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Novo Hamburgo
2016
ISADORA SILVEIRA DA COSTA
MATHEUS BENDER
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Matheus Bender
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1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 11
2. 1 História das correias transportadoras................................................................. 11
2. 2 Esteiras transportadoras ...................................................................................... 11
2. 3 Esticadores para tensionamento ......................................................................... 11
2. 4 Molas ...................................................................................................................... 12
2. 4.1 Molas Helicoidais de Compressão ....................................................................... 14
2. 4.2 Molas Helicoidais de Tração ................................................................................ 15
3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 17
3.1 Procedimentos ....................................................................................................... 17
3.1.1 Sistema mecânico de tensionamento .................................................................... 17
3.1.2 Visita técnica ......................................................................................................... 18
3.1.3 Dados da empresa ................................................................................................ 19
3.2 Dimensionamento .................................................................................................. 22
3.2.1 Cálculos................................................................................................................. 22
3.2.2 Cálculo da mola a partir da carga máxima suportada pelo parafuso tensionador . 26
3.2.3 Cálculo da mola a partir da carga exercida sobre a esteira................................... 28
3.2.4 Cálculo do suporte a partir da carga exercida sobre a esteira .............................. 28
3.3 Projeção .................................................................................................................. 29
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 31
4.1 Resultados dos cálculos de dimensões da mola ................................................ 31
4.2 Resultados dos cálculos do suporte da mola ..................................................... 31
4.2 Considerações gerais ............................................................................................ 34
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 35
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 36
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1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. 4 Molas
necessidades como por exemplo boa condutividade elétrica e alta resistência. Nem
sempre são feitas de materiais tão resistentes, em alguns casos também utiliza-se o
plástico na fabricação.
Em geral as molas são classificadas como: molas de fio de arame, molas
planas ou molas de formato especial, e há variações dentro dessas divisões.
Molas de fio incluem molas helicoidais de fio redondo e de fio quadrado, feitas
para resistir e defletir sob cargas de tração, compressão ou torção. Molas
planas incluem tipos em balanço e elípticas, molas de potência enroladas
como em motores ou tipo relógio e arruelas planas de mola, usualmente
chamadas de molas Belleville. (BUDYNAS 2011, P. 526)
Ti psi 25000 22500 20000 18000 16250 14500 13000 11600 10400 9400 7000
Ti Kg/ 17,6 15,8 14,1 12,6 11,4 10,2 9,1 8,1 7,3 6,6 4,9
mm²
O ponto fraco das molas helicoidais de tração é, em geral, o ponto em que a espira
dobra-se para fazer a alça, o lugar pelo qual a mola é fixada, mas também é através dele
que torna-se possível tracionar a mola e atingir o nível de carga necessário. Apesar
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disso, seu uso é requisitado em fábricas e indústrias que trabalham com materiais
pesados, principalmente pelo fato de terem um custo relativamente baixo e pela sua
grande resistência ao impacto. O movimento das molas de tração é parecido com o das
molas de compressão, sendo seu principal diferencial as extremidades especiais que
são necessárias para que a carga possa seja utilizada.
Normalmente são confeccionadas com ganchos nas extremidades com as formas
de aspirais encostadas, mas também encontra-se outro tipo de extremidade em forma
de vão entre as espiras em todo comprimento da mola.
3 METODOLOGIA
3.1 Procedimentos
A primeira etapa da pesquisa foi a decisão de qual o sistema que seria utilizado
como resposta do problema. As opções definidas eram sistema mecânico, sistema
pneumático e sistema hidráulico. Como alternativa na utilização do sistema mecânico,
surgiu a partir de sugestões da banca na pré-apresentação do projeto, a ideia de
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dimensionar uma mola que fosse capaz de suportar as cargas que hoje é suportada por
um parafuso M16 descartando as alternativas de sistema hidráulico ou pneumático.
Foi decidido junto ao orientador Sandro Heleno Auler que para facilitar a
visualização do sistema de tensionamento da esteira o grupo de pesquisa deveria
realizar uma visita técnica até a empresa. Para isso, após conseguir o contato da
empresa, foi solicitado que o e-mail fosse escrito pelo orientador.
O professor orientador Sandro Heleno Auler escreveu o e-mail de solicitação da
visita que foi enviado para a empresa e segue abaixo:
Boa tarde!
Sou o professor Sandro Heleno Auler, da Fundação
Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de
Novo Hamburgo, e estou orientando um projeto de
pesquisa dos alunos Isadora Costa e Matheus que
estão cursando o 3° ano do curso, onde os mesmos
estão realizando uma pesquisa que visa facilitar e
garantir maior segurança nos sistemas de
tracionamento das esteiras mecânicas.
Gostaria de solicitar uma visita técnica para que nós 3
possamos conhecer e observar este processo, nos
equipamentos, facilitando assim a compreensão e o
dimensionamento dos componentes . O problema do
ajuste das esteiras nos foi trazido pela aluna Isadora
que possuí um familiar que é servidor da empresa e
que nos deu a idéia da pesquisa.
Agradeço desde já a atenção e me coloco à
disposição para maiores informações. Teríamos como
sugestão o turno da manhã para facilitar o nosso
deslocamento.
Atenciosamente,
Sandro Heleno Auler .
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Visto que a visita técnica não foi realizada, a resposta do e-mail fez com que a
pesquisa tomasse outro rumo por conta da falta de dados concretos, a solução
encontrada foi basear-se através de fotos e de informações conseguidas da empresa
para realizar o dimensionamento e a projeção através de uma simulação. As fotos
seguem abaixo:
3.2 Dimensionamento
3.2.1 Cálculos
Com base nos cálculos, nos exemplos e no material bibliográfico de Antunes e Freire
(2000), foi montada uma tabela no Microsoft Excel em que é calculada a tensão
admissível e tensão máxima dependendo da força axial, o diâmetro externo da mola e o
material da mola que são pré-estabelecidos e em seguida comparou-se os resultados
obtidos com a tabela 4 e então se tornou possível determinar o tipo de serviço e o
diâmetro do fio. Como material resolveu-se utilizar aço o Corda de Piano ASTM-A-288
(SAE 1095) devido ao seu preço de mercado ser mais baixo do que concorrentes, o
diâmetro externo resultar em uma dimensão menor do que outros materiais, ser o mais
comumente encontrado no mercado e o único limite do aço, que é tolerância da sua
temperatura nunca ser menor que 15ºC ou maior que 120ºC, ser atendida no ambiente
da empresa.
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f – Flecha (mm)
na – Número de espiras ativas (adimensional)
G- módulo de elasticidade transversal do material da mola (kgf/mm²)
3.2.2 Cálculo da mola a partir da carga máxima suportada pelo parafuso tensionador
Tabela 5 – Carga de prova para parafusos métricos com rosca normal (grossa)
descobriu-se que a esteira serve para carregamento de uma manta que tem
comprimento de três metros e peso de cinquenta quilogramas, ou seja, é possível
carregar apenas uma manta por vez na esteira, logo o peso da manta que é
transportada é a carga aplicada no parafuso.
3.3 Projeção
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram dimensionadas três partes essenciais para o suporte, sendo essas a chapa
de base, as chapas de fixação da mola e os parafusos. A chapa base é de aço ABNT
1020L 700x70x12 (figura 13), a chapa de fixação da mola possui 24x 0,5 x7 (figura 14) e
os parafusos são DIN 931 parafuso cabeça sextavada rosca parcial M5x25, calculados
de acordo com Raupp (2016). Pode conferir-se o esboço do conjunto de suporte para a
mola na figura 15. Já na figura 16 é possível visualizar o conjunto completo junto a mola
de tração.
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5 CONCLUSÃO
Concluiu-se a pesquisa com sucesso, dentro das limitações as quais o projeto foi
sujeito, principalmente por conta da dificuldade em encontrar material para referêncial
teórico, da visita técnica que foi negada pela empresa dificultando a etapa do
dimensionamento e da visualização. No entanto os resultados foram satisfatórios, já que
o objetivo foi atingido ao projetar e dimensionar um mecanismo capaz de tensionar a
esteira horizontal plana.
A partir das pesquisas e dos procedimentos realizados na Fundação Escola Técnica
Liberato Salzano Viera da Cunha, optou-se pela escolha do sistema mecânico dentre as
opções de sistema hidráulico e sistema pneumático. A partir disso foi possível definir que
o objeto de tensionamento seria uma mola de tração. Após realizar os cálculos de
dimensionamento e projetar a mola no software para desenho em 3D, encontrou-se a
mola de tração de diâmetro externo 30 milímetros, mola fechada 33 milímetros e
diâmetro do fio de quatro milímetros. É possível encontrar semelhantes no mercado e o
tamanho é adequado para o espaço o qual é proposto.
O conjunto de fixação da mola foi calculado e consiste em quatro parafusos M5 pela
norma DIN 931, uma chapa 700x70x12 milímetros, quatro porcas sextavadas M5 e oito
arruelas lisas de espessura dois milímetros. Ressaltando que os valores foram
arbitrados a partir das informações conseguidas da empresa, já que não foi possível
realizar a visita técnica, sendo assim o resultado apenas uma simulação para esse
estudo de caso. Além de o conjunto ser simples de estabilizar-se na esteira da empresa,
a grande vantagem é que por não precisar de ajuste periódico, os riscos aos quais o
operador ficava exposto no tensionamento feito através do parafuso esticador são,
nesse caso, inexistentes.
A próxima etapa do projeto consiste no cálculo de custos para o conjunto que foi
dimensionado, assim como uma nova tentativa de contato com a empresa para
possíveis testes concretos, aplicando as dimensões que foram calculadas em um
protótipo.
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6 REFERÊNCIAS
ANTUNES, Izildo; FREIRE, Marcos A.C. Elementos de máquinas. São Paulo: Érica,
1997. (Coleção Estude e Use Série Mecânica).