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Carlo Baldari
Revista Treinamento Desportivo / 2006
Volume 7 • Número 1 • Página 50 a 57
1
Departamento de C. Desporto da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;
2
Department of health sciences – University Institute of Motor Sciences, Roma, Italy;
3
Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros, Brasil;
4
Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
50
Análise da Evolução da Carreira Desportiva de Nadadores do Sexo Masculino Utilizando a Modelação Matemática 51
the individual growth and maturation processes; ii) reflection 2. Diagnóstico do nível actual de performance e de
upon the orientation of training loads and their magnitude; iii) treino, que consiste na análise do nível de treino e de
implementation of measures to promote and organize the sport rendimento em cada um dos fatores determinantes da
according to the specificity of the training process. The adoption estrutura multifatorial da performance desportiva me-
of the aforementioned policies may help to predict the
diante a aplicação de testes científicos e desportivos, sen-
performance evolution of swimmers based on mathematical
do possível dividir os nadadores por níveis de treino;
models such as the model presented on this study.
Key-words: swimming; performance evaluation; maturation 3. Determinação dos objetivos metas de programa-
ção, treino e competição, fase fundamental para a defi-
nição dos objetivos para o desenvolvimento da
performance a longo, médio e curto prazo, servindo-se
de determinadas normas orientadoras. Paralelamente a
Introdução este processo, deve ser estabelecida uma programação
O
que coordena as fases do processo de treino com o ca-
objetivo de todo o nadador é alcançar o melhor re
lendário competitivo;
sultado possível, submetendo-se a um rigoroso pro-
cesso de preparação desportiva encarado como um pro- 4. Realização do treino e competição, que engloba as
cesso multi fatorial de utilização racional de todos os fa- actividades práticas concretas, i.e., as sessões de treino e
tores (meios, métodos, formas e condições) que permi- as competições;
tem direccionar a sua evolução assegurando o grau ne- 5. Controlo do treino e competição e auto-observa-
cessário da disposição para o resultado, o que implica ção, que engloba os controlos mediante observação, se
um constante controle do nível de performance, desde a possível em cada uma das sessões de treino. Os resulta-
planificação até ao desenvolvimento e regulação do pro- dos das competições em si mesmo, podem e devem, tam-
cesso, conceitos que derivam da ciência dos sistemas di- bém, constituir controlos;
nâmicos e que surge, fundamentalmente, da coincidên-
cia temporal de três linhas de investigação: a teoria ci- 6. Análise e comparação com normas, e consequente
1
bernética WEAVER , a teoria da informação SHANON auto regulação, que implica a análise actual (compara-
2 3
e WEAVER , e a teoria dos jogos . Trata-se de um méto- ção com as metas estabelecidas) dos dados de controlo,
do global de estudo e interpretação do conhecimento que possibilitando correcções imediatas durante o treino e/
parte de certas igualdades, correspondências ou ou competição, ou bem instruções posteriores para a
similitudes existentes num qualquer sistema modificação das tarefas.
(isomorfismo), numa tentativa de compreender a reali- Uma das fases fundamentais do verdadeiro proces-
dade desde a perspectiva da totalidade. No entanto, a so de desenvolvimento da performance desportiva co-
visão moderna do sistema de preparação desportiva meça pela definição dos objetivos, fator fundamental que
4
pressupõe a aplicação de outros sistemas : orienta a elaboração da planificação, de acordo com as
(1) Sistema determinístico fechado, no qual todas as normas da performance. A definição de objetivos inse-
fases são conhecidas, pelo menos numa elevada propor- re-se fundamentalmente no âmbito da psicologia do des-
ção, podendo ser aperfeiçoado através de circuitos fe- porto e pode ser encarada como uma técnica de inter-
chados em que se reforça o sistema mediante uma contí- venção comportamental utilizada como auxiliar do pro-
nua retroalimentação do processo; cesso de organização, planeamento e condução do trei-
5
no e da competição , e a sua formulação eficaz pressu-
(2) Sistema determinístico de carácter dinâmico, que 6,7
põe a inclusão de sete pontos importantes : (I) adopção
contenha um certo grau de aleatoriedade, sempre que o de uma orientação de objetivo preferencialmente a um
comportamento qualitativo não se altere e sempre que problema; (ii) estruturação dos objetivos em termos de
se suprime este critério aleatório que supostamente con- comportamentos específicos e mensuráveis; (iii)
tém. especificação dos comportamentos resultantes da orien-
A aplicação de um sistema determinístico (fechado tação dos objetivos; (iv) definição de objetivos difíceis
ou dinâmico) ao estudo e análise da performance mas realistas; (v) concepção dos objetivos em termos de
desportiva, pressupõe o entendimento de alguns con- curto prazo e preferencialmente a longo prazo; (vi) ava-
ceitos do processo complexo de planificação, desenvol- liação do sucesso exclusivamente em função dos seus
vimento e regulação e controlo, e no qual devem estar objetivos de performance; (vii) uso do reforço positivo e
centradas as principais medidas de treino, de acordo com negativo no sentido de maximizar as alterações.
as seguintes fases fundamentais. 6,7
VASCONCELOS RAPOSO , apresenta um modelo
1. Análise do desporto, Condição prévia para o pro- competitivo para a definição de objetivos, assentes em
cesso completo de planificação e desenvolvimento, com- seis níveis de intervenção vertical. No 1º nível estão ex-
portando: (i) conhecimentos acerca das condicionantes pressas as orientações dos objetivos (performance e re-
biomecânicas, fisiológicas e anatómicas da execução dos sultado). Num 2º e 3º níveis, as orientações dos objetivos
gestos desportivos; (ii) conhecimentos acerca do perfil interagem com os diferentes estilos de definição de obje-
de exigências condicionais, cognitivas, psíquicas, tivos integrados numa actividade de prática real (treino
antropométricas, sociais e materiais do desporto em ou competição) e as próprias expectativas para a prática,
questão; úteis para a definição dos objetivos específicos. Num 4º
52 António José Silva; Victor Reis; Laura Gudetti; Paulo Simões; André Carneiro; Jacinto Vasconcelos Raposo e Carlo Baldari
nível e após definidos os objetivos específicos e após a Os dados recolhidos, no âmbito deste trabalho fo-
interacção destes com a percepção do compromisso e com ram organizados, em dois modelos determinantes: i)
as respostas específicas em situação de treino e competi- Formulação do modelo, para a idade de obtenção das
ção, escolha da tarefa; esforço/intensidade; estratégia de melhores marcas (100/200m; 400m; 800/1500m); ii) for-
desenvolvimento; persistência e motivação contínua, te- mulação do modelo para o cálculo da Taxa Crescimento
mos o resultado desportivo (5º nível). O 6º nível e se- (%) resultados desportivos e sua modelação.
guintes, pressupõe a função propedêutica do modelo de
Modelação matemática para a idade óptima de
modelação matemática, na gestão do resultado
obtenção dos melhores resultados
desportivo obtido, mediante o grau de significância que
é atribuído ao resultado de performance em causa, po- Para o cálculo da idade óptima de obtenção dos re-
dendo ser conotado como o sucesso ou fracasso no de- sultados desportivos, foi aplicado o modelo matemático
8,9
sempenho de uma tarefa determinada. proposto por VAN TILBORGH , com três etapas defi-
nidas:
Apesar de toda a teorização existente no âmbito da
definição de objetivos, não existe, no caso da natação, ETAPA 1: Reconversão dos tempos analisados, num
forma de os operacionalizar numa estrutura concreta e sistema de pontuação. O sistema de pontuação foi base-
objectiva. É neste âmbito que surge o presente trabalho. ado numa função que respeita uma modelação matemá-
A utilização dos modelos matemáticos serve, dentro da tica no qual o recorde nacional absoluto (RNA) para cada
estrutura global de planificação e desenvolvimento da prova, sexo e piscina recebe 1000 pontos. Desta forma,
performance desportiva para objetivar e concretizar a uma constante (Cprova) específica, para cada prova, foi
operacionalização da definição de objetivos. calculada. Quando cada constante foi conhecida, a cada
tempo individual foi atribuída uma pontuação corres-
Assim, o objetivo do presente estudo é o de com base pondente à prova em questão;
na análise da tendência da taxa de crescimento dos re-
ETAPA 2: No sentido de relativizar a pontuação da
sultados e da idade óptima de obtenção dos melhores
prova de acordo com o grupo de idade em questão, de
resultados desportivos na natação, definir em termos
tal forma que a pontuação correspondente a um deter-
operacionais uma metodologia para a definição de obje-
minado tempo num grupo etário seja, por uma lado co-
tivos a longo e médio prazo (plano de carreira e etapas
erente com o constrangimento que é fornecido pelo re-
de formação desportiva) e a curto prazo (época de trei- corde nacional absoluto na referida prova, e por outro
no) na natação para nadadores do sexo masculino. lado, coerente com a idade no qual este tempo é obtido,
foi utilizada a média de tempos dos 10 melhores nada-
Metodologia dores para todas as idades, retirada da tabela de rankings
Caracterização da amostra atualizado da Federação Portuguesa de Natação. Com
este valor, aplicamos a fórmula da pontuação e obtemos
A amostra deste trabalho consistiu na análise dos dez uma pontuação absoluta;
melhores tempos dos rankings nacionais dos últimos 4
ETAPA 3: Para a finalização da parte superior da
anos, alcançados pelos nadadores de todos os agrupa-
curva, acima dos 18 anos e uma vez que, especialmente
mentos de formação e treino no sexo masculino e em
nos homens, a generalidade dos recordes nacionais ab-
piscina de 25m, num total de 13360 dados.
solutos são obtidos acima desta idade. Usamos um mo-
delo de regressão linear, nos 5 pares de dado conheci-
Procedimento aplicado dos (idade e pontuação) calculando-se a idade na qual
Após a recolha dos dados correspondentes os dados pontuação de 1000 pontos (máximo correspondente ao
foram organizados de acordo com o seguinte procedi- recorde nacional absoluto foi obtida).
mento: i) cálculo da média, desvio padrão e coeficiente
de variação dos tempos dos dez primeiros atletas em
Formulação do modelo para o cálculo da Taxa
todas as provas do calendário olímpico, para todos os
Crescimento (%) resultados Desportivos
escalões por ano de recolha; ii) expurgo dos outliers de- Para o cálculo da taxa de crescimento dos resultados
corrente da análise exploratória. desportivos, foi aplicado o seguinte algoritmo:
anos
sentado em 2.2.1. 20.5
Tabela 2 – Resultados da análise dos rankings e aplicação do modelo matemático para os nadadores do sexo masculino.
Tabela 3 – Resultados médios (segundos) da análise dos rankings e aplicação do modelo matemático por estilo e distância.
dos que decorreram da análise dos rankings para os lores da taxa de crescimento com um novo pico de cres-
nadadores do sexo masculino, com o cálculo da taxa cimento entre os 15-16 até aos 16-17 anos.
de crescimento dos resultados desportivos marcas por
Quando aplicamos a modelação matemática das cur-
prova.
vas de crescimento dos resultados desportivos, e com a
14 inclusão do constrangimento que foi calculado no ponto
100 m 200 m 400 m
anterior, podemos obter diferentes tipos de ajustamento
12
de acordo com o grau do polinómio escolhido.
10
Assim, a escolha do polinómio mais adequado, re-
8 caiu no que nos diferentes segmentos da curva apresen-
anos
Segmento
Prova Polinómio Resíduo
Idade
y=-0,013547*idade4+0,85253*idade 3-
11-13 1,02
19,642*idade 2+195,88*idade-707,07
Y=0,44055*idade 2-
13-14 1,85
2,7606*idade+3,8651/quadrática
100m
y=-0,013547*idade4+0,85253*idade 3-
14-15 1,02
19,642*idade 2+195,88*idade-707,07
y=-0,0046896*idade3+0,2667*idade 2-
15-21,5 1,82
5,5364*idade+42,679
y=-0,028143*idade4+1,765*idade3-
11-13/4 2,77
40,811*idade 2+411,56*idade-1520
y=-0,041409*idade 4+2,5942*idade3-
11-13/4 5,16
58,878*idade 2+602,50*idade-2221,9
Figura 3 – Modelação
matemática e respectivos
resíduos dos valores médios
das taxas de crescimento dos
resultados desportivos ao
longo das idades e por
agrupamento de distâncias de
nado.
ção do algoritmo utilizado, tal como já foi efetuado por fantis (13-14 anos) há uma alteração na condução do pro-
outros investigadores8,9. cesso de treino, com as necessárias as alterações fisioló-
É possível, desta forma, com base nos resultados gicas que daí resultam e que poderão influir no proces-
obtidos e partindo do pressuposto que a estruturação so natural de crescimento e desenvolvimento 18.
racional da preparação da carreira desportiva, visando Pela análise dos resultados, podemos verificar, tam-
o alcance dos melhores resultados desportivos, mediar bém que se assiste a um segundo salto evolutivo nos re-
entre os 8-10 anos definir concretamente as idades de sultados desportivos, que ocorre simultaneamente a um
início do treino sistemático, em Portugal, para os nada- outro fenómeno biológico que se verifica nos rapazes: a
dores do sexo masculino entre os 9-11 anos(1) . existência de um segundo salto pubertário16,17 do qual
Quando analisamos as taxas de crescimento dos re- resultam grandes aumentos na capacidade de produção
sultados desportivos e a sua modelação, podemos veri- de força16,19, incremento este com influência consequente
ficar que a tendência da curva poderá ter explicação ra- na capacidade de performance na velocidade.
cional nos fenómenos associados com o crescimento, Constatamos aqui também pela análise do gráfico
desenvolvimento e maturação dos diferentes sistemas que o 2º pico da taxa de variação tende a diminuir de
dos nadadores. valor ou mesmo desaparecer à medida que a distância
Após os dois anos de idade, a intensidade de cresci- aumenta, levando-nos a deduzir que o incremento da
mento em altura e peso desce de uma forma regular e força implica uma maior taxa de variação para as dis-
contínua, apresentando um aumento por volta dos 12 tâncias curtas pois beneficiam mais da potência muscu-
aos 16 nos rapazes, num período chamado de puberda- lar nas viragens e partidas.
de 11 . De acordo com MALINA e BOUCHARD 11 , Apuramos ainda que nas distâncias mais curtas ob-
FRAGOSO E VIEIRA12, SOKOLOVAS13, o ritmo de cres- tém-se um pico evolutivo mais baixo aos 12-13 relativa-
cimento máximo em altura e peso é atingido aproxima- mente às distâncias mais longas, fato que encontra ex-
damente por volta dos 14 anos nos rapazes e tem influ- plicação na bibliografia consultada13,15.
ências profundas no desenvolvimento das capacidades A capacidade da criança para realizar esforços
motoras, com a melhoria substancial dos valores de re- anaeróbios é mais baixa do que a dos adultos sendo este
sistência, força, velocidade, potência e várias outras des- fato devido a um menor nível da actividade da glicólise
trezas motoras14, refletindo-se este fato na performance anaeróbia, pois a actividade das enzimas glicolíticas é
competitiva11,15,16,17. menor nos jovens20. A potência anaeróbia e a capacida-
Para além dos fatores de ordem individual, as evi- de anaeróbia aumentam progressivamente durante o
dências maturacionais que se verificaram dos 12 aos 13 crescimento. O aumento destas durante o crescimento
anos também podem ser atribuídas ao treino, pois na parece estar relacionado com o aumento das dimensões
passagem do treino de cadetes (11-12 anos) para os in- corporais21.
(1)
Na época de 2001/2002 nadadores nascidos em 1993 e 1991 (escalão IV de formação desportiva), e nadadoras nascidas em 1995 e 1993 (escalão
IV, escolas de ensino e formação).
56 António José Silva; Victor Reis; Laura Gudetti; Paulo Simões; André Carneiro; Jacinto Vasconcelos Raposo e Carlo Baldari
Desta forma somos levados a concluir que as crian- panham as principais alterações biológicas que decor-
ças apresentam uma predisposição física limitada para rem com o processo de crescimento, desenvolvimento e
modalidades tipicamente anaeróbias como se pode con- maturação. Constatamos, ainda, que o processo de trei-
cluir pelos resultados obtidos. Podemos justificar ainda no desportivo tende cada vez mais a iniciar-se em ida-
estes resultados, pois as distâncias curtas (50 e 100m) des mais precoces na natação, e a maturação na criança
requerem mais força e velocidade que atingem o pico ocorre mais cedo devido ao processo de treino, e ainda
máximo de crescimento apenas no término do salto devido à melhoria da qualidade de vida, melhores hábi-
19
pubertário, aproximadamente aos 16 anos , daí a se ter tos alimentares, serviços de saúde pública.
inclusive constatado o 2º pico da taxa de variação com o Apuramos a existência de um segundo salto pubertal
valor mais elevado na distância de 50 metros aos 16 - 17 dos 16 aos 17 anos que corresponde à etapa do incre-
anos. mento máximo da força e velocidade.
Relativamente às distâncias mais longas (400m) pu- Verifica-se a predominância da capacidade aeróbia
demos constatar que estas apresentam os valores de taxa numa faixa etária inferior e uma limitada capacidade
de variação mais elevados no primeiro pico, destacan- anaeróbia nas crianças e adolescentes.
do-se das restantes distâncias. O treino da capacidade Com base na aplicação destas técnicas de modelação
aeróbia é na infância e adolescência conduzida no senti- matemática, conseguimos: i) por um lado, efetuar um
do de aumentar a resistência aeróbia para a melhoria e controlo e avaliação do processo de treino na natação
construção da resistência de base (funcional) 22 . A em Portugal, procurando estabelecer as tendências e
efectividade do treino aeróbio é maior, na altura em que perspectivas do seu desenvolvimento; ii) verificar um
se atinge o pico da velocidade em altura nos rapazes (14 ajustamento entre as exigências desportivas e a capaci-
anos). Biologicamente isto parece com sentido, tendo em dade de resposta do indivíduo em treino e competição.
conta as alterações que se verificam na função endócrina
neste estádio de desenvolvimento, esta é uma das razões
porque o trabalho aeróbio dos nadadores tem priorida-
de sobre o trabalho anaeróbio, isto apesar dos valores
do VO máximo expressos relativamente ao peso corpo- BIBLIOGRAFIA
2
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CONCLUSÕES
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No que se refere às idades ótimas de obtenção dos portantes. Revista del Entrenador Deportivo 1996. RD.
resultados desportivos, concluímos que quanto maior a Tomo X (2):5-13.
distância de prova mais cedo se verifica a idade ótima
6. Vasconcelos-Raposo J. Os factores psico-sócio-culturais que
para obtenção dos resultados. Quando aduzimos a este influenciam e determinam a busca pela excelência pelos
fato, a necessidade de a estruturação racional da prepa- atletas da elite desportiva portuguesa. Universidade de
ração da carreira desportiva, visando o alcance dos me- Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, tese de
lhores resultados desportivos, mediar entre os 8-10 anos, Doutoramento, 1993.
justifica-se a alteração da estrutura de programação 7. Vasconcelos-Raposo J. Manual de Treino para a Definição
desportiva a longo e médio prazo, de tal forma que: i) a de Objectivos. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Dou-
estrutura do processo de treino esteja em estreita corres- ro. Vila Real, 1994.
pondência com as particularidades individuais dos na- 8. Van Tilborgh L. Stuw- en remkrachten bij
dadores (velocistas, meio fundistas e fundistas); ii) se schoolslagzwemmers: berekening uit filmanalyse
verifique um redireccionamento da orientação dos con- (Propulsion and drag forces in breaststroke swimmers:
teúdos de treino e sua magnitude, face aos calculation from film analysis), 114 p. + appendices,
condicionalismos existentes; iii) sejam viabilizadas me- (Leuven: K.U.Leuven; doctoral thesis physical education),
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dos desportivos e sua modelação, podemos concluir que (eds), Swimming science V (International series on sport
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