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Lúrio
Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Civil
Curso de Licenciatura em Engenharia Civil
4º Nível-Semestre I-Ano 2019
Disciplina: Economia e Gestão Empresarial
Tema: Qualidade e Segurança na Construção
DISCENTES: DOCENTE:
Manuel Fernando Antonio Engo Edson Jamnadás
Orlando Adolfo Barrote
Osvaldo Jorge Airone Nhocoloa
Universidade Lúrio
Faculdade de engenharia
Departamento de engenharia civil
Curso de licenciatura em engenharia Civil
4º Nível-Semestre I-Ano 2019
Disciplina: Gestão de obras e segurança
Resumo
O intuito deste trabalho é discorrer sobre a qualidade e segurança no sector da construção
civil. Como a qualidade e segurança na construção são dois temas que apesar de estarem
diretamente relacionados, diferem em termos de abordagem, optou-se por abordar cada um
deles em separado. Portanto o trabalho estará divido em duas partes. Na primeira parte será
demonstrada uma síntese da importância de ferramentas da qualidade para as empresas do
ramo, com as peculiaridades do sector que dificultam a disseminação desses conceitos de
gestão nas obras. Na sequência, são abordados procedimentos que discorrem sobre a
qualidade no sector na elaboração de projetos e na aquisição de insumos e serviços
construtivos para a execução de obras. Sobre o assunto, apresentam-se métodos para evitar o
desperdício de materiais e erros nos processos construtivos, demonstrando como aplicação
prática o uso de ferramentas e controle da qualidade, em forma de instruções de trabalho.
Na segunda parte do trabalhado irá se abordar sobre a importância da segurança no trabalho
aplicada ao sector da construção civil para a redução de acidentes. Para o desenvolvimento
do trabalho, optou-se pela pesquisa bibliográfica e descritiva, pois se trata de métodos que
permitem a busca científica do conhecimento com base em material já elaborado.
Indice
1. INTRODUÇÃO 1
1.1. OBJECTIVO 1
5. CONLUSÃO 25
BIBLIOGRAFIA 26
1. Introdução
A constante mudança de paradigmas no sector da construção civil exige das empresas um
posicionamento competitivo baseado na realidade do mercado, nas necessidades dos
clientes, na actuação da concorrência e nos meios de produção.
A redução da disponibilidade e a valorização de recursos financeiros, junto com as
crescentes exigências do mercado consumidor e a maior mobilização da mão-de-obra em
busca de melhores condições de trabalho têm exigido das construtoras níveis mais altos de
qualidade e produtividade em seus processos para gerir novos empreendimentos.
Por outro lado, o homem aparece como elemento principal no ambiente de trabalho, pois
qualquer diminuição da sua capacidade laboral poderá causar a queda na produtividade nos
diversos sectores de serviços. Esta situação pode ser verificada por meio de acontecimentos
como, por exemplo, o aumento do número de acidentes na construção civil, estresse, entre
outros.
Segundo Ilda (2005), muitos acidentes na construção civil podem ser atribuídos ao erro
humano ou ao fator humano. O erro humano resulta das interações homem-trabalho ou
homem-ambiente, que não atendam a determinados padrões esperados. Contudo, com base
nos programas propostos pela Segurança no Trabalho, tais acidentes poderão ser reduzidos
ou até mesmo, eliminados.
Com base no exposto, o objetivo geral é buscar a importância de implantar sistemas de
gestão e controle de qualidade nos canteiros de obras e demonstrar a importância da
segurança no trabalho para a redução de acidentes com referências de diversos autores do
sector da construção civil e da área da qualidade, produtividade e segurança.
1.1. Objectivo
nas ações e a produtividade nas atividades. Você deve conhecer a política de qualidade da
empresa em que trabalha e contribuir para que ela seja cumprida.
A qualidade pode ter várias interpretações, dependendo do interesse das pessoas e das
instituições que a buscam. As várias definições existentes para a qualidade foram descritas
por Garvin (1984) em cinco abordagens:
I. Abordagem transcendental: qualidade é sinônimo de excelência, é o melhor possível
nas especificações do produto ou serviço;
II. Abordagem baseada em manufatura: qualidade é sinônimo de conformidade,
produtos que correspondam precisamente às especificações de projeto;
III. Abordagem baseada no usuário: é incorporado na definição de qualidade, além da
preocupação com as especificações de projeto, a preocupação com a adequação às
especificações do consumidor;
IV. Abordagem baseada no produto: qualidade é definida como conjunto preciso e
mensurável de características requeridas para satisfazer os interesses do consumidor.
V. Abordagem baseada no valor: qualidade é definida em termos de custo e preço,
defendendo a ideia de que a qualidade é percebida em relação ao preço.
2.3.2.Participação
A participação dos trabalhadores é essencial para garantir a qualidade da obra. Todos devem
se envolver no trabalho de modo a colaborar com a equipe. Para a empresa chegar a essa
qualidade é preciso fazer uma mudança cultural, implantar novos valores e eliminar os
conceitos ultrapassados. Empresas que não garantem a participação, dificilmente terão
qualidade em seus produtos e serviços prestados. É por isso que cada trabalhador precisa
conhecer e ajudar a cumprir a política de qualidade da empresa. A qualidade da obra
depende da qualidade do trabalho de cada um. A participação também envolve os clientes,
os fornecedores e a comunidade, assim como os trabalhadores, as pessoas envolvidas com a
empresa
devem estar atentas às atividades realizadas por ela, para que a qualidade seja
alcançada.
2.3.3.Produtividade
Em linhas gerais, produtividade é a relação entre o esforço feito e o resultado
do trabalho. Na Construção Civil é muito comum, por exemplo, se falar em h.h/m² (homem
hora por metro quadrado). Por exemplo, quanto tempo de trabalho dos pedreiros foi
necessário para levantar tantos metros quadrados de alvenaria. Esta produtividade possui
relação direta com o tempo gasto para a fabricação de um produto e/ou realização de um
serviço. Quanto mais se economiza o tempo nas atividades, maior será a produtividade.
qualidade dos produtos ou serviços que oferecem aos consumidores, daí destaca-se a
relevância da ISO 9000.
A ISO é uma organização de vasta representação no fornecimento de normas internacionais,
presente em diversos países. “Foi fundada oficialmente no dia 23 de fevereiro de 1947 com
o intuito de otimizar a unificação de padrões técnicos e coordená-los no âmbito
internacional. Está relacionada também à normalização de padrões de gestão, impactando a
área social e econômica no setor da produção de bens e de serviços, contribuindo nos
aspectos de segurança e atendimento às exigências legais da sociedade” (VALLS, 2004).
A ISO publicou normas internacionais dos mais diversos setores e aplicações como
Agricultura, Construção Civil, engenharias, dispositivos médicos até as tecnologias da
informação mais avançadas. Valls (2004) expõe que, desde 1947, a organização publicou
mais de 13.700 normas internacionais nesses diversos setores.
A importância da certificação é evidente e clara, “porque atesta publicamente, por escrito,
que determinado produto ou processo está em conformidade com os requisitos
especificados. É também uma excelente estratégia de marketing, pois a empresa desfruta de
uma boa imagem não apenas frente ao mercado, como também terá o reconhecimento de
seus colaboradores, fornecedores, consumidores, comunidade e governo” (BALDINI, 2015).
c) Baixo nível de escolaridade dos funcionários. A baixa escolaridade dos funcionários não
deve representar um problema, uma vez que os conhecimentos necessários podem ser
transmitidos através de treinamentos adequados para a obtenção de um serviço de qualidade;
d) Falta de treinamento: O setor da construção civil apresenta grande necessidade de
treinamento devido à baixa qualificação de seus funcionários que, aprendem a profissão na
prática e pela observação. Esse ponto também pode ser contornado pelo treinamento
oferecido no canteiro de obras, por ocasião da admissão e posteriormente, sempre que
houver necessidade;
e) Falta de envolvimento dos funcionários. De modo geral isso se deve à falta de
conhecimento do programa e certa resistência ao novo. A colaboração vem à medida que
eles percebem as vantagens de trabalhar com melhor qualidade de acordo com os
procedimentos. Para isso, é necessário mostrar a maneira mais eficiente de realizar os
serviços e explicar as consequências negativas dos erros, tanto para a empresa como para o
funcionário. Desta forma, há maior valorização e integração dos trabalhadores, que
entendem que fazem parte do mesmo negócio.
f) Falta de participação e conscientização dos colaboradores. Algumas empresas enfrentam
dificuldades com relação aos fornecedores de materiais, que não entregam o material
conforme especificado, não cumprem prazos, etc.
g) Comunicação deficiente. Em geral, os problemas de comunicação deficiente ocorrem
entre escritório e obra, e entre departamentos da empresa. Também há certa dificuldade de
comunicação entre a direção e demais setores da empresa.
h) Ansiedade por resultados. Essa ansiedade se deve à alta cobrança por parte da direção por
resultados.
i) Falta de comprometimento da alta administração. Em algumas empresas, a alta
administração está totalmente comprometida com o programa e participa ativamente de sua
implantação. Já em outras, observa-se menor engajamento. Em tais empresas, a diretoria
fornece os recursos necessários para a obtenção do certificado, mas se a CEF (Caixa
Econômica Federal) não exigisse o certificado, a direção iria abolir o programa.
Pode-se observar que todas as dificuldades mencionadas acima podem ser resolvidas com
facilidade, basta um engajamento maior das empresas em buscar por novidades e
informações que melhorem seus serviços e produtos.
Valores
Excelência;
Profissionalismo;
Meritocracia;
Celeridade;
Urbanidade;
Transparência;
Integridade;
Bem Servir;
Responsabilização; Satisfação dos clientes e colaboradores;
Melhoria contínua.
em diversas áreas, a ISO conta com 3368 organismos técnicos, onde 224 são comissões
técnicas, 513 subcomissões, 2544 grupos de trabalho e 54 grupos de estudo ad hoc. (inn, sd)
A ISO tem um representante em cada país, sendo que, para o caso de Moçambique, é o
INNOQ (membro correspondente) e as suas atividades que abrangem no seu domínio toda a
atividade económica com exceção das áreas eletrónica e de telecomunicações. (inn, sd)
A ISO é uma das principais organizações não-governamentais, a nível mundial, que em
regime voluntário se dedica à produção de Normas Técnicas. O Secretariado-geral da ISO
gere um sistema internacional de normalização, elabora, produz e divulga normas
internacionais, bem como outros documentos normativos. (inn, sd)
International eletrotechnical commssion (IEC)
A IEC é uma organização que prepara e publica normas internacionais aplicáveis a
equipamentos elétricos, eletrónicos e tecnologia relacionada, servindo desta forma de base
para a normalização nacional. O Secretariado Central desta organização está em Genebra.
Moçambique é membro afiliado. (inn, sd)
3.1. Normas técnicas
As Normas Técnicas são documentos elaborados segundo procedimentos e conceitos
emanados da legislação específica. Estas resultam de um processo de consenso nos
diferentes fóruns do sistema, cujo universo abrange o Governo, o sector privado, o comércio
e os consumidores.
Qualquer norma é considerada uma referência idónea do mercado a que se destina, sendo
por isso usada em processos de legislação, de acreditação, de metrologia, de informação
técnica e, muitas vezes, nas relações Cliente – Fornecedor. (inn, sd)
As Normas Técnicas têm em vista a: Defesa dos interesses nacionais; Racionalização na
fabricação ou produção e na troca de bens e serviços, por meio de operações sistemáticas e
repetitivas; Proteção dos interesses dos consumidores; Segurança de pessoas e bens; e
Uniformidade dos meios de expressão e comunicação. (inn, sd)
II. factores causais materiais. Estes, também conhecidos por “falhas técnicas”, são
motivados por anomalias de:
Ø máquinas ou ferramentas: inadequadas, não protegidas, defeituosas;
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Redes de segurança
As redes são elementos que devem impedir
ou limitar com segurança a queda de
pessoas ou
objectos, fazendo parte de um
conjunto com suportes, ancoragens e acessórios, necessitando
de dimensionamento prévio.
Estas redes podem distiguir- se em:
Ø Redes tipo ténis: Usadas para a protecção contra quedas por aberturas em pisos ou
paredes;
Ø Redes verticais: caracterizadas por serem colocadas verticalmente ou com ligeira
inclinação, são utilizadas para a protecção de aberturas nas paredes;
Ø Redes tipo forca: distinguem-se por estarem suspensas de estruturas constituídas por
suportes metálicos com consola de tipo forca.
Ø Redes de colocação horizontal: devem ter dispositivos de fixação directa à
edificação ou uma estrutura de suporte permitindo o deslocamento da rede sem
impedimentos que provoquem o impacto do corpo em elementos rígidos.
Guarda-Corpos
Os guarda-corpos são entendidos como protecções colectivas verticais e devem ser
concebidos com o objectivo de impedir a queda de corpos, podendo ser rígidos ou flexíveis
em função dos materiais que os constituem.
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Guarda-corpos flexíveis
Os guarda-corpos flexíveis diferem dos rígidos essencialmente por os elementos horizontais
serem substituídos por redes e ainda pelos dispositivos de fixação da rede aos montantes.
Guarda-corpos/Resguardos inclinados
As plataformas de trabalho fixas devem dispor de um sistema de protecção colectiva contra
quedas em altura e uma estrutura de suporte solidamente fixada a elementos rígidos e
resistentes da edificação intervencionada.
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Estes EPI devem ter capacidade de absorção de choque, evitando quaisquer lesões na cabeça,
bem como terem características adequadas de conforto (peso, ventilação, estanquidade e
isolamento térmico).
O capacete é composto, essencialmente, por uma calote e um arnês, e deve poder ser
equipado com um francalete.
Ø Calote – Parte visível do capacete, é concebida para resistir aos choques exteriores e é
o que dá a forma geral ao capacete..
Ø Arnês – É um conjunto completo de elementos destinados a assegurar a manutenção
correcta do capacete na cabeça do utilizador.
É no local de trabalho que normalmente se verificam os maiores perigos para audição dos
trabalhadores, devido ao ruído gerado por uma infinidade de máquinas e outros equipamentos
e aos longos períodos de permanência.
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Uma contínua exposição ao ruído pode, ano após ano, diminuir a capacidade auditiva dos
trabalhadores, por isso, é necessário com que haja a Protecção contra o ruído
Figure 2:Protectores auditivos internos
Os abafadores são feitos em material rígido, revestido interiormente por material flexível.
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Figure 3: Abafadores
I. Óculos de protecção
Figure 4:óculos de protecção
II. Viseira
As viseiras são concebidas para proteger não apenas os olhos, mas também parcial ou
totalmente a face.
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Figure 5: Viseira
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Figure 8: protectores de mão
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Figure 10: Armês
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Figure 11:sinais de proibição
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Figure 12: sinais de aviso
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Figure 13: Sinais de obrigação
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Via/saída de emergência:
Figure 14:sinais de Via/saída de emergência
Figure 15: Sinais de indição
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Figure 16: Material de combate ao incêndio
Figure 17:sinais de indicação às placas acima
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5. Conlusão
Após o estudo feito sobre o tema do presente trabalho e se ter cumprido com os objectivos
citado ao introduzir o trabalho, pode concluir- se que:
I. A qualidade absoluta não existe, deste modo, o produto deve ser concebido para um
segmento bem identificado do Mercado e a maioria dos problemas da qualidade
detectados num produto tem origem nas fases anteriores ao fabrico (projecto), porque
a qualidade começa com a identificação das necessidades e expectativas do
consumidor, qualquer imprecisão ou falha nesta fase terá consequências importantes
na qualidade da informação transmitida aos gabinetes de estudo, que tentarão
conceber um produto para satisfazer as necessidades e expectativas mal identificadas.
II. O EPI não evita o acidente, mas pode evitar suas consequências: diminuindo sua
gravidade, impedindo lesões, Protegendo contra as doenças ocupacionais.
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Bibliografia
Slideplayer. (2019). Higiene, Medicina, Segurança e Engenharia do Trabalho. (S. Inc., Ed.)
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