Aula. TEC I Fundaes Rasas Profundas PDF

Engenharia Civil
Tecnologia dos construções I
Professor: Luiz Márcio Biagini

Engenheiro Civil e Estrutural
TEC 1 – Eng. Civil Prof. Eng. Luiz Márcio Biagini

EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES
DEFINIÇÃO E FUNÇÕES
Fundações Rasas ou Diretas
Item 3.1 da NBR 6122/2010
Na prática, fundação rasa é aquela em que

as escavações não superem 2,0 m de
profundidade.

Fundações Rasas ou Diretas
Quando não usar:
✓ Sobre aterros;
✓ Argila mole;
✓ Areia fofa ou muito fofa
✓ Existência de água, onde o rebaixamento torna-se de custo elevado;

Estados de compacidade e consistência dos solos, segundo NBR

Fundações rasas
Blocos
Definição:
- Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de
modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo
concreto, sem necessidade de armadura;

Fundações rasas
Sapata Isolada
Definição:
- elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de
tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura;

Fundações rasas
Sapata Isolada

Fundações rasas
Sapata Isolada

Fundações rasas
Sapata Isolada
✓ No caso de existência de sapatas vizinhas apoiadas em cotas diferentes, estas devem se distanciar
segundo a um ângulo não inferior a α com a vertical, para que não haja superposição de bulbos de
pressão;
✓ Pode ser adotado 𝛼 = 60º para solos pouco resistentes;

α = 45º 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒 𝛼 = 30º 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑜𝑐ℎ𝑎𝑠
✓ A sapata de cota inferior seve ser executada primeiro;

Fundações rasas
Sapata associada
Definição:
- Sapata comum a mais de um pilar;

Fundações rasas
Sapata corrida
Definição:
- sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao
longo de um mesmo alinhamento;

Fundações rasas
Sapata corrida

Fundações rasas
Radier
Definição:
• elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo os
carregamentos;
• O radier pode ser considerado uma grande sapata;
• A soma de todas as cargas sobre o radier dividida pela área do radier deve resultar em uma tensão inferior
a sua tensão admissível;
• Possuem armadura dupla e vigas nas bordas externas (reforço, enrijecedor);
• Possuem aproximadamente 10 cm de espessura e é geralmente utilizado em obras de pequeno porte, pois

o aumento da espessura pode inviabilizar o sistema devido ao grande consumo de aço e concreto;

Fundações rasas
Radier

Fundações rasas
Radier
Definição:
• O radier é empregado de forma econômica quando a soma das áreas das sapatas for superior à metade
da área de projeção da edificação;
• O radier possui entre suas vantagens a ocorrência de recalques uniformes, não causando deformações na
estrutura que sobre ele apoia devido a recalques diferenciais;

Fundações rasas
Radier

Fundações rasas
Radier

Fundações rasas
Radier

Fundações rasas
Viga alavanca ou viga de equilíbrio
Definição:
• Elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de cargas) e é dimensionado
de modo a transmiti-las centradas às fundações;
• Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das cargas dos pilares nelas
atuantes;
• São utilizadas para combater momentos fletores atuantes em blocos de fundações oriundos dos
carregamentos horizontais na superestrutura ou oriundos das excentricidades de fundações de divisa;

Fundações rasas
Viga alavanca ou viga de equilíbrio

Fundações rasas
Critérios adicionais segundo a NBR 6122/10
✓ Em planta as sapatas isoladas ou os blocos devem ter dimensões mínimas de 60 cm;
✓ Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade
não deve ser inferior a 1,5m;
✓ Em casos de obras cujas sapatas ou blocos estejam majoritariamente previstas com dimensões
inferiores a 1,0m, essa profundidade mínima pode ser reduzida;
✓ Na cota de apoio das fundações rasas, solo ou rocha, deve ser previsto a um lastro de concreto magro
(não estrutural) com no mínimo a 5,0 cm de espessura para assentamento da fundações;

Fundações rasas
✓ Para escavação mecanizada em solo a profundidade de escavação deve ser paralisada 30 cm acima
da cota de assentamento prevista, e a parcela final ser removida parcialmente;
✓ Para escavação em rocha quando forem empregados marteletes, rompedores ou até mesmo
explosivos, deverão ser removidos eventuais blocos soltos;
✓ Antes da concretagem, o solo ou rocha de apoio das sapatas, isento de material solto, deve ser
vistoriado por engenheiro, que confirmará in loco a capacidade de suporte do material;
✓ Esta inspeção pode ser feita com penetrômetro de barra manual ou outros ensaios expedidos em
campo;

Fundações rasas
✓ Caso seja necessário aprofundar a cota de

escavação além da cota de assentamento prevista
em projeto, a cota de projeto deve ser alcançada
com concreto magro com fck ≥ 10 MPa;
✓ Alternativamente pode-se aumentar o comprimento

do pilar desde que esta situação seja avaliada e
aprovada pelo projetista de estrutura;
✓ No caso com preenchimento com concreto magro,

o mesmo deve ocupar todo o fundo da cava e não
somente a área de projeção da fundação;
Fundações rasas
Critérios adicionais segundo a NBR 6122/10 e 6118/14

Fundações rasas
Critérios adicionais
segundo a NBR 6122/10
e 6118/14

Fundações rasas
Volume da sapata

Fundações Profundas
Item 3.7 da NBR 6122/2010

Fundações Profundas

TUBULÕES
TUBULÕES A CÉU ABERTO
Definição:
- são elementos estruturais de fundação executados por meio de escavação
de um poço aberto (manual ou mecanicamente) no terreno, geralmente dotado
de uma base alargada – visando a distribuição das cargas de maneira uniforme
no terreno de apoio. Após a escavação é concretado de forma a preencher
todos os vazios e posteriormente adição de armadura.

TUBULÕES
TUBULÕES A CÉU ABERTO – Escavação mecanizada

TUBULÕES
TUBULÕES A CÉU ABERTO – Escavação manual

TUBULÕES
Tipos de Tubulões a céu aberto:

- Tubulão com base circular – tubulão executado normalmente
quando não interferências com as dimensões da base, podendo a
mesma seguir as dimensões circulares definidas pelo projetista.
- Tubulão com base falsa elipse – tubulão executado da mesma

forma que o anterior diferindo-se apenas na base, pois a base é
executada em formato de uma elipse, devido a necessidade de
posicionamento no solo junto com interferências, seja por outros
tubulões ou por terrenos de divisa.

TUBULÕES
Procedimentos gerais:
• São executados acima do nível de água, podendo, caso o solo seja
saturado, realizar o rebaixamento do lençol freático.
• Ø mínimo do fuste de 70 cm, podendo adotar 60 cm quando houver

justificativa técnica de engenheiro especializado.
• Poderão ter base de seção circular ou em falsa elipse, sendo que no

segundo caso a relação do maior lado e o menor da base (b/a) ser <
2,5 vezes.
• Demanda de mão de obra especializada;
• Cobrimento mínimo = 3,0 cm

TUBULÕES
Procedimentos gerais:
• Apresenta aspectos econômicos reduzidos devido baixa densidade de
aço e concreto com consumo de cimento de 300 Kg/m³.
• O custo da escavação é relativamente relacionada a dureza do solo,

como argilas rija a dura, presença de pedregulhos e matacões e
presença de água.
• A altura da base não pode ultrapassa a 1,80 m;
• O roda-pé deve ter altura de 20cm;
• Ângulo formado entre a base e o fuste ser no máximo 60°;
• O Solo de apoio dos tubulões devem ser aprovados por engenheiro

geotécnico antes da concretagem.
TUBULÕES
Tipos:

TUBULÕES
Processo executivo:

TUBULÕES
Processo executivo:

TUBULÕES
Processo executivo:

TUBULÕES

TUBULÕES

TUBULÕES
Prescrições normativas gerais:
- Definição retirada da NBR 6122/10

TUBULÕES
Concretagem
- Ser realizada imediatamente após a conclusão da escavação;
- Excepcionalmente, caso não seja feita a concretagem conforme item acima, nova
inspeção deverá ser realizada removendo material solto ou eventual camada amolecida da
superfície de apoio;
- Concretagem feita através do lançamento direto do topo, através de funil com

comprimento mínimo de 1,5m;
- Não necessário o uso de vibrador, por esta razão o concreto deve ter plasticidade
suficiente para ocupar todo o volume da base;
- Definição retirada da NBR 6122/10

TUBULÕES
Definição retirada da NBR 6122/10

TUBULÕES

TUBULÕES
Principais vantagens:
• Custos de mobilização e desmobilização reduzidos, se comparados
com outras metodologias;
• Baixa intensidade das vibrações e ruídos;
• Comparação dos solos retirados durante escavação com as

características discriminadas nos relatórios de sondagem;
• As dimensões podem ser alteradas caso seja verificado que as

condições reais dos solos são diferentes das previstas nas sondagens;
• Para grandes cargas é possível apoiar cada pilar em um único fuste,

sem a necessidade de execução de bloco de coroamento.

TUBULÕES
Riscos durante execução:

• Desbarrancamentos e soterramentos;
• Choques elétricos associados a utilização de equipamentos elétricos –

marteletes; bombas iluminação...;
• Asfixia ou intoxicação com gases;
• Afogamentos (por inundações);
• Quedas de ferramentas e equipamentos;
• Riscos de ataque de animais peçonhentos;

TUBULÕES
TUBULÕES A AR COMPRIMIDO
Definição:
• Este tipo de solução é empregado sempre que se pretende executar
tubulões abaixo do nível d`água em solos que não atendem às condições de
tubulões a céu aberto. A escavação do fuste destes tubulões é sempre
realizada com auxílio de revestimento que pode ser de concreto ou aço
(perdido ou recupera)
Definição retirada da NBR 6122/10

TUBULÕES
• Estes são executados abaixo do nível de água (no máximo, 30 metros de

coluna de água), quando não possível esgotar a mesma;
• São geralmente usados para cargas elevadas (acima de 300 tf);
• Atualmente são mais utilizados em obras de pontes e viadutos;
• Devido a necessidade de trabalho sobre pressão essa técnica de fundação

está associada a diversos problemas de saúde nos operários.

TUBULÕES: TUBULÕES A AR COMPRIMIDO



TUBULÕES

TUBULÕES

VIGAS DE EQUILÍBRIO
• São estruturas destinadas a equilibrar cargas excêntricas de uma
estrutura para outra.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS - DEFINIÇÕES
• As estacas são elementos estruturais esbeltos e são executadas sobre
o solo por cravação ou perfuração. Tem a finalidade de transmitir
cargas ao solo, seja pela resistência de ponta ou pela resistência lateral
– ao longo do fuste – por atrito ou adesão.
Tipos de estacas mais empregados no Brasil:
• Estacadas escavadas (tipo trado);

• Estacas tipo Strauss;
• Estacas pré-moldadas de concreto;
• Estacas tipo Frank;
• Estacas em Perfis Metálicos;
• Estacas Escavadas com Fluido Estabilizante;
• Estacas tipo Hélice Contínua;
• Estaca tipo Raiz.
FUNDAÇÕES EM ESTACAS - CARACTERÍSTICAS
Fundações estacas

FUNDAÇÕES EM ESTACAS - DEFINIÇÕES
• Durante a execução deve-se observar se não há estacas de diâmetros
diferentes em um mesmo bloco;
• A NBR 6122/2010 prescreve que não é permitido o emprego de

estacas com Ø inferior a 0,30 m, sem travamento;
• É recomendável em que blocos de uma única estaca deve ser travados

em duas direções ortogonais. Para blocos de duas estacas travado em
uma direção, a partir de duas estacas, não é necessários travamentos.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Critérios executivos
- O espaçamento entre de centro a centro estacas é usualmente adotado como 2 x

Øestaca – para estacas cravadas ou 2,5 a 3 x Øestaca para estacas escavadas.
- Para execução das estacas próximo a divisa, deverá fazer análise prévia quanto
as dimensões do equipamento, visando verificar se o mesmo atende para
cravação das estacas de acordo com locação de projeto.
- Excentricidade de execução: Para estacas de qualquer dimensão, é aceitável,

um desvio entre o eixo da estaca e o ponto de aplicação da resultante das
solicitações do pilar de 10% da menor dimensão da estaca. Desvios superiores
deverá constar de verificações das implicações das excentricidades na
estabilidade da estrutura.
- O espaçamento entre estacas:

- Estaca de divisa:

- Desaprumo: Não há necessidade de verificação de estabilidade e resistência,

nem de medidas corretivas para desvios de execução, em relação ao projeto,
menores do que 1%.
- Analisar as características geométricas dos equipamentos quanto a altura e

largura, visando verificar se há possíveis interferências no site da obra que
impedem a operação;
- Executar estacas garantindo o posicionamento exato da locação do projeto e

verificar prumo durante execução;

- Deslocamento das estacas: constatado o levantamento de estacas, oscilação

do nível do concreto ou outros efeitos, devem ser adotadas providências como
reprogramar sequência executiva, executar pré-perfurações, reforçar a estrutura
da estaca; recravar por prensagem ou percussão as estacas íntegras.
- Densificação do solo: alguns tipos de solos como aterros e areias fofas, sofrem
densificação (compactação) pela cravação de estacas, formando um bloco de
solo compacto, podendo impedir a cravação das demais estacas. Portanto, a
sequência executiva deve ser do centro do grupo para a periferia ou de uma
lateral a outra.

- Escavação para blocos de estacas:

- Escavação para blocos de estacas: (Vídeo)

- Preparo da cabeça das estacas:




FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Blocos de coroamento
- Elemento de fundação responsável pela transferência dos esforços (de

compressão, horizontais, de tração e momentos) para quaisquer estacas e
tubulões.




• Armação
- As estacas ou tubulões, quando solicitados a cargas de compressão e

tensões limitadas aos valores da tabela 4, da NBR 6118, podem ser
executados em concreto não armado, exceto quanto à armadura de ligação
com o bloco (“ armadura mínima”).
- Cobrimento da armadura: espessuras de cobrimento para estacas de

concreto devem obedecer à NBR 6118 em função da classe de agressividade
do meio.

Tabela 4 – Estacas moldadas in loco – NBR 6122

FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Classificação
• As fundações em estacas são classificadas de acordo com o tipo de

material, como estacas de concreto; metálicas; de madeira e mistas.
• Ou classificadas de acordo com o processo executivo, sendo separadas

pelo efeito que causam no solo durante a execução, são classificadas como:
- Estacas de deslocamentos – são as estacas cravadas em geral, pois ao

serem executadas promovem o deslocamento horizontal do solo, sem
remoção ou substituição;
- Estacas de substituição – são as estacas escavadas, em que durante o

processo executivo o solo onde será inserida a estaca é removido ou
substituído.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Classificação
Tipos das principais estacas executadas no Brasil

FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Estacas escavadas
– ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO - CONCEITO

• São estacas moldadas in loco, por meio da concretagem de um furo executado por trado espiral, sendo
empregadas onde o perfil do subsolo tem características tais que os furos se mantenha estável sem
necessidade de revestimento ou de fluido
estabilizante.
• A profundidade é limitada ao nível do

lençol freático e presença de matacões.

FUNDAÇÕES EM ESTACAS
– ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO - CARACTERÍSTICAS
• A perfuração é feita com trado curto acoplado a uma haste até a profundidade especificada em projeto
• As características do solo podem ser confirmadas através da comparação com a sondagem mais próxima.
• Quando especificado em projeto, o fundo da perfuração é apiloa –

do com soquete.
• A concretagem é feita através de um funil (comprimento mínimo

de 1,5m) que tem como finalidade a orientação do fluxo de concreto.
• A concretagem deve ser feita no mesmo dia da perfuração;
• Abrange faixa de carga entre 20 e 80 tf

• Não devem ser executadas estacas com espaçamento inferior a 3Ø em intervalo inferior a 12h;
• No preparo da cabeça das estacas podem ser feitas demolições com ponteiro manuais ou marteletes
elétricos com potência < 1000 W, para estacas até 900 cm²;
Concreto

• Os diâmetros variam de 25 cm à 2,5m e a profundidade pode chegar a 40 m.

Mais comum execução de Ø de 25 a 50cm, e profundidades de até 6,0m

– ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO - VANTAGENS
• Possibilita a execução de estacas próximas à divisa;
• Permite o conhecimento de todas as camadas de solo atravessadas;
• O posicionamento da perfuração tem grande versatilidade e agilidades,

possibilitando grande produtividade;
• Apresenta um dos menores custos dentre as fundações profundas, devido ser uma
solução limpa, agilidade no processo executivo e facilidade de mobilização e
desmobilização;
• Ausência de ruídos excessivos e vibrações durante perfuração;
• Possibilidade de perfuração em solos de resistência elevada;


– ESTACAS ESCAVADAS COM TRADO MECÂNICO - LIMITAÇÕES
• Não indicadas para solos com argilas muito

moles;
• Não indicadas para solos arenosos podendo

acarretar no estrangulamento das estacas;
• Nível do lençol elevado, dificultando ou impedindo

a execução sem revestimento ou uso de lama;

ESTACAS STRAUSS - conceitos
• É um tipo de estaca moldada no solo que requer um equipamento

relativamente simples – um tripé com guincho, um pequeno pilão; uma
ferramenta de escavação e tubos de revestimentos;
• Segundo a NBR, o revestimento integral assegura a estabilidade da

perfuração e garante as condições para que não ocorra a mistura do concreto
com o solo ou estrangulamento do fuste da estaca;
• O processo executivo é semelhante ao da sondagem a percussão (SPT).

Estacas Strauss - conceitos
• Executada através da escavação, mediante emprego de uma sonda

(piteira), com simultânea introdução do revestimento;
• O revestimento tem seu comprimento aumentado pelo emprego de

segmentos rosqueados até a profundidade da estaca;
• A concretagem é realizada lançando-se o concreto no interior da camisa

metálica, sendo apiloado por golpes do pilão, removendo o revestimento
simultaneamente;
• A ponta da estaca deve estar em material de baixa permeabilidade e limpa

antes da concretagem.
Estacas Strauss

FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Estacas
Estacas Strauss - Características
• Abrange faixa de carga de 20 a 85 tf;
• Os diâmetro variam de 25 cm a 52cm;
• Não geram vibrações para as estruturas vizinhas, podendo ser executadas

muito próximas às divisas, mesmo essas apresentando estado precário;
• É comum a adoção de estacas justapostas na divisa, sendo essas

totalmente armadas e utilizadas como contenções.

– ESTACAS STRAUSS – Prescrições normativas
• Execução de pré-furo de 1,0m a 2,0m, onde é colocado segmento curto de

revestimento com coroa na ponta;
• Concluída a perfuração é lançada água no interior dos tubos para limpeza,

sendo a água e lama totalmente removidas pela piteira, em seguida o soquete
é lavado;
• Retirada do revestimento feita com guincho manual de forma lenta, para evitar
subida da armadura e formação de vazios; das esperas se acordo com o
especificado no projeto

Estacas Strauss – Processo executivo
• Desce no terreno um tubo de revestimento, cujo o diâmetro determina o da

estaca;
• Inicia-se a escavação no interior desse tubo com uma ferramenta chamada sonda
ou piteira;
• A escavação é feita até atingir a cota desejada;
• Na cota desejada enche-se o tubo cerca de 100 cm de concreto úmido, sendo

este apiloado a medida que vai sendo retirado o tubo;
• A manobra é repetida até o concreto a superfície do terreno, para verificar se o

concreto apresenta boa qualidade;

Estacas Strauss – Processo executivo

• Concretagem feita até a superfície do terreno;
• Estacas sujeitas apenas a compressão normal deverá introduzir apenas armaduras para arranques
dos blocos, podendo ser posicionadas no concreto fresco uma a uma sem estribos, deixando o
comprimento das esperas se acordo com o especificado no projeto;
• Para estacas que apresentam solicitações de tração e flexão deverão ter Ø mínimo de 32 cm e os
estribos devem ser espaçados entre 15 e 30cm (armadura antes da concretagem);
• Não devem ser executadas estacas com espaçamentos inferiores a 5 x Ø em intervalo inferior a
12h, considerar maiores diâmetros;

• Pelo menos 1% das estacas deve ser exposta abaixo da cota de arrasamento, e se possível até o nível
de água, para verificação da integração da estaca;
• Concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento deve-se recompô-lo até a cota de arrasamento;
Concreto


– ESTACAS STRAUSS - LIMITAÇÕES
• Segundo a NBR, este tipo de estaca não deve ser utilizado em areias
submersas ou em argilas muito moles saturadas;
• Carregamento superiores aos suportados por este tipo de estaca;
• Não recomendado para solos com lençol de água elevado, acima da cota de
assentamento;
• Necessário controle rigoroso das concretagens visando evitar falhas, como
segregação de concreto, descontinuidade entre outras;

– ESTACAS STRAUSS – Falhas de concretagem
• Vídeo de execução

ESTACAS CRAVADAS
• As estacas cravadas ou de
estacas de deslocamentos:
✓ são assim classificadas devido

causarem um deslocamento no
sentido horizontal do solo, ou
seja, o solo onde será inserido a
estaca não será removido ou
substituído.

ESTACAS CRAVADAS – Pré-moldadas de Concreto
• As estacas pré-moldadas de concreto podem ser confeccionada em concreto

armado ou protendido;
• As seções mais comumente empregadas são circular (maciça ou vazada), a

quadrada; a hexagonal e a octogonal;
• As estacas se limitam às dimensões de 30 x 30 cm quando quadradas e a 40

cm de diâmetro para seções circulares;
• Abrangem cargas de 20 tf a 330 tf.

• As estacas pré-moldadas de concreto são classificadas

quanto:
✓ À forma de confecção, como concreto vibrado; concreto

centrifugado e extrusão;
✓ Ou quanto à armadura, como concreto armado e concreto
protendido.
Catálogo fornecedor


• Vantagens
- Serem fabricadas com concreto de boa qualidade, não sofrendo ações na pega
e na cura por agentes agressivos, eventualmente, encontrados nos solos;
- Oferecem segurança na passagem através de camadas muito moles, onde

estacas concretadas in loco pode apresentar grandes problemas;

• Desvantagens
- Apresentam dificuldades de atravessarem terrenos mais resistentes e ou camadas

com presença de pedregulhos e matacões;
- Se no terreno apresentar grandes variações de camadas resistentes e as previsões

dos comprimentos das estacas não forem corretamente determinados poderá
ocorrer muitas sobras e emendas, podendo causar aumento de custos no processo;
- Apresentam grandes ruídos e vibrações no solo e no entorno;

• Desvantagens

ESTACAS: Pré-moldadas de Concreto Prontendido

• Baseado na evolução tecnológica e experiência das empresas fabricantes as
estacas protendidas são comumente empregadas e destacam-se pelas
seguintes vantagens:
• Capacidades para grandes cargas e grandes profundidades;
• Elevada resistência na compressão; flexão composta, na tração decorrente

da cravação;
• Maior capacidade na manipulação e cravação, apresentando menor

fissuração;
• Capacidade de suportar força de tração elevada;

- Facilidade de serem moldadas com qualquer configuração de seção

transversal, maciça ou oca;
- Possibilidade de serem executadas com seções transversais de grandes

dimensões e comprimentos.
o Ex. estacas cilíndricas com até 4,0 m de diâmetro executadas na
ponte de Oesterchelde (Holanda), e de 70,0 m de comprimento
utilizadas em plataformas de petróleo no Golfo de Maracaibo, na
Venezuela.

Manipulação e estocagem

Dimensões e cargas de admissíveis

✓ A folga do martelo e do capacete não deve ser superior a 3,0 cm em

relação as guias dos equipamentos;
✓ O formato do capacete deve ser adequado à seção da estaca e possuir

superfície de contato plana, com encaixes com folga inferior a 3,0cm;
✓ Os equipamentos devem ter geometrias que permitem a transmissão de

carga do martelo para o capacete de forma centrada.

o Podem ser executadas por percussão, prensagem ou vibração;
o Quando executadas a percussão:

• Peso do martelo não inferior a 20 kN;
• Peso do martelo no mínimo igual a 75% do peso total da estaca;
• Peso do martelo não inferior a 40 kN para estacas com carga de
trabalho entre 700 KN e 1300 KN;
• Para estacas com carga de trabalho superior a 1300 KN, a escolha do
sistema de cravação deve ser previamente analisada;
• Para cravação em terrenos resistentes, podem ser empregadas pré-
furos ou auxiliadas por jato d’água

Cravação das estacas

- Para as tensões de compressão, o sistema de cravação

deve alcançar 85% da resistência nominal do concreto;
- para estacas protendidas as tensões de trações estão

limitadas a 90% do valor da proteção mais 50% da
resistência nominal do concreto atração.
- Para estacas armadas, as tensões de tração devem ser

limitadas a 70% da tensão de escoamento do aço utilizado
na armadura;

• É permitido aproveitamento das estacas arrasadas desde

que atendam:
- Corte do elemento aproveitado seja feito de modo a

manter a ortogonalidade da seção em relação ao seu eixo
longitudinal;
- Tenha um comprimento mínimo de 2,0m;
- Seja utilizado apenas um segmento de sobra por estaca;
- A sobra seja sempre o primeiro elemento a ser cravado;

Cravação das estacas - Emendas
- As emendas das estacas através de anéis soldados devem permitir a
transferência dos esforços de compressão tração e flexão e ainda garantir a
axialidade dos elementos emendados.

• Prescrições emendas de encaixe:

- Feita uma única emenda por estaca;
- Não haja tração ou flexão;
- As luvas devem possuir geometria idêntica dos segmentos
das estacas;
- As folgas entre a luva e o encaixe da estaca nunca > 10 mm;
- Altura de 2 x ∅𝑒𝑠𝑡 e no mínimo 50 cm;
- Espessura da chapa > que ∅𝑒𝑠𝑡 /60 e no mínimo 5mm;
• O topo do elemento inferior quando danificado deve ser

recomposto e a cravação da estaca somente retomada após a
cura da recomposição;



Cravação das estacas – Nega repique e diagrama de cravação
• A nega e repique deve ser informado no diagrama de cravação de 100%

das estacas;
- A nega corresponde à penetração permanente da estaca causada pela

aplicação de um golpe do pilão, em geral é medida por uma série de dez
golpes;
- O repique corresponde à parcela elástica do deslocamento máximo de uma

seção de estaca, decorrente da aplicação de um golpe do pilão



Cravação das estacas – Registro de execução

ESTACAS CRAVADAS – Estacas metálicas
• São estacas constituídas de perfis metálicos simples ou compostos;
• São encontradas em diversas formas:

ESTACAS CRAVADAS – Estacas metálicas

FUNDAÇÕES EM ESTACAS – Estacas metálicas
Vantagens
• São fabricadas com seções transversais de várias formas e dimensões, o que permite
adaptação bem ajustada a cada caso;
• Apresenta peso relativamente pequeno; elevada resistência na compressão, na tração e na

flexão, e fácil transporte e manipulação;
• Mais fáceis de cravar do que às pré-moldadas de concreto e madeira, podendo passar por
camadas compactas;
• Facilidade de cortes (maçarico) e emendas (sodas);
• Melhor aproveitamento das sobras;

Vantagens
• Podem ser utilizadas em casos especiais, aços resistentes a corrosão, tipos SAC;
• As fundações em estacas metálicas eram consideradas um das fundações mais caras,

mas devido ao desenvolvimento tecnológico e econômico dos fabricantes essa solução
tem se tornado bastante competitiva no mercado;

Prescrições Normativas
• As estacas de aço que estiverem totalmente enterradas,
independentemente da situação do lençol d’água; dispensam tratamento
especial, desde que seja descontada a espessura indicada na Tabela 5 da
NBR

• As estacas em que a parte superior ficar desenterrada, é obrigatório a
proteção com camisa de concreto ou outro recurso de proteção do aço, ou
o aumento de espessura de sacrifício definida em projeto;
• As prescrições quanto aos equipamentos devem seguir ao mesmo critério

daqueles utilizados para estacas pré-moldadas de concreto;

• Quando executado por martelo de queda livre deve obedecer as seguintes
condições:
- Peso do martelo não inferior a 10KN
- Peso do martelo não inferior a 30 KN para estacas com cargas de trabalho

entre 700 e 1300 KN;
- estacas com cargas de trabalho superior a 1300 KN, devem ter o sistema
de cravação avaliada previamente;
- As estacas devem ser retilíneas, permitindo flecha máxima de 0,2% do

comprimento do segmento;
Prescrições Normativas – emendas das estacas
• Procedimentos das emendas devem ser tratados em projetos;
• Nas emendas com solda o eletrodo a ser utilizado deve ser especificado
em projeto, de classe não inferior que o tipo AWS E7018;
• O topo do elemento elemento inferior das estaca, quando danificado deve

ser cortado até o nível em que sua seção não apresente sinais de dano;
• Atenção especial deve ser dado à linearidade entre os segmentos unidos.

Prescrições Normativas – emendas das estacas


• As espessuras não podem apresentar variação de espessura superior a
0,5 mm em relação aos valores previstos pelo fabricante;
• O aproveitamento das sobras das estacas, deve-se assegurar a

ortogonalidade da seção em relação ao eixo longitudinal;
• Os seguimentos utilizados devem ter um comprimento mínimo de 2,0m;
• A nega e o repique, bem como o diagrama de cravação devem ser feitos

em 100% das estacas;

• O sistema de transferência dos esforços do bloco de coroamento para as
estacas metálicas deve ser estudado e detalhados juntamente com o
projetista, podendo ser através de chapas, ferragens, solda de vergalhões
para aumento da aderência;

ESTACAS TIPO FRANKI
• Estaca Franki foi desenvolvida pelo engenheiro belga Edgard Frankingnoul

na década de 1910;
• Estacas caracterizada pela boa qualidade e baixo custo, devido

comprimentos menores por conta da base alargada e da concretagem apenas
no comprimento necessário ultrapassando um pouco a cota de arrasamento;
• Esta tipologia de estaca tornou-se pouco empregada como solução para

fundação devido as desvantagens do sistema, como:

ESTACAS TIPO FRANKI
• Esta tipologia de estaca tornou-se pouco empregada como solução para

fundação devido as desvantagens do sistema, como:
- Ruídos e vibrações excessivas, sendo limitadas em regiões urbanas;

- Não recomendadas para terrenos com matacões;
- Não recomentadas para terrenos com camadas de argila mole saturada;
- Processo executivo muito lento, sendo que praticamente 60% a 70% do
tempo do equipamento no canteiro é gasto com locomoção do mesmo;

ESTACAS TIPO FRANKI – fases de execução
• Cravação do tubo, vertical ou inclinado, de acordo com projeto;
• Insere certa quantidade de brita e areia no interior do tubo, onde é socada de encontro ao
terreno, por um pilão de 1 a 4 t, a uma altura de 5 a 8m;
• Sob os golpes do pilão a mistura da brita e areia é socada no interior do tubo formando uma
bucha estanque, cuja a base penetra ligeiramente no terreno;
• Terminada a cravação do tubo inicia-se a expulsão da bucha e execução da base alargada

da estaca.


• O tubo é ligeiramente levantado e mantido fixo aos cabos do bate-

estacas, expulsando-se a bucha por meio de golpes de grande altura do
pilão;
• Imediatamente após a expulsão da bucha introduz-se o concreto seco

que, sob os golpes do pilão, é introduzido no terreno, formando a base
alargada;
• pronta a base alargada, coloca-se no tubo a armadura prevista, caso

esta seja requerida devido à esforços a ela submetidos;

• Uma vez colocada a armadura, é executado o fuste apiloando-se o

concreto em camadas sucessivas ao mesmo tempo que se retira o tubo;
• O tubo é retirado com cuidado para deixar uma quantidade suficiente de

concreto para que água e solo não penetre nele;


ESTACAS TIPO FRANKI – características

ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA - CONCEITOS
• Estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdução, por rotação, de

um trado helicoidal contínuo no terreno;
• A injeção de concreto pela própria haste central do trado simultaneamente com sua
retirada,
• A armadura é introduzida após a concretagem da estaca;
• São estacas consideradas como escavadas tradicionais (estacas de substituição), cujo

processo executivo há descompressão do solo, ou como estacas sem deslocamento;
• Este tipo de estaca é feito com um trado de grande comprimento, composto por chapas
em espiral em torno do tubo em espiral.

ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA

• Vantagens
- Este método permite maior agilidade na conclusão do estaqueamento (alta produtividade);
- Possui monitoramento eletrônico, onde proporciona:

▪ controle de profundidade;
▪ velocidade de rotação e descida do trado;
▪ torque do equipamento; pressão de concretagem,
▪ velocidade de subida do trado e sobreconsumo de concreto;
- Ausência de ruídos e vibrações no processo executivo;
- Alta capacidade de carga com diâmetros variando de 30 a 150 cm e até 39m de profundidade;
- Penetra camadas resistentes.


• Vantagens
- A metodologia executiva de perfuração permite a sua execução:
▪ em terrenos coesivos e arenosos;
▪ na presença de lençol freático;
▪ atravessa camadas de solo resistentes com índices de SPT de 30 a mais de 50 golpes;
- A velocidade de perfuração produz em média 250 metros de estacas/dia dependendo do Ø, da

profundidade, da resistência do terreno e principalmente do concreto contínuo;
- Permite a inclinação da torre;

ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA - Desvantagens
- O principal problema executivo está na descida da armação e a impossibilidade de controle de

arrasamento das estacas, bem como as perdas excessivas de concreto;
- Não devem ser utilizadas em espessas camadas de solos muito compressíveis (argilas moles);
- Em função do porte dos equipamentos, as áreas de trabalho devem ser planas e de fácil
movimentação;
- Devido a grande produtividade, exige a central de concreto nas proximidades do local de

trabalho;
- Necessidade de uma pá carregadeira e caminhão basculante na obra para remoção e limpeza do

solo escavado;
- Custos elevados para um menor número de estacas, devidos os valores de mob. e desmob.

Catálogo Hélice contínua não armada

ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA – não armada




ESTACAS TIPO HÉLICE CONTÍNUA – Processo executivo
- O equipamento de escavação dever ser posicionado e nivelado para assegurar a centralização e

verticalidade da estaca;
- A perfuração se dá de forma contínua por rotação até a cota prevista em projeto;
- O concreto é bombeado pelo interior da haste com sua simultânea retirada;
- A pressão do concreto deve ser sempre positiva para evitar interrupção do fuste e é controlada
pelo operador durante toda a concretagem;
- A concretagem é executada até a superfície do terreno;
- Se a concretagem da estaca for feita com o trado girando, este deve girar no sentido da
perfuração;

- A colocação da armadura deve ser feita imediatamente após a concretagem e sua descida deve ser auxiliada
por peso ou vibrador;
- Não se devem executar estacas com espaçamento inferior ao cinco diâmetros em intervalo inferior a 12 h.
Esta distância de refere a estaca de maior diâmetro;
- Estacas com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento deve-se fazer a demolição do comprimento
inadequado e recompô-lo;
- Pelo menos 1% das estacas, e no mínimo 1 por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arrasamento, e se
possível, até o nível d’água para verificação da integridade do fuste;



Controle do processo executivo
- O equipamento de escavação dever ser posicionado e nivelado para assegura r a centralização e

verticalidade da estaca;
- A perfuração se dá de forma contínua por rotação até a cota prevista em projeto;
- O concreto é bombeado pelo interior da haste com sua simultânea retirada;
- A pressão do concreto deve ser sempre positiva para evitar interrupção do fuste e é controlada
pelo operador durante toda a concretagem;
- A concretagem é executada até a superfície do terreno;
- Se a concretagem da estaca for feita com o trado girando, este deve girar no sentido da
perfuração;

Controle do processo executivo - Registo dos serviços
- Deve ser preenchida lista de controle diariamente e de todas as estacas, como abaixo:

Controle do processo executivo

ESTACAS TIPO RAIZ - Conceitos
• Segundo a NBR 6122:
• estaca raiz caracteriza-se pela execução por perfuração rotativa ou rotopercussiva e

por uso de revestimento ( conjunto de tubos metálicos recuperáveis) integral no trecho
em solo;
• é completamente armada;
• e preenchimento com argamassa cimento e areia;
• A argamassa é adensada com auxílio de pressão em geral por ar comprimido;

ESTACAS TIPO RAIZ - Emprego
• As estaca-raiz são empregadas em:

▪ Contenção de encostas ou solo;
▪ Reforços de fundações;
▪ E como fundações;

ESTACAS TIPO RAIZ - características
• Estaca raiz é uma estaca argamassada “ in loco” e de elevada tensão de trabalho no

fuste.
• Caracteriza-se principalmente por ser uma estaca executada com o emprego de

revestimento, que permite atingir grandes comprimentos em rocha;
• Apresenta como principais vantagens:

▪ Ausência de vibração e descompressão do terreno;
▪ Possibilidade de execução em área de espaço limitado;
▪ Utilização em terrenos com presença de matacões, rochas e até concreto, devido

utilizar coroa diamantada na extremidade da broca de perfuração;

ESTACAS TIPO RAIZ - características
• Possui Ø de até 500mm e pode chegar a 52 m de

profundidade;
Caraga de trabalho de estaca raiz

Estaca Dimensão (cm) Carga usual (tf) Carga Máx (tf) Diâm. Acabado (cm)
Raiz Ø 17 25 30 Ø 20
Ø 22 40 50 Ø 25
= 𝑎 5 𝑎
Ø 27 60 70 Ø 30
Ø 32 85 100 Ø 35
Ø 37 120 140 Ø 40

ESTACAS TIPO RAIZ – Processo executivo
• Perfuração pelo processo rotativo com circulação de água ou lama betonítica,

permitindo a colocação do tubo de revestimento provisório até na ponta da estaca;
• Caso seja encontrado matéria resistente a perfuração prossegue com a utilização de

uma coroa diamantada;
• Terminada a perfuração introduz armadura integral na estaca;
• Em seguida é feita concretagem com argamassa de areia e cimento bombeada por um

tubo até a ponta da estaca;
• A medida que a argamassa sobe pelo tubo de revestimento, este é concomitantemente

retirado por meio de macacos hidráulicos;

ESTACAS TIPO RAIZ – Processo executivo
• São dados golpes de ar comprimido que adensam a argamassa e promovem o atrito
com o solo favorecendo o atrito lateral.

ESTACAS TIPO RAIZ – Características Argamassa

ESTACAS ESCAVADAS COM USO DE FÚIDOS ESTABILIZANTES - Conceitos
Segundo a NBR 6122:
• São estacas escavadas com uso de fluido estabilizante, que pode ser lama betonítica
ou polímero sintético para sustentação das paredes da escavação;
• A concretagem é submersa, com o concreto deslocando o fluido estabilizante em

direção ascendente para fora do furo;
• As estacas podem ter seções circulares – estacões, e retangulares – denominadas

barretes ou parede diafragma quando contínuas;

ESTACAS ESCAVADAS COM USO DE FÚIDOS ESTABILIZANTES
• Estacões apresentam diâmetros de 0,6 m a 2,0 m;
• Os barretes ou estacas-diafragma, que são

estacas com seção transversal retangular ou
alongadas, escavadas com “clamshells”;
• A utilização de lamas betoníticas passou a ser

desenvolvida em 1900 na indústria do petróleo, e
na década de 50, 1951 a técnica passou a ser
utilizada na construção civil em Nápoles na Itália.

Estacões

Estacas barretes ou paredes diafragmas

Processo executivo - escavação
• Antes de iniciar a escavação cravar camisa metálica
ou executar mureta guia , ambas as guias devem
ser 5 cm maiores que a estaca projetada e devem
ser embutidas no terreno no mínimo 1,0 m;
• A escavação da estaca é feita simultaneamente ao

lançamento do fluido, mantendo o nível sempre no
mínimo 1,50m acima do lençol freático;
• A perfuração deve ser contínua até a conclusão.

Caso haver paralisação, esta deve ser analisada e
adotar medidas que garantem a carga de projeto,
ex.: o aprofundamento da estaca;

Processo executivo - escavação
• Terminada a escavação e antes da concretagem, dever ser verificada a porcentagem de areia em suspensão na lama. Em
função do valor, proceder a troca ou desarenação – no caso de lama betonítica; para garantir sua qualidade durante toda a
concretagem;
• Caso necessário, e a dificuldade de limpeza do fundo da escavação, deve ser adotado o sistema air lift ou bombeamento
submerso;

Processo executivo
Armadura
Concretagem
Sequencia executiva

Processo executivo
Controle executivo
Características da Lama e do polímeros sintético: Devem ser seguidas as prescrições da NBR 6122

Processo executivo
Características do Concreto

Processo executivo
Estacões

Processo executivo
Paredes diafragmas


DESEMPENHO DAS FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Segundo a NBR 6122, nos itens:

Ensaio de carregamento estático




Ensaio de carregamento dinâmico

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Engenharia Civil

Tecnologia dos construções I

Professor: Luiz Márcio Biagini

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Item 3.1 da NBR 6122/2010

Na prática, fundação rasa é aquela em que

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Quando não usar:

✓ Areia fofa ou muito fofa

✓ Existência de água, onde o rebaixamento torna-se de custo elevado;

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✓ Pode ser adotado 𝛼 = 60º para solos pouco resistentes;

✓ A sapata de cota inferior seve ser executada primeiro;

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• O radier pode ser considerado uma grande sapata;

• Possuem armadura dupla e vigas nas bordas externas (reforço, enrijecedor);

• Possuem aproximadamente 10 cm de espessura e é geralmente utilizado em obras de pequeno porte, pois

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Critérios adicionais segundo a NBR 6122/10

✓ Em planta as sapatas isoladas ou os blocos devem ter dimensões mínimas de 60 cm;

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Critérios adicionais segundo a NBR 6122/10

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✓ Caso seja necessário aprofundar a cota de

✓ Alternativamente pode-se aumentar o comprimento

✓ No caso com preenchimento com concreto magro,

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Item 3.7 da NBR 6122/2010

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TUBULÕES A CÉU ABERTO

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Tipos de Tubulões a céu aberto:

- Tubulão com base falsa elipse – tubulão executado da mesma

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• Ø mínimo do fuste de 70 cm, podendo adotar 60 cm quando houver

• Poderão ter base de seção circular ou em falsa elipse, sendo que no

• Demanda de mão de obra especializada;

• Cobrimento mínimo = 3,0 cm

• O custo da escavação é relativamente relacionada a dureza do solo,

• A altura da base não pode ultrapassa a 1,80 m;

• O roda-pé deve ter altura de 20cm;

• Ângulo formado entre a base e o fuste ser no máximo 60°;

• O Solo de apoio dos tubulões devem ser aprovados por engenheiro