Fichamento Monografia Claudeilson Santos de Morais

Comparação com os lugares de enterramento, baseando-se que as comunidades humanas

preservam suas práticas funerárias melhor que outro tipo de atividade (RIBEIRO, 2007).

Na análise do mobiliário fúnebre, é possível definir melhor as marcas de interferências

individuais ou coletivas junto aos enterramentos (CISNEIROS, 2003).

Verificar mais variáveis de análise para um estudo comparativo.

Para Cisneiros, pequenas variações nas formas de enterramento podem não interferir no
conservadorismo do ritual funerário. A disposição do corpo na cova possibilita inferências
sobre a orientação da aldeia e a importância dos pontos cardeais para o grupo.

Variáveis da arqueologia:

 Mobiliário fúnebre;
 Tratamento do corpo;
 Cova e sua estrutura;
 Corpo (influência do sexo e faixa etária);
 Descrição geográfica da cidade e do cemitério;

A investigação das práticas funerárias servia para identificar culturas. A existência de práticas
diferenciadas era indício de contato cultural ou transmissão intercultural.

Childe (1975) trabalhava nessa perspectiva, identificando as culturas a partir das práticas
funerárias, sob a abordagem marxista. Childe salienta que a carga simbólica dos rituais
funerários assegurava a manutenção de um modelo, atribuindo uma natureza conservativa às
práticas funerárias.

A nova arqueologia da década de 60, faz conexão entre o homem, artefatos e o meio natural
(BAHN, RENFREW, 2007).

A riqueza do mobiliário fúnebre é encarada como indicativo de status, evidenciando uma

estrutura social a partir das diferenças das estruturas de enterramento (deposição do morto
composição da cova e objetos associados passam a ser vistos como mecanismo para a
identidade social (Cisneiros, 2003).

O campo de investigação da arqueologia da morte a partir de 4 classes: área funerária, tumba,

corpo e acompanhamento (Cisneiros, 2003);

Arqueologia pós-processualista: utiliza aportes teóricos da História e da arqueologia marxista,

principalmente nas abordagens dos valores simbólicos;

Segundo Cisneiros, a visão pós-processualista verifica cada manifestação cultural como

resultado de uma história peculiar, configurando uma identidade própria.

Desta forma, a visão torna a análise das práticas funerárias como parte do complexo social,
possíveis de fornecerem informações, dentre outros dados, a compreensão completa da
sociedade.
O ser humano convive com a morte no seu cotidiano desde o nascimento e a morte é abstraída
e ritualizada pelo homem de acordo com a forma como seu povo a concebe.

Importante a diferenciação entre sepultamento e enterramento: o primeiro é a prática de

ocultar o cadáver embaixo ou em cima da terra, utilizando-se terra, madeira e ossos de pedra.
Já o segundo é a apenas a deposição do corpo sob a terra.

Cremação – queima parcial do corpo

Incineração – queima total e possível antropofagia

Sepultamento primário e secundário

Enterramento direto – o corpo é depositado diretamente no solo

Enterramento secundário – o corpo é colocado em algum invólucro ou esteira

Atributos dos indivíduos – pode ser utilizado em contrário ao termo status social

Ver conceito de persona social