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INSTRUÇÕES: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
· Verifique se este caderno de prova contém um total de 60 (sessenta) questões tipo Múltipla Escolha,
assim distribuídas:
Português – 01 a 12
História – 13 a 19
Geografia – 20 a 26
Biologia – 27 a 33
Física – 34 a 40
Química – 41 a 47
Matemática – 48 a 55
Inglês / Espanhol – 56 a 60.
Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno completo. Não serão aceitas reclamações
posteriores.
· Para cada questão existe apenas UMA resposta certa. Mais de uma letra assinalada implicará anulação da
questão.
· Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Não
rasure a Folha de Respostas.
· Você tem 4h 30min (07h30min às 12h) para fazer a avaliação, incluindo a marcação de sua folha de
respostas.
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PORTUGUÊS – 01 a 12
OS SEM-IDADE
Nas últimas três décadas, a expectativa de vida aumentou mais do que em qualquer outro momento na
história na maioria dos países. No Brasil, ela pulou de 62 anos, em 1980, para 73, hoje. Essa evolução fez com que
o próprio conceito de velhice fosse reformulado. Já não se espera dos sessentões que se aposentem e passem os
dias de pijama numa cadeira de balanço. Cada vez mais aposentados voltam ao mercado de trabalho por motivos
05 diversos, como manter-se atualizado ou complementar o orçamento. O aumento da longevidade propiciou o
surgimento de outro fenômeno, desta vez no terreno do comportamento – o de pessoas maduras que cruzam as
fronteiras entre as gerações e não apenas agem, mas também se sentem como se fossem mais jovens.
São homens e mulheres que já passaram dos 40 ou 50 anos, gozam de boa saúde, disposição e acreditam que
os hábitos de vida e a forma de se expressar não devem se atrelar à idade, mas à personalidade de cada um. Os
10 americanos, sempre rápidos em dar nome aos fenômenos culturais, os chamam de ageless (sem idade, em
português). "No mundo de hoje, em que vivemos mais e melhor, a idade cronológica deixou de ser tão relevante
para determinar o modo de vida de uma pessoa. O que mais importa é sua capacidade no terreno funcional, social
e emocional", diz o gerontologista carioca Alexandre Kalache, conselheiro da Academia de Medicina de Nova
York e ex-diretor do programa de envelhecimento da Organização Mundial de Saúde.
15 Com essa espécie de democratização da juventude, produtos e serviços antes direcionados exclusivamente
ao público adolescente ou jovem começam a ganhar adeptos entre os mais velhos. “Os ageless rompem com o
padrão convencional em que o comportamento é ditado pela faixa etária”, disse a inglesa Ruth Marshall. A
ascensão dos sem-idade, desse modo, pode ser notada na publicidade.
Independentemente do comportamento que se adote, todo mundo quer passar os anos a mais ganhos no
20 calendário com boa qualidade de vida, livres de doenças associadas à velhice.
03. Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910,
no Rio de Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade,
vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas
letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI.
Disponível em: http://www.mpbnet.com.br.
Acesso em: abr. 2010.
Sobre o texto acima, atende à formalidade linguística:
a) A expressão “reconhecido nacionalmente” pode ser substituída, sem alteração de significado, pela oração
adjetiva “cujo reconhecimento é nacional”.
b) O primeiro período poderia ser reestruturado coerentemente da seguinte forma: Noel Rosa tem reconhecimento
nacional um vulto da história da música popular brasileira.
c) A conjunção “portanto” introduz uma ideia de adversidade, podendo ser substituída por “no entanto”.
d) As vírgulas que isolam a oração adverbial condicional “se estivesse vivo” são facultativas.
e) A forma nominal negritada em “deixando um acervo de grande valor” pode ser substituída por sua forma no
particípio, mantendo a mesma ideia no texto – algo já acontecido.
04. A análise linguística do fragmento “Alguns administradores, porém, estão lentamente mudando essa situação. Estão
gastando tempo, recursos organizacionais e dinheiro em atividades beneficentes e filantrópicas simplesmente
porque acreditam que as empresas precisam produzir também bens de que a sociedade necessita.” permite
considerar como correta a afirmativa que se faz em
a) O vocábulo “Alguns” apresenta o mesmo valor semântico de “essa”, mesmo que estejam modificando
substantivos diferentes.
b) O elemento coesivo “porém” explicita uma explicação entre as ideias desenvolvidas no próprio fragmento destacado.
c) O uso do circunstancializador “lentamente” tem como função restringir o sentido amplo do nome “situação”.
d) O sujeito da locução verbal “Estão gastando” está elíptico, mas é facilmente resgatado, no contexto, pela
expressão “Alguns administradores”.
e) A marca linguística “também” é um modificador verbal que expressa a ideia de modo, reportando-se a como as
empresas devem produzir.
Em texto publicado no fim de maio, no The New York Times, Gary Gutting, professor de filosofia da
Universidade de Notre-Dame, argumenta que os cursos superiores deveriam deixar de centrar-se na transmissão de
conhecimento por si e engajar os estudantes em “exercícios intelectuais”. O autor cita o exemplo de seu próprio
curso, no qual explora com os estudantes obras de Platão, Calvino e Nabokov. O objetivo é simplesmente colocar
05 os pupilos em contato com grandes textos. O que se ganha não é verniz cultural, mas o prazer de explorar caminhos
intelectuais e estéticos, de ampliar a visão do mundo e da natureza humana.
Para o filósofo, a educação universitária pode ser o espaço do explorador. O ensino, para ele, não deveria
ser avaliado pela quantidade de informações transmitidas e assimiladas, mas pela possibilidade de estimular uma
atitude de abertura a novos conhecimentos e pela capacidade de assimilar novas ideias provocadas nos estudantes.
10 O conhecimento que vem do uso e da prática é o produto final de uma semente plantada na escola.
Naturalmente, as sociedades necessitam de profissionais tecnicamente qualificados, capazes de preencher as
vagas nas empresas e desempenhar suas tarefas. Profissões, como a medicina, a administração, a engenharia e a
advocacia, exigem o domínio de grandes corpos de conhecimento. Entretanto o simples domínio desse saber não
torna o detentor capaz de exercer uma profissão. Empresas e outras organizações exigem cada vez mais de seus
15 funcionários a capacidade de entender o mundo ao redor, de pensar criativamente, de criar e de agir com autonomia.
É a nossa base cultural, a permear a literatura, a música, o cinema e o teatro, que contém os elementos para
desenvolver essas capacidades. São nossas viagens intelectuais pelo mundo das artes a nos permitir escapar das
convenções, olhar além dos lugares-comuns, fazer conexões, pensar fora do convencional e buscar novas ideias. Quem
não tem a oportunidade de mergulhar no amálgama cultural tem menores chances de desenvolver tais capacidades.
WOOD JR., Thomaz. A educação pela arte. Carta Capital. São Paulo: Confiança, n. 756, p. 48, 10 jul. 2013. Adaptado.
05. Ao dizer que “a educação universitária pode ser o espaço do explorador.” (. 9), o filósofo prioriza
a) o tecnicismo.
b) o conhecimento básico.
c) a receptibilidade ao novo.
d) o volume de conhecimento.
e) o senso de trabalho coletivo.
Se perguntarmos hoje a um homem de cultura mediana o que ele entende por arte, é provável que na sua
resposta apareçam imagens de grandes clássicos da Renascença, um Leonardo da Vinci, um Rafael, um
Michelangelo: arte lembra-lhe objetos consagrados pelo tempo, e que se destinam a provocar sentimentos vários
e, entre estes, um, difícil de precisar: o sentimento do belo.
05 Essa resposta fere, sem dúvida, alguns aspectos importantes da obra de arte. A objectualidade: um quadro,
por exemplo, é um ser material. E o efeito psicológico: uma obra é percebida, sentida e apreciada pelo receptor,
seja ele visitante de um museu ou espectador de um filme.
Mas, é necessário convir, o nosso interrogado é sempre um homem do seu tempo, alguém que nasceu e
cresceu entre os mil e um engenhos da civilização industrial, e que tende a ver em todas as coisas possibilidades
10 de consumo e fruição.
Ter ou desejar ter uma gravura, um disco ou um livro finamente ilustrado é o seu modo habitual de
relacionar-se com o que todos chamam de arte. Tal comportamento, embora se julgue mais requintado que o
prazer útil de usar um bonito liquidificador, afinal também está preso nas engrenagens dessa máquina em moto
contínuo que é o consumo, no caso o mercado crescente de bens simbólicos.
15 Constatar, porém, o uso social da pintura e da música, ou a sua função de mercadoria, não deve impedir-nos
de ver antropologicamente a questão maior da natureza e das funções da arte. É preciso refletir sobre este dado
incontrolável: a arte tem representado, desde a Pré-História, uma atividade fundamental do ser humano.
Atividade que, ao produzir objetos e suscitar certos estados psíquicos no receptor, não esgota absolutamente o seu
sentido nessas operações. [...]
20 [...]
A arte é um fazer. A arte é um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma a matéria
oferecida pela natureza e pela cultura. Nesse sentido, qualquer atividade humana, desde que conduzida
regularmente a um fim, pode chamar-se artística. Para Platão exerce a arte tanto o músico encordoando a sua lira
quanto o político manejando os cordéis do poder ou, no topo da escala dos valores, o filósofo que desmascara a retórica
25 sutil do sofista e purga os conceitos de toda ganga de opinião e erro para atingir a contemplação das Ideias.
A arte é uma produção: logo, supõe trabalho. Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo,
o ato da potência, o cosmos do caos. Techné chamavam-na os gregos: modo exato de perfazer uma tarefa,
antecedente de todas as técnicas dos nossos dias.
A palavra latina ars, matriz do português arte, está na raiz do verbo articular, que denota a ação de fazer
30 junturas entre as partes de um todo. Porque eram operações estruturantes, podiam receber o mesmo nome de arte
não só as atividades que visavam a comover a alma (a música, a poesia, o teatro), quanto os ofícios de artesanato,
a cerâmica, a tecelagem e a ourivesaria, que aliavam o útil ao belo. Aliás, a distinção entre as primeiras e os
últimos, que se impôs durante o Império Romano, tinha um claro sentido econômico-social. As artes liberales
eram exercidas por homens livres; já os ofícios, artes serviles, relegavam-se a gente de condição humilde. E os
35 termos artista e artífice (de artiflex: o que faz a arte) mantêm hoje a milenar oposição de classe entre o trabalho
intelectual e o trabalho manual.
O pensamento moderno recusa, não raro, o critério hierárquico dessa classificação. O exercício intenso da
criação demonstra, ao contrário, que existe uma atração fecunda entre a capacidade de formar e a perícia artesanal.
No pintor trabalham em conjunto a mão, o olho e o cérebro. No mais humilde dos trabalhadores manuais, adverte
40 Gramsci, há uma vida intelectual, às vezes atenta e aguda, dobrando e plasmando a matéria em busca de novas
formas, ainda que, no jogo social, o artífice não receba o grau de reconhecimento prestado ao artista.
Platão viu luminosamente a conexão que existe entre as práticas ou técnicas e a metamorfose da realidade:
“Sabes que o conceito de criação (poiesis) é muito amplo, já que seguramente tudo aquilo que é causa de
que algo (seja o que for) passe do não ser ao ser é criação, de sorte que todas as atividades que entram na esfera
45 de todas as artes são criações; e os artesãos destas são criadores ou poetas (poietés)” (O Banquete).
O conceito de arte como produção de um ser novo, que se acrescenta aos fenômenos da natureza, conheceu
alguns momentos fortes na cultura ocidental. E tomou feições radicais na poética do Barroco, quando se deu
ênfase à artificialidade da arte, ou seja, à distinção nítida entre o que é dado por Deus aos homens e o que estes
forjam com o seu talento. No século XX, as correntes estéticas que se seguiram ao Impressionismo levaram ao
50 extremo a convicção de que um objeto artístico obedece a princípios estruturais que lhe dão o estatuto de ser
construído, e não de ser dado, “natural”. Matisse, abordado por uma dama a propósito de um quadro seu com o
comentário “Mas eu nunca vi uma mulher como essa!”, replicou, cortante: “Madame, isto não é uma mulher, é
uma tela”.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 7. ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 7-14. (Série Fundamentos).
a) a ideia de que a obra de arte deve ser fiel à realidade está trabalhada no último parágrafo.
b) o suposto entendimento da arte atribuído ao “homem de cultura mediana” (. 1), no primeiro parágrafo, é
discriminador, por ser um julgamento que privilegia um certo tipo de arte.
c) o autor contesta o pensamento de Platão no que concerne à distinção entre arte e ofícios.
d) as ideias são desenvolvidas, no texto, seguindo uma sequência temporal que vai do passado ao presente e retorna
ao passado.
e) os gregos valorizavam a técnica com a qual o artista construía sua obra.
09.
A arte pré-histórica no período paleolítico possuía um estilo zoomórfico, naturalista e pragmático. As imagens
acima possuem marcas que sustentam tal afirmação, pois
a) O homem pré-histórico possuía rituais de adoração a animais e mulheres representados através de pinturas e
esculturas rupestres.
b) São as representações do que viam e necessitavam para a sobrevivência e continuidade da sua descendência.
c) O homem desse período já demonstra um toque de abstração na sua arte, como se pode perceber pela cabeça da
Vênus esteatogípea acima.
d) Homens e mulheres e animais eram representados exatamente como eram vistos.
e) O homem já vivia em coletividade e domesticava animais.
10. Aos egípcios devemos uma herança rica em cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos cirurgiões e sabiam
relacionar as doenças com as causas naturais; criaram as operações aritméticas e inventaram o sistema decimal e o ábaco.
Sobre os egípcios, é correto afirmar também que:
a) foram conhecidos pelas construções de navios, que os levaram a conquistar as rotas comerciais para o Ocidente,
devido a sua posição geográfica, perto do Mar Mediterrâneo.
b) deixaram, além dos hieróglifos, outros dois sistemas de escrita: o hierático, empregado para fins práticos, e o
demótico, uma forma simplificada e popular do hierático.
c) praticaram o sacrifício humano como forma de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o território onde se
desenvolveram ser desértico.
d) fizeram o uso da escrita cuneiforme, que inicialmente foi utilizada para designar objetos concretos e depois
ganhou maior complexidade.
e) usaram as pirâmides para fins práticos, como, por exemplo, a observação astronômica.
“E naquilo sempre mais me convenço que são como aves ou animais montesinhos, aos quais faz o ar
melhor pena e melhor cabelo que aos mansos, porque os seus corpos são tão limpos, tão gordos e formosos, a não
mais poder.” […]
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo
cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E, portanto, se os degredados
que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e eles a nossa, não duvido que eles, segundo a santa tenção de
Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque
certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles todo e qualquer cunho que
lhes quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato de
Ele nos haver até aqui trazido, creio que não o foi sem causa. E portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja
acrescentar à santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E aprazerá Deus que com pouco trabalho seja
assim.” […]
“Eles não lavram nem criam. Não há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro
animal que esteja acostumado ao convívio com o homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito,
e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que
o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.”
CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996.
Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem,
de que nós deste porto houvemos vista1, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte cinco léguas por costa. Tem,
ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas2 brancas; e a terra por cima toda chã3 e
muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é tudo praia-palma4, muito chã e muito formosa.
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa.
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho
vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho5, porque
neste tempo de agora os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem
das águas que tem.
Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegação de Calecute6, isso bastaria. Quanto mais
disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento7, da nossa santa fé.
1
houvemos vista: pudemos ver
2
delas... delas: umas... outras
3
chã: plana
4
praia-palma: segundo J. Cortesão, pode significar "toda praia, como a palma, muito chã e muito formosa"
5
Minho: nome de uma região de Portugal
6
Calecute: cidade da Índia para onde se dirigiam os portugueses
7
acrescentamento: difusão, expansão
HISTÓRIA – 13 a 19
13. (Fuvest 2015) Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em
pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo,
permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-
se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas
costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral
mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500km de comprimento, encontravam-se centenas e
centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua
soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional
único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.
A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da
Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade.
As construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas
moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma
pólis. Eram os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator
aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...]
A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de
cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam
sido impossíveis.
GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga, 2013.
14. (Unesp 2015 – adaptada) Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de
a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social como valor presente nos deuses mais
importantes do panteão grego.
b) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças fortalecendo a coesão social.
c) impedir a persistência do paganismo dos povos além da fronteira da polis afirmando os valores cristãos.
d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados diante da expansão da religiosidade.
e) valorizar as crenças de cunho aristocráticas como uma forma de garantir a elitização do poder e eliminar as
formas de culto populares.
15. (Uece 2014) Tucídides relata em sua obra “História da Guerra do Peloponeso”, que Péricles teria dito, em um
discurso a respeito da Democracia ateniense, o seguinte:
"Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de
modelo a alguns ao invés de imitar os outros. Seu nome, como tudo o que depende não de poucos, mas da maioria,
é democracia. Quando se trata de resolver disputas privadas, todos são iguais perante a lei. Ninguém, na medida
em que é passível de servir o Estado, é mantido à margem da política por conta da pobreza.”
TUCÍDIDES (c.460-c. 400 a.C.) História da Guerra do Peloponeso, Livro II, 37. Brasília; Editora Universidade de Brasília, 2001. p.109.
Sobre a Democracia ateniense, aclamada por seus contemporâneos e por estudiosos de outras épocas, pode-se
afirmar corretamente que
a) era representativa, uma vez que os cidadãos escolhiam representantes que falavam por eles nas decisões políticas.
b) não apresentava caráter excludente, pois nenhum habitante de Atenas ficava fora da participação nas decisões
políticas.
c) a representação era direta; cada cidadão se representava independentemente de sua condição econômica.
d) foi um modelo copiado de Esparta, cidade irmã de Atenas, onde floresciam a filosofia, o conceito de liberdade
individual e a participação popular.
e) expandiu-se para outras regiões quando da construção do Império Romano.
16. (Pucrs 2014) As relações sociopolíticas conflitivas entre patrícios e plebeus marcaram o período histórico da
República, na Roma Antiga. Nesse contexto, a permissão de casamentos entre membros desses dois grupos sociais,
a partir de 445 a.C., produziu
a) o enfraquecimento do poder político dos patrícios, que contribuiu para a extinção do Senado e instalação do Império.
b) o aumento da população na península, que resultou na diminuição das guerras de conquista para recrutamento de escravos.
c) o desaparecimento da instituição dos Tribunos da Plebe, em função da progressiva perda da identidade política plebeia.
d) o surgimento de uma nova aristocracia, que passou a controlar o acesso aos cargos públicos mais elevados.
e) a relativa decadência do latifúndio escravista, devido à ampliação do acesso às terras do agerpublicus aos novos
grupos familiares.
Vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um povo germânico de bárbaros que, na Antiguidade,
devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que destrói monumentos ou objetos respeitáveis.
3. Fam. Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1999. (Adaptado).
O verbete “vândalo” indica que o mesmo termo adquire diferentes significados. O sentido predominante no
dicionário citado, e amplamente empregado na cobertura midiática das recentes manifestações no Brasil, decorre da
prevalência, na cultura ocidental, de uma
a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos germânicos, consolidou a dicotomia entre civilização
e barbárie.
b) mentalidade medieval, que, após a queda do Império Romano, se apropriou da herança cultural dos povos
germânicos conquistadores, valorizando-a, descartando o legado romano.
c) concepção renascentista, que resgatou os valores cristãos da sociedade romana, reprimidos desde as invasões dos
povos bárbaros.
d) imagem construída por povos dominados pelo Império, que identificaram os vândalos como símbolo de
resistência à expansão romana.
e) percepção resultante dos conflitos internos entre os povos germânicos que disseminou uma imagem negativa em
relação aos vândalos.
18. (UfAm-06) Durante seu Período Republicano, Roma vivenciou diversos embates entre patrícios e plebeus que
resultaram na fragilização do sistema político e em profundas mudanças sociais, dentre as quais é possível destacar:
a) A gradativa exclusão dos plebeus e a concentração de poder nas mãos da aristocracia patrícia.
b) A substituição de todos senadores patrícios por plebeus, instaurando o momento mais importante da democracia romana.
c) A instauração da Assembleia da Plebe e a destituição de uma das mais tradicionais instâncias decisórias, o senado
romano.
d) A conquista de certa igualdade de direitos pela plebe em relação aos patrícios, inclusive com o direito de
participação na esfera da magistratura.
e) O fim da escravidão após a revolta de Espártacos e a distribuição de terras entre a plebe.
19. (PUCRs-99) Responder à questão com base nas afirmações sobre o processo de formação do feudalismo europeu como
resultado da integração entre as estruturas sociais germânica e romana.
I. O colonato, sistema de trabalho agrícola de origem germânica, influenciou o feudalismo ao concorrer para a fixação
do camponês à terra.
II. O Direito Consuetudinário, fundado nos usos e costumes, constitui uma das heranças fundamentais do mundo
romano para a ordem jurídica feudal.
III. O comitatus, relação de fidelidade militar típica das tribos germânicas, contribuiu para a conformação das relações
pessoais entre os nobres feudais.
IV. Na Europa Meridional predominou, em linhas gerais, a influência romana, em virtude da permanência dos
domínios da nobreza de origem românica e da Igreja.
V. No noroeste da Alemanha e nos países escandinavos, a influência romana foi praticamente inexistente, o que se
revela na força da comunidade aldeã na região até o século IX.
a) I, II e III
b) I, III e V
c) II, III e V
d) II, IV e V
e) III, IV e V
GEOGRAFIA – 20 a 26
20. Fig. 1
“A Teoria do Conhecimento pode ser definida como a investigação do conhecimento verdadeiro. Neste sentido
podemos dizer que existem tantas teorias do conhecimento quantos foram os filósofos que se preocuparam com o
problema, pois é impossível constatar uma coincidência total de concepções mesmo entre filósofos que
habitualmente são classificados dentro de uma mesma escola ou corrente.”
Cada teoria do conhecimento constitui, portanto, uma reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as
possibilidades, os fundamentos, a extensão e o valor do conhecimento.
a) na Antiguidade Clássica as concepções sobre o mundo sofreram de tal forma a influência do cristianismo que
todas as primeiras representações da Terra têm o Império Romano como centro.
b) percebemos a importância do conhecimento grego antigo, usado ainda hoje (embora atualmente cientificamente
produzido), como a elaboração de mapas sobre uma rede de coordenadas geográficas.
c) a ideia da esfericidade da Terra foi comprovada cientificamente na Antiguidade Oriental, como demonstra o
“Globo” produzido por Tales de Mileto, na Grécia Antiga.
d) o sistema de Coordenadas Geográficas, originário da Antiguidade Clássica por matemáticos gregos, atualmente
tornou-se obsoleto em função de meios mais modernos de localização geográfica como o GPS.
e) no mapa elaborado por Eratóstenes (fig. 2) a Europa Setentrional limita-se com o Mediterrâneo que, por sua vez,
está numa latitude em torno dos 24º ao Sul do Equador.
a) tinha o poder centralizado em torno da figura do rei; a população vivia concentrada em alguns centros urbanos e
a modificação do Espaço Geográfico foi intensa, com a dizimação das florestas para produzir energia.
b) era antropocêntrico, acreditava que poderia explicar a realidade terrestre pelo que acontecia aqui na Terra.
c) correspondia a uma realidade em que fé e razão estavam separadas: uma cuidava do céu e a outra da Terra.
d) era teocêntrico, a verdade estava na autoridade da igreja, a vida dedicada à religião era tudo e todas as mudanças
são contrárias à vontade de Deus.
e) ficou conhecido como civilizações hidráulicas, desenvolvendo suas economias nos vales dos grandes rios como
o Indo, Ganges, Tigre e Eufrates.
“Depois da II Guerra Mundial, a ONU adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que
colocava em pauta o “respeito universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para
todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião”. O ideal foi reforçado em 1999, ano em que líderes
budistas, protestantes, católicos, cristãos ortodoxos, judeus, muçulmanos e de várias outras religiões se
reuniram para assinar o Apelo Espiritual de Genebra. O documento pedia aos líderes políticos e religiosos
algo simples: a garantia de que a religião não fosse mais usada para justificar a violência”.
(Jessica Soares, 8 de outubro de 2012. Colaboração para a SUPERINTERESSANTE)
d) o islamismo, a mais antiga das religiões monoteístas, angariou milhares de seguidores no Oriente Médio,
sensibilizados com as pregações de Maomé.
e) a área da Palestina, ainda hoje é palco das rivalidades e guerras entre cristãos e judeus que reivindicam o direito
de governar a cidade de Jerusalém.
20º
22º
46 44 42
0 1:450.000
N
Escala: 1:450.000
Um americano saiu dos EUA para fazer o vestibular da UFSJ em julho. Seu avião partiu da cidade de Nova Iorque,
situada a aproximadamente 74° de longitude oeste de Greenwich, às 12h. Depois de viajar por 9 horas, chegou a
São João del-Rei.
Assinale a alternativa que apresenta o horário da chegada do avião a São João del-Rei.
a) 24h
b) 23h
c) 18h
d) 17h
e) 22h
24. “Uma lua espetacular durante boa parte do dia. Não havia mais dia e eu não havia percebido. O céu avermelhado e
cristalino por algumas horas e uma longa noite em seguida. Pôr e nascer do sol reunidos num único e breve esforço
de luz, próximos ao meio dia verdadeiro. (...) Manhã e entardecer eram agora próximos”
Amir Klink, Parati: entre dois polos. São Paulo, Companhia das Letras, 2013, p. 108.
O fenômeno descrito indica que o barco de Amir Klink se encontrava em uma região
a) localizada na Zona Tropical sob influência do Sol da Meia-Noite.
b) de baixa latitude e exposta a clima frio e noites maiores que os dias.
c) sob o domínio do Solstício de verão e sujeita a pequenas variações entre o dia e a noite.
d) de latitude elevada, com grande variação da iluminação solar ao longo do ano.
e) de latitude elevada, com grande variação da iluminação solar devido a angularidade dos raios solares em 90º.
25. A cidade de Crato está localizada no fuso de 105º de longitude Oeste. Sendo assim, em quantas horas a cidade de
Crato está atrasada em horas do meridiano de Greenwich?
a) 2 horas
b) 4 horas
c) 5 horas
d) 3 horas
e) 7 horas
26. Na Antiguidade, o acerto de horas era feito observando-se o Sol. Cada localidade tinha uma hora específica e as
pessoas precisavam ficar acertando o relógio quando se deslocavam de uma cidade a outra. Então, os fusos horários
foram criados pela necessidade de padronizar a hora em todo o mundo.
Sobre fusos horários, é correto afirmar que
a) a Terra realiza uma volta completa em torno de si mesma a cada 24 horas, o que corresponde ao movimento de
translação.
b) a Terra desloca-se 15o de latitude a cada 24 horas, o que corresponde a 360o da circunferência terrestre.
c) a Terra foi dividida em 24 horas de 15o, e cada hora recebe o nome de paralelo.
d) o fuso 0o (zero grau) vai de 7o 30’ oeste a 7o 30’ leste do meridiano de Greenwich, perfazendo 15o, que é a
medida de um fuso horário.
e) a contagem das horas ocorre a partir do meridiano de Greenwich, atrasando-se as horas para leste e adiantando-as
para oeste desse meridiano.
BIOLOGIA – 27 a 33
Considerando o livre arbítrio e a situação dos seres vivos como sistemas termodinâmicos abertos, não devemos
precipitar e usar a física clássica para justificar a compreensão da vida como um fenômeno mecânico. Uma propriedade
geral que distingue a vida da matéria não viva é a sua coerência histórica, que inclui o potencial de evoluir. Exportando a
desordem, a aleatoriedade e a entropia para o meio que os cerca, os sistemas vivos aumentam a complexidade, a
inteligência e a beleza locais, apoiando-se no passado e planejando o futuro.
(MARGULIS; SAGAN. 2002, P. 239)
27. Considerando-se as informações contidas no texto da pesquisadora Lynn Margulis, a alternativa correta a respeito
do estabelecimento da vida no planeta, há cerca de 3,5 bilhões de anos, segundo a hipótese de Oparin, é:
a) Uma molécula hereditária assegurou as condições vitais ao sistema químico que emergia já delimitado por
envoltório fosfolipídico, definindo ordem e memória metabólicas.
b) Faíscas elétricas sobre os gases da atmosfera primitiva alimentaram reações químicas que culminaram com a
formação de moléculas inorgânicas complexas constituintes do primeiro ser.
c) O experimento de Miller revelou serem conflitantes a história geológica e a evolutiva do planeta.
d) Alterações de pH do meio, no caldo primordial, aglutinou os fosfolipídios e organizou uma película de água
compondo o coacervado.
e) A síntese pré-biótica de compostos orgânicos ocasionou a produção do primeiro ser, negando princípios
científicos físico-químicos.
29. A respeito da organização celular procariótica, formas de vida que reinaram absolutas durante quase 3 bilhões de
anos no nosso planeta, é correto afirmar:
30. A teoria endossimbiótica foi proposta, pela primeira vez na década de 60. Durante muitos anos, essa teoria foi alvo
de duras críticas. No entanto, com o levantamento de diversas evidências começou a se popularizar, tornando-se
amplamente aceita pela comunidade científica.
A partir das informações apresentadas pela teoria endossimbiótica, é correto afirmar:
a) As mitocôndrias seriam resultado da endocitose de procariontes aeróbios fotossintetizantes.
b) As mitocôndrias e lisossomos teriam sido organismos procariontes de vida livre.
c) Eucariontes fagocitaram procariontes fotossintetizantes, surgindo assim, os primeiros eucariontes aeróbios autótrofos.
d) A presença de DNA nas mitocôndrias e cloroplastos constitui a única evidência das endossimbioses.
e) A dupla membrana dos cloroplastos revela a origem do orgânulo a partir de englobamento preliminar na
formação do eucarionte.
31. O gráfico a seguir ilustra a resposta imunológica de um indivíduo frente a duas exposições a um agente infeccioso,
em relação à produção de anticorpos.
d) o pico de produção de anticorpos ocorreu mais cedo na primeira infecção, pois houve a adaptação do sistema
imune.
e) uma maior produção de anticorpos ocorreu na primeira infecção, pois acarretou a ativação de células de
memória.
32.
Cinética no corpo humano
Todo ser humano depende de muitas reações químicas que ocorrem dentro de seu organismo. O conjunto dessas
reações químicas é chamado de metabolismo. A temperatura é um fator que controla a velocidade dessas reações.
Quando a temperatura corporal, porém, se aproxima de 41,7 ºC, pode causar morte porque acelera todas as reações
do corpo, destruindo substâncias vitais como as enzimas, que atuam como catalisadores de reações bioquímicas.
Com base no texto, pode-se dizer que
a) O aumento da temperatura provoca o aumento da velocidade das partículas formadoras de um sistema reacional,
consequentemente, diminuindo a velocidade das reações.
b) Os catalisadores biológicos, em qualquer reação química, são consumidos, aumentando a energia de ativação do
processo.
c) Enzimas são catalisadores biológicos que diminuem a velocidade das reações, diminuindo a energia de ativação.
d) Enzimas são catalisadores biológicos que aumentam a velocidade das reações, diminuindo a energia de ativação.
e) As enzimas são moléculas sensíveis ao pH, porém atuam especificidade.
FÍSICA – 34 a 40
(ver figura).
a) 10°
b) 30°
c) 50°
d) 70°
e) 90°
35. No século XVIII, Charles-François Du Fay, superintendente dos jardins do rei da França, descobriu que, ao colocar
um pedaço de metal na forma de fio, em que estavam penduradas duas pequenas lâminas de ouro (eletroscópio), em
contato com um corpo carregado eletricamente, as folhas de ouro se afastavam uma da outra. Em relação a esse
fenômeno, pode-se afirmar:
a) Ambas as lâminas adquirem cargas do mesmo sinal que o da carga do corpo carregado eletricamente.
b) A carga líquida adquirida por ambas as lâminas será negativa, pois o ouro somente pode ser carregado negativamente.
c) Se as lâminas de ouro podem se mover de modo a formar um ângulo entre elas, o cosseno do ângulo será
proporcional à quantidade de cargas adquiridas pelas lâminas.
d) Se o corpo eletrificado tiver carga oposta à do corpo utilizado por Du Fay, a força entre as lâminas será atrativa.
e) Uma vez que o número total de cargas deve se conservar, a carga elétrica adquirida pelas lâminas é oposta à do corpo.
36. Quando se fricciona uma régua de plástico em um casaco de lã ou um pente de plástico nos cabelos secos, consegue-se
atrair para a régua ou para o pente, pedacinhos de papel, palha, fiapos de tecidos etc. Este fenômeno é denominado
eletrização por atrito ou triboeletrização. Em relação à triboeletrização, considere as afirmações abaixo:
I. O casaco de lã e a régua de plástico ficam eletrizados com cargas elétricas de mesmo sinal.
II. Para que os pedacinhos de papel sejam atraídos para a régua de plástico eles devem estar eletrizados também.
III. Os pedacinhos de papel são atraídos somente quando a régua ou pente de plástico forem carregados com
cargas positivas.
IV. Os pedacinhos de papel exercem uma força elétrica de menor intensidade sobre a régua de plástico. É por isso
que a régua não é atraída pelos pedacinhos de papel.
37. O gráfico abaixo mostra a intensidade da força eletrostática entre duas esferas metálicas muito pequenas, em função
da distância entre os centros das esferas. Se as esferas têm a mesma carga elétrica, qual o valor desta carga? Adote
k = 9 × 109 Nm2/C2.
a) 1,7μC.
b) 0,17μC.
c) 13,3μC.
d) 1,3μC.
e) 0,13μC.
38. Um barco com quatro remos de cada lado se mantém em movimento retilíneo numa lagoa. Os atletas remam todos
simultaneamente e em fase, golpeando a água de 1,5m em 1,5s. Os pontos da água onde os remos penetram podem
ser identificados pela turbulência e pela espuma que permanecem nessas posições, mesmo um pouco depois que o
barco já passou.
A figura esquematiza uma fotografia onde os pontos representam as turbulências provocadas pelos remos na
superfície da água. Observe que todos os pontos equidistam de = 1,5 m. A velocidade média do barco é de:
a) 1,0 m/s
b) 3,0 m/s
c) 4,0 m/s
d) 6,0 m/s
e) 7,0 m/s
39. Um móvel se desloca sobre o eixo x, movimento retilíneo. Na posição xo = 0, a velocidade do móvel é 2v e ao
passar por x = 10m, sua velocidade é de 6 v. O gráfico abaixo representa o comportamento do módulo da
aceleração em função do deslocamento. Determine, em m/s, o valor de v.
Dados: sen37º = cos53º = 0,60 e cos37º = sen53º = 0,80.
a(m/s2)
10 x(m)
a) 2 3 m/s
b) 6 m/s
c) 4 6 m/s
d) 4 m/s
e) 6 3 m/s
40. (Centec-BA) O gráfico abaixo representa o movimento de dois corpos, A e B, em relação à origem de uma mesma
trajetória.
a) 0 m e 6 m.
b) 4 m e 8 m.
c) 6 m e 12 m.
d) 8 m e 4 m.
e) 12 m e 6 m.
QUÍMICA – 41 a 47
II Li Be Elementos de Transição B C N O F Ne
6,941 9,012 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
11 12 13 14 15 16 17 18
III Na Mg 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A Si P S C Ar
23,00 24,30 3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
IV
39,10 40,08 44,96 47,88 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,59 74,92 78,96 79,90 83,80
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
V
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 (98) 101,1 102,9 106, 4 107,9 112,4 114,8 118,7 121,7 127,6 126,9 131,3
55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
VI SÉRIE DOS
LANTANÍDIOS
132,9 137,3 178,5 180,9 183,8 186,2 190,2 192,2 195,1 197,0 200,6 204,4 207,2 209,0 (209) (210) (222)
87 88 104 105 106 107 108 109 110
138,9 140,1 140,9 144,2 (145) 150,4 152,0 157,3 158,9 162,5 164,9 167,3 168,9 173,0 175,0
(227) 232,0 (231) 238,0 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (260)
*As massas atômicas indicadas entre parênteses são relativas à do isótopo mais estável.
DADOS:
1. UNIDADE DE VOLUME 2. UNIDADE DE MASSA 3. TEMPERATURA E PRESSÃO AMBIENTAIS: 25ºC E 1 ATM
4. CONSTANTE DE AVOGADRO 6 X 1023
1cm = 1 mLKg = 103g
3
5. CONSTANTE UNIVERSAL DOS GASES: 0,082 ATM.L.K–1
1 = 103cm3 = 1dm3 T = 103Kg
1m3 = 103 L 6. VOLUME MOLAR NAS CNTP = 22,4 L
41. (UESC-BA)
A Química é uma ciência que estuda fundamentalmente a composição, as propriedades e as transformações das
substâncias químicas, das misturas e dos materiais formados por essas substâncias. Para identificá-las, os químicos
utilizam um conjunto de propriedades específicas com objetivo de diferenciá-las experimentalmente de uma mistura. O
gráfico representa a curva de aquecimento de uma determinada amostra de material sólido em função do tempo.
Uma análise dessas Informações e da curva de aquecimento dessa amostra de material permite afirmar:
a) A amostra do material analisado é uma mistura.
b) A partir do ponto A, representado no gráfico, forma-se uma substância pura na fase líquida.
c) O material analisado, ao atingir 193°C, se transforma completamente em líquido.
d) A curva representa o comportamento de uma substância pura sólida durante o aquecimento.
e) As propriedades específicas utilizadas para identificação das substâncias químicas dependem da quantidade da
amostra utilizada.
2015Salvador/3ªs/Provas/I unid/20150227_GABARITO_1ª Aval_1ªUnid_COM ING. ESP.doc – prof&lau
COLÉGIO OFICINA 22
42. (Fuvest-SP/Adaptada) Quatro tubos contêm 20 mL de água cada um. Coloca-se nesses tubos dicromato de potássio
(K2Cr2O7) nas seguintes quantidades:
A solubilidade do sal, a 20ºC, é igual a 12,5g por 100 mL de água. Após agitação, em qual(is) tubo(s) nessa
temperatura, há formação de um sistema heterogêneo?
a) Em nenhum
b) Apenas em D
c) Apenas em C e D
d) Apenas em B, C e D
e) Em todos
44. O saneamento básico, a destinação do lixo e o acesso a água de boa qualidade são itens essenciais para a qualidade
de vida da população, visando a prevenção de inúmeras doenças.
Assim sendo, pode-se afirmar:
a) Um método eficiente para o descarte de esgotos é o uso de fossas, pois assim evita-se a poluição da água de rios
e córregos.
b) Para o tratamento adequado da água é importante o uso da filtração para retirar as substâncias poluentes
dissolvidas, e a cloração para a eliminação de micro-organismos presentes na mesma.
c) A decomposição de matéria orgânica nos lixões e esgotos ocasionam a produção de gases como amônia e metano.
d) A queima do lixo urbano constitui alternativa adequada para solução da poluição causada pelos resíduos
produzidos nas cidades.
e) O lixo radioativo deve ser descartado em alto mar para evitar a contaminação ambiente.
45. MELINA, ALICE e MIA estavam analisando os dados da tabela a seguir, referentes a 3 átomos hipotéticos X, Y e
Z. DANDARA e LUANA observavam, enquanto MICHELE, um pouco mais distante, comia um triplo X Egg
burguer com batata frita (e um copo com ½ litro de suco de laranja para acompanhar).
Número de Número Número de
Átomo
massa atômico nêutrons
A 12x + 16 5x + 8 64
B 15x + 7 3x + 30 73
C 12x + 12 3x + 24 60
46. (F. Ibero-Americana-SP) Qual o número de átomos de hidrogênio em 32 gramas de metano (CH4)?
47. (Vunesp-SP) No preparo de um material semicondutor, uma matriz de silício ultrapuro é impurificada com
quantidades mínimas de gálio, através de um processo conhecido como dopagem. Numa preparação típica, foi
utilizada uma massa de 2,81 g de silício ultrapuro, contendo 6,0 . 1022 átomos de Si. Nessa matriz, foi introduzido
gálio suficiente para que o número de seus átomos fosse igual a 0,01% do número de átomos de silício. Sabendo
que a massa molar do gálio vale 70 g/mol e a constante de Avogadro vale 6,0 . 1023, a massa de gálio empregada na
preparação é igual a
a) 70 g.
b) 0,70 g.
c) 0,0281 g.
d) 7,0 . 10−4 g.
e) 6,0 . 10−23 g.
MATEMÁTICA – 48 a 55
48. Em uma ferrovia, pagam-se R$ 110,00 pelo transporte de 70kg de carga, para cada 1000km de percurso.
Com base nessas informações, pode-se afirmar que o valor pago, em reais, pelo transporte de 0,35 toneladas de
carga pelo percurso de 2400km, nessa ferrovia, é igual a
a) 550
b) 814
c) 1110
d) 1264
e) 1320
49. A equação 3x2 + bx + c = 0 tem raízes 1 e 4. Os valores dos coeficientes b e c são, respectivamente:
a) 5e4
b) –5e4
c) 5 e 12
d) –15 e 12
e) –15 e –12
50. Chama-se radical duplo a expressão que contém radical sob raiz. O estudo das transformações dos radicais duplos
tem por principal objetivo transformar esse radical duplo numa soma ou diferença de dois radicais simples.
Sabendo-se que 33 8 2 a b 2 , a Q e bQ, pode-se afirmar que o valor de (a + b) . ab é
a) 12
b) 20
c) 30
d) 48
e) 54
51. Seja f de R em R uma função afim, tal que f(11) = 134 e f(56) = 35. Calcule f(46).
a) 57
b) 53
c) 51
d) 49
e) 35
52. (UEFS/2014.1) Um estacionamento X cobra 6 centavos por minuto, até um valor máximo de R$ 40,00. Outro
estacionamento Y cobra uma tarifa fixa de R$ 5,00 por qualquer período até completar 1 hora, e, a partir daí, cobra
5 centavos por minuto extra.
Com base nesses valores, só será mais vantajoso deixar o carro em Y do que em X, se for por um período de
53. (CSGT-UNIT/2014.1) Um comerciante de Aracaju vende, atualmente, uma média de 480 camisetas turísticas por
mês, a um preço de R$20,00 cada. Para aumentar o faturamento, ele pretende elevar o preço, mas estima que, a
cada R$1,00 de aumento, as vendas caiam em 15 unidades mensais.
a) R$9.600,00.
b) R$10.140,00.
c) R$10.320,00.
d) R$10.480,00.
e) R$10.610,00.
a) 20
b) 24
c) 28
d) 32
e) 36
55. (UESB-2010.2) Para um passeio em uma lancha, com capacidade para 60 pessoas, uma empresa de turismo cobra
R$80,00 por pessoa quando todos os lugares estão ocupados. Caso existam lugares não ocupados, ao preço de cada
passagem será acrescida a importância de R$ 2,00 por lugar não ocupado.
Para que a empresa tenha faturamento máximo com esse passeio, pode-se afirmar que o número de lugares não
ocupados na lancha é igual a
a) 20
b) 17
c) 15
d) 13
e) 10
INGLÊS – 56 a 60
UNEB 2013 (ADAPTED) 57. The researchers “believe that the protective amino
acids […] pass up the food chain.” (. 14-16)
QUESTÕES DE 56 A 60
It should be understood that the amino acids
Texto
a) haven’t proved beneficial to most animals.
b) might be poisonous to some kinds of animals.
CORAL MAY
c) can be transferred to animals that eat them.
d) don’t work out when eaten by bigger animals.
HELP SUNBURN
e) are supposed to have an adverse effect on
human beings.
PREVENTION
a) T T T T d) T F F T
b) F T F T e) T T F F
c) F T T F
2015Salvador/3ªs/Provas/I unid/20150227_GABARITO_1ª Aval_1ªUnid_COM ING. ESP.doc – prof&lau
COLÉGIO OFICINA 27
59. It’s stated, in the first paragraph of the text, that most of the people who moved to big cities during the 19th century
60. Among the things that contributed to worsening peoples health during the 19th century in the big cities, the only one
not mentioned in the text is
ESPANHOL – 56 a 60
TEXTO I: Texto para las cuestiones 56 a 60
El permanecer muchas horas delante de un ordenador se asocia con frecuencia a los dolores de
cabeza, dificultad para enfocar la vista a diferentes distancias, visión borrosa, molestias musculares y
oculares. Para paliar, en la medida de lo posible, estos pequeños problemas, conviene que las gafas estén
perfectamente limpias y que sus cristales sean antireflejantes: que reduzcan los reflejos de la pantalla y
05 mejoren la visión. En cuanto a las personas que trabajan con lentes de contacto, han de procurar parpadear
repetidamente, para que la lentilla conserve una óptima hidratación. Además, conviene hacer descansos
breves y frecuentes. Y para relajar la vista, no hay nada mejor que el siguiente ejercicio: clavar con
chinchetas una página de cualquier periódico en la pared, a unos dos metros de distancia; entonces, cada
diez minutos, intentar enfocar la letra impresa del periódico durante 30 segundos, para después volver a
10 concentrar la visión en la pantalla del ordenador.
(http://www.vestibular.ueg.br/PDFs/ps/1/provas/espanhol.pdf)
56. A partir de las informaciones del texto, se puede considerar que estar muchas horas delante del ordenador:
a) causa diversas molestias restrictamente relacionadas a la visión.
b) puede provocar dolores musculares.
c) ensucia las gafas del individuo debido a los reflejos de la pantalla.
d) lleva, poco a poco, a la pérdida de la visión periférica.
e) requiere el uso de gafas especiales por todos los individuos.
57. A fin de reducir el impacto a la salud provocado por el permanecer muchas horas delante del ordenador, el texto sugiere:
a) utilizar ordenadores con pantallas antireflejantes, que ensucien menos las gafas.
b) evitar parpadear repetidamente en cualquier circunstancia.
c) descansar la vista con frecuencia, mientras se realiza algún trabajo.
d) cambiar las gafas tradicionales por lentillas siempre que sea posible.
e) sentarse al menos a dos metros de distancia de la pantalla del ordenador.
60. La alternativa que presenta un sinónimo correcto para el término extraído del texto es:
a) “paliar” (ℓ. 3) → agravar
b) “clavar” (ℓ. 7) → quitar
c) “enfocar” (ℓ. 9) → aprender
d) “cristales” (ℓ. 4) → vidrios
e) “impresa” (ℓ. 9) → media
GABARITO
PORTUGUÊS – 01 a 12 HISTÓRIA – 13 a 19 GEOGRAFIA – 20 a 26 BIOLOGIA – 27 a 33
08. Tipo 1: E
09. Tipo 1: B
10. Tipo 1: B
11. Tipo 1: D
12. Tipo 1: A