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11/06/2017

Princípios

Prof. Raquel Peverari de Campos

Responsabilidade Ética e
Legal do Profissional da
Enfermagem

Ética e Legislação
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Conceitua-se responsabilidade como responder


pelos seus atos e/ou de outras pessoas envolvidas
na realização de um determinado ato. Se esse ato
implicar em dano físico, moral ou patrimonial para
alguém, haverá responsabilidade legal

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Fundamentos Básicos da Responsabilidade

Compreender
efetivamente a
dimensão do trabalho
que executam e assumir
consciente e
responsavelmente a
competência
profissional que a
formação universitária e
técnica lhes outorga.

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Valores

São como força que impulsionam


as ações humanas, um individuo
sem valores perde o sentido da
vida e se aliena.

O conjunto de valores de uma


profissão está expresso nos
códigos de ética, na enfermagem
não é diferente esse valores
podem ser a promoção da saúde
, a prevenção de enfermidades, a
recuperação da saúde e alivio do
sofrimento.

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Responsabilidade Civil

É a obrigação de responder, o que implica em


reparar ou ressarcir pelo dano causado a alguém.

A obrigação de reparar ou indenizar por dano


decorrente de exercício profissional atinge
qualquer pessoa (independentemente de ser de
nível superior ou médio) que venha a causar dano
ou prejuízo a alguém no exercício de seu trabalho
ou atividade profissional.

É de carater privado – atinge o bolso

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Responsabilidade Penal

Delegar funções a outros é assumir


responsabilidade pelo que mandou fazer e quem
recebe a delegação deve prestar contas do que
fez, quando dos mesmos resultarem quaisquer
danos ou prejuízos ao paciente seja de ordem
física ou, moral, ou ambas, porque se tornaram
co-autoras.

O profissional pode ser chamado a responder


penalmente por danos, lesões físicas ou maus-
tratos causados a outras pessoas.

É de caráter público – atinge a liberdade

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Falsidade ideológica

consiste em alterar o conteúdo de um documento,


como o prontuário do paciente, seja não anotando
o que deveria anotar, ou inserindo uma
informação falsa ou diversa da que deveria ser
registrada.

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Responsabilidade Ético-Profissional

Decorrente do descumprimento de
normas, valores ou princípios éticos
contidos no código de ética dos
profissionais de enfermagem.

Já a responsabilidade profissional
implica no descumprimento de
normas legais, tal como delegar ao
auxiliar de enfermagem competências
que cabem ao enfermeiro.

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Imprudência

fazer ou agir sem cautela, com precipitação ou


afoiteza.

Ex. Tecnico em enfermagem passar uma SNE,


mesmo sabendo que não lhe compete.

Geralmente, o erro é consciente.


Ignora-se a conduta correta ou normas

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Negligencia

Deixar de fazer o que deveria ser feito, ou, por


displicência ou preguiça não faz o que deveria
fazer.

Ex. Técnico em enfermagem deixar de administrar


uma medicação prescrita

Omissão

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Imperícia

Falta de conhecimento técnico ou habilidade que


deveria ter ao executar uma ação própria de sua
categoria profissional.

Ex. Um técnico em enfermagem, ao fazer um


curativo com técnica estéril, contamina o campo.

Geralmente, é um erro sem consciência.

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Imperícia

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Então

Imperícia: você erra por não saber fazer

Imprudência: você erra consciente de que errou

Negligência: deixa de fazer o que deveria ser feito

Muitas situações são subjetivas, e devem ser


julgadas caso a caso

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Com o surgimento da Bioética, na década de 70, foi


necessário estabelecer uma metodologia para analisar
os casos concretos e os problemas éticos que emergiam
da prática da assistência à saúde.

1979: Beauchamp e
Childress publicam
“Princípios da Bioética”:
teoria fundamentada em
quatro princípios básicos:

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Não-maleficência
Beneficência
Autonomia
Justiça

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Fundamental para o desenvolvimento da Bioética.

Dita uma forma peculiar de definir e manejar os valores


envolvidos nas relações dos profissionais de saúde e
seus pacientes.

Estes princípios não possuem um caráter absoluto, nem


têm prioridade um sobre o outro, servem como regras
gerais para orientar a tomada de decisão frente aos
problemas éticos e para ordenar os argumentos nas
discussões de casos.

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Autonomia: direito de todo ser humano decidir, no


uso de sua racionalidade, a respeito das ações exercidas
sobre seu corpo.

Justiça: preconiza uma distribuição justa, equitativa e


universal dos benefícios e dos serviços de saúde.

Beneficência: prioriza o bem do paciente, o seu bem-


estar e os seus interesses.

Não- maleficência: propõe a obrigação de não infligir


dano intencional. Obrigação de não causar danos,
quando estes podem ser evitados.
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Princípio da não-maleficência

Obrigação de não infligir dano intencional.


Evitar intervenções que determinem desrespeito à
dignidade do paciente como pessoa.
Se uma pessoa já se encontra em um mal estado (dores,
enfermidades, depressão, etc) é sensato que se evite ao
máximo mais um dano, seja ele qual for.
Assegura que sejam minorados ou evitados danos físicos
aos sujeitos da pesquisa ou pacientes.

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Princípio da beneficência

Fazer o bem é um dever.


É obrigação ética de maximizar benefícios e minimizar
danos ou prejuízos.
Reconhecimento do bem supremo que é a vida humana e
do reconhecimento de sua dignidade, que transcende seus
aspectos materiais, qualquer que seja a situação biológica
econômica ou cultural em que o indivíduo se encontre.
Evitar submeter o paciente a intervenções cujo sofrimento
resultante seja muito maior do que o benefício eventualmente
conseguido.
Assegura o bem-estar das pessoas, evitando danos e
garantindo que sejam atendidos seus interesses

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Princípio da autonomia

O ser humano tem o direito de usufruir do seu livre-arbítrio.


Os serviços e profissionais de saúde devem respeitar a vontade,
os valores morais e as crenças, a historicidade de cada pessoa ou,
em caso de ausência de sua consciência, de seu representante legal.
Qualquer imposição tornar-se-á uma postura ditatorial e, por
isso, agressão à intimidade do ser humano.
O princípio do respeito à pessoa é ponto central nas discussões
bioéticas.
Requer do profissional: respeito à vontade, à crença, aos valores
morais do sujeito, do paciente, reconhecendo o domínio do
paciente sobre sua vida e o respeito à sua intimidade.
Em pesquisa: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, a ser
feito pelo pesquisador e preenchido pelos sujeitos da pesquisa ou
seus representantes legais, quando os sujeitos estiverem com sua
capacidade

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Princípio da autonomia

Circunstâncias especiais:

Incapacidade: de crianças, adolescentes ou adultos, por


diminuição da capacidade de raciocínio e decisão, e nas
patologias neurológicas e psiquiátricas severas.

Situações de urgência: quando se necessita agir e não se pode


obter o consentimento.

Obrigação legal de declaração das doenças de notificação


compulsória.

Risco grave para a saúde de outras pessoas: obrigação de


informar mesmo sem a autorização do paciente.
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Princípio da justiça

Justa distribuição dos bens e serviços implica que o


acesso a eles deve ser sempre universal.
Deve-se avaliar quem necessita mais e preceder a
atenção igualitária.
Equidade na distribuição de bens e benefícios.
Igualdade de tratamento e à justa distribuição das
verbas do Estado para a saúde, a pesquisa etc.
É preciso respeitar com imparcialidade o direito de
cada um.
Não seria ética uma decisão que levasse um dos
personagens envolvidos (profissional ou paciente) a se
prejudicar.
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

Conflitos entre os princípios

Autonomia x Beneficência

Nem sempre o paciente tem condições de avaliar qual o


melhor tratamento para ele (afinal ele é leigo, não tem o
conhecimento técnico necessário para isso).

Imaginemos um paciente que tem uma doença que exige a prescrição de


medicamentos.
Poderá ocorrer de ele se recusar a tomar os remédios. Contudo, nesse caso, o
profissional não pode alegar que “o paciente é adulto, sua autonomia deve
ser respeitada e por isso ele faz o que ele quiser”.
Ao contrário, o profissional (por ter o conhecimento técnico que diz que
aquele medicamento é necessário) deverá se esforçar ao máximo para
explicar ao paciente a importância
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Fim

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