You are on page 1of 18

PROJETO

Ampliação da Rede Ciranda Auditiva para Orientação e Apoio à


Família com Criança com Deficiência Auditiva

Apoio:

Recife – 2014-2016
2

Sumário
Projeto ........................................................................................................................................ 1
Objetivos: .................................................................................................................................... 4
1. Introdução ............................................................................................................................ 5
2. Justificativas para o Programa Ciranda Auditiva ........................................................................ 7
3.1 Amparo legal ......................................................................................................................... 9
4 Metodologia.........................................................................................................................10
4.1 A USF – COQUEIRAL como Unidade de Referência ao Atendimento à Pessoa com Surdez PE .....12
ANEXOS .................................................................................................................................14
3

Apresentação
O Programa Ciranda Auditiva é um conjunto de ações de educação para a saúde que
visa a humanização educomunicacional dos serviços de saúde. As famílias ouvintes com crianças
surdas desconhecem como lidar com a comunicação visuogestual e a Libras – Língua Brasileira
de Sinais, segunda Língua oficial do País é desconhecida pela maioria da população.
As famílias adscritas pelas USF - Unidades de Saúde da Famíia do Estado de
Pernambuco podem contar com o apoio do Programa Ciranda Auditiva para a formação da
equipe de saúde das USF em todos o Municipios do Estado para a formação em Libras e como
lidar com a educomunicação visuogestual inerente às crianças surdas.
A Unidade de Saúde da Família – Coqueiral é a pioneira em nosso Estado para aderir ao
modelo de formação do Ciranda Auditiva. O Programa é vinculado à Universidade de
Pernambuco – UPE com apoio da FACEPE e tem como Objetivo Geral: Conhecer a realidade da
atenção familiar e das necessidades visuogestuais inerentes à criança recém-nascida com
diagnóstico de surdez até a adolescência e a vida adulta.
O Projeto de Ampliação da Rede Ciranda Auditiva para Orientação e Apoio à
Família com Criança com Deficiência Auditiva é um desmembramento do Programa e
justifica-se para orientar e apoiar as famílias com crianças com diagnóstico e/ou suspeita de
deficiência auditiva do estado de Pernambuco para a comunicação em Libras - Língua Brasileira
de Sinais – Libras como L1 para a criança com surdez severa e profunda. Assim esperamos
ampliar o número de USF em todo o Estado para que todas as crianças com deficiência auditiva
possam ser tratadas com dignidade e respeito, educação e comunicação visuogestual como
exemplo de cidadania.
Para que a Rede do Ciranda Auditiva atenda aos objetivos do Programa é preciso que a
equipe de profissionais da saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, gestores, agentes de saúde e
ambiental, dentistas, vigilantes, agentes de saúde, gestores, enfim, todos os trabalhadores da USF
sejam capacitados em Libras, bem como, quanto aos aspectos educomunicacionais necessários
ao bom desempenho das atividades da Unidade, como determina o Decreto 5626/05, Art. 26: “O
Poder Público, as empresas concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração
pública [...] devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e
difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras/Língua Portuguesa, realizados por
servidores e empregados capacitados para essa função, bem como o acesso às tecnologias de
informação.”
Essas instituições “devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de servidores,
funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação de Libras [...] como meio de
assegurar às pessoas surdas ou com deficiência auditiva o tratamento diferenciado”.
4

A partir do momento que a Libras em 2005 passou a ser patrimônio nacional, de todos os
brasileiros, e não mais estar restrita a grupos de surdos isolados em igrejas e em sala de aula e
associações, a aprendizagem da Libras torna-se um direito de toda a população.
É preciso aprender a comunicação sinalizada para atender ao usuário surdo sinalizante, às
crianças surdas ao longo de toda a infância, juventude e vida adulta para orientar, educar,
atender, consultar, medicar, enfim, para o desempenho de todas as atividades comuns de uma
Unidade de Saúde da Família. Desta forma, elimina-se em muitos casos a intervenção e
dependência de intermediadores que são, na maioria das vezes, alheios aos serviços.
Ao se estabelecer comunicação sinalizada na dualidade com segurança e entendimento
linguístico, muitos dos problemas comportamentais, psicossociais e afetivos passam a ser
tratados entre o profissional e o paciente surdo estabelecendo clima de confiança e respeito,
humildade, dignidade e empatia. Neste sentido pode-se considerar o ambiente como espaço de
humanização dos serviços que prima pela privacidade e intimidade do usuário com o profissional
que lhe assiste em toda a sua plenitude.
Para o bom desempenho do Núcleo Ciranda Auditiva é preciso conhecer a realidade da
atenção familiar e das necessidades visuogestuais inerentes à criança recém-nascida com
diagnóstico de surdez até a adolescência e a idade adulta, com os seguintes objetivos:

Objetivos:
1. Estruturar um banco de dados na USF - Unidades de Saúde da Família com registro das
famílias surdas ou ouvintes com crianças com deficiência auditiva;

2. Capacitar a equipe da USF: médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos,


dentistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, doulas, agentes de
saúde e ambiental e os vigilantes em Libras para lidar com a educomunicação, orientação
e acompanhamento da mulher, da criança e das famílias com pessoas surdas nível severo
e/ou profundo.

3. Orientar e apoiar as famílias com crianças surdas a inserção da linguagem visuogestual,


da afetividade e da subjetividade estruturantes do sujeito;

4. Trabalhar com as famílias com crianças surdas os respeito e resgate dos saberes maternos
com inserção da Libras e da linguagem visuogestual;

5. Produção da Cartilha da Família com Criança com Deficiência Auditiva: distribuir


Produzir e difundir, para a população em geral, material informativo, educacional e
formativo por diferentes meios com temas sobre a acessibilidade e inclusão das pessoas
com deficiência auditiva.
5

Considerações sobre a deficiência auditiva e as pessoas surdas


A surdez se apresenta em quatro níveis: leve, moderada, severa e profunda. A maior
dificuldade de comunicação e interação do sujeito ouvinte com o outro surdo reside no nível de
surdez severo e profundo quando a oralização está comprometida.
Assim, pode-se ter criança surda filha de pais surdos, criança surda filha de pais ouvintes
e crianças ouvintes filhas de pais surdos com diferentes realidades históricas, culturais e sociais.
Mas a necessidade de comunicação é indispensável para que as famílias possam interagir e
ensinar as regras de convivência, dos limites, valores e necessidades da vida diária em toda a sua
plenitude e a Libras é a segunda língua oficial do Brasil e deve estar presente na formação de
todos os profissionais que se envolvem diretamente com o público como trabalhadores da
educação, da saúde, da segurança pública, da justiça e de serviços essenciais em defesa dos
direitos do cidadão.
A especificidade da comunicação em Libras requer formação tanto dos profissionais da
saúde como orientação visuogestual para as famílias que recebem o diagnóstico de surdez. A
surdez, segundo Solé (2005, 2013) acarreta numa falha instrumental que compromete a
comunicação dificultando o desenvolvimento da linguagem e dos sentimentos. Ela alerta que se
o indivíduo apresenta sua subjetividade comprometida, pode ter "inteligência, mas não aprende,
não consegue acompanhar o raciocínio".
A psicanalista Solé enfatiza que o vínculo afetivo do bebê com a mãe é estabelecido a
partir da escuta da voz, do contato físico, da amamentação, mas com o diagnóstico da surdez a
fase do luto dos pais representa uma “ferida narcísica” pela presença de uma “incapacidade
desconhecida” por conta da frustração quando se recebe uma criança “diferente do planejado”.
A partir do reconhecimento da língua de sinais como possibilidade educacional e
comunicacional do(a) filho(a) com surdez os pais, principalmente a mãe, passa a encarar esta
realidade com mais simplicidade e menos traumas e frustrações de forma que a rejeição à surdez
não se expresse nem se manifeste na relação mãe-filho, ou tudo ficará na criança como registro
de rejeição e incertezas a repercutir ao longo da vida com sentimentos de incapacidades e baixa
autoestima.
O retardo ou a falha da inserção da linguagem pela mãe tem uma repercussão desastrosa
na estruturação do sujeito e isto na criança surda é ainda mais comprometedor pela falta da
escuta da mãe, acarretando em distúrbios de comunicação no sentido mais amplo de caráter
patológico com múltiplas manifestações desde a agressividade à depressão profunda, a conflitos
da sexualidade e de aceitação no mundo.

1. Introdução
Atualmente as famílias que recebem o diagnóstico de filhos com deficiência auditiva não
são orientadas a como lidar nem de como atender às necessidades comunicacionais e
educacionais inerentes à surdez. E isto, segundo Solé (2005) repercute diretamente em todo o
6

processo de inserção da linguagem e da subjetividade a partir do primeiro dia de vida do bebê e


se acumula como registro negativo a ser desvelado nas relações com a aprendizagem, com
transtornos cognitivos e do comportamento. Mas muito desses conflitos decorrem da qualidade
dessas relações e de falhas na afetividade.
O sujeito surdo expresso neste projeto é aquele que é filho de pais ouvintes que
desconhecem a língua de sinais e não apresenta residual auditivo, pouca ou nenhuma oralização,
característica da surdez profunda.
A verdade é que maioria dos pais desconhece e rejeita a comunicação sinalizada e como
os profissionais de saúde desconhecem esta demanda comunicacional, a criança permenece toda
a primeira infância sem língua comprometendo diretamente a estruturação da afetividade, da
subjetividade e da cognição. O maior exemplo desta mazela cultural que deve ser abolida da
mente das pessoas é quando afirmam que “apontar é feio”, “causa verruga1”, é “falta de
educação”. Para uma criança com deficiência auditiva apontar é língua, representa o sinal EU,
VOCÊ, NÓS, ESTE, AQUELE, O OUTRO, DIREITA, ESQUERDA, CIMA, BAIXO,
DENTRO, ENROLAR2.... Enfim, apontar é língua de sinais. É movimento, expressão, indicação,
comunicação que não pode ser rejeitada nem desconsiderada, até porque, é a segunda língua
oficial brasileira.
O Programa assume um caráter multidisciplinar de formação inclusiva e, ao mesmo
tempo, investigativo de intervenção preventiva, com características de acolhimento e
humanização inclusiva dos espaços de atenção à saúde da mulher, da criança e do adolescente
com surdez, pela formação dos trabalhadores que atuam diretamente nessas áreas.
Mas é preciso que a população reconheça o valor e a necessidade de toda a família
brasileira que possuir uma criança surda nível severo e profunda, que o bebê surdo seja inserido
na linguagem corporal com expressão e muita afetividade multissensorial. Os sinais da Libras
passam a ter sentido de língua e ocupar o lugar da oralização para que naturalmente esta língua
de sinais seja apreendida pela criança e possa ser instrumento de aprendizagem do mundo do
conhecimento algum dia e para sempre.
Contudo, a maioria dos pais não compreende o padrão diferenciado de educação e leitura
de mundo via descrição visual sinalizada para a cognição visual e aprendizagem através dos
sinais e esta rejeição e ignorância familiar representa um fator de risco para o desenvolvimento
psicológico da criança, principalmente quando os ambientes familiares e posteriormente
escolares não apresentam condições de dialogenia e sociogênese.
Falta investimento que popularize e universalize a língua de sinais. O poder público não
pode desconhecer esta realidade nem desconsiderar a Libras como condição essencial de

1
No nordeste quando uma criança aponta para o céu em busca de registrar estrelas popularmente se
fala que causa verruga como forma de represensão do gesto apontar.
2
As palavras que representam a Libras enquanto SINAL serão apresentadas em caixa alta como forma
de diferenciação do que é língua escrita da língua de sinais e da LIBRAS.
7

inserção do bebê surdo ao mundo humano e civilizado, sob pena de permanecer criando pessoas
com transtornos da aprendizagem e do comportamento como na cruel realidade atual por conta
da fragilidade do reconhecimento familiar que, sem compreenderem com seus filhos apreendem
e sem aprenderem a comunicação em Libras, todo o conhecimento humano é impactado e a
construção do sujeito fica comprometida intra e interpessoal.
Por outro lado, a falha na formação dos trabalhadores da educação e da saúde (médicos
pediatras, otorrinos, obstetras, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, dentistas) é mais um agente complicador que impacta a relação familiar
com a criança.
2. Justificativas para o Programa Ciranda Auditiva
Muitos profissionais de saúde não recebem informação nem formação em Língua
Brasileira de Sinais nem como abordar uma pessoa com surdez. Menos ainda de como orientar a
comunicação visuogestual sinalizada necessária à interação mãe ouvinte-bebê com diagnóstico
de surdez.
Ante a falta de informação e formação da população quanto ao potencial humano e
produtivo que poderia ser estruturante do sujeito com surdez, muitos pais, professores,
profissionais da saúde e da segurança pública ainda chamam os surdos de “mudos” e os
consideram incapazes de exercerem atividades sociais e laborais comuns aos seres humanos.
As famílias são mantidas na ignorância de como lidar com as crianças e o desespero
muitas vezes toma conta do lar. É uma violência social por omissão dos profissionais de saúde
em não orientar as famílias de como lidar com esta nova realidade educomunicacional.
Esta omissão de informação familiar tem sido institucionalizada e generalizada,
reproduzida em todos os ambientes públicos de educação e saúde pela falta/falha da formação
dos profissionais em língua de sinais e de como se comunicar e educar a pessoa surda.
É importantíssima a consciência e divulgação das possibilidades das crianças com este
nível de deficiência de que tem futuro, que não morrem cedo, que podem ser produtivas, que
podem estudar e ter profissão, de serem felizes e acolhidas pelos pais e pela sociedade, que
podem envelhecer com perspectiva profissional de futuro, estudar, fazer faculdade, dirigir, levar
uma vida normal e produtiva com estudo, formação, família, trabalho. Sem depender da tutela da
família ou do Estado pelo Benefício da Prestação Continuada como se fossem inválidos.
Por não conhecerem anatomia, fisiologia nem patologia do próprio corpo e muito do que
existe em Libras ser superficial, muitos desses indivíduos com nível profundo de surdez
convivem com incertezas e conflitos nunca resolvidos ao longo da vida. Desconhecem a
composição e o funcionamento do aparelho digestório, excretório, do sistema sanguíneo, de
riscos e como funcionam métodos preventivos de adquirir doenças, de engravidar, e consideram
como fatalidade as ocorrências. Alimentam-se pelo que é gostoso e oferece prazer, independente
do que venha a produzir, “se está à venda no supermercado ou na padaria é porque pode comer”.
8

Nas consultas médicas a mulher gestante surda desde sempre está acompanhada de uma
pessoa ouvinte intermediando a comunicação, o que lhe tira a privacidade, mas garante um
mínimo de entendimento quanto ao diagnóstico e pré-natal. A confiança no profissional é
fidelizada e superficial, quando o médico não descobre de imediato o diagnóstico é considerado
“fraco”.
Para os jovens surdos, desde a primeira experiência sexual à gravidez indesejada, do pré-
natal ao parto, todos são momentos vivenciados com muitas incógnitas pela falta de um diálogo
franco e direto com o profissional de saúde porque não recebem orientação para a autonomia.
Por outro lado, quando a mãe é ouvinte com filho surdo a dor diagnóstica emudece e
aprofunda o luto pelo filho “defeituoso”, pela falta de preparação por parte do profissional de
saúde de orientar como lidar com esta nova realidade de ter uma criança sinalizante.
A depender do nível de surdez, da presença de residual auditivo, pode-se recorrer a
diferentes ferramentas educativas de tecnologias assistivas. Nos casos da deficiência auditiva
nível severo e profundo, mesmo que haja indicação de implante coclear, o mais urgente é a
necessidade de se estabelecer um vínculo da linguagem com o bebê surdo.
Estabelecer de imediato a comunicação entre o bebê surdo e a mãe ouvinte é fundamental
para a estruturação do sujeito, da subjetividade e a falta/falha desenvolve distúrbios psicossociais
para toda a vida. A surdez é um “déficit orgânico que acarreta numa falha instrumental que
compromete a comunicação dificultando o desenvolvimento da linguagem e dos sentimentos”.
Para Solé (2013), no desenvolvimento do sujeito surdo existem seis momentos críticos de risco:
1. 1º ano de vida
2. Orientação linguística
3. A dor do diagnóstico
4. Polaridade com aprendizagem da leitura e da escrita
5. Adolescência
6. A vida profissional
Os profissionais da saúde: enfermeiros, médicos (pediatras e otorrinos), fonoaudiólogos,
psicólogos “assumem o risco” e compartilham diretamente com os três primeiros momentos
críticos, justamente no período quando a criança está a construir e constituir-se das relações
humanizantes.
A não inserção na linguagem afetiva e corporal convocada pela mãe desde o primeiro dia
de vida acarreta transtornos que vão aparecer na juventude como distúrbios da aprendizagem, do
comportamento, da aceitação do Eu na relação com o mundo. Tudo isto se agrava com a
superproteção que empodera o sentimento de culpa e retarda ainda mais a tutela sobre o surdo.
A falta de liberdade e de vivências sinestésicas também compromete a motricidade com
retardo da infantilização do corpo. A superproteção não insere na criança as regras da cultura
familiar. Sem regras, limites, controle, e sem inserção na linguagem a criança surda profunda não
9

adquire sua civilidade e isto repercute diretamente na estruturação humana nas relações com a
vida e com a sexualidade.
Diante da estrutura corporal e mental fragilizada e sem desenvolver criticidade a pessoa
surda é facilmente influenciada a tomar decisões em favor de terceiros, sofre Influências externas
de pastores, intérpretes, professores que acabam por destituir o saber familiar e como a
escolarização tem sido fictícia pela falta de formação de professores, muitos com surdez nível
profunda passam pela vida como marionetes, sem determinação nem reflexão crítica sobre o
mundo, tornam-se arbitrários, agressivos, sem respeitar a família e ainda tratam intérpretes como
empregados. Em resumo, muitos surdos sinalizantes não estão preparados para o mundo real
do estudo, do trabalho, da convivência.
A parcela da sociedade composta de pessoas ouvintes precisa compreender que diante de
uma pessoa surda é preciso parar e sinalizar: frente a frente. Se ele fecha os olhos o mundo
desaparece e nada aprende. Aos gritos como ocorre em muitas escolas não se ensina aos surdos.
Sem chamá-lo a participar e compartilhar saberes também não. E na sociedade inclusiva não
existe lugar para o “coitadinho”.
Além da orientação familiar, pretende-se a formação em Libras dos profissionais de
saúde para melhorar a qualidade do atendimento à mulher gestante surda nos diferentes serviços
oferecidos nas Unidades.

3.1 Amparo legal


No Decreto 5626 está prevista a formação em Libras dos profissionais que atuam na
saúde: Art.X - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para o
uso de Libras e sua tradução e interpretação
Tanto a não realização do Teste da Orelhinha em todas as crianças nascidas vivas até 30
dias, como a falta de encaminhamento dos resultados de falha para centros de referência para o
atendimento e orientação à família com criança surda conforme Decreto 5626/05 (VIII -
Orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância para a criança com
perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua Portuguesa (grifo nosso),
impactam as possíveis ações preventivas e, pior ainda, determinam uma relação de conflitos
familiares pela não compreensão dos limites e necessidades educacionais e linguísticas inerentes
à criança com deficiência auditiva (FALCÂO, 2007, 2099, 2012 a, 2012 b).
Considerando ainda que o Decreto 5626/05: Capítulo VII: Da Garantia Do Direito À
Saúde Das Pessoas Surdas Ou Com Deficiência Auditiva; Art. 25. A partir de um ano da
publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde - SUS e as empresas que detêm concessão
ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, na perspectiva da inclusão plena das
pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas as esferas da vida social [...] a atenção
integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas, efetivando:
I - ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva; II - tratamento clínico
10

e atendimento especializado, respeitando as especificidades de cada caso; III - realização de


diagnóstico, atendimento precoce e do encaminhamento para a área de educação...; VII -
atendimento fonoaudiológico às crianças....; IX - atendimento às pessoas surdas ou com
deficiência auditiva na rede de serviços do SUS e das empresas que detêm concessão ou
permissão de serviços públicos de assistência à saúde, por profissionais capacitados para o uso
de Libras ou para sua tradução e interpretação.
A falta de uma definição quanto ao diagnóstico e encaminhamento das crianças recém-
nascidas, por parte da Rede de Saúde do Estado e Municípios fere ainda a Lei 7612/11
Art. 3o São diretrizes do Plano Viver sem Limite V - prevenção das causas de deficiência; VI -
ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência, em especial os
serviços de habilitação e reabilitação; VIII - promoção do acesso, do desenvolvimento e da
inovação em tecnologia assistiva.
Nas unidades de saúde poucas pessoas sabem se comunicar em Libras e o ambiente
familiar, principalmente das regiões distantes da Capital e de Cidades maiores, as crianças surdas
são desrespeitadas e tratadas como incapazes e improdutivas.

A sociedade precisa se preparar para incluir os surdos, sejam eles sinalizados ou


oralizados, e não somente os surdos que deve obrigatoriamente se moldar aos padrões
que a sociedade impõe. Mas, também, não acho que os surdos devam aprender Libras e
isolar-se num “mundo e numa cultura só deles”, pois são seres humanos e fazem parte
de um grande grupo que é a sociedade, devem conviver e interagir com os outros, por
mais diferentes que estes sejam (HORA in FALCÃO, 2007- 2012).

4 Metodologia
O Projeto de Criação do Núcleo Ciranda Auditiva para Orientação e Apoio à Família com
Criança com Deficiência Auditiva na USF de Coqueiral é uma ação inovadora que merece
atenção e investimento humano.
1. Para atender ao primeiro objetivo de estruturar um banco de dados na USF -
Unidades de Saúde da Família com registro das famílias surdas ou ouvintes com crianças
com deficiência auditiva contamos com a colaboração das Agentes de Saúde e Ambiental
para identificar e mapear cada uma das famílias com crianças surdas bem como as
famílias em que ao menos um dos pais ou responsáveis apresente deficiência auditiva.

2. Para atender ao segundo objetivo de capacitar toda a equipe da USF: médicos,


enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais, nutricionistas, doulas, agentes de saúde e ambiental e os vigilantes em
Libras para lidar com a educomunicação, orientação e acompanhamento da mulher, da
criança e das famílias com pessoas surdas nível severo e/ou profundo foram inscritos no
curso de Libras oferecido pela UPE na USF de Coqueiral que passa a ser Unidade de
Referência para acolhimento e orientação familiar. Com previsão de expansão para todo o
11

Distrito e demais Unidades compartilhadas. A partir desta formação espera-se ampliar


para outras USF do Estado.

3. O terceiro e quarto objetivos visam orientar e apoiar as famílias com crianças


surdas a inserção da linguagem visuogestual, da afetividade e da subjetividade
estruturantes do sujeito e tem como princípio norteador o respeito aos saberes maternos
que passam a receber uma adaptação visuogestual, corporal, de toque, de sensibilidade,
do olhar e dos movimentos mais presentes para que representem o que seria toda a
comunicação oral para a visuogestual, inclusive as expressões faciais. Nesta ínterim as
famílias recebem orientação e formação em Libras para inserirem a língua no ambiente
familiar abrangendo pai, mãe, irmãos da criança conferindo acolhimento, respeito e
participação de todos para o desenvolvimento pleno da criança com surdez.

4. O quinto objetivo estará atendido quando ocorrer preparação de material


educativo e for distribuido para a população em geral. Este material informativo,
educacional e formativo será construído no coletivo com os profissionais da Unidade de
Referência e segundo as especificidades identificadas com as famílias com crianças
surdas.

A surdez não caracteriza deficiência cognitiva a ser tratada. Assim como as gestantes
ouvintes, a surda empodera-se do momento da maternidade carrega consigo todas as expectativas
comuns. Assim, é preciso que a equipe seja preparada e esteja sensível ao acolhimento e
atendimento em Libras.

4.1 Quadro das Ações segundo os objetivos específicos do Programa Ciranda Auditiva

1. Identificar e registrar em cadastro as crianças a. Sugerir a adaptação da ficha de cadastro que


surdas atenda ao Programa Ciranda Auditiva para o
registro das informações;
b. Adequação das fichas de prontuários das
unidades de saúde, desde o pronto
atendimento, banco de leite ao serviço
ambulatorial com a inserção na ficha de
cadastro do paciente de dados como:
- Pessoa com deficiência
( )Sim ( ) Não
- Caso positivo qual a deficiência
( ) Auditiva ( ) Visual ( ) Outra
- Especifique_____________
Esta iniciativa favorecerá a identificação e localização
das famílias;
c. Solicitar e receber os dados da Unidade para
localização e orientação familiar quando
12

crianças com diagnóstico de surdez.


2. Orientar as famílias com diagnóstico de surdez a a. Identificação das famílias com crianças com
inserir no cotidiano familiar a educomunicação surdez para a orientação educomunicacional
visuo gestual visuogestual para os bebês com diagnóstico de
surdez;
b. Aplicação de questionários de pesquisa aos
familiares;
c. Registro em videogravação da relação mãe-filho
surdo para análise da inserção da linguagem e da
subjetividade.
3. Produzir e difundir material informativo por Vídeos, cartilhas, banners.
diferentes meios com uso de inovações
tecnológicas sobre a acessibilidade e inclusão das
pessoas com deficiência auditiva
4. Ofertar cursos de Libras para a USF de referência Cada setor da USF receberá uma formação
para lidarem com a especificidade instrumental específica
comunicacional sinalizada
5. Sugerir aos centros formadores de profissionais A USF que funciona como campo de estágio deverá
da saúde (Enfermagem superior e técnico, sugerir a formação em Libras antes do momento do
Medicina, Psicologia, Serviço Social, estágio. Neste sentido, ao se dirigirem para o campo
Odontologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, de estágio esses estudantes em formação estarão aptos
Nutricionistas, etc.) a inserção da Libras como a lidar com diferentes realidades, inclusive a surdez.
tema importante para a formação de profissionais
inclusivos
6. Capacitar as equipes de saúde: Médicos, Em todos os setores os profissionais devem conhecer a
Enfermeiros, Assistentes Sociais, Psicólogos, comunicação básica e instrumental para atender às
Dentistas, Fisioterapeutas, Terapeutas necessidades dos usuários com surdez nos serviços de
Ocupacionais, Nutricionistas, Doulas, gestores, saúde. Assim pretende-se estruturar um Plano de
terceirizados-segurança, limpeza em Libras para Capacitação Estratégico Setorial e Multidisciplinar
lidar com a comunicação, orientação e com temas voltados para a Acessibilidade e Libras
acompanhamento da mulher, da criança e da na Saúde para:
família com surdez a. Qualificar as equipes da USF e Distrito Sanitário;
b. Da recepção á sala de vacina,
c. Do acolhimento ao ambulatório infantil,
d. Dos demais serviços oferecidos: psicologia,
odontologia, etc.
7. Criação do Núcleo/Rede de Orientação e a. Criação do Protocolo de conduta para os
Apoio à Família com Criança Surda no participantes do Programa Ciranda Auditiva
inseridos no Núcleo de Orientação e Apoio à
Estado de Pernambuco. Família com Criança Surda no Estado de
Pernambuco;
b. Formação da equipe multiprofissional em
acessibilidade e Libras;
c. Orientação quanto ao modelo educomunicacional
visuogestual;
d. Acolhimento em Libras/LP das famílias surdas e
às famílias ouvintes com filhos com surdez;
e. Produção e divulgação de informações inerentes
aos objetivos;
f. Ampliação das ações para outras unidades de
saúde do Estado.

4.2 A USF – COQUEIRAL como Unidade de Referência ao Atendimento à Pessoa com


Surdez PE
13

O Programa Ciranda Auditiva apoia a criação da Rede e a identificação da USF


Coqueiral como referência no atendimento em Libras dos usuários surdos sinalizantes e
orientação e apoio à família com criança surda no estado de Pernambuco.
Ao transformar a USF Coqueiral num Centro de Referência da RMR para o atendimento
à pessoa com surdez nas diferentes realidades: mulher gestante surda, famílias ouvintes com
filhos surdos, família surda com filhos surdos o Estado de Pernambuco e a Prefeitura da Cidade
do Recife apontam para o pioneirismo na popularização e universalização da Libras no Brasil.
Ao identificar no Banco de Dados da Unidade, a família com criança surda, busca-se
conhecer a vida diária visuogestual desta criança, reconhecer os saberes maternos com
orientação da necessidade da educomunicação sinalizada. Quando necessário, também orientar
as famílias a buscarem atendimentos especializados em saúde que estejam qualificados em
Libras.
14

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO PARA USUÁRIOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE

A criação do Núcleo de Referência do Programa Ciranda Auditiva na USF Coqueiral


apresenta algumas questões que serão respondidas a partir do desenvolvimento e implantação
dos objetivos. Dentre elas:
1. Onde estão e como estão sendo acolhidos os bebês com diagnóstico de surdez em suas famílias?
2. Quais as maiores dificuldades e limites que as famílias não estão conseguindo superar?
3. Como as mulheres gestantes surdas estão sendo atendidas nas Unidades de Saúde sem Libras?
4. Quais os maiores conflitos na comunicação entre o profissional de saúde ouvinte e o(s) paciente
surd(o)a?
5. Quais os itens mais importantes para a construção da Cartilha da Família com crianças surdas?
6. Como as famílias de pais ouvintes e surdos estão reagindo ao diagnóstico de surdez do filho e
qual o tipo de orientação necessária de como lidar com a criança surda?

I. Questionário a ser aplicado aos familiares ouvintes com filhos surdos


1. Qual o motivo/causa da surdez?
2. Quanto tempo levou para definir o diagnóstico de surdez?
3. Qual o sentimento materno diante de um filho surdo?
4. Qual o residual auditivo?
5. Qual a perspectiva de vida para a criança?
6. Como se dá a comunicação com a criança?
7. Quais as maiores dificuldades na educação?
8. O que tem feito para se comunicar e educar as regras de convivência?
II. Questionário a ser aplicado às mulheres surdas
1. Quais as informações recebidas sobre a adolescência, gravidez e sexualidade?
2. Como as mulheres gestantes surdas estão sendo atendidas nas Unidades de saúde em
geral?
3. Quais os maiores conflitos na relação com o profissional de saúde?
III. Questionário a ser aplicado aos profissionais da saúde
1. Onde estão e como estão sendo acolhidos os bebês surdos que desde 2010
2. Como as mulheres gestantes surdas estão sendo atendidas nas Unidades de saúde em
geral?
3. Quais as maiores dificuldades existentes entre o profissional de saúde ouvinte e o(a)
paciente surd(o)a?
4. Como estão sendo tratadas e orientadas a gestante surda e ouvintes quanto ao risco da
surdez do filho?
5. Como as famílias ouvintes estão reagindo ao diagnóstico de surdez do filho?
6. Como as famílias surdas estão reagindo ao diagnóstico de surdez do filho?
7. Como as crianças surdas filhas de pais ouvintes recebem orientação de como lidar com a
criança surda?
8. Em que idade está ocorrendo o diagnóstico e qual a qualidade do apoio, orientação que a
família está recebendo?
9. Qual a regularidade do Teste da Orelhinha e para onde, como, quando estão sendo
encaminhados os bebês com alteração dos dados?
10. Qual a indicação do implante coclear?
11. Qual a indicação da comunicação sinalizada?
15

ANEXO 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - ADULTO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar do Projeto Criação e Implementação de
uma Rede de Apoio e Formação e de Diagnóstico Precoce da Pessoa com Deficiência Auditiva
com o Uso de Inovações Tecnológicas no Estado de Pernambuco, que tem como objetivo conhecer a
realidade da atenção familiar e das necessidades visuogestuais inerentes à criança recém-nascida com
diagnóstico de surdez. Para a coleta dos dados e orientação em educação para a saúde contamos com a sua
colaboração para desenvolvermos atividades educativas com oficinas de orientação para comunicação em
Libras junto aos familiares de crianças surdas e a comunidade em geral. Cada criança envolvida fará parte de
um banco de dados. Cada criança surda com seu cuidador, mãe ou responsável será videogravado para análise e
uso acadêmico, sendo preservadas as identidades dos participantes. Garantimos que não existe qualquer
procedimento invasivo nem que provoque riscos à saúde e à integridade física, moral, psicológica da criança.
Você é livre para recusar a participação, retirar seu consentimento ou interromper a participação a
qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer
penalidade ou perda de benefícios. A participação no estudo não acarretará custos para você e não será
disponível nenhuma compensação financeira adicional.
Eu _____________________________________(nome do responsável) fui informada (o) dos objetivos
da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer
momento poderei solicitar novas informações e motivar minha decisão se assim o desejar. O professor
pesquisador Luiz Albérico Barbosa Falcão certificou-me de que todos os dados desta pesquisa serão
confidenciais e de uso acadêmico.
Também sei que caso existam gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa.
Declaro que concordo em participar desse estudo e que recebi uma cópia devidamente assinada pelo
coordenador da Pesquisa com duas vias da qual recebo uma devidamente assinada.

Nome Assinatura do Participante Data

Nome Assinatura do Pesquisador Data


(81-96346672)

Nome Assinatura da Testemunha Data


16

ANEXO 4 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – DE MENOR

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar do Projeto Criação e Implementação de
uma Rede de Apoio e Formação e de Diagnóstico Precoce da Pessoa com Deficiência Auditiva com
o Uso de Inovações Tecnológicas no Estado de Pernambuco, que tem como objetivo Conhecer a
realidade da atenção familiar e das necessidades visuogestuais inerentes à criança recém nascida com
diagnóstico de surdez. Para a coleta dos dados e orientação em educação para a saúde contamos com a
sua colaboração para desenvolvermos atividades educativas com oficinas de orientação para comunicação
em Libras junto aos familiares de crianças surdas e a comunidade em geral. Cada criança envolvida fará
parte de um banco de dados para alimentar a pesquisa. Cada criança surda com seu cuidador, mãe ou
responsável será videogravado para análise e uso acadêmico, sendo preservadas as identidades dos
participantes. Garantimos que não existe qualquer procedimento invasivo nem que provoque riscos à
saúde e à integridade física, moral, psicológica da criança.
Você é livre para recusar a participação de seu filho, retirar seu consentimento ou interromper a
participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá
acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. A participação no estudo não acarretará custos para
você e não será disponível nenhuma compensação financeira adicional.
Eu _____________________________________(nome do responsável) fui informada (o) dos objetivos
da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer
momento poderei solicitar novas informações e motivar minha decisão se assim o desejar. Sou de acordo
e autorizo meu(a) filho(a) _________________________________________ com idade de ____ a
participar da pesquisa; O professor pesquisador Luiz Albérico Barbosa Falcão certificou-me de que todos
os dados desta pesquisa serão confidenciais e de uso acadêmico.
Também sei que caso existam gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa.
Declaro que concordo em participar desse estudo e que recebi uma copia devidamente assinada pelo
coordenador da Pesquisa.

Nome Assinatura do Participante Data


Mãe/responsável

Nome Assinatura do Participante Data


Adolescente menor

Nome Assinatura do Pesquisador Data


(81-96346672)

Nome Assinatura da Testemunha Data


17

EQUIPE DE TRABALHO
Programa Ciranda Auditiva
Coordenador e Pesquisador Geral Universidade de Pernambuco: Luiz Albérico Barbosa
Falcão
CPF: 372.868.974-20
Estrada do Barbalho, 417, Iputinga, Recife, Pernambuco. CEP 50800290 – Recife-PE
Endereço eletrônico: prof.luizalberico@gmail.com

PROFESSORES PESQUISADORES
2.1. Luiz Albérico Barbosa Falcão, doutor, professor assistente, CPF 372.868.974-20
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=H783016
Este membro da equipe exerce atualmente a coordenação do Grupo de Pesquisa e do Programa
de Extensão Formação de Multiplicadores Inclusivos – Proformi. Trabalhará no
desenvolvimento das ações de formação de Libras; de pesquisar o encaminhamento das crianças
surdas e do atendimento em Libras das gestantes surdas, além de coordenar atividades de
orientação familiar e a criança com surdez.
Grupo de Pesquisa: Políticas Públicas de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologias Assistivas:
Linhas de Pesquisa:
• Formação Profissional inclusiva e Educação de Surdos
• Estudos Sociais, Surdez e Libras.
• Estudos de Acessibilidade com Produção de Inovações Tecnológicas Assistivas
Servidor da Universidade de Pernambuco – UPE
• Instituto de Ciências Biológicas - Escola Politécnica de Pernambuco
Servidor da Secretaria Estadual de Saúde

2.1.2 Patrícia Rocha Pordeus, doutoranda, pedagoga, CPF 071.619.114-86.


Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=W0434402
Este membro participa do projeto na coordenação pedagógica das ações contribuindo com a
formação de Libras; de pesquisar o encaminhamento das crianças surdas e do atendimento em
Libras das gestantes surdas, além de coordenar questões pedagógicas.

2.1.3 João Marcelo Xavier Natário Teixeira, doutor, professor assistente, CPF 046.275.524-
08.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=T213807
Este membro será responsável pelas atividades administrativas do projeto. Terá a meta de
estreitar ainda mais os laços que os grupos de pesquisa da UFRPE, da UFPE e da UPE possuem
entre si.
18

Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco – CIn UFPE (Grupo de


pesquisa: Voxar Labs)
Departamento de Estatística e Informática da Universidade Federal Rural de Pernambuco
2.2 DEMAIS COLABORADORES VOLUNTÁRIOS DO PROJETO
2.2.1 Márcia Andréa Albuquerque Santos de Mendonça, especialista, CPF 749.897.664-15. Hospital
Universitário Oswaldo Cruz - Universidade de Pernambuco – UPE, Currículo Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4518505A4
Este membro da equipe exerce atualmente a função de coordenadora da Educação Continuada do Hospital
Universitário Oswaldo Cruz . Participa do projeto com apoio da articulando na criação dos polos de
referência no Estado.
2.2.2 Cristiano de Oliveira Batista, CPF – 715.115.124-15
Servidor do Centro de Saúde Amaury de Medeiros - Cisam
Este membro da equipe exerce atualmente a função de coordenador da Educação Continuada do Cisam -
Participa do projeto com apoio da articulando na criação dos polos de referência no Estado.
educacaocontinuadacisam@gmail.com
2.2.3 Veronica Teichrieb, professora adjunta, CPF 640.463.380-91.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=P048463
Este membro participa do projeto com apoio da articulando na criação dos polos de referência no Estado.
2.2.4 Alline de Souza Alves Oliveira, médica residente em Nefrologia, CPF 052.511.374-60 - Currículo
Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4751178A6
Este membro participa do projeto com apoio da articulando na criação dos polos de referência no Estado.
Servidora do Hospital das Clínicas – UFPE
2.2.5 Izabel Cristina Barbosa de Oliveira, doutoranda, professora, CPF 021.930.314-28.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=S0301730
Este membro da equipe trabalhará no projeto apoiando as ações de formação a distância.
2.2.6 Maria Cristina Petrucci Solé; Doutora em Psicologia clínica CPF 502.317.580-49; Participa do
projeto com apoio na criação dos polos de referência no Estado. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/5750169049662228
2.2.7 Márcio Campos Xavier de Souza, graduando, CPF 088.134.244-00.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=B9397729
Este membro da equipe trabalhará no projeto com apoio na criação dos polos de referência no Estado;
Graduando da Escola Politécnica de Pernambuco - Universidade de Pernambuco – UPE (Grupo de
Pesquisa: Políticas Públicas de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologias Assistivas).
2.2.8 Guilherme Ferreira Beserra, graduando, CPF 097.987.564-10.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=B9466647
Este membro da equipe trabalhará no projeto com apoio na criação dos polos de referência no Estado
Graduando da Escola Politécnica de Pernambuco - Universidade de Pernambuco – UPE (Grupo de
Pesquisa: Políticas Públicas de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologias Assistivas).

You might also like