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ARQUITETURA E URBANISMO
TOPOGRAFIA I e II
NOTAS DE AULA
2009
Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
Mensagem inicial
Finalidade da topografia
Importância da topografia
Com a Topografia são mapeadas pequenas porções da superfície terrestre (área de raio
até 30km) resultando nas Plantas Topográficas, nas quais não são consideradas as
curvaturas resultantes da esfericidade da Terra.
A Geodésia tem por finalidade mapear grandes porções desta mesma superfície,
levando em consideração as deformações devido à sua esfericidade, dando origem aos
Mapas ou Cartas Topográficas.
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Exemplo de
Planta Topográfica
Planialtimétrica
Exemplo de
Planta Topográfica
Planimétrica
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Carta ou Mapa
Levantamento Topográfico
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Referência de Nível - RN
É um ponto onde se conhece a sua altitude (h) e as suas coordenadas UTM (E,N) ou
Geográficas (φ,λ). Estes pontos são implantados no terreno através de blocos de
concreto, denominados de marcos e são protegidos por lei. Normalmente, fazem parte
de uma rede geodésica nacional, de responsabilidade dos principais órgãos cartográficos
do país (IBGE, DSG, DHN, entre outros).
Croqui
Croqui é um esboço gráfico sem escala, em breves traços, porém com informações que
identificam detalhes do terreno.
Poligonal
Poligonal Aberta
É a poligonal cujo ponto inicial (ponto de partida ou PP) não coincide com o ponto
final (ponto de chegada ou PC). As poligonais abertas podem ser enquadradas ou
não, as enquadradas são passíveis de correção, pois são aquelas que tem início e
fim em pontos de coordenadas conhecidas.
Poligonal Fechada
É a poligonal cujo ponto de partida coincide com o ponto de chegada (PP ≡ PC).
São passíveis de correção.
Piquetes e Estacas
Ré e Vante
1 Ré e Vante são nomes dados à posições de um
alinhamento no levantamento.
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2. UNIDADES DE MEDIDA
Distância Vertical ou Diferença de Nível (DV ou DN): É uma medida vertical do terreno
representada em planta através de pontos cotados ou curvas de nível. É a distância
medida entre dois pontos, num plano vertical que é perpendicular ao plano horizontal.
É o ângulo medido entre dois alinhamentos do terreno, no plano horizontal. Pode ser
interno ou externo. A figura a seguir ilustra os Ângulos Horizontais Internos - Hzi e os
Ângulos Horizontais Externos - Hze de uma poligonal fechada.
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km m cm mm
0,001 1 100 1000
quilômetro metro centímetro milímetro
Exemplo:
1 m2 = 10 000 cm2
Cuidado!
1 Km2 = 1000 000 m2
Área = 1m x 1m = 1m²
ou
1m ou 100cm Área = 100cm x 100 cm = 10000cm²
1m ou 100cm
ATENÇÃO:
As unidades angulares devem ser trabalhadas sempre com seis (6) casas decimais.
Exemplos para ângulos: 1º 00’00” = 1,000000o 12º 34’53” = 12,345289º
As demais unidades devem ser trabalhadas até a casa decimal que corresponde ao mm.
Para o metro, são 3 casas decimais, para o quilômetro, são 6 casas decimais. Exemplos:
1mm = 0,001m
1mm = 0,000001Km
1,512m = 1512mm
2,456318km = 2 456,318m
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Exercícios
Realizar a conversão entre as unidades angulares, manualmente e com o uso da
calculadora para checar os resultados e obter prática no uso da calculadora.
256O23’38” + 276 O 17’38” + 236 O 40’10”+ 266 O 19’57” + 224 O 17’48” = 1259 O 59’11”
1 m2 = km2
1 m2 = cm2
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3. ESCALAS TOPOGRÁFICAS
1 d
E= =
M D
Onde:
"E" é a Escala representada por 1/M
"M" é denominado Módulo da escala
"d" é um comprimento linear gráfico, distância entre dois pontos, que é a medida do
desenho sobre o papel.
"D" representa o comprimento linear real, distância entre os mesmos dois pontos
anteriores, medidos sobre o terreno.
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Erro de Graficismo (ε): representa o menor valor de desenho que pode ser
realizado no papel (ε = 0,2mm)
ε
E=
P
Exemplo:
A representação de uma região, na escala 1:50000, faz com que a posição de uma
dimensão do terreno de até 10m seja representada por um ponto no desenho.
E= 1:50000
ε = 0,2mm
P = 10m
Com isto, se ocorrerem erros de medida, menores de 10m, no terreno, estes não
afetarão o desenho, pois serão todos representados por um ponto.
Escala Gráfica
Escala gráfica é a representação gráfica de uma escala nominal ou numérica. Esta forma
de representação da escala é utilizada, principalmente, para fins de acompanhamento de
ampliações ou reduções de plantas ou cartas topográficas, em processos fotográficos
comuns ou xerox, ou no acompanhamento da dilatação ou retração do papel devido a
alterações ambientais ou climáticas do tipo variações de temperatura, variações de
umidade, manuseio, armazenamento, etc. Os produtos finais não correspondem à escala
nominal neles registradas. Ainda, a escala gráfica fornece, rapidamente e sem cálculos, o
valor real das medidas executadas sobre o desenho, qualquer que tenha sido a redução
ou ampliação sofrida por este. A construção de uma escala gráfica é feita a partir da
escala nominal da planta.
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Exemplo: supondo que a escala de uma planta seja 1:100, o intervalo que mede 1cm
representa 1m, a escala gráfica correspondente terá o seguinte aspecto:
Valor
Valor e unidade
Tamanho do
intervalo
Aplicação Escala
Detalhes de terrenos urbanos 1:50
Planta de lotes e edifícios 1:100 e 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos 1:500
urbanos 1:1.000
Planta de propriedades rurais 1:1.000
1:2.000
1:5.000
Planta cadastral de cidades e grandes 1:5.000
propriedades rurais ou industriais 1:10.000
1:25.000
Cartas de municípios 1:50.000
1:100.000
Mapas de estados, países, 1:200.000 a
continentes etc. 1:10.000.000
Exercícios
1. Para representar no papel uma linha reta, que no terreno mede 65 m, utilizando-se a
escala 1: 500, pergunta-se: Qual será o valor desta linha em cm no papel?
2. A distância entre dois pontos, medida sobre uma planta topográfica, é de 55cm. Para
uma escala igual a 1: 250 qual será o valor real desta distância?
3. Uma praça mede 400x500m. Qual seria a escala inteira, múltipla de 100 que poderia
ser escolhida para representar esta praça em uma folha de papel A1?
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A B
10. Desenhar 2 escalas gráficas para a Escala 1: 50.000, sendo uma representada em
metros e a outra em quilômetros.
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4. ANGULOS DE ORIENTAÇÃO
Azimutes
Az10
Az01
1
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Rumos
* Observe a forma de trabalho com ângulos, que pode ser convencional, azimutes e
rumos.
N N
30º 30º
30º
30º O L
30º 30º
S
Exercícios
4. Com as mesmas leituras da questão anterior, determine qual seria o ângulo horizontal
entre os alinhamentos se o sentido da leitura tivesse sido o anti-horário, ou seja, de ré
para vante. Este é um ângulo externo ou interno à poligonal?
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5. LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO
A escolha do método para a medida dos ângulos e distâncias, assim como dos
equipamentos, se dá em função da precisão requerida para o trabalho e das exigências
do contratante dos serviços (cliente).
Reconhecimento do Terreno
Levantamento da Poligonal
Levantamento das Feições Planimétricas
Fechamentos, Área, Coordenadas
Desenho da Planta e Memorial Descritivo
Reconhecimento do Terreno:
Durante esta fase, costuma-se fazer a implantação dos piquetes (também denominados
estações ou vértices) para a delimitação da superfície a ser levantada. A figura
geométrica gerada a partir desta delimitação recebe o nome de POLIGONAL.
Faz-se também um croqui do terreno onde se indicam todas as informações até então
conhecidas do terreno.
Levantamento da Poligonal:
Durante esta fase, percorre-se as estações da poligonal, uma a uma, no sentido horário,
medindo-se ângulos e distâncias horizontais. Os ângulos devem ser medidos
utilizando-se o método de Bessel, sendo realizadas 3 séries para cada ângulo. Estes
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d34
4
H4
d23 5 d45
H5 N
d56
2
Az61
H2 d12
6
d61
H6
1
H1
Posição Leitura
Estação Leitura Angulo Ângulo Final Distância
Luneta PD PI
RÉ 0º00’00” 179°59’59”
1
VANTE 255°21’35” 75º21’35”
Média dos 3
RÉ 0º00’00” 180°00’28”
1 valores de d12 = 36,932
VANTE 255°22’57” 75°20’41” ângulo
1
RÉ 0º00’00” 180º00’04”
VANTE 255º21’15” 75º21’57”
RÉ 0º00’00” 180º00’02”
2 d23 = 70,143
VANTE 228º37’58” 48º39”04”
RÉ 67º23’19” 247º23’11”
3 d34 = 78,511
VANTE 359º07”44” 179º07’36”
RÉ 23º52’34” 203º52’26”
4 d45 = 33,087
VANTE 344º38’30” 164º38’32”
RÉ 225º13’05” 45º13’11”
5 d56 = 39,155
VANTE 286º58’57” 106º59’11”
RÉ 10º26’58” 190º26’56”
6 d61 = 50,312
VANTE 292º09’40” 112º09’50”
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Az10
H1 Az1d1
1
d1
0
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Orientação da Poligonal:
Introdução as Medições
No dia a dia, se está acostumado a contar, fazer contas, mas não a lidar com unidades
de medidas. Ao contar quantas pessoas estão numa sala o resultado é exato, por
exemplo 30, sem decimal. É absurdo dizer que tem 29,97 pessoas na sala. Por outro
lado, ao lidar com dinheiro, por exemplo, é correto usar os decimais.
Em topografia, os valores exatos ou reais das medições não podem ser determinados.
São estimados, e dependem do instrumento de medida. Por exemplo, ao medir uma mesa
com uma régua obtém-se uma determinada medida. Se escolher um instrumento de
medição melhor, a medida vai se aproximar mais do valor verdadeiro, embora o valor
verdadeiro nunca seja conhecido.
a) Fechamento angular
Distribuição dos Erros Angulares – os erros angulares acidentais, devem ser distribuídos
proporcionalmente entre as estações da poligonal, levando-se em conta que quanto mais
próxima estiver a estação visada, maior a influência do erro devido a não perfeita
verticalidade da baliza e também pelo fato de ser maior a probabilidade de se cometer
erro de pontaria (devido a espessura ampliada da baliza). Se for ultrapassado o limite de
erro, previamente estabelecido, o trabalho de campo deve ser refeito.
Sabe-se que matematicamente todo polígono fechado deve obedecer a seguinte relação:
ΣHzi = 180°.( n − 2)
Para calcular erro de fechamento dos ângulos externos de uma poligonal fechada utiliza-
se a fórmula:
ε c = ∑ Hi − (n + 2 ).180º
Para os ângulos internos utiliza-se a fórmula:
ε c = ∑ Hi − (n − 2).180º
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A erro permitido, por sua vez, depende do aparelho utilizado. Para a estação total TC500,
a tolerância angular é dada por:
ε p = 5" n
Distribuição dos Erros Angulares – os erros angulares acidentais, devem ser distribuídos
proporcionalmente entre as estações da poligonal, levando-se em conta que quanto
mais próxima estiver a estação visada, maior a influência do erro devido a não
perfeita verticalidade da baliza e também pelo fato de ser maior a probabilidade de se
cometer erro de pontaria (devido a espessura ampliada da baliza). Se for ultrapassado o
limite de erro, previamente estabelecido, o trabalho de campo deve ser refeito.
εc
c=
n
Os valores de correção não devem ter frações de segundos, portanto devem ser
arredondados. Para cada ângulo, um valor de correção será aplicado. O total da correção
não pode ultrapassar o valor do erro.Os valores de correção encontrados para cada
ângulo devem ser somados ou subtraídos a cada ângulo conforme o erro seja para menos
ou para mais.
Após a correção dos ângulos, a soma dos ângulos internos corrigidos deve obeder a
seguinte relação:
ΣHzi = 180°.( n − 2)
e) Transporte do azimute
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Az0
Az0
Az1=Az0 + H1 – 180º
Az0 + H1 H1
180º
X’ P1
Az
Y’
d
P0
X ' = d .senAz
Y ' = d . cos Az
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Azimute no 1º quadrante
X' Y'
N senAz01 = cos Az01 =
d d
X’
1 X ' = d .senAz 01 Y ' = d . cos Az01
Az01 d
Y’
Azimute no 2º quadrante
sen(90 + α ) = cos α
cos(90 + α ) = − senα
Y' X'
N − senα = cos α =
d d
Az01 = 90 + α
Y'
Az01 cos(90 + α ) = sen(90 + α ) =
X'
X’
d d
α Y ' = d . cos Az01 X ' = d .senAz 01
0 Y’
d
1
Azimute no 3º quadrante
cos(180 + α ) = − cos α
sen(180 + α ) = − senα X' Y'
N − senα = − cos α =
d d
Az 01 = 180 + α
X' Y'
senAz01 = cosAz01 =
d d
0
Az01
X ' = d .senAz 01 Y ' = d . cos Az01
d
α Y’
1
X’
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Azimute no 4º quadrante
sen(270 + α ) = − cos α
cos(270 + α ) = senα
Y' X'
N senα = − cos α =
d d
Az01 = 270 + α
1
d Y'
Y’
Az01 cos(90 + α ) = sen(90 + α ) =
X'
d d
α
X’ Y ' = d . cos Az01 X ' = d .senAz 01
0
Com estas demonstrações nos quatro quadrantes, pode-se perceber que em todos os
quadrantes as fórmulas para o cálculo das coordenadas relativas são iguais.
g) Erro Linear
Em uma poligonal fechada a soma algébrica das projeções dos lados sobre o eixo x ou y
deve obedecer a seguinte relação:
∑ ∆X = 0 e ∑ ∆Y = 0
Caso os somatórios não sejam iguais a zero, haverá um erro de fechamento linear em X
(εx) e outro em Y (εy). O erro linear total, ou erro resultante, denominado erro cometido
(εc), como se pode ver pelas figuras abaixo (segundo Pitágoras), é dados por:
1
2 εx
4
o εc
εy
εy εx
5 3
6
εx = ∑ X’I
εy = ∑ Y’i εc = √ ε²x + 2εy
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Antes de realizar as correções é necessário verificar se o erro linear cometido está dentro
do erro linear permitido. Nos trabalhos de campo será adotado o erro de 1:1000, ou seja,
em 1000 metros medidos pode-se cometer um erro de 1 metro. As correções devido ao
erro de fechamento linear são proporcionais às distâncias medidas e são dadas pelas
seguintes relações:
εx εy
c x (estação) = .d estação e c y (estação) = .d estação
dt dt
As correções devem ser introduzidas com a mesma precisão que as medidas de campo.
Por exemplo, se no campo as medidas foram realizadas com precisão de cm, as
correções também deverão ter precisão centimétrica (no exemplo acima, 2 decimais).
Como as correções são números pequenos, e tem-se que efetuar arredondamentos, pode
ocorrer que a soma das correções não coincida com o total. Neste caso é preciso forçar
um dos arredondamentos (escolhendo distância compatível) para que a soma das
projeções corrigidas seja zero. É desaconselhável prosseguir nos cálculos sem este
fechamento, pois neste caso também as coordenadas não fecharão.
Na figura abaixo, vê-se que a abcissa do ponto zero e zero, do ponto 1 e igual a projeção
do ponto 1 (X’1), do ponto 2 e igual a soma das projeções (X’1) e (X’2), e assim
sucessivamente. As deduções valem para as ordenadas. No eixo X, lados orientados no
sentido WE (distancias que vão da esquerda para a direita) geram projeções com seta
para a direita e sinal positivo, se a distancia for da direita para a esquerda o sinal da
projeção e negativo. No eixo dos Y, se a distancia for de baixo para cima (seta para cima)
a projeção e positiva, se for de cima para baixo, será negativa.
Desta forma, conclui-se que as coordenadas são obtidas da soma algébrica das
projeções corrigidas. Assim, pode-se calcular as coordenadas de cada ponto da
poligonal, seja ela aberta ou fechada. No eixo X, lados orientados no sentido WE
(distâncias da esquerda para direita) possuem sinal positivo. Se a distância for da direita
para a esquerda, seu sinal é negativo. No eixo do Y, se a distância for de baixo para cima
a projeção será positiva, se for de cima para baixo o sinal será negativo.
Na verdade estes são os dados mais importantes da planilha de cálculos, pois com as
coordenadas pode-se não só plotar (desenhar) os pontos desta poligonal numa planta,
como também calcular a área da figura. E, juntando-se os dados altimétricos às
coordenadas, pode-se calcular o volume, o que possibilita cálculos de aterro, terraços,
cortes no terreno, volume d’água, etc.
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X’4 4
Y4 Y’4
X’3
3
Y3 Y’3
X’2 Xi = ∑X’i
Y’2
2 Yi = ∑Y’i
Y2
X’1 1
Y1
Y’1
X1
X2
X3
X4
Ou seja:
X 1 = X 0 + X '1 X 2 = X 1 + X '2
Y1 = Y0 + Y '1 Y2 = Y1 + Y ' 2
O raciocínio é formar trapézios e somar e subtrair suas áreas, até obter a área do
polígono. Verificar figura a seguir:
Y
Y3 3
Y2
2
Y1 1
Y4 4
Y5
5
X1 X2 X5 X3 X4
S = (Y4 - Y5) . (X4 + X5)/2 + (Y3 – Y4) . (X3 + X4) - (Y3 – Y2) . (X2 + X3) -
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2S = Y4 X4 + Y4 X5 - Y5 X4 - Y5 X5 + Y3 X3 + Y3 X4– Y4 X3 – Y4 X4 - Y3 X2 - Y3 X3
+Y2 X2 + Y2 X3 - Y2 X1 - Y2 X2 + Y1 X1+ Y1 X2 - Y1 X1 - Y1 X5 + Y5 X1 +
+ Y5X5
6. Desenho da Planta
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7. Memorial Descritivo
MEMORIAL DESCRITIVO
Curitiba, ___________________________
Responsável : Equipe _____
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Levantamento expedito
Medição Simples
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A (ré)
0º
LVANTE
1º instala-se o instrumento em P;
2º visa-se a estação A (ré), anota-se o valor da leitura => LRÉ;
3º visa-se a estação B (vante), obtendo-se a leitura => LVANTE;
4º calcula-se o ângulo fazendo a diferença de leituras:
H = LVANTE – LRÉ
Método de Bessel
Consiste em fazer leituras nas duas posições da luneta – Posição Direta (PD) e Posição
Inversa (PI) para eliminar os seguintes erros instrumentais:
• excentricidade;
• colimação;
• inclinação do eixo secundário.
0º LVANTE PD
A
LRÉ PD
LRÉPI
LVANTEPI
180º
Reiteração
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Repetição
Para teodolitos com movimento geral e particular. Na medição por repetição admite-se a
existência de erros de gravação na graduação do limbo. São feitas leituras em diferentes
partes do limbo utilizando o movimento geral (teodolito repetidor).
Ln-1 A
L2
L0 L1
P
L1
L2
L3
Ln B
Procedimento de medição:
1. instala-se o teodolito em P;
2. visa-se A e lê-se L0;
3. com o movimento particular, visa-se B e lê-se L1, fixa-se o movimento particular e
solta-se o geral;
4. visa-se A (L1), fixa-se o movimento geral e solta-se o particular;
5. visa-se B e lê-se L2;
6. repete-se a operação n vezes, obtendo-se: H1 = L2 – L1
LEVANTAMENTOS EXPEDITOS
Medida de distância
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Trena de Aço com comprimento de 30, 60, 100 e 150 metros; Normalmente apresentam-
se enroladas em um tambor (figura a seguir) ou cruzeta, com cabos distensores nas
extremidades;
Trena de Fibra de Vidro : com ou sem envólucro, com formato de uma cruzeta; sempre
apresentam distensores (manoplas) nas suas extremidades; Seu comprimento varia de
20 a 50m (com envólucro) e de 20 a 100m (sem envólucro);
Balizas: São utilizadas para manter o alinhamento na medição entre dois pontos e
devem ser mantidas na posição vertical, sobre a tachinha do piquete, com auxílio de um
nível de cantoneira.
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Medidas de Ângulos
Para medida de ângulos horizontais em processo expedito pode-se usar a Bússola com a
vantagem de fazer um levantamento rápido, porém de pouca precisão. Num
levantamento com bússola, cada estação é independente, não acumulando erros no
processo. A precisão da bússola não é superior a 30'. Outra desvantagem no uso da
bússola é a interferência na leitura de ângulos por objetos metálicos que se posicionam
próximo ao levantamento.
aparelho) até outro ponto qualquer. Uma vez conhecida a distância horizontal entre estes
dois pontos, é possível determinar também a distância vertical entre eles através da
seguinte relação: DV = DN = DH.tag α
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LEVANTAMENTO DE PRECISÃO
Durante uma medição eletrônica, o operador intervém pouco na obtenção das medidas,
pois todas são obtidas automaticamente através de um simples pressionar de botão. Este
tipo de medição, no entanto, não isenta o operador das etapas de estacionamento,
nivelamento e pontaria dos instrumentos utilizados, qualquer que seja a tecnologia
envolvida no processo comum de medição.
Equipamentos
Estação Total
As figuras a seguir ilustram uma estação total da LEICA, modelo TC600, com intervalo
angular de 3”, precisão linear de 1,5mm e alcance de 2 km com um único prisma e um
coletor de dados TOPCON, o cabo pelo qual está conectado à estação total e uma
ampliação do visor LCD com informações sobre a medição
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Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
• O sinal refletor (bastão + prismas) deve ser posicionado sobre o ponto a medir, na
posição vertical, com a ajuda de um nível de bolha circular ou de um bipé; e, em
trabalhos de maior precisão, deverá ser montado sobre um tripé com prumo ótico ou a
laser;
A figura a seguir ilustra um bastão, um prisma e um tripé específico para bastão, todos da
marca SOKKIA.
Os prismas podem ser utilizados em conjunto: o primeiro, com três prismas e alvo; o
segundo, com nove prismas. Percebe-se que ambos estão acoplados a uma base
triangular que pode ser nivelada e que pode ser apoiada sobre tripé apropriado.
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4 4 4
64 66 68 470km E
26
74
24
74
22
7420km N
CartaTopográfica de Rolândia (Paraná) - Escala 1:50 000
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Linha dos Pólos ou Eixo da Terra: é a reta que une o pólo Norte ao pólo Sul e em torno
do qual a Terra gira. (Movimento de Rotação)
Equador: é o círculo máximo da Terra, cujo plano é normal à linha dos pólos.
Paralelos: são os círculos cujos planos são paralelos ao plano do equador. Os Paralelos
mais importantes são: Trópico de Capricórnio (φ = 23°23'S) e Trópico de Câncer (φ = 23°
23'N).
Meridianos: são as seções elípticas cujos planos contém a linha dos pólos e que são
normais aos paralelos.
Vertical do Lugar: é a linha que passa por um ponto da superfície terrestre (em direção
ao centro do planeta) e que é normal à superfície representada pelo Geóide naquele
ponto. Esta linha é materializada pelo “fio de prumo” dos equipamentos de medição
(teodolito, estação, nível, etc.), ou seja, é a direção na qual atua a força da gravidade.
Longitude(λ): Latitude(φ)
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Exercícios
18º
.P
S
.Q
19
º W
50º 49º
7.134.000
.P
.Q
7.135.500
325.500 326.000
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8.1. Introdução
Sistema do Usuário
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Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
no interior da maioria dos edifícios, em áreas urbanas muito densas, em túneis, minas e
embaixo d’água; e o funcionamento destes aparelhos independe das condições
atmosféricas. As figuras a seguir ilustram um dos satélites GPS e um receptor GPS da
GARMIN com precisão de 100m.
Para que o GPS 45XL possa determinar a posição de um ponto, ele necessita receber
informações de pelo menos três satélites simultaneamente. Estes, por sua vez, devem
estar dentro do campo de visão do receptor GPS.
2. Porquê 3 Satélites?
43
Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
4. Página de posição
• Esta é a segunda página do GPS 45XL. Ela mostra onde você está, a direção e
velocidade o seu movimento (isto, se você estiver se movimentando com o receptor).
• Uma vez determinada à posição 3D de um ponto, este poderá ser salvo (registrado) na
memória do receptor GPS para uso posterior.
• A página para "marcar um ponto" pode ser acessada através da tecla "MARK". Se
nenhuma posição é conhecida, o GPS avisa através de um bip e uma mensagem.
• Nesta página estão indicados:
Número/Nome do Ponto: que pode ser modificado (através da tecla de setas).
e da tecla "ENTER").
Posição do Ponto: Latitude e Longitude.
Número da Rota: se houver uma a ser seguida e registrada.
• A mensagem "SAVE?", se selecionada, armazena o ponto na memória do receptor
GPS e deixa-o lá até ser manualmente removido ou apagado.
• Deslocar-se, com a tecla de setas, até "POSITION FRMT" e teclar "ENTER". Com a
tecla de setas, escolher o sistema de coordenadas desejadas (UTM/UPS ou hdddo
mm.mmm´para latitude e longitude) e teclar "ENTER"
• Na mesma página, deslocar-se até "MAP DA TUM" e teclar "ENTER". Com a tecla de
setas, escolher o Datum ao qual o sistema será referenciado (SthAmrcn '69) e teclar
ENTER ““. Nesta mesma página, é possível escolher as unidades a serem trabalhadas
(Metric ou Statute ou Nautical).
45
Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
2.1 Fotogrametria
As imagens são captadas através de sensores óticos (câmaras) que podem estar:
• A bordo de aviões ou aeronaves, daí a denominação Fotogrametria Aérea ou
Aerofotogrametria.
Fotogrametria terrestre
47
Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
f
E=
H
A escala (E) de uma fotografia pode ainda ser determinada pelas relações entre
uma distância no terreno e sua correspondente na fotografia
d AB
E=
D AB
2.3 Estereocopia
Na nossa visão normal, cada globo ocular capta um ângulo diferente do objeto
visado, e cabe ao cérebro fundir em uma única imagem, as imagens coletadas por cada
olho, resultando em uma acurada perspectiva de profundidade tridimensional.
A estereocopia nada mais é do que a técnica que simula esse mecanismo biológico
da visão. Nela o homem lubridia o próprio cérebro.
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Fotogrametria Aérea:
Fotogrametria Terrestre:
• Registro e Conservação de Patrimônio Histórico
• Arquitetura
• Arqueologia (Registro e Mensuração)
• Registro e Documentação de Acidentes de Trânsito
• Criminologia (Estudo e Investigação Forense)
• Medicina
• Controle de Qualidade Industrial
3 Fotointerpretação
A análise de uma imagem fotográfica obtida pelo processo fotogramétrico pode ser
feita através de:
Uma estrutura, por exemplo, pode resultar na identificação de uma casa, uma
igreja ou uma indústria. Um dos elementos que poderia ajudar na distinção entre
casa/igreja/indústria diz respeito ao tamanho, pois indústrias e igrejas são
proporcionalmente maiores que casas.
50
Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
Exercício
51
Arquitetura TOPOGRAFIA I e II PUC/PR
TOPOGRAFIA II
ALTIMETRIA E MODELAGEM DO TERRENO
1. INTRODUÇÃO
A modelagem do terreno tem como objetivo estudar a intervenção no terreno natural ou naquele já
modificado pelo homem, compatibilizando as conseqüentes transformações do seu relevo de acordo com as
propostas de implantação de um projeto arquitetônico.
É conveniente que o projeto seja adequado ao cenário de entorno. Ou seja, é importante que seja levado
em conta a redução de custos de implantação e manutenção, bem como a preservação do meio ambiente,
considerando a drenagem natural, áreas de erosão, vegetação existente, entre outros.
A modelagem do terreno é efetuada a partir do reconhecimento das condições atuais do terreno. Esse
reconhecimento se efetua por meio do estudo dos aspectos topográficos, tais como relevo, acidentes
naturais, drenagem, vegetação e elementos construídos pelo homem.
Os aspectos topográficos são obtidos a partir das plantas topográficas planialtimétricas e cartas ou mapas
topográficos. Seu estudo se completa com o auxílio de imagens de satélite ou fotografias aéreas.
De modo simplificado, pode-se chamar de Mapas às representações obtidas a partir das cartas topográficas
e que representam apenas algumas das feições do terreno e geralmente, acrescidas de informações
estatísticas.
cota (h) – é a distância vertical de um ponto da superfície terrestre até uma superfície de
referência representada por um plano horizontal qualquer. Este plano é definido para um
primeiro ponto, e a partir dele, são definidas as cotas dos pontos seguintes. Geralmente, valores
de cotas são apresentados nas Plantas Topográficas, para uma referência local.
altitude (H) – é a distância vertical de um ponto da superfície terrestre até uma superfície de
referência, sendo que esta é representada pelo plano horizontal do nível médio dos mares
NMM. Geralmente, valores de altitude são apresentados nas Cartas Topográficas, como
referência geral.
Diferença de nível (∆ ∆H) é a diferença de altura, na vertical, entre dois pontos. A diferença entre cotas ou
diferença entre altitudes é igual, como pode ser visto na figura.
52
Arquitetura Topografia I PUC/PR
∆HAB
A
hB
hA HB
Plano Horizontal de Referência
HA
Referência de Nível - RN
São pontos no terreno, nos quais são conhecidas a altitude (H) e as coordenadas UTM (E,N) ou
Geográficas (φ,λ). Estes pontos são implantados no terreno através de blocos de concreto (denominados
marcos) e são protegidos por lei. Normalmente, fazem parte de uma rede geodésica nacional, de
responsabilidade dos principais órgãos cartográficos do país (IBGE, DSG, entre outros).
Curvas de nível é a representação do relevo através de linhas curvas fechadas, formadas a partir da
interseção imaginária de planos horizontais eqüidistantes com a superfície do terreno.
Desse modo, todos os pontos sobre a linha representam pontos do terreno que estão na mesma altura
(cota/altitude), ou seja, todos os pontos representados na linha estão no mesmo nível.
53
Arquitetura Topografia I PUC/PR
Os planos horizontais que contêm as curvas são sempre paralelos e eqüidistantes. Desta forma, a distância
vertical entre uma curva e outra é chamada de Eqüidistância Vertical.
A eqüidistância em que as curvas de nível são desenhadas varia com a escala da planta, seguindo
normalmente os valores da tabela abaixo.
Escala Eqüidistância Escala Eqüidistância
1:500 0,5m 1:100000 50,0m
1:1000 1,0m 1:200000 100,0m
1:2000 2,0m 1:250000 100,0m
1:10000 10,0m 1:500000 200,0m
1:25000 10,0m 1:1000000 200,0m
1:50000 25,0m 1:10000000 500,0m
Podem ser desenhadas também, curvas de meia-eqüidistância com a finalidade de densificação de terrenos
muito planos.
As curvas de nível são linhas fechadas, porém nem sempre visíveis em sua totalidade sobre uma planta ou
mapa. Quando é possível visualizar na planta as curvas fechadas, tem-se a característica de regiões
elevadas ou picos.
Curvas de nível muito afastadas entre si indicam terrenos relativamente planos ou com declividades baixas.
E as curvas de nível muito próximas entre si indicam terreno acidentado.
As curvas de nível são representadas em tons de marrom ou sépia nas plantas/cartas/mapas coloridos e em
preto nas plantas/cartas/mapas monocromáticos.
Desta forma, a maior inclinação (%) do terreno ocorre nos locais onde as curvas estão mais próximas, ou
seja, onde o terreno é mais íngreme.
54
Arquitetura Topografia I PUC/PR
Em terrenos naturais, ou seja, aqueles não modificados pelo homem, as curvas tendem a um paralelismo e
são isentas de ângulos vivos e curvas bruscas.
Duas ou mais curvas de nível não se cruzam e nem convergem para formar uma curva única, exceto onde
há um penhasco ou uma forma de ponte natural. Se na planta houver duas ou mais linhas que se cruzam,
uma delas será a curva de nível e as demais linhas poderão estar representando quaisquer outras feições:
rio, estrada, limite de vegetação, etc.
Nos Mapas ou cartas topográficas as curvas de nível são representadas a partir de informações obtidas
da restituição Aerofotogramétrica.
Para o traçado das curvas de nível nas Plantas topográficas, é necessário realizar o levantamento
topográfico altimétrico, por meio de pontos notáveis do terreno (aqueles que melhor caracterizam o relevo),
com os quais, se interpolam gráfica ou numericamente os demais pontos definidores das curvas.
Pode ser efetuado o levantamento altimétrico de uma série de pontos no interior das áreas e nas áreas
próximas ao terreno em estudo. Podem-se utilizar os seguintes métodos:
− Método da quadriculação:
− Método da irradiação:
são traçadas retas a partir de uma estação fixa (com ângulo horizontal conhecido em
relação a um dos alinhamentos da poligonal) e ao longo destas retas (com distância
fixa) nivelados pontos.
55
Arquitetura Topografia I PUC/PR
No escritório, os pontos levantados são desenhados na planta. Porém, estes pontos possuem cotas
diversas com valores diferentes das eqüidistâncias das curvas de nível.
Por meio de interpolação entre estes pontos, determinam-se as posições de novos pontos onde as cotas
são valores inteiros, para nestes pontos desenharem-se as curvas de nível. Estas cotas inteiras são a
eqüidistância das curvas de nível representadas.
A interpolação pode ser gráfica ou numérica. A interpolação numérica é uma simples regra de três. A
interpolação gráfica é obtida pelo processo de divisão de seguimentos com valores proporcionais. Um
exemplo de interpolação gráfica é apresentado a seguir:
3.1.4. Exercícios
a) Seja a porção do terreno correspondente a uma vertente isolada de um vale, foi levantada através do
método de irradiação. Foram determinadas as cotas dos pontos A,B,C,D e E, em metros. A
eqüidistância vertical deve ser igual a 5m. Determinar a posição das curvas de nível, sendo a escala do
desenho 1:1000. (a resolução deste exercício encontra-se no livro do Lelis Espartel)
26,6
17,5
6,0
37,0
28,5
56
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57
Arquitetura Topografia I PUC/PR
Pontos altimétricos é a representação da superfície por pontos. Estes pontos representam a localização
geográfica da qual se conhece a altitude. A posição do ponto é representada por um símbolo pontual e ao
lado a altitude é indicada por um texto.
O desenho de perfis de um terreno tem por finalidade auxiliar nos projetos de locação de plataformas e
rampas, bem como, no cálculo de serviços de terraplanagem (volume de corte e aterro).
Para representar um perfil utilizam-se dois eixos ortográficos. No eixo horizontal representam-se as
distâncias horizontais entre os pontos do terreno e no eixo vertical representam-se as alturas destes pontos.
Longitudinal: determinado ao longo do perímetro de uma poligonal (aberta ou fechada), ou, ao longo do
seu maior afastamento (somente poligonal fechada).
58
Arquitetura Topografia I PUC/PR
3.3.1. Procedimento para o desenho do Perfil do terreno a partir da planta com curvas de
nível
− Na planta com as curvas de nível, desenha-se o plano indicativo do corte onde será desenhado o perfil;
− Define-se a escala de representação vertical, que pode ser diferente da escala horizontal;
− A partir dos pontos de interseção entre o plano de corte e as curvas de nível desenham-se linhas
verticais até cruzar com as linhas horizontais que representam os planos horizontais referentes às curvas
de nível, na mesma escala da planta topográfica;
− Os pontos de interseções entre as linhas auxiliares e os planos horizontais definem o perfil do terreno;
− Desenha-se uma linha contínua que define o terreno. As demais representações, tais como, a vegetação
ou edificações, são efetuadas em vista.
PLANO VERTICAL 20
25
10
15 30
0
5
30
25
20
15
10
5
0
A declividade do terreno é a medida da inclinação do terreno entre dois pontos. A declividade pode ser
obtida pela relação entre a distância vertical e horizontal entre esses pontos
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Arquitetura Topografia I PUC/PR
d%
DV
DH
A declividade de um terreno é dada pela relação entre a projeção horizontal e a projeção vertical de uma
curva. Por exemplo, para a declividade de 30%, tem-se:
A variação vertical é sempre constante, pois as curvas estão sempre à mesma distância vertical, ou seja,
são eqüidistantes, por exemplo, de 10 em 10metros, de 5 em 5 metros, de 1 em 1 metro, etc. Logo, no
cálculo da declividade em curvas de nível, Dv será constante e Dh deverá variar.
Realizando um corte no terreno, observa-se que quanto mais próximas as curvas de nível maior é a
inclinação e quanto mais afastadas menor a inclinação.
Na planta, ou seja, no mapa topográfico, vê-se a distância entre as curvas de nível correspondente à
projeção horizontal da distância. No perfil vê-se a projeção horizontal e a projeção vertical das distâncias
entre as curvas:
Dv
Dh
60
Arquitetura Topografia I PUC/PR
< 0.3
A Fraca
03 a 06 Moderada
B
06 a 12 Moderada a Forte
C
12 a 20 Forte
D
20 a 40 Muito Forte
E
> 40 Extremamente Forte
F
3.5. Exercícios
1. Desenhar o perfil do terreno segundo a posição do plano vertical AB indicado. Escolher uma escala
vertical.
A B
61
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C D
3. Sendo a escala 1:50000 e a eqüidistância entre as curvas de nível de 20m, determinar qual deve ser a
distância horizontal entre as curvas de nível para que se determine no terreno locais onde a declividade
é:
d < 10%
30%< d
62
Arquitetura Topografia I PUC/PR
7. Em relação ao exercício anterior, determinar a cota de uma estaca situada a 15,80m da estaca 1.
63
Arquitetura Topografia I PUC/PR
O levantamento topográfico compreende medições de ângulos horizontais e verticais bem como medições
de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida.
Os levantamentos topográficos são definidos e executados em função das especificações dos projetos.
Assim, um projeto poderá exigir somente levantamento planimétrico, ou, somente levantamento altimétrico,
ou ainda, ambos os levantamentos, no caso, planialtimétrico.
Levantamento cadastral – levanta a posição de certos detalhes de interesse à sua finalidade, tais como:
limites de vegetação ou cultura, cercas internas, edificações, benfeitorias, posteamento, barrancos, árvores
isoladas, valos, drenagem natural e/ou artificial, etc.
Nível ótico: é utilizado em nivelamentos onde se faz somente leitura da régua graduada (mira) para a
determinação de distâncias verticais e horizontais entre pontos. A altimetria é determinada por relações
geométricas, com base na semelhança de triângulos.
Teodolito: é utilizado na leitura de ângulos horizontais e verticais e também da régua graduada (mira) para
a determinação de distâncias verticais e horizontais entre pontos. A altimetria é determinada por relações
trigonométricas. Baseia-se na resolução de um triângulo retângulo, onde se conhece a distancia inclinada e
um ângulo vertical.
Estação total: é utilizado na leitura de distâncias horizontais, verticais (desníveis) e inclinadas e também
na leitura de ângulos horizontais e verticais. A vantagem está em que todas as medidas são obtidas
eletronicamente
GPS: o GPS não determina desníveis do terreno, mas determina diretamente as altitudes dos pontos. O
procedimento é fácil e rápido e a precisão depende do equipamento GPS utilizado.
Clinômetro: é um equipamento é utilizado para a determinação de alturas de objetos tais como: árvores,
torres de energia, edifícios, pontes, postes de iluminação, etc. Com o clinômetro faz-se a leitura de ângulos
verticais, usados para determinar a diferença de altura entre dois pontos.
64
Arquitetura Topografia I PUC/PR
Nível de mangueira: utiliza-se uma mangueira transparente cheia de água para marcar pontos em uma
mesma altura.
Fio de prumo: serve para posicionar o aparelho exatamente sobre o ponto no terreno.
Mira ou Régua graduada: é uma régua de madeira, alumínio ou PVC, graduada em m, dm e cm. O mm é
estimado. É utilizada na determinação de distâncias horizontais e verticais entre pontos.
• Nível de cantoneira: tem a função de tornar vertical a posição da régua graduada e da baliza.
Baliza
Nível de
cantoneira
65
Arquitetura Topografia I PUC/PR
5. MÉTODOS DE NIVELAMENTO
Utiliza-se um nível ótico e baseia-se na diferença de leituras feitas nas miras graduadas (semelhante a
taqueometria). A precisão obtida é da ordem de milímetros nos trabalhos especiais de primeira ordem, e de
apenas alguns centímetros nos trabalhos topográficos comuns.
As altitudes são transportadas sucessivamente de um ponto para outro, ou seja, parte-se de um ponto de
altitude (ou valor de cota) conhecida e determina-se o desnível até o próximo ponto, obtendo assim a
altitude (ou cota) deste novo ponto.
A distância vertical ou desnível ∆H entre dois pontos é determinada pela diferença entre as leituras feitas
sobre duas miras (réguas graduadas), estacionadas a Ré e a Vante do nível, nos pontos a serem
nivelados.
Régua ou mira
Nível
∆N
No nivelamento simples instala-se o nível em um ponto estratégico, situado ou não sobre a linha a nivelar
e eqüidistante aos pontos de nivelamento.
No nivelamento composto instala-se o nível mais de uma vez. É utilizado quando o desnível do terreno é
superior ao comprimento da régua (≈ 4m).
∆N
O Desnível do terreno pode ser determinado após a leitura dos fios estadimétricos (ls, lm e li) nos pontos
de ré e vante. O desnível pode ser determinado pela relação:
66
Arquitetura Topografia I PUC/PR
∆N = Rélm − Vantelm
IMPORTANTE:
Na prática, faz-se o procedimento da estadimetria. Isto é, são lidos os três fios estadimétricos e a leitura do
fio médio deve coincidir com a média entre as leituras dos fios superior e inferior.
Para que este método não perca suas características vantajosas, é preciso que o equipamento fique
eqüidistante das miras. Não há necessidade de que o instrumento esteja alinhado com os dois pontos.
Vantagens: como o equipamento é montado eqüidistante dos dois pontos, os erros iguais nas duas leituras
serão eliminados.
Não é necessário aplicar correções de erros como da altura do instrumento, refração atmosférica,
colimação vertical e efeito de curvatura terrestre:
altura do instrumento: a altura é única para as duas leituras, assim ela não influência no resultado (∆H).
refração atmosférica: a refração aparentemente levanta o ponto visado. Como as distâncias são iguais, as
refrações também são iguais e portanto eliminadas ao calcular o ∆H.
colimação vertical: a vertical do instrumento raramente coincide com a vertical verdadeira, assim a linha
de visada contém um erro, porém este erro é igual para os dois lados e assim também eliminado.
efeito de curvatura terrestre: da mesma forma que nos casos anteriores, o erro é cometido nas mesmas
quantidades, assim eliminado.
Instala-se o nível num ponto qualquer (A), mede-se a altura do instrumento (hi) e efetua-se a leitura média
da mira (Lm) localizada no ponto (B).
Lm
hi
B
∆NAB
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Arquitetura Topografia I PUC/PR
É o nivelamento em que são medidas distâncias horizontais e ângulos verticais, usados para calcular
diferenças de altura (ou diferenças de nível). Este método pode ser usado para pontos de difícil acesso,
construções de estradas, projetos de irrigação e projetos de saneamento.
Usado para determinação de desníveis do terreno. Baseia-se na resolução de um triângulo retângulo, onde
se conhece a distancia inclinada e um ângulo vertical. Com o teodolito, no calculo do desnível, a precisão é
da ordem dos decímetros, ou seja, inferior ao nivelamento geométrica, pois se utiliza a distancia que
contem erros.
O clinômetro é um equipamento de fácil utilização para uma determinação aproximada de alturas de objetos
tais como: árvores, torres de energia, edifícios, pontes, postes de iluminação, etc.
É aconselhável a medida de ângulos de até 45° e lances inferiores a 150m, pois é um equipamento para
processos expeditos.
α DV
DH
hobjeto
hobservador
A B
DV = DH .tg (α )
h(objeto) = h(observador ) + DV
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Arquitetura Topografia I PUC/PR
Por melhores que sejam os equipamentos e por mais cuidado que se tome ao proceder um levantamento
topográfico, as medidas obtidas jamais estarão isentas de erros. Assim, os erros pertinentes às medições
topográficas podem ser classificados como:
b) Erros sistemáticos – produzidos por causas conhecidas, e podem ser evitados ou eliminados. São
devidos à defeitos ou não retificação dos instrumentos utilizados, têm sempre o mesmo sinal e
normalmente tem lei de formação conhecida. Ex.: trena alongada, arredondamento de medidas.
Da teoria dos erros, sabe-se que erros positivos e negativos ocorrem com a mesma freqüência; que os
erros grosseiros e os sistemáticos podem ser tratados, logo eliminados; e que os erros aleatórios podem ser
compensados.
Os erros grosseiros cometidos durante a determinação indireta de distâncias podem ser devidos aos
seguintes fatores:
Verticalidade da baliza: ocorre quando não se faz uso do nível de cantoneira. A maneira correta de
posicionamento da baliza nos levantamentos é na vertical e sobre a tachinha do piquete.
Verticalidade da mira: assim como para a baliza, ocorre quando não se faz uso do nível de cantoneira.
Leitura da régua: relativo à leitura errônea dos fios estadimétricos inferior, médio e superior. Pode ser
prejudicada pela má iluminação, modo de divisão da régua, pela variação do seu comprimento ou pela falta
de experiência do operador.
Leitura de ângulos: ocorre quando se faz a leitura dos círculos vertical e/ou horizontal de forma errada,
por falha ou falta de experiência do operador.
Pontaria: no caso de leitura dos ângulos horizontais, ocorre quando o fio estadimétrico vertical do teodolito
não coincide com a baliza (centro).
69
Arquitetura Topografia I PUC/PR
Lv
Ls
Lm
Li
Erro linear de centragem do teodolito: segundo ESPARTEL (1987), este erro se verifica quando a
projeção do centro do instrumento não coincide exatamente com o vértice do ângulo a medir, ou seja, o
prumo do aparelho não coincide com o ponto sobre o qual se encontra estacionado.
Erro de calagem ou nivelamento do teodolito: ocorre quando o operador, por falta de experiência, não
nivela o aparelho corretamente.
Com um teodolito ou um nível ótico é possível determinar também distâncias horizontais. Das figuras, tem-
se:
A
Ls
V a
a s
o S
e E
H
s
d b
Li
b
B
D
V
70
Arquitetura Topografia I PUC/PR
Para terrenos onde é necessário usar a luneta inclinada, utilizam-se as fórmulas a seguir:
5.5. EXERCÍCIOS
IMPORTANTE: Para a melhor compreensão dos exercícios o aluno deve realizar desenhos para os
problemas e identificar os métodos de medidas realizados.
a) De um piquete (A) foi visada uma mira colocada em um outro piquete (B).
b) Considerando os dados do exercício anterior, calcule a distância vertical ou diferença de nível entre
os pontos e determine o sentido de inclinação do terreno.
DN = Lré – Lvante
Lré = altura do instrumento em A Lré= 1,500m
Lvante = Fm no ponto B Fm = (Ls + Li) / 2 = 0,968m
DN = 1,500 – 0,968 = 0,532m + DN = terreno em aclive
c) Ainda em relação ao exercício anterior, determine qual é a altitude (H) do ponto (B), sabendo-se
que a altitude do ponto (A) é de 584,025m.
HB = HA + DN AB
HB = 584,025 + 0,532 = 584,557m
e) Pela figura abaixo, determine a diferença de nível entre os pontos. De onde devemos tirar e onde
devemos colocar terra? O ponto A deve ser tomado como referência para o cálculo do desnível,
bem como, para a planificação do relevo.
71
Arquitetura Topografia I PUC/PR
f) Qual é o desnível e a inclinação do terreno para um nivelamento composto onde foram obtidos os
seguintes dados?
lMré = 2.50, 2.80 e 3.00m
lMvante = 1.00, 0.80 e 0.90m.
Fmre Fmvante DN
2,50 1,00 +1,50
2,80 0,80 +2,00
3,00 0,90 +2,10
DN = 5,60m, o terreno está em aclive.
h) Determine a altura aproximada de uma árvore sabendo-se que o ângulo de visada do topo da
árvore é de 17°40’ em relação ao solo e a distância do ponto observado à árvore é de 40,57m.
α
Dh
I. Croqui do terreno
Desenha-se o croqui do terreno a ser nivelado (medido), no qual são indicados os pontos notáveis, ou seja,
os pontos que determinam as variações de alturas no terreno;
2 3 2 C B A 3
B
D
A C A
B
A B
1 1
A
C
B
4 C 4
73
Arquitetura Topografia I PUC/PR
− Anotam-se esses valores na planilha de campo e calcula-se nesse momento o valor médio calculado
FMcal= FS + FI
2
2 C B A 3
B
D
A C A
B
A B
1 1 A
B 2
A
C
B
C 4
ALINHAMENTOS 1-4 A, 1-4 B, 1-4 C e 1-4 ALINHAMENTO 1-3 A, 1-3 B, 1-3 C, 1-3 D e 1-3
B 1 A B C D 3
1 C 4
A
74
Arquitetura Topografia I PUC/PR
VII. Leitura da régua nos pontos A, B, C ... , dos alinhamentos 3-2 e 3-4
ALINHAMENTO 3-2A, 3-2 B, 3-2 C e 3-2 ALINHAMENTO 3-4 A, 3-4 B, 3-4 C e 3-4
B
3 C 4
B A
3 C 2
A
DN = Ré - Vante
As aulas práticas são destinadas a levantamentos altimétricos com o uso de diversos equipamentos e
métodos de medidas.
Os métodos e equipamentos a serem utilizados nos levantamentos serão definidos pelo professor.
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Arquitetura Topografia I PUC/PR
Etapas:
As aulas práticas devem ser documentadas pela equipe gerando um relatório prático.
76
Arquitetura Topografia I PUC/PR
6. INTERVENÇÕES NO TERRENO
A intervenção no terreno, através da sua modelagem, tem como objetivo intervir no terreno natural e
adequá-lo à implantação do projeto. Cabe ao projetista compatibilizar a proposta de projeto com o cenário
natural.
A intervenção deverá ser realizada em acordo com as formas naturais da paisagem de modo a preservar o
meio ambiente reduzindo impactos que conflitam com a drenagem natural, erosão e a vegetação existente,
atendendo a drenagem adequada e não comprometendo a estabilização do terreno.
Em geral, em terrenos muito acidentados evita-se grandes movimentos de terra, por outro lado, um terreno
plano poderá ganhar nova perspectiva com uma forma ondulada.
A intervenção no terreno implica na realização de cortes (remoção de terra) ou aterros (adição de terra)
ou a combinação de ambos, bem como na realização de elementos construtivos especiais como muros de
arrimo, degraus, valas e rampas.
− Criação de áreas planas: para suporte de construções, tais como edificações, estacionamentos,
quadras esportivas. As áreas planas são obtidas através da execução de platôs ou plataformas
2 3 4 5
1
0
Área plana
aterro
Em terrenos ondulados têm-se duas situações extremas: o traçado da circulação é quase paralelo
às curvas de nível, gerando rampas suaves, ou então, é quase perpendicular às mesmas, gerando
rampas acentuadas.
77
Arquitetura Topografia I PUC/PR
“quase” perpendicular às
curvas de nível
“quase” paralelo às
curvas de nível
“quase” perpendicular às
curvas de nível “quase” paralelo às
curvas de nível
− Criação de efeitos especiais: são as intervenções que modificam o modelado do terreno com o
objetivo de criar efeitos especiais, seja em terrenos planos ou inclinados.
No projeto são definidas as cotas finais do terreno modelado e as inclinações desejáveis para os taludes
dos cortes ou aterros resultantes e em planta a representação do terreno modelado é realizada por
processos gráficos.
As seções transversais permitem visualizar a situação natural do terreno e as futuras intervenções. Através
das seções são definidos os procedimentos necessários para cálculos dos volumes de terra a serem
movimentados, sejam em cortes ou em aterros.
− Seções em cortes – é a seção transversal do terreno em local onde será efetuada a remoção de terra
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talude de
corte terreno natural
d%
d%
plataforma
d%
− Seções em aterros - é a seção transversal do terreno em local onde será efetuada a adição de terra
plataforma
d%
terreno d%
natural
talude
de aterro
− Seções mistas - é a seção transversal do terreno em local onde serão efetuados cortes e aterros
terreno
natural
d% ponto de
corte passagem
talude
de corte aterro d%
talude
de aterro
Antes de iniciar o projeto, a planta do terreno deve ser cuidadosamente estudada e o comportamento das
curvas de nível devem ser verificado.
No projeto, devem ser consideradas as posições e as alturas em que serão implantados elementos, tais
como edificações, ruas, calçadas, rampas de acesso, piscinas, quadras de esportes, etc. para representar
estes elementos em planta, as curvas de nível devem ser retificadas.
Idealizar projetos que evitem ao máximo as alterações radicais no relevo da área a ele destinada. Caso seja
necessário alterar relevantemente o relevo, procurar um equilíbrio entre os volumes de corte e aterro.
Evitar o corte acentuado ao longo das divisas (perímetro), pois, isto implica na construção de muros de
contenção que em muitos casos encarecem a obra. Dependendo do solo e do porte das edificações
vizinhas, o projeto e construção de um muro de contenção podem exceder o custo de implantação de todo o
seu projeto arquitetônico.
Da mesma forma, evitar grandes volumes de aterro, que implicam na compra de material e na correta
compactação do mesmo, encarecendo a obra. Cuidado com aterros em áreas alagadas.
A retificação das curvas de nível, para fins de projeto arquitetônico devem ser levadas a efeito somente no
interior da área do projeto, portanto, jamais as curvas poderão ser alteradas ao longo do perímetro da
mesma (limites com os vizinhos).
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Verificam-se os locais onde as curvas de nível entram e saem da área do projeto para os mesmos possam
ser preservados.
Nos caminhos, calçadas, escadas, ruas e córregos retificados, as curvas de nível devem ser desenhadas
perpendicularmente às referidas feições e em linha reta, conforme mostra a figura:
Nas plataformas para edificações, as curvas de nível devem contorná-la, seguindo o seu traçado através de
linhas retas e ângulos retos. O afastamento entre as curvas deve respeitar as declividades especificadas
para o projeto.
2 3 4 5
1
0
I. loca-se em planta a área a ser criada sobre as curvas de nível existentes do terreno
II. identifica-se as cotas em que os elementos do projeto serão implantados
III. identifica-se as curvas de nível desenhadas no interior da área de projeto e as suas eqüidistâncias
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IV. a curva de nível com cota mais próxima da cota do platô deve ser relocada para fora da nova área
criada.
V. As demais curvas existentes que interceptam a área do platô ou as curvas já relocadas são também
relocadas correndo paralelamente entre si, contornando a área plana e conectando após esta
operação com as correspondentes de mesma cota.
VI. A distância entre as curvas relocadas deverá ser observada em função das declividades impostas
aos taludes de cortes e aterros, de modo que os elementos do projeto estejam de acordo com as
especificações recomendadas.
VII. As novas curvas de nível são desenhadas com linha contínua
VIII. Nos trechos onde há alteração de desenho, as curvas antigas são representadas em tracejado.
Observação:
Nos aterros
• as curvas são relocadas para a parte baixa do platô
Via projetada
Implantar a plataforma no nível 3, desenhar as curvas de nível no corte e aterro. Considerar talude de corte
fora da plataforma igual a 50% e talude de aterro igual a 30%
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• desenho na escala indicada: a curva 3m permanece na cota do platô. Na área de corte, a curva 4m
é relocada para o lado das cotas mais altas com uma distância horizontal de 2m. O mesmo
acontece com a curva 5m. Na área de aterro, a curva 2m é relocada para a o lado das cotas mais
baixas com uma distância horizontal de 3,33m
• neste processo podem também ser indicados, além das curvas retificadas, os limites indicativos de
cortes e aterros.
2 3 4 5
1
Indicação do talude
0 de corte
Curvas retificadas
Indicação do talude
de aterro
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6.4. Exercício
Retificar as curvas de nível para a plataforma projetada. A escala do desenho é 1:500. A declividade entre
as curvas nos cortes e aterros, fora da plataforma, deve ser de 20% e a cota da plataforma é 290,2m.
Desenhar também os limites dos taludes usando cores para diferenciar das curvas de nível.
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Retificar as curvas de nível para a plataforma projetada. A escala do desenho é 1:500. A declividade entre
as curvas nos cortes e aterros, fora da plataforma, deve ser de 50% e a cota da plataforma é 211,5m.
Desenhar também os limites dos taludes usando cores para diferenciar das curvas de nível.
212 213
211 214
210
215
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O modelado terrestre atual teve origem nos contínuos deslocamentos da crosta terrestre devidos à ação de
causas internas e na influência de fenômenos externos tais como chuvas, vento, calor solar, frio intenso,
que com a sua ação mecânica e química, alteraram a superfície estrutural original, transformando-a em
superfície escultural.
As feições ou acidentes geográficos que o terreno apresenta pode ser compreendido por uma análise do
comportamento das curvas de nível em relação aos mesmos.
Algumas técnicas auxiliam na compreensão para a percepção do relevo por meio das curvas de nível.
– Na colina, a curva interna possui a cota mais alta. No caso de depressões, a curva interna possui a cota
mais baixa.
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– Linha de encontro de duas vertentes no fundo dos rios ou córregos. É a Linha do curso da água
materializada pelos rios, ou seja, é a linha que segue a parte mais baixa do leito de um rio, de um canal
ou de um vale. Esta linha representa o Perfil longitudinal de um rio; Pode ser também definida como a
linha que une os pontos de menor cota ao longo de um vale.
As setas indicadas representam o sentido de escoamento das águas no terreno, o qual é sempre
perpendicular às curvas de nível.
– é a superfície inclinada que vem do divisor até a base das montanhas. As vertentes não são superfícies
planas, mas sulcadas de depressões que formam vales secundários. Pode-se determinar a orientação
das vertentes em relação aos pontos cardeais.
• Encosta côncava: é representada com curvas de nível paralelas com espaçamentos maiores
entre as curvas de menor cota e diminuindo entre as cotas mais altas
• Encosta convexa: é representada com curvas de nível paralelas com espaçamentos maiores
entre as curvas de cotas mais altas e diminuindo entre as cotas mais baixas
Vale:
– Superfície côncava formada pela reunião de duas vertentes opostas. Podem ser de fundo côncavo, de
fundo de ravina ou de fundo chato. A representação de curvas de nível nos vales têm seus valores
crescentes a partir de seu eixo longitudinal
Espigão:
– superfície convexa, geralmente alongada que tem sua origem em um contraforte. Sua representação é
semelhante ao do vale, no entanto, a representação de curvas de nível nos espigões têm seus valores
decrescentes a partir de seu eixo longitudinal.
Vale Espigão
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Contraforte:
– são saliências do terreno que se destacam da serra principal (cordilheira) formando vales. Dos
contrafortes partem ramificações denominadas espigões e ou saliências denominadas vales.
Bacia Hidrográfica:
– Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. É definida pelos divisores de água,
os quais a limitam com outras bacias.
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