente
Qab Frio

Esquema de sistema de absorção

2.3. Frio industrial

Frio industrial é a utilização de equipamentos para reduzir a


temperatura ambiente a valores requeridos pelo processo onde
é aplicado.
Alta Competência

2.3.1. Aplicações do frio industrial

Atualmente, são inúmeras as aplicações do frio, que é aproveitado


praticamente em todos os ramos da atividade humana. Assim,
podemos citar:

Setores Aplicações
Indústria de Manufatura, tratamento térmico, armazenagem e transporte de
alimentos alimentos.

Fabricação de gelo Gelo em blocos, seco, pista de patinação.

Estruturas de concreto (barragens, fundações etc.), congelamento


Indústria de
do solo para abertura de poços e túneis, e consolidação de
construção
fundações abaladas.

Tratamento térmico de aços rápidos, redução do endurecimento


58 Metalurgia de certas ligas (alumínio), refrigeração de ferramentas durante o
corte, ligação de peças mecânicas por contração etc.

Remoção de calor em reações químicas exotérmicas, separação


Indústria química
de misturas de líquidos e gases, e solidificação de materiais etc.

Refrigeração de residências, escritórios, fábricas, transportes,


Condicionamento
recreação, hospitais etc., para refrigeração de minas
do ar
profundas etc.
Congelamento de peças anatômicas, conservação de cadáveres
Medicina (morgues), elaboração do plasma sanguíneo, cultura de fungos
(antibióticos), na fabricação da insulina etc.

2.4. Fluidos refrigerantes

As substâncias químicas responsáveis pelo transporte de energia


num ciclo de refrigeração são chamadas de fluidos refrigerantes.
Essas substâncias, utilizadas em todos os equipamentos de
refrigeração por compressão têm como função absorver energia
térmica do meio.
Capítulo 2. Refrigeração

2.5. Gases refrigerantes

As substâncias que absorvem grande quantidade de calor ao passarem


do estado líquido para o gasoso são chamadas de gases refrigerantes.
Para que haja essa absorção, é necessária a presença de uma fonte
extra que efetue a troca de calor (água ou ar). A absorção ocorre
justamente com a mudança de fase do fluido.

Observe, na tabela a seguir, alguns exemplos de gases refrigerantes


e sua aplicação.

Família
Refrigerante ODP GWP Lubrificante Aplicação
Química
Limpeza
R-11 CFC 1,0 1,0 -
(solvente)
Limpeza
R-141b HCFC 0,11 0,13 -
(solvente) 59
Frigorífico / Ar
R-12 CFC 1,0 3,06 OM
condicionado
Novos
R-134a HFC 0 0,30 POE equipamentos
/ Retrofit
R-401A (MP
HCFC - - AB, POE Retrofit
39)
R-409A (FX
HCFC 0,05 0,31 OM, AB, POE Retrofit
56)
Ar
R-22 HCFC 0,055 0,37 OM condicionado /
Frigorífico
Ar
R-407C HFC 0 - POE
condicionado
R-413A HFC 0 - OM, AB, POE Retrofit
R-417A HFC 0 - OM, AB, POE Retrofit

Exemplos de gases refrigerantes e sua aplicação

2.6. Condensadores

Tanto o condensador quanto o evaporador são trocadores de calor


que podem ser tanto do tipo colméia quanto casco tubo. Em sistemas
domésticos, como geladeiras e aparelhos de ar condicionado, as trocas
Alta Competência

de calor são entre o gás refrigerante e o ar externo no condensador


e entre o gás refrigerante e o ar do meio refrigerado no evaporador,
normalmente do tipo colméia - radiadores.

Nos sistemas industriais, como em plataformas, é comum o uso da


troca gás refrigerante - água em condensadores e evaporadores
tipo casco tubos, em sistemas de ar condicionado que utilizam a
água gelada como fluido secundário, os chamados chillers. Assim, a
água gelada é conduzida por tubulações isoladas aos ambientes, onde
alimenta um conjunto radiador - ventilador (fan-coil) que resfria o ar.

60

Condensador

O condensador tem por finalidade esfriar e condensar o vapor


superaquecido, proveniente da compressão, nas unidades de
refrigeração mecânica. Esta operação é feita transferindo-se o
calor do fluido aquecido para o meio (fonte quente), usando-se,
para isto, água, ar ou mesmo ar e água em contato. A transmissão
de calor num condensador verifica-se em três fases distintas: o
dessuperaquecimento, a condensação e o sub-resfriamento.

O refrigerante sob pressão e superaquecido entra no condensador


onde, trocando calor com a água, ar ou água salgada, muda do estado
de vapor superaquecido para líquido saturado ou sub-resfriado. No
caso de condensadores a água doce ou salgada, eles são do tipo casco
tubo. O vapor superaquecido circula através do casco, enquanto a
água, através dos tubos.
Capítulo 2. Refrigeração

Condensador casco e tubo

O condensador evaporativo constitui-se em uma combinação de uma


serpentina condensadora com uma torre de arrefecimento de água
com ar forçado, isto é, um dispositivo onde um fluido frigorígeno é
condensado e, ao mesmo tempo, a água usada para a sua condensação
é esfriada.
61
Um condensador evaporativo é constituído de um circuito de água
com borrifadores e bomba, um circuito de ar com eliminadores
de gotas e ventilador, e uma serpentina condensadora para o
fluido frigorígeno.

Condensador casco e tubo

2.7. Evaporadores

A troca térmica entre o refrigerante e o meio a ser resfriado, seja ele o


ar ambiente (expansão direta) ou água, salmoura (expansão indireta)
é feita por meio do evaporador. Uma mistura formada de líquido
+ vapor circula dentro do evaporador. O refrigerante responsável
pela absorção de calor do meio a ser climatizado, vaporiza-se até se
transformar em vapor superaquecido na saída do evaporador.
Alta Competência

O efeito refrigerante ocorre dentro do evaporador, conforme o


refrigerante muda de fase (calor latente de vaporização). A partir
do momento em que todo refrigerante se transforma em vapor, a
quantidade de calor absorvido será bem menor, o que ocasionará um
aumento da temperatura do gás (calor sensível).

62
Evaporador

2.8. Normas

O Ministério da Saúde publicou algumas normas para garantir a


qualidade do ar em ambientes climatizados, em interiores, bem como
os procedimentos mínimos para executar os serviços de higienização
corretiva de sistemas, de tratamento e distribuição de ar contaminado
microbiologicamente. Seguem as principais:

Estabelece procedimentos e diretrizes mínimas para


Resolução ANVISA –
execução dos serviços de higienização corretiva de
RE Nº 176, de 24 de
sistemas, de tratamento e distribuição de ar contaminado
outubro de 2000.
microbiologicamente.

Estabelece o cumprimento de padrões adequados de


manutenção, limpeza, operação e controle de modo
NBR 14.679, de abril de
garantir a qualidade do ar para todos os sistemas de
2001.
climatização de ar e da implantação formal do Plano de
Manutenção, Operação e Controle (PMOC).

Estabelecer critérios que informem a população sobre


Portaria Nº 3.523, de 28
a qualidade do ar interior em ambientes climatizados
de agosto de 1998.
artificialmente de uso público e coletivo.
Capítulo 2. Refrigeração

2.8.1. Outras normas

Além das já mencionadas, podemos citar outras normas aplicáveis ao


uso de refrigeradores.

• Portaria Nº 3.523, de 28 de agosto de 1998

Esta Portaria é o marco inicial do reconhecimento da “Síndrome do


Edifício Doente” pelo Governo brasileiro. Alguns autores associam
a publicação desta portaria à morte de uma autoridade política
brasileira por contaminação microbiológica através de um sistema
de climatização de ar, não tendo sido, contudo, comprovado e
divulgado alguma evidência que associasse esta morte com a possível
contaminação do sistema.

A priori, as motivações para a publicação desta Portaria eram:


a preocupação mundial com a Qualidade do Ar em ambientes 63
climatizados; a preocupação com a saúde, bem-estar, conforto,
produtividade e absenteísmo do trabalhador; e os agravos à saúde
dos trabalhadores relacionados à Síndrome do Edifício Doente.

Essa Portaria visa estabelecer o cumprimento de padrões adequados


de manutenção, limpeza, operação e controle de modo garantir a
qualidade do ar para todos os sistemas de climatização de ar e da
implantação formal do Plano de Manutenção, Operação e Controle
(PMOC) em sistemas com capacidade de climatização acima de 5 TR
(15.000 Kcal/h = 60.000 BTU/h ).

Medidas de segurança e manutenção

O Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) - complementa


a Portaria Nº 3.523 no que diz respeito às recomendações e
procedimentos de manutenção e limpeza dos sistemas, definindo
uma periodicidade para algumas tarefas de limpeza e manutenção.

A tabela a seguir mostra a periodicidade de tarefas para alguns


componentes dos sistemas de climatização.
Alta Competência

Componente Periodicidade
Limpeza mensal ou quando descartável até sua
Tomada de ar externo
liberação (máximo 3 meses).
Limpeza mensal ou quando descartável até sua
Unidades filtrantes
liberação (máximo 3 meses).
Bandejas de condensado Mensal*.
Serpentina de aquecimento Desencrustação semestral e limpeza trimestral.
Serpentina de resfriamento Desencrustação semestral e limpeza trimestral.
Umidificador Desencrustação semestral e limpeza trimestral.
Ventilador Semestral.

Plenum de mistura/casa de máquinas Mensal.

* Excetuando na vigência de tratamento químico contínuo que passa a respeitar a


periodicidade do produto utilizado.

64 Fonte: Resolução ANVISA - RE Nº 9.

Periodicidade de Tarefas do PMOC

• Resolução ANVISA - RE Nº 176, de 24 de outubro de 2000

Passados dois anos a partir da Portaria Nº 3.523, o Governo brasileiro,


através do Ministério da Saúde, e de sua Agência de Vigilância
Sanitária (ANVISA), e com a participação de várias instituições, baixa
a resolução a RE Nº 176 tendo por metas:

• Estabelecer critérios que informem a população sobre


a qualidade do ar interior em ambientes climatizados
artificialmente de uso público e coletivo, cujo desequilíbrio
poderá causar agravos à saúde dos seus ocupantes;

• Instrumentalizar as equipes profissionais envolvidas no


controle de qualidade do ar interior, no planejamento,
elaboração, análise e execução de projetos físicos e nas ações
de inspeção de ambientes climatizados artificialmente de uso
público e coletivo.
Capítulo 2. Refrigeração

Essa resolução foi publicada a fim de complementar a Portaria Nº 3523,


estabelecendo padrões referenciais para a qualidade do ar interior,
abordando não só a questão do conforto, mas, principalmente, com
relação aos agentes físicos, químicos e microbiológicos que podem
acarretar em ambientes nocivos às pessoas expostas. A Resolução
faz, ainda, um levantamento das principais fontes de contaminação
biológica e química em ambientes climatizados além de apresentar
recomendações para a avaliação e controle, através de métodos de
amostragem e análises dos possíveis contaminantes.

• ABNT - NBR 14.679 de abril de 2001

A importância desta Norma foi o estabelecimento de padrões e o


nível de detalhamento abordado nos procedimentos de limpezas
a serem cumpridos de modo a garantir a perfeita higienização de
todo o sistema de climatização artificial. Em função do nível de
detalhamento e especificidade quando a atividade de higienização 65
dos sistemas é recomendável que o conteúdo desta NBR seja incluído
no PMOC das instalações de climatização, atendendo à periodicidade
estabelecida na RE Nº 176 e em sua revisão a RE Nº 9.

• Resolução ANVISA - RE Nº 9, de 16 de janeiro de 2003

Esta resolução Nº 9 da ANVISA tem por objetivo a revisão e


atualização da antiga RE Nº 176 de 24 de outubro de 2000
quanto aos “Padrões Referenciais do Ar Interior em Ambientes
Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo, frente ao
conhecimento e a experiência adquiridos no país nos primeiros
anos de sua vigência”.

Nesse item são levantados os Padrões Referenciais da RE Nº 9,


quanto à possível contaminação dos ambientes climatizados
artificialmente por agentes físicos, químicos e microbiológicos,
além das recomendações de avaliação e controle destes poluentes,
através de métodos analíticos.
Alta Competência

Apesar da Resolução em questão ter sido publicada em função da


preocupação mundial com o agravo à saúde por contaminação
biológica de uma forma geral, através da proliferação de bactérias,
ácaros, vírus, protozoários etc., a mesma define o Máximo Valor de
Referência apenas para fungos viáveis, indicando a inaceitabilidade
aos fungos patogênicos e toxigênicos, sem definir, ou mesmo
deixar claro se poderiam ser enquadrados como “fungos” outros
contaminantes microbiológicos.

66
Capítulo 2. Refrigeração

2.9. Exercícios

1) O que são máquinas de refrigeração?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________

2) Assinale com C as características pertencentes ao ciclo por


compressão e A, ao ciclo de absorção:
( ) A pressão do fluido refrigerante na forma de gás é elevada,
tornando-se líquido quando resfriado no condensador.

( ) Utiliza uma fonte de calor.


( ) Há um processo químico.
( ) Possui condensadores, evaporadores e compressores.
( ) Há uma válvula que, ao reduzir a pressão, faz com que o 67
refrigerante retorne para o seu estado gasoso.

3) O que é frio industrial? Cite duas aplicações.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

4) Complete as afirmativas:

a) São substâncias químicas responsáveis pelo transporte de ener-


gia num ciclo de refrigeração:

_____________________________________________________________.

b) São substâncias que absorvem grande quantidade de calor ao


passarem do estado líquido para o gasoso:

_____________________________________________________________.

c) Caracteriza as particularidades de escoamento do óleo:

_____________________________________________________________.
Alta Competência

d) É a temperatura à qual o óleo emite vapores suscetíveis de se-


rem inflamados:

_____________________________________________________________.

e) É quando o óleo, a uma determinada temperatura, não escorre


mais de uma proveta quando esta é inclinada:

_____________________________________________________________.

5) Qual é a função do condensador e do evaporador?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

6) Relacione as normas apresentadas na primeira coluna com os seus


respectivos objetivos, listados na segunda coluna:

68 (1) Resolução ( ) Estabelece procedimentos e


ANVISA – RE diretrizes mínimas para execução
Nº 176, de 24 dos serviços de higienização
de outubro corretiva de sistemas, de tratamento
de 2000 e distribuição de ar contaminado
microbiologicamente.

(2) NBR 14.679, ( ) Estabelece o cumprimento de pa-


de abril de drões adequados de manutenção,
2001 limpeza, operação e controle de
modo a garantir a qualidade do ar
para todos os sistemas de climatiza-
ção de ar e da implantação formal
do Plano de Manutenção, Operação
e Controle (PMOC).
(3) Portaria Nº ( ) Estabelecer critérios que informem
3.523, de 28 a população sobre a qualidade
de agosto de do ar interior em ambientes
1998 climatizados artificialmente de
uso público e coletivo.
Capítulo 2. Refrigeração

7) Para cada componente dos sistemas de climatização, indique a pe-


riodicidade de tarefas, segundo o Plano de Manutenção, Operação e
Controle (PMOC).

Componente Periodicidade
Tomada de ar externo
Unidades filtrantes
Bandejas de condensado
Serpentina de aquecimento
Serpentina de resfriamento
Umidificador
Ventilador
Plenum de mistura/casa de
máquinas

69
Alta Competência

2.10. Glossário
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

CFC - Clorofluorcarbono.

Chiller - sistema de climatização de expansão indireta.

Dessuperaquecimento - redução da temperatura do vapor superaquecido para um


valor aceitável.

Fluido frigorígeno - tipo de fluido utilizado para promover a transferência de calor


em um sistema de refrigeração que, em temperaturas e pressões mais altas, rejeita
o calor e o recebe, quando temperatura e pressão estão baixas.

Fluido operante - em uma máquina térmica, tem o papel de receber o calor e liberar
o trabalho. Várias substâncias podem ser usadas como fluido operante, mas os mais
usados nos equipamentos industriais são a água, o ar e os hidrocarbonetos.

NBR - Norma Brasileira.


70
PMOC - Plano de Manutenção, Operação e Controle.

RE - sigla que antecede a uma resolução. Exemplo: “RE Nº 9”.

Self-contained - sistema de climatização de expansão direta.

Trabalho (W) - para fins da termodinâmica, trabalho é a energia que passa de um


corpo para o outro devido à ação de uma força.
Capítulo 2. Refrigeração

2.11 Bibliografia
ALMEIDA, Silvio Carlos Anibal de. Motores de Combustão Interna. Apostila. Rio
de Janeiro: UFRJ. Disponível em: <http://mecanica.scire.coppe.ufrj.br/util/
b2evolution/media/silvio/apmotoresMCI05_01.pdf>. Acesso em: 29 set 2008.

ANVISA. Portaria nº 3.523/GM, de 28 de agosto de 1998. Disponível em: <http://e-


legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=295&word>. Acesso em: 29 de
set 2008.

ANVISA. Resolução RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Disponível em:<http://e-legis.


anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=17550&word>. Acesso em: 29 de set
2008.

ANVISA. Resolução RE nº 176, de 24 de outubro de 2000. Disponível em: <http://e-


legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=7377&word>. Acesso em: 29
de set 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Instalações centrais de ar


condicionado para conforto - Parâmetros básicos de projeto, NBR 6401.
71
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Sistemas de
condicionamento de ar e ventilação - Execução de serviços de higienização,
NBR 14.679.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Sistemas de refrigeração,


condicionamento de ar e ventilação - Manutenção programada, NBR
13.971/97.

CARBONE, Luis. Máquinas Térmicas. Rio de Janeiro: CEFET/RJ, 1993.

RIBEIRO, Almir Francisco. Refrigeração e Ar condicionado. Apostila. Petrobras. Rio


de Janeiro: 2004.

VAN WYLEN, Gordon & SONNTAG, Richard E. Fundamentos da Termodinâmica. São


Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 1998.
Alta Competência

2.12. Gabarito
1) O que são máquinas de refrigeração?

São equipamentos que refrigeraram ou condicionam o ar, permitindo a troca de


calor entre substâncias e ambientes de temperaturas diferentes.

2) Assinale com C as características pertencentes ao ciclo por compressão e A, ao


ciclo de absorção:

(C) A pressão do fluido refrigerante na forma de gás é elevada, tornando-se


líquido quando resfriado no condensador.
(A) Utiliza uma fonte de calor.

(A) Há um processo químico.

(C) Possui condensadores, evaporadores e compressores.

(C) Há uma válvula que, ao reduzir a pressão, faz com que o refrigerante
retorne para o seu estado gasoso.

72 3) O que é frio industrial? Cite duas aplicações.

O frio industrial é a utilização de equipamentos no uso diário, de forma a abaixar


a temperatura de um corpo da temperatura ambiente até a temperatura de
congelamento ou até abaixar a temperatura dele aquém da sua temperatura de
congelamento. Ele pode ser aplicado: na indústria de alimentos, na fabricação
de gelo, na indústria de construção, na metalurgia, na indústria química, no
condicionamento do ar, no aquecimento por bomba de calor e na medicina.

4) Complete as afirmativas:

a) São substâncias químicas responsáveis pelo transporte de energia num ciclo de


refrigeração:

Fluidos refrigerantes.

b) São substâncias que absorvem grande quantidade de calor ao passarem do


estado líquido para o gasoso:

Gases refrigerantes.

c) Caracteriza as particularidades de escoamento do óleo:

Viscosidade.

d) É a temperatura à qual o óleo emite vapores suscetíveis de serem inflamados:

Ponto de Combustão.

e) É quando o óleo, a uma determinada temperatura, não escorre mais de uma


proveta quando esta é inclinada:

Ponto de congelamento.
Capítulo 2. Refrigeração

5) Qual é a função do condensador e do evaporador?

O condensador tem por finalidade esfriar e condensar o vapor superaquecido,


proveniente da compressão, nas unidades de refrigeração mecânica. Já o
evaporador tem como função estabelecer a troca térmica entre o refrigerante e o
meio a ser resfriado.

6) Relacione as normas apresentadas na primeira coluna com os seus respectivos


objetivos, listados na segunda coluna:

(1) Resolução (2) Estabelece procedimentos e diretrizes mínimas


ANVISA – RE Nº para execução dos serviços de higienização
176, de 24 de corretiva de sistemas, de tratamento e distribuição
outubro de 2000 de ar contaminado microbiologicamente.
(2) NBR 14.679, de (3) Estabelece o cumprimento de padrões
abril de 2001 adequados de manutenção, limpeza, operação
e controle de modo a garantir a qualidade do ar
para todos os sistemas de climatização de ar e da
implantação formal do Plano de Manutenção,
Operação e Controle (PMOC).

(3) Portaria Nº (1) Estabelecer critérios que informem a


3.523, de 28 de população sobre a qualidade do ar interior
agosto de 1998 em ambientes climatizados artificialmente de 73
uso público e coletivo.

7) Para cada componente dos sistemas de climatização, indique a periodicidade de


tarefas, segundo o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC).

Componente Periodicidade

Limpeza mensal ou quando descartável até sua


Tomada de ar externo
liberação (máximo 3 meses).
Limpeza mensal ou quando descartável até sua
Unidades filtrantes
liberação (máximo 3 meses).
Bandejas de condensado Mensal.

Serpentina de aquecimento Desencrustação semestral e limpeza trimestral.

Serpentina de resfriamento Desencrustação semestral e limpeza trimestral.

Umidificador Desencrustação semestral e limpeza trimestral.

Ventilador Semestral.

Plenum de mistura/casa de
Mensal.
máquinas
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