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A Bíblia suporta o machismo?

(VE Entrevista)
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Por Carolyn McCulley October 29, 2018

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“A primeira coisa que tive que aprender como uma nova convertida foi que nem tudo que
está na Bíblia é algo que devemos imitar, que é a história de Deus sendo gracioso,
redentivo e misericordioso com pessoas que estão sempre fazendo tudo errado.”
– Carolyn McCulley

Confira abaixo a entrevista com a autora de Feminilidade Radical:

Feminilidade Radical

Fé Feminina em um Mundo Feminista

Como podemos entender o delicado equilíbrio entre a influência cultural, a perspectiva


histórica e a autoridade bíblica quando se trata de nosso papel como mulheres no lar, no
trabalho, na igreja e na cultura? De que forma as três ondas do feminismo impediram a
visão de Deus para as mulheres? E, finalmente, como podemos entender para onde ir a
partir daqui? Em meio à confusão radical de nossa cultura acerca da feminilidade, Carolyn
ensina a verdade radical do plano sábio e gracioso de Deus para as mulheres.
CONFIRA

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Transcrição:
Carolyn McCulley: Essa é uma ótima pergunta.

A primeira coisa que tive que aprender como uma nova convertida foi que nem tudo que
está na Bíblia é algo que devemos imitar, que é a história de Deus sendo gracioso,
redentivo e misericordioso com pessoas que estão sempre fazendo tudo errado. Então,
talvez você encontre algumas histórias realmente terríveis no Antigo Testamento sobre a
maneira que mulheres eram tratadas, como o estupro de Tamar ou outras coisas, e se
pergunte, “Por que isso está na Bíblia? Por que isso está aí?” , ou o péssimo tratamento de
uma das concubinas ou basicamente qualquer coisa que você encontra em Juízes, e se
pergunte: “Isso não é bom. Por que está aí?” Está aí para mostrar que essas coisas são
erradas. Está aí para mostrar que a lei de Deus é muito mais santa e que a misericórdia de
Deus é muito maior do que podemos imaginar ao lidar com os seres humanos.

Então, a Bíblia condena o egoísmo, condena a violência e o abuso sexual e chega ao ponto
de simplesmente condenar a maneira que os homens às vezes deixam de se preocupar
com o bem-estar das mulheres que os cercam ou de se preocupar com o que acontece na

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vida das mulheres. Pedro, em sua epístola, ordena, “Maridos, coabitai com elas com
entendimento”, porque aprender a coabitar com uma mulher com entendimento requer
tempo e eu diria o mesmo para as mulheres em relação aos homens.

Então, meus olhos foram abertos quando eu me dei conta de que essas coisas não
estavam sendo valorizadas. Estavam sendo condenadas na Escritura. Então, quando você
vê esses pecados e você compara com a maneira com que Jesus interagia com as
mulheres de sua cultura, ele pegou as regras extra-bíblicas que foram criados pelos líderes
religiosos e descartou todas elas. Enquanto eles diziam, “Rabinos não podem conversar
com mulheres que não são suas esposas”, Jesus falava com as mulheres e compartilhava
a verdade. Enquanto eles diziam, “Você não pode ser tocado por uma mulher que está
menstruada ou de alguma outra forma imunda”, ele permitia isso porque a pureza dele,
seus propósitos redentivos superavam os pecados na vida das mulheres. Então, ele não
permitia dois pesos e duas medidas.

Quando alguém foi pego em adultério e foi apresentada a ele: “Está aqui a mulher, mas o
homem não!” O mais provável é que ela era vítima de abuso e que não houve uma relação
consensual. Ela foi apresentada a Jesus e ele viu todos os pecados que estavam
envolvidos – a presunção, as atitudes condenatórias, a misoginia – e ele mostrou a todos
a saída, que é: “Vocês estão focados no pecado de uma pessoa de forma estreita e míope e
eu vou falar sobre o pecado do grupo inteiro. Depois, eu não vou dar a ela um passe livre. Eu
vou dizer: ‘Vai e não peques mais’. Eu vou oferecer a ela a redenção, mas com base no
abandono do pecado”. Então, quando vemos isso, vemos a graciosa realidade da relação de
Jesus com as mulheres, tratando-as como adultas independentes que não são cidadãs de
segunda classe, mas que são pecadoras
e precisam de um Salvador.

De maneira muito graciosa, eu diria que isso é algo que nossa cultura não vê ou reconhece
em Jesus. Eles veem os maus exemplos no Antigo Testamento e eles veem os maus
exemplos atuais entre líderes da Igreja, que é algo que desanima muitas jovens mulheres.
O que eu digo é: Onde você vê esses escândalos sendo expostos, não entre em desespero.
De Deus não se zomba. Ele está pegando o que estava escondido no escuro e é a luz dele
que está expondo essas coisas. Ele está disciplinando o pecado na Igreja que traz
escândalo ao nome dele. Isso deve nos levar a se firmar nele de maneira ainda mais
graciosa, com mais gratidão, com mais adoração: “Senhor, você não faz vista grossa para
esse tipo de pecado. Obrigado, Jesus”.

Por: Carolyn McCulley. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com.


Traduzido com permissão. Original: A Bíblia suporta o machismo? (VE Entrevista).

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