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BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO

E ATIVIDADE FÍSICA
• Bioquímica
• Estudo da lógica molecular para a
manutenção da condição vital (Lehninger,
A.L, 1976).
• Reações químicas entre substratos
energéticos, aceleradas e/ou ativadas por
enzimas catalisadoras, e assistidas por
coenzimas a fim de gerar energia
eletroquímica, química, térmica, mecânica, e
produtos e subprodutos para reutilização ou
excreção.
O que é metabolismo?
• Metabolismo é o conjunto de transformações que as
substâncias químicas sofrem no interior dos
organismos vivos.
• É o conjunto de todas as reações químicas que
ocorrem nas células.
• Responsáveis pelos processos de síntese e
degradação dos nutrientes
• Constituem a base da vida, permitindo o crescimento
e reprodução das células.
Funções do metabolismo
• Produzir energia, na forma de ATP, através da
oxidação de nutrientes;
• Converter moléculas em material celular novo e em
componentes essenciais à célula;
• Processar produtos de origem endógena ou
exógena, visando sua posterior excreção;
• Produzir calor, que é, na verdade, produto colateral
do próprio metabolismo.
Anabolismo Catabolismo

SÍNTESE DEGRADAÇÃO

Com gasto de ATP


produção de ATP
Anabolismo – reações de Síntese
• São reações químicas que produzem
nova matéria orgânica nos seres vivos
com consumo de ATP.
• As reações anabólicas combinam
moléculas pequenas e simples, como os
aminoácidos, para formar moléculas
complexas, como as proteínas.
Catabolismo – reações de
degradação
São reações químicas que produzem energia
química (sob a forma de ATP) a partir da
decomposição ou degradação de moléculas
orgânicas mais complexas (proteínas,
gorduras, carboidratos) em produtos finais
menores e mais simples (NH3, CO2, ácido
láctico).
Substratos energéticos:

• São compostos que suprem as vias


metabólicas da energia que necessitam.
• “...carboidratos, lipídios e proteínas
proporcionam a energia necessária para
preservar as funções corporais durante o
repouso e a atividade física”. (Mcardle et.
al., 2003)
Reações químicas

Vias Metabólicas

Sequências de reações em que o produto de uma


reação é utilizado como reagente na reação
seguinte

Enzimas
Enzimas
• São proteínas catalisadoras de reações
bioquímicas metabólicas, atuando sobre
moléculas de substratos energéticos,
acarretando diversos processos celulares.
• Não alteram o balanço energético nem o
equilíbrio das reações em que intervêm:
apenas ajudam a acelerar um processo,
levando-o a alcançar seu equilíbrio muito
mais rápido do que uma reação não
catalisada.
Coenzimas

• Substâncias orgânicas não proteicas


necessárias ao funcionamento de certas
enzimas.

• NAD e FAD = coenzimas do Ciclo de Krebs


(CK).
• Muitas vitaminas são coenzimas de
processos vitais, conjugadas a cofatores de
íons metálicos de cobre, zinco e manganês,
cuja ingestão é necessária em nossa
alimentação.
• Vitamina A – respiração celular.
• Vitamina D – absorção e calcificação óssea.
• Vitamina E – controle de oxidação por
EROs.
• Corpo humano jovem = 75% H2O

• Reações bioquímicas meio aquoso.

• Boa hidratação é essencial para todos os


processos metabólicos, inclusive para
promover o anabolismo.
Repouso Exercício

Metabolismo Basal Contração Muscular


(Ex. Bomba Na/K)

Gasto de energia

ATP
ATP – trifosfato de adenosina
• Forma de armazenamento de energia do
organismo

• Pequena quantidade porém essencial para


a vida

• Necessidade de constante ressíntese da


molécula – suprimento continuo de energia
– para realização de todas as funções
ATP – trifosfato de adenosina
• ATP ADP + P Não há necessidade de O2

hidrólise

Liberação de energia
Digestão
Circulação
Contração Muscular
Síntese de tecidos
Condução Nervosa
Secreção Glandular
Formas de produção de ATP
• Compostos ricos em energia

• Reações de óxido redução


Compostos ricos em energia
• Metabolismo anaeróbico (alático e lático)
• Grande liberação de energia, porém
quantidade pequena de ATP nas nossas
células ressíntese!
– Fosfoenolpiruvato PEP
– 1,3 bifosfoglicerato (1,3 BPG)
– Fosfocreatina (PCr)
– ATP/ADP
– Glicose 1 fosfato G1P
– Glicose 6 fosfato G6P
Reações de oxido redução
• Metabolismo aeróbico
• Oxidação de macronutrientes da dieta
(CHO, PROT, LIP), reservas de glicose
(glicogênio) e ácidos graxos (TAG)
endógenos.
Metabolismo anaeróbico
• Alta intensidade
• Duração curta
• Fornecimento rápido de ATP
• Reservas capazes de produzir ATP
rapidamente:
– Fosfocreatina (alático)
– Glicogênio (lático)
Sistema ATP-CP
• Sistema Anaeróbico Alático – s/ consumo de O2.

• Fosfocreatina (PCr):
– composto rico em energia, alta transferência de energia
– Presente no músculo
• [PCr] no músculo é 4 a 10x > que a [ATP]
• [CK]
– Não necessita de outro substrato para produzir energia
– Fonte limitada de energia (pequena quantidade)
– Energia suficiente para ± 10 segundos de esforço
Fosfocreatina + ADP + H
CK – creatina quinase

creatina + ATP

Exercício de explosão
Curta duração
Alta intensidade
creatina
Síntese endógena: fígado, pâncreas e rins.

Precursores: Arginina, Glicina e Metionina.

Fontes exógenas:
Alimento Creatina (g/Kg peso)

Arenque ................................ 6,5 a 10


Carne de porco ..................... 5
Carne bovina ........................ 4,5
Salmão ................................. 4,5
Atum ..................................... 4
Bacalhau ............................... 3
Armazenamento:
músculo esquelético (95%) esquelético
Outros tecidos com quantidades significativas:
coração, cérebro, testículos e retina
60% encontra-se na forma de creatina fosforilada
(PCr)
No músculo observa-se maiores concentrações nas
fibras de contração rápida em relação às fibras de
contração lenta.
Homem de 70kg armazena cerca de 120-140g de Cr

Excreção: pela urina na forma de creatinina (+/-


2g).
suplementação

• Apesar de obter parte da Cr que


precisamos de fontes alimentares, seria
difícil atingir 3 a 4g de Cr/dia, além da alta
ingestão de colesterol presente nas
carnes.

• Aterosclerose, aumento do consumo


calórico, aumento do peso
estratégias
Dose mais comumente utilizada, dose de carga,
corresponde a um total de 20 a 30g de Cr/dia, em geral
Cr monoidratada; divididas em 4 a 6 doses de 5g, para
melhor absorção.
Alguns autores dizem q essa estratégia durante 5 a 7
dias já seria suficiente para aumentar o estoque de Cr
no músculo, o excedente é excretado na urina. Após o
término do período de carga inicial, sugere-se carga de
manutenção de 2 a 5g/dia.
Suspensão por 3 meses, antes de iniciar nova dose de
carga
Estudos fazendo a dose de carga+manutenção ou
só manutenção encontraram o mesmo resultado:
aumento de +/- 20% de Cr muscular. = limite de
entrada no músculo
• O suplemento de creatina para atletas foi regulamentado pela
ANVISA segundo a Resolução n. 18/2010, que dispõe sobre
alimentos para atletas.
• nos rótulos de suplementos de creatina para atletas devem
constar as seguintes advertências em destaque e negrito:
– “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à
saúde”;
– “Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos
e portadores de enfermidades”.
• Os suplementos de creatina para atletas devem conter de 1,5
a 3 g de creatina na porção definida pelo fabricante (Anvisa,
2010).
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SOBRE A COMPOSIÇÃO
CORPORAL DE PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 61. p.10-15. Jan./Fev.
2017
• Estudos demonstraram que, associando
Cr com CHO simples, como a glicose,
ocorre aumento no armazenamento de Cr
no músculo em até 60% comparado ao
uso de Cr isolada, efeito mediado pela
insulina.

• Não importa o horário


Efeito ergogênico creatina:
Aumento da massa magra
Aumento da força
Recuperação entre esforços repetidos de alta
intensidade
Ação antioxidante

Cr é uma substância osmoticamente ativa e,


induz o fluxo de água para o interior das
células.
01 grama Cr retém 15ml (ou g) de água
Anaeróbico lático – glicólise
anaeróbica
• Série de 10 reações químicas
• Acontece em meio aquoso dentro da célula e fora
da mitocôndria - citosol
• É a degradação incompleta da glicose/glicogênio
pela falta de O2
• Há formação de lactato – a [ ] depende da
intensidade do exercício
• Liberação de energia por 3 minutos
• Produção de energia menor que o sist. ATP-CP
Metabolismo AEróbico
• Atividades físicas de baixa/moderada
intensidade gastam uma grande quantidade
de ATP devido ao tempo maior de duração.
• Mitocôndria
• 3 vias:
– Glicólise aeróbica (glicogênio)
– Lactato
– Triglicérides (lipólise)
glicólise aeróbica
• Ciclo de Krebs
• Cadeia Transportadora de Elétrons
• Necessária presença de O2
• Ressíntese de ATP a partir da oxidação de
carboidrato, gorduras e proteínas – presentes
no músculo ou circulação
• Proteína: < contribuição energética: ± 5%
• Produção de CO2 e H2O
• Produção de ATP é grande e teoricamente
ilimitada
Produção de ATP:
38 a 39 moléculas.
CICLO DE KREBS
• Metabolismo oxidativo que fornece maior
parte de ATP
• Ocorre dentro da mitocôndria
• Inicia-se com a Condensação do AcetilCoA +
Oxalacetato
• Final: oxalacetato é sempre regenerado
• Formação de coenzimas reduzidas = NADH
e FADH2
CTE

Complexo I: oxidada elétrons do NADH gerados na matriz mitocondrial


durante o ciclo Krebs que transfere estes elétrons para a ubiquinona
Complexo II: oxidada elétrons do FADH2
Complexo III: recebe os elétrons dos Complexos I e II e os transfere para
complexo IV
Cmplexo IV: Citocromo C – transfere 4 elétrons para O2 – formando 2
moléculas de H2O
Cadeia Transportadora de Elétrons
• Cadeia respiratória ou fosforilação oxidativa
• É a convergência final de todas as vias de degradação
• oxidativa
• Os elétrons que estão juntos com NAD e FAD serão
entregues ao O2 no final da CTE
• ENERGIA: transporte contra o gradiente de prótons
através da membrana interna da mitocôndria
• Papel da CTE = realizar a oxidação do NADH e
FADH2 dar continuidade à oxidação dos
substratos
Cadeia Transportadora de Elétrons
• Ocorre nas cristas mitocondriais
• Hidrogênios retirados da glicose e presentes nas
moléculas de FADH2 e NADH2 são transportados
até o oxigênio, formando água.
• NAD e o FAD funcionam como transportadores de
hidrogênios.
• Há participação de citocromos (transportadores
de elétrons dos hidrogênios).
• À medida que os elétrons passam pela cadeia de
citocromos, liberam energia gradativamente. Essa
energia é empregada na síntese de ATP.
Destinos do Piruvato
• Lactato glicólise anaeróbica
• Etanol/ácido acético – fungos/bactérias
fermentação
• Acetil-CoA – Ciclo de Krebs
– Perde 1C - piruvato-desidrogenase
• Oxalacetato – intermediário do ciclo de
Krebs
– Ganha 1C – piruvato carboxilase
Obrigada!!!!

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