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PROJETO CRIANÇA VIVA

APRESENTAÇÃO

Base legal do Projeto:


Estatuto da Criança e do Adolescente
Capítulo I
Disposições Gerais

Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através
de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

O QUE É O PROJETO CRIANÇA VIVA?

O Projeto Criança Viva, está inserido no Eixo de Proteção à família da Fundação Cidade
Viva, e tem como objetivo principal formar uma rede entre pessoas da sociedade civil para
defender os direitos das crianças e adolescentes, especialmente aqueles em Instituições
de Acolhimento, em parceria com a Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, PB.

O Projeto Criança Viva atua em 3 frentes:


1. Programa Renascer – em desenvolvimento - apoio a mulheres em gravidez
indesejada, prevenção ao aborto e abandono de bebês, apoio a adoção.

2. PROGRAMA DE APADRINHAMENTO - atende as crianças institucionalizadas


principalmente integrando-as à sociedade, proporcionando convivência familiar e
comunitária, possibilitando a criação de vínculos afetivos e também referências de
pessoas de fora do abrigamento. Principalmente com as crianças sem vínculo
familiar.

3. Projeto Caminhar – em desenvolvimento – preparação dos adolescentes,


especialmente aqueles institucionalizados, através de ministrações sobre cidadania,
comportamento, educação, entrada no mercado de trabalho e profissionalização.
Apoio ao desligamento da instituição.

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PROJETO CRIANÇA VIVA

APADRINHA CAMINHAR
RENASCER MENTO

PROGRAMA DE APADRINHAMENTO Criança Viva, funciona através de 3 tipos de


padrinhos:

APADRINHA
MENTO

PROVEDOR SERVIDOR AFETIVO

Padrinho PROVEDOR
Estes são os que contribuem financeiramente com a Fundação Cidade Viva, que destinará
os recursos às necessidades de uma criança especifica, quando o padrinho assim indicar,
ou às demandas do Projeto em geral.

Padrinho SERVIDOR
O apadrinhamento servidor surgiu da necessidade da comunidade de uma aproximação
gradativa com as crianças. As atividades são sempre em grupos, abordando temas
específicos a cada mês. Os padrinhos fazem atividades lúdicas, orientadas sempre no
sentido de restaurar a dignidade e melhorar a auto-estima das crianças institucionalizadas.

O padrinho servidor também poderá prestar outro tipo de serviço específico como: aulas
de teatro, reforço escolar, dança, também pode usar sua formação para cuidar. Ex.
Médico, dentista, marceneiro, cabeleireira, administrador etc.
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Padrinho AFETIVO

Este é o objetivo maior do programa, este padrinho se tornará um mentor, um ponto de


apoio na vida da criança. O padrinho afetivo visitará regularmente a criança/adolescente,
se interessará pelas suas questões pessoais, como desenvolvimento, saúde, bem-estar,
escolaridade, etc. Quando permitido, poderá levar para passar final de semana, feriados ou
férias escolares em sua companhia, desde que satisfeitos todos os passos de cadastro.
Objetivo principal é criar vínculos com famílias de fora do abrigo, para que a criança sinta
proteção, receba carinho, valores morais cristãos, e melhoria da auto-estima.

Alvos alcançados de Setembro de 2009 a Maio de 2010


(1ª. Reunião dos padrinhos 14/09/2009)

1. Cadastro de 104 padrinhos de diversos tipos, e reuniões mensais com os padrinhos


servidores e afetivos.
2. Possibilitada a reintegração familiar de 1 adolescente abrigada através da doação
de mantimento mensalmente.
3. Festa do dia da criança abrigo Missão Restauração.

4. Curso de preparação de padrinhos em 3 módulos iniciais, que atualmente são


revisados mensalmente pelos novos padrinhos que chegam ao grupo.
5. Modificação da propaganda de móteis da cidade que veiculavam personagens
infantis.
6. Profissionalização de uma jovem abrigada que atingiu a maioridade.
7. Atendimento psicológico semanal em consultório particular, para uma criança com
grave problema psicológico.
8. Atendimento médico e óculos a uma criança com séria dificuldade na visão.
9. Festa de Natal para crianças de 4 instituições no Popótamus.

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10. Mobília das 2 salas de estudos do Abrigo Manaíra.
11. Ministrações temáticas sendo aplicadas quinzenalmente em 5 abrigos, através de
exibição de filmes, desfile de modas, artes, teatro, dança, etc.
12. Aulas de inglês sendo ministradas 2 vezes por semana no Abrigo Manaíra.
13. Escotismo para as crianças do Missão Restauração.
14. Reforço escolar sendo aplicado no Missão Restauração e Reviver (Cabedelo).
15. Apresentação sobre segurança feita no Morada do Betinho com a presença de uma
juíza e um Major da Polícia Militar juntamente com um soldado.
16. Em fase de conclusão e viabilização, os programas Renascer e Caminhar.

ABRIGOS ABRANGIDOS ATÉ MAIO DE 2010


• Lar da Criança Jesus de Nazaré (João Pessoa)
• Morada do Betinho (João Pessoa)
• Abrigo Manaíra (João Pessoa)
• Missão Restauração (João Pessoa)
• Reviver (Cabedelo)

PERGUNTAS FREQUENTES:

1. O que é uma Instituição de acolhimento?


Instituição pública ou privada (ONG) que acolhe crianças e adolescentes em
situação de risco social.

2. Quais motivos que levam as crianças às Instituições ?

Hoje o maior público dos abrigos são crianças cujas famílias se encontram fragilizadas por
sua situação social. Encontramos casos dos mais diversos, que passam na maioria das vezes
por violência doméstica, sexual, dependência química, miserabilidade, vivência de rua, e ao
contrário do que se imagina, o menor percentual são casos de orfandade.

3. Porque as crianças passam tanto tempo nas Instituições, e o que mudou com a
nova lei da adoção ?
Quando todas as tentativas de reintegração familiar são frustradas, inclusive com a
família extensa (tios,avós etc.) , a criança deverá ser destituída do poder familiar e
entrar para o cadastro nacional da adoção. Todo este processo que antes levava muitos
anos, agora com a nova lei da adoção tem um limite de 2 anos. Infelizmente, após este
período muitas vezes a criança já saiu do perfil da maioria dos adotantes, como mostra
a estatística abaixo:

Em Abril de 2009 existe no Brasil:

*14574 pretendentes no sistema de adoção


*e 2060 crianças/adolescentes disponíveis
*faixa etária média dos disponíveis é de 12 a 14 anos
*38.97% só aceita adotar crianças brancas
*existem 5132 pretendentes para 1 menina branca sem irmãos e de até 12 meses 4
*22 pretendentes que aceitariam 1 menino negro de 8 anos com 1 irmão ou irmã
*há 319 grupos de irmãos cadastrados , alguns de 6,7 e até 8 irmãos
*todavia 84,17% dos pretendentes se inscreveram para adoção de 1 só criança

Fonte: Dra. Cristiana Corediro - Juiza de Direito da Inf. e Juv. do Rio de Janeiro

4. Qual a diferença entre Apadrinhar x Adotar?

Adotar uma criança é torná-la sua filha com todos os direitos e deveres legais.
Apadrinhamento é uma medida extra-judicial para apoiar uma criança.

5. O padrinho pode adotar o afilhado?

O apadrinhamento não servirá para “furar a fila” da lista de espera para adoção. Os
cadastros de adoção e apadrinhamento são 2 coisas diferentes, administradas por
setores diferentes da Vara da Infância e Juventude.

Nós incentivamos a adoção das crianças que estiverem judicialmente destituídas do


poder familiar e que não tenham pretendentes no cadastro nacional de adoção.

Caso o padrinho se interesse em adotar deverá começar um processo regular de


adoção em separado.

6. Onde mais existem programas de apadrinhamento bem sucedidos no Brasil?

• Projeto Estrela Guia do Recife, PE


• Projeto Anjo da Guarda – Goiania, GO
• Apadrinhamento Instituto Amigos de Lucas, RS

7. Durante o Apadrinhamento a criança poderá ser adotada por outra família ou


poderá voltar para sua família de origem?

Sim, e o padrinho deverá ajudar em tudo que puder para que isso aconteça!

8. Quanto tempo dura o Apadrinhamento?


O apadrinhamento tem prazo mínimo de 12 meses, e não tem prazo para terminar!
Em casos graves de impossibilidade de continuar o programa, o padrinho de
qualquer tipo deve ter pelo menos 2 meses de adaptação ao seu desligamento da
criança, ajudando na adaptação da criança a um novo padrinho.

O apadrinhamento poderá continuar inclusive, com saída da criança da instituição,


se for desejo do padrinho, da criança e da família.

9. Eu não tenho nenhuma experiência em Instituições de acolhimento, como


começar?

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Mensalmente todos os padrinhos se reúnem na FCV para orientações, palestras, e
troca de experiências.

O Apadrinhamento servidor, tem atividades dirigidas feitas em grupo (dentro das


instituições) o que ajuda o interessado a se preparar para o Apadrinhamento Afetivo.

10. Como posso me tornar um padrinho?

• Procurar a Fundação Cidade Viva e Participar do Módulo de Orientação para novatos


• Preecher o formulário de cadastro para o tipo de apadrinhamento que lhe interessar.
• Trazer a documentação pessoal necessária e seguir os demais passos específicos para
cada tipo de apadrinhamento.
• Para os casos de Apadrinhamento Afetivo, a aprovação final do seu cadastro será feita
pela equipe técnica da VIJ-JP.

Junte-se a nós e mude uma vida!

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