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Universidade

Lúrio
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Civil
Curso de Licenciatura em Engenharia Civil
4º Nível-Semestre I-Ano 2019

Disciplina: Economia e Gestão Empresarial
Tema: Qualidade e Segurança na Construção


DISCENTES: DOCENTE:
Manuel Fernando Antonio Engo Edson Jamnadás
Orlando Adolfo Barrote
Osvaldo Jorge Airone Nhocoloa



Pemba, Março de 2019


Universidade Lúrio
Faculdade de engenharia
Departamento de engenharia civil
Curso de licenciatura em engenharia Civil
4º Nível-Semestre I-Ano 2019

Disciplina: Gestão de obras e segurança

Tema: Qualidade e Segurança na Construção




Trabalho da cadeira Gestão de obras e segurança a ser
entregue no Departamento de Engenharia para fins
avaliativo, 4º Ano curso de Engenharia Civil, orientado pelo
docente Engo Edson Jamnadás.









Pemba, Março de 2019


Resumo
O intuito deste trabalho é discorrer sobre a qualidade e segurança no sector da construção
civil. Como a qualidade e segurança na construção são dois temas que apesar de estarem
diretamente relacionados, diferem em termos de abordagem, optou-se por abordar cada um
deles em separado. Portanto o trabalho estará divido em duas partes. Na primeira parte será
demonstrada uma síntese da importância de ferramentas da qualidade para as empresas do
ramo, com as peculiaridades do sector que dificultam a disseminação desses conceitos de
gestão nas obras. Na sequência, são abordados procedimentos que discorrem sobre a
qualidade no sector na elaboração de projetos e na aquisição de insumos e serviços
construtivos para a execução de obras. Sobre o assunto, apresentam-se métodos para evitar o
desperdício de materiais e erros nos processos construtivos, demonstrando como aplicação
prática o uso de ferramentas e controle da qualidade, em forma de instruções de trabalho.
Na segunda parte do trabalhado irá se abordar sobre a importância da segurança no trabalho
aplicada ao sector da construção civil para a redução de acidentes. Para o desenvolvimento
do trabalho, optou-se pela pesquisa bibliográfica e descritiva, pois se trata de métodos que
permitem a busca científica do conhecimento com base em material já elaborado.

Palavras-chaves: Ferramentas de qualidade, controle da qualidade; qualidade na construção


civil; Segurança no Trabalho; Construção civil; Segurança.

Indice

1. INTRODUÇÃO 1

1.1. OBJECTIVO 1

2. CONCEITO DE QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 2

2.1. GESTÃO DA QUALIDADE 2

2.3. PRINCÍPIOS DE GESTÃO DE QUALIDADE: SATISFAÇÃO DO CLIENTE, SATISFAÇÃO E


PRODUTIBILIDADE 3

2.4. CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE 4

2.5. QUALIDADE COMO PROCESSO 5

2.6. DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 6

3. SISTEMA MOÇAMBICANO DE QUALIDADE 8

4. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 10

4.2. LEI RESPONSÁVEL POR PROTEGER OS TRABALHADORES EM MOÇAMBIQUE 10

4.3. ACIDENTE DE TRABALHO 10

4.3.2. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO 11

4.3.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLECTIVA ( EPC’S) 11

4.3.3.2. PROTECÇÃO COLETIVA NOS SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃO 13

4.3.3.3. OUTROS EPC’S 13

4.3.4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S) 14

4.3.4.4. PROTECÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS 17

4.3.5.5. SINAIS DE SALVAMENTO OU DE EMERGÊNCIA 22

4.3.5.6. SINAIS RELATIVOS AO MATERIAL DE COMBATE A INCÊNDIOS 23

4.3.5.7. SINALIZAÇÃO DE OBSTÁCULOS E LOCAIS PERIGOSOS
 24

5. CONLUSÃO 25

BIBLIOGRAFIA 26


1. Introdução
A constante mudança de paradigmas no sector da construção civil exige das empresas um
posicionamento competitivo baseado na realidade do mercado, nas necessidades dos
clientes, na actuação da concorrência e nos meios de produção.
A redução da disponibilidade e a valorização de recursos financeiros, junto com as
crescentes exigências do mercado consumidor e a maior mobilização da mão-de-obra em
busca de melhores condições de trabalho têm exigido das construtoras níveis mais altos de
qualidade e produtividade em seus processos para gerir novos empreendimentos.
Por outro lado, o homem aparece como elemento principal no ambiente de trabalho, pois
qualquer diminuição da sua capacidade laboral poderá causar a queda na produtividade nos
diversos sectores de serviços. Esta situação pode ser verificada por meio de acontecimentos
como, por exemplo, o aumento do número de acidentes na construção civil, estresse, entre
outros.
Segundo Ilda (2005), muitos acidentes na construção civil podem ser atribuídos ao erro
humano ou ao fator humano. O erro humano resulta das interações homem-trabalho ou
homem-ambiente, que não atendam a determinados padrões esperados. Contudo, com base
nos programas propostos pela Segurança no Trabalho, tais acidentes poderão ser reduzidos
ou até mesmo, eliminados.
Com base no exposto, o objetivo geral é buscar a importância de implantar sistemas de
gestão e controle de qualidade nos canteiros de obras e demonstrar a importância da
segurança no trabalho para a redução de acidentes com referências de diversos autores do
sector da construção civil e da área da qualidade, produtividade e segurança.

1.1. Objectivo

O objectivo deste trabalho da cadeira de Gestão de Obras e Segurança é de fazer


medições de projecto de casa unifamiliar tipo 4 de 2 andares, de modo à por em prática as
aulas teóricas de medições de projectos leccionadas ao longo do semestre.

A metodologia a ser usada na elaboração deste trabalho de disciplina será a pesquisa


bibliográfica e as noções vistas em aulas.

2. Conceito de qualidade na construção civil


Dizemos que um produto tem qualidade quando ele é adequado ao uso e atende às exigências
das normas, das leis, do cliente, dentre outros. É um produto que atende ao que o cliente
precisa. Em outras palavras, qualidade é saber fazer o trabalho correto da 1ª vez. É saber o
que o
cliente quer e precisa e, por fi, atender a estas exigências.
Para se ter qualidade nas obras é preciso ter projetos que descrevam as características da
construção de forma correta, com bons materiais e equipamentos, processos de trabalhos
padronizados e pessoal treinado para executar cada tarefa. Esses cuidados são os requisitos
básicos que devem ser levados em consideração na hora de construir. Requisitos de qualidade
são características principais que a obra deve apresentar.
Os requisitos devem ser definidos de forma clara, entre a empresa e o cliente. Durante o
processo de produção o prazo de entrega, o preço e a qualidade devem ser sempre levados em
consideração. Empresas que prestam serviço de qualidade tendem a ter mais clientes do que
aquelas que não apreciam a qualidade de seu produto ou serviço.
Antes de iniciar os serviços é necessário refletir, planejar, analisar as sequências das
atividades e principalmente passar por treinamentos. O trabalho feito de forma correta evita
desperdício de materiais e manutenções que refletem em aumento de custo para a empresa e
interferência no prazo de entrega ao cliente
As não previstas são atividades relacionadas ao acto de refazer alguma tarefa
que não foi realizada dentro dos requisitos de qualidade estabelecidos entre o
cliente e a empresa. Essas manutenções estão relacionados com perdas de mate-
rial e tempo na realização das atividades. Diminuir perdas faz parte da Gestão de
Qualidade da empresa, e deve ser um objetivo de todos.

2.1. Gestão da Qualidade


Gestão da qualidade é o modo de gestão pela qual a empresa procura implementar a política
e os objetivos definidos.
Por sua vez, a política da qualidade da empresa contém as principais diretrizes relacionadas
à qualidade. A administração, ou diretoria é responsável por elaborar e divulgar a política e
os objetivos por toda a empresa. A gestão da qualidade para as empresas, em resumo, tem
como objetivos a satisfação dos seus clientes, a participação das equipes de colaboradores

nas ações e a produtividade nas atividades. Você deve conhecer a política de qualidade da
empresa em que trabalha e contribuir para que ela seja cumprida.
A qualidade pode ter várias interpretações, dependendo do interesse das pessoas e das
instituições que a buscam. As várias definições existentes para a qualidade foram descritas
por Garvin (1984) em cinco abordagens:
I. Abordagem transcendental: qualidade é sinônimo de excelência, é o melhor possível
nas especificações do produto ou serviço;
II. Abordagem baseada em manufatura: qualidade é sinônimo de conformidade,
produtos que correspondam precisamente às especificações de projeto;
III. Abordagem baseada no usuário: é incorporado na definição de qualidade, além da
preocupação com as especificações de projeto, a preocupação com a adequação às
especificações do consumidor;
IV. Abordagem baseada no produto: qualidade é definida como conjunto preciso e
mensurável de características requeridas para satisfazer os interesses do consumidor.
V. Abordagem baseada no valor: qualidade é definida em termos de custo e preço,
defendendo a ideia de que a qualidade é percebida em relação ao preço.

2.3. Princípios de gestão de qualidade: satisfação do cliente, satisfação e produtibilidade


Segundo Robson (2012), para que se entenda de forma mais fácil sobre a gestão da
qualidade é importante saber quais os princípios que estão relacionados a ela. Os Princípios
de Gestão da Qualidade são práticas indispensáveis para qualquer empresa que deseja iniciar
uma gestão focada na qualidade de seu produto e/ou serviço. Vamos abordar os três
principais: satisfação do cliente, participação e produtividade.

2.3.1. Satisfação do cliente


O primeiro princípio é a satisfação do cliente. Satisfazer os clientes é uma necessidade atual
de qualquer empresa, pois eles estão cada vez mais exigentes. Os clientes querem um
produto que dure mais, que seja bonito e que não apresente problemas. As empresas que não
buscam qualidade em seus produtos têm ficado para trás diante destas exigências. Os
clientes são a razão para a existência da empresa. As necessidades deste cliente, com relação
ao produto ou serviço oferecido, devem ser atendidas. Afinal, satisfazer o cliente é o ponto
inicial para garantir o sucesso da empresa no mercado.

2.3.2.Participação
A participação dos trabalhadores é essencial para garantir a qualidade da obra. Todos devem
se envolver no trabalho de modo a colaborar com a equipe. Para a empresa chegar a essa
qualidade é preciso fazer uma mudança cultural, implantar novos valores e eliminar os
conceitos ultrapassados. Empresas que não garantem a participação, dificilmente terão
qualidade em seus produtos e serviços prestados. É por isso que cada trabalhador precisa
conhecer e ajudar a cumprir a política de qualidade da empresa. A qualidade da obra
depende da qualidade do trabalho de cada um. A participação também envolve os clientes,
os fornecedores e a comunidade, assim como os trabalhadores, as pessoas envolvidas com a
empresa
devem estar atentas às atividades realizadas por ela, para que a qualidade seja
alcançada.

2.3.3.Produtividade
Em linhas gerais, produtividade é a relação entre o esforço feito e o resultado
do trabalho. Na Construção Civil é muito comum, por exemplo, se falar em h.h/m² (homem
hora por metro quadrado). Por exemplo, quanto tempo de trabalho dos pedreiros foi
necessário para levantar tantos metros quadrados de alvenaria. Esta produtividade possui
relação direta com o tempo gasto para a fabricação de um produto e/ou realização de um
serviço. Quanto mais se economiza o tempo nas atividades, maior será a produtividade.

2.4. Certificação de qualidade


As normas que determinam requisitos e diretrizes para a gestão da qualidade foram
fundamentadas pela International Organization for Standardization (ISO), que consiste em
uma organização internacional não governamental (ONG) que fornece padronizações de
processos com a finalidade de obter produtos e serviços adequados.
A ISO 9000 consiste em uma certificação e avaliação internacional de fornecedores de
produtos ou serviços, sendo uma “garantia fornecida por órgão credenciado de que a
empresa contempla os requisitos de controle de qualidade especificados por esta norma,
gerando o produto ou serviço adequado e qualificado” (ROESCH, 1994).
Diversas empresas buscam essa certificação devido ao respaldo que lhes é conferido. Em
meio a grande concorrência presente no mercado, fornecedores diferenciam-se por meio da

qualidade dos produtos ou serviços que oferecem aos consumidores, daí destaca-se a
relevância da ISO 9000.
A ISO é uma organização de vasta representação no fornecimento de normas internacionais,
presente em diversos países. “Foi fundada oficialmente no dia 23 de fevereiro de 1947 com
o intuito de otimizar a unificação de padrões técnicos e coordená-los no âmbito
internacional. Está relacionada também à normalização de padrões de gestão, impactando a
área social e econômica no setor da produção de bens e de serviços, contribuindo nos
aspectos de segurança e atendimento às exigências legais da sociedade” (VALLS, 2004).
A ISO publicou normas internacionais dos mais diversos setores e aplicações como
Agricultura, Construção Civil, engenharias, dispositivos médicos até as tecnologias da
informação mais avançadas. Valls (2004) expõe que, desde 1947, a organização publicou
mais de 13.700 normas internacionais nesses diversos setores.
A importância da certificação é evidente e clara, “porque atesta publicamente, por escrito,
que determinado produto ou processo está em conformidade com os requisitos
especificados. É também uma excelente estratégia de marketing, pois a empresa desfruta de
uma boa imagem não apenas frente ao mercado, como também terá o reconhecimento de
seus colaboradores, fornecedores, consumidores, comunidade e governo” (BALDINI, 2015).

2.5. Qualidade como processo


Segundo Andrade (2012), para uma empresa alcançar a qualidade, ela deve buscar controlar
todas as atividades desenvolvidas pelos seus trabalhadores, desde o diretor até os operários.
Dessa maneira, cada trabalhador da empresa deve assumir suas próprias responsabilidades
no desempenho de suas atividades. Quando há um bom resultado com relação à qualidade
do produto de uma empresa, houve, por trás, um conjunto de processos interdependentes que
levaram a isso.
Desde a ideia de desenvolver um edifício até a sua entrega final podemos identificar
diversos processos. Entre eles, destacam-se quatro: (MarcadorPosição1) (Andrade, 2012)

ü O processo de projetos, no qual são definidas todas as características do edifício.


Neste processo há vários projetistas envolvidos, como o arquiteto, o projetista de
estruturas e instalações, o incorporador, o construtor, e são tomadas as decisões que
vão influenciar a venda e a construção do edifício.

ü O processo de comercialização (venda), por sua vez, recebe as informações do


processo de projeto e tem como resultado final a venda das unidades (apartamentos,
salas, dentre outros) para os clientes. O processo de venda também tem influência na
obra, por exemplo, é neste processo que são definidas modificações que os clientes
querem executar nas suas unidades.
ü O processo de produção do empreendimento, que, a partir das informações
dos processos de projeto e venda, e das aquisições dos materiais e equipamentos são
executados todos os serviços. Podemos dividir o processo de produção em vários
subprocessos, como: execução de fundações, estruturas, vedações, instalações, dentre
outros, como você já viu na disciplina de “Tecnologia Básica para a Construção
Civil”.
ü Por fim temos o processo de entrega do produto ao cliente. Além destes processos,
há vários outros que auxiliam a execução do edifício como o processo do sistema de
qualidade, auditorias, gestão de pessoas, dentre outros.

2.6. Dificuldades de implantação da Qualidade na Construção Civil


Apesar de a globalização ter influenciado uma melhora significativa em todos os tipos de
empreendimentos, não sendo diferente no setor da Construção Civil, como na qualidade dos
serviços e produtos prestados, muitas empresas ainda enfrentam muita resistência e a falta
de informações sobre a implantação do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) e as
inúmeras vantagens que ela pode proporcionar.
Baldini (2015) explana bem e de uma forma resumida, as principais dificuldades enfrentadas
pelas empresas durante o processo de implantação do sistema de gestão da qualidade são
apresentadas a seguir.
a) Cultura organizacional e resistência a mudanças. Talvez seja a maior dificuldade
enfrentada, principalmente durante o processo de implantação. Em geral, a maior resistência
provém de parte da mão de obra e de alguns mestres de obras quanto ao uso dos
procedimentos padronizados. Muitas pessoas apresentam resistência em alterar a forma de
realizar os serviços ou a tecnologia utilizada;
b) Burocracia excessiva. A maioria dos programas faz muitas exigências de documentação
sem necessidade. O ideal é que as instruções de serviço sejam escritas juntamente com os
funcionários, de maneira bem simples, para que haja compreensão e sejam utilizados sem
resistência;

c) Baixo nível de escolaridade dos funcionários. A baixa escolaridade dos funcionários não
deve representar um problema, uma vez que os conhecimentos necessários podem ser
transmitidos através de treinamentos adequados para a obtenção de um serviço de qualidade;
d) Falta de treinamento: O setor da construção civil apresenta grande necessidade de
treinamento devido à baixa qualificação de seus funcionários que, aprendem a profissão na
prática e pela observação. Esse ponto também pode ser contornado pelo treinamento
oferecido no canteiro de obras, por ocasião da admissão e posteriormente, sempre que
houver necessidade;
e) Falta de envolvimento dos funcionários. De modo geral isso se deve à falta de
conhecimento do programa e certa resistência ao novo. A colaboração vem à medida que
eles percebem as vantagens de trabalhar com melhor qualidade de acordo com os
procedimentos. Para isso, é necessário mostrar a maneira mais eficiente de realizar os
serviços e explicar as consequências negativas dos erros, tanto para a empresa como para o
funcionário. Desta forma, há maior valorização e integração dos trabalhadores, que
entendem que fazem parte do mesmo negócio.
f) Falta de participação e conscientização dos colaboradores. Algumas empresas enfrentam
dificuldades com relação aos fornecedores de materiais, que não entregam o material
conforme especificado, não cumprem prazos, etc.
g) Comunicação deficiente. Em geral, os problemas de comunicação deficiente ocorrem
entre escritório e obra, e entre departamentos da empresa. Também há certa dificuldade de
comunicação entre a direção e demais setores da empresa.
h) Ansiedade por resultados. Essa ansiedade se deve à alta cobrança por parte da direção por
resultados.
i) Falta de comprometimento da alta administração. Em algumas empresas, a alta
administração está totalmente comprometida com o programa e participa ativamente de sua
implantação. Já em outras, observa-se menor engajamento. Em tais empresas, a diretoria
fornece os recursos necessários para a obtenção do certificado, mas se a CEF (Caixa
Econômica Federal) não exigisse o certificado, a direção iria abolir o programa.
Pode-se observar que todas as dificuldades mencionadas acima podem ser resolvidas com
facilidade, basta um engajamento maior das empresas em buscar por novidades e
informações que melhorem seus serviços e produtos.

3. Sistema moçambicano de qualidade


O Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) é um instituto público, de
âmbito nacional, tutelado pelo Ministério da Indústria e Comércio (MIC), dotado de
personalidade jurídica e com autonomia administrativa. (inn, sd)
O INNOQ foi criado em 1993, e rege-se pelo Decreto 74/2013 de 31 de dezembro,
aprovado pelo conselho de Ministros. Esta instituição foi criada com o objetivo fundamental
de impulsionar e coordenar a Política Nacional da Qualidade, através da concretização de
atividades de Normalização, Metrologia, Certificação e Gestão da Qualidade. Que visem o
desenvolvimento da economia nacional. (inn, sd)
Missão
Promover a qualidade em Moçambique e ser responsável pela coordenação, gestão geral e
implementação do Sistema Nacional da Qualidade (SNQ), bem como de outros sistemas de
qualificação no domínio regulamentar, que lhe sejam conferidos por lei. (inn, sd)
Visão
Prestar serviços de qualidade de modo a ser reconhecido, aos níveis nacional, regional e
internacional, como um organismo eficaz e credível nas suas diversas áreas de atividade.
(inn, sd)

Valores
Excelência;
Profissionalismo;
Meritocracia;
Celeridade;
Urbanidade;
Transparência;
Integridade;
Bem Servir;
Responsabilização; Satisfação dos clientes e colaboradores;
Melhoria contínua.

ISO é uma organização não-governamental constituída por organismos nacionais, com


sede em Genebra. Atualmente, a ISO possui 164 membros, onde 111 são membros efetivos,
64 membros correspondestes e 4 membros subscritores. Para o desenvolvimento de normas

em diversas áreas, a ISO conta com 3368 organismos técnicos, onde 224 são comissões
técnicas, 513 subcomissões, 2544 grupos de trabalho e 54 grupos de estudo ad hoc. (inn, sd)
A ISO tem um representante em cada país, sendo que, para o caso de Moçambique, é o
INNOQ (membro correspondente) e as suas atividades que abrangem no seu domínio toda a
atividade económica com exceção das áreas eletrónica e de telecomunicações. (inn, sd)
A ISO é uma das principais organizações não-governamentais, a nível mundial, que em
regime voluntário se dedica à produção de Normas Técnicas. O Secretariado-geral da ISO
gere um sistema internacional de normalização, elabora, produz e divulga normas
internacionais, bem como outros documentos normativos. (inn, sd)
International eletrotechnical commssion (IEC)
A IEC é uma organização que prepara e publica normas internacionais aplicáveis a
equipamentos elétricos, eletrónicos e tecnologia relacionada, servindo desta forma de base
para a normalização nacional. O Secretariado Central desta organização está em Genebra.
Moçambique é membro afiliado. (inn, sd)
3.1. Normas técnicas
As Normas Técnicas são documentos elaborados segundo procedimentos e conceitos
emanados da legislação específica. Estas resultam de um processo de consenso nos
diferentes fóruns do sistema, cujo universo abrange o Governo, o sector privado, o comércio
e os consumidores.
Qualquer norma é considerada uma referência idónea do mercado a que se destina, sendo
por isso usada em processos de legislação, de acreditação, de metrologia, de informação
técnica e, muitas vezes, nas relações Cliente – Fornecedor. (inn, sd)
As Normas Técnicas têm em vista a: Defesa dos interesses nacionais; Racionalização na
fabricação ou produção e na troca de bens e serviços, por meio de operações sistemáticas e
repetitivas; Proteção dos interesses dos consumidores; Segurança de pessoas e bens; e
Uniformidade dos meios de expressão e comunicação. (inn, sd)

4. Segurança na construção civil


4.1. Conceitos
4.1.1. Segurança
Conjunto de normas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas usadas para prevenir
acidentes, seja instruindo/convencendo pessoas da implementação de práticas preventivas
(Slideplayer, 2019)


4.2. Lei Responsável por proteger os trabalhadores em Moçambique


A Lei do Trabalho protege a saúde do trabalhador impondo ao empregador “proporcionar
aos seus trabalhadores boas condições, ambientais e morais de trabalho, informá-los sobre os
riscos do seu posto de trabalho e instruí-los sobre o adequado cumprimento das regras de
higiene e segurança no trabalho”, Cfr. o artigo 216, no 2. (MTESS, 2017)

4.3. Acidente de Trabalho


Segundo CICCIOPN ( 2005 ), acidente de trabalho é, entendido como acontecimento súbito e
imprevisto, sofrido pelo trabalhador que se verifique no local e no tempo de trabalho.

4.3.1. Causas e factores causais dos acidentes

4.3.1.1. Classificação dos factores causais


Os factores causais podem ser classificados em três grupos: humanos, materiais e
fortuitos (CICCIOPN, 2005).
I. factores causais humanas são constituídos por aquelas acções ou omissões das
pessoas que, originando situações de risco, estes factores, também conhecidos por
“falhas humanas”, imputáveis ao(s) sinistrado(s) ou a terceiros, são devidos a
deficiências:
Ø fisiológicas: fadiga, etc.;
Ø psicológicas: imprudência, distracção, negligência, fadiga psicológica, etc.;
Ø profissionais: ignorância, inaptidão, inexperiência, etc.;
Ø outras: doenças, alcoolismo, droga, etc..

II. factores causais materiais. Estes, também conhecidos por “falhas técnicas”, são
motivados por anomalias de:
Ø máquinas ou ferramentas: inadequadas, não protegidas, defeituosas;


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Ø sinalização: inexistente ou desapropriada;


Ø arrumação ou armazenagem: má arrumação do local de trabalho e/ou acondicionamento
defeituoso;
Ø higiene e salubridade: arejamento insuficiente, má iluminação, ruído excessivo,
temperatura, humidade, sujidade, poeiras, etc..

Os factores fortuitos devem-se a situações imprevisíveis resultantes de:


Ø acções adversas de fenómenos atmosféricos incontroláveis;
Ø acções de animais, vegetais e minerais; outras acções.

4.3.2. Consequências dos acidentes de trabalho


Podem ser apreciadas no plano material e humano (CICCIOPN, 2005):

I. No plano material, as consequências dos acidentes de trabalho são as mais diversas,


estando directamente ligadas a factores económicos, tais como: a perda de parte do
vencimento pelo sinistrado; o eventual decréscimo do rendimento aquando do seu
retorno ao posto de trabalho; o valor do tempo perdido pelos colegas para o socorrer;
o menor rendimento do operário que o substitui; o valor dos danos causados nas
instalações, material de trabalho, equipamentos, ferramentas, produtos, etc..
II. No plano humano, as consequências de um acidente podem ser muito nefastas. Para
além dos sofrimentos físico e moral sentidos pelo acidentado, surgem preocupações
de vária índole, nomeadamente quanto aos problemas de readaptação física e
reabilitação profissional, indispensáveis à sua inserção numa nova actividade que
possa ser desempenhada com as faculdades não comprometidas no acidente.

4.3.3. Equipamentos de Proteção Colectiva ( EPC’S)


4.3.3.1. Protecção colectiva contra quedas em altura
Segundo CICCIOPN ( 2005 ), Os equipamentos de protecção colectiva contra quedas em
altura têm por objectivo evitar as quedas a nível diferente de pessoas que trabalham, ainda
que em operações ocasionais e de curta duração, ou circulam em locais elevados, nos seus
acessos ou na proximidade de taludes ou negativos existentes nos pisos.
Os guarda-corpos e as redes de protecção estão indicados para a prevenção de quedas em
altura (CICCIOPN, 2005).


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Redes de segurança
As redes são elementos que devem impedir
ou limitar com segurança a queda de
pessoas ou
objectos, fazendo parte de um
conjunto com suportes, ancoragens e acessórios, necessitando
de dimensionamento prévio.
Estas redes podem distiguir- se em:

Ø Redes tipo ténis: Usadas para a protecção contra quedas por aberturas em pisos ou
paredes;
Ø Redes verticais: caracterizadas por serem colocadas verticalmente ou com ligeira
inclinação, são utilizadas para a protecção de aberturas nas paredes;
Ø Redes tipo forca: distinguem-se por estarem suspensas de estruturas constituídas por
suportes metálicos com consola de tipo forca.
Ø Redes de colocação horizontal: devem ter dispositivos de fixação directa à
edificação ou uma estrutura de suporte permitindo o deslocamento da rede sem
impedimentos que provoquem o impacto do corpo em elementos rígidos.
Guarda-Corpos
Os guarda-corpos são entendidos como protecções colectivas verticais e devem ser
concebidos com o objectivo de impedir a queda de corpos, podendo ser rígidos ou flexíveis
em função dos materiais que os constituem.

Guarda-corpos rígidos e rodapés


Os guarda-corpos rígidos são normalmente constituídos por dois elementos horizontais,
montantes e elementos de fixação ao plano de trabalho.
Sempre que exista risco de queda de materiais ou ferramentas a partir do plano de trabalho,
deve prevenir-se esse risco com a instalação de um rodapé.


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Guarda-corpos flexíveis
Os guarda-corpos flexíveis diferem dos rígidos essencialmente por os elementos horizontais
serem substituídos por redes e ainda pelos dispositivos de fixação da rede aos montantes.

Guarda-corpos/Resguardos inclinados
As plataformas de trabalho fixas devem dispor de um sistema de protecção colectiva contra
quedas em altura e uma estrutura de suporte solidamente fixada a elementos rígidos e
resistentes da edificação intervencionada.

4.3.3.2. Protecção coletiva nos serviços de demolição


Toda a equipe deve trabalhar ao mesmo tempo e ao mesmo nível. É preciso um chefe de
equipe para cada 10 trabalhadores. Andaimes, superfícies de proteção, soalhos de vedação de
aberturas horizontais, cercas limitando as zonas perigosas, peitoris e outros dispositivos serão
instalados e mantidos no lugar até o fim da fase correspondente ao serviço. (Procópio, 2010)

4.3.3.3. Outros EPC’S


Segundo G.I.D.(sd), existem alguns outros EPC’S além dos qie citados acima dos quais
podemos destacar:
Ø Exaustores - Têm a finalidade de remover ar ambiental contaminado ou promover a
renovação do ar saudável.
Ø Fitas / tábuas / cones de sinalização - Utilizadas para delimitação e isolamento de
áreas de trabalho
Ø Detetores de fumo - têm a finalidade de detetar chamas que poderão ocasionar um
incêndio.
Ø Alarmes acústicos – Sinalizam qualquer situação de emergência ou perigo. 

Ø Kit de primeiros socorros – para prestar primeiros socorros. 

Ø Piso antiderrapante – Tem a finalidade de evitar quedas por escorregamento. 



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4.3.4. Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S)


Segundo CICCIOPN, (2005), considera-se equipamento de protecção individual (EPI) “todo
o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo
trabalhador para se proteger dos riscos, para sua segurança e para sua saúde”. Decreto – Lei
n.o 348/93.

4.3.4.1. Protecção da cabeça

Estes EPI devem ter capacidade de absorção de choque, evitando quaisquer lesões na cabeça,
bem como terem características adequadas de conforto (peso, ventilação, estanquidade e
isolamento térmico).

O capacete é composto, essencialmente, por uma calote e um arnês, e deve poder ser
equipado com um francalete.

Figure 1: capacete de Protecção e Armês

Ø Calote – Parte visível do capacete, é concebida para resistir aos choques exteriores e é
o que dá a forma geral ao capacete..
Ø Arnês – É um conjunto completo de elementos destinados a assegurar a manutenção
correcta do capacete na cabeça do utilizador.

4.3.4.2. Protecção dos ouvidos

É no local de trabalho que normalmente se verificam os maiores perigos para audição dos
trabalhadores, devido ao ruído gerado por uma infinidade de máquinas e outros equipamentos
e aos longos períodos de permanência.


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Uma contínua exposição ao ruído pode, ano após ano, diminuir a capacidade auditiva dos
trabalhadores, por isso, é necessário com que haja a Protecção contra o ruído

A protecção individual contra o ruído faz-se através da utilização de protectores auditivos,


que podem ser de dois tipos:

I. Protectores internos (tampões):

Estes sao constituidos por:

Ø Protectores de borracha: colocam-se no canal auditivo e ajustam-se a este;


Ø Protectores de esponja flexível: são colocados, do mesmo modo, no canal auditivo.
São de tamanho único, pois a espuma expande-se, adaptando-se a todos os ouvidos.


Figure 2:Protectores auditivos internos

II. Protectores externos (abafadores)

Os abafadores são feitos em material rígido, revestido interiormente por material flexível.


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Figure 3: Abafadores

4.3.4.3. Protecção dos olhos e da face

Consoante o trabalho a efectuar, a protecção dos olhos, e, se necessário, também da face,


pode ser assegurada, segundo os casos, por meio de: óculos,
viseira e máscara de soldador.

I. Óculos de protecção


Figure 4:óculos de protecção

II. Viseira

As viseiras são concebidas para proteger não apenas os olhos, mas também parcial ou
totalmente a face.


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Figure 5: Viseira

III. Máscara de soldador

A máscara de soldador protege a face e o pescoço das radiações e das projecções


incandescentes.

Figure 6: Máscaras de Soldador

4.3.4.4. Protecção das vias respiratórias


Caracterização dos elementos constituintes da protecção das vias respiratórias

Os equipamentos de protecção individual adequados às vias respiratórias podem ser: do tipo


filtrante, tendo por função purificar, por filtração, o ar inalado pelo utilizador, podendo-se
distinguir os anti-aerossóis, os anti-gases e os mistos;
do tipo isolante, tendo por função
isolar as vias respiratórias do utilizador da atmosfera ambiente insalubre e fornecer-lhe ar
puro, diferenciando-se os mesmos em não autónomos e autónomos.


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Figure 7: equipamento de protecção das vias respiratórias

4.3.4.5. Protecção das mãos e dos membros superiores


Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria;
daí a necessidade de protecção destes membros.

Como equipamentos de protecção individual para as mãos e membros superiores usam-se as


luvas de protecção, as dedeiras e os manguitos.


Figure 8: protectores de mão

4.3.4.6. Protecção dos pés e dos membros inferiores


Os trabalhadores devem usar calçado que seja confortável e adequado aos trabalhos que
realizam, tendo em conta os riscos associados.
Como tipos de calçado destinados a proteger os pés, distinguem-se os sapatos, os botins e as
botas.


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Figure 9: protectores dos pés

4.3.4.7. Protecção contra quedas


Os equipamentos anti-queda podem ser de diversos tipos mas, basicamente, compreendem
um arnês como elemento de
suporte do corpo do trabalhador


Figure 10: Armês

4.3.5. Sinalização de segurança no trabalho


4.3.5.1. Significado e aplicação das cores de segurança


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4.3.5.2. Sinais de Proibicao


Os sinais de proibição têm forma circular, margem e faixa diagonal vermelhas, fundo branco
e símbolo preto.


Figure 11:sinais de proibição


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4.3.5.3. Sinais de aviso


Os sinais de aviso têm forma triangular, margem preta, fundo amarelo e símbolo pret


Figure 12: sinais de aviso


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4.3.5.4. Sinais de Obrigação


Figure 13: Sinais de obrigação

4.3.5.5. Sinais de salvamento ou de emergência


Os sinais de salvamento ou de emergência possuem forma rectangular ou quadrada, fundo
verde e símbolo branco.


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Via/saída de emergência:


Figure 14:sinais de Via/saída de emergência

Direcção a seguir (sinal de indicação adicional às placas apresentadas de seguida):


Figure 15: Sinais de indição

4.3.5.6. Sinais relativos ao material de combate a incêndios


Os sinais relativos ao material de combate a incêndios têm forma rectangular ou quadrada,
fundo vermelho e símbolo branco.


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Figure 16: Material de combate ao incêndio

Direcção a seguir (sinal de indicação adicional às placas apresentadas acima):


Figure 17:sinais de indicação às placas acima

4.3.5.7. Sinalização de obstáculos e locais perigosos



Efetuada por intermédio de faixas/cones de cor vermelho e branco ou amarelo e negro,
alternadas com superfícies sensivelmente iguais. Estas faixas devem circundar, a totalidade
do obstáculo ou local perigoso.

Figure 18:sinais de obstáculos e locais perigosos


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5. Conlusão

Após o estudo feito sobre o tema do presente trabalho e se ter cumprido com os objectivos
citado ao introduzir o trabalho, pode concluir- se que:

I. A qualidade absoluta não existe, deste modo, o produto deve ser concebido para um
segmento bem identificado do Mercado e a maioria dos problemas da qualidade
detectados num produto tem origem nas fases anteriores ao fabrico (projecto), porque
a qualidade começa com a identificação das necessidades e expectativas do
consumidor, qualquer imprecisão ou falha nesta fase terá consequências importantes
na qualidade da informação transmitida aos gabinetes de estudo, que tentarão
conceber um produto para satisfazer as necessidades e expectativas mal identificadas.

II. O EPI não evita o acidente, mas pode evitar suas consequências: diminuindo sua
gravidade, impedindo lesões, Protegendo contra as doenças ocupacionais.

É de salientar que o trabalho é investigativo e de caracter avaliativo.


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Bibliografia

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Obra. Brasil: SENAI.

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G.I.D. (s.d.). Ambiente, Segurança. Higiene e Segurança no trabalho. (M. 10, Ed.)

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Procópio, C. (2010). Segurança na construção civil.

Slideplayer. (2019). Higiene, Medicina, Segurança e Engenharia do Trabalho. (S. Inc., Ed.)

Social, M. d. (2017). Segurança e Saúde no Trabalho em Ambientes Externos. (I. G.


Trabalho, Ed.) Moçambique.


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