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UFCD3839
341024
Técnicos Comerciais
UFCD 3839
DOCUMENTAÇÃO COMERCIAL E CIRCUITO DA CORRESPONDÊNCIA
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INTRODUÇÃO
Objectivos
No final desta unidade temática, os formandos deverão estar habilitados a:
Conteúdos programáticos
Documentos comerciais
Selecção e organização
Preenchimento
Circuito da correspondência
Recepção
Abertura / registo
Distribuição
Expedição
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1. Documentos Comerciais
2. Circuito da Correspondência
3. Anexos
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DOCUMENTO
ÉÉ qualquer objecto elaborado por uma pessoa com o fim de reproduzir ou representar uma
pessoal, coisa ou facto.
Os documentos podem ser ESCRITOS ou NÃO ESCRITOS (fotografia, filme, gravaçaã o aá udio).
TIPOS DE DOCUMENTOS
AUTÊNTICOS – Documentos elaborados pelo notaá rio e que fazem prova plena dos
factos.
PARTICULARES – Documentos elaborados pelas partes, naã o pelo notaá rio, e que naã o
fazem prova plena dos factos.
AUTENTICADOS – Documentos particulares confirmados pelo notaá rio.
As CÓPIAS podem ser fotográficas (fotocoá pias) ou não fotográficas (coá pias manuscritas ou
dactilografadas).
DOCUMENTOS NORMALIZADOS
Saã o aqueles que obedecem a uma ideê ntica estrutura, ideê ntico conteuá do e dimensaã o.
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Exemplo: cheque
CONTRATOS:
Nome do contrato
Identificaçaã o das partes: nome, estado civil, domicíálio, nuá mero data e local do
BI/Cartaã o Cidadaã o, nuá mero de contribuinte
Claá usulas descritivas de um contrato
Local e data da celebraçaã o do contrato
Assinatura sobre o selo branco
REQUERIMENTOS:
Tipo de requerimento
Identificaçaã o da entidade a quem o requerimento eá dirigido
Identificaçaã o do requerente: nome, estado civil, domicíálio, nuá mero data e local do
BI/Cartaã o de Cidadaã o, nuá mero de contribuinte
Descriçaã o daquilo que se requer
Local e data do requerimento
A frase:” Pede deferimento”
Assinatura precedida da expressaã o “O Requerente”
ACTAS:
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Dia, meê s ano e hora da realizaçaã o
Local
Mençaã o das caracteríásticas da reuniaã o
Nome do presidente da mesa e dos secretaá rios
Ordem de trabalhos
Lista de presenças
Nome dos intervenientes e resumo das intervençoã es
Resultado da votaçaã o se a houver
Acontecimentos relevantes passados na reuniaã o
Mençaã o de que a acta foi lida e aprovada
Assinatura de todos os presentes depois de do presidente e secretaá rios
A acta regista os assuntos discutidos, as ocorreê ncias e decisoã es que tiveram lugar numa
reuniaã o, constituindo uma memoá ria viva, para os participantes e um relato fiel para os
ausentes.
Neste sentido a acta constitui uma prova disponíável para ser utilizada em acçoã es legais.
O registo dos elementos para a elaboraçaã o da acta pode ser feito num bloco notas, durante a
reuniaã o, sendo mais tarde escrito em livro proá prio que seraá assinado pela pessoa que presidiu
aà reuniaã o, assim como pelos participantes a quem posteriormente se deveraá fornecer uma
coá pia.
Outro meio de registo dos elementos da acta eá a gravaçaã o aá udio. O registo aá udio eá
posteriormente transcrito – manuscrito – no livro de actas. As actas saã o depois guardadas em
lugar proá prio.
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O primeiro paraá grafo da acta deve situar a reuniaã o no tempo – dia, meê s, ano e hora – e
no espaço – local da reuniaã o – e mencionar o tipo de reuniaã o, grupo que se reuá ne e
ordem de trabalhos.
No paraá grafo seguinte far-se-aá a constataçaã o das presenças e auseê ncias, mencionando-
se neste caso a justificaçaã o das auseê ncias.
Ém paraá grafos devidamente separados apresentar-se-aã o, de modo resumido e por
ordem porque foram tratadas, as intervençoã es, as deliberaçoã es, as votaçoã es.
O uá ltimo paraá grafo conteraá uma foá rmula de encerramento.
Naã o deve haver espaços em branco – eliminando-se sempre que existirem, por meio de
traços paralelos aà linha de escrita.
Naã o se deve prolongar a escrita para aleá m das margens que constam do respectivo livro
de actas.
Naã o se fazem rasuras nem emendas. Todas as alteraçoã es teê m de ser ressalvadas no fim
ou, se detectadas atempadamente, coloca-se a palavra “digo” aà frente da palavra a
alterar e a seguir a palavra correcta. Éxemplo: “Perspectiva, digo, perspectiva”.
A acta soá deve ser passada para o respectivo livro de actas apoá s a sua leitura e
aprovaçaã o por todos os presentes (ou pela sua maioria).
Quando as reunioã es saã o extraordinaá rias a aprovaçaã o da acta pode fazer-se no final dos
trabalhos, na presença de todos os participantes. Os procedimentos referidos dizem,
essencialmente, respeito aà s actas formais.
Poreá m o ritmo de trabalho actual ditou algumas alteraçoã es relativamente aà redacçaã o das actas.
Para reunioã es que acontecem com alguma periodicidade torna-se extremamente demorado o
registo manuscrito das actas. Como tal, existem hoje formulaá rios que jaá possuem
determinados elementos impressos, o que vem facilitar o registo dos elementos necessaá rios aà
elaboraçaã o da acta. Por outro lado, este tipo de actas eá digitado directamente no computador,
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agilizando a sua elaboraçaã o e ultrapassando tambeá m os problemas de correcçaã o de erros, sem
haver necessidade de fazer ressalvas.
As actas deste tipo (informais) saã o arquivadas sequencialmente pelo seu nuá mero de ordem
devendo a paginaçaã o ser ininterrupta.
Definição e Finalidade
Pode ter caraá cter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposiçaã o de projectos,
ideias, directrizes, etc. a serem adoptados por determinado sector do serviço puá blico.
Forma e Estrutura
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Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padraã o ofíácio, com a diferença de que o
seu destinataá rio deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Éxemplos:
Todos os dias e mesmo vaá rias vezes por dia, a informaçaã o escrita chega aà s organizaçoã es sob
diversas formas: cartas comerciais, circulares, ofíácios, memorandos, faxes, convocatoá rias,
comunicaçoã es internas, É-mails e tantos outros.
CORRESPONDÊNCIA INTERNA
Todos temos conscieê ncia da importaê ncia deste tipo de comunicaçaã o para o bom
funcionamento da empresa. Para que o seu circuito seja eficiente eá necessaá rio que lhe seja
dado um tratamento atento por parte dos funcionaá rios encarregues desta funçaã o. Assim,
devemos ter em atençaã o os seguintes pontos:
1. Afixar os avisos de caraá cter geral em locais apropriados, para que todos os interessados
tenham acesso a essa informaçaã o.
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2. Reduzir a escrito e em impresso proá prio as mensagens telefoá nicas recebidas e fazeê -las
chegar de imediato aos destinataá rios.
3. Fazer circular as ordens de serviço acompanhadas de uma folha que os destinataá rios
rubriquem a fim de confirmar a recepçaã o das mesmas.
CORRESPONDÊNCIA EXTERNA
Recebida:
Comercial/Oficial:
3. Pessoal
Expedida
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Relativamente aà correspondeê ncia recebida haá que fazer cuidadosamente uma triagem, ou seja,
a separaçaã o da correspondeê ncia. Tanto a correspondeê ncia confidencial como pessoal naã o
devem ser abertas, mas sim dirigidas de imediato aos destinataá rios.
A correspondeê ncia patente vai entrar no circuito de tratamento bem como a correspondeê ncia
expedida.
(Patente e Expedida)
Patente (recebida):
Nº de entrada
Data
Émissor
Éndereço
Assunto
Anexos
Data de resposta
Observaçoã es
Expedida:
Nº de saíáda
Data
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Registo
Destinataá rio
Éndereço
Assunto
Anexos
Data da resposta
Observaçoã es
Abertura – Apenas de correspondeê ncia patente. Verificar se a carta estaá datada e se conteá m o
nome/endereço do remetente (emissor), excepcionalmente se isto naã o acontecer torna-se
imprescindíável agrafar o envelope
Registo de Entradas – Verificaçaã o e registo dos dados considerados importantes (em livro
proá prio)
Distribuição – Reencaminhamento para o destinataá rio (receptor) que acusa a sua recepçaã o
rubricando o envelope proá prio para o efeito ou de um livro de protocolo
Arquivo – Depois de dar seguimento ao assunto a correspondeê ncia deve ser devidamente
arquivada em local proá prio e segundo as normas da empresa.
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Realização da carta – Seguindo os requisitos para a execuçaã o da mesma
Assinatura – Depois de elaborada, a carta deve ir a despacho, ou seja, deve ser verificada,
aprovada e assinada pelo responsaá vel do sector ou departamento
Registo de Saídas – Verificaçaã o da existeê ncia de anexos ou instruçoã es especiais para a sua
expediçaã o (enviada com conhecimento para diversos destinataá rios, registada, correio azul,
etc.). Todos estes dados devem ser registados em livro proá prio.
Arquivo – Deve ser feita uma coá pia de toda a correspondeê ncia emitida, para posteriormente
se proceder ao seu arquivo.
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Na sua acepçaã o mais rudimentar, entende-se por comunicação o processo de transmitir uma
informaçaã o de um indivíáduo para outro e conseguir que ambos se compreendam.
Código – composto por síámbolos e sinais formando uma linguagem, que tornaraá
compreensíável qualquer ideia que se pretenda transmitir
Escrita – Quando fica registada em memorando, carta, fax, nota interna, etc.
Formal – Obedece a criteá rios de linguagem cuidada, de respeito muá tuo entre as partes, com
postura adequada ao grau de exigeê ncia.
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Comunicação horizontal – A comunicaçaã o faz-se entre iguais ou pares do mesmo
níável hieraá rquico
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Seja qual for a aá rea de actividade econoá mica a empresa necessitaraá de certos meios e
instrumentos que lhe seraã o fornecidos pelo seu fornecedor.
Ou seja, a empresa tem de fazer compras, isto eá tem de realizar o seu aprovisionamento.
Contactar fornecedores
PROCESSO DE COMPRA
Sede ou domicíálio
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Nuá mero de Identificaçaã o Fiscal
Preços praticados
Outras fichas que contribuem para o controlo das encomendas (e existeê ncias) saã o:
Mapa de aprovisionamento
Ao conjunto das encomendas efectuadas e das encomendas recebidas daá -se o nome de
carteira de encomendas.
Éstes seraã o acompanhados por uma Guia de Remessa elaborada pelo fornecedor que deveraá
sempre ser assinada pelo comprador confirmando a boa recepçaã o dos bens.
Ocorrida a entrega dos bens o fornecedor procederaá aà sua facturaçaã o, emitindo a Factura.
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Documento de Transporte – Factura, Guia de Remessa, Guia de Transporte, Nota de Venda a
Dinheiro, Nota de Devoluçaã o, etc.
Os documentos de transporte que naã o sejam processados por computador deveraã o conter,
impressos tipograficamente a refereê ncia aà autorizaçaã o ministerial relativa aà Tipografia que os
imprimir, bem como os elementos identificativos da mesma:
Firma (nome)
Sede social
Anualmente as empresas devem remeter aos serviços do IVA mapas com a Identificaçaã o dos
seus Clientes e Fornecedores onde deve constar o montante total das operaçoã es realizadas,
por cada um deles, respeitantes ao ano anterior, desde que superior a 5000 euros.
Firma
Tipo de Sociedade
Sede Social
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Contrato de fornecimento
Qualquer empresa pode ser ao mesmo tempo cliente (de um fornecedor) e fornecedora
(de um cliente).
NOTA DE ENCOMENDA
Se o fornecimento de uma empresa se efectua sem contrato, tudo se inicia com a Nota de
Éncomenda.
A Nota de Éncomenda naã o eá um documento normalizado, ou seja, as partes saã o livres para
estipular o respectivo conteuá do.
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Nº e data da encomenda
Condiçoã es de pagamento
Data da entrega
Assinatura
GUIA DE REMESSA
Ainda assim, a guia de remessa eá o documento especíáfico a utilizar para esta finalidade.
Nome, firma ou denominaçaã o social, sede ou domicíálio e nuá mero de identificaçaã o fiscal
do remetente;
Nome, firma ou denominaçaã o social, sede ou domicíálio e nuá mero de identificaçaã o fiscal
do destinataá rio ou adquirente;
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As guias de remessa seraã o substituíádas por guias ou notas de devoluçaã o, quando se trate de
devoluçoã es de mercadorias anteriormente transaccionadas entre as mesmas pessoas.
A emissaã o das guias ou notas de devoluçaã o processar-se-aá , o mais tardar, no 5.º dia uá til
seguinte aà data da devoluçaã o.
GUIA DE TRANSPORTE
A expediçaã o dos bens objecto do contrato de compra e venda pode ser feita:
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A guia de transporte deve conter, pelo menos, as seguintes indicaçoã es:
Deve realçar-se que todas as questoã es acerca do transporte seraã o decididas tendo em
consideraçaã o o conteuá do da guia de transporte, pelo que o seu verdadeiro e correcto
preenchimento eá muito importante.
FATURA
Os fornecedores de bens e serviços saã o obrigados a emitir uma fatura por cada transmissaã o
de bens ou prestaçaã o de serviços realizados.
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A quantidade e denominaçaã o usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados,
com especificaçaã o dos elementos necessaá rios aà determinaçaã o da taxa de imposto
aplicaá vel;
As facturas podem conter quaisquer outras refereê ncias acordadas entre o fornecedor de
bens/prestador de serviços e o destinataá rio/adquirente, bem como quaisquer refereê ncias que
o emissor da factura entenda dever nelas inscrever.
As facturas saã o, obrigatoriamente, emitidas por tipografia autorizada ou processadas por
computador, e devem ser:
Datadas;
Numeradas sequencialmente;
Processadas em duplicado (ou em triplicado, quando a factura for utilizada como
documento de transporte), destinando-se o original ao cliente e a coá pia ao arquivo do
fornecedor (e, quando exista, o triplicado aà s entidades fiscalizadoras).
Ém geral, ateá ao 5.º dia uá til seguinte ao do momento em que o IVA eá devido;
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O original da factura destina-se ao cliente e a coá pia ao arquivo do fornecedor.
Éste aspecto eá essencial: soá mediante a apresentaçaã o do original da factura eá que o cliente tem
direito aà deduçaã o do IVA.
Por essa razaã o, em caso de extravio de uma fatura o procedimento correcto eá emitir uma
nova fatura e anular a anterior, referindo expressamente que se trata de factura em
substituiçaã o e nunca emitir uma 2ª via da factura.
A violaçaã o do dever de emitir ou exigir facturas, ou a sua emissaã o fora de prazo, estaá sujeita aà
aplicaçaã o de coimas, para aleá m das consequeê ncias nefastas que pode ter em sede de relaçoã es
com a Administraçaã o Fiscal.
NOTA DE DÉBITO
A aquisiçaã o dos bens ou serviços adquiridos pelas empresas, sujeita-as muitas vezes a
despesas adicionais, tais como as relacionadas com o transporte da mercadoria, o seu seguro,
despesas alfandegaá rias, etc.
Ém muitos casos, estas despesas jaá estaraã o incluíádas no preço acordado entre as partes.
Poreá m, pode acontecer que tais despesas naã o tenham sido previstas. Nessa situaçaã o, naã o se
encontrando incluíádas na factura, o fornecedor emitiraá uma nota de deá bito, atraveá s da qual
cobra ao comprador o montante dessas despesas.
Uma outra situaçaã o que pode justificar a emissaã o de notas de deá bito eá aquela em que a
empresa pretende praticar actos naã o incluíádos no seu objecto social.
Pode ocorrer, por exemplo, que uma empresa que se dedica aà actividade de fornecimento de
bens informaá ticos, pretendendo renovar o seu mobiliaá rio de escritoá rio, decida vender o
mobiliaá rio existente.
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Trata-se de uma venda de peças de mobíália (em 2ª maã o), acto que naã o cabe na previsaã o do seu
objecto social razaã o pela qual a empresa naã o pode cobrar o preço atraveá s da emissaã o de
factura. Neste caso, o documento apropriado eá a nota de deá bito.
AÀ nota de deá bito aplicam-se as regras e requisitos estudados a propoá sito das facturas.
Por sua vez, as notas de creá dito saã o utilizadas para titular um movimento de sentido inverso.
Ou seja, naã o se trata aqui de debitar (cobrar) uma importaê ncia ao comprador mas sim de lhe
creditar (devolver) um determinado montante.
A emissaã o de uma nota de creá dito pode, por exemplo, ser justificada pelo facto de, ao emitir a
factura o fornecedor se ter esquecido de fazer um desconto por pagamento a pronto e em
dinheiro.
Neste caso, a emissaã o da nota de creá dito, a favor do comprador, permitiraá regularizar a conta
corrente entre ambos.
NOTA DE LANÇAMENTO
Por vezes utiliza-se a expressaã o «nota de lançamento» no mesmo sentido de nota de creá dito
ou nota de deá bito. Tal identificaçaã o naã o eá correcta.
Na verdade, enquanto as notas de deá bito e de creá dito saã o documentos que titulam relaçoã es
entre o fornecedor e o comprador, permitindo a ambos realizar o controlo e gestaã o da conta
corrente, a nota de lançamento eá um documento interno.
CONTA CORRENTE
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A conta corrente eá , na sua formulaçaã o mais simples, uma forma de apresentar graficamente
uma sucessaã o de actos. A conta corrente naã o estaá limitada aà s relaçoã es bancaá rias: pode existir
conta corrente entre quaisquer duas entidades, designadamente entre dois comerciantes.
Tem uma função de simplificação porque as partes acordam expressar as relaçoã es entre elas
existentes sob esta forma.
Tem uma função de segurança, porque permite ao credor satisfazer os seus creá ditos com
base nos seus deá bitos para com o seu devedor, desde que tanto os creá ditos como os deá bitos em
causa se encontrem inscritos na conta corrente.
Tem uma função de crédito porque, normalmente, em dado momento uma das partes teraá
saldo positivo e a outra saldo negativo: uma eá credora a outra eá devedora.
Ém geral, o lançamento de bens diferentes de dinheiro presume-se feito com a claá usula «salva
cobrança»: significa isto que esse lançamento só é efectivo depois de ter ocorrido a boa
cobrança e a consequente transformaçaã o do bem em dinheiro.
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Numa situaçaã o infelizmente bastante usual entre noá s, eá bastante frequente os compradores
naã o procederem ao pagamento atempado das facturas na sua posse.
A forma inicial apropriada para a realizaçaã o desta diligeê ncia eá a carta de reclamaçaã o de
creá ditos.
Ésta carta destina-se a servir de prova da insisteê ncia feita pelo que deve sempre ser registada
com aviso de recepçaã o. Para o efeito eá necessaá rio preencher o impresso de registo, do qual
constam os nomes e moradas do remetente e do destinataá rio da carta, guardando
cuidadosamente o talaã o que lhes seraá devolvido pelos Correios.
Éxposiçaã o dos factos, feita de forma clara, breve e precisa com refereê ncia a todos os
elementos identificativos da factura que se encontra a pagamento;
Assinatura.
No caso de a carta levar anexo algum documento, deve sempre mencionar-se essa
circunstaê ncia no proá prio texto.
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RECIBO
Paga a factura, aquele que pagou (o comprador) tem direito a que lhe seja dada quitaçaã o do
pagamento. A quitaçaã o eá , precisamente, o acto pelo qual se comprova que o comprador
cumpriu a sua obrigaçaã o de pagamento para com o fornecedor.
Ém muitos casos o proá prio exemplar da factura que eá enviado ao comprador jaá conteá m a
indicaçaã o de que a mesma serviraá de recibo apoá s boa cobrança (trata-se de praá tica habitual no
domíánio dos contratos de seguro).
Ésses documentos, que conteraã o a palavra recibo, deveraã o conter as mesmas indicaçoã es das
facturas ou, em alternativa, a refereê ncia aà factura a cujo pagamento conferem a respectiva
quitaçaã o.
ABERTURA DE CONTA
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Aquilo a que habitualmente chamamos “abertura de conta” pode ser considerado na sua dupla
natureza:
Contrato, e
Acto efectivo de abertura de conta.
A abertura de conta eá
Contrato, celebrado entre o Banco e o seu cliente, que estaá na origem de todas as
subsequentes operaçoã es bancaá rias entre ambos desenvolvidas.
Condiçoã es gerais, e
Condiçoã es especiais.
Quando naã o concorde com alguma das claá usulas apresentadas pelo Banco o cliente deve
apresentar as suas razoã es e tentar obter, por acordo, que a claá usula seja retirada ou que passe
a ter uma redacçaã o diferente (a cláusula terá de ser escrita no contrato). Para aleá m da
assinatura do contrato, o cliente teraá ainda de preencher uma ficha de abertura de conta.
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O aspecto essencial da ficha de abertura de conta reside no facto de esta conter, para aleá m
dos dados pessoais dos titulares da conta, as suas assinaturas escritas em local perfeitamente
determinado. A importaê ncia deste aspecto estaá no facto de essa assinatura (e só essa)
passar a ser válida para todas as comunicações e actos que o cliente preste perante o
Banco e, designadamente, para a assinatura de cheques. Naturalmente que este procedimento
determina a identificaçaã o, aliaá s obrigatoá ria, do cliente.
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As condições especiais de movimentação da conta, caso existam;
O desenho da assinatura original dos titulares da conta (sem a qual naã o eá
possíável realizar a sua movimentaçaã o).
Modalidades de conta
GUIA DE DEPÓSITO
O depósito bancário
O depoá sito bancaá rio aparece habitualmente, mas naã o obrigatoriamente, associado aà abertura
de conta. Atraveá s do depoá sito, o cliente entrega os seus fundos aà guarda de um determinado
Banco e recebe, em contrapartida, uma remuneraçaã o (o juro) que dependeraá do tipo de
depoá sito efectuado.
ÉÉ a diferença entre o total dos depoá sitos bancaá rios e os creá ditos que o Banco tenha sobre o
cliente que nos daá o saldo da conta corrente bancaá ria.
ÉÉ importante distinguir:
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O depoá sito de valores.
Quando o cliente entenda, por razoã es de segurança, guardar no Banco um determinado bem
(joá ias, objectos de arte, uma colecçaã o de moedas, tíátulos nominativos, outros documentos,
etc.), ele pretende que lhe seja devolvido exactamente esse bem. É o Banco, naturalmente, naã o
pode usar esse mesmo bem na sua actividade.
Neste caso, o Banco pode utilizar o capital depositado pelos clientes na sua proá pria actividade.
O nosso estudo refere-se exclusivamente ao depoá sito em dinheiro.
Modalidades de depósito
AÀ ordem;
Com preá -aviso;
A prazo;
A prazo naã o mobilizaá veis;
Ém regime especial.
Analisemo-los.
Nos depósitos à ordem, o dinheiro depositado pode ser retirado pelo cliente em qualquer
momento. Ém princíápio, os depoá sitos aà ordem vencem juros anualmente, a taxas bastante
baixas. Note, contudo, que os Bancos naã o saã o obrigados a pagar juros pelos depoá sitos aà ordem.
Nos depósitos com pré-aviso, o cliente soá pode retirar o seu dinheiro apoá s o decurso de um
períáodo de preá -aviso acordado com o Banco.
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Nos depósitos a prazo, o cliente apenas pode movimentar o seu dinheiro no fim do prazo
acordado; em certas situaçoã es os Bancos podem autorizar o levantamento antecipado do
dinheiro mas, nesse caso, o cliente seraá obrigado a pagar as correspondentes taxas de
mobilizaçaã o (importaê ncias cobradas pelo Banco em virtude do reembolso antecipado do
dinheiro depositado). Ém princíápio, soá pode realizar depoá sitos a prazo o cliente que jaá possua,
no mesmo Banco, um depoá sito aà ordem. O depoá sito a prazo pode ser realizado directamente
ou por via de transfereê ncia de fundos da conta aà ordem.
A remuneraçaã o (juro) do depoá sito a prazo depende do prazo e das caracteríásticas do depoá sito
(designadamente, de ser mobilizaá vel antecipadamente ou naã o).
Os depósitos a prazo não mobilizáveis saã o, precisamente, aqueles nos quais naã o se admite a
antecipaçaã o do levantamento em relaçaã o ao prazo previsto.
Aleá m destes, podem ainda existir depoá sitos com um regime diferente (regime especial)
desde que autorizados pelo Banco de Portugal.
Contas poupança-habitaçaã o;
Contas poupança - reformados;
Contas poupança - condomíánio;
Contas de emigrantes.
Guia de depósito
Para cada uma das modalidades de depoá sito indicadas pode existir uma diferente guia de
depoá sito.
A guia de depósito eá :
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O documento, impresso em duplicado, atraveá s do qual o cliente realiza a entrega do dinheiro
ao Banco; e do qual constam, obrigatoriamente, pelo menos as seguintes menções:
O cliente fica sempre com o duplicado da guia de depósito, o qual, depois de correctamente
autenticado pelo Banco, funciona como comprovativo da realização do depósito.
No caso especíáfico dos depoá sitos a prazo (mobilizaá veis ou naã o mobilizaá veis), o Banco eá ainda
obrigado a entregar ao cliente um outro documento: trata-se do título nominativo
representativo da existência do depósito e do qual devem constar:
Transferência bancária
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O depoá sito bancaá rio pode ser realizado atraveá s de uma transfereê ncia bancaá ria. Na sua forma
mais simples, a transferência bancária eá uma mera deslocaçaã o de fundos de uma conta
bancaá ria para outra conta bancaá ria.
Ém qualquer dos casos, as transfereê ncias bancaá rias podem traduzir pagamentos ou cobranças.
Nos pagamentos, o cliente manda pagar uma determinada díávida atraveá s da sua conta
bancaá ria.
Nas cobranças, o cliente realiza os seus creá ditos atraveá s da conta bancaá ria.
Éxemplo destas situaçoã es eá o pagamento mediante transfereê ncia bancaá ria das facturas de
fornecimento de aá gua, electricidade ou telefone: atraveá s da transfereê ncia bancaá ria a entidade
fornecedora do serviço realiza a cobrança e o cliente concretiza o pagamento.
CADERNETA DE CHEQUES
A mateá ria respeitante ao cheque encontra-se jaá suficientemente estudada. Neste momento
importa apenas realçar alguns aspectos.
A entrega de moá dulos individuais constitui a praá tica normal relativamente aos clientes
particulares.
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A entrega do livro/caderneta constitui a prática normal relativamente aos clientes
comerciais (empresas, individuais ou colectivas), o que lhes permite um controlo mais
efectivo e imediato (atraveá s dos duplicados que manteê m na sua posse) do seu movimento de
emissaã o de cheques.
Noção
Jaá sabemos que, em geral, o lançamento em conta corrente de bens diferentes de dinheiro se
presume feito com a claá usula «salva cobrança»: significa isto que esse lançamento só é
efectivo depois de ter ocorrido a boa cobrança e a consequente transformaçaã o do bem em
dinheiro.
Éste problema naã o se poã e no caso específico da conta corrente bancária, pois nesta os
movimentos são sempre em dinheiro.
Pela sua proá pria natureza, a conta corrente bancaá ria implica a emissão contínua de saldos
(sempre que ocorra qualquer movimento na conta do cliente), sob a forma de extractos de
conta.
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Ém princíápio, o saldo é sempre favorável ao cliente ou, na pior das hipoá teses, igual a zero.
Nos casos em que o saldo se altere e passe a ser favoraá vel ao Banco entramos no campo da
concessão de crédito.
Jaá vimos que o Banco pode conceder creá dito aos seus clientes atraveá s da operaçaã o de
desconto de títulos de creá dito.
Vamos agora analisar, numa perspectiva mais geral, os modos de concessaã o de creá dito.
Fala-se em abertura de crédito para significar a situaçaã o na qual o Banco coloca ao dispor de
um seu cliente, por certo períáodo de tempo, os capitais necessaá rios, ou ateá determinado limite,
para provir ao auxíálio financeiro deste.
No respeito pela lei, os Bancos teê m a liberdade de ajustar com cada cliente as condiçoã es que
melhor se adaptem ao caso concreto em anaá lise, atendendo aà s garantias que lhe saã o oferecidas
pelo cliente e assim definindo o creá dito que este merece.
Crédito em conta
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A primeira modalidade a referir eá a do creá dito em conta.
Nesta forma de concessaã o de creá dito o Banco coloca aà disposiçaã o do cliente, através da sua
conta bancária, um determinado montante que o cliente poderaá usar, ou naã o, de acordo com
as condiçoã es acordadas.
Tradicionalmente esta situaçaã o dependia de um pedido expresso feito pelo cliente. Hoje em
dia, poreá m, fruto da grande competitividade e da políática comercialmente agressiva das
instituiçoã es de creá dito, tornou-se praá tica corrente os Bancos disponibilizarem certas verbas
(naã o muito elevadas) aos seus melhores clientes, independentemente de qualquer pedido por
parte destes.
A concessaã o deste tipo de creá dito poderaá ou naã o ficar dependente da prestação de garantias
pelo cliente. Nos casos em que a concessaã o de creá dito parta da iniciativa do Banco tais
garantias naã o deveraã o ser pedidas jaá que o creá dito eá concedido com base na confiança de que
o cliente se mostrou merecedor perante o Banco (eá o caso das chamadas contas-ordenado).
Jaá nos casos de solicitaçaã o de creá dito por parte do cliente (e, designadamente, a partir de
certos montantes de creá dito), eá normal que lhe seja solicitada uma garantia (por exemplo, a
emissaã o de uma livrança em branco).
Aleá m disso, o Banco pode ainda exigir a assinatura de outras pessoas ou entidades
(avalistas ou fiadores) de forma a melhor acautelar a reposiçaã o do creá dito concedido.
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Caso utilize o creá dito (no todo ou em parte), o cliente deveraá depois devolveê -lo, no prazo
acordado, acrescido dos juros devidos ao Banco, face ao caso concreto. Ém princíápio, esse
reembolso deve ocorrer numa uá nica operaçaã o; mas, em certos casos o Banco pode aceitar que
a devoluçaã o do capital se faça em “prestaçoã es”.
A concessaã o de creá dito pode ter por base a celebração de um contrato de mútuo no qual se
estipula um montante fixo de capital a emprestar e um plano financeiro dos pagamentos
(incluindo a refereê ncia da taxa de juros) a realizar pelo cliente.
A principal diferença desta forma de concessaã o de creá dito decorre do facto de, ao contraá rio do
que acontecia com a conta corrente, o cliente não poder movimentar livre e directamente
a conta.
Naã o eá o cliente que decide, em cada momento, qual o montante a utilizar ou, inclusivamente, a
naã o utilizaçaã o do capital; eá o Banco que lhe entrega o capital o qual teraá de ser reembolsado
nas condiçoã es e prazos previstos, independentemente de ser utilizado ou naã o.
Ésta forma de creá dito estaá , praticamente sempre, sujeita a garantias (designadamente,
hipotecas de bens imoá veis).
Normalmente, o reembolso eá feito em “prestaçoã es”/amortizaçoã es, mensais (eá o mais habitual),
trimestrais ou semestrais.
Referimos atraá s que, em princíápio, o saldo da conta bancária é sempre favorável ao cliente
ou, na pior das hipoá teses, igual a zero.
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Quando assim naã o acontece, e o saldo eá negativo, daá -se o chamado descoberto: os fundos do
cliente não são suficientes para cobrir os débitos realizados na conta.
Ésta situaçaã o constituiraá , na maior parte dos casos, uma ilegalidade: o cliente naã o pode (naã o
deve) utilizar dinheiro que naã o tem.
O creá dito a descoberto, apesar de poder estar previsto logo no contrato de abertura de conta,
dependeraá , em regra, de uma decisaã o do Banco, face ao caso concreto.
Assim, o Banco autoriza o cliente a realizar deá bitos em valor superior ao saldo existente na
conta, com a condiçaã o de no prazo acordado (normalmente, muito curto) o cliente repor o
dinheiro em falta.
O creá dito a descoberto pode ser remunerado ou naã o. Tudo depende da decisaã o do Banco que
tem o direito de cobrar juros mas, em muitos casos, tratando-se de situaçoã es excepcionais ou
de clientes especiais, poderaá naã o o fazer.
Por vezes os Bancos saã o solicitados por alguns clientes a emitirem declarações que
aumentem a confiança e a credibilidade que o mercado concede a estes clientes.
Nestes casos, ao menos num momento inicial, o Banco naã o entrega quaisquer fundos ao
cliente, limitando-se a “emprestar-lhe” o seu bom nome.
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Recordando o que se disse a propoá sito do aval nas letras, eá faá cil compreender o aval bancário.
Trata-se de um caso especíáfico de aval (de um qualquer tíátulo de creá dito) em que o avalista eá o
Banco.
Como tambeá m jaá havíáamos mencionado, o aval do Banco confere ao tíátulo uma maior
credibilidade (e circulabilidade) pois o seu desconto bancaá rio fica muito facilitado pela
circunstaê ncia de um dos obrigados ser uma entidade que, sem duá vida, cumpriraá com o
pagamento.
Atraveá s dela o creá dito concede um crédito eventual: o Banco garante que se o seu cliente naã o
cumprir uma certa obrigaçaã o, ele, Banco, cumpri-la-aá .
A tíátulo de exemplo, a garantia bancaá ria eá muito usada na celebraçaã o de contratos de
empreitadas:
EXTRACTO DE CONTA
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O extracto de conta eá o documento que o Banco envia ao cliente, para efeitos de conferência,
e no qual inscreve todos os movimentos realizados na conta durante um determinado períáodo.
O cliente deve proceder aà anaá lise cuidada do extracto, contactando o Banco em caso de duá vida
ou reclamaçaã o.
Normalmente os documentos de extracto conteê m, no verso, uma claá usula do tipo «as
reclamaçoã es relativamente aos movimentos lançados no extracto de conta, devem ser
apresentadas no prazo de x dias contados da data de recepçaã o do extracto» ou equivalente.
Generalidades
O contrato de emissaã o de cartoã es bancaá rios pode constar do proá prio formulaá rio de abertura
de conta ou, o que eá mais normal, de formulário autónomo, com diferentes claá usulas
conforme o tipo de cartaã o que estiver em causa.
O cartaã o bancaá rio assume-se, em primeiro lugar, como um importante meio de pagamento,
nessa medida se afirmando como futuro e provaá vel sucessor natural dos cheques.
O cartaã o bancaá rio consiste num rectângulo de plástico, normalizado, com 86 por 54 mm e
0,76 mm de espessura que, para aleá m dos elementos identificativos do Banco emissor,
identifica o nome e o nuá mero do cliente e deve ser por este assinado no verso (nalguns casos,
o cartaã o apresenta no verso a fotografia do cliente).
O cartaã o bancaá rio eá ainda constituíádo por uma faixa magneá tica (no seu verso), na qual se
encontram inseridos elementos como:
O nome do cliente;
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O nuá mero de conta;
O PIN (no ingleê s original, personal identification number, o PIN
constitui o coá digo de acesso, composto por 4 nuá meros, conhecido
apenas do cliente e que este deve memorizar pois sem o PIN o cartaã o
naã o funcionaraá nas maá quinas automaá ticas).
Cartoã es de levantamento;
Cartoã es de crédito.
Cartão de levantamento
O cartão de levantamento eá utilizado nas maá quinas automaá ticas ATM (automated teller
machine, no ingleê s original, terminais de pagamento automaá tico ou TPA, em portugueê s ), as
mais habituais entre noá s e que aleá m dos levantamentos permitem realizar outras operaçoã es, e
CD (cash dispenser), apenas para levantamentos.
O cartaã o eá simplesmente introduzido na ranhura da maá quina, apoá s o que as instruçoã es para o
momento inicial da relaçaã o entre o Banco e o cliente ocorre no momento da abertura de conta.
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