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CAMADA DE REDE

Redes de Computadores

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Prof. Paulo Henrique Sabo
A CAMADA DE REDE

Está relacionada à transferência de pacotes


da origem para o destino, onde o fluxo de
informação leva em conta as peculiaridades
da subrede de comunicação, tais como a
existência de roteadores, como os roteadores
se interconectam, etc.

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A CAMADA DE REDE
Para que a camada de transporte venha se tornar
independente da topologia e tecnologia da subrede
de comunicação, a camada de rede deve prover:
Entrega de pacotes: recolher um pacote do host emissor e
entregá-lo ao host receptor;
Roteamento: escolha da rota de comunicação por onde os
pacotes oriundos da camada de transporte irão trafegar;
Controle de congestionamento: evitar que roteadores
fiquem congestionados de pacotes devido a surtos de tráfego ou
roteamento mal conduzido;
Interconexão de redes (Internetworking): possibilitar que hosts
em sub-redes heterogêneas possam se comunicar. 3
A CAMADA DE REDE
Entrega de Pacotes: Pacote é a unidade de informação
que trafega entre os roteadores de uma subrede de
comunicação.
Quando um host necessitar transferir um pacote a outro
não diretamente conectado, este o entrega a um roteador em
sua subrede de comunicação.
Este roteador decide o próximo roteador do caminho,
enviando o pacote a este roteador.

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A CAMADA DE REDE

A camada de rede deve fornecer serviço orientado à


conexão ou serviço sem conexão?

Organização Interna da Camada de Rede:


Há basicamente duas diferentes filosofias para a
organização da sub-rede, uma utilizando conexões e a
outra trabalhando sem conexão. No contexto da
operação interna da sub-rede, uma conexão costuma ser
chamada de circuito virtual. Os pacotes independentes da
organização sem conexão são chamados de datagramas.
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A CAMADA DE REDE

Comparação entre Sub-redes de Circuito Virtual e de


Datagrama:
Dentro da sub-rede, existem várias negociações entre circuitos
virtuais e datagramas, como, por exemplo, o espaço de memória do roteador
e a largura de banda.
Os circuitos virtuais permitem que os pacotes contenham números
de circuito em vez de endereços de destino completos. Se os pacotes
tenderem a ser muito pequenos, um endereço de destino completo em cada
pacote poderá representar um volume significativo de overhead e, portanto,
haverá desperdício de largura debanda.
O preço pago pelo uso de circuitos virtuais internamente é o espaço
de tabela dentro dos roteadores. Dependendo do custo relativo de circuitos
de comunicação em comparação com a memória de roteador, um ou outro
pode ser mais barato. 6
A CAMADA DE REDE
Comparação entre Sub-redes de Circuito Virtual e de
Datagrama:
QUESTÃO SUB-REDE DE DATAGRAMA SUB-REDE DE CIRCUITO VIRTUAL
Configuração de circuito Desnecessária Obrigatória
Endereçamento Cada pacote contém os Cada pacote contém um pequeno
endereços de origem e de número de circuito virtual
destino completos
Informações sobre A sub-rede não armazena Cada circuito virtual requer espaço em
estado informações sobre estado tabelas da sub-rede
Roteamento Cada pacote é roteado A rota é escolhida quando o circuito
independentemente virtual é estabelecido; todos os pacotes
seguem essa rota
Efeito de falhas no Nenhum, com exceção dos Todos os circuitos virtuais que tiverem
roteador pacotes perdidos durante falhas atravessado o roteador que apresentou
falha serão encerrados
Controle de Difícil Fácil se forem alocados buffers
congestionamento suficientes com antecedência para cada
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circuito virtual
A CAMADA DE REDE
Comparação entre Sub-redes de Circuito Virtual e de
Datagrama:
Outra negociação é a que se dá entre o tempo de estabelecimento
de conexão e o tempo de análise de endereço. O uso de circuitos virtuais
requer uma fase de configuração, o que leva tempo e consome recursos.
Entretanto, é fácil descobrir o que fazer com um pacote de dados em uma
rede de circuitos virtuais: o roteador só usa o número de circuito para
criar um índice em uma tabela e descobrir onde fica o pacote.
Em uma rede de datagrama, um procedimento mais complicado se
faz necessário para determinar onde fica o pacote.
Os circuitos virtuais têm algumas vantagens em evitar o
congestionamento dentro da sub-rede, pois os recursos podem ser
antecipadamente reservados, quando a conexão é estabelecida. Quando os
pacotes começarem a chegar, a largura de banda e a capacidade de
roteador necessárias já estarão lá. Com uma sub-rede de datagrama, é mais
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difícil evitar o congestionamento.
A CAMADA DE REDE

Algoritmos de Roteamento: A principal função da camada


de rede é rotear pacotes da máquina de origem para a máquina de
destino. Na maioria das sub-redes, os pacotes necessitarão de vários
hops para cumprir o trajeto. O algoritmo de roteamento é a parte do
software da camada de rede responsável pela decisão sobre a linha de
saída a ser usada na transmissão do pacote de entrada.
Se a sub-rede utilizar datagramas internamente, essa decisão
deverá ser tomada mais uma vez para cada pacote de dados recebido,
pois a melhor rota pode ter sido alterada desde a última vez.
Se a sub-rede utilizar circuitos virtuais internamente, as
decisões de roteamento serão tomadas somente quando um novo
circuito virtual estiver sendo estabelecido. Daí em diante, os pacotes de
dados seguirão a rota previamente estabelecida. 9
A CAMADA DE REDE
Algoritmos de Roteamento: Os algoritmos de roteamento
podem ser agrupados em duas classes principais: adaptativos e
não-adaptativos.
NÃO-ADAPTATIVOS: a escolha da rota a ser utilizada para ir de 'I
a J' (para todos os Is e Js) é previamente calculados off-line, sendo
transferida para os roteadores quando a rede é inicializada. Por
vezes, esse procedimento é chamado de roteamento estático.
ADAPTATIVOS: mudam suas decisões de roteamento para
refletir mudanças na topologia normalmente, no tráfego também. Os
algoritmos adaptativos diferem em termos do local de onde obtêm
suas informações (por exemplo, localmente, de roteadores
adjacentes ou de todos os roteadores), quando alteram suas rotas,
e da unidade métrica utilizada para a otimização. 10
A CAMADA DE REDE
Roteamento pelo Caminho mais Curto: cria-se uma
idéia de grafo da sub-rede, sendo cada nó do grafo representando
um roteador e cada arco indicando uma linha de comunicação.
Uma forma de medir o comprimento do caminho é em
número de nós.
Uma outra unidade métrica é a distância geográfica em
quilômetros.
O caminho mais curto é o caminho mais rápido, e não
necessariamente o caminho com menos arcos ou quilômetros.
Os “pesos” dos arcos podem ter várias funções que definem os
fatores métricos do caminho, por exemplo: distância, largura de
banda, tráfego médio, custo da comunicação, comprimento médio
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da fila, retardo detectado, etc.
A CAMADA DE REDE

Flooding (inundação): gera diversos números de


pacotes duplicados, na verdade um número infinito, a menos
que algumas medidas sejam tomadas para amortecer o
processo:
A) Ter um contador de hops contido no cabeçalho de cada
pacote; o contador é decrementado em cada hop, com o
pacote sendo descartado quando o contador atinge o zero.
B) Controlar quais pacotes foram inundados, para evitar
enviá-los uma segunda vez. Uma forma de conseguir isso é
fazer o roteador de origem inserir um número de seqüência
em cada pacote recebido de seus hosts. 12
A CAMADA DE REDE
Roteamento com Vetor de Distância: algoritmo
dinâmico que opera fazendo com que cada roteador
mantenha uma tabela (ou seja, um vetor) que fornece a
melhor distância conhecida a cada destino e determina qual
linha deve ser utilizada para se chegar lá. Essas tabelas são
atualizadas através da troca de informações com os vizinhos.
Trata-se do algoritmo de roteamento ARPANET original
que também foi utilizado na Internet com o nome RIP e em
versões anteriores do IPX da DECnet e Novell. Os roteadores
AppleTalk e Cisco utiliz protocolos com vetor de distância
mais aperfeiçoados.
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A CAMADA DE REDE
Roteamento por Estado de Enlace:
substituiu o vetor de distância na ARPANET, devido a alguns
problemas:
A) Como a unidade métrica de retardo era o comprimento
de fila, não se levava em conta a largura de banda da linha
quando se escolhiam rotas. Como no início todas as linhas tinham
56 Kbps, a largura de banda das linhas não era importante, mas,
depois que algumas linha foram atualizadas para 230 Kbps e
outras para 1,544 Mbps, não considerar a largura de banda se
tornou um problema maior.
B) O algoritmo geralmente levava muito tempo para
convergir, mesmo quando se recorria a truques como o do
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horizonte dividido.
A CAMADA DE REDE

Roteamento por Estado de Enlace: pode ser


estabelecida como cinco partes. Cada roteador deve fazer o seguinte:

1. Descobrir seus vizinhos e aprender seus endereços de rede.


2. Medir o retardo ou o custo para cada um de seus vizinhos.
3. Criar um pacote que diga tudo o que acaba de ser aprendido.
4. Enviar esse pacote a todos os outros roteadores.
5. Calcular o caminho mais curto para cada um dos outros
roteadores.

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A CAMADA DE REDE

Roteamento Hierárquico: À medida que as redes


aumentam de tamanho, as tabelas de roteamento do roteador crescem
proporcionalmente.
Os roteadores são divididos em “regiões”, com cada roteador
conhecendo todos os detalhes sobre como rotear pacotes para
destinos dentro de sua própria região, mas sem conhecer coisa alguma
sobre a estrutura interna de outras regiões.
No caso de redes muito grandes, uma hierarquia de dois níveis
talvez seja insuficiente; provavelmente será necessário agrupar as
regiões em clusters, os clusters em zonas, as zonas em grupos etc.,
até faltarem nomes para os agregados.
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A CAMADA DE REDE
Roteamento por Difusão: O envio de um pacote a
todos os destinos simultaneamente é chamado de difusão
(broadcasting) e pode ser feito por várias formas.
A) Flooding - Um problema encontrado usando difusão com
flooding, é a geração de muitos pacotes consumindo assim largura
de banda em excesso.
B) Multidestino – Cada pacote conterá uma lista de destinos ou um
mapa de bits indicando os destinos desejados. Quando um pacote
chega a um roteador, este verifica todos os destinos para determinar
o conjunto de linhas de saída que será necessária. O roteador gera
uma nova cópia do pacote para cada linha de saída a ser utilizada e
inclui em cada pacote somente os destinos que vão usar a linha.
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A CAMADA DE REDE
Algoritmos de Controle de Congestionamento:
Exemplos de Fatores de Congestionamento:
Se os fluxos de pacotes começarem a chegar
repentinamente em três ou quatro linhas de entrada e todas
precisarem da mesma linha de saída, haverá uma fila.
Se a memória for insuficiente para conter todos eles, os
pacotes se perderão.
Se as CPUs dos roteadores forem lentas na execução de
tarefas administrativas (enfileiramento de buffers, atualização
de tabelas etc.), poderão surgir filas, mesmo que haja
capacidade de linha suficiente.
Linhas de baixa largura de banda. 18
A CAMADA DE REDE
Algoritmos de Controle de Congestionamento:
Princípios Gerais do Controle de Congestionamento:
Ferramentas LOOP ABERTO: decidir quando aceitar mais tráfego,
decidir quando quais pacotes devem ser descartados e quando isso
deve ser feito e programar decisões em vários pontos da rede. Tudo
isso tem em comum o fato de que as decisões serão tomadas sem
levar em conta o estado atual da rede.
Ferramentas LOOP FECHADO: são baseadas no conceito de um
loop de feedback, tendo como funcionalidades:
1. Monitorar o sistema para detectar quando e onde ocorre
congestionamento.
2. Enviar essas informações para lugares onde alguma
providência possa ser tomada.
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3. Ajustar a operação do sistema para corrigir o problema.
A CAMADA DE REDE

Políticas de Prevenção de Congestionamento:


Na camada de rede, a escolha entre circuitos virtuais e
datagramas afeta o congestionamento, pois muitos algoritmos de
controle só funcionam com sub-redes de circuito virtual.
Algoritmos de roteamento podem ajudar a evitar o
congestionamento espalhando o tráfego por todas as linhas, ao passo
que uma política ruim pode enviar muito tráfego pelas linhas já
congestionadas.

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A CAMADA DE REDE
Moldagem de Tráfego:
A moldagem de tráfego está relacionada à regulagem da taxa média
(e do volume) da transmissão de dados. Quando um circuito virtual é
configurado, o usuário e a sub-rede (i.e., o cliente e a concessionária de
comunicações) concordam com um determinado padrão de tráfego para
esse circuito.
Desde que o cliente cumpra sua parte no negócio e somente envie
pacotes que estejam de acordo com o contrato, a concessionária de
comunicações promete entregá-los pontualmente. A moldagem de tráfego
reduz o congestionamento e ajuda a concessionária a cumprir sua
promessa.
Esses acordos não são muito importantes para transferências de
arquivos, mas são de grande importância para os dados em tempo real,
como conexões de áudio e vídeo, que também não toleram
congestionamento. 21
A CAMADA DE REDE
Especificações de Fluxo:
A moldagem de tráfego é mais efetiva quando o
transmissor, receptor e a sub-rede concordam em relação a ela.
Para que o acordo seja feito, é necessário especificar o padrão de
tráfego de um modo preciso. Um acordo como esse é chamado
de especificação de fluxo (flow specification).
Ele consiste em uma estrutura de dados que descreve
tanto o padrão do tráfego injetado como a qualidade de serviço
desejada pelas aplicações.
Uma especificação de fluxo pode se aplicar aos pacotes
enviados através de um circuito virtual ou a uma seqüência de
datagramas enviadas entre uma origem e um destino (ou vários
destinos). 22
A CAMADA DE REDE

Controle de Congestionamento em Sub-redes


de Circuito Virtual:
Uma técnica que é amplamente utilizada para impedir que um
congestionamento que já tenha começado piore é o controle de
admissão (admission control). A idéia é simples: uma vez que o
congestionamento tenha dado alguma indicação de sua existência,
nenhum outro circuito virtual será estabelecido até que o problema
tenha passado. Portanto, todas as tentativas de estabelecer novas
conexões de camada de transporte falharão.
Uma estratégia alternativa é permitir novos circuitos virtuais,
mas rotear com cuidado todos os novos circuitos virtuais em áreas
problemáticas.
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A CAMADA DE REDE
Pacote Regulador:
utilizado em circuito virtual\datagrama
Tenta impedir/controlar o congestionamento onde o roteador
detecta a linha congestionada e alerta para os demais roteadores
diminuirem a taxa de transmissão em “X %”

Escoamento de Carga:
Quando os roteadores estão sendo inundados por pacotes que
não podem manipular, eles simplesmente os jogam fora.
Um roteador que está se afogando com pacotes pode simplesmente
selecionar aleatoriamente aqueles que deverão ser descartados, mas
normalmente é possível algo melhor que isso. O pacote a ser
descartado pode depender das aplicações em execução. 24
A CAMADA DE REDE

Controle de Jitter: Jitter é uma variação estatística do


retardo na entrega de dados em uma rede, ou seja, pode ser
definida como a medida de variação do atraso entre os pacotes
sucessivos de dados.
Para aplicações como a transmissão de áudio/vídeo, não
importa muito se os pacotes levam 20ms ou 30ms para serem
entregues, contanto que o tempo de trânsito seja constante. Se alguns
pacotes levarem 20ms outros 30ms, o som ou a imagem terá uma
qualidade irregular. Portanto o acordo talvez seja que 99% dos pacotes
sejam entregues com um retardo na faixa de 24,5 a 25,5ms.
Obviamente, o valor médio escolhido deve ser viável. Em outras
palavras, deve ser calculado um volume médio de congestionamento.
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A CAMADA DE REDE

Controle de Congestionamento por Multicast:


Os grupos podem alterar seus membros dinamicamente.
Nessas condições, a estratégia de fazer com que os transmissores
reservem largura de banda com antecedência não funciona muito bem,
pois exigiria que cada transmissor rastreasse todas as entradas e
saídas de seus receptores, regenerasse a spanning tree a cada
alteração.
Uma solução interessante capaz de lidar com esse ambiente é
o protocolo RSVP (Zhang etal., 1993). Esse protocolo permite que
diversos transmissores transmitam para vários grupos de receptores,
possibilita que receptores individuais mudem livremente de canal e
otimiza o uso da largura de banda enquanto elimina o
congestionamento. 26
A CAMADA DE REDE

A Camada de Rede na Internet (Internetworking)


Na camada de rede, a Internet pode ser vista como um
conjunto de sub-redes ou Sistemas Autônomos conectados entre
si. Não existe uma estrutura real, mas diversos backbones
principais, construídos a partir de linhas de grande largura de
banda roteadores rápidos. Conectadas aos backbones estão as
redes regionais (nível médio), e conectadas a essas redes
regionais estão as LANs de muitas universidades, empresas e
provedores de serviços Internet.

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A CAMADA DE REDE
O Protocolo IP

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A CAMADA DE REDE
O Protocolo IP
Versão - Este campo controla a versão do protocolo a que pertence o
pacote ;
HL (Header Length) – Este campo indica o comprimento do
cabeçalho;
TOS (Type of Service – Tipo de Serviço) – Informa o tipo de serviço
que o host deseja;
Comprimento Total – Comprimento total do pacote ;
Identificação – Permite ao host de destino determinar a que
datagrama pertence um fragmento recém-chegado;
DF (Don’t Fragment – Não Fragmente) – Este bit informa ao
gateways para não fragmentar este pacote;
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A CAMADA DE REDE

O Protocolo IP
MF (More Fragments – Mais Fragmentos) – Ele indica que este
pacote não é o último de uma seqüência de fragmentos;
Offset – Informa a que posição no datagrama atual pertence o
fragmento;
TTL (Time to Live – Tempo de Vida) – Este campo foi criado para
evitar que pacotes trafeguem indefinidamente na rede;
Protocolo – Este campo indica a qual, dentre os diversos processos
da camada de transporte, pertence o datagrama;

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A CAMADA DE REDE

O Protocolo IP
Protocolo – Este campo indica a qual, dentre os diversos processos
da camada de transporte, pertence o datagrama;
Checksum (Soma de Verificação) – Esta verificação diz respeito
somente ao cabeçalho;
Endereço de Origem e Endereço de Destino – Indicam o numero de
rede e de host da origem e do destino;
Opções – Utilizado para informações de segurança, roteamento na
origem, relatório de erros, depuração, fixação da hora e outros.
Também utilizado para implementação compatível de versões
subseqüentes.
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A CAMADA DE REDE
Estrutura de um endereçamento IP
Um endereço IP é uma seqüência de 32 bits.Cada endereço é escrito
em quatro octetos separadas por pontos. Cada octeto varia entre 0 e
255.
Com o endereço IP é apresentada a máscara de rede. De mesmo
comprimento que o endereço IP. A função da máscara de rede é
identificar a porção que identifica a rede e a porção que identifica o
host.
A máscara pode ser escrita de duas formas, em quatro octetos, que
variam de 0 a 255, separados por pontos ou seguida por uma barra
(“/”) e um numero decimal que varia entre 1 e 32. O número que
sucede a barra indica quantos dos 32 bits da máscara são 1s. Esta
notação sempre sucede o endereço (endereço/máscara).
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A CAMADA DE REDE
Estrutura de um endereçamento IP
Octeto 1 Octeto 2 Octeto 3 Octeto 4
192 168 1 32
1100 0000 1010 1000 0000 0001 0010 0000

Octeto 1 Octeto 2 Octeto 3 Octeto 4


IP 1100 0000 1010 1000 0000 0001 0010 0000
Mascara 1111 1111 1111 1111 1111 1111 0000 0000
AND 1100 0000 1010 1000 0000 0001 0000 0000
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A CAMADA DE REDE
Estrutura de um endereçamento IP
Octeto 1 Octeto 2 Octeto 3 Octeto 4
192 168 1 32
1100 0000 1010 1000 0000 0001 0010 0000

Octeto 1 Octeto 2 Octeto 3 Octeto 4


IP 1100 0000 1010 1000 0000 0001 0010 0000
Mascara 0000 0000 0000 0000 0000 0000 1111 1111
AND 0000 0000 0000 0000 0000 0000 0010 0000
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A CAMADA DE REDE

Endereços Reservados

•O endereço de rede possui a parte de host preenchida por zeros. Ele


é reservado para identificação da rede e não deve ser atribuída a
nenhum dispositivo. Acima, quando nos referenciávamos às rede
sempre deixamos a porção do host como zero: 192.168.1.0/24
•O endereço de Broadcast possui a porção de host é 255 (todos os bits
1s). Este endereço é utilizado para enviar um pacote para todos os
hosts conectados na rede.

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A CAMADA DE REDE
Hierarquia do endereçamento IP

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A CAMADA DE REDE

Endereçamento Classfull

Para acomodar redes de diferentes tamanhos e ajudar na classificação


dessas redes, os endereços IP são divididos em grupos chamados
classes. Isto é conhecido por endereçamento classfull. Essas classes
definem redes pequenas, médias e grandes.

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A CAMADA DE REDE

Endereçamento Classfull

•Classe A – Redes maiores, começa sempre com 0, em decimal 0 e


127 16.646.144 hosts, a máscara é 255.0.0.0 ;
•Classe B – Redes de porte médio; começa sempre com 10, em
decimal 128 a 191, 65.024 hosts, a máscara é 255.255.0.0 ;
•Classe C – Redes pequenas; começa sempre com 110, em decimal
192 e 223 , 254 hosts, a máscara é 255.255.255.0;

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A CAMADA DE REDE
Endereçamento Classfull

O endereço classe D foi criado para permitir multicasting em um


endereço IP. Um endereço de multicast é um endereço de rede
exclusivo que direciona os pacotes com esse endereço de destino para
grupos predefinidos de endereços IP. Assim, uma única estação pode
transmitir simultaneamente um único fluxo de dados para vários
destinatários.
Os primeiros quatro bits devem ser 1110. Assim, o intervalo de octetos
vão de 11100000 a 11101111, ou de 224 a 239 em decimal.
Um endereço IP que comece com um valor no intervalo de 224 a 239
no primeiro octeto é um endereço classe D. máscara de rede
240.0.0.0.
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A CAMADA DE REDE

Endereçamento Classfull

Também foi definido um endereço classe E. Entretanto, a IETF


(Internet Engineering Task Force) reserva esses endereços para
utilizações futuras. Dessa forma, nenhum endereço classe E foi
liberado para uso na Internet. Os primeiros quatro bits de um endereço
classe E são sempre definidos como 1s. Assim, o intervalo de valores
no primeiro octeto dos endereços de Classe E vai de 11110000 a
11111111, ou de 240 a 255 em decimal.

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A CAMADA DE REDE
Protocolos de Controle da Internet
ICMP (Internet Control Message Protocol) – Reportador de eventos
Tipo de mensagem Descrição
Destination unreachable Pacote não pode ser entregue
Time exceeded Campo time to live chegou a 0
Parameter problem Campo de cabeçalho inválido
Source quench Pacote regulador
Redirect Ensinar geografia a um roteador
Echo request Perguntar a uma máquina se ela está ativa
Echo reply Sim, estou ativa
Timestamp request O mesmo que Echo request, mas com timestamp

Timestamp reply O mesmo que Echo reply, mas com o timestamp


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A CAMADA DE REDE

Protocolos de Controle da Internet


ARP (Address Resolution Protocol) – armazena o par enderço
IP:Endereço MAC
RARP (Reverse Address Resolution Protocol) - Esse protocolo permite
que uma estação de trabalho recém-inicializada transmita seu
endereço Ethernet e diga: “Meu endereço Ethernet de 48 bits é
14.04.05.18.01.25. Alguém sabe o meu endereço IP?” O servidor
RARP vê essa solicitação, procura o endereço Ethernet em seus
arquivos de configuração e envia de volta o endereço IP
correspondente.

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A CAMADA DE REDE

Protocolos de Controle da Internet

BOOTP - O BOOTP também fornece informações adicionais para as


estações de trabalho sem disco, tais como o endereço IP do servidor
de arquivos que mantém a imagem da memória, o endereço IP do
roteador-padrão e a máscara de sub-rede a ser usada. O BOOTP usa
mensagens UDP, que são enviadas pelos roteadores.

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A CAMADA DE REDE

Multicast na Internet

Multicast – IP que representa um grupo de IP’s

224.0.0.1 Todos os sistemas de uma LAN


224.0.0.2 Todos os roteadores de uma LAN
224.0.0.5 Todos os roteadores OSPF de uma LAN
224.0.0.6 Todos os roteadores OSPF designados em uma LAN

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A CAMADA DE REDE
IPv6
O principal motivo para a implantação do IPv6 na Internet é a
necessidade de mais endereços, porque os endereços livres IPv4
estão se acabando.
Qualidade de serviço. A convergência das redes de telecomunicações
futuras para a camada de rede comum, o IPv6, prevê o aparecimento
de novos serviços sobre IP (por exemplo. VoIP, vídeo em tempo real,
etc). O IPv6 suporta intrinsecamente classes de serviço diferenciadas,
em função das exigências e prioridades do serviço em causa.
Mobilidade. A mobilidade está a tornar-se um factor muito importante
na sociedade de hoje em dia. O IPv6 suporta a mobilidade dos
utilizadores, onde estes poderão ser contactados em qualquer rede
através do seu endereço IPv6 de origem. 45
A CAMADA DE REDE
Format do Datagrama IPv6

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A CAMADA DE REDE

Format do Datagrama IPv6


Tem menos informação que o cabeçalho do IPv4. Por exemplo, o
checksum será removido do cabeçalho, que nesta versão considera-se
que o controle de erros das camadas inferiores é confiável.
O campo Traffic Class é usado para assinalar a classe de serviço a que
o pacote pertence, permitindo assim dar diferentes tratamentos a
pacotes provenientes de aplicações com exigências distintas. Este
campo serve de base para o funcionamento do mecanismo de
qualidade de serviço (QoS) na rede.

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A CAMADA DE REDE
Format do Datagrama IPv6
O campo Flow Label é usado com novas aplicações que necessitem
de bom desempenho. Permite associar datagramas que fazem parte
da comunicação entre duas aplicações. Usados para enviar
datagramas ao longo de um caminho pré-definido.
O campo Payload Length representa, como o nome indica, o volume
de dados em bytes que pacote transporta.
O campo Next Header aponta para o primeiro header de extensão.
Usado para especificar o tipo de informação que está a seguir ao
cabeçalho corrente.
O campo Hop Limit tem o número de hops transmitidos antes de
descartar o datagrama, ou seja, este campo indica o número máximo
de saltos (passagem por encaminhadores) que o datagrama pode dar,
antes de ser descartado, semelhante ao TTL do IPv4. 48
A CAMADA DE REDE

FIM
Perguntas?

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