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Categoria: Comportamento/Família
Arterburn, Stephen
A batalha de todo adolescente : um guia para eles sobre como vencer as
tentações sexuais / Stephen Arterburn e Fred Stoeker com Mike Yorkey [tradu-
zido por Omar de Souza]. — São Paulo: Mundo Cristão, 2007.
07-3617 CDD-248.832
Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela:
Associação Religiosa Editora Mundo Cristão
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• Evangelical Christian Publishers Association
Impresso no Brasil
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Agradecimentos
Mike Yorkey, você sabe tudo. Eu estaria perdido sem você. Sou grato tam-
bém a Dan Rich, Thomas Womack, Michele Tennesen e a todos da WaterBrook
Press. Stephen Arterburn, o que posso dizer? Não há limites para seu apoio e
seu incentivo. São impressionantes.
Minha sogra, Gwen, que nos deu cobertura todas as vezes que partimos
para o ataque. Essa é craque de verdade. Jasen, Laura, Rebecca e Michael, vocês
são os melhores filhos do planeta. Fizeram muitos sacrifícios. Deus os recom-
pense, hoje e sempre.
Fred Stoeker
Sumário
Introdução 9
Parte 4: Masturbação
9. O grande deslize de Steve 99
10. Tudo sobre a palavra M 111
11. Visão do alto 117
12. O que você substitui com a masturbação? 123
13. Seu impulso sexual 131
8 A BATALHA DE TODO ADOLESCENTE
EXISTE UM CÓDIGO QUE RESISTE AO TEMPO e que quase todo homem que
conheço segue. Tenho certeza de que meu pai e meus irmãos seguiram o que
chamo de “Código do Silêncio Sexual”. Ele estabelece que não há problema
nenhum em fazer piadas com temática sexual e até mesmo mentir sobre o
assunto. Como homem, porém, é seu dever manter silêncio sempre que surgir
uma discussão séria sobre sexo.
Quando todos decidem não conversar sobre esse assunto ou se sentem cons-
trangidos, o jovem fica sem nenhuma referência clara do que seja sexo saudá-
vel. Na verdade, é possível que você considere anormais algumas coisas
maravilhosas, ou estranhe outras que são muito naturais. Essas são algumas das
razões pelas quais resolvemos escrever este livro. Nossa intenção era a de forne-
cer informações apuradas sobre um tema distorcido pela falta de informação e
compreensão. Você é um ser sexual, e é natural que deseje saber o que é certo
e verdadeiro sobre sua sexualidade para aproveitar da melhor maneira possível
o sexo com a pessoa com quem se casará.
É triste ver tantas mentiras e tantos mitos sobre o sexo na comunidade
cristã, lugar onde temos acesso à verdade de Deus. Alguns adolescentes e jo-
vens com impulso sexual menos intenso pensam que não são homens de ver-
dade, quando, na verdade, pode ser que apenas tenham uma variação química
ou hormonal que reduza essa energia. Outros com forte impulso sexual po-
dem ver a si mesmos como maníacos que precisam de ajuda para controlar seus
desejos.
Talvez você vacile entre esses dois extremos, principalmente se estiver na
metade da adolescência. Pelo fato de seu corpo passar por um processo de
10 A BATALHA DE TODO ADOLESCENTE
bem o padrão de Deus para a pureza sexual, é este: “Portanto, qualquer tipo de
imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de
conversa entre vocês” (Ef 5:3).
Para adolescentes e jovens, esse versículo intimida e gera muitos
questionamentos. O que significa a afirmação “não pode ser nem mesmo as-
sunto de conversa”? Até que ponto posso chegar com uma garota quando
estamos sozinhos? E quando estou sozinho? A masturbação é uma coisa legal?
Todas essas perguntas são importantes e queremos responder a todas de
forma simples e objetiva. Por isso, você vai descobrir que A batalha de todo
adolescente é um dos livros mais honestos e francos sobre a sexualidade de
adolescentes e jovens. Pronto? Então, vamos lá. E, para começar, vamos conhe-
cer a história de Fred, que é da hora.
Stephen Arterburn
P
A
R
T
E
1
Onde estamos?
No tempo em que o futebol era tudo de bom
pensando naquelas cenas por muitos dias. Nas raras ocasiões em que saía com
alguém durante os intervalos das temporadas esportivas, aquela excitação me-
xia comigo por dentro. Com freqüência passava dos limites com alguma garota
ao tentar enfiar a mão sob o sutiã dela.
O que refreava meus desejos sexuais era minha paixão pelo futebol. Eu
tinha um ótimo desempenho no campo, e cheguei a ser considerado “atleta do
ano” do Colégio Thomas Jefferson em Cedar Rapids, onde estudei. Recebi
ofertas de bolsa integral da Academia da Força Aérea e da Universidade de Yale.
No entanto, eu sonhava mais alto. Queria entrar para a superliga universi-
tária de futebol americano, a PAC-10, mesmo que precisasse começar como
atleta sem direito a bolsa de estudos. Não aceitaria nada menos que isso. Não
demorou muito e eu já estava guardando material num armário do vestiário da
Stanford University, olhando em êxtase o famoso capacete branco com um “S”
vermelho e o nome Stoeker gravado na parte da frente. Depois de colocar o
capacete e apertar a tira no queixo, corri cheio de orgulho para o campo na
tentativa de conquistar um lugar no time. Logo me tornei conhecido em toda
a região por fazer passes maravilhosos de longa distância. Estava vivendo meu
sonho.
Certa tarde, o sonho foi despedaçado. Eu era um dos oito quarterbacks em
aquecimento naquele dia. Pelo canto do olho, vi Turk Shonert, um novato
talentoso do sul da Califórnia, fazendo lançamentos de mais de trinta metros!
Três outros quarterbacks lançavam bolas tão precisas como se estivessem presas
por uma corda. Aqueles quatro eram tão bons jogadores que não apenas con-
seguiram vaga em Stanford, como também em times da National Football
League (NFL).
Eu e Corky Bradford, outro quarterback de Wyomimg com quem dividia
o quarto no Wilbur Hall, observávamos aquilo tudo sem poder acreditar. Não
havia nenhuma possibilidade de um de nós atingir o nível daqueles outros
jogadores e competir com eles. Quando meus sonhos esportivos chegaram ao
fim naquela tarde, passei a dedicar minha atenção às mulheres. Mais especifi-
camente, fotos de mulheres nuas.
Assim que passei a ter uma vida universitária normal, sem o esporte e sem
os sonhos, não dava mais para reprimir minha sexualidade. Logo estava mer-
gulhando de cabeça na pornografia. Sabia até quando minha revista erótica
NO TEMPO EM QUE O FUTEBOL ERA TUDO DE BOM 17
sem rumo e cheio de autocomiseração. Foi então que, num jogo de futebol,
meu olhar foi atraído pela figura de uma linda juíza da partida. Ela parecia
uma versão adulta de minha paixão de infância, Melody Knight, que havia se
mudado para o Canadá quando estávamos na terceira série.
Fiquei apaixonado. Como não havia nada que nos impedisse, não demorou
muito para que estivéssemos na cama, transando. Eu me justificava argumen-
tando que estava fazendo sexo com a garota com a qual sabia que me casaria.
Parecia algo muito próximo de meus valores. Contudo, o fogo daquele relacio-
namento se apagou na mesma velocidade que acendeu. Pior: aquele foi o pri-
meiro de muitos passos que eu daria ladeira abaixo.
Depois daquela garota, transei com outra com quem pensava que me casa-
ria. Em seguida, foi com uma ótima amiga a quem pensava que poderia amar
e com quem talvez me casasse. Depois, com uma colega muito legal, mas a
quem mal conhecia. Ela só queria fazer sexo antes de terminar a faculdade.
Num espaço de apenas um ano perdi a capacidade de dizer “não” que tinha
naquela noite à beira do lago sob o luar para passar a dizer “sim” em todas as
camas, todas as noites. Apenas um ano longe de casa e eu já estava namorando
quatro garotas simultaneamente. Dormia com três delas, e com duas havia
assumido o compromisso de casar. Nenhuma delas sabia sobre as outras.
Por que estou contando tudo isso? Primeiro, para que você saiba que en-
tendo o forte apelo que o sexo exerce sobre os jovens antes do casamento; sei
bem pelo que você está passando. Em segundo lugar, se você já está tendo
relações sexuais com alguém, mas sabe que não deveria, ofereço uma palavra de
esperança. Como verá mais adiante, Deus mudou todos os pensamentos que
eu tinha sobre o sexo antes do casamento.