O documento traça a história do desenvolvimento sustentável desde as primeiras discussões na década de 1950 até a Conferência do Rio-92 de 1992. Ele descreve as três dimensões do desenvolvimento sustentável - ambiental, econômica e social - mas argumenta que também devem incluir dimensões de poder e cultura. Por fim, discute quatro respostas possíveis à crise ambiental: desenvolvimento sustentável, tecnologia, decrescimento ou não fazer nada.
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Resumo do texto de Elimar Nascimento: Trajetória da sustentabilidade
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Resumo do texto_Elimar Nascimento_Trajetória da sustentabilidade
O documento traça a história do desenvolvimento sustentável desde as primeiras discussões na década de 1950 até a Conferência do Rio-92 de 1992. Ele descreve as três dimensões do desenvolvimento sustentável - ambiental, econômica e social - mas argumenta que também devem incluir dimensões de poder e cultura. Por fim, discute quatro respostas possíveis à crise ambiental: desenvolvimento sustentável, tecnologia, decrescimento ou não fazer nada.
O documento traça a história do desenvolvimento sustentável desde as primeiras discussões na década de 1950 até a Conferência do Rio-92 de 1992. Ele descreve as três dimensões do desenvolvimento sustentável - ambiental, econômica e social - mas argumenta que também devem incluir dimensões de poder e cultura. Por fim, discute quatro respostas possíveis à crise ambiental: desenvolvimento sustentável, tecnologia, decrescimento ou não fazer nada.
Trajetória da Sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico.
De Elimar Pinheiro Nascimento Por Laura Landau
As discussões mais objetivas sobre o termo desenvolvimento sustentável ganham verdadeira
atenção e estruturação a partir de 1950, quando uma possível crise ambiental causada pela poluição nuclear fica evidente, gerando preocupações globais. Mais adiante, o uso de produtos químicos usados em larga escala na produção de alimentos vai fortalecer de forma contundente a ideia de preocupação ambiental. Essa questão é exaltada pelo livro Silent Spring de Rachel Carson. Em 1968 as chuvas ácidas localizadas nos países nórdico trouxeram grande preocupação, culminando na proposta da conferência de Estocolmo em 1972. Foi quando países de “primeiro mundo” e países de “terceiro” começavam a conflitar sobre questões de desenvolvimento e proteção ambiental. Os já desenvolvidos colocavam a questão ambiental em foco central e os em desenvolvimento exaltavam que os problemas ambientais eram provenientes da pobreza e desigualdade. Por conta do conflito a ONU lança o documento Only One World e assim a binômio do desenvolvimento sustentável crescia, onde a dimensão social era adicionada a dimensão econômica e a ambiental. Ao mesmo tempo que Estocolmo acontecia a O Clube de Roma discutia os limites do crescimento. O debate sugeria a diminuição do crescimento industrial nos países desenvolvidos e a diminuição populacional nos países em desenvolvimento. Dez anos depois, a reunião de Estocolmo realizada pela ONU mostrou que os esforços ambientais estava muito aquém do esperado. A partir disso foi gerado a o relatório Our commom future, que tinha a missão de propor esforços globais integrados, e a criação da definição de Desenvolvimento Sustentável : (Lenzi, 2006): “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer suas próprias necessidades”. Esta definição recebeu críticas por ser extremamente vaga, quais são as necessidades das gerações atuais? Quais serão as necessidades das gerações futuras? Em 1992 realizou-se o encontro global do Rio-92 que gerou a Convenção da Biodiversidade e das Mudanças Climáticas (e assim o surgimento do protocolo de Kyoto), a Declaração do Rio e a Agenda 21. O encontro manteve a ideia de que desenvolvimento sustentável é possível a partir da boa gestão dos recursos naturais sem causar danos nos modelos econômicos vigentes. Depois desse linha histórica, o texto segue para a discussão das três dimensões do desenvolvimento sustentável. A dimensão ambiental nos sugere que o consumo e produção sejam compatíveis com os recursos naturais existentes. Os meios de produção devem respeitar a capacidade dos ecossistemas de se regenerarem e manter seus ciclos. A dimensão econômica se base na eco- eficiência onde a economia cresce rumo a medidas ecológicas no uso de recursos e no desenvolvimento de tecnologias. A dimensão social é a de igualdade, onde todos os humanos devem ter o mínimo necessário para uma vida descente, sem prejudicar o próximo. Estas três dimensões deixam de fora algumas outras que são tão importante quanto e também regem o nosso mundo. Uma delas é a dimensão do poder, da política. Isso mostra o despolitização do DS, eliminando a importância da política nos processos de mudança. Nada muda sem embates políticos e pressões da sociedade sobre os políticos. Outra dimensão esquecida é a da cultura. Transformações essenciais como do comportamento do consumidor (consumo e estilo de vida) não acontecem sem mudanças de valores. Existe a tremenda necessidade de mudarmos nosso valores de felicidade, sair do ter mais para ter melhor, do consumir mais para o usufruir mais. Mas por que a sustentabilidade é tão importante? Hoje as questões ambientais evidenciaram que uma possível eliminação humana da Terra está muito conectada com o poder de destruição do próprio ser humano, onde este degrada o ambiente que necessita para viver. Existem quatro respostas viáveis a crise ambiental. A primeira, já dita acima é o desenvolvimento sustentável. A segunda é a tecnológica, onde o homem terá capacidade de sempre resolver seus problemas, principalmente de recursos ambientais, a partir de evolução tecnológica. A terceira é a radicalização do padrão de consumo e produção onde o decrescimento é o principal pilar. E a ultima, é a não resposta, onde não seriamos capazes de mudar a situação global que acarretaria na nossa própria destruição. Cabe a nós humanos decidirmos qual resposta queremos dar ao gigantesco caos que causamos.