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MINAS GERAIS
ITAPERUNA
SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
ul SÃO FIDÉLIS
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Par GOYTACAZES
Rio
TRÊS RIOS
NOVA FRIBURGO
TERESÓPOLIS
VOLTA
RESENDE REDONDA PETRÓPOLIS
BARRA DO PIRAÍ
RIO DE JANEIRO
Baía da
Ilha Grande
PS-RE-73-R0
Fevereiro de 1999
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Secretaria de Estado de Meio Ambiente
Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (SERLA)
Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul
Projeto BRA/96/017
MPO/SEPURB/PQA-ABC-PNUD-UFRJ/COPPE
Financiamento:BIRD
PS-RE-073-R0
Volume 1
Fevereiro de 1999
ÍNDICE
1. ASPECTOS GERAIS..................................................................................................................1
2. DADOS E BASES CARTOGRÁFICAS ....................................................................................2
3. ESTUDOS HIDROLÓGICOS ....................................................................................................3
3.1 Estudo de Chuvas Intensas .......................................................................................................3
3.2 Estudo de Cheias ......................................................................................................................4
3.3 Dados e Critérios Básicos.........................................................................................................5
3.4 Resultados Obtidos...................................................................................................................6
4. ESTUDOS HIDRÁULICOS.......................................................................................................7
5. DESCRIÇÃO DO PROJETO .....................................................................................................9
6. IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS..............................................................................................11
7. ORÇAMENTO..........................................................................................................................12
8. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO...............................................................................13
ANEXO A Desenhos
ANEXO B Memória de Cálculo de Quantitativos
Paraíba do Sul Projeto Básico
1. ASPECTOS GERAIS
O rio Barra Mansa tem sua nascente na serra da Carioca, próximo ao limite dos estados do
Rio de Janeiro e São Paulo. Desse ponto até a foz no rio Paraíba do Sul, o Barra Mansa
percorre um estirão de cerca de 27,3 km, drenando uma área de aproximadamente 103
km2. A maior parte de sua bacia possui características rurais. Apenas em seu curso inferior
o rio Barra Mansa atravessa áreas densamente ocupadas da região urbana do município,
que corresponde aos bairros São Luiz, Roselândia, Santa Clara e Boa Sorte.
1
Paraíba do Sul Projeto Básico
Para a elaboração do projeto básico de drenagem do rio Barra Mansa, trecho situado entre
a R.F.F.S.A. e a sua foz no rio Paraíba do Sul, foram coletadas todas as informações
disponíveis, junto à Prefeitura e a entidades como SERLA, DNAEE, FURNAS, dentre
outras ligadas a recursos hídricos.
Com relação a estudos e projetos anteriores foi obtido apenas um estudo desenvolvido pela
Secretaria Municipal de Planejamento Urbano de Barra Mansa, em 1994, intitulado
“Estudo para Recuperação e Revitalização do Rio Barra Mansa”, que forneceu algum
subsídio para avaliação dos problemas encontrados na bacia.
Os mapas temáticos de uso do solo, em escala 1:100.000, elaborados pelo Grupo Executivo
para Recuperação e Obras de Emergência – GEROE, serviram para determinar as
características do uso do solo e ocupação na área da bacia.
2
Paraíba do Sul Projeto Básico
3. ESTUDOS HIDROLÓGICOS
Este item descreve a metodologia adotada para a obtenção das vazões de cheia utilizadas
no dimensionamento hidráulico do rio Barra Mansa. Os estudos consistiram na
determinação das chuvas de projeto e na aplicação do método do Hidrograma Unitário
Triangular desenvolvido pelo Soil Conservation Service para tempo de recorrência de 20
anos. A figura 1, a seguir, mostra a bacia hidrográfica do rio Barra Mansa e a localização
das seções de cálculo de vazão.
As etapas necessárias para obtenção das vazões de cheia são descritas nos sub-itens a
seguir.
As equações foram obtidas através do método dos mínimos quadrados para diversas
recorrências. A equação geral é do tipo:
a
it =
(t + t o )
b
onde:
it = intensidade correspondente a um determinado período de recorrência em mm/h;
t = duração em min;
a, b e to = coeficientes.
Para o cálculo das chuvas intensas foi utilizada a equação do posto pluviométrico com
maior representatividade na bacia. A equação utilizada para o cálculo das precipitações
com Tr = 20 anos, encontra-se na tabela 3.1 a seguir, onde estão relacionados o curso
d’água, o posto pluviométrico e os parâmetros da equação de chuvas intensas utilizada.
Tabela 3.1
Posto Pluviométrico e Parâmetros da Equação de Chuvas Intensas Utilizada
Curso d´Água Posto Pluviométrico TR Parâmetros
(anos) a b to
Barra Mansa Volta Redonda 20 1503 0,78 14
3
Paraíba do Sul Projeto Básico
Como não foi possível realizar um estudo desta natureza para a bacia do rio Barra Mansa,
devido à inexistência de dados pluviográficos, foram empregadas curvas de redução
ponto-área desenvolvidas pela U.S. Weather Bureau, indicadas em “Drenagem Urbana –
Tucci, Porto e Barros (1995)”. A tabela 3.2 apresenta, para diversas durações, a
precipitação total obtida a partir dos coeficientes da tabela 3.1 e a precipitação reduzida
obtida com o emprego das curvas de redução mencionadas anteriormente, nas seções
BM1 e BM2.
Tabela 3.2
Precipitação Total e Reduzida para Diversas Durações
Duração Prec. Total Prec. Reduzida– Prec. Reduzida–
(h) (mm) BM1 BM2
(mm) (mm)
1 52,4 43,1 43,8
2 65,9 58,3 58,9
3 74,1 67,3 67,9
4 80,0 73,8 74,3
5 84,8 78,8 79,3
6 88,8 83,1 83,5
7 92,2 86,7 87,2
8 95,3 89,9 90,3
9 98,0 92,7 93,2
10 100,5 95,3 95,8
11 102,8 97,7 98,1
12 104,9 99,9 100,3
0, 208. A. Pe
Q p = Qb +
Tp
onde:
Qb = vazão de base (m3/s)
A = área de drenagem (km2)
Pe = precipitação efetiva (mm)
Tp = tempo de pico (h), sendo que:
Td
Tp = 0,6 Tc +
2
4
Paraíba do Sul Projeto Básico
0,0663.L0, 77
Tc =
I 0,385
Onde:
L - comprimento do curso d’ água até a seção de estudo (km)
I - inclinação média (m/m)
onde CN é o número de deflúvio (Curva Número), tabelado pelo SCS em função das
características fisiográficas e de ocupação da bacia, e Pt é a precipitação total associada à
duração Td.
5
Paraíba do Sul Projeto Básico
Tabela 3.3
Curva Número Médio das Sub-Bacias Estudadas
Tabela 3.4
Resultados dos Estudos Hidrológicos
Rio Local Área CN adotado Vazão
(Km2) (m3/s)
Barra Mansa BM1 103,1 70,0 96,8
BM2 89,5 70,0 89,3
A seguir são apresentadas as memórias dos cálculos hidrológicos efetuados para obtenção
das vazões de cheia nas sub-bacias selecionadas.
6
MODELO HUTSCS
METODO DO HIDROGRAMA UNITÁRIO TRIANGULAR DO US SCS
Seção BM1
Bm1.doc
ESTUDO DA CHUVA EFETIVA
Tempo de Recorrência ----> 20 anos
P R E C I P I T A C A O (mm)
DURACAO TOTAL TOTAL DISCRET. REORD. REORD. EFETIVA EFETIVA
(h) REDUZIDA ACUM. ACUMUL. DISCRET.
1.00 6.2 12.4 18.5 19.7 16.0 12.2 8.5 4.8 1.1
2.00 .0 10.0 20.1 30.1 31.9 25.9 19.9 13.9 7.8 1.8
3.00 .0 .0 7.5 15.0 22.5 23.8 19.3 14.8 10.3 5.8 1.4
4.00 .0 .0 .0 6.0 11.9 17.9 18.9 15.4 11.8 8.2 4.6 1.1
5.00 .0 .0 .0 .0 5.0 10.0 15.0 15.9 12.9 9.9 6.9 3.9 .9
6.00 .0 .0 .0 .0 .0 4.3 8.6 13.0 13.7 11.1 8.6 6.0 3.4 .8
7.00 .0 .0 .0 .0 .0 .0 3.8 7.7 11.5 12.2 9.9 7.6 5.3 3.0 .7
8.00 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 3.5 6.9 10.4 11.0 8.9 6.9 4.8 2.7 .6
9.00 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 3.2 6.3 9.5 10.1 8.2 6.3 4.4 2.5 .6
10.00 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 2.9 5.8 8.8 9.3 7.5 5.8 4.0 2.3 .5
11.00 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 2.7 5.4 8.2 8.6 7.0 5.4 3.8 2.1 .5
12.00 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 .0 2.5 5.1 7.6 8.1 6.6 5.0 3.5 2.0 .5
RESULT. 8.9 25.1 48.8 73.4 89.9 96.8 96.8 91.5 82.0 71.4 63.1 56.9 49.8 41.3 31.3 21.8 14.3 8.8 5.2 3.1 2.7
Bm1.doc
MODELO HUTSCS
METODO DO HIDROGRAMA UNITARIO TRIANGULAR DO US SCS
Seção BM2
Bm2.doc
ESTUDO DA CHUVA EFETIVA
Tempo de Recorrencia ----> 20 anos
P R E C I P I T A C A O (mm)
DURACAO TOTAL TOTAL DISCRET. REORD. REORD. EFETIVA EFETIVA
(h) REDUZIDA ACUM. ACUMUL. DISCRET.
RESULT. 9.2 26.7 52.0 74.5 86.3 89.3 85.9 77.4 67.0 58.5 52.3 47.6 41.4 33.5 23.8 15.7 9.6 5.5 3.1 2.3
Bm2.doc
Paraíba do Sul Projeto Básico
4. ESTUDOS HIDRÁULICOS
α 2V22 αV2
NA2 + = NA1 + 1 1 + he
2g 2g
α V 2 α V 2
he = L ⋅ S f + φ ⋅ 2 2 − 1 1
2g 2g
onde:
7
Paraíba do Sul Projeto Básico
Para avaliação do nível d´água do rio Paraíba do Sul na foz do rio Barra Mansa foi
utilizada a estação hidrométrica Barra Mansa (código 58300000), do DNAEE, localizada a
cerca de 2 km a montante daquele local. A partir da amarração da régua do referido posto,
à RRNN do IBGE (zero da régua = 369,711m), considerou-se como nível de partida para o
cálculo do remanso, o valor máximo registrado, no Paraíba, durante a cheia ocorrida no
período nov96/fev97, que equivale à cota 373,96m. De acordo com inferências feitas com
base nos estudos hidrológicos realizados pela COEST-CONSTRUÇÕES S/A para a CEG,
visando definir a travessia do gasoduto sob o rio Paraíba do Sul no município de Porto
Real, esta cota estaria associada em Barra Mansa, a um pico de cheia da ordem de 850
m3/s, correspondente a uma recorrência pouco inferior a 5 anos.
8
RIO BARRA MANSA
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO PARA VAZÕES DE TEMPO DE RECORRÊNCIA = 20 ANOS
NÍVEL D'ÁGUA DE PARTIDA = 374,15 m
Bm_final.xls
RIO BARRA MANSA
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO PARA VAZÕES DE TEMPO DE RECORRÊNCIA = 20 ANOS
NÍVEL D'ÁGUA DE PARTIDA = 374,15 m
Bm_final.xls
RIO BARRA MANSA
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO PARA VAZÕES DE TEMPO DE RECORRÊNCIA = 20 ANOS
NÍVEL D'ÁGUA DE PARTIDA = 374,15 m
Bm_final.xls
Paraíba do Sul Projeto Básico
5. DESCRIÇÃO DO PROJETO
O presente projeto básico refere-se ao trecho do rio Barra Mansa compreendido entre o
cruzamento com a R.F.F.S.A. e a sua foz no rio Paraíba do Sul, onde os problemas de
drenagem são muito críticos e a ocupação das margens é intensa e, praticamente,
consolidada. Trata-se de um estirão do rio com, cerca de, 3.330m e seção transversal em
solo, onde as residências e alguns estabelecimentos comerciais, invadem a calha principal,
estreitando, consideravelmente, a seção de escoamento. Em determinados segmentos, a
ocupação contínua impede o acesso pelas margens, dificultando os serviços de manutenção
e limpeza.
A degradação da calha, como vem acorrendo nos últimos anos, é responsável direta pelo
aumento da freqüência dos processos de inundação na bacia. No intervalo de dois anos,
ocorreram, a grande cheia de janeiro de 1997, quando os níveis superaram a rua
Florianópolis em 1,50m, e, mais recentemente, a cheia de janeiro de 99, também com
transbordamentos de menores proporções.
• Ampliação da seção transversal, com base nas dimensões mínimas requeridas pelo
projeto.
A execução das obras, ao que tudo indica, deverá exigir a retirada de algumas construções
existentes em ambas as margens, permitindo o acesso às mesmas, de forma intermitente. A
escolha das residências a serem desapropriadas, poderá, por exemplo, obedecer a um
critério que condene à demolição, aquelas que promovam maior estrangulamento à calha e
que, por conseguinte, apresentem maior interferência com a implantação das obras.
O projeto proposto, visa capacitar o já referenciado trecho do rio Barra Mansa para
atendimento a cheias de maior porte. Os critérios de projeto estabelecidos inicialmente,
consideravam a capacitação do estirão urbano do rio para o atendimento a vazões com
recorrência, da ordem de, 20 anos. Considerando-se a ocupação intensa existente em
ambas as margens, o projeto procurou respeitar, ao máximo, o traçado atual do rio, como
forma de reduzir, ao mínimo, o número de desapropriações de residências ribeirinhas.
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Paraíba do Sul Projeto Básico
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Paraíba do Sul Projeto Básico
A implantação das obras propostas para o rio Barra Mansa deverá seguir as indicações do
projeto e as Especificações Técnicas para obras civis descritas no Volume 2. O prazo
previsto para a sua realização é de 6 (seis) meses, contados a partir da ordem de início.
Conforme descrito nas referidas especificações, a densa ocupação das margens exigirá a
utilização de um método de dragagem especial, tendo em vista as dificuldades de acesso
das máquinas ao leito do rio.
Nos casos em que o acesso das máquinas não seja impedido, o método de dragagem deverá
ser o convencional, com drag-line. Sob as travessias, caso haja necessidade, a dragagem
deverá ser feita manualmente.
Em função do alinhamento das casas que invadem o leito do rio, que poderão dificultar a
execução dos serviços de dragagem, foi previsto o escoramento de determinados
segmentos do rio, utilizando-se perfis metálicos e pranchada de madeira. Nos casos de
danos que possam comprometer a estabilidade de determinadas residências, as mesmas
deverão ser protegidas através da cravação de estacas pré-fabricadas de concreto. Nas
situações de maior risco, deverá proceder-se à desapropriação do imóvel, mediante
indenização e posterior demolição do mesmo.
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Paraíba do Sul Projeto Básico
7. ORÇAMENTO
O orçamento para a implantação das obras foi elaborado tendo por base o Sistema de
Custos Unitários da EMOP (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro) -
12a Edição, sempre que possível. Os custos utilizados para o orçamento referem-se ao mês
de outubro de 1998. Nos casos em que os ítens do orçamento não tinham similar no
sistema EMOP, os custos foram estimados a partir de experiências anteriores da SERLA
em projetos similares.
Os ítens que se seguem foram estimados a partir de valores percentuais do custo total da
obra, praticados pela SERLA.
O custo total para a implantação do projeto, considerando uma taxa de BDI de 20%, foi
orçado em R$ 3.202.454,00 (Três milhões duzentos e dois mil quatrocentos e cinqüenta e
quatro reais), referentes ao mês de outubro de 1998, conforme apresentado na Planilha de
Quantidades e Preços, a seguir.
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PROJETO BÁSICO FOLHA 1 DE 2
Obras de dragagem do rio Barra Mansa, no município de Barra Mansa
* 1,2 3.202.453,93
Referência de Preços: EMOP outubro/1998 Bmansa.xls
Paraíba do Sul Projeto Básico
8. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
Meses
Item Descrição 1 2 3 4 5 6
1 Estudos e projetos 36% 16% 12% 12% 12% 12%
2 Serviços preliminares 30% 15% 10% 10% 10% 25%
3 Movimento de terra 5% 20% 20% 20% 20% 15%
4 Transporte 5% 20% 20% 20% 20% 15%
5 Serviços complementares 15% 18% 17% 18% 17% 15%
6 Galerias, drenos e conexos 5% 20% 20% 20% 20% 15%
7 Fundações 5% 20% 20% 20% 20% 15%
8 Programa de relocação 40% 20% 10% 20% 10% -
13
Anexo A
Desenhos
Anexo B
Memória de Cálculo de Quantitativos