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Ministério de intercessão

MODULO I

ORAÇÃO INTERCESSÃO E JEJUM

MINISTÉRIO APOSTÓLICO BÍBLICO DA GRAÇA

"Orai sem cessar"

1 Tessalonicenses 5:17
ÍNDECE
INTRODUÇÃO

Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os
homens;
Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a
piedade e honestidade;
Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,
1 Timóteo 2:1-3
Definição de Oração

1. Entendendo oração.
Só há uma forma de conhecer e aprender sobre oração é ORANDO, assim como aprendemos a nadar é nadando,
aprendemos a orar orando, quando duas pessoas convivem o relacionamento se tona real, o mesmo ocorre em nossa
vivência com Deus.
Orar é rasga o coração na presença de Deus, orar é exercício de fé é tocar o coração de Deus e beijar sua face.
A oração é a chave de para todo sucesso em cada área de nossa vida. 100% de oração 100% de sucesso. É possível
orar todo tempo? Sim de dia e de noite, durante o dia conscientemente conversa no natural, nas horas de sono
também porque nosso espirito não dorme.
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e
súplica por todos os santos, Ef. 6;18
A oração é muito mais preciosa do que tudo que nossos corações possam imaginar. Ela é a chave que abre os
depósitos celestiais para suprirem a insuficiência, ela move o braço de Deus a favor de seus filhos, imobilizam as
forças inimigas, aciona o exército dos anjos para pelejar e entronizar o Senhor para reinar em nós.
Por meio da oração podemos:
Chegamos a todos os lugares da terra, a todas as nações. Embora não saibamos falar os idiomas dos povos,
podemos decretar vitória do Senhor sobre a vida dos necessitados e aflitas. Podemos entrar nos hospitais, nas
UTI´S, nas maternidades, nas alas de doenças infectocontagiosas, nos ambulatórios, pronto –socorro vários e com
imposição de mãos podemos ministrar a cura e a benção e a paz, mesmo a distância Aleluia!
Entra em matas sombrias e perigosas e livra da morte alguém que por venturar esteja perdida ou em grande perigo.
Podemos enfrentar rajadas de metralhadoras, as explosões das granadas, os lançamentos dos misseis e cobri com
proteção o pequeno soldado, que precisa ter um encontro com Cristo. Podemos proteger o perseguido, e pedindo ao
que o esconda com grande e potente mão, para que não o encontre os que procuram mata-lo....
Entra silenciosamente onde o suicida está e clamamos por misericórdia de Deus para enviar socorro através dos
seus anjos. Para impedir tiro de revolver, para desfazer as cordas assassinas, para derramar por terra o copo com
veneno... Há uma infinidade de milagres prodígios e maravilhas que ocorrem quando clamamos. Jesus nos deixou
esse legado ‘Vigiai e orai’’.
‘’ Oração é algo muito sério, especifico, objetivo, e segue as regras e princípios da Palavra de Deus. E a tentativa
de orar em desarmonia com eles que resulta em uma experiência frustrante de não ver suas orações respondidas’’
RM 8;26 Por que não sabemos orar como convém
TIPOS DE ORAÇÃO
a) Oração de Ações de Graças – (Jo. 11.41; Sl. 35.18, 50.23, 69.30; Jr. 33.11; II Co. 4.15; Ef. 5. 4,20; Fp.4.6) –
atitudes ou atos de gratidão não é o simples fato de agradecer ou dizer obrigado, mas a expressão de um coração
agradecido.
b) Oração de Louvor – (Mt. 6.13c; Sl. 18;19; 75; 81; 84) – Significa elogio. Portanto, aplicando isto a Deus é
justamente elogiá-lo por tudo quanto Ele fez e é. (Ele é Poderoso, Santo, Tremendo, Misericordioso, Rei de toda a
Terra, Maravilhoso, me deu vida, me dá paz, me livra do mal, me sustenta, etc.)

c) Oração de Adoração – (I Cr. 29.10-12; Ne. 9.5-6) – O homem foi criado para adorar ao Criador – (Ef. 1.5-12), e
nunca estará completo se não for nesta posição. E neste tipo de oração estão envolvidas quatro atitudes:
1) quebrantamento
2) humildade
3) amor
4) dádiva

d) Oração de Petição ou Súplica – É o tipo de oração mais usada, a mais comum; arriscamos dizer até que na
maioria das vezes não fazemos outro tipo de oração. Mas o Senhor Jesus a ensinou (Mt. 7.7; Jo. 14.13,14 e
16.23,24) e seus apóstolos também (Fp. 4.6; Tg. 4.2,4; I Pe. 5.6,7).
Com certeza temos que respaldar os nossos pedidos na legislação do Reino de Deus: a Bíblia. É bom que tenhamos
uma promessa na Palavra para cada pedido que fizermos. Antes de pedir, defina e identifique a necessidade,
certifique-se de que ela é real e de que a Palavra de Deus lhe dá a garantia quanto à tal necessidade.
Destaquemos duas atitudes necessárias ao orar, pedindo alguma benção:
1º) Fé – (Mt. 21.22; Mc. 11.23,24; Hb. 4.16)
2º) Persistência – (Lc. 18.1-7)

e) Oração de Dedicação – (Gn. 22.1-18; Mt. 26.39). É o tipo de oração que expressa renúncia, quando estamos em
conflito em relação à vontade de Deus voluntariamente nos consagramos e começamos a orar “se for a Tua
vontade” e mais adiante estamos orando “seja feita a Tua vontade” e mais adiante estamos orando “seja feita a Tua
vontade e não a minha” e mais um pouco estamos orando “Senhor eu só quero fazer a Tua vontade” e chegamos a
dizer: “Pai, eu consagro a Ti o meu livre-arbítrio”.
f) Oração de Entrega – Quando os ataques do mundo coincidem com os da carne, resultando angústia, frustração e
desânimo, gerando um conflito entre o homem interior e o homem exterior, e a preocupação parece não ter fim, é a
hora de entregar tudo ao Senhor, tomar os fardos e colocá-los ao pé da cruz e descansar n'Ele – (Sl. 37.5; Lc. 23.46;
Fp. 4.6,7; I Pe. 5.6,7).

g) Oração de Intercessão – (Jo. 17.9). É tomar o lugar de alguém numa necessidade ou problema, pleiteando a sua
causa como se fosse própria. Esta é uma arma muito eficaz na batalha espiritual. Quando alguém está desanimado e
até pensando em desistir de seguir a Jesus, levanta-se o intercessor – (Jr. 1.12). A intercessão muda as
circunstâncias – (Gn. 18.22,23). Ela faz parte do viver diário dos santos – (Ef. 6.18).

Podemos citar outros tipos de oração como de consagração, de renúncia, de libertação, de guerra, etc. precisamos
oferecer o sacrifício específico para o momento específico porque orarei com o espírito, mas também orarei com o
entendimento. (I Cor. 14:15).

Além dos diversos tipos de oração precisamos saber que existem formas diferentes de orar, citaremos as 3 mais
importantes:

FORMAS DE ORAÇÃO

1. Privada – (Mt. 14.23; Mc. 6.46; Lc. 6.12). Quando Jesus se retirava para montes ou desertos para orar; não era
apenas para não ser interrompido, mas também para falar ao Pai em secreto. Assim como um casal, vai
amadurecendo o seu diálogo, assim também acontece com o discípulo e o seu Senhor.
2. Concordância – (Lc. 9.28; Mt. 18.18,19; Mc. 10.51,52). Em algumas ocasiões o Senhor Jesus perguntava aos que
iam ser curados qual era o desejo deles, para com isto gerar a concordância – (Gn. 11.6). Pedro e João (At. 3.1-3),
Paulo e Barnabé (At. 14.6-12), e Paulo e Silas (At. 16.25-31). A oração de concordância é uma arma poderosa e
aponta para a unidade e gera sinergia

3. Coletiva (At. 4.24-31) (grupo) – É a de concordância multiplicada. Um grupo ou toda Igreja local unida no
mesmo propósito, apresentando juntos a sua petição. Deus opera tremendamente o Seu poder nesta forma de
oração.
QUANTO AO LOCAL
Gen. 24:63 – Isaque orava no campo.
Mat. 14:23 – Jesus subiu ao monte para orar.
João 11:41,42 – Jesus orou no cemitério.
Atos 21:05 – Paulo orava na praia.
Atos 22:16 – Paulo orava no templo.
Dan. 6:10 – Daniel orava no quarto.
Jon. 2:1 - Jonas orava no ventre da baleia.
Atos 9:11 - Paulo orava na casa do seu amigo.
Atos 16:25 – Paulo e Silas oravam na cadeia.
Em Mateus 6:6 Jesus manda orar no quarto. O que você acha disso ?
Descubra o local certo de orar, lendo os seguintes textos: João 4 : 20 – 24 e I Tm. 2:8

QUANTO AO TEMPO
Gen. 24:63 – Isaque orava no cair da tarde.
Sal. 5:3 - Davi orava pela manhã.
Sal. 42:8 - Davi orava à noite.
Sal. 119:63 – Davi orava à meia-noite.
Sal. 55:17 - O salmista orava de manhã, ao meio dia e à tarde.
Dan. 6:10 - Daniel orava 3 vezes ao dia.
Mateus 26:36 – Jesus orava de madrugada.
Atos 16:25 - Paulo e Silas oravam perto da meia noite.
Descubra a hora certa de orar, lendo o seguinte texto: I Tes. 5:17
QUANTO A MANEIRA

Gen. 24:63 – Abraão orava ajoelhado.


Êxo. 17:12 - Moisés orava assentado.
Sal. 5:3 - Ezequias orava deitado.
Sal. 42:8 - Davi orava em pé.
Dan. 6:10 - Daniel orava de joelhos.
Atos 16:25 – Paulo orava assentado e acorrentado.
Existe um ensinamento corrente sobre fecharmos os olhos para orarmos, essa atitude se refere à nossa capacidade
de nos concentrarmos mais na oração quando não vemos o que acontece ao nosso redor. Para algumas crianças
ensinamos também que devem ajuntar as suas duas mãos de forma que ela também não se distraia com movimentos
das mãos ou dedos. Creio que o fechar dos olhos é uma boa ferramenta para os momentos de oração, visto que nem
todos conseguem se concentrar se permanecer com os olhos abertos, porém existem certas situações em que se
deve necessariamente orar de olhos abertos:
● Quando se está andando, dirigindo ou fazendo alguma outra coisa
● Quando se está orando por pessoas potencialmente endemoniadas.
A posição de joelhos talvez seja a preferida pela maioria dos crentes, porém a atitude de oração deve estar primeiro
no coração, depois, conforme a situação, necessidade ou local obedecer o princípio da reverência e humildade
diante do Senhor.
Descubra a maneira certa de orar, lendo o seguinte texto: Hb. 10:22

Impedimentos a Oração
IMPEDIMENTOS GERADOS PELO PECADO
O principal impedimento às nossas orações são os nossos próprios pecados, conforme nos diz o texto de Isaías
59:1,2

Geralmente são cinco os tipos de pecados que servem de empecilhos às respostas da oração:
1. Desobediência Dt. 1:43-45
Quem obedece e faz a vontade de Deus, Ele o ouvir Jo.9:31
2. Falta de amor ao próximo Is. 58:9-10
Pedimos e recebemos porque obedecemos o Seu mandamento de amar o nosso próximo I Jo.3:22-23
3. Injustiça Mq. 3:1-4; Is. 1:15-17
Deus ouve os justos Sl. 34:17
4. Espírito irreconciliável Mt.5:23,24; Mc. 11:25
Deus ouve os que se humilham II Cr.7:14
5. Desentendimento conjugal I Pe. 3:7
Na concordância do casal há promessa de resposta Mt.18:19

Veja bem que não estamos tratando aqui sobre se pedimos ou no conforme a Sua vontade, mas sim se as nossas
atitudes no criaram uma barreira natural impedindo nossas orações. Veja a Quarta visão do profeta Zacarias onde o
sumo sacerdote acusado por Satanás porque suas vestes estavam sujas (pecado). Za. 3:1-4. Qualquer pecado do
sumo sacerdote poderia ser fatal a ele, por isso tinham campainhas penduradas nas suas vestes para se saber se
estavam vivos Ex. 39:25,26 e eles entravam no santo dos santos com uma corda amarrada na cintura, e se
morressem lá eram arrastados de fora Lc. 1:10,21; e hoje nós somos sacerdotes diante de Deus I Pe. 2:9; Ap. 5:9-
10, e nossas orações como incenso Ap. 8:4, não somos consumidos por causa da Sua misericórdia Lm. 3:22-23 mas
são criados impedimentos porque Deus é Santo. Neste caso nos resta uma solução, veja o que diz Tiago 4:8-10

IMPEDIMENTOS GERADOS PELAS FORÇAS OCULTAS DAS TREVAS


O segundo tipo de impedimento s nossas orações aquele que gerado pela oposição do inferno tentando impedir que
oração tenha êxito. Isso aconteceu com Daniel quando ele orava buscando discernimento dos acontecimentos dos
últimos dias (Daniel 9:2-3) e o príncipe do reino da Pérsia (um principado do inferno) se opôs (Daniel 10:12-13) e
isso aconteceu durante 21 dias (Daniel 10:2).

Tendo então conhecimento desses fatos, de como ocorrem pelejas espirituais no intuito de contrariar na vida do
crente, na sua família, no seu trabalho, na sua igreja, na sua cidade, tudo o que Deus tem determinado, precisamos
nos posicionar quando em oração nos colocamos, pois uma oração feita por um justo muito pode em seus efeitos
(Tg. 5:16-18), ore portanto a todo o tempo vestido da armadura de Deus (Ef. 6:11, 18).

Ás vezes as forças ocultas das trevas não são mobilizadas apenas no momento em que o crente começa a orar,
maldições hereditárias, espíritos familiares ou qualquer outra ferramenta do inferno pode estar travando a benção a
qual você está pedindo em oração, nesse caso entram em ação a perseverança, a revelação da parte de Deus, o
conhecimento da Palavra e o posicionamento para a guerra para destravar a sua benção, porque ela já é sua. Assim
como o povo de Israel teve que lutar contra os povos para conquistar a terra prometida, você não tem que travar
uma batalha com Deus na sua oração e sim contra as correntes do inferno para que elas sejam arrebentadas em
nome de Jesus.
Veja o caso de Isaque, um espírito familiar de esterilidade acompanhava aquela família, observe que Sara era
estéril (Gn. 11:29-30), Rebeca era estéril (Gn. 25:21), Raquel era estéril (Gn. 29:31), o diabo queria a qualquer
custo impedir que a palavra de Deus se cumprisse (Gn. 15:5), Sara, Rebeca e Raquel tinham os mesmos laços
familiares (Gn. 20:12; Ge. 22:23; Ge. 29:12) (a questão da esterilidade pode estar vinculada a algum pacto feito por
Sara ou seus pais estando eles ainda em Ur dos Caldeus, pois o padroeiro de Ur era um deus ligado à lua podendo
ter então influência na questão da fecundidade) (veja como era forte essa questão da esterilidade de Sara quando
Deus torna toda a casa de Abimeleque estéril por causa da esterilidade de Sara (Ge. 20:18) A vitória de Sara vem
por intervenção de Deus (Gn. 18:9-14), a vitória de Rebeca vem pela oração insistente de Isaque (Gn. 25:21), a
vitória de Raquel vem por sua própria luta em oração (Gn.30:8 e 22)
ORAR NO ESPÍRITO E ORAR EM LÍNGUAS

O apóstolo Paulo dá especial importância ao fato de a verdadeira oração ser obra do Espírito Santo. Ele fala
daquela liberdade, alegria e confiança na oração que brota da nossa consciência de sermos filhos de Deus. Em
outras palavras, tal oração não tem origem em qualquer poder que o homem possui, e nunca pode ser considerada
uma obra meritória. Assim como a própria fé, da qual a oração vai brotando, e com a qual está praticamente
idêntica, uma dádiva celestial. (Veja Rm. 8:15; Ef. 6:18; Gl. 4:6).

Para Paulo, a oração, em última análise, o Espírito que habita em nós e nos dá energia, que conversa com o próprio
Deus, que o Espírito. (II Co. 3:17; Jo. 4:24) Logo a oração, para ser eficaz, no depende da eloquência humana nem
de qualquer estado de Espírito específico do homem. O apóstolo ressalta, pelo contrário, que a oração operada no
Espírito tanto evidência da certeza da salvação, quanto aumento da mesma. (Rm. 8:15-16).

Uma boa interpretação de Rm 8:26 sustenta que não se trata meramente de no sabermos como orar, mas também, o
que devemos orar. Visto que a oração, nos escritos de Paulo, nunca se faz sem palavras, entende-se que os gemidos
ou suspiros referidos são exclamações de oração que acompanhavam o grito de aclamação: Aba, Pai! (Rm. 8:15).
Orar no Espírito então, é sempre no sentido de o Espírito colocar na boca do homem aquilo que ele deve pedir em
oração. Embora a tradição palestiniana no permitisse que o raciocínio fosse deixado de lado, Paulo também
expressa essa preocupação conforme I Co. 14:15. Porém o orar no Espírito também se expressa por orar em
línguas, e com isso que Paulo também se ocupa em I Co. 14:7-14. O Dom de línguas que tinha o seu lugar no culto
público, aqui se descreve em termos de gemidos profundos demais para que se possa expressar por palavras, são
expressões glossolálicas. Visto que o próprio Espírito está agindo aqui, e que o orar em línguas é o veículo de
comunicação mediante os crentes clamam a Deus, o fenômeno terrestre a expresso e reflexo de um fenômeno
celestial.

Paulo não desenvolve esse conceito num sentido pietista de nos erguer acima dos nossos foras para nos aproximar
de Deus. O Espírito no nos livra de coisas terrestre, mas sim, como nosso procurador, leva Deus as nossas
necessidades de maneira que nós mesmos no podemos expressar. As expresses verbais não são as línguas do anjo
que indicariam uma pessoa completa da presença de Deus, que o que os Coríntios falsamente supunham, mas sim
um sinal da solidariedade da igreja com o restante da criação, que suspira ou geme da mesma maneira. A presença
do Espírito, pois, apenas primícias da plena realidade da nossa adoção como filhos.

Orar em Espírito ou em línguas uma necessidade e somos edificados com isso porém são feitas por pessoas
pecadoras e cheias de fraquezas, as fraquezas porém não são meras falhas espirituais, mas sim, descrições da
condição humana. Além disso quando oramos em línguas no isso um sinal de que a igreja já se realizou, por assim
dizer, ou que isso represente uma espiritualidade adiantada, pelo contrário, para Paulo nada mais do que o clamor
por libertação, feito por aqueles que sofrem tentações.

Podemos ir além e indicar que Paulo no diz aqui que o suspirar uma forma adequada de prestar culto. Na realidade
diz o contrário. É inadequado, pois mostra que não sabemos o que orar conforme devemos, e que essas expresses
verbais no transmitem aquilo que está na mente de Deus. Tal falha, porém, compensada mediante a intercessão do
Espírito. Essa intercessão aceitável a Deus, porque Deus conhece a mente do Espírito, e o Espírito intercede em
conformidade com a vontade de Deus. Mais tarde, Paulo define o culto espiritual ou racional em termos de
apresentar o corpo por sacrifício vivo e agradável a Deus, (Rm. 12:1), passa então a explicar o que significa isso em
termos de não se conformar com o mundo, da renovação da mente, de fazer uso dos seus dons dentro do corpo de
Cristo, e da vivência diria num mundo dominado por autoridades pagãs (conf. Cap. 12 e 13). Essas referências
indicam como se deve complementar a adoração que se descreve no capítulo 8 de Romanos. Implica na dedicação a
Deus da personalidade total, de modo racional, que abrange a totalidade da mente; e prático, alcançando os
aspectos práticos da vivência de todos os dias, na igreja e no mundo.

Podemos então concluir que orar no Espírito ou orar em línguas é uma expressão de fé e busca de Deus e não um
sinal de santidade, é necessário para orarmos em intimidade com Deus e sermos edificados, porém é uma expressão
clara da nossa fraqueza, de que necessitamos da operação do Espírito para alcançarmos pleno êxito na nossa busca
em direção a Deus.
A Bíblia, que é a Palavra de Deus, é o nosso manual e fonte de oração. Veja o que Deus declara em Isaías 55:10-
11; Deus quer dizer o seguinte: A Palavra que sai da Minha boca, antes de retornar para Mim, produzirá o que ela
disse.
Coloque em seu espírito este princípio: A Palavra de Deus produz exatamente o que ela diz. Logo quando oramos,
já começamos com a resposta.
Há princípios espirituais que governam nossa vida com Deus. No que concerne à oração, convém salientar a
importância de se obedecer aos princípios revelados na Bíblia, para que a nossa vida de oração seja frutífera, por
isso, como uma regra de ouro, baseie suas orações na Palavra de Deus.

Deus se revela em Sua Palavra. Deus e Sua Palavra se confundem. Atrás de cada vocábulo registrado em tinta e
papel, se esconde uma Pessoa que na fala e Se revela a nós. (João 1:1-3). É por essa razão que a Palavra traz o
respaldo do caráter de Deus e do Seu Trono. Nós a elevamos em oração, e Ele vê-Se a Si mesmo em Sua Palavra
brotando dos nossos lábios, e Se inclina para nos ouvir. Todo nosso relacionamento com Deus deve estar
solidamente firmado em Sua Palavra. Sempre que nos aproximarmos d'Ele, tendo-a como base, trazendo no
coração e nos lábios o que Ele falou, Seus ouvidos estarão ali, Ele estará presente, pois Deus está onde Sua Palavra
se encontra.

Note uma coisa: Se você vai orar a Palavra de Deus, e Ela é digna de confiança, você está pisando em terreno
firme. Enquanto você andar nesse terreno terá sucesso. Mas na hora em que sair da Palavra, já terá entrado em
terreno escorregadio, e estará fadado a fracassar. Confie, portanto, na integridade da Palavra de Deus e deixe que
ela seja sua plataforma de oração. Firme-se sobre ela e recuse-se a sair dela. Discipline sua mente e permita que dos
seus lábios brotem apenas palavras em linha com aquilo de Deus falou. A Palavra de Deus deve ser para nós a fonte
de todas as nossas orações.

CONHEÇA A VONTADE DE DEUS PELA PALAVRA

Já vimos nos estudos anteriores que devemos orar sempre em conformidade com a vontade de Deus, mas como
conhecer o que está na mente de Deus e saber Sua vontade? Na Sua própria Palavra. A maioria das coisas que Ele
quer fazer em nossa vida, já está revelada nela. Mesmo as que não estão claras ajustam-se aos seus princípios. Logo
conhecendo-a, saberemos discernir Sua vontade, e orando-a, estaremos em linha com Seu propósito revelado, pelo
que podemos Ter confiança de que Ele já nos respondeu, antes mesmo de vermos sua materialização.
Leia Rm. 12:2 e responda: Como a mente é renovada? Com a Palavra. E enquanto a mente se expõe aos princípios
da Palavra de Deus, ela vai sendo transformada e descobrindo o que agrada a Deus, isto é, Sua vontade. Em
consequência, as orações estarão em linha com o que Ele deseja, e o resultado é que Ele vai nos atender como diz
em I Jo. 5:14-15.

COMECE A ORAÇÃO COM A RESPOSTA

Quando você começa a oração com a Palavra de Deus, já começa com a resposta. Note por exemplo a oração de
Davi no Salmo 23. Ele não suplica: “Deus, supre minhas necessidades. Preciso tanto de Ti! Estou cansado, com
fome, leva-me a um lugar onde possa ser saciado. Livra-me da morte. Fica comigo. Toma conta dos meus
inimigos” Não! Davi ora a Palavra de Deus, ora a resposta: “Senhor, Tu és o meu Pastor, nada me faltará ...” Você
é convidado a fazer o que Davi fez. Ore a Palavra e veja Deus agindo na sua vida. Não fique aí choramingando o
tempo todo. Abra a boca e ouse confessar diante de Deus aquilo que Ele já falou. Revele que você crê que tudo
quanto Ele lhe prometeu é seu. É assim que devolvemos a Palavra de DEUS para Ele mesmo. É assim que ela não
volta vazia.

ORANDO COM FÉ

Se você ora não tendo fé, mas com qualquer indício de dúvida, você não receber nada ( Tg. 1:6-7 ), e fé conforme
Hb. 11:1 :

● FIRME FUNDAMENTO “Certeza” (Hupostasis)


Garantia, documento que atestam, escritura (das coisas que esperam)

● CONVICÇÃO “Prova” (das coisas que não se veem)

FÉ = documento de Deus e nossa convicção (DEUS FALAR E EU ACREDITAR)


A fé crescerá na proporção do seu conhecimento, pois como exercer fé naquilo que não se conhece? Não podemos
crer numa promessa desconhecida. O que nos leva à ousadia da fé é o conhecimento da promessa. Se Deus disse
que alguma coisa é nossa, então ela é. O que temos que fazer é crer e tomar posse do que já é nosso.

Diante disso dediquemo-nos à oração e oremos corretamente, aproximando-nos do Trono com o coração e a boca
cheios da Palavra de Deus, sabendo que sem a Palavra no haver fundamento para a oração.

COMO ORAR A PALAVRA

1. Defina a área que motiva sua busca de Deus. Qual o tipo de oração você precisa fazer? Ações de graça, louvor,
adoração, petição, entrega, consagração, intercessão? E dentro do tipo de oração, qual o assunto específico?

2. Procure descobrir versículos que se apliquem àquela área. Isso pode ser feito usando-se uma Concordância
Bíblica, selecionando-se textos adequados.

3. Tome os textos que mais falam ao seu coração e transcreva-os. Peça ao Espírito Santo para dirigi-lo nessa
seleção e para que torne cada palavra viva em seu espírito.

4. Faça as adaptações gramaticais necessárias, personalizando os textos bíblicos, usando a primeira pessoa e
colocando os verbos no presente. Ex. Filipenses 4:19 você poderá orar assim: “Pai, Tu és o meu Deus, meu
provedor. És rico e, de acordo com Tua riqueza em glória, supres, em Cristo, meu Senhor, todas as minhas
necessidades.”

5. Amplie o texto, usando outras verdades relacionadas ao assunto, e tanto quanto possível, adapte-o a uma
conversa pessoal com o Pai. Tomando o mesmo texto podemos dizer: “Senhor, Tu és o meu DEUS, Meu Jeová
Jiré, o Deus da minha provisão. Por isso, de nada tenho falta. Tudo Te pertence e eu sou Teu filho. De acordo com
Tua riqueza em glória, não de acordo com minha pobreza, Tu supres cada uma das minhas necessidades. Tu me
deste Jesus. Pela fé n'Ele tornei-me Teu filho, e tudo o que é Teu, é meu. Porque estou em Cristo, tenho direito à
Tua provisão. Graças te dou, ó Pai, por Tua suficiente provisão em Cristo, meu Senhor!”

6. Repita os versículos em forma de oração, até que se tornem a mais profunda convicção do seu ser, sejam
vivificados e carregados de fé em seu espírito e se tornem sua experiência. Repita-os até memorizá-los, usando-os
sempre que se fizerem necessários. Trazer a Palavra no coração e na boca, é vier em comunhão com Deus mesmo,
de quem ela brota.

7. Proclame esses textos em voz alta, com ousadia e fé, crendo que a Palavra de Deus é digna de confiança e
produzirá seus frutos no tempo devido, mudando as circunstâncias e ajustando-a à realidade da promessa de Deus.
8. Deixe o coração encher-se de ações de graça e louvor, enquanto faz essas confissões ou proclamações, sabendo
que a Palavra orada, confessada, decretada é de Deus mesmo, e por isso é martelo, fogo, pão, água, poder, espada,
... Ela á viva e eficaz, e tão certo como vive o Senhor, que vela pela Sua Palavra para a cumprir, ela produzirá em
sua vida aquilo para o que foi enviada
Jesus ensinou seus discípulos a orar e deixou um modelo de oração que deve ser bem entendida. Mais do que uma
“reza” pra ser repetida por “papagaios religiosos” a oração do “Pai nosso” tem lições que vamos ver agora, são 10
itens:

Aprendendo Ora com a Oração do Pai Nosso. Mateus 6:9-13


1º - REDENÇÃO - Pai nosso ...
Podemos dizer Pai nosso, porque os que aceitaram Jesus são feitos filhos de Deus. (João 1:12)
2º - AUTORIDADE - ... que estás nos céus ...
Ele é o Senhor soberano, criador, todo-poderoso, tem autoridade e nos dá autoridade (Mc. 16:17; Lc. 10:19)
3º - ADORAÇÃO - ... santificado seja o Teu nome ...
O Senhor procura verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade. (Jo. 4:23-24). A expressão “Teu
nome” se refere a Deus na Sua totalidade, significa Deus em todos os Seus atributos, é a preocupação genuína em
dar toda a glória a Deus Pai. (João 8:50).
4º - GOVERNO - ...venha a nós o Teu reino ...
Deus governa todo o Universo e governa também minha vida, o governo de Deus implica em impactar o mundo
através do Evangelho, quando vidas são libertas, famílias restauradas, enfermos são curados, pecadores
transformados em santos, o Reino de Deus está sendo implantado. Quando oramos: “venha o Teu reino”, estamos
orando pelo sucesso do evangelho, em sua amplitude e poder, é uma oração missionária, e também indica que
estamos esperando e apressando a vinda do dia de Deus. (II Pe. 3:12; Mt. 24:14).
5º - SUBMISSÃO - ... seja feita a Tua vontade assim na Terra como no céu ...
Quando eu começo a desejar a vontade de Deus e não a minha, os itens anteriores são verdade, sou filho, reconheço
Sua autoridade, O adoro, estabeleço o Seu governo e não do homem, enfim, seja na Terra ou no céu, Sua vontade é
perfeita, boa e agradável. (Rm. 12:2). Esse deve ser o desejo de todo crente sincero ansiando para que o mundo
inteiro venha a conhecê-lo também.
6º - PROVISÃO - ... o pão nosso de cada dia nos dá hoje ...
Deus garante a provisão necessária para os seus filhos, isso é a expressão do Seu cuidado conosco. A nós cabe
viver na Sua dependência, confiando nas Suas promessas. Cristo começa pedindo pelo corpo.
7º - PERDÃO - ... perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores ...
Perdoar não é uma condição para sermos perdoados por Ele, as palavras demonstram o Seu interesse em nos
lembrar da necessidade e importância do perdão. A parábola do credor incompassivo ensina que a prova que você e
eu fomos perdoados é que perdoamos aos outros. O homem que sabe que foi perdoado em virtude do sangue
vertido por Cristo, e nada mais, é o indivíduo que sente a compulsão de perdoar os outros.
8º - PROTEÇÃO - ... não nos deixes cair em tentação ...
Assim como Jesus estendeu a Sua mão e segurou a Pedro, assim devemos estar pedindo que Deus nos segure com
Sua mão porque Ele conhece nossa fraqueza. Jesus é o nosso Pastor e nos guiará em proteção. Nesse sentido Jesus
nos ensina a orar e vigiar para não entrar em tentação (Mt. 26:41).
9º - LIBERTAÇÃO - ... mas livra-nos do mal ...
Por qual motivo deveríamos pedir a Deus para sermos resguardados do mal? Pelo grande e admirável motivo que a
nossa comunhão com Deus jamais venha a sofrer interrupção. O mal aqui inclui não somente o diabo mas também
todas as formas e variedades do mal. Só está livre quem é redimido por Cristo (Jo. 8:32)
10º - SEGURANÇA - ... pois Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre.
Quando consideramos as nossas necessidades e também o quanto dependemos d'Ele e as nossas relações com Ele,
não podemos parar, dizendo: “livra-nos do mal”. Precisamos terminar nossa oração conforme havíamos começado,
isto é, louvando ao Senhor. Podemos chegar com confiança diante do Trono da graça (Hb. 4:16)
"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para
que eu não a destruísse; mas a ninguém achei." - Ezequiel 22:30

Intercessão
"Antes de tudo, pois exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de
todos os homens..." - I Tm 2:1

Há três ministérios para os quais fomos chamados: Adoração, Intercessão e Testemunho. A maioria de nós tem
praticado o primeiro e o último. Há falta, contudo, de genuína intercessão.
Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É se colocar entre Satanás e a sua força de
destruição e aquele a quem ele quer destruir, e livrar o oprimido. É colocar-se entre Deus e alguém que carece do
favor divino, e clamar por libertação. É se por não brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo derramou o
seu preciosíssimo sangue, e clamar para que a graça de Deus o alcance... Interceder é gastar horas a sós na presença
de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. Intercessão é o parto de alma espiritual que
traz à luz filhos espirituais.

Há na Bíblia registros de intercessões maravilhosas, como por exemplo a de Abrão quando o Senhor estava para
destruir as cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18: 22-33); Moisés clamou e Deus mudou os seus desígnios
para com o povo, retirando o mal que dissera havia de fazer (Êxodo 32:11-14); no dia seguinte, novamente Moisés
intercedeu com profundidade de alma: "Agora, pois perdoa-lhes o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro
que escreveste." (Êxodo 32: 30-25). O salmo 106:23 testifica sobre o resultado destas intercessões de Moisés
dizendo: "Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto, impedindo
que sua cólera os destruísse."

O maior exemplo contudo é o do Senhor Jesus que "pelos transgressores intercedeu" (Is 53:12 - Mc 15:28 - Lc
22:37). Intercedeu por Pedro (Lc 22:31,32). Pelos seus escolhidos, na oração sacerdotal (João 17). Jesus gastou
apenas três anos e meio no exercício do seu ministério público entre os homens, e já há quase dois mil anos "está à
direita de Deus" a interceder por nós (Rm 8:34) e "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus,
vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7:25). Antes do Pentecostes, houve incessante oração no Cenáculo.
A oração no Monte precedeu aos Dez Mandamentos. A intercessão de Estevão resultou na conversão de Saulo de
Tarso, que veio a ser o grande Apóstolo Paulo (Atos 6:57-60).

A intercessão precede a salvação. É Getsêmani antes do Calvário! Antes da sua morte na cruz, o Senhor Jesus
agonizou em intercessão por nós no jardim do Getsêmani, e fomos salvos. Em Isaías 59:16 já estava previsto que o
Senhor não acharia quem o ajudasse a interceder, assim, Jesus lutou sozinho em parto de alma para gerar filhos
espirituais. É o que está escrito em Isaías 66:8 "pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”.
Ana agonizou em oração pedindo um filho, e, mesmo sendo ela uma mulher estéril, o milagre ocorreu, e o filho lhe
foi dado por Deus (I Sm 1:9-18).
David Brainerd, jovem missionário enviado para pregar no terrível oeste americano, para os sanguinários índios
peles-vermelha, morreu com apenas trinta e três anos de idade, tuberculoso, dentro de uma cisterna onde procurava
se esconder da friagem, clamando: "Dá-me almas, senão eu morro". Após a sua morte ocorreu um fenômeno: -
milhares de índios se converteram por toda parte!
Suzana Wesley, mesmo sendo mãe de dezenove filhos, orava cerca de uma hora por dia. Dois dos seus filhos juntos
ganharam milhares de almas para Cristo. São eles João Wesley, o Pregador, e Carlos Wesley, o Poeta e
Compositor, autor de mais de 1500 hinos!
João Oxtoby, orava com tal fervor que passou a ser conhecido como "Joãozinho da oração". O concílio da Igreja
Metodista estava para tomar a decisão de fechar o campo missionário de Filey, uma vez que vários pregadores já
haviam sido enviados e não estavam alcançando resultados. Joãozinho comovido pediu mais uma chance para
aquele povo. O concílio decidiu atender. Como não havia nenhum obreiro disposto a ir, Joãozinho se apresentou e
foi! Nas primeiras pregações nada ocorreu... Joãozinho então se embrenhou na mata e, em agonia de alma, orava,
mais ou menos assim: "Não podes fazer de mim um palhaço! Eu disse aos crentes lá em Bridlington que tu
vivificarias a tua obra, e agora é preciso que assim o faças. De outro modo nunca mais terei coragem de lhes
mostrar o rosto... então o que dirá o povo sobre a oração e a fé..." Depois clamou: "Filey está conquistada! Filey
está conquistada! E saiu cantando e clamando pelas ruas: "Voltai-vos para o Senhor e buscai a salvação". Milhares
se converteram. - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.
John Hyde, conhecido como "O Homem que Orava", foi missionário na Índia. Inicialmente nas suas intercessões
pedia a Deus que lhe desse a conversão de uma alma por dia. Deus ouviu e atendeu a sua oração. Passou, então, a
solicitar duas almas por dia. Deus lhas deu. Aumentou o número para quatro! Milhares se converteram na Índia. Na
sua biografia "O Homem Que Orava", é registrado que John Hyde orava com tamanha intensidade de alma, que
uma certa feita, um seu companheiro de oração não suportou permanecer ao seu lado, porque um calor muito forte
encheu todo o aposento...

No texto de Ezequiel 22:30 o Senhor diz que não achou intercessores, que se pusessem na brecha do muro e
clamassem pelo povo. Esta falta ainda continua sendo sentida em muitas igrejas. Quando há intercessões, almas se
convertem.

Há registros históricos de que "diversos membros da congregação de Jônatas Edwards haviam passado a noite
inteira em oração, antes dele haver pregado o seu memorável sermão: "Os pecadores nas Mãos de Um Deus Irado".
O Espírito Santo se derramou em catadupas tão poderosas, e Deus se manifestou de tal maneira, em santidade e
majestade, durante a pregação daquele sermão, que os anciãos lançaram os braços em redor das colunas do templo
clamando: "Senhor, salva-nos, que estamos caindo no inferno!" - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de
Oswald J. Smith.
A base para o crescimento da igreja está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se queremos
contemplar conversões precisamos semear na comunidade profundo amor e paixão pelas almas perdidas, e insistir
neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver nas reuniões de oração da igreja lágrimas sendo vertidas
em prol dos pecadores perdidos.
Combate é a atitude de fazer guerra contra. Quando estamos envolvidos na oração há um aumento de combate. Quando oramos
qualquer tipo de oração, num certo sentido estamos fazendo guerra contra satanás.

A Intercessão pode ser definida como um combate espiritual – disso fala Efésios 6:10-18 – “fortalecei no Senhor” quer dizer:
adquira força espiritual. Temos a obrigação de nos preparar para o combate. Precisamos entender tudo quanto pudermos sobre
o inimigo. Nenhum general vai a batalha sem conhecer as estratégias do seu inimigo.

1 – Conhecendo o nosso inimigo

1.1 – Satanás é uma pessoa real e não apenas um conceito do mal (Jó 1:6).

- Ele é referido com pronomes pessoais, como um ser vivo (Lucas 11:18);

- Ele tem um reino

- Ele conversa (Mateus 4:7-9);

- Move-se por todo lugar (Marcos 4:14-15)

- Ele tem corpo (Zacarias 3:1-2)


1.2 – Satanás tem objetivo real (Efésios 6:11).

A palavra ciladas vem de uma palavra grega que dá origem à nossa palavra métodos. Ele tem métodos de destruição da igreja.
II Coríntios 2:11 diz que “não lhe ignoramos os seus desígnios”.

A palavra do grego noeme, quer dizer pensamentos, propósitos, desejos.

Quais os objetivos de Satanás?

- Procura causar dúvida e incredulidade – Gênesis 3:4-5

- Confusão – Lucas 22:31; II Coríntios 12:7

- Divisão e contenda – I Coríntios 3:1-4

- Tentação – I Coríntios 7:5; I Tessalonicenses 3:4-5

- Erro doutrinário – II Coríntios 11:14-15; I Timóteo 4:1

- Dificuldades – Lucas 13:16; I Tessalonicenses 2:18

- Mente dúbia – II Coríntios 11:2-3 (vida mental).

2 – Conhecendo o exército organizado de Satanás

- Satanás tem um exército bem organizado – Efésios 6:12; Daniel 10:12-13

- Tem soldados reais

- Tem líderes bem treinados

- Tem jurisdições bem estabelecidas

- Tem poder real – II Tessalonicenses 2:9

Satanás é real, mas temos poder sobre ele. Podemos falar diretamente, em voz alta e com autoridade. Ele se aproxima com
muita sutileza. Ele vem secretamente, envia o seu poder demoníaco para nos influenciar a sair do caminho, mas, não ignorando
os seus objetivos, na autoridade de Jesus, desmascaremos os seus objetivos.

3 – Conhecendo o nosso armamento

Armamento: são todas as armas tomadas coletivamente, qualquer instrumento de combate, qualquer meio usado para conseguir
vantagem sobre outro. Nosso armamento.

- Nosso armamento – II Coríntios 10:3-5

- Nosso propósito: Libertar pessoas – Mateus 2:9.

- Nossas armas:

A Palavra de Deus – A revelação total de Deus

O Sangue do Cordeiro - Apocalipse 12:10-11

O testemunho dos santos – Apocalipse 12:10-11 – Uma confissão vitoriosa proclama derrota a Satanás – Filipenses 4:13
“...estou pronto para qualquer coisa e equipado para tudo, através de Cristo que me infunde força interior, isto é, eu sou todo
suficiente na suficiência de Cristo.” (v. ampliada).

- As orações dos santos

- O Nome de Jesus – Mateus 28:18; João 14:12-14


- A habitação do Espírito Santo – Lucas 24:49

- O Evangelho de Jesus Cristo – Romanos 1:16

- O Evangelho trará derrota total a Satanás – Apocalipse 11:15

4 – Conhecendo o nosso destino

Temos um destino eterno. A igreja é a eterna companheira de Jesus destinada a partilhar do Seu trono.

Estamos sendo treinados a reinar, uma coroa nos está reservada – II Timóteo 4:8 e coroa é símbolo de autoridade.

Deus prepara os intercessores para grandes coisas.

Alguns fatos sobre a nossa herança:

- Deus criou todas as coisas, portando, Seu reino inclui toda a criação – Salmo 103:19

- Jesus é o primogênito, portando, herdeiro legal do trono e da criação de Deus.

- Cada crente é filho de Deus por adoção com os mesmos direitos legais que Jesus tem. Quando recebemos a Cristo nos
tornamos herdeiros – Romanos 8:15-17; Apocalipse 21:7.

- A Bíblia provê muitos textos que provam este conceito: Mateus 25:35; Daniel 7:8; Gálatas 6:4-7; Tito 3:5; Tiago 2:5.

INTERCESSÃO NO MINISTÉRIO DE JESUS

Intercessão era uma das grandes marcas do ministério de Jesus. O capítulo 53 de Isaías descreve sua obra expiatória e conclui
com este versículo:

"Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na
morte; foi contado com os transgressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu."

Há quatro fatos registrados neste versículo a respeito de Jesus. Primeiro, ele derramou a sua alma na morte. Levítico 17.11 diz
que a alma de toda carne esta no sangue, portanto Jesus derramou sua alma na morte quando derramou seu sangue.

Segundo, ele foi contado com os transgressores; ele foi crucificado com os dois ladrões. Terceiro, levou sobre si o pecado de
muitos; tornou-se a oferta pelo pecado por todos nós. Quarto, pelos transgressores intercedeu; isto ele fez na cruz quando disse:

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". Ele estava dizendo: "Que o juízo que eles merecem caia sobre mim", E
assim foi.

Hebreus 7 fala de Jesus depois da sua morte, ressurreição e ascensão. Somos informados que Jesus é nosso sumo sacerdote à
destra de Deus. Por ter um sacerdócio imutável que nunca passará dele, Jesus "pode salvar totalmente os que por ele se chegam
a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25).

Se fizermos um estudo da vida e ministério de Jesus, chegaremos a um contraste bem interessante: ele passou trinta anos na
obscuridade, numa vida familiar perfeita; três anos e meio num dramático ministério público; e praticamente dois mil anos em
intercessão, invisível aos olhos naturais.

Desde que subiu aos céus, ele está intercedendo por nós diante do Pai.

MODELOS DO VELHO TESTAMENTO: ABRAÃO


Os maiores santos eram freqüentemente os maiores intercessores, pois eram os homens mais próximos ao coração de Deus.

O Velho Testamento contém exemplos de alguns grandes intercessores. O primeiro exemplo é Abraão. Em Gênesis 18 vemos
o Senhor com mais dois anjos chegando para visitar a tenda de Abraão. No final deste episódio o Senhor diz:

"Ocultarei a Abraão o que estou para fazer?" Em outras palavras, o Senhor vê Abraão como o seu íntimo amigo pessoal com
quem ele compartilhará seus planos e pensamentos. Por isto o Senhor conta para Abraão:

"Com efeito o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicados e o seu pecado se tem agravado muito. Descerei, e verei se
de fato o que têm praticado corresponde a esse clamor eu é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei" (Gn 18.20-21).

Abraão estava muito preocupado com Sodoma porque seu sobrinho, Ló, estava morando lá. Abraão sabia que se Sodoma fosse
julgada, Ló e sua família sofreriam com os demais. A cena continua assim:

Então partiram dali aqueles homens (anjos), e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor
(para impedi-lo).

"E aproximando-se ele, disse: Destruíras o justo com o ímpio? Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás
ainda assim, e não pouparás o lugar por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal cousa,
matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? (v. 23-
25).

Abraão tinha que ter muita coragem para falar com o Senhor desta maneira. Porém, ele sabia que seria uma contradição total
do caráter de Deus, e da sua justiça, permitir que juízo caísse sobre os justos.

Salmo 91.7,8 estabelece este princípio: "Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os
teus olhos contemplarás, e verás o castigo dos ímpios". Seja qual for o justo juízo que cair sobre os ímpios, os justos nunca
serão tocados. O justo pode estar exatamente no meio de tal juízo, mas este não virá sobre ele.

Note, porém, que há uma diferença entre juízo e perseguição por causa da justiça. A Bíblia diz que os justos hão de
experimentar perseguição. A diferença é que juízo por causa do pecado vem sobre os ímpios pela instrumentalidade de Deus; e
perseguição por causa de justiça vem sobre os justos através dos ímpios.

Portanto com santa ousadia e intensa convicção que Deus tinha que ser absolutamente justo, Abraão se pôs a confrontar o
Senhor com este princípio: "Senhor, se houver cinqüenta justos na cidade, pouparás a cidade?" o Senhor respondeu a Abraão
que pouparia a cidade se cinqüenta justos pudessem ser encontrados.

"E quarenta e cinco? Poupá-la-ás por quarenta e cinco justos?" E o Senhor disse que a pouparia se quarenta e cinco pessoas
justas pudessem ser encontradas nela. E assim foi a conversa... quarenta, trinta, vinte, até que Abraão chegasse finalmente à
sua última reivindicação:

"Se, por ventura, houver somente dez pessoas justas em toda aquela cidade? Poupá-la-ás pelas dez?" E o Senhor respondeu que
a pouparia por dez pessoas justas.
Esta é uma tremenda revelação! Se os meus cálculos forem corretos, Sodoma era uma cidade grande para aquela época, com
uma população não inferior a 10.000. Por amor a dez pessoas no meio de 10.000, Deus estava pronto para poupar a cidade
inteira.

Isto é uma pessoa em cada mil! Jó 33.23 registra esta mesma proporção: "Se com ele, pois, houver um anjo, um intérprete, um
entre mil, para declarar ao homem o que lhe é justo..." Eclesiastes 7:28 semelhantemente afirma: "Cousa que a minha alma
ainda busca, mas não a achei: um homem entre mil".

Um entre mil! A Bíblia aparentemente usa esta expressão para identificar um homem extraordinariamente justo. Deus disse:
"Se eu puder encontrar em Sodoma uma pessoa justa em cada mil, pouparei a cidade inteira".

Por exemplo, se aplicássemos esta proporção aos Estados Unidos hoje, precisaríamos de aproximadamente 210.000 pessoa
extraordinariamente justas para obter misericórdia em favor de toda a nação. Você qualificaria como uma dessas 210.000
pessoas? Eu qualificaria?

A INTERCESSÃO DE MOISÉS

Nosso segundo exemplo de intercessor é Moisés. Em Êxodo 32 vemo-lo subindo o Monte Sinai para receber a aliança de Deus.
Depois de estar ausente muitos dias, o povo tornou-se impaciente e insistiu com Arão para fazer deuses que eles pudessem
adorar.

Então Arão tomou as argolas de ouro e fez um bezerro fundido, em torno do qual Israel começou a dançar e adorar. Enquanto
isto acontecia no arraial, Deus falou com Moisés no monte e disse:

"Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu, e depressa se desviou do caminho que lhes havia eu
ordenado; fizeram para si um bezerro fundido, e o daram..." (v. 7,8).

Neste momento tenso quando o destino de Israel estava na balança, encontramos um elemento de humor na conversa que se
seguiu entre Deus e Moisés. Referindo-se a Israel, Deus fala com Moisés que eles são "teu povo".

Mas Moisés, não querendo aceitar esta responsabilidade, devolve-a a Deus dizendo: "teu povo". Nem Deus nem Moisés queria
ser considerado responsável por Israel naquele momento!

Enquanto isso, Israel continuava a dançar ao redor do bezerro, totalmente inconsciente que seu destino estava sendo selado por
este diálogo entre Deus e Moisés. Deus declarou a Moisés:

"Agora, pois, deixa-me; para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma..." (v.10). Note que Deus não faria coisa
alguma se Moisés não lhe permitisse. Mas Moisés se recusou a sair de diante de Deus. Como intercessor, ele continuou se
interpondo entre Deus e o povo.

Finalmente, Deus disse que usaria Moisés para redimir sua promessa a Abraão, Isaque e Jacó, começando tudo de novo com
Moisés e formando dele uma grande nação. Apesar desse povo ter sido um fardo muito pesado para ele deste que saiu do
Egito, Moisés intercedeu por eles:

"Porém Moisés suplicou ao Senhor seu Deus e disse: Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra
do Egito... ("Não é meu povo", Moisés está dizendo, "é teu.") Por que hão de dizer os egípcios: com maus intentos os tirou,
para matá-los nos montes, e para consumi-los da face da terra?
"Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo" (v. 11,12). A preocupação de Moisés era a reputação
de Deus. Ele disse: "Deus, se depois de tirar este povo para fora, eles vierem a perecer nos montes, os egípcios vão dizer que
tiveste más intenções quando os tiraste do Egito."

Vemos a mesma preocupação com a reputação de Deus em Números 14.13-16. O povo provocou ao Senhor quando se recusou
a crer no relatório positivo dos dois espias enviados para a terra prometida, escolhendo antes crer no relatório negativo dos
outros dez.

Deus ficou tão irado com sua incredulidade que outra vez procurou destruí-los e fazer de Moisés uma grande nação.

Mas aqui Moisés lembra o Senhor que as nações que tinham ouvido a fama do Senhor iriam pensar que ele não era capaz de
introduzir o povo na terra e por isto o matou no deserto.

A preocupação de Moisés em ambos os casos não era sobre sua reputação pessoal; sua única preocupação era a glória e
reputação de Deus na terra. No final de Êxodo 32, encontramos a consumação da intercessão de Moisés.

Depois de voltar ao arraial e colocar as coisas em ordem, ele se dirige ao povo:

"Vós cometestes grande pecado; agora, porém, subirei ao Senhor e, porventura, farei propiciação pelo vosso pecado. Tornou
Moisés ao Senhor, e disse: Ora o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois perdoa-lhe o
pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste" (vv. 30-32). Isto é intercessão: "Deus, eles merecem teu golpe;
perdoa-lhes. Mas se não, Senhor, então que o juízo deles venha sobre mim.´ O intercessor é a pessoa que se coloca entre Deus
e o alvo da sua ira justa.

O Salmo 106 nos fornece um comentário divino e a respeito deste acontecimento:

"Em Horebe fizeram um bezerro, e adoraram o ídolo fundido. E assim trocaram a glória de Deus pelo simulacro de um novilho
que come erva. Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera cousas portentosas, maravilhas na terra de Cão,
tremendos feitos no Mar Vermelho. Tê-los-ia exterminado, como dissera o Senhor, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse
interposto; impedindo que sua cólera os destruísse" (vv. 19-23).

Moisés ficou na brecha causada pelo pecado do povo de Deus e disse: "Senhor, estou tapando a brecha. Teu golpe não pode
cair sobre eles sem cair sobre mim primeiro". Números 16 registra outro exemplo de intercessão.

Aqui Moisés e Arão juntos são os intercessores. Deus havia tratado soberanamente com a rebelião de Coré, Datã e Abirão,
fazendo a terra se abrir e tragá-los vivos.

Mas no dia seguinte "toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o
povo do Senhor. Ajuntando o povo contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu,
e a Glória do Senhor apareceu. Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação. Então falou o Senhor a Moisés,
dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento: então se prostraram sobre os seus rostos" (v.
41-45).

Esta é a posição do intercessor – prostrado sobre o seu rosto diante de Deus, sabendo que juízo está prestes a cair.
Pessoalmente, admiro a graça que Moisés e Arão tinham. O povo havia se revoltado contra eles sem motivo.
Contudo, dispuseram-se a interceder por estes que os criticavam – até mesmo arriscando suas próprias vidas por eles. Moisés
falou com Arão e ordenou-lhe:

"Toma o teu incensário, põe nele fogo do altar, deita incenso sobre ele, vai depressa à congregação, e faze expiação por eles;
porque grande indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga. Tomou-o Arão, como Moisés lhe falara, correu ao
meio da congregação (eis que já a praga havia começado entre o povo) e deitou incenso nele, e fez expiação pelo povo. Pôs-se
em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga." (v. 46-48).

A linguagem nesta passagem enfatiza a urgência da intercessão. Moisés disse a Arão: "Vai depressa..." Arão não saiu andando,
ele "correu". Cada momento de demora custaria mais vidas.

A palavra "praga" sugere algo altamente contagioso, e para fazer expiação Arão teve de se expor deliberadamente a esse
contágio. Ele pôs sua própria vida a risco. Enquanto ficou ali movendo seu incensário, a fumaça subia numa coluna branca que
dividia os vivos dos mortos.

Onde aquela fumaça branca subia do incensário, a praga parava. Isto é intercessão: colocar-se – a risco da própria vida – entre
os mortos e aqueles que estão prestes a morrer, e depois oferecer oração e súplicas fervorosas, como a fumaça branca do
incensário, até que a praga cesse.

FALTA DE INTERCESSORES

Ezequiel 22.23-31 registra uma cena diferente. É semelhante às duas que acabamos de estudar no sentido de descrever os
pecados do povo de Deus, mas é diferente porque nenhum intercessor foi encontrado para se interpor entre o pecado do povo e
o juízo de Deus.

Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize-lhe (à terra de Israel): Tu és terra que não está purificada, e
que não tem chuva no dia da indignação.

Conspiração dos seus profetas há no meio dela... Os seus sacerdotes transgridem a minha lei... Os seus príncipes no meio dela
são como lobos... Contra o povo da terra praticam extorsão, andam roubando, fazem violência ao aflito e necessitado...busquei
entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a
destruísse; mas a ninguém achei.

Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação... Todas as classes da população tinham falhado inteiramente – profetas,
sacerdotes, príncipes, povo. Cada uma representa um determinado elemento da sociedade. Os "profetas" são os responsáveis
para trazer uma mensagem direta de Deus. Os "sacerdotes" são os líderes da religião institucional.

Os "príncipes" são os governantes seculares. O "povo" é o restante da população, o povo comum. A ordem de listagem destes
quatro elementos é importante. O processo de decadência começou com a liderança espiritual; depois o governo secular se
corrompeu; finalmente toda a nação foi atingida.

Apesar de todas as classes da sociedade terem se corrompido desta forma, a situação ainda não era desesperadora. Deus
procurava um homem, um intercessor, para tapar o muro e colocar-se na brecha para que ele pudesse poupar a nação inteira.

Mas porque ele não encontrou nenhum, derramou sobre ela sua indignação e a consumiu no fogo da sua ira. Um homem – um
intercessor – poderia ter poupado uma nação inteira do juízo!
Isaías 59 apresenta um dos mais temíveis quadros de fracasso e apostasia nas Escrituras. No entanto o povo a que este capítulo
se refere é um povo essencialmente religioso. Eis a sua confissão:

"Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós, porque as nossas
transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades; como o prevaricar, o mentir contra o Senhor, o retirarmo-
nos do nosso Deus, o pregar opressão e rebeldia, o conceber e proferir do coração palavras de falsidade.

Pelo que o direito se retirou e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas praças e a retidão não pode
entrar. Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso, e desaprovou o não haver
justiça. Viu que não havia ajudador algum, e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor" (v. 12-16).

"Não havia um intercessor". Até o próprio Deus se admirou disso! Era a derradeira evidência condenatória da incredulidade e
indiferença egoística que havia nos corações do seu povo.

QUALIFICAÇÕES DO INTERCESSOR

Concluindo, eu gostaria de dar quatro qualificações que vejo em todo verdadeiro intercessor. Primeiro, um intercessor, como
Abraão, precisa ter uma convicção absoluta da justiça de Deus:

que Deus nunca trará sobre os justos o juízo que somente os ímpios merecem. Ao mesmo tempo, ele precisa ter uma visão
cristalina da justiça absoluta e da inevitabilidade do juízo de Deus sobre os ímpios.

Segundo, ele precisa ter uma profunda preocupação com a glória de Deus, como Moisés que recusou duas vezes a oferta de
Deus de fazer dele o originador do maior povo na terra. A glória de Deus lhe era mais importante do que sua reputação pessoal.

Terceiro, um intercessor precisa ter um relacionamento íntimo com Deus. Ele deve ser alguém que possa estar diante de Deus e
falar com franqueza total, porém com reverência.

Quarto, um intercessor precisa demonstrar grande coragem pessoal. Ele deve estar preparado para arriscar sua própria vida,
como Arão que desprezou o contágio da praga a fim de tomar sua posição entre os mortos e os vivos.

Não existe um chamamento mais alto que o intercessor. Quando você se torna um intercessor, terá chegado ao trono. Você não
será visto pelos homens, porque esta é uma posição invisível a eles, atrás do segundo véu; mas no reino de Deus sua vida terá
valor no tempo e na eternidade.

Porque a intercessão é uma das formas mais elevadas de oração porque trata com uma das coisas mais preciosas que existem:
as almas dos homens e mulheres.

Atualmente, a igreja cristã está enfrentando um desafio espiritual - o desafio do Islamismo, Budismo e Hinduísmo, que tem se
espalhado em cada continente da terra. George Otis Jr. escreveu: "Enquanto o igreja avança para o ano 2000... multidões ainda
esperam no vale da decisão; a questão é quem vai alcançá-los primeiro. Nunca antes a igreja teve que enfrentar tal diversidade
de rivais comprometidos com os princípios do ativismo". (O Último dos Gigantes). Enquanto Deus escolhe seus vasos, e Seu
sacerdócio real, não podemos ignorar nossa responsabilidade para com esta geração de pessoas, desde a África até a Ásia, da
Europa até o Oriente Médio. Devemos entrar na batalha. É surpreendente a evidência de como a oração é efetiva e faz uma
diferença no destino de pessoas e nações.
Certamente Deus está disposto a responder orações. Resta aos homens e mulheres que se agarrem as vastas promessas que Sua
palavra contém sobre a oração. E.M. Bounds declara que "oração é a linguagem de um homem carregado com um sentido de
necessidade... Não orar não é apenas declarar que nada é necessário, mas admitir a não realização dessa necessidade".

Por razões além do nosso entendimento, parece que Deus se fez dependente de nossas orações. Isso é particularmente verdade
em como Deus depende da oração intercessória para preparar os não salvos para a salvação. Andrew Murray disse: "O intenso
desejo de Deus de abençoar parece que de alguma maneira está limitado a Sua dependência em intercessão como a mais
elevada expressão da disposição de Seu povo em receber e submeter-se totalmente ao exercício de Seu poder. "Além disso,
R.A. Torrey escreveu: "... tem havido reavivamento sem muita pregação, mas nunca houve avivamento sem oração poderosa".

Necessitamos agora que Deus mova as nações da JANELA 10/40. Felizmente, é para esses momentos que Ele prometeu
através do profeta Joel "derramar Seu Espírito sobre toda carne". Joel 2:28

Quando participamos em orar pelos países da Janela 10/40 podemos estar seguros de que Jesus estenderá Seu Reino através de
nossa intercessão. Enquanto chegamos a Sua presença com corações limpos e cheios de fé sabemos que Ele prometeu: "Pede-
me e te darei as nações por herança e os fins da terra por tua possessão". Sl.2:8.

VOCÊ CONHECE AS 62 NAÇÕES DA JANELA 10/40?

Conheça um pouco sobre as nações da Janela 10/40. Incentivamos você a participar de maneira mais direta no alcance destas
nações...através da intercessão, ou até mesmo indo. A nossa oração é que ao ler essas informações, Deus esteja falando ao seu
coração e te chamando para um compromisso verdadeiro e profundo para orar pelos povos menos evangelizados do mundo.

AS 62 NAÇÕES:

- ÍNDIA Evangélicos 1% - MAURITÂNIA Evangelicos 0 % - SUDÃO Evangélicos 3% - AFEGANISTÃO Evangélicos


0,02% - JAPÃO Evangélicos 3% - GUINÉ-BISSAU Evangélicos 1,2% - KUWEIT Evangélicos 0,5 % - BANGLADESH
Evangélicos 0,2 % - BUTÃO Evangélicos 0,03 % - ARÁBIA SAUDITA Evangélicos 0,007% - GUINÉ Evangélicos 0,75 % -
TAILÂNDIA Evangélicos 0,3 % - NIGER Evangélicos 0,1 % - KIRGHIZISTÃO Evangélicos 0,003 % - IRÃ Evangélicos
0,05 % - BUKINA-FASO Evangélicos 3 % - MALI Evangélicos 0,9 % - AZERBAIDJÃO Evangélicos 0,003 % - BENIM
Evangélicos 2 % - INDONÉSIA Evangélicos 6 % - LAOS Evangélicos 1,9 % - SAARA OCIDENTAL Evangélicos 0% -
EGITO Evangélicos 0,8 % - UZBKISTÃO Evangélicos 0,001 % - NEPAL Evangélicos 0,5 % - EMIRADOS ARABES
Evangélicos 0,7 % - ALBÂNIA Evangélicos 5 % - MARROCOS Evangélicos 0,01 % - IRAQUE Evangélicos 0,5 % - SRI
LANCA Evangélicos 0,9 % - ISRAEL Evangélicos 0,35 % - TADJIKISTÃO Evangélicos 0,001 % - CHINA Evangélicos 4 %
- DJIBUTI Evangélicos 0,03 % - LEMEN Evangélicos 0,01 % - VIETNÃ Evangélicos 0,6 % - FORMOSA Evangélicos 3 % -
BAHREIN Evangélicos 1,5 % - BRUNEI Evangélicos 0,06 % - LÍBANO Evangélicos 4,3 % - CATAR Evangélicos 0,007 % -
TURKOMENISTÃO Evangélicos 0,001 % - ETIOPIA Evangélicos 10 % - BISMÂNIA Evangélicos 4% - TIBET Evangélicos
0,02 % - ARGÉLIA Evangélicos 0,01 % -LÏBIA Evangélicos 0,1 % - MALÁSIA Evangélicos 2 % - OMÃN Evangélicos 0,1
% - CAZAQUISTÃO Evangélicos 0,004 % - TUNÍSIA Evangélicos 0,001 % - CAMBOJA Evangélicos 0,05 % - TURQUIA
Evangélicos 0,03 % - COREIA DO NORTE Evangélicos 0,5 % - SOMÁLIA Evangélicos 0,01 % - PAQUISTÃO Evangélicos
0,5 % - NIGÉRIA Evangélicos 17 % - MALDIVAS Evangélicos 0,1 % - JORDÂNIA Evangélicos 0,4 % - SENEGAL
Evangélicos 0,1 % - SIRIA Evangélicos 0,1 % - MONGÓLIA Evangélicos 0,1 %.

“Alegrei-me quando me disseram: ‘Vamos à casa de DEUS’. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém.
Jerusalém está edificada como uma cidade que é compacta. Onde sobem as tribos, as tribos do SENHOR, até o testemunho de
Israel, para darem graças ao nome de DEUS. Pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi. ORAI PELA PAZ DE
JERUSALÉM; PROSPERARÃO AQUELES QUE TE AMAM. Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos
teus palácios. POR CAUSA DOS MEUS IRMÃOS E AMIGOS, direi: PAZ ESTEJA EM TI. POR CAUSA DA CASA DE
DEUS, BUSCAREI O TEU BEM” (Salmo 122. 1-9).

Da mesma forma que os 10 mandamentos são ordenanças do SENHOR, também o de ‘orar pela paz de Jerusalém’ é um
mandamento – o SENHOR não está pedindo, mas ordenando que se ore pela paz de Jerusalém, aquela que é única, cidade
compacta, indivisível capital de Eretz Israel (Estado de Israel) e SOMENTE dela. A esta ordenança está atrelada uma bênção: a
de prosperidade (em todas as áreas da vida), mas, não para aqueles que oram pela paz de Jerusalém, senão, para aqueles que a
AMAM. É preciso amar a Israel, Jerusalém, para ter o coração correto para com Deus e poder orar por sua paz. Só o amor de
JESUS pode conduzi-lo(a), meu(minha) irmão(ã), a orar com entendimento, em compaixão, por este povo tão
desesperadamente carente de DEUS e que não sabe distinguir a mão direita da esquerda, ainda que seja o povo que,
diariamente profetiza bênçãos, ao praticar sua ortodoxia, tradições...

Mas, por que tal ordenança?

- por causa dos meus irmãos e amigos – sempre encarei a estes como sendo os hebreus, mas, o SENHOR me ensinou que são
minha parentela, meus amigos, as pessoas de meu convívio diário. Para que eles tenham paz, tenho que orar pela paz de
Jerusalém!

- por causa da Casa do SENHOR nosso DEUS – ali em Jerusalém, habitam os Seus tronos de justiça. Para que o reino de
DEUS siga sendo edificado aqui na Terra, é preciso que Israel esteja em nossas intercessões diárias. ‘Buscai 1o o Reino de
DEUS e a Sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas’ (Mateus 6. 33) – o estabelecimento de Seu Reino
passa pela restauração de Israel, física e espiritualmente.

- porque Israel é a chave para a abertura da Porta que liberará as bênçãos sobre si e as nações da Terra. A plenitude dessa
bênção é a VOLTA DE JESUS.

Oremos por Israel, DIARIAMENTE; ‘não descansemos nem demos a ELE descanso, até que Jerusalém seja levantada como
objeto de louvor na Terra’ (Isaías 62. 7).

Essa é a hora em que o Corpo de CRISTO tem que posicionar-se. O que DEUS espera de nós, amado(a)? Que possa declarar e
agir como Rute, a moabita, figura da igreja gentia, sobre quem não havia esperança, mas que, abrindo mão de sua própria
agenda e planos, optou por servir em amor, submissão, companheirismo e dedicação a israelita Noemi, figura de Israel,
desamparada, desolada, frustrada e rejeitada; e, com isso, passou a fazer parte da comunidade de Israel e de sua herança e
promessa de salvação e redenção, bem como da genealogia de JESUS, o MESSIAS de Israel. Rute, com seu gesto de serviço a
Israel, conheceu o Resgatador de Israel, fez aliança de casamento com ELE e trouxe ao mundo Aquele que poderia salvar e
libertar Seu povo, o próprio MESSIAS de Israel. Você, igreja do SENHOR JESUS CRISTO, pode declarar isso ao SENHOR,
seu DEUS, o DEUS de Israel, ELOHEI Israel é o Seu Nome: ‘Israel, “não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te;
porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o
meu DEUS; onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim DEUS, e outro tanto, se outra coisa que
não seja a morte me separar de ti”?’

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