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Cadernos PDE
Resumo: Este artigo apresenta uma sistematização do PDE e os resultados obtidos da experiência
pedagógica desenvolvida em sala de aula, tendo como título Literatura e outras linguagens: alamedas
à formação de leitores críticos. Através dessas formas de arte, foi possível entrar em contato com
temas humanos complexos de forma prazerosa. Isso contribuiu para que o aluno entendesse melhor
a si mesmo, o outro e compreendesse a sociedade capitalista em que vivemos, na qual as pessoas
são levadas ao individualismo. Para a aplicação desse Projeto de Implementação, embasou-se no
Método Recepcional, segundo sugestão nas Diretrizes Curriculares Estaduais (2008), adaptando-o
conforme necessário. Nessa investigação buscaram-se referências nos autores Tzvetan Todorov,
Antonio Cândido, DCES, entre outros. Dessa forma, este artigo contempla os três momentos
vivenciados no PDE, destacando a implementação, a qual culminou nesta reflexão sobre a prática.
Essa proposta foi desenvolvida com os alunos do Ensino Médio, no Colégio Estadual Padre Carlos
Zelesny, em Ponta Grossa, Paraná. Percebeu-se que este projeto veio contribuir de forma
significativa à vida desses adolescentes, já que houve um despertar para as artes literárias e visuais,
um olhar reflexivo às músicas de sua preferência e também àquelas propostas nas atividades.
1. Introdução
A formação do leitor é um dos objetivos do Ensino Básico, devendo, portanto,
ser preocupação constante na disciplina de Língua Portuguesa. Contudo,
enfrentamos muitas dificuldades para formar esse leitor. Além disso, o trabalho com
a Literatura no Ensino Médio, embora seja previsto nas Diretrizes Curriculares
Estaduais, tem contribuído de forma insuficiente na formação do ser humano. Isso é
visível entre nós professores de Língua Portuguesa, uma vez que existe uma
preocupação em ensinar para o PSS e o Vestibular, organizando planejamentos
numa sequência que parte das origens literárias à contemporaneidade.
Nessa perspectiva, Todorov (2009, p. 27) diz “Ler poemas e romances não
conduzem à reflexão sobre a condição humana, sobre o indivíduo e a sociedade, o
amor, a alegria, o desespero.” Assim, ao refletir sobre os atores do Ensino Médio e
as angústias vivenciadas no cotidiano escolar, nasceu essa proposta desafiadora,
Professora do Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná da disciplina de Língua
Portuguesa, com especialização em Interdisciplinaridade na Educação Básica e, em Arte Educação,
participante do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE 2014.
Professora Orientadora PDE. Professora Doutora da Universidade Estadual de Ponta Grossa –
UEPG; Departamento de Letras Vernáculas.
contudo, imperativa para que fosse possível uma aproximação às características
desses sujeitos em formação. Acreditando ser prazeroso trabalhar as linguagens de
forma interdisciplinar, busquei neste Projeto, produzir um material que possibilitasse
ao aluno fazer reflexões e que isso o levasse a correlacionar os assuntos com outras
áreas de conhecimento, favorecendo assim seu crescimento intelectual e humano.
A compreensão das atitudes do homem nas suas relações com o outro, com
a natureza, enfim, dele com o mundo, constituem tarefa muito complexa. Por isso,
essa alternativa para o trabalho com a literatura em sala de aula conectada a outras
linguagens foi elaborada embasando-se no Método Recepcional, adaptando-o
conforme necessário, segundo sugestão nas Diretrizes Curriculares Estaduais
(2008). Como nesse método, a tarefa do professor é a de propor leituras mais
próximas do gosto do aluno, iniciou-se com textos musicais da preferência desse
adolescente e, num processo gradual, apresentou-se textos que o distanciassem de
seu universo de referências.
Desta forma, este artigo apresenta a Implementação da Produção Didático-
Pedagógica realizada com alunos do Ensino Médio – 1º Ano, no Colégio Estadual
Padre Carlos Zelesny, em Ponta Grossa. Não houve nenhuma intenção, porém, em
exaurir esta investigação, uma vez que todo conhecimento produzido sempre poderá
ser expandido e novas conclusões podem ser elaboradas. Assim, foram elencadas
sugestões que pudessem contribuir no desenvolvimento da consciência crítica do
educando, sobre sua realidade social através da leitura reflexiva de textos literários,
musicais e artes visuais com a aspiração de que se ampliasse seu horizonte de
expectativas e, consequentemente sua visão de mundo.
Embora a literatura utilize outras áreas do conhecimento para haja
compreensão efetiva dessa linguagem, ainda assim o aluno não está habituado com
o trabalho interdisciplinar. Por isso, a metodologia que permeou essa prática, além
de despertar o interesse do leitor, procurou provocá-lo também, conforme se
apresenta a seguir.
Na Seção 1 “O que é Arte”, a sensibilização do aluno ocorreu conforme o
objetivo proposto: colocá-lo em contato com A Literatura e outras Linguagens
através da organização da sala – encartes de obras Visuais distribuídos em varais;
textos literários: poemas, contos, crônicas, romances; com fundo musical clássico –
tudo isso para apreciação e fruição. Nesse ambiente diferenciado, apresentei o
Projeto aos alunos, o qual trouxe de imediato várias indagações e certa surpresa.
Mesmo assim, houve alguns alunos que não se interessaram, fazendo comentários
como: “O que isso tem a ver com a matéria de Português?” Devido à agitação dos
alunos, não foi possível ouvir os relatos, segundo sugestão dada nesta seção 1. Por
isso, depois da apreciação e fruição solicitei à turma que registrasse suas
impressões e considerações através de um texto opinativo. Alguns trechos das
considerações realizadas pelos alunos a seguir:
a) “[...] momento único, primeira vez na escola, a sala parecia um museu, um
pouco inquieto, mas deu para apreciar as obras expostas a turma. Só
acho que nossa escola deveria ter mais momentos assim”.
b) “A música hum... era ótima, muito tranquila. Mas uma colega disse: ‘Seria
mais interessante se todos colaborassem’; concordo plenamente com ela.
Espero que tenha mais aula desse tipo”.
c) “Pra mim foi uma coisa nova, nunca tinha visto nada igual. As obras são
legais, algumas são estranhas”.
Em cada temática, de certa forma, foram exploradas as cinco etapas do Método
Recepcional; como poderá ser verificado nos relatos mais adiante.
d) “A ideia da professora foi interessante ao trazer coisas novas, mudando o
ambiente escolar”.
e) “Foi muito interessante, mas se a turma colaborasse seria muito legal”.
Sabemos que a linguagem artística é polissêmica, admite uma pluralidade de
sentidos, apelando à nossa capacidade para descobri-los. Como percebi que muitos
alunos possuíam dificuldades para interpretar, as atividades seguiram num ritmo
lento para que houvesse maior compreensão. Na sequência trabalhou-se com o
poema de Ferreira Gullar “Traduzir-se”, o qual trouxe muitas indagações sobre a
Arte.
Uma parte de mim
É todo mundo:
[...]
Foi disponibilizada ao aluno a biografia do autor, destacando sua contribuição
como prenunciador dos movimentos de vanguarda através da publicação do livro A
Luta Corporal. Na sequência, para despertar emoções, fazendo com que o aluno se
aproximasse da poesia prazerosamente, apresentamos o poema através de uma
leitura dramatizada, só a partir disso, houve indagação ao aluno sobre o que seria a
Arte em sua concepção.
Dando continuidade às reflexões, o aluno pode aumentar sua percepção
ouvindo a música “Traduzir-se” interpretada por Fagner. A partir disso, exploraram-
se alguns conceitos de arte. E como provocação, destaque à obra de Marcel
Duchamp – Fonte – será que podemos chamar esse objeto de arte?
Na explanação dos elementos distintos da arte visual, literária e musical
retomaram-se as linguagens através dos textos já apresentados, exemplificando
essas distinções.
Conforme as DCES (2008, p.50) “as práticas discursivas abrangem, além dos
textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens
(multiletramentos).” Como a preferência do adolescente pela música tornou-se
evidente na sociedade pós-moderna, decidiu-se optar também pela utilização dessa
linguagem para o ensino da literatura. Utilizou-se música contemporânea que
fizesse parte do cotidiano do aluno e que fosse de sua preferência. Em seguida, o
objetivo foi oportunizar músicas de outras épocas no questionamento e ampliação
de suas expectativas. Assim, investigou-se a preferência musical do aluno através
de entrevistas conhecidas como Bate-Bola: entrevistas curtinhas, pergunta-resposta.
Nesse momento, indagou-se ao aluno: você sabia que por muito tempo, até o final
da Idade Média, as poesias eram feitas para serem cantadas? A partir disso,
solicitou-se ao aluno a música preferida dele: letra; áudio. Além disso, breve
biografia cantor/compositor, marcando uma data para entrega dessa pesquisa,
explicando à turma que ela seria necessária para o desenvolvimento da terceira
seção desse projeto.
De acordo com Silva (2002 apud DCES, 2008, p. 74) “O ensino da prática de
leitura requer um professor que além de posicionar-se como um leitor assíduo,
crítico e competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler”. Segundo as
(DCES, 2008, p. 74).
Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de aula,
as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e
as sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos
cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras do educando.
Como estratégia para diagnosticar o interesse do aluno pela arte literária,
organizou-se visitas às bibliotecas da Escola, UEPG e Municipal, as quais os alunos
gostaram muito. Foi sugerido a eles que procurassem o romance – Pequeno
Príncipe para leitura, havendo grande interesse pela obra de Antoine de Saint-
Exupéry. Os alunos apreciaram muito a aula-passeio e iniciaram a leitura do
romance com entusiasmo.
Na segunda seção, uma investigação, através da oralidade, sobre o gosto
poético do aluno objetivou sensibilizá-lo à linguagem presente (arte poética) nos
textos tanto em prosa como em verso. Para isso a crônica – Se eu fosse pintor, de
Cecília Meireles contribuiu de forma decisiva, uma vez que esse texto permite
visualizar com mais facilidade a presença da poesia na prosa. A partir disso, foi
possível maior compreensão ao aluno de que só se produz um texto literário quando
a intenção do escritor vai além da mera informação ou de uma proposta de reflexão
sobre a condição humana. Sua intenção também deve estar voltada para a própria
elaboração da mensagem, selecionando e combinando as palavras de uma forma
muito especial. Dando continuidade a estas reflexões foi possível indagar: poesia e
poema querem dizer a mesma coisa? Salientando sempre a presença da linguagem
conotativa na arte literária.
Também nesta seção, usando procedimentos de leitura que viesse contribuir
na formação do leitor, destacaram-se as características dos gêneros de forma a
fazê-los diferenciar pintura, poema e crônica. Como ruptura do horizonte de
expectativas, interpretou-se a obra “A Negra”, de Tarsila do Amaral; e o poema “Pai
João” de Jorge de Lima. Nessa análise foi possível identificar que, ao criar, somos
dominados pelo sentimento do belo, e isso é poesia. Desse modo, não só os
poemas, mas uma paisagem, uma pintura, uma foto, uma dança, um gesto, um
conto, uma crônica, por exemplo, podem estar carregados de poesia. A partir desses
textos foi possível perceber maior envolvimento dos educandos com as atividades
propostas.
Dando continuidade a esta Implementação, a terceira seção, intitulada
“Relações sociais – Intolerância”, leva a identificação das atitudes humanas através
da análise de quatro textos. O primeiro, a letra musical “O Lobo”, de Pitty; o
segundo, “Guernica”, de Pablo Picasso; o terceiro capítulo LIX – “Um encontro” e
capítulo LX – “O abraço”, ambos da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de
Machado de Assis; o último, “O homem é o lobo do homem”, frase do filósofo inglês
Thomas Hobbes.
Ao iniciar esta seção, para atrair a atenção do aluno, organizou-se a turma em
equipe, a qual estava de posse do material solicitado na primeira seção: letra da
música preferida e, também, breve biografia do cantor/compositor. Em seguida, a
orientação era que elegessem uma das músicas do grupo para analisá-la. Desse
modo, sugeriu-se que procurassem descobrir que sentimentos aquela letra musical
despertava no leitor e que assunto era abordado. Além disso, orientou-se para que
observassem, considerando os textos já trabalhados nesta implementação, se havia
semelhança quanto à organização em versos e estrofes.
Ao longo dessa implementação verificamos alunos desinteressados, mesmo
quando trabalhamos com a preferência musical, alguns nem assim se motivaram.
Contudo, uma aluna ao analisar sua música preferida “Lepo lepo”, ficou muito
desapontada. Ao avançar nessa seção houve compreensão da maioria de que na
música são explorados todos os nossos sentimentos do dia a dia. Além disso,
conforme o desenvolvimento das atividades com essa linguagem, o aluno interou-se
de que nela também há polêmicas, protestos, registram-se acontecimentos que
estão ao lado daquele que escreve e interpreta a música, assim como ao redor
daqueles que as ouvem. Isso foi mais visível depois que ouviram e refletiram sobre o
tema apresentado na letra musical de Pitty. Conclusões de alguns alunos ao finalizar
essa seção:
“O homem é inimigo de si mesmo”;
“O homem pode ter se desenvolvido, mas sua ignorância continua a mesma. Uns
acham que não, pois sua ignorância e seu egoísmo não o deixam ver a realidade”;
“O homem não tem compaixão mata sua própria espécie”;
“Os homens são tão cruéis!”;
“Nós continuamos fazendo as mesmas coisas erradas assim como os nossos
ancestrais”;
“Os homens estão cometendo os mesmos erros do passado”.
A Quarta seção oportunizou observações referentes ao processamento das
relações familiares em textos de diferentes gêneros. O primeiro, uma letra musical
“Pais e Filhos”, de Legião Urbana; o segundo, “As mãos de meu filho”, de Érico
Veríssimo, o terceiro, “O Peru de Natal” de Mário de Andrade, o quarto, um trecho
de “HAMLET”, DE William Shakespeare.
Foi possível a identificação do papel paterno no âmbito familiar, a localização
de informações explícitas indicativa das atitudes humanas nos diversos contextos
familiares. Tudo isso culminou na produção de um texto narrativo, no qual o aluno
pode expressar seus conflitos familiares. Na verdade, o aluno conseguiu através
dessas linguagens artísticas desabafar, demonstrando assim uma melhor
compreensão de sim mesmo e da realidade que o cerca.
A relação interpessoal, temática da quinta seção, sofreu alterações, já que
além do ritmo lento, devido às dificuldades do aluno para interpretar, conforme
relatado na primeira seção, ainda tivemos um semestre atípico – Copa do Mundo.
Isso justifica o fato de que os textos selecionados para esta seção fossem
orientados como pesquisa pelos alunos. Por isso, a letra musical “Monte Castelo”,
composição de Renato Russo; trecho Bíblico do Apóstolo Paulo (“1 Coríntios 13:1-
12”); “Almas perfumadas”, de Drummond direcionaram-se apenas a leituras
extraclasse.
Para essa seção também se planejou, a partir da leitura do romance “O
Pequeno Príncipe” – atividade extraclasse, cuja proposição se deu na seção 1 –
envolver os alunos na escrita de um roteiro da cena referente a um trecho dessa
obra de Antoine de Saint-Exupéry. No entanto, não houve tempo hábil para
conclusão essa atividade.
A última seção “Leitura de múltiplas linguagens” investiu-se numa
metodologia diferenciada oportunizando um passeio ao Museu Oscar Niemeyer. Isso
possibilitou a compreensão da arte como saber cultural e estético e, sobretudo
ampliou a visão de mundo dos alunos. Além disso, levou-os a perceber a riqueza da
produção estética humana. Desse modo, essa seção trouxe contribuições
expressivas a essa Implementação. Em cada olhar do discente percebia-se um
brilho novo. E como a duração da visita era de quatro horas, alguns alunos ansiosos
indagavam: “Professora, será que haverá tempo para apreciarmos todas as obras”?
Outros afirmavam: “Professora, precisamos de mais tempo para fruição”. Constatou-
se que houve ampliação do horizonte de expectativas.
Todas essas reflexões culminaram para uma produção, a qual poderia ser
de um poema ou um conto, dando aos alunos algumas opções de tema, como “As
relações familiares; O amor; Tem gente com cheiro de sol quando acorda”? E
fechando esta implementação, oportunizou-se uma autoavaliação oral, na qual os
alunos comentaram sobre a sua aprendizagem durante o projeto. Destaque a
algumas produções escritas nessa fase final.
Aluno 01:
O Amor
Eu queria amar
Mas existe a traição
Eu queria voar
Mas não tenho asas
Eu queria chorar
Mas não tenho forças
Mas para tudo isso existe
uma solução: amar com o coração,
voar com o pensamento
e chorar com emoção.
Aluno 02:
As pessoas não sabem amar
Existe um clima de ódio no ar
As pessoas não sabem o que é amor
As famílias estão perdendo seu valor!
5. Referências bibliográficas
AMARAL, Tarsila. A Negra, 1923. – Disciplina - Arte. Disponível em http://www.arte.
http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/artista
s/tarsila/obras.htm.
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redação. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2000.
LEGIÃO Urbana. Direção: Adriano Goldman. Produção: Legião Urbana. São Paulo:
Rafael Borges. 1992. 1 DVD.
O LOBO – Pitty| Letras. mus.br. Disponível em http://letras.mus.br/pitty/69129/.
Acesso em 26/11/14.
PICASSO, Pablo. Guernica- pintura-InfoEscola. Disponível em http://www.infoescola.
com/pintura/guernica/. Acesso em 26/11/2014
PITTY: A trupe delirante no circo voador. Direção: Ricardo Spencer. Produção:
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SAINT-EXUPÉRY, Antoine. O Pequeno Príncipe. 26º edição. Rio de Janeiro: Agir,
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SHAKESPEARE, William. Capítulo VI. In:_______. Hamlet. 2ª edição. São Paulo:
Scipione, 2002. p.23- 28.
SILVA, Ezequiel Theodoro. A PRODUÇÃO DA LEITURA NA ESCOLA: pesquisa x
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SOUZA, Ana Lúcia Silva; CORTI, Ana Paula; MENDONÇA, Márcia.
LETRAMENTOS: no ensino médio. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.