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Introdução
A doença do disco intervertrebral é a causa mais freqüente de paralisia em cães e gatos. Sua ocorrência varia em diferentes idades e raças.
As raças condrodistróficas (Dachshund, Lhasa-Apso, Pequinês), normalmente apresentam a ruptura destes discos com perda de substância gelatinosa
levando a compressão medular (Lecouteur e Child, 1992).
Nestas raças, a região toracolombar da medula espinhal é a mais afetada em cães de meia idade (Fenner, 2003).
Dentre os animais das raças condrodistróficas, os cães da raça Dachshund, como o tratado neste relato, possuem menor espaço epidural,
sendo por este motivo, os que apresentam sintomas clínicos mais severos, mesmo quando pequenas quantidades aparentes de material discal é
extrudado. A extrusão do disco pode levar à distorção mecânica e à compressão de medula espinhal aguda ou crônica (Lecouteur e Child, 1992).
Segundo Fenner (2003), a maioria dos casos de lesão da medula espinhal na medicina veterinária relaciona-se à compressão das vértebras
espinhais ou de suas estruturas de suporte.
A gravidade da lesão à medula espinhal depende da velocidade com que é aplicada a força compressiva, grau de compressão e a duração
desta compressão. Os principais sintomas clínicos observados comumente nas discopatias toracolombares são: dificuldade de locomoção, dor
abdominal ou dorsal aparente, paralisia dos membros, podendo chegar a perda de percepção da dor profunda e incontinência urinária e/ou fecal (Lecouteur
e Child, 1992).
O diagnóstico é baseado na anamnese, exame clínico neurológico, radiografias e mielografias. O prognóstico da doença do disco toracolombar
depende da gravidade e da duração dos sinais antes do início da tratamento. Os animais com paralisia possuem prognóstico pior do que aqueles com
dor e marcha anormal. Os animais que perdem a sensação de dor profunda apresentam prognóstico reservado a mau e podem não recuperar a função
(Fenner, 2003).
O tratamento das discopatias varia com a gravidade da lesão e podem ser conservativos ou cirúrgicos. O tratamento conservativo
tradicional preconiza o repouso e o uso de antiinflamatórios. A remoção cirúrgica da porção extrudada do disco que se encontra comprimindo a medula é a
opção terapêutica em animais com quadro mais grave. A acupuntura surge como opção terapêutica alternativa de grande importância neste contexto.
Joaquim (2005) evidencia que, com base em estudos clínicos, a acupuntura pode ser eficiente no tratamento de doenças do disco intervertebral
em cães, sendo utilizada no alívio da dor, na normalização da função motora e sensorial e nos distúrbios de micção. Nestes casos, diferentes métodos de
estimulação podem ser utilizados, porém os mecanismos pelos quais a acupuntura trata as doenças de disco e outras afecções medulares ainda não
são totalmente compreendidos.
Relato de caso
Foi avaliado um cão macho, da raça Dachshund, de 6 anos de idade
com paralisia de membros posteriores. Segundo informações do
proprietário o animal estava sendo tratado por um colega há cerca de 3
semanas, sem sucesso. O exame clínico do animal revelou presença de
percepção de dor profunda, porém com perda completa da propriocepção
consciente dos membros posteriores. O exame radiográfico revelou
presença de osteófito em face dorsal de T9, diminuição de espaço
intervertebral entre T9 e T10 e presença de esclerose óssea em T10, em
face dorsal da vértebra.
Foram realizadas 8 sessões de acupuntura diárias (figura 1), sendo o início
de recuperação por ocasião da quinta sessão (figura 2). Após essa fase
inicial do tratamento, foram realizadas mais 5 sessões em dias
alternados.As agulhas foram posicionadas bilateralmente ao longo do
meridiano da bexiga, dos pontos B23 ao B26-2, e mantidas por cerca de
vinte minutos (figura 3).
Consideramos o animal curado quando foi capaz de andar novamente e ter
Figura 2: Fotografia do animal na quinta sessão de acupuntura. O animal já
uma vida normal, sem seqüelas. Após um ano o animal preservava os
apresenta início de propriocepção consciente.
benefícios do tratamento. Os pontos de acupuntura utilizados neste relato
estão indicados pela maioria dos autores para tratar doenças medulares
compressivas (Janssens, 1992; Janssens e Rogers, 1989; Schoen, 1992),
estando, portanto, o resultado obtido neste relato, em concordância com
a literatura especializada.
Infelizmente, ainda hoje muitos cães são sacrificados inutilmente por
apresentarem alguma deficiência locomotora. O desconhecimento dos
proprietários e médicos veterinários sobre opções alternativas de
terapêutica concorrem para esta triste constatação. Com certeza alguns
destes animais poderiam ter uma chance de recuperação com o uso de
uma técnica simples e de baixo custo como a acupuntura.
Referências Bibliográficas
Draehmpael, D. Acupuntura no cão e no gato: princípios básicos e prática
Figura 3: Ilustração topográfica dos pontos do meridiano da bexiga no cão. científica. São Paulo. Ed. Roca, 1994.
As chaves indicam os pontos utilizados durante a terapia no presente Fenner, W.R. Distúrbios neurológicos: In:______Consulta rápida em
relato. Adaptada de Draehmpael, 1994. clínica veterinária. (Ed. Guanabara Koogan). 3ª. Ed., Rio de Janeiro, 2003,
pág. 411.
Janssens L.A. Acupuncture for the treatment of thoracolumbar and
cervical disc disease in the dog. Probl. Vet. Med. 4(1): 107-16, 1992.
Janssens L.A.; Rogers P.A. Acupuncture versus surgery in canine
thoracolumbar disc disease. Vet. Rec. 124(11):283, 1989.
Joaquim, J.G.F. Acupuntura no Tratamento das Afecções Medulares.
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Lecouter, R.A. e Child, G. Moléstias da medula espinhal. In: Ettinger, S.J.
(Editora Manole Ltda). Tratado de medicina interna veterinária, 3a. ed.,
vol. 2, São Paulo, pag. 695-704.
Schoen A.M. Acupuncture for musculoskeletal disorders. Probl. Vet. Med.
4(1):88-97, 1992.
mecanismos locais da
Figura 4: Fotografia do animal após a última sessão de acupuntura.
O animal é capaz de posicionar-se em estação e caminhar sem sinal contRatuRa e doR musculaR
de dor Ingvars Birznieks, Alexander R. Burton, Vaughan G. Macefield. The effects
of experimental muscle and skin pain on the static stretch sensitivity of
human muscle spindles in relaxed leg muscles. The Journal of Physiology.
Volume 586 Issue 11 Page 2713-2723, June 2008
http://www.blackwell-synergy.com/doi/abs/10.1113/jphysiol.2008.151746
O estudo mostra que independentemente dos reflexos segmentares, mudanças no estado funcional dos fusos neuro-musculares são causadas
por estimulação dolorosa. Confirma a importância das intervenções peri e intramusculares da Acupuntura Contemporânea no tratamento da dor e/ou
disfunção relacionada com alterações do tônus muscular, que podem ser conseqüência de trauma direto, ou de trauma articular, contração excêntrica,
excessiva ou continuada, ou de reflexos víscero-somáticos. Alguns dos dispositivos de integração sensório-motora - aferências e eferências no músculo.
Postado por Norton Moritz Carneiro
Sábado, 31 de Maio de 2008
pRincípios do contRole da doR
Os conhecimentos atuais dos mecanismos biológicos, e especialmente dos processos neurais envolvidos com o fenômeno da dor aguda, e com
o desenvolvimento dos estados de dor crônica, assim como os resultados de uma vasta produção de estudos clínicos que testam a eficácia dos diferentes
métodos de tratamento disponíveis, levaram ao estabelecimento de melhores padrões na atenção ao paciente com dor. As recomendações a seguir,
baseadas em evidências científicas, podem servir como roteiro para uma abordagem que visa maior eficácia e segurança no tratamento do paciente com
dor:
Estabelecer o diagnóstico nosológico, esclarecendo se a causa da dor existente é uma doença, ou se a dor é a doença.
Deve-se dar atenção aos sintomas, e não só aos sinais.
Avaliar a condição geral do paciente.
Distinguir a natureza fisiopatológica predominante da dor em questão, que pode ser neuropática, miofascial ou neuromuscular disfuncional, inflamatória
ou nociceptiva oncológica, por exemplo.
Considerar os medicamentos e tratamentos em uso prévio, evitando eventuais efeitos adversos de interações medicamentosas.
A analgesia deve estar integrada num plano de avaliação integral e de manejo da condição do paciente.
Utilizar meios de quantificação da dor é fundamental para avaliar os desfechos do tratamento. No caso de dor crônica, recomenda-se adotar registros em
forma de diário da dor, a serem efetuados pelo paciente.
Os aspectos emocional e cognitivo da dor devem ser reconhecidos e tratados.
É recomendável prevenir ao invés de reagir à dor.
A dor é em geral sub-tratada, e não super-tratada.
Combinar terapias aumenta significativamente a eficácia dos tratamentos.
É indispensável incorporar aos planos de tratamento, os avanços atuais no tratamento da dor, que incluem os métodos de modulação neural da
Acupuntura Médica Contemporânea.
O controle da dor deve ser individualizado.
O controle da dor crônica demanda uma abordagem multidisciplinar, em equipe.
Postado por Norton Moritz Carneiro
Quarta-feira, 28 de Maio de 2008
INTRODUÇÃO
A discopatia intervertebral é a doença que acomete a coluna vertebral dos cães com maior freqüência. Está relacionada à degeneração do disco
intervertebral que afeta o núcleo pulposo. Os sinais clínicos mais observados nos pacientes acometidos são dores na coluna, cifose, paraparesia,
hiperestesia, hiper-reflexia de membros posteriores e algumas vezes paraplegia e comprometimento das funções urinárias (WHEELER & SHARP, 1999). O
diagnóstico da discopatia intervertebral é baseado na anamnese e exame clínico, sendo usualmente confirmado através de achados radiográficos. O
prognóstico depende da gravidade e da duração dos sintomas clínicos antes do início do tratamento (WHEELER & SHARP, 1999). O tratamento
empregado costuma correlacionar-se à sintomatologia, podendo ser profilático ou terapêutico. O tratamento conservativo visa restabelecer as funções
gerais do paciente focando o alívio da dor (WHEELER & SHARP, 1999). O Mecanismo de ação da acupuntura na discopatia não foi totalmente elucidado,
no entanto, acredita-se que essa técnica pode ativar um novo crescimento de axônios destruídos na medula espinhal, além de sanar inflamações
localizadas e seus sinais, como edema, vasodilatação ou constrição e liberação exacerbada de substancias vaso-ativas pró-inflamatórias, promovendo
melhor perfusão sanguínea nas regiões alteradas do disco intervertebral e conseqüente revitalização medular (JANSSENS, 2001; SCOGNAMILLO-SZABÓ
& BECHARA, 2001; JOAQUIM, 2005).
MATERIAL E MÉTODOS
Foram analisadas as fichas clínicas dos pacientes com discopatia intervertebral atendidos na Unidade Hospitalar para Animais de Companhia
(UHAC) do Hospital Veterinário da PUCPR no período de agosto de 2003 a novembro 2006, cujos responsáveis optaram pela acupuntura como forma
principal de tratamento, ou foram encaminhados por outros serviços do hospital veterinário. O diagnóstico de doença discal desses animais foi firmado
mediante avaliação clínica completa e exames radiográficos realizados por médico veterinário da UHAC não participante do núcleo de acupuntura. Já o
diagnóstico oriental foi baseando nos fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa e a seleção de pontos determinada de acordo com o princípio de
tratamento estabelecido para cada animal, com variação de pontos utilizados em função das diferenças individuais entre os casos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No período estudado foram submetidos ao tratamento por acupuntura seis cães com discopatia, sendo cinco da raça dachshund (83,33%) e um
cão sem raça definida (SRD) (16,67%). Desses, três eram machos e três fêmeas. Esses animais apresentavam sintomatologia locomotora e neurológica, e
apenas um animal apresentou incontinência urinária. Déficit de propriocepção era apresentado por todos os cães (100%). Apenas dois animais
demonstravam ausência da nocicepção (33,34%) e hiper-reflexia de membros pélvicos e hiperestesia estavam presentes também em todos os casos
(100%). A paraparesia acometeu cinco cães (83,33%). O tratamento foi estabelecido de acordo com o diagnóstico oriental e obedeceram os princípios
teóricos da Medicina Tradicional Chinesa. Os acupontos mais utilizados foram: Intestino Delgado 3 (ID-3), Bexiga 62 (B-62), Bai Hui, Vesícula Biliar 30
(VB-30), Rim 3 (R-3), Bexiga 60 (B-60), Estômago 36 (E-36) e Vesícula Biliar 34 (VB-34). As sessões foram realizadas em intervalos semanais, com tempo
de 20 minutos de permanência da agulhas nos acupontos. Uma resposta favorável do quadro clínico neurológico ocorreu em média na quarta sessão de
acupuntura em cinco (83,33%) dos casos atendidos. Neste momento foi observado o retorno da propriocepção e da dor profunda em dois casos e a
sustentação do peso corpóreo e deambulação com ataxia discreta em quatro animais. O único paciente submetido inicialmente ao tratamento cirúrgico não
evoluiu de forma satisfatória no tratamento com acupuntura. Neste, os sinais de paraparesia, ausências de dor profunda e propriocepção permaneceram,
apenas a resolução do distúrbio urinário foi alcançado. O critério utilizado como consideração de cura dos cães foi à involução da sintomatologia e a
melhora na qualidade de vida. Em cinco dos casos estudados (83,33%), a acupuntura foi utilizada como único tratamento alternativo para a discopatia.
Destes, quatro (80%) obtiveram resultados satisfatórios durante o decorrer das sessões, como o retorno da deambulação e da nocicepção. Sendo assim,
este estudo e a metodologia aplicada concordam com as indicações propostas pela literatura especializada sobre o uso da acupuntura como tratamento da
extrusão discal nos cães, contrariando citações que a indicam apenas como terapia adjuvante ou a contra-indicam, como nos casos de compressão grave
(JANSSENS, 2001; LOURENÇO et al., 2004; JOAQUIM, 2005).
CONCLUSÃO
A instituição terapêutica da acupuntura para discopatias intervertebrais torna-se uma excelente opção no tratamento conservativo dos pacientes,
pois evita maiores desconfortos causados por uma intervenção cirúrgica, devido a possibilidade de adiar ou mesmo evitar um procedimento invasivo.
Adicionalmente, apresenta um índice satisfatório de recuperação em adição .
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JANSSENS, L. A. A. Acupunture for thoracolumbar and cervical disk disease. In: SCHOEN, A.N. Veterinary acupuncture. 2. ed. St. Louis: Mosby,
2001. p. 193-198.
JOAQUIM, J. G. F. Acupuntura no tratamento das afecções medulares. V Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais.
Anais. São Paulo, 2005.
LOURENÇO, R.; GOUVÊA MACEDO, A. H.; DI-TANNO RAMALHO, M. F. P. Reversão de paralisia em cão da raça Dachshund com tratamento
por acupuntura - Relato de caso. VI Congresso paulista de medicina veterinária. Anais. São Paulo, 2004.
SCOGNAMILLO-SZABÓ, M. V. R.; BECHARA, G. H. Acupuntura: Bases Científicas e Aplicações. Ciência Rural, v.31, p. 1091-1099, 2001.
WHEELER, S. J.; SHARP, N. J. H. Afecção de disco intervertebral. In: WHEELER, S. J.; SHARP, N. J. H. Diagnóstico e tratamento cirúrgico das
afecções espinais do cão e do gato. 1. ed. São Paulo: Manole, 1999. p. 85-108.
A comparison of the traditional Chinese versus transpositional zangfu organ association acupoint locations in the horse.
The traditional Chinese (TC) and transpositional (TP) methods of animal acupoint location result in different acupoint charts. Representative
TC and TP equine zangfu organ shu-association acupoint charts are compared to each other and to a human chart. Despite their differences,
practitioners of both methods appear to achieve equally effective therapeutic results--a phenomenon termed "traditional Chinese/transpositional equal
efficacy" (TTEE). Common veterinary acupuncture practices, traditional Chinese medical theory, spinal cord anatomy, and a preliminary equine
"association segment" chart are proposed to explain TTEE. The differences between the charts indicate that all documented animal acupoint locations
should be explicitly described.
Methods of stimulating acupuncture points for treatment of chronic back pain in horses.
Klide AM, Martin BB Jr
Department of Clinical Studies, School of Veterinary Medicine, University of Pennsylvania, Philadelphia 19104-6010.
Horses with chronic back pain of 2 to 108 months' duration were treated using acupuncture (n = 15), laser acupuncture (n = 15), or injection
acupuncture (n = 15). Horses were treated once a week for 8 treatments (mean) with needle acupuncture, 11 treatments with laser acupuncture, or 9
treatments with injection acupuncture. After treatment, 37 horses had alleviation of clinical signs of pain and could train and compete: 13 horses treated
with needle acupuncture; 11 horses treated with laser acupuncture; and 13 horses treated with injection acupuncture. Seemingly, the 3 types of
acupuncture were equally useful for treating horses with chronic back pain.
Production of cutaneous analgesia by electroacupuncture in horses: variations dependent on sex of subject and locus of
stimulation.
Bossut DF, Page EH, Stromberg MW
Cutaneous pain thresholds to pinprick, pinch, and heat stimuli were quantified during control and electroacupuncture trials in 23 horses. Pain
thresholds for 8 areas of the body during control trials (no needles) were statistically compared with pain thresholds measured in the same areas of the
same horse when given electroacupuncture treatment. Statistically significant increases of pain threshold were interpreted as induced analgesia and
occurred mainly in 5 areas of the trunk, but not in the head or extremities. Analgesic efficacy varied between sexes and among 3 groups of points
chosen from Chinese traditional veterinary literature. Analgesia was induced equally well in both castrated males and intact females by the
electrostimulation of 5 needles inserted on the gluteal (rump) and lumbar (loins) regions. However, stimulation of 2 needles located only in the gluteal
region caused a significant analgesia in females only. In contrast, stimulation of 2 needles located in the thoracic limb was analgesic in males, but
infrequently so in females. Therefore, we observed differential analgesia due to an interaction between needle location and sex of subject.
Resumo
A medula espinhal de cães pode ser comprometida por lesões da coluna vertebral e tecidos adjacentes, freqüentemente levando a
distúrbios neurológicos e locomotores.A acupuntura é um método terapêutico da Medicina Tradicional Chinesa, que tem mostrado eficiência no
tratamento de patologias do disco intervertebral em caninos.Este relato descreve a utilização da Acupuntura em um cão macho, da raça
Dachshund, de 6 anos de idade com paralisia de membros posteriores. O exame clínico do animal revelou presença de percepção de dor
profunda, porém com perda completa da propriocepção consciente dos membros posteriores. Foram realizadas 8 sessões de acupuntura diárias
sendo o início de recuperação por ocasião da quinta sessão Após essa fase inicial do tratamento, foram realizadas mais 5 sessões em dias
alternados. As agulhas foram posicionadas bilateralmente ao longo do meridiano da bexiga, dos pontos B23 ao B26-2, e mantidas por cerca de vinte
minutos .O animal apresentou recuperação satisfatória, voltando a se locomover.
Introdução
A doença do disco intervertrebral é a causa mais freqüente de paralisia em cães e gatos. Sua ocorrência varia em diferentes idades e
raças. As raças condrodistróficas (Dachshund, Lhasa-Apso, Pequinês), normalmente apresentam a ruptura destes discos com perda de substância
gelatinosa levando a compressão medular (Lecouteur e Child, 1992). Nestas raças, a região toracolombar da medula espinhal é a mais afetada em
cães de meia idade (Fenner, 2003). Dentre os animais das raças condrodistróficas, os cães da raça Dachshund, como o tratado neste relato,
possuem menor espaço epidural, sendo por este motivo, os que apresentam sintomas clínicos mais severos, mesmo quando pequenas
quantidades aparentes de material discal é extrudado. A extrusão do disco pode levar à distorção mecânica e à compressão de medula espinhal
aguda ou crônica (Lecouteur e Child, 1992). Segundo Fenner (2003), a maioria dos casos de lesão da medula espinhal na medicina veterinária
relaciona-se à compressão das vértebras espinhais ou de suas estruturas de suporte.
A gravidade da lesão à medula espinhal depende da velocidade com que é aplicada a força compressiva, grau de compressão e a duração
desta compressão. Os principais sintomas clínicos observados comumente nas discopatias toracolombares são: dificuldade de locomoção, dor
abdominal ou dorsal aparente, paralisia dos membros, podendo chegar a perda de percepção da dor profunda e incontinência urinária e/ou fecal
(Lecouteur e Child, 1992).
O diagnóstico é baseado na anamnese, exame clínico neurológico, radiografias e mielografias. O prognóstico da doença do disco
toracolombar depende da gravidade e da duração dos sinais antes do início da tratamento. Os animais com paralisia possuem prognóstico pior do
que aqueles com dor e marcha anormal. Os animais que perdem a sensação de dor profunda apresentam prognóstico reservado a mau e podem não
recuperar a função (Fenner, 2003).
O tratamento das discopatias varia com a gravidade da lesão e podem ser conservativos ou cirúrgicos. O tratamento conservativo
tradicional preconiza o repouso e o uso de antiinflamatórios. A remoção cirúrgica da porção extrudada do disco que se encontra comprimindo a
medula é a opção terapêutica em animais com quadro mais grave. A acupuntura surge como opção terapêutica alternativa de grande importância
neste contexto.
Joaquim (2005) evidencia que, com base em estudos clínicos, a acupuntura pode ser eficiente no tratamento de doenças do disco
intervertebral em cães, sendo utilizada no alívio da dor, na normalização da função motora e sensorial e nos distúrbios de micção. Nestes casos,
diferentes métodos de estimulação podem ser utilizados, porém os mecanismos pelos quais a acupuntura trata as doenças de disco e outras
afecções medulares ainda não são totalmente compreendidos.
Relato de caso
Foi avaliado um cão macho, da raça Dachshund, de 6 anos de idade com paralisia de membros posteriores. Segundo informações do
proprietário o animal estava sendo tratado por um colega há cerca de 3 semanas, sem sucesso. O exame clínico do animal revelou presença de
percepção de dor profunda, porém com perda completa da propriocepção consciente dos membros posteriores. O exame radiográfico revelou
presença de osteófito em face dorsal de T9, diminuição de espaço intervertebral entre T9 e T10 e presença de esclerose óssea em T10, em face
dorsal da vértebra. Foram realizadas 8 sessões de acupuntura diárias (figura 1), sendo o início de recuperação por ocasião da quinta sessão (figura
2). Após essa fase inicial do tratamento, foram realizadas mais 5 sessões em dias alternados.As agulhas foram posicionadas bilateralmente ao longo
do meridiano da bexiga, dos pontos B23 ao B26-2, e mantidas por cerca de vinte minutos (figura 3).
Figura 4: Fotografia do animal após a última sessão de acupuntura. O animal é capaz de posicionar-se em estação e caminhar sem sinal de dor.
Figura 2: Fotografia do animal na quinta sessão de acupuntura. O animal já apresenta início de propriocepção consciente.
Figura 3: Ilustração topográfica dos pontos do meridiano da bexiga no cão. As chaves indicam os pontos utilizados durante a terapia no
presente relato. Adaptada de Draehmpael, 1994.
Discussão e Conclusão
Consideramos o animal curado quando foi capaz de andar novamente e ter uma vida normal, sem seqüelas. Após um ano o animal
preservava os benefícios do tratamento. Os pontos de acupuntura utilizados neste relato estão indicados pela maioria dos autores para tratar doenças
medulares compressivas (Janssens, 1992; Janssens e Rogers, 1989; Schoen, 1992), estando, portanto, o resultado obtido neste relato, em
concordância com a literatura especializada. Infelizmente, ainda hoje muitos cães são sacrificados inutilmente por apresentarem alguma deficiência
locomotora. O desconhecimento dos proprietários e médicos veterinários sobre opções alternativas de terapêutica concorrem para esta triste
constatação. Com certeza alguns destes animais poderiam ter uma chance de recuperação com o uso de uma técnica simples e de baixo custo como
a acupuntura.
Referências Bibliográficas
Draehmpael, D. Acupuntura no cão e no gato: princípios básicos e prática científica. São Paulo. Ed. Roca, 1994.
Fenner, W.R. Distúrbios neurológicos. In:______Consulta rápida em clínica veterinária. (Ed. Guanabara Koogan). 3ª. Ed., Rio de Janeiro, 2003,
pág. 411.
Janssens L.A. Acupuncture for the treatment of thoracolumbar and cervical disc disease in the dog. Probl. Vet. Med. 4(1): 107-16, 1992.
Janssens L.A.; Rogers P.A. Acupuncture versus surgery in canine thoracolumbar disc disease. Vet. Rec. 124(11):283, 1989.
Joaquim, J.G.F. Acupuntura no Tratamento das Afecções Medulares. Anais 5º Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos
Animais 2005, São Paulo, SP, pág.55, Out.2005.
Lecouter, R.A. e Child, G. Moléstias da medula espinhal. In: Ettinger, S.J. (Editora Manole Ltda). Tratado de medicina interna veterinária, 3a. ed.,
vol. 2, São Paulo, pag. 695-704.
Schoen A.M. Acupuncture for musculoskeletal disorders. Probl. Vet. Med. 4(1):88-97, 1992.
INTRODUÇÃO
A acupuntura (AP) é uma modalidade médica baseada na medicina tradicional chinesa, compreendendo na sua forma mais comum a
inserção de agulhas em pontos cutâneos específicos, situados em seis pares de canais de energia deno- minados meridianos. A nomenclatura dos
meridianos deriva dos principais órgãos internos, tais como meridiano do pulmão, intestino grosso, fígado, vesícula biliar, rim, bexiga, coração,
intestino delgado, pericárdio sendo que destes, três têm seus nomes derivados da linguagem figurada da medicina tradicional chinesa que são o
meridiano do triplo-aquecedor, vaso governador e vaso concepção [1].
Os textos referentes a teoria e prática da medicina tradicional chinesa e AP no homem e nos animais foram elabo- rados a mais de 1000
a.C. sendo que seus preceitos orais datam de até 5000 a.C. No ocidente a AP foi apresentada primei- ramente na Europa, por jesuítas franceses, no
início do século 17. Entre as teorias mais conhecidas e que permeiam a acupuntura no que concerne à aplicação da mesma estão a do Yin e Yang,
princípios relacionados com as energias negativas e positivas, deficiência e excesso, noite e claro, respectivamente. Outra teoria comumente
empregada é a dos Cinco Movi- mentos, que visa à auto-regulação entre os órgãos internos, o clima, os hábitos alimentares e as emoções,
aparecendo a doença quando do desequilíbrio entre os diversos órgãos dentro desse sistema que procura a homeostasia (Sistema Nervoso
Autônomo) através de leis de criação e destruição, linguagem figurativa do sistema de feed back a que se referem [5].
Acupuntura e fisioterapia
Em um estudo comparando-se os efeitos da eletroacupuntura, massagem com gelo e estimulação nervosa transcutânea (TENS) em
pacientes com osteoartrite na articulação femoro-tibio-patelar, observou-se que a acupuntura proporcionou uma diminuição da dor e da rigidez,
aumentou a capacidade de contração muscular e facilitou a flexão do joelho [13].
Mecanismo de ação
Em um estudo de Chu & Schwartz [2], os autores observaram que o alivio da dor miofascial acontece por um meca- nismo local, isto é,
contração muscular, a qual é feita por movimentos intramusculares na zona da placa motora, que são estimuladas por sua vez através dos estímulos
mecânicos e elétricos (nervosos) produzidos pelas agulhas.
Tal estudo corrobora com outras pesquisas onde se comprovou que as fibras musculares participam da resposta à inserção das agulhas
pela produção consistente de potenciais de ação musculares [7]. Este fenômeno é relacionado com o tecido muscular intrafusal e com as fibras
motoras tipo gama II, permanecendo mesmo após a interrupção do suprimento vascular e nervoso [7]. Yan et al. [12] relataram que a intensa
manipulação das agulhas produz um potencial de ação muscular intenso, sendo o mesmo dependente da quantidade, presença e distribuição das
fibras musculares intrafusais em pontos específicos de acupuntura. Tal fato poderia ser explicado pela liberação de potássio intracelular pelas fibras
musculares “lesadas” pelas agulhas, liberação essa suficiente para causar a despolarização das fibras nervosas adjacentes, bem como pela maior
quantidade de terminações nervosas livres que funcionam como nociceptores polimodais, capazes de intermediar os diversos efeitos da inserção local
da agulha de acupuntura até o SNC [10].
REFERÊNCIAS
1 Blue Poppy Press. 2003. FLAWS, B. Tendonitis of the Rotator Cuff. Disponível em: <http:// www.bluepoppy.com>. Acessado em: 01/2003.
2 Chu J. & Schwartz I. 2002. The muscle twitch in myofascial pain relief: effects of acupuncture and other needling methods. Electromyography
Clinical Neurophysiology. 42: 307-311.
3 Melo E.G., Rezende C.M.F., Gomes M.G., Freitas P.M. & Arias S.A. 2003. Sulfato de condroitina e hialuronato de sódio no tratamento da doença
articular degenerativa experimental em cães. Aspectos clínicos e radiológicos. Arquivos. Brasileiros Medicina Veterinária e Zootecnia.
55: 35-43.
4 Fink M.G., Wipperman B. & Gehrke A. 2001. Non-specific effects of traditional Chinese acupuncture in osteoarthritis of the hip. Complementary
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5 Jaggar D.H. & Robinson N.G. 2001. History of veterinary acupuncture. In: Schoen A.M. (Ed). Veterinary acupuncture: ancient art to modern
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6 Johansson K.M., Adolfsson L.E. & Foldevi M.O. 2005. Effects of acupuncture versus ultrasound in patients with impingement syndrome:
randomized clinical trial. Physic Therapy. 85: 490-501.
7 Kendall O.M.D. 1989. A Scientific model for acupuncture. American Journal Acupuncture. 17: 251-268.
8 Lascelles B.D.X. 2006. Manejo da Dor Crônica em Pequenos Animais. Terapia Multimodal. In: Dor. Avaliação e Tratamento em Pequenos
Animais. São Caetano do Sul: Interbook, pp.142-153.
9 Richy F., Bruyere O., Cucherat M., Henrotin Y. & Reginster J.Y. 2003. Structural and symptomatic efficacy of glucosamine and chondroitin
in knee osteoarthritis: a comprehensive meta-analysis. Archives of Internal Medicine. 163: 1514-1522.
1 0 Steiss J.E. 2001. The neurophysiologic basis of acupuncture. In: Schoen A.M. Veterinary acupuncture: ancient art to modern medicine. 2nd edn.
St. Louis: Mosby, pp.27-46.
1 1 Vas J., Méndez C., Milla E.P.,Vega E., Panadero M.D., León J.M., Borge M.A., Gaspar O., Rodríguez F.S., Aguilar I. & Jurado R. 2004.
AP as a complementary therapy to the pharmacological treatment of osteoarthritis of the knee: randomised controlled trial British Medical Journal.
329:1216.
1 2 Yan J.Q., Wang K.M. & Hou Z.L. 1984. The nature of acupoint muscle action potencial (AMAP) and influence of temperature on it. In: II Nacional
Symposium on Acupuncture and Moxibustion, (Beijing, China) pp.533-534.
1 3 Yurtkuran M. & Kogacil T. 1999. TENS, electroacupuncture and ice massage: comparison of treatment for osteoarthritis of the knee. American
Journal of Acupuncture. 27: 133-140.
www.ufrgs.br/favet/revista
ABSTRACT
Acupuncture is an old technique inside of the Chinese Medicine. Now a day more western veterinary Universities are
studing and using acupuncture for chronic pain, such those related with osteoarthritis. Many studies in man have now being published,
showing high evidence of the acupuncture efficacy in the management of chronic pain.
Key words: acupuncture, articular pain, articular disease, dogs.
INTRODUÇÃO
A acupuntura (AP) é uma modalidade médica baseada na medicina tradicional chinesa, compreendendo na
sua forma mais comum a inserção de agulhas em pontos cutâneos específicos, situados em seis pares de canais de
energia deno- minados meridianos. A nomenclatura dos meridianos deriva dos principais órgãos internos, tais como
meridiano do pulmão, intestino grosso, fígado, vesícula biliar, rim, bexiga, coração, intestino delgado, pericárdio sendo
que destes, três têm seus nomes derivados da linguagem figurada da medicina tradicional chinesa que são o meridiano
do triplo-aquecedor, vaso governador e vaso concepção [1].
Os textos referentes a teoria e prática da medicina tradicional chinesa e AP no homem e nos animais foram
elabo- rados a mais de 1000 a.C. sendo que seus preceitos orais datam de até 5000 a.C. No ocidente a AP foi
apresentada primei- ramente na Europa, por jesuítas franceses, no início do século 17. Entre as teorias mais
conhecidas e que permeiam a acupuntura no que concerne à aplicação da mesma estão a do Yin e Yang, princípios
relacionados com as energias negativas
e positivas, deficiência e excesso, noite e claro, respectivamente. Outra teoria comumente empregada é a dos Cinco
Movi- mentos, que visa à auto-regulação entre os órgãos internos, o clima, os hábitos alimentares e as emoções,
aparecendo a doença quando do desequilíbrio entre os diversos órgãos dentro desse sistema que procura a
homeostasia (Sistema Nervoso Autônomo) através de leis de criação e destruição, linguagem figurativa do sistema de
feed back a que se referem [5].
s277
Joaquim J.G.F. 2007. Uso da acupuntura nas síndromes articulares: primeira ou última opção?
Acta Scientiae Veterinariae. 35: s277-s278.
Acupuntura e fisioterapia
Em um estudo comparando-se os efeitos da eletroacupuntura, massagem com gelo e estimulação nervosa
transcutânea (TENS) em pacientes com osteoartrite na articulação femoro-tibio-patelar, observou-se que a acupuntura
proporcionou uma diminuição da dor e da rigidez, aumentou a capacidade de contração muscular e facilitou a flexão do
joelho [13].
Mecanismo de ação
Em um estudo de Chu & Schwartz [2], os autores observaram que o alivio da dor miofascial acontece por um
meca- nismo local, isto é, contração muscular, a qual é feita por movimentos intramusculares na zona da placa motora,
que são estimuladas por sua vez através dos estímulos mecânicos e elétricos (nervosos) produzidos pelas agulhas.
Tal estudo corrobora com outras pesquisas onde se comprovou que as fibras musculares participam da
resposta
à inserção das agulhas pela produção consistente de potenciais de ação musculares [7]. Este fenômeno é relacionado
com
o tecido muscular intrafusal e com as fibras motoras tipo gama II, permanecendo mesmo após a interrupção do
suprimento vascular e nervoso [7]. Yan et al. [12] relataram que a intensa manipulação das agulhas produz um potencial
de ação muscular intenso, sendo o mesmo dependente da quantidade, presença e distribuição das fibras musculares
intrafusais em pontos específicos de acupuntura. Tal fato poderia ser explicado pela liberação de potássio intracelular
pelas fibras musculares “lesadas” pelas agulhas, liberação essa suficiente para causar a despolarização das fibras
nervosas adjacentes, bem como pela maior quantidade de terminações nervosas livres que funcionam como
nociceptores polimodais, capazes de intermediar
os diversos efeitos da inserção local da agulha de acupuntura até o SNC [10].
REFERÊNCIAS
1 Blue Poppy Press. 2003. FLAWS, B. Tendonitis of the Rotator Cuff. Disponível em: <http:// www.bluepoppy.com>. Acessado em: 01/2003.
2 Chu J. & Schwartz I. 2002. The muscle twitch in myofascial pain relief: effects of acupuncture and other needling methods.
Electromyography
Clinical Neurophysiology. 42: 307-311.
3 Melo E.G., Rezende C.M.F., Gomes M.G., Freitas P.M. & Arias S.A. 2003. Sulfato de condroitina e hialuronato de sódio no tratamento da
doença articular degenerativa experimental em cães. Aspectos clínicos e radiológicos. Arquivos. Brasileiros Medicina Veterinária e
Zootecnia.
55: 35-43.
4 Fink M.G., Wipperman B. & Gehrke A. 2001. Non-specific effects of traditional Chinese acupuncture in osteoarthritis of the hip.
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Therapy Medicine, 9: 82-9.
5 Jaggar D.H. & Robinson N.G. 2001. History of veterinary acupuncture. In: Schoen A.M. (Ed). Veterinary acupuncture: ancient art to
modern medicine. 2nd edn. St. Louis: Mosby, pp.03-17.
6 Johansson K.M., Adolfsson L.E. & Foldevi M.O. 2005. Effects of acupuncture versus ultrasound in patients with impingement syndrome:
randomized clinical trial. Physic Therapy. 85: 490-501.
7 Kendall O.M.D. 1989. A Scientific model for acupuncture. American Journal Acupuncture. 17: 251-268.
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