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ÁLGEBRA MATRICIAL
E O MODELO DE INSUMO-PRODUTO
2
Baseado em material de treinamento preparado por Joaquim José Martins Guilhoto e Paulo
de Tarso Gaeta Paixão.
1.1. MATRIZES....................................................................................................................................................... 4
1.2 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE MATRIZES ...................................................................................................................... 5
1.3 MATRIZ NULA ................................................................................................................................................... 6
1.4 MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES ............................................................................................................................. 7
1.4.1 Multiplicação de matrizes por um escalar ........................................................................................... 7
1.4.2 Multiplicação de vetores ...................................................................................................................... 8
1.4.3 Multiplicação de matriz por matriz ...................................................................................................... 9
1.4.4 Caso particular: vetores soma ............................................................................................................ 14
1.4.5 Caso particular: agregação de matrizes ............................................................................................. 15
1.4.6 Caso particular: matrizes singulares .................................................................................................. 16
1.4.7 Multiplicação de matrizes com o Excel .............................................................................................. 17
1.5 MATRIZ IDENTIDADE E MATRIZ ESCALAR ............................................................................................................... 20
1.6 TRANSPOSIÇÃO DE MATRIZES ............................................................................................................................. 21
1.6.1 Transposição de matrizes com o Excel ............................................................................................... 21
1.7 REPRESENTAÇÃO MATRICIAL DE SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ............................................................................ 22
1.8 INVERSÃO DE MATRIZES .................................................................................................................................... 22
1.8.1 Solução de sistemas de equações lineares ......................................................................................... 23
1.8.2 Inversão de matrizes com o Excel ....................................................................................................... 23
1.9 MATRIZES DIAGONAL ....................................................................................................................................... 26
1.10 PARTIÇÃO DE MATRIZES .................................................................................................................................. 27
1.10.1 Multiplicação de matrizes particionadas. ........................................................................................ 28
EXERCÍCIOS – SÉRIE 1 ............................................................................................................................................ 29
SOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................... 31
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................ 62
4
1.1. Matrizes
Por matriz entende-se uma coleção de valores tabulados em linhas e colunas, usualmente
apresentada entre colchetes, para auxiliar a visualização em conjunto das inter-relações entre
as variáveis por eles representadas.
Exemplo 1.1
Para uma empresa com 4 diferentes unidades de varejo, vendendo diferentes produtos A, B,
C e D, a disposição matricial é uma forma concisa de se acompanhar a evolução geral de
estoques por loja (variável das linhas) e por produto (variável das colunas):
Produto
Loja A B C D
1 120 110 90 150
2 200 180 210 110
3 175 190 160 80
4 140 170 180 140
a a12 a13
A 11
a21 a22 a23
5
2 1 3
M
4 6 12
sendo a11 = 2, a12 = 1, etc.
Quando m = n dizemos que a matriz é quadrada. Assim, a matriz do exemplo 1.1 é quadrada
e de dimensão 4x4.
Se n =1, ou seja, a matriz tem somente uma coluna, ela passa a ser um vetor coluna. Por
outro lado, se m = 1, temos então um vetor linha. Por convenção, os vetores serão
representados por letras minúsculas e em negrito, como a, b, p, x. Já as demais matrizes por
letras maiúsculas e também em negrito, como A, B, P, X.
Exemplo 1.2
Supondo que os números expressos no exemplo 1.1 sejam valores monetários, somando suas
colunas temos um vetor coluna expressando os totais por loja, e somando os valores das
linhas temos um vetor linha expressando os totais por produto. O total geral dos estoques,
2405, por sua vez é simplesmente um número, ou um escalar, usando a terminologia de
álgebra matricial, que expressa o valor total dos estoques.
Produto
Loja A B C D
1 120 110 90 150 470
2 200 180 210 110 700
3 175 190 160 80 605
4 140 170 180 140 630
b b b
B 11 12 13
b21 b22 b23
sua soma com a matriz A acima será calculada de acordo com a seguinte composição:
1 2 3
N
3 2 1
Sua soma e subtração com M, respectivamente, será
2 1 1 2 3 3 3 3 6
MN
4 3 6 2 12 1 7 8 13
e
2 1 1 2 3 3 1 1 0
MN
4 3 6 2 12 1 1 4 11
Observe-se que, em consequência desta definição, operações de adição e subtração só
podem ser efetuadas entre matrizes da mesma dimensão. Atendida esta condição, as
matrizes são ditas conformáveis para adição e subtração.
Exemplo 1.3
Supondo que a matriz D represente uma reposição de estoques nas unidades de varejo do
Exemplo 1, determinar o novo nível de estoques S por unidade distribuidora e por produto
(ibid., p.201).
40 20 50 10
25 30 10 60
D
15 0 40 70
60 40 10 50
Para encontrar o novo nível de estoques, e chamando a matriz do exemplo 1.1 de S,
basta resolver S + D:
A matriz nula contém somente zeros em suas células. Assim, quando adicionada a ou
subtraída de outra matriz de mesma dimensão, a deixa inalterada. Por exemplo, se tomarmos
a matriz M acima,
2 1 3 0 0 0 2 0 1 0 3 0 2 1 3
M0 M
4 6 12 0 0 0 4 0 6 0 12 0 4 6 12
Analogamente,
7
M0 M
ka ka12 ka13
kA 11
ka21 ka22 ka23
96 88 72 120
160 144 168 88
140 152 128 64
112 136 144 112
Somando-se as colunas, temos o novo valor de estoques por loja representado por um vetor
coluna, somando-se as linhas o novo valor por produto representado por um vetor linha, e
somando os totais ou por linha, ou por coluna, um escalar igual ao novo valor total de
estoques (1924), que é a resposta do problema:
96 88 72 120 376
160 144 168 88 560
140 152 128 64 484
112 136 144 112 504
508 520 512 384 1924
8
b11
b
b 21
b31
b41
se dará multiplicando-se sequencialmente os elementos das linhas vetor à esquerda pelos
elementos correspondentes das colunas do vetor à direita e somando-se os resultados. Como
temos somente uma linha à esquerda e uma coluna à direita, a operação se reduz a somente
um elemento, ou um escalar:
ab a11b11 a12b21 a13b31 a14b41 (1.2)
Notar que o resultado ba é totalmente diferente. Primeiro, não há soma, uma vez que cada
linha de b tem somente um elemento, o mesmo acontecendo com as colunas de a. Por outro
lado, temos agora 4 linhas à esquerda e 4 colunas à direita, e, para que a operação se
consuma, deve se repetir entre todas elas, resultando em uma matriz 4x4:
Q 12 8 10
1, 25
P 0, 75
0,50
l1 l1c1 l1cn
c cn
1
l m l mc1 l mcn
10
2 0 4
Q 1 1 2
3 4 5
2 4
3 6 7 33 59
P AB 1 2 e
12 9 11 3 5 66 121
2 4 54 48 58
3 6 7
P BA 1 2 27 24 29
3 5
12 9 11
69 63 76
Por esta razão, a ordem de multiplicação deve ser explicitada em álgebra matricial. Assim, no
caso de P=MQ, em linguagem matricial dizemos que M pré-multiplica Q, ou multiplica Q à
esquerda, e Q pós-multiplica M, ou multiplica M à direita.
Exemplo 1.6
(ibid., p203) Voltando ao exemplo 1.1, suponhamos agora que a matriz represente
quantidades físicas, e que os preços dos produtos A, B, C e D sejam respectivamente iguais a
200, 50, 100, 150, formando o seguinte vetor-preço:
200
50
p
100
150
Para encontrar o valor V dos estoques por loja, temos:
Exemplo 1.7
(ibid., p220) Uma cadeia de lanchonetes vende 1000 hamburgers, 600 cheeseburgers, e 1200
milk shakes em uma semana. O preço do hamburger é 0,45, do cheeseburger 0,60 e do milk
shake 0,50. O custo de um hamburger é 0,38, do cheeseburger 0,42 ed do milk shake 0,32.
Calcular o lucro da empresa na semana usando a) análise total; b) análise por unidade (este
exercício é usado em seu texto original para provar a propriedade distributiva da
multiplicação de matrizes).
a) Colocando os dados em notação vetorial, e chamando os vetores quantidades, preços e
custos respectivamente por q, p e c temos:
A questão que se coloca agora é: como organizar o cálculo vetorial para resolver o problema?
Multiplicar diretamente p por q para encontrar o faturamento F (um escalar), ou vice versa, é
impossível, pois os dois são inconformáveis para multiplicação. Como vimos, um deve ser
colocado como linha e outro como coluna. Recorrendo ao exemplo 1.5 acima, vemos que um
caminho é usarmos o transposto de q, calculando F = q’p. A multiplicação pq’, por sua vez,
embora também possível, levará a uma matriz 3x3 sem sentido para o problema proposto
(sobre transposição, ver 1.6).
Mas vamos usar a forma F = p’q, que levará ao mesmo resultado que q’p. Para o
faturamento, teremos:
1000
F 0, 45 0, 60 0,50 600 = 1410
1200
1000
C 0,38 0, 42 0,32 600 = 1016
1200
Obtido o lucro unitário, podemos obter o lucro total pós-multiplicando pelo vetor q, tomando
no entanto o cuidado de usar o seu transposto u’:
13
1000
L u ' q 0, 07 0,18 0,18 600 = 394
1200
1000 1000
L = F - C 0, 45 0, 60 0,50 600 - 0,38 0, 42 0,32 600 =
1200 1200
1000 1000
045 0,38 0, 60 0, 42 0,50 0,32 600 0, 07 0,18 0,18 600 =394
1200 1200
b11 b12
a11 a12 a13 p p12
AB b21 b22 11 P
p 22
a 21 a 22 a 23 b b32 21
p
31
b11 b21
a11 a12 a13 a a a a a a
a a b12 b22 11 b11 12 b12 13 b13 11 b21 12 b22 13 b32
21 22 a23 b b a21 a22 a23 a21 a22 a23
13 32
a b a b a b a11b12 a12b22 a13b32 p11 p12
11 11 12 21 13 31 p P
a21b11 a22 b21 a23b31 a21b12 a 22 b22 a23 b32 21 p22
(1.3)
Neste caso, a multiplicação pode ser entendida como combinações lineares dos vetores
colunas da matriz à esquerda com os elementos das colunas da matriz à direita. Ou ainda,
como somas dos vetores coluna da matriz à esquerda ponderadas por pesos definidos
pelas componentes de cada vetor coluna da matriz à direita.
Alternativamente, podemos considerar as linhas da matriz à direita como vetores. No caso,
então, teremos:
14
b b
a11 a12 a13 11 12 a11 b11 b12 a12 b21 b22 a13 b31 b32
b b
a
21 a22 a23 21 22 a21 b11 b12 a22 b21 b22 a23 b31 b32
b31 b32
a b a b a b a11b12 a12b22 a13b32 p11 p12
11 11 12 21 13 31 P
a21b11 a22b21 a23b31 a21b12 a22b22 a23b32 p21 p22 (1.4)
Agora a multiplicação pode ser entendida como combinações lineares dos vetores linhas da
matriz à direita com os elementos das linhas da matriz à esquerda. Ou ainda, como somas
dos vetores linha da matriz à direita ponderadas por pesos definidos pelos elementos de
cada vetor linha da matriz à esquerda.
Como será visto adiante, estas leituras alternativas da multiplicação de matrizes ajudarão na
interpretação de diversas operações recorrentes na Análise de Insumo-Produto.
1
a11 a12 a13 a111 a121 a131 a11 a12 a13
a 1
21 a22 a23 a211 a221 a231 a21 a22 a23
1
Analogamente, a soma das linhas de uma dada matriz pode ser obtida pela sua pré-
multiplicação (isto é, multiplicação à esquerda) pelo vetor-linha unitário:
a a12 a13
1 1 a11 a23
1a11 1a21 1a12 1a22 1a13 1a23 a11 a21 a12 a22 a13 a23
21 a22
Numericamente
1
2 1 3 2 1 3 6
4 6 12 1 4 6 12 22
1
e
2 1 3
1 1 2 4 1 6 3 12 6 7 15
4 6 12
Usualmente, um vetor coluna de elementos unitários é designado como i, e o vetor linha
unitário por i’. Ambos podem ser considerados como vetores soma.
15
6 12
A e
3 6
12 6
B
6 3
72 72 36 36 0 0
AB
36 36 18 18 0 0
2 0 4
2 1 3 14 13 25
P MQ 1 1 2
4 6 12 3 4 5 50 54 88
Utilizando o Excel 2010, a mesma operação pode ser efetivada de acordo com o seguinte
procedimento:
1. Digitar as duas tabelas em uma planilha Excel e selecionar a célula onde se localizará
o elemento a11 da matriz produto (célula B7 na figura, como indica a caixa nome
acima da coluna A à esquerda), assegurando o intervalo em branco suficiente para
abrigar a matriz resultado (no caso B7:D8, garantindo o número de linhas da matriz à
esquerda e o número de colunas da matriz à direita).
2. Digitar “=” na célula escolhida. O valor da caixa de nome muda para a abreviação de
uma função (no exemplo ABS), e o sinal = aparece na caixa de fórmulas (na figura,
acima da coluna C).
18
3. Clicando com o botão esquerdo do mouse na seta para baixo logo à direita da caixa de
nome, aparece uma lista das funções utilizadas mais recentemente. Selecionar a
função MATRIZ.MULT como indicado na figura abaixo. Caso a função não apareça
na lista, selecione “Mais funções...”, o que abrirá uma janela com a lista completa de
todas as funções disponíveis para seleção.
Finalmente, o resultado é conseguido clicando-se simultaneamente nas teclas ctrl, shift, enter.
A operação é então consumada, como indicado abaixo.
Por matriz identidade é entendida a matriz que, quando multiplicada por outra, a deixa
inalterada.
As matrizes identidade são sempre quadradas e usualmente indicadas por I , sendo
compostas por uma diagonal unitária e com todos os seus demais elementos nulos. A matriz
identidade de ordem 3, por exemplo, é:
1 0 0
I 3 0 1 0
0 0 1
1 0 0
2 1 3 2x1 1x0+3x0 2x0 1x1+3x0 2x0 1x0+3x1
4 6 12 0 1 0 4x1 6x0+12x0 4x0 6x1+12x0 4x0 6x0+12x1
0 0 1
2 1 3
4 6 12
21
k 0 0
0 k 0
0 0 k
2 4
M ' 1 6
3 12
transpor devemos selecionar três linhas e duas colunas. Caso o Excel retorne se “#VALOR!”
ao comando de transpor, ignorar e seguir em frente.
2 1
A
5 3
e ainda dois vetores coluna contendo respectivamente as incógnitas e os valores à direita dos
sinais de igualdade, sempre na mesma ordem em que são mostrados no sistema:
x 10
x 1; b (1.6)
x2 26
Então, graças às definições e regras de multiplicação de matrizes que foram descritas, o
sistema de equações pode ser sintetizado em forma matricial como a seguir:
Ax = b (1.7)
Ix (A1 )b , ou
x = A-1b (1.9)
Caso se queira checar o resultado, basta efetuar a multiplicação pela inversa e verificar se o
resultado é I. No caso de exemplo, é fácil verificar pelas regras de multiplicação de matrizes
que
x1 1 1
b 3 1 10 4
x A b 5 2 26 2
2 2
Ou seja, x1 = 4 e x2 = 2, o que pode ser verificado facilmente por substituição em (1.5).
Matrizes diagonal são matrizes quadradas com todos os seus elementos iguais a zero, com
exceção dos componentes da sua diagonal. Uma matriz diagonal de dimensão 4x4, por
exemplo, terá a forma geral abaixo:
d11 0 0 0
0 d 22 0 0
D
0 0 d33 0
0 0 0 d 44
Em álgebra matricial vetores linhas e colunas muitas vezes são transformados em matrizes
diagonal por demandas operacionais, ou seja, são diagonalizados, operação que usualmente
se denota com um acento circunflexo sobre o vetor. É importante observar que vetores linha e
coluna com elementos iguais resultam na mesma matriz diagonal. Ou seja, a mesma matriz
diagonal representa o vetor e seu transposto. Assim,
x1 0 0
xˆ 0 x2 0
0 0 x3
x1
x x2
x3
Enquanto a multiplicação dos estoques pelo vetor preço nos leva ao total por loja, como
mostra o exemplo 1.6, a multiplicação pelo vetor diagonalizado nos retorna os resultados por
loja e produto. Fazendo a operação em planilhas eletrônicas, a obtenção dos totais por loja
(totais das colunas) e por produto (totais das linhas) é imediato.
Uma propriedade das matrizes diagonal bastante empregada na análise de insumo-produto é a
de que a inversa de uma matriz diagonal é outra matriz diagonal em que cada elemento da
diagonal é o recíproco da matriz original. Ou seja:
1 / x1 0 0
1
xˆ 0 1 / x2 0
0 0 1 / x3
x1 0 0 1/ x1 0 0 1 0 0 1/ x1 0 0 x1 0 0
ˆˆ 0
xx1
x2
0 0 1/ x2 1
0 0 1 0 xˆ xˆ 0 1/ x2 0 0 x2 0
0 0 x3 0 0 1/ x3 0 0 1 0 0 1/ x3 0 0 x3
vez que as dimensões das matrizes trabalhadas serão todas compatíveis com os limites de
cálculo do Excel 10 para inversão.
1.10.1 Multiplicação de matrizes particionadas.
Dada a matriz 4x4 abaixo, vamos dividi-la em quatro sub-matrizes 2x2.
Os resultados são exatamente os mesmos que os obtidos multiplicando célula a célula, como
pode ser verificado.
29
Exercícios – Série 1
1.1 Uma empresa com 5 lojas tem 10 TVs, 15 FMs, 9 DVD players e 12 HDs na loja 1; 20
TVs, 14 FMs, 8 DVD players e 5 HDs na loja 2; 16 TVs, 8 FMs, 15 DVD players e 6 HDs na
loja 3; 25 TVs, 15 FMs, 7 DVD players e 16 HDs na loja 4; 5 TVs, 12 FMs, 20 DVD players
e 18 HDs na loja 5. Colocar este inventário em forma de matriz obedecendo à ordem descrita
e representando as lojas nas linhas e os produtos nas colunas (DOWLING, E.T., 2001,
p.208).
1.2 Os estoques da empresa do exercício 1.1 são repostos como indicado na matriz a seguir:
4 3 5 2
0 9 6 1
D5 7 2 6
12 2 4 8
9 6 3 5
1.3 Após a reposição de estoques acima (problema 1.2), ao final do mês as vendas foram
como segue:
8 12 6 9
10 11 8 3
R 15 6 9 7
21 14 5 18
6 11 13 9
1.4 Uma loja de roupas deu um desconto de 20% ao final do ano em todo o seu estoque de
camisas, paletós e ternos. Se V1 indica o valor dos estoques por produto (colunas) em suas
três filiais (linhas) antes do desconto, calcular V2 com os valores após o desconto (ibid.,
p211).
Obs.: utilizar o Excel; fazer a) multiplicando por escalar e b) multiplicando por matriz
escalar.
1.5 Considerando o exemplo 1.6, supondo um realinhamento do preço de A de 200 para 190,
e o de B de 50 para 60: a) qual o impacto no faturamento da empresa? B) como cada loja
seria afetada?
30
7 2 6 11
6 2
A 5 4 8 B C 4
3 1 9 5 0 3
14
D E 8 1 10 F 13 3
4
Determinar se os seguintes produtos são conformáveis: a) AC, b) BD, c) EC, d) DF, e) CA,
f) DE, g) DB, h) CF, i) EF. Caso positivo, indicar a dimensão da matriz resultado (ibid.,
p210)
1.7 Sabendo que o preço da TV é $300, o do FM $250, do DVD player $175 e do HD $125,
usar vetores para determinar o valor do estoque da loja 2 do problema 1.1 (ibid. p212).
1.8 Usando o Excel, calcular a) AB e b) BA, sendo:
4 9 8 1 2 0
A 7 6 2 B 5 3 1
1 5 3 0 2 4
1.10 Uma loja de aparelhos de som vende 700 CDs, 400 DVDs e 200 DVD players por
semana. Os preços dos produtos são respectivamente $4, $6 e $150. Seus custos, também
respectivamente, são $3,25, $4,75 e $125. Calcular o lucro semanal usando a) totais e b)
valores unitários (ibid., p221).
1.11 Inverter, com o Excel, as matrizes:
6 12 6 10
A e B
3 6 3 6
Comentar os resultados.
1.12 A condição de equilíbrio de três mercados inter-relacionados é:
31
11P1 – P2 – P3 = 31
-P1 + 6P2 – 2P3 = 26
-P1 – 2P2 + 7P3 = 24
1.13 A tabela a seguir mostra o volume de vendas mensais projetadas dos produtos X, Y e Z
para as três filiais de uma loja. Definir os preços de X, Y e Z de maneira que o faturamento
mensal mínimo por filial seja respectivamente R$ 53.600,00, R$ 26.400,00 e R$ 20.000,
perfazendo um total de R$ 100.000,00.
1
O trabalho de Kurz e Salvadori (2000) pode ser considerado uma obra prima em traçar as origens da teoria de
insumo-produto e, sem dúvida, este trabalho fornece a grande base teórica desta seção.
32
De acordo com a idéia de Leontief, a origem da sua teoria pode ser ligada ao problema do
fluxo circular da renda assim como ao problema da sua distribuição entre as classes
envolvidas dentro do processo produtivo. Preocupações estas que aparecem no seu artigo de
1928, “Die Wirstschaft Als Kreislauf” (Leontief, 1928), baseado no seu trabalho de
doutorado e que foi parcialmente traduzido para o inglês em Leontief (1991), “The Economy
as a Circular Flow”, assim como no seu artigo de 1936, “Quantitative Input-Output
Relations in the Economic System of the United States” (Leontief, 1936).
Tomando como base a teoria do fluxo circular, as origens da teoria de Leontief, apresentada
de forma esquemática na figura 2.1, podem estar relacionadas a autores que antecederam aos
fisiocratas, como William Petty (1623-87) e Richard Cantillon (1697-1734).
Figura 2.1 – Esquema das origens da teoria de Leontief
Willian Petty
(1623-1687)
Richard Cantillon
(1697-1734)
excedente poderia também ser expresso em termos do número de pessoas que poderiam ser
mantidas por um certo número de trabalhadores engajados na produção de bens.
Cantillon teve o seu trabalho, “Essai sur la Nature du Commerce en Général”, publicado
postumamente em 1755 (veja Cantillon, 1931) sendo fortemente influenciado pelo trabalho
de Petty. Ele enfatiza que todos os membros da sociedade subsistem com base na produção
da terra, o que parece indicar que a fonte de todo o excedente é a agricultura. Porém existem
passagens no seu trabalho que indicam que o excedente também pode ser gerado na
manufatura, na forma de lucro.
A visão de que somente a agricultura pode gerar excedente e de que a manufatura é uma
atividade estéril, gerando uma produção cujo valor não seria maior do que os insumos
agrícolas por ela utilizados, é apresentada no trabalho de François Quesnay (1694-1774),
“Tableau Économique”. Quesnay é considerado como sendo o fundador da Escola
Fisiocrata, a qual se opunha às idéias mercantilistas de Colbert. O Tableau apareceu em três
versões, sendo que a primeira deve ter aparecido no final de década de 1750 (Kuczynski e
Meek, eds, 1972, apresentam estas três versões).
O Tableau Économique, também conhecido como “tabela de ziguezague” é apresentado de
forma esquemática na Figura 2.2 (extraída de Baumol, 2000), a qual mostra: a) que a
agricultura é a atividade econômica produtiva e que a manufatura é a atividade estéril; e b)
como se dá a relação de produção entre estes dois macro-setores da economia.
É importante salientar, inclusive, que este trabalho foi admirado por Karl Marx, que, ao
mesmo tempo, apresentava-se como um crítico de Adam Smith.. Segundo Marx, o Tableau é
“uma concepção extremamente brilhante, incontestavelmente a mais
brilhante pela qual a economia política foi responsável até o
momento” (Marx, 1956, p. 344).
Achille-Nicolas Isnard (1749-1803), em seu trabalho “Traité des Richesses” (Isnard, 1781),
foi um crítico da doutrina fisiocrata com relação ao fato de que somente a agricultura seria
produtiva. Mais importante ainda, Isnard argumentava que o fato de um setor da economia
gerar uma renda superior aos seus custos de produção não poderia ser considerado de forma
independente das relações de troca entre os bens, ou seja, os preços relativos. Os preços
relativos não só refletiriam os custos de produção dos diversos bens, mas também a regra pela
qual o excedente seria distribuído entre as classes proprietárias.
Os conceitos de produção e do fluxo circular estão de certa forma presentes nos trabalhos de
Adam Smith (1723-1790), “An Inquire into the Nature and Causes of the Wealth of Nations”
(veja Smith, 1965) publicado em 1776, e de David Ricardo (1772-1823), “On the Principles
34
of Political Economy and Taxation” (veja Ricardo, 1982) publicado em 1817. Porém a volta
destes conceitos dentro de um ambiente da teoria de insumo-produto é verificado no trabalho
de Robert Torrens (1780-1864). Na segunda edição do seu trabalho, “Essays on the External
Corn Trade” (Torrens, 1820), voltam à discussão os problemas de quantidades relativas e
taxas de crescimento, e de preços relativos e taxas de lucro, tornando claro que o conceito de
excedente era a chave para explicar a divisão da renda.
Figura 2.2 – Tableau Économique de Quesnay
Karl Marx (1818-83) usou o Tableau como base para seu esquema de reprodução (Figura 2.3,
extraída de Baumol, 2000).
O fato interessante é que estas afirmações de Leontief acontecem após a sua mudança para os
EUA. No seu trabalho de 1928, conforme mostrado por Kurz e Salvatori (2000), o conceito
marginalista de homo oeconomicus é considerado inapropriado por Leontief, pois dá espaço a
muita imaginação e poucos fatos, portanto, a análise econômica deveria se concentrar no
conceito do fluxo circular.
Em oposição à visão acima, colocada por Kurz e Salvatori (2000), o trabalho de Davar (2000)
afirma que, apesar de haver diferenças entre os trabalhos de Leontief e Walras, é possível a
conciliação das duas teorias.
Lager (2000) apresenta uma discussão sobre economistas contemporâneos de Leontief que se
preocuparam com a teoria da produção, acumulação e distribuição (fluxo circular), e que de
alguma forma têm o seu trabalho relacionado com o de Leontief, como John Richard Hicks
(1904-1989), Piero Sraffa (1898-1983), John von Neumann (1903-1957), e Nicolas
Georgescu-Roegen (1906-1994)
Entre outros economistas de importância do século XX que tiveram os seus trabalhos
relacionados ao de Leontief, podemos citar: Alfred Kähler (1900-1981), Luigi L. Pasinetti
(1930- ), Paul Anthony Samuelson (1915- ), e John Richard Nicholas Stone (1913-1991).
2
Esta seção se baseia fortemente no trabalho de Polenske (2000).
38
2.2.1. Automação
A automação e as conseqüências que esta teria sobre os trabalhadores, e em especial sobre o
emprego, sempre foi um tópico que fascinou Leontief. Em princípio, ele acreditava que os
trabalhadores seriam substituídos por máquinas. Trabalhos futuros, Leontief (1952) e
Leontief e Duchin (1986), mostrariam que os trabalhadores não se tornariam obsoletos e que
estes se adaptariam às novas tecnologias, para tanto seria necessário um processo contínuo de
treinamento da mão-de-obra, ao mesmo tempo em que haveria uma diminuição das horas de
trabalho.
Apesar de existirem semelhanças entre o trabalho de Alfred Kälher (1900-1981) sobre
automação, desenvolvido originalmente na Universidade de Kiel, e o de Leontief, não se
pode garantir, em princípio, que houve troca de idéias entre ambos. Uma boa discussão a este
respeito pode ser encontrada em Gehrke (2000).
2.2.2. Desarmamento
Em dois momentos Leontief se concentrou no problema do desarmamento e quais seriam as
suas conseqüências sobre a economia americana.
No primeiro destes trabalhos, Leontief (1944), refere-se à preocupação de quais seriam os
impactos de reconverter a economia americana de uma economia de guerra para uma
economia civil e quais seriam os impactos sobre a produção e o emprego nos diferentes
setores da economia.
No seu segundo trabalho, Leontief et al. (1965), a preocupação se volta para a guerra do
Vietnã e quais seriam as conseqüências, de um lado, de uma diminuição dos gastos militares
com a guerra do Vietnã em 20%, e de outro, qual deveria ser o aumento nos gastos civis do
governo americano para compensar a queda dos gastos militares. Como a produção militar
dos EUA não se encontrava igualmente distribuída pelo país, Leontief decidiu trabalhar com
um modelo intranacional, em que os EUA foram divididos em 19 regiões. Os resultados
mostraram que os impactos do corte nos gastos militares seriam diferentes entre as diversas
regiões, sendo que um aumento de 2% nos gastos civis do governo dos EUA seria suficiente
para contrabalançar o corte nos gastos militares.
Os fatos, porém, foram outros, e o governo americano, durante a segunda metade dos anos de
1960, ao invés de diminuir, aumentou os gastos militares com a guerra do Vietnã em 20%.
2.2.3. Meio ambiente
No final dos anos 60, Leontief começou a se preocupar com o meio ambiente e o impacto que
os diferentes setores teriam sobre ele.
Apesar de trabalhos anteriores já terem tratado do problema do meio ambiente utilizando-se
de insumo-produto, como Cumberland (1966), Daly (1968), Isard et al. (1968), e Ayres e
Kneese (1969), Leontief não estava satisfeito com o enfoque destes trabalhos, até que em
Leontief (1970) apresenta a sua formulação de um modelo de insumo-produto que estuda o
problema de poluição do meio ambiente, implementado posteriormente em Leontief e Ford
(1972).
39
(1982), Miller, R.E., e P.D. Blair (2009), Dixon et. al. (1992), e Kurz, Dietzenbacher e Lager
(eds) (2000), Dietzenbacher, E. e M.L. Lahr (eds) (2004), Ten Raa, T. (2005) .
2.3.1. Visão geral
A figura 2.4 esquematiza a concepção de fluxo circular da renda, a qual é a base construtiva
dos sistemas de insumo-produto. Como indicado, o fluxo circular da renda é representado
tanto em termos físicos (em amarelo, “Fluxo de bens e serviços”), quanto em moeda (em
verde, “Fluxo de moeda”). Um circula no sentido contrário do outro, com isso mostrando um
sistema encadeado de relações de troca que permeia toda a economia em quatro mercados
básicos: consumo das famílias, fatores de produção, firmas e bens e serviços.
Figura 2.4 – Fluxo circular da renda
De acordo com esta concepção, uma economia funciona, em grande parte, para equacionar a
demanda e a oferta dentro de uma vasta rede de atividades. O que Leontief conseguiu realizar
foi a construção de uma “fotografia econômica” da própria economia; nesta fotografia, ele
mostrou como os setores estão relacionados entre si - ou seja, quais setores suprem os outros
de serviços e produtos e quais setores compram de quem. O resultado foi uma visão única e
compreensível de como a economia funciona - como cada setor se torna mais ou menos
dependente dos outros.
Esse sistema de interdependência é formalmente demonstrado em uma tabela conhecida
como tabela de insumo-produto; e tais representações demandam grandes investimentos, já
que elas requerem uma coleção de informações sobre cada companhia, a respeito dos seus
fluxos de vendas e das suas fontes de suprimento.
Enquanto setores compram e vendem uns para os outros, um setor individual interage,
tipicamente e diretamente, com um número relativamente pequeno de setores. Entretanto,
41
devido à natureza desta dependência, pode-se mostrar que todos os setores estão interligados,
direta ou indiretamente.
Como pode ser observado de uma forma esquemática na figura 2.5, as relações fundamentais
de insumo-produto mostram que as vendas dos setores podem ser utilizadas dentro do
processo produtivo pelos diversos setores compradores da economia ou podem ser
consumidas pelos diversos componentes da demanda final (famílias, governo, investimento,
exportações). Por outro lado, para se produzir são necessários insumos, impostos são pagos,
importam-se produtos e gera-se valor adicionado (pagamento de salários, remuneração do
capital, e da terra agrícola), além, é claro, de se gerar emprego. E, como mostra a figura 2.6,
estas relações econômicas se dão de acordo com a concepção de fluxo circular da renda.
Figura 2.5 - Relações fundamentais de Insumo-Produto
Setores Compradores
Set.
Vend Insumos Intermediários Dem. Prod
Final Total
A partir das figuras 2.7 a 2.9 é possível se fazer um maior detalhamento de como o modelo
apresentado na figuras 2.5 funciona.
A figura 2.7 mostra como é feita a utilização dos bens domésticos e importados, ou seja,
como estes são utilizados na produção corrente de outros bens, na formação de capital, no
consumo das famílias, pelo governo e outras demandas.
O modelo de insumo-produto assume que somente os produtos domésticos são exportados, o
que implica que os produtos importados devem necessariamente passar por um processo de
produção interna antes de serem exportados.
Governo
Consumo das
Produção Corrente Formação de Capital e
Famílias
Outras Demandas
43
Do lado da produção, como mostra a Figura 2.8, os produtos domésticos utilizam uma
combinação de insumos domésticos, insumos importados, trabalho, capital e terra (no caso
dos produtos agrícolas) para serem produzidos.
Figura 2.8 - Insumos utilizados no processo produtivo
Produtos Domésticos
Insumos Insumos
Trabalho Capital Terra
Domésticos Importados
Os fluxogramas mostrados nas figuras 2.7 e 2.8 podem, então, ser combinados em um único,
de modo a dar uma idéia de como o modelo funciona de uma maneira integrada. Veja a figura
2.9.
Renda
Renda
Produtos
Importados
A partir da figura 2.9 observa-se que são utilizados insumos domésticos (que foram obtidos
através da produção doméstica), insumos importados e insumos primários (trabalho, capital, e
terra) para a produção de produtos domésticos. Por sua vez, os produtos domésticos são
utilizados pelas indústrias como insumos intermediários no processo produtivo ou são
consumidos como produtos finais (exportações, consumo das famílias, gastos do governo,
investimentos, etc.). As importações podem ser de insumos intermediários que se destinam ao
processo produtivo, ou de bens finais que são diretamente consumidos pelos consumidores
finais.
A renda da economia é gerada através da remuneração do trabalho, capital e terra agrícola, a
qual é utilizada no consumo dos bens finais (sejam eles destinados ao consumo ou ao
44
3
Multiplicadores são abordados em detalhe na parte 4.
45
Setor Consumo
Setor 1 Governo Investimento Exportações Total
2 Famílias
Setor 1 z11 z12 c1 g1 i1 e1 x1
Setor 2 z21 z22 c2 g2 i2 e2 x2
Importação m1 m2 mc mg mi M
Impostos t1 t2 tc tg ti te T
Valor
w1 w2 W
Adicionado
Total x1 x2 C G I E
Onde:
zij é a produção do setor i que é utilizada como insumo intermediário pelo setor j;
ci é o consumo das famílias dos produtos do setor i;
gi é o gasto do governo junto ao setor i;
ii é demanda por bens de investimento produzidos no setor i;
ei é o total exportado pelo setor i;
xi é o total de produção do setor i;
tj é o total de impostos indiretos líquidos pagos pelos setores produtivos;
tc, tg, ti, te são os impostos indiretos líquidos pagos pelas atividades de demanda final
(respectivamente consumo das famílias, consumo do governo, investimento e
exportações);
mj é a importação realizada pelos setores produtivos
mc, mg, mi são as importações realizada pelas atividades de demanda final
(respectivamente consumo das famílias, consumo do governo e investimento);
wj é o valor adicionado gerado pelos setores produtivos;
Exemplo 2.1
O quadro 2.2 mostra um exemplo quantificado do quadro 2.1 com dados de produção,
consumo e valor adicionado de 2008 para o Brasil, na dimensão 3x3.
Tabela 2.1 Fluxos de Insumo-Produto Brasil 2008 3 setores, preços correntes4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Agro- Indústria Serviços Total do Exportação Consumo Consumo Consumo Formação Variação Total da Total
pecuária consumo da adm das das bruta de estoque demanda
2008 inter- pública ISFLSF famílias de capital final
mediário fixo
Agropecuária 23.224 148.110 5.065 176.399 29.846 72 0 49.499 14.950 8.960 103.326 279.725
Indústria 61.874 825.378 257.880 1.145.132 290.632 6.139 0 506.751 381.718 38.935 1.224.175 2.369.307
Serviços 19.992 358.517 543.379 921.888 93.817 605.894 34.987 932.995 69.707 71 1.737.471 2.659.359
Importações 13.378 190.328 54.816 258.522 0 0 0 86.819 63.193 0 150.012 408.534
Impostos 8.644 126.987 90.370 226.001 0 0 0 175.790 49.963 0 225.753 451.754
Valor adicionado 152.612 719.987 1.707.850 2.580.449 0 0 0 0 0 0 0 2.580.449
Total 279.725 2.369.307 2.659.359 5.308.391 414.295 612.105 34.987 1.751.853 579.531 47.966 3.440.737 8.749.128
Numericamente, temos:
zij = valores das tres primeiras linhas e colunas (ex: z11 = 23.224; z23 = 257.880)
ci = soma das colunas 7 e 8 (c1 = 0+49.499 ..., c6 = 0+0) 5
gi = valores da coluna 6 (g1 = 72, ..., g6 = 0)
ii = soma das colunas 9 e 10 (i1 = 14.950+8.960 = 23.910, ..., i6 = 0+0) 6
ei = valores da coluna 5 (e1 = 29.846, ..., e6 = 0)
x’i e xi = três primeiros valores da última linha (279.725, 2.369.307, 2.659.929), que
são iguais aos três primeiros valores da última coluna;
tj = valores da linha 5 (8.644,...);
mj = valores da linha 4 (13.378,...);
wj = os três primeiros valores da linha 6 (152.612...1.707.850).
E = exportações, total da coluna 5 (414.295);
G = consumo do govrno, total da coluna 6 (612.105);
C = consumo das famílias, total das colunas 7 e 8 (1.786.840);
I = investimento, total das colunas 9 e 10 (627.497);
M = importações, total da linha 4 (408.534);
T = impostos sobre produtos, total da linha 5 (451.754);
W = valor adicionado, total da linha 6 (2.580.449).
Dados estes valores, podemos calcular o PIB de 2008 de acordo com a equação (2.3):
4
Uma vez que o IBGE não tem MIP publicada para 2008, os valores desta tabela são calculados de acordo com
metodologia explicada na seção 3.4 e aplicada nos exercícios 3.2 a 3.4.
5
Nas tabulações do IBGE, o consumo das famílias é desmembrado em duas parcelas, consumo das famílias e
consumo das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias (ISFLSF).
6
Da mesma forma, o investimento é desmembrado em formação bruta de capital fixo e variação de estoques.
47
z
j1
ij ci g i ii ei xi , com i 1,2,..., n (2.4)
Assumindo-se que os fluxos intermediários por unidade do produto final são fixos, pode-se
derivar o sistema aberto8 de Leontief, ou seja,
n
a x y
j1
ij j i xi
(2.5)
i 1,2,..., n
onde:
yi é a demanda final por produtos do setor i, isto é, ci + gi + ii + ei. e
aij é o coeficiente técnico que indica a quantidade de insumo do setor i necessária para a
produção de uma unidade de produto final do setor j, e considerado como constante. Ou seja,
zij = aijxj (2.6)
e
Z Axˆ (2.7)
z ij
Vamos agora considerar a relação x j .
aij
Como esta expressão estabelece uma relação matemática entre a produção do setor j e os n
insumos intermediários utilizados para a sua obtenção, ela é compatível com a formulação de
uma função de produção, ainda que simplificada, uma vez que desconsidera outros insumos
importantes, como importações. Como, no entanto, é centrada nos insumos intermediários,
que são a base da modelagem de insumo-produto, é considerada como a função de produção
característica do modelo de Leontief, observando-se porém uma restrição.
Por definição, os valores zij/ a ij são constantes, uma vez que sempre são iguais a xj. Em
decorrência, pressupõe-se que zij seja o valor mínimo necessário para satisfazer esta relação,
uma vez que qualquer quantidade adicional do insumo seria perdida, dado o caráter constante
da relação. A função de produção, então é representada como segue:
7
Este valor era o mais atualizado no momento da elaboração deste texto. Como a metodologia do IBGE resulta
em revisões sistemáticas dos valores do sistema de contas nacionais, é possível que sofra modificações ao longo
do tempo. Ver seção 3.4.
8
O sistema aberto de Leontief considera a demanda final como sendo exógena ao sistema, enquanto que no
sistema fechado esta é considerada endógena (ver 2.3.4).
48
z ij
x j min (2.8)
aij
Se formos caracterizar esta função de produção por suas isoquantas, que são as curvas das
combinações possíveis de insumos para cada nível de produção, no caso de dois insumos por
setor teríamos uma configuração como a do segundo gráfico à direita da figura 2.10.
Figura 2.10 – Função de produção do modelo de Leontief
Resolvendo a equação (2.9) é possível se obter a produção total que é necessária para
satisfazer a demanda final, ou seja,
x = (I – A)-1y (2.10)
onde:
(I – A)-1 é a matriz de coeficientes diretos e indiretos, conhecida como inversa de
Leontief, que chamaremos de L.
Em L = (I – A)-1, o elemento lij deve ser interpretado como sendo a produção total do setor i
que é necessária para produzir uma unidade de demanda final do setor j.
Exemplo 2.2
Voltando à tabela 2.1, a matriz A pode ser obtida dividindo-se os valores das suas três
primeiras linhas e colunas pelos respectivos totais nas três primeiras células da última linha,
obtendo assim
I – A então será
y, por sua vez, corresponde à soma dos valores das três primeiras linhas, colunas 4 a 7, da
tabela 2.1
Observe-se que x, como obtido, corresponde aos três primeiros valores ou da linha 8 ou da
coluna 8 da tabela 2.1.
2.3.4 Modelo aberto e modelo fechado
Como visto no final da seção 2.3.1, aumentos de produção resultantes de aumentos da
demanda final contam não só com efeitos diretos e indiretos, mas também com efeitos
induzidos, os quais resultam do aumento dos rendimentos de trabalho, e consequentemente
do consumo das famílias, em resultado de um aumento de demanda final. Para se calcular
este efeito induzido é necessário endogeneizar o consumo e a renda das famílias no modelo
de insumo-produto. Desta forma, ao invés de utilizar a matriz A descrita acima, teríamos:
A hc
A
0
(2.11)
h r
onde A é a nova matriz de coeficientes técnicos (n+1) x (n+1) contendo mais uma linha
correspondendo a rendimentos do trabalho (hr) e mais uma coluna correspondendo ao
consumo das famílias (hc).
Da mesma forma, teríamos que os novos vetores de produção total x (n+1),1 e de demanda
final y (n+1),1 seriam representados respectivamente por
x
x (2.12)
x n 1
e
y*
y (2.13)
y n 1
onde os novos componentes estão relacionados à endogenização do consumo e da renda das
famílias.
Desta forma, o sistema de Leontief seria representado como:
x Ly (2.14),
sendo
L (I A) 1 (2.15)
51
Exemplo 2.3
De maneira a exemplificar numericamente o efeito induzido também para os dados de 2008,
primeiro vamos rearranjar a tabela 2.1 transferindo o consumo das famílias para a tabela de
consumo intermediário (coluna 4 na tabela 2.2) e separando do valor adicionado a renda das
famílias (linha 4), mantendo por construção os mesmos totais de linhas e colunas.
Tabela 2.2 Fluxos de Insumo-Produto Brasil 2008 3 setores, preços correntes, modelo
fechado
Agro- Indústria Serviços Famílias Total do Exportação Consumo Consumo Formação Variação Total da Total
pecuária consumo da adm das bruta de estoque demanda
2008
inter- pública ISFLSF de capital final
mediário fixo
Agropecuária 23.224 148.110 5.065 49.499 225.897 29.846 72 0 14.950 8.960 53.828 279.725
Indústria 61.874 825.378 257.880 506.751 1.651.883 290.632 6.139 0 381.718 38935,3977 717.424 2.369.307
Serviços 19.992 358.517 543.379 932.995 1.854.883 93.817 605.894 34987 69.707 71,0226448 804.476 2.659.359
Renda das Famílias 103.607 488.795 1.159.450 0 1.751.853 0 0 0 0 0 0 1.751.853
Importações 13.378 190.328 54.816 86.819 345.341 0 0 0 63.193 0 63.193 408.534
Impostos 8.644 126.987 90.370 175.790 401.791 0 0 0 49.963 0 49.963 451.754
Valor adicionado 49.005 231.192 548.400 0 828.596 0 0 0 0 0 0 828.596
Total 279.725 2.369.307 2.659.359 1.751.853 7.060.244 414.295 612.105 34.987 579.531 47.966 1.688.884 8.749.128
A pode então ser obtido dividindo-se os valores das 4 primeiras linhas e colunas pelos
respectivos totais por coluna:
53.828
717.424
y
804.476
0
279.725
2.369.307
x
2.659.929
1.786.840
Lembrando 2.14 e 2.15, podemos checar os valores acima:
52
279.725
2.369.307
x Ly
2.659.929
1.751.853
Observar que as três primeiras linhas de x são iguais a x, bem como o valor total das
transações (8.749.128), o que é esperado por construção.
Qual seria então a diferença entre aplicar um ou outro modelo? A explicação pode ser obtida
se compararmos L com L e y com y.
Se somarmos as três primeiras linhas das três primeiras colunas de L , que correspondem às
relações inter-setoriais do modelo aberto, obteremos, da primeira para a terceira coluna, 3,34,
3,51 e 3,25. Se fizermos o mesmo com os coeficientes de L como no exemplo 2.2, obteremos
os valores 1,70, 2,05 e 1,51, substancialmente menores que seus correspondentes no modelo
fechado.
Por outro lado, se somarmos as três primeiras linhas de y e y dados nos exemplos acima,
obteremos respectivamente 1.575.741 e 3.064.972. Ou seja, os coeficientes diretos e indiretos
a maior do modelo fechado são compensados pela diminuição de seus valores de demanda
final em comparação como o modelo aberto, já que o vetor de consumo das famílias foi
transferido para o consumo intermediário. Há assim uma compensação que garante o mesmo
total de transações como resultado de Ly ou de Ly .
No entanto, como no modelo fechado os coeficientes diretos e indiretos são maiores, este será
bem mais sensível a mudanças marginais de demanda final de exportações, do consumo do
governo, e de investimento que o modelo aberto. Assim, incorpora-se ao aumento de
produção o efeito renda, o que é bem mais plausível do que assumirmos que os aumentos de
produção não acarretem nenhuma mudança adicional na demanda final advindo dos
aumentos de rendimento por eles gerados. Cabe, porem, observar que os resultados do
modelo fechado muitas vezes levam a valores superestimados, sendo que a aplicabilidade de
um ou outro modelo deve ser analisada caso a caso.
53
9
“Rodada” entre aspas, pois, evidentemente, na prática o processo será outro, bem mais complexo.
54
Os valores obtidos coincidem, até a segunda casa decimal, com os valores de L obtido pela
inversão direta, como no exemplo 2.2. No entanto, se calcularmos x com esta inversa
aproximada, obteremos
278.948 0,28%
x 2.364.822; erro em relação ao valor exato 0,19%
2.656.383 0,11%
Os desvios, como visto, já são bastante baixos. No entanto, se compararmos com os valores
de x obtidos no exemplo 2.2, veremos que há erro ainda da ordem de bilhões de reais, o que,
dependendo da análise a ser feita, pode ser significativo. Se quisermos aproximação até a
ordem de milhões de reais, teremos que chegar a 10 parcelas na série, quando então
obteremos
279.654 0,03%
x 2.368.895; erro em relação ao valor exato 0,02%
2.659.086 0,01%
2.4 Regionalização
2.4.1 Introdução
Os modelos de insumo-produto vistos até aqui se referem basicamente a matrizes nacionais,
de uma única região. Quando se trabalha com modelos de várias regiões interligadas a
estrutura de análise é um pouco diferente.
Embora a análise em um dado nível de agregação reflita médias de produtores localizados em
regiões distintas, a estrutura produtiva de uma destas regiões pode ser significativamente
diferenciada de outra. Por estas razões, as aplicações dos modelos de insumo-produto em um
único nível de agregação, inicialmente de caráter nacional, como foi visto acima, com o
tempo suscitaram um interesse crescente na análise em nível regional, quer para o estudo da
interdependência entre uma dada região e o agregado maior a que pertencesse (sistemas
55
regionais), quer entre diferentes regiões e as suas diferentes agregações (sistemas inter-
regionais).
Existem algumas alternativas para a construção dos modelos de insumo-produto regional,
dependendo da disponibilidade e dos níveis de agregação envolvidos. Aqui abordaremos
somente construção de sistemas de insumo produto inter-regionais, o que pressupõe a
disponibilidade de uma base de dados de fluxos inter-setoriais para cada região envolvida.
Quando isto não acontece, existem também métodos simplificados envolvendo estimativas
indiretas, como exposto, por exemplo, em Miller, R.E., e P.D. Blair (2009), capítulo 3.
Set. Prod.
Reg. Insumos Intermediários Insumos Intermediários DF ML DF MM Total
ML MM
M M
De forma sintética, pode-se apresentar o modelo, a partir do exemplo hipotético dos fluxos
inter-setoriais e inter-regionais de bens para as regiões L e M, com 2 setores, como se segue:
56
Z LL Z LM
Z ML (2.19)
Z Z MM
onde,
ZLL e ZMM , representam matrizes dos fluxos monetários intra-regionais, e
ZLM e ZML , representam matrizes dos fluxos monetários inter-regionais.
z
j1
ij ci g i ii ei xi , com i 1,2,..., n
E ainda que a demanda final yi é igual à soma do consumo das famílias e do governo, dos
investimento e das exportações, i.e.,
yi = ci + gi + ii + ei.,
temos
n
z
j1
ij y i x i , com i 1,2,..., n
i
Supondo que a região L tenha n setores e a região M m setores, a equação acima assume a
forma
n m
xiL ziLL
, j z i,k yi
LM L
(2.20)
j 1 k 1
z ij
Lembrando a definição de coeficiente técnico aij , podemos então definir também os
xj
seguintes coeficientes técnicos intra-regionais:
zijLL
a LL
ij , que representam a proporção entre o que o setor j da região L compra do
x Lj
setor i da região L e a produção total do setor j de L, e
57
zijMM
a MM
ij , que representam a proporção entre o que o setor j da região M compra
x Mj
do setor i da região M e a produção total do setor j de M.
Da mesma forma, podemos definir os coeficientes técnicos inter-regionais:
zijLM
a LM
ij , que representam a proporção entre o que o setor j da região M compra do
x Mj
setor i da região L e a produção total do setor j de M, e
zijML
aijML , que representam a proporção entre o que o setor j da região L compra do
x Lj
setor i da região M e a produção total do setor j de L.
A partir daí, podemos definir a matriz A de coeficientes regionais intra regionais e inter-
regionais composta de quatro submatrizes inter e intra-regionais:
A LL A LM
A (2.21)
A ML A MM
onde ALL e AMM representam as matrizes de coeficientes técnicos intra-regionais de
produção, e ALM e AML representam as matrizes de coeficientes técnicos inter-regionais de
produção. Da mesma forma, definimos os vetores x e y a partir de subvetores regionais:
xL
x (2.22)
x M
yL
y (2.23)
y M
A partir daí torna-se possível aplicar o modelo de Leontief (2.10), x = (I – A)-1y, sendo A, x e
y definidos como respectivamente em 2.21, 2.22 e 2.23.
Exemplo 2.5
Vamos desagregar a tabela de fluxos de insumo-produto do exemplo 2.1 em duas regiões: L
= São Paulo e M = Resto do Brasil. Teremos o seguinte arranjo:
Tabela 2.3 Fluxos de Insumo-Produto São Paulo e Resto do Brasil, 3x3 2008
58
De acordo com a tabela, vemos então que, por exemplo, São Paulo em 2008 comprou dentro
do próprio Estado R$ 591 milhões em produtos agropecuários e ainda R$ 2.731 milhões do
resto do Brasil, como mostram respectivamente a primeira e a quarta célula da primeira
coluna. A isto ainda se acrescentam o valor das importações de produtos agropecuários do
exterior, ou resto do mundo, R$ 2.737 milhões. Somados a estes valores compras dos setores
da indústria e de serviços, e ainda impostos e valor adicionado, chegamos ao valor da
produção do setor agropecuário no estado de São Paulo em 2008, R$ 34.725 milhões, que
coincide com o valor da demanda total pelo produtos agropecuários de São Paulo no mesmo
ano, como mostra a última célula da primeira linha.
Os totais nacionais da tabela, como era de se esperar, sempre batem com os totais da tabela
2.1. Assim, se somarmos os totais para o setor agropecuário de São Paulo e do resto do
Brasil, seja na última linha ou na última coluna, vamos obter o valor de R$ 279.725, como na
tabela 2.1, e assim por diante.
Para aplicar o modelo de Leontief, precisamos primeiro construir a matriz Z, que corresponde
aos quatro quadrantes superiores à esquerda da tabela 2.3. Ou seja, recorrendo a (2.19),
temos:
A partir daí, podemos construir a matriz A como indicado em (2.21), seguindo procedimento
análogo ao já mostrado nos exemplos 2.2 e 2.3, chegando a:
59
Sempre como nos exemplos 2.2 e 2.3, a partir de A obtemos L e podemos então calcular x:
Exercícios – Série 2
Construir, usando o modelo de Leontief, um algoritmo que permita fazer análise de impacto
na produção total por setor a partir de mudanças na demanda final.
2.2 A tabela abaixo é uma expansão dos fluxos de consumo intermediário mostrados no
exercício 2.1, incluindo os componentes do valor adicionado e o pessoal ocupado (emprego).
Com base nestes dados, e no algoritmo calculado no exercício 2.1, expandir este útimo de
maneira a poder estimar como os dados de valor da produção, valor adicionado, salários e
emprego são impactados por alterações na demanda final.
10
Para método de cálculo ver seção 4.4.
60
2.3 Dados os fluxos da MIP interregional calculada para São Paulo e o resto do Brasil da
tabela 2.3 e reproduzida abaixo:
2008 São Paulo Resto do Brasil
Agropec Indústria Serviços Agropec Indústria Serviços ySP yRB y Total
Agropec 591 11.491 382 1.092 9.722 441 4.886 6.120 11.005 34.725
SP Indústria 9.378 181.721 75.967 14.301 103.101 34.227 300.987 133.827 434.815 853.511
Serviços 3.038 109.286 188.453 2.032 33.252 41.025 462.457 79.237 541.694 918.779
Agropec 2.731 31.652 1.125 18.355 91.938 2.463 11.659 85.076 96.736 245.000
RB Indústria 94 128.876 15.631 38.648 415.896 132.617 49.225 734.809 784.034 1.515.796
Serviços 2 13.015 10.717 14.828 202.054 303.276 19.915 1.176.773 1.196.688 1.740.580
Importações 2.737 82.080 22.031 10.642 108.248 32.784 46.535 103.477 150.012 408.534
Impostos 1.754 52.861 34.721 6.891 74.126 55.649 64.505 161.248 225.753 451.754
Valor adicionado 14.401 242.528 569.752 138.211 477.459 1.138.098 0 0 0 2.580.449
Total 34.725 853.511 918.779 245.000 1.515.796 1.740.580 960.169 2.480.568 3.440.737 8.749.128
Construir, usando o modelo de Leontief, um algoritmo que permita fazer análise de impacto
na produção total por setor e região a partir de mudanças na demanda final.
2.4 De forma análoga ao exercício 2.2, dada a tabela abaixo, expandir o algoritmo construído
no exercício 2.3 de maneira a poder estimar como os dados de valor da produção, valor
adicionado, salários e emprego, em São Paulo, no resto do Brasil, e no total do país, são
impactados por alterações na demanda final.
61
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