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Cinco de maio
Conquista negligenciada
No dia 13 de dezembro de 1954, na cidade de Boston, o médico Joseph Eduard Murray realizou
o primeiro transplante vital bem-sucedido e deu início aos atuais processos de doação dos
órgãos — capazes de salvar diversas vidas. Entretanto, o baixo incentivo à cultura de
transplantes no Brasil impossibilita os brasileiros de usufruírem a conquista de Murray na pratica.
É paradoxal, portanto que, mesmo diante da ampla necessidade de transplante viscerais, Estado
e sociedade civil não se mobilizem para dar eficácia ao êxito.
De outra parte, é necessário que o poder público modifique sua estratégia na orientação da
população a respeito dos alotransplantes — aqueles realizado entre indivíduos da mesma
espécie, porém geneticamente diferentes. Nesse contexto, no ano de 1991, foi promulgada uma
lei que obrigava a doação de órgãos de todos os brasileiros em caso de morte encefálica,
excetuando quem fosse munido de um requisito de recusa do procedimento. Porém, tal medida
não gerou os efeitos esperados e resultou em revolta sócia, de modo que, enquanto a ineficácia
do Estado ainda persistir, o Brasil será obrigado a conviver diariamente com um dos mais graves
problemas para o SUS: a fila de espera.
Urge, portanto, que as vitórias de Joseph Edward Murray sejam, de fato, aplicadas no Brasil.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde, por meio de ficções engajadas na mídia televisiva,
sobretudo nos intervalos comerciais em horário nobre, deve incentivar as famílias a aceitarem a
doação dos órgãos daqueles que têm declarada a morte encefálica veicular, a fim de atingir um
maior nível de conhecimento e interesse por parte da sociedade. Essa iniciativa seria importante
porque colaboraria para reduzir o tempo de espera na fila de transplanto e contribuiria para que o
feito de Murray deixe de ser uma conquista negligenciada.
HÁBITOS ALIMENTARES DOS INDIVÍDUOS EM QUESTÃO NO BRASIL
Alimentação nociva
Urge, portanto, o direito à saúde seja, de fato, assegurado na prática, como prevê a
Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, a sociedade civil organizada deve, por meio de
debates nas mídias televisivas e nas mídias sociais, repudiar o incentivo publicitário ao consumo
alimentar pouco saudável, a fim de criticar a padronização imposta pela Indústria Cultural alemã.
Essa iniciativa cidadã é importante porque pressionaria a indústria alimentícia a minimizar o uso
de gorduras hidrogenadas nos produtos de consumo diário e colaboraria para desconstruir, no
Brasil, a alimentação nociva.
COMO MELHORAR O DESLOCAMENTO DE INDIVÍDUOS NO MEIO URBANO?
Mobilidade ineficiente
A Declaração Universal dos Direitos Humanos – promulgada em 1948 pelo ONU –
assegura a todos os indivíduos o direito à locomoção no território nacional. Entretanto, no Brasil,
a gestão ineficiente de mobilidade urbana impede que os cidadãos brasileiros experimentem
desse direito internacional. Com efeito, não é razoável que o país que busca se tornar Estado
desenvolvido permaneça indiferente aos deslocamentos nas cidades.
Urge, portanto, que o direito ao transporte seja, de fato, assegurado na prática, como
prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nesse sentido, a Agência Nacional de
Transportes Terrestres, por meio de contratos administrativos firmados com as empresas de
transportes públicos, deve estabelecer a renovação periódica da frota poluente e impedir que
circulem nas ruas ônibus antigos, visando a desestimular o culto ao carro nas cidades. Essa
iniciativa da ANTT é importante porque reduziria a emissão de gases poluentes na atmosfera e
colaboraria para que fosse desconstruída, no Brasil, a mobilidade ineficiente.
O DESAFIO DA INCLUSÃO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL
CONTEMPORÂNEO.
Dignidade fragilizada
Urge, portanto, que o direito à igualdade seja, de fato, assegurado na prática, como
prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nesse sentido, o Ministério Público Federal,
por meio de ações judiciais contra ilegalidade e desrespeito ao Estatuto da Pessoa com
Deficiência, deve denunciar ao Poder Judiciário os casos de exclusão àqueles que possuem
limitações físicas ou cognitivas, visando a desestimular a manutenção do preconceito a essa
minoria social. A iniciativa do MPF é importante porque essa entidade tem a função
constitucional de garantir o Estado Democrático de Direito e assegurar que as pessoas com
deficiência deixem de ter, no Brasil, a sua dignidade fragilizada.
TEMA – A DISTRIBUIÇÃO AGRÁRIA NO BRASIL DO SÉCULO XXI
Coronéis contemporâneos
Urge, portanto, que o direito à paz e ao bem-estar social sejam, de fato, assegurados na
prática, como prevê a Declaracação Universal dos Direitos Humanos. Nesse sentido, o Ministério
Público Federal deve propor o fim dos autos de resistência e fiscalizar a atividade policial, por
meio de ações judiciais contra ilegalidade e abuso de poder da PM. Essa iniciativa teria a
finalidade de reduzir a sensação de insegurança nas cidades e minimizar os números de mortes
violentas intencionais. Inclusive, a fiscalizaçao do MPF é importante porque esse órgão tem a
função constitucional de garantir o Estado Democrático de Direito e evitar que se perpetue, no
Brasil, a guerra não oficial.
A IMPORTÂNCIA DO RESPEITO AOS ANIMAIS
Direito fragilizado
A Declaração Universal dos Direitos dos Animais – promulgada em 1978 pela ONU –
assegura às espécies domésticas e silvestres o tratamento com dignidade e respeito. Entretanto,
os frequentes casos de exploração impedem que lhes sejam assegurados esses direitos na
prática. Com efeito, não é razoável que, mesmo a sociedade civil brasileira persista em negar
direitos civis aos animais.
Em primeiro plano, os maus tratos aos animais vão de encontro à legislação nacional e
internacional. A esse respeito, em 1961, o então presidente Jânio Quadros promulgou a lei que
proíbe expressamente o desenvolvimento de competições baseadas na mutilação e na morte de
galos, cachorros, pássaros — conhecidas como rinhas. Entretanto, mesmo após a vigência da lei
de Jânio, ainda existem no país locais que utilizam animais para a diversão humana e os
submetem a condições degradantes, o que deve ser desconstruído sob pena de prejuízos para a
sociedade e a biodiversidade.
De outra parte, o desrespeito aos animais pode colocar em risco o equilíbrio ambiental.
Nesse contexto, a Arara Azul — conhecida espécie em extinção — alimenta-se das sementes
da árvore Manduvi e faz seus ninhos na cavidade do tronco dessa planta, cuja existência é
importante à biodiversidade do Pantanal. Ocorre que a retirada da Arara Azul do habitat natural
coloca em risco a perpetuação da própria ave, bem como interfere na dispersão das sementes
da Manduvi, o que é capaz de modificar negativamente a dinâmica das espécies. Todavia,
enquanto a exploração a animais se mantiver, o Brasil estará impossibilitado de experimentar um
dos direitos mais importantes assegurados pelo artigo 225 da Carta Magna: o equilíbrio
ambiental.
Urge, portanto, que o respeito aos animais seja, de fato, assegurado na prática, como
prevê a Declaração Universal de 1978. Nesse sentido, a ONG WWF-Brasil, por meio de
campanhas na mídia televisiva e na internet, deve veicular breves documentários capazes de
mostrar aos indivíduos os prejuízos advindos da exploração às espécies silvestres, bem como
repudiar os maus tratos aos animais domésticos, com a finalidade de orientar a sociedade civil a
colocar em prática os direitos propostos pela ONU. Essa iniciativa da WWF-Brasil é importante,
porque problematizaria a função de entretenimento dos animais, aumentaria sua valorização e
colaboraria para que o respeito às espécies deixasse de ser, no Brasil, um direito fragilizado.
A IMPORTÂNCIA DO RESPEITO À DIVERSIDADE DE GÊNERO NO BRASIL
Diversidade fragilizada
Urge, portanto, que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária seja, de fato,
assegurada na prática, como prevê a Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, o Ministério
Público Federal, por meio de ações judiciais avaliadas pelo Poder Judiciário com prioridade, deve
denunciar os casos de agressões motivadas por questões de gênero, visando a desestimular
futuros casos de preconceito, advindos inclusive dos próprios agentes de segurança. A iniciativa
do MPF é importante porque essa entidade tem a função constitucional de garantir o Estado
Democrático de Direito e evitar que se perpetue, no Brasil, a diversidade fragilizada.
OS DESAFIOS DA CIÊNCIA BRASILEIRA NO SÉCULO XXI
Ciência negligenciada
Em primeiro plano, o baixo fomento à pesquisa dificulta os estudos na área da saúde. A esse
respeito, os laboratórios de biomedicina são responsáveis por atenuar os vírus a fim de
desenvolver vacinas. Esse processo consiste em introduzir no organismo partículas virais com
baixo potencial patogênico, de modo que o sistema imunológico produza células de memória —
linfócitos T — que potencializam a resposta do antígeno. No entanto, o funcionamento deficitário
dos laboratórios, em virtude do investimento reduzido, não permite a pesquisa necessária para o
desenvolvimento satisfatório de vacinas, o que se mostra grave problema para o país.
De outra parte, não há suporte para manter os pesquisadores no Brasil. Nesse contexto,
cientistas formados em instituições brasileiras decidem emigrar para países desenvolvidos, a fim
de buscar melhores condições para pesquisas importantes, a exemplo da genotipagem. Esse
processo consiste no mapeamento genético de patógenos pouco conhecidos e demanda altos
investimentos – escassos no Brasil. Todavia, enquanto o baixo fomento aos cientistas se
mantiver, o país será obrigado a conviver com um dos mais graves problemas para a ciência: o
êxodo científico.
Urge, portanto, que o direito ao desenvolvimento nacional seja, de fato, garantido, como
prevê a Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, a Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior, por meio da concessão de bolsas, auxílios e proventos, deve investir
pesquisa e fornecer equipamentos aos laboratórios periodicamente, visando a garantir a
remuneração dos pesquisadores, a fim de evitar o êxodo científico. A iniciativa da CAPES é
importante para desenvolver o progresso científico e evitar que se perpetue, no Brasil, a ciência
negligenciada.