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Quando resolvi escrever livros com títulos variados sempre tive a vontade
de escrever algo sobre o primeiro livro bíblico conhecido como “Gênesis”.
Entretanto, é necessário voltar um pouco no tempo para começar a fazer
“comentários” a respeito desse livro. De fato, tudo o que acontece e já aconteceu e
acontecerá faz parte da “História Universal” na qual está inclusa a “História da
Humanidade”.
Dessa forma é interessante abordar aqui que diferente de boa parte das
pessoas fieis e devotas eu não nasci num berço religioso católico ou protestante
como se afirma hoje em dia. Claro que embora meus pais por “tradição” eram
cristãos, eles não eram membros “praticantes” e sim “nominais”, como boa parte
da população em nosso país.
Porém, eu não posso deixar de mencionar que mesmo que meu pai tivesse
praticado um “Cristianismo Nominal” a minha mãe em determinado momento
praticou durante algum tempo um “Cristianismo Prático”. Isso quer dizer que ela
teve uma juventude na qual ele fez parte do grupo das “Filhas de Maria” quando
morou na cidade de “São José do Rio Preto”. E, foi nessa época que ela participava
do Coral.
Posso por assim dizer que ela, diferente de meu pai, ia às Missas
constantemente e participava dos trabalhos semanais da Igreja Católica. Com isso,
era natural que quando eu comecei a me entender como gente a presença de uma
Bíblia, terços, imagens e quadros de santos era natural para mim. Também não me
esqueço de que foi ela quem me ensinou a oração do “Pai Nosso” e da “Ave
Maria”.
Isso quer dizer que eu pensava que a Bíblia tinha sido dada por Deus do
jeito que conhecemos hoje para Adão e para a sua descendência como Noé, Abrão,
Isaque, Jacó e etc. Posso por assim dizer que eu fazia parte da parcela dos seres
humanos que “peca” na “inocência” e também na “ignorância”. Na “inocência”
porque eu pensava que a Bíblia havia sido criada assim por Deus que a deu ao
Homem e a sua descendência. E, na “ignorância” porque eu não tinha um
conhecimento aprofundado dos textos sagrados e muito menos de algum
conhecimento teológico.
Eu posso dizer que pelo tempo que eu fiquei na Igreja Católica eu fui mais
um “católico nominal” e não praticante. Anos depois quando comecei a frequentar
uma Igreja tida por Protestante, ou seja, a Igreja Metodista, durante algum tempo
eu fui mais um “Metodista Nominal” do que praticante. De fato, a minha vida se
resumia em ir a algumas atividades e só. Eu lia a Bíblia por ler e nalgumas vezes
devocionalmente. Assim é a nossa vida quando somos limitados. Assim, se ninguém
não nos ajuda a amadurecer ficamos parados e não avançamos.
Eu quero dizer que como muita gente eu tinha um medo terrível do livro do
Apocalipse de modo que nem o abria para ler algum texto. A ideia de ler algo sobre
a “besta”, sobre o “anticristo”, sobre o “fim do mundo” me abalava. Eu fugia do
apocalipse como o diabo foge da cruz. Creio que se eu não tivesse ido a uma
Conferência promovida pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo no Anhembi
sobre a “Nova Era” eu não teria me aberto à possibilidade de entrar pela porta da
Teologia.
Claro que alguém pode indagar sobre qual a relação “disso” com “aquilo”.
Já vou explicar! Essa Conferência deixou muita gente assustada até a mim mesmo.
Do muito que foi abordado e saber o que nós sofreríamos no Apocalipse me deixou
horrorizado. E, algo que muito me marcou foi a explicação do desaparecimento do
povo de Deus no “Arrebatamento”. A explicação era a de que a explicação para o
desaparecimento do povo de Deus é que ele seria levado em grandes discos
voadores para o espaço. Meu Deus! Como eu era inocente e ignorante!
Isso fez com que uma “velha verdade” fosse abalada em minha vida. Bom!
Se Mateus, Marcos, Lucas e João não escreveram os Evangelhos, quem os
escreveu? Talvez até você se pergunte agora o mesmo que eu. Assim, devemos
observar o que relata o texto de Mateus 10.2-4: “Ora, os nomes dos doze apóstolos
são estes: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão; Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano;
Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão Cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o
traiu”.
Ao ler esse texto talvez você não tenha percebido que não havia nenhum
apóstolo com o nome de Marcos e de Lucas no Apostolado de Jesus, apenas os
nomes de Mateus e João. Dê uma verificada agora. Agora você deve ter se
perguntado sobre a origem dos nomes de Marcos e Lucas para os Evangelhos!
E, para quem pensa que a Igreja Católica está errada o que precisamos
entender é que as duas linhas cristãs inclusas na “Religião Cristã” adotam
“tradições canônicas” diferentes. De fato, a “Bíblia Protestante” não sente falta
dos livros a mais da “Bíblia Católica” porque tudo o que é necessário à fé está
incluso nos 66 livros. Entretanto, a “Bíblia Católica” com seus livros a mais contém
uma parte essencial da História que é desconhecida pelo “Povo Protestante”.
Bem! Isso quer dizer que nenhuma das Bíblias citadas foram entregues ao
Homem no formato atual com nomes, páginas, capítulos, versículos e etc. Com essa
afirmação será necessário explicar como foi o surgimento da Bíblia para não
ficarmos confusos. Quem pensa que ela surgiu como está hoje permanece na
“inocência” e na “ignorância” por desconhecer os processos que estão por trás e
fizeram parte na formação da “Bíblia Sagrada” como já afirmei antes.
Como já afirmei anteriormente, a grande maioria das pessoas hoje não sabe
como a Bíblia se originou pensando que Deus a trouxe do céu no formato de livro e
o deu ao Homem para multiplicá-la através de cópias como eu também pensava.
Entretanto, não é nada disso! Nós precisamos voltar no tempo e observar como o
Homem vivia para entendermos o processo pelo qual a Bíblia foi formada. De fato,
a Bíblia não foi o primeiro livro a ser escrito porque tanto os primeiros livros
seculares como sagrados passaram pelo mesmo tipo de processo de
desenvolvimento.
A partir daí é possível observar a ordenança de Deus a Adão para que ele
nomeasse os seres vivos e também às coisas à sua volta. Um exemplo disso se
observa no texto de Gênesis 2.19-20a:
“Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais o campo e todas as
aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o
homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome. Assim o homem deu nomes
a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo”.
Dessa forma podemos observar que quem deu nome foi o Homem e não Deus.
Surgia assim o primeiro idioma quando Adão nomeara a criação de Deus.
Claro que a Ciência também caminhou por aí porque ela afirma que o
primeiro idioma surgiu quando o Homem começou a nomear a criação à sua volta
com a aglutinação dos primeiros fonemas e das primeiras sílabas o que
proporcionou o primeiro léxico de palavras ou Dicionário da Humanidade. Talvez
essa afirmação ainda esteja um pouco confuso para você, e por isso, vamos
caminhar de outra forma para ficar mais claro.
Imagine você ao tentar ensinar sua criança o básico do básico no momento
em que ela está começando a falar suas primeiras sílabas! Quando você aponta um
cachorro ela aprendeu que o nome dele é “au-au” que é o som que os cachorros
fazem. O mesmo se diz do gato que ela conhece como “miau”. A vaca também não
é difícil porque ela vai chamá-la de “múúú”. Agora eu tenho certeza que ficou bem
claro essa explicação. Porém, chegamos agora ao próximo passo no
desenvolvimento do idioma humano.
Assim, esse problema começou a ser evitado com a grande invenção que
marcou a Humanidade na aurora dos tempos que foi a invenção da “Escrita”. De
fato, a “Escrita” além de abrir um grande horizonte na vida da Humanidade ela
permitiu que informações importantes fossem legadas à posteridade de forma que
não houvesse desvios e distorções de acontecimentos. Assim, a “Tradição Escrita”
se tornaria mais confiável que a “Tradição Oral”. Isso quer dizer que o que era
escrito era mais confiável do que o que era transmitido oralmente para os filhos,
netos e etc.
Agora, alguém até que poderia perguntar qual foi o primeiro idioma que
surgiu na Humanidade. Essa não é uma resposta de se dar porque no momento em
que o primeiro grupo de civilização humana se desintegrou em vários outros grupos
que se fixaram noutros locais, as novas realidades fizeram com que novos sons e
elementos recebessem significados vocálicos diferentes fazendo com que outros
idiomas fossem criados.
Vê-se assim que o idioma é algo que não se prende porque ele é criativo e é
criado constantemente. O caso do Português é um caso curioso porque de tempos
em tempos há mudanças na grafia e até mesmo nas palavras por causa das
mudanças que ocorrem. Eu mesmo aprendi na escola quando criança a escrever a
palavra “ele” com acento circunflexo [ êle ]. Também vivi numa época em que se
compravam medicamentos em Farmácias. E, até a pouco tempo eu escrevia voo
com acento circunflexo [ vôo ]. Claro que também tenho sofrido para reaprender
que vacina anti-rábica agora se escreve com dois “r” e sem o hífen [ antirrábica ].
Agora veja que se isso ocorre hoje isso também ocorreu no passado.
Voltemos agora a um tema que muito nos interessa que é sobre o idioma mais
antigo no mundo. Alguns poderão dizer que é o Hebraico, entretanto, não é. Quem
estuda Teologia deve ficar um pouco doido pelo que aprende porque acaba tendo
um conhecimento anterior desconstruído para que um novo conhecimento seja
reconstruído.
Claro que as coisas estavam assim quando o povo israelita saiu das terras do
Egito, atravessou o Mar Vermelho e chegou às terras do outro lado. Nessa hora,
para surpresa de muitas pessoas hoje, do outro lado do Mar Vermelho havia outros
povo habitando a terra e tinham outros idiomas e outras culturas diferentes do
povo israelita. As coisas estavam assim quando os povos começaram a chamar o
povo israelita de povo hebreu. Talvez você não saiba, mas a palavra “hebreu” nas
línguas dos povos daquela localidade pode ser traduzido como “povo do outro lado
do rio”, “povo do outro lado”, “os do outro lado” ou “os de lá”.
Pelo texto se observa que Abrão nasceu em Ur na região Caldeia. Logo ele
falava o idioma Caldeu e não o idioma Hebraico. Dessa forma, todo o povo que
descendeu dele herdou o idioma Caldeu e não o idioma Hebraico. O fato é que com
o tempo o idioma Caldeu recebeu nova roupagem conhecida como idioma Hebraico.
Entretanto, os caldeus eram de origem árabe e ocuparam uma região
correspondente à Mesopotâmia Meridional e provavelmente falavam o Acádio e no
final do Império Assírio falassem o Aramaico.
Assim, toda a história que foi registrada desde Abrão até seus descendentes
se deu no idioma Hebraico ou mais precisamente num Caldeu modificado que viu
surgir o Aramaico. Porém, a história do surgimento da escrita hebraica também é
muito interessante. Quem já teve a oportunidade de ler textos do Antigo
Testamento na versão original em Hebraico não desconfia nem um pouco que a
escrita hebraica nasceu depois da fala hebraica. E, como já vimos, o idioma do povo
que saiu do Egito e que era descendente de Jacó foi chamado de hebreu pelos
povos que viviam do outro lado do Mar Vermelho.
Assim, tanto a fala como depois a escrita ficou batizada com o nome de
Hebraico. Entretanto, o idioma que Israel falava como a seu pai Isaque e seu avô
Abraão falava era proveniente do Caldeu e que era conhecido como “Aramaico
Antigo”.
Claro que para que isso fique mais claro observemos que o Alfabeto Inglês e
o Alfabeto Português se utilizam das mesmas letras, porém, com sons vocálicos
diferentes. Observe entre parênteses como se pronunciam essas letras nos dois
idiomas:
Inglês: a (ei) – b (bí) – c (cí) – d (dí) – e (í) – f (éfi) – g (dgí) – h (êi) – i (ái) –
j (dgêi) – k (quêi) – l (él) – m (êm) – n (ên) – o (ôu) – p (pí) – q (quíu) – r (ár) – s (és)
– t (tí) – u (íu) – v (ví) – w (dâbliu) – x (équis) – y (épsilon) – z (zêd).
E, foi justamente isso o que aconteceu com os povos que se apossaram dos
sinais gráficos fenícios e os ajustaram foneticamente para os seus próprios idiomas
falados. Dessa forma, eles passaram a utilizar o “Alfabeto Fenício” com sons
fonéticos pátrios para redigirem documentos, escreverem histórias e etc. Assim,
nascia a “Escrita Hebraica” com símbolos gráficos fenícios, porém com sons
fonéticos do povo chamado hebreu.
Pronto, agora não só apenas o povo fenício, mas também os povos à sua
volta como o hebraico podiam registrar as suas respectivas histórias e deixarem
como herança para seus respectivos descendentes. Isso quer dizer que Deus não
deu um idioma e nem uma escrita a nenhum povo porque lhes facultou o
entendimento racional para que pudessem fazê-lo nos respectivos idiomas que
viessem a desenvolver.
Entretanto, ao chegarmos aqui alguém poderá questionar essa linha de
raciocínio e afirmar que isso tudo é loucura porque em Gênesis há uma explicação
de que só se falava um idioma em toda a terra e que foi a rebeldia de Babel que
causou o surgimento de vários idiomas no qual Deus como pena espalhou um povo
que não queria se espalhar. Claro que sem querer ignorar as várias interpretações
que se fazem a respeito desse texto, precisamos compreender que há uma
explicação lógica para isso. Porém, vamos observar esse texto de Gênesis 11.1-9:
Por causa disso, os povos aprenderam que para se manterem era necessário
que de tempos em tempos que houvesse uma dispersão pelas regiões. Era uma
questão de sobrevivência porque para um pequeno grupo havia abundância de
alimentos, porém, com um grande grupo se multiplicando os recursos começavam a
rarear.
Depois de ter abordado todos esses assuntos até aqui rumaremos agora para
o tema desse livro que trata sobre comentários curiosos sobre o livro de Gênesis.
Na verdade, a primeira vez que se abordou o conteúdo desse livro foi através da
“Tradição Oral” em que os pais repassavam para seus descendentes as histórias
que haviam aprendido de seus respectivos pais. Porém, tudo o que era repassado
era na forma oral e por causa disso as pessoas tinham que ter uma boa memória
para não se esquecerem do que ouviam e aprendiam para repassar. E, claro que
sempre houve a vontade humana de tirar algo ou acrescentar algo segundo a sua
interpretação sobre esse ou aquele tema em questão.
E, foi por causa disso que o surgimento da “Tradição Escrita” veio para
evitar distorções e desvios dos acontecimentos que ocorriam porque eles eram
transcritos com sinais gráficos para tábuas de argila, e depois para folhas de papiro
trançadas e depois para peles de animais. Com o tempo surgia o rolo de papel que
facilitava a escrita e as longas histórias. Tempos depois surgiram os primeiros
Códices que eram livros como os que conhecemos hoje, porém, eles não eram
escritos como folhas impressas com tipos gráficos, mas à mão. Apenas na época de
Martim Lutero com o surgimento da Imprensa é que os livros deixaram de ser
escritos à mão para serem impressos com tipos gráficos que permitia a
multiplicação deles rapidamente e um maior número à disposição dos compradores
e leitores.
Gênesis 6.19-20: “De tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie,
farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo; macho e fêmea serão. Das
aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da
terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares
em vida”.
Gênesis 7.2-3: “De todos os animais limpos levarás contigo sete e sete, o
macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua
fêmea; também das aves do céu sete e sete, macho e fêmea, para se conservar em
vida sua espécie sobre a face de toda a terra”.
Ao ter lido os dois textos você deve ter compreendido que há duas versões
sobre os animais, aves e répteis que deveriam entrar na Arca. Porém, na
mentalidade das pessoas hoje apenas um par de cada espécie é que entrou na Arca.
Isso mostra que na confecção do livro de Gênesis houve em relação a esse evento a
união de duas histórias que relatavam o mesmo acontecimento, mas com uma
quantidade diferente de pares. Dessa forma, ninguém pode afirmar se de fato
entraram na Arca sete pares de uma espécie ou apenas um par de uma mesma
espécie. Claro que é difícil de explicar a origem dessa costura de textos ou
tradições no livro de Gênesis.
Outra coisa que devemos compreender é que embora o livro tenha sido
creditado a Moisés como autor, ele foi escrito a partir da aglutinação de várias
histórias que eram contadas de pais para filhos durante gerações. Com isso, o livro
de Gênesis teve vários autores até que ele fosse terminado para formar um livro.
Talvez alguém até fique aborrecido com essas afirmações, porém, não
devemos ignorar o fato de que a essência ou a ação divina de Deus está por trás
dos autores e dos eventos que ocorreram.
Isso lembra aquela velha história sobre quem nasceu primeiro, se o ovo ou a
galinha. No caso aqui, é sobre duas afirmações bem conhecidas: a Bíblia é a palavra
de Deus e ela contém a palavra de Deus. Por isso, devemos tomar todo o cuidado
antes de criticar ambas as afirmações porque elas se mesclam e testemunham as
suas verdades. Claro que cremos que a Bíblia seja a palavra de Deus, porém, ela
teve a pincelada do Homem nela. Também não devemos ignorar o fato de que a
Bíblia é a palavra de Deus no momento em que ela se origina a partir da “essência
divina” de Deus, porém, ela também contém a interpretação humana.
E, isso não quer dizer que essa concepção seja errada porque Deus permitiu
a interação humana para mostrar que Ele merece o seu amor e dá oportunidade
para o Homem para agir como um ser ativo e não ficar inativo ou passivo diante
dos acontecimentos. Seria injusto e puro autoritarismo da parte de Deus se Ele não
permitisse a participação humana na confecção da Bíblia. Seria fácil Deus entregar
a Bíblia já pronta do céu para o Homem ou mesmo que ditasse todos os eventos
ocorridos. Porém, em sua essência divina do amor Ele resolveu permitir a
participação humana como coautor. E, isso fica evidente em vários textos que a
princípio parecem uma contradição da parte de Deus, porém, com algum cuidado
pode ser observado a participação humana fragmentada, confusa, ignorante e
inocente em sua confecção. A própria fusão de duas “Tradições” sobre a “Criação”
e o “Dilúvio” atesta isso.
“edissedeusproduzaaterrarelvaervasquedeemsementeearvoresfrutiferasquesegundoa
Quem leu pode ter encontrado alguma dificuldade porque os textos bíblicos
não eram escritos divididos em capítulos e em versículos. Também não havia
separação entre as palavras e nem parágrafos, vírgulas, ponto e vírgula, ponto
final, acendo agudo, circunflexo e etc. Dessa forma, se percebe que a confecção
dos textos foi a partir do Homem e não de Deus. Claro que Deus agiu e observamos
a essência divina nas páginas na Bíblia, mas, ela teve a presença humana como
coautora. E, sabemos muito bem que a presença humana traz algo imperfeito que
Deus em sua essência corrige.
E, agora que chegamos até aqui alguém até pode questionar esse livro ao
afirmar que só falta ser mencionado que o Homem veio dos macacos. Para
esclarecer essa afirmação devemos compreender que o Naturalista Charles Darwin
nunca escreveu que o Homem veio do macaco. Esse é um grave desvio de
interpretação e entendimento. O que ele afirmou é que tanto o Homem como os
Símios se originaram de um Primata ou primeiro ser que pode ser no caso bíblico de
Adão e Eva e no caso científico de uma espécie humana que ainda não tinha
condições de compreender a si mesmo e nem transformar o mundo à sua volta.
Claro que o que já foi visto até aqui não revela nenhuma falta de fé ou
ateísmo, mas sim, de uma compreensão melhor do que temos em relação ao livro de
Gênesis. Isso quer dizer que ele fala da existência e do agir de Deus e da tentativa
do Homem em por na escrita e testemunhar parte da grandiosidade de Deus. De
fato, Deus é mais do que a Bíblia e não se consegue escrever tudo o que é relativo a
Ele porque Deus é superior a tudo.
Assim, ninguém jamais conseguirá escrever tudo sobre Deus porque Ele em
sua essência, presença e existência é maior do que o Universo e ao mesmo tempo
habita no coração do Homem. Dá para entender isso? Em parte sim, porém, em
muitas das vezes Deus não é interpretado corretamente nos textos bíblicos. Quer
um exemplo prático? Veja o texto de Gênesis 6.6: “Então arrependeu-se o Senhor
de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”.
Deus não é Homem para se arrepender do que faz. Isso quer dizer que a
mentalidade humana interpretou a atitude de Deus com uma emoção humana. Ora!
Quem se arrepende é porque fez algo errado. E, o que é que Deus fez de errado
para se arrepender? Compreendeu agora? No entendimento humano e graças à
“Tradição Oral” Deus foi mostrado aqui como um Ser que erra e se arrepende
como o Homem.
Dessa forma, no mundo de hoje voltar atrás numa decisão ou buscar corrigir
algum desvio não é arrependimento e sim uma tomada de decisão, e foi o que Deus
fez. Ele deu um basta e tomou uma atitude. Nós pecamos porque não nos
corrigimos e deixamos de tomar decisões que acabam nos prejudicando. Por isso, o
que veremos a seguir no próximo capítulo está relacionado a diversos comentários
a respeito de textos curiosos e obscuros que encontramos nos textos do livro de
Gênesis.
E, claro que quero deixar aqui para quem ler esse livro que cada vez que
estudo, e medito e pesquiso sobre textos bíblicos cada vez mais eu fico radiante por
entender a grandiosidade de Deus que se manifesta na ação humana sendo perfeita
ou imperfeita porque a vontade de Deus é corrigir o que não está certo. É o mesmo
processo que se dá com os pais e suas criancinhas.
PENSAMENTOS.
“Posso não concordar com nada do que você diz, mas vou defender seu direito de
dizê-lo até a morte". – Voltaire.
“Sempre estou aberto a aprender algo novo não me fechando a outras ideias e
verdades. Assim, antes de criticar dê sugestões” – A. A. Coutinho.
DEDICATÓRIA.
Aos Pastores Armando Veras, Jurandi Pires e Carlos Morelli, grandes amigos,
Introdução.
Pensamentos.
Dedicatória.
Conclusão.
Outras Publicações.
001 – QUEM CRIOU O UNIVERSO? [Gn. 1.1].
Isso quer dizer que para a Ciência nenhuma divindade foi responsável pela
criação do Universo porque todas as divindades apregoadas em todas as Religiões
nada mais são do que concepções humanas dos povos mais antigos para explicarem
a existência do Cosmos e de tudo o que existe como Galáxias, estrelas, planetas e
etc. E, até mesmo para se explicar a existência das aves, dos peixes, dos animais e
do próprio Homem a existência de alguma divindade é tida como responsável por
todas as Religiões.
Ao estudarmos a vida de Abraão em Gênesis antes que ele tivesse seu nome
mudado para Abraão pode ser visto o seu chamado para que ele saísse de uma
localidade e da morada de seus pais pra outra localidade. Assim, não podemos
ignorar que ele era filho descendente de um povo que tinha uma Cultura e havia
concebido a criação de várias divindades. Com isso, ele conhecia várias divindades,
porém, ele deu crédito a um que passou a se comunicar com ele de forma diferente.
Surgiria assim algum tempo depois a afirmação de que o Deus Javé que
apareceu a Abrão, Isaque, Jacó, José e Moisés é que era o responsável pela criação
de tudo o que está contido no Universo. Bem! É possível entender porque a Ciência
critica tanto diversas afirmações bíblicas por causa do que se chama de
“contradições”, porém, eu entendo que “para toda contradição há uma explicação”
bem lógica. Também não se pode esperar que a Ciência passe para o lado da
Religião porque cada uma usa os seus próprios óculos para explicar o mundo a sua
volta.
A partir dessa pergunta que nos lança a esse tema devemos observar que a
criação do Universo ocorreu a cerca de 14 bilhões de anos quando toda a matéria,
todo o espaço e todo o tempo estavam aglutinados num ponto e era de um tamanho
bem compacto e que devido a reações diversas explodiu se expandindo e liberando
energia por toda a parte. Surgia assim o Universo que durante bilhões de anos
proporcionou a aglutinação de elementos que formariam as primeiras estrelas.
Entretanto, para os membros das Religiões há algo por trás de tudo isso sim.
De fato, essa obra do acaso foi uma ação divina para criar o Universo e de tudo o
que nele está contido. Numa rápida viagem ao espaço é possível perceber que se
não houvesse estrelas como o nosso Sol irradiando luz por toda a parte o Universo
seria vazio e escuro. Imaginemos um Universo no qual não haja estrelas e apenas
planetas! Dificilmente haveria algum tipo de vida como nós conhecemos hoje pela
falta de luz e calor onde reinariam o frio e a escuridão eterna.
Caso isso tivesse ocorrido qualquer tipo de vida que viesse a surgir teria que
se guiar pelo tato, olfato, audição e etc., menos pela visão porque sem claridade de
alguma luz nada poderia ser visto. Talvez alguém até diga que a Natureza foi
soberana em tudo o que ela criou dentro do Universo, e, se for assim, nós cremos
que algo está por trás da Natureza porque ela por si só não faria o que foi feito.
Logo, cremos que Deus é quem está por trás da Natureza.
Por outro lado, para que haja algum tipo de rejeição entre ambos os campos
de conhecimento humano é digno afirmar que a Ciência e a Religião caminham
juntas e explicam o todo criado com seus óculos. Entretanto, as afirmações bíblicas
de forma resumida atestam e relatam o que a Ciência a partir do século XIX
começou a desvendar com instrumentais científicos.
002 – A FORMAÇÃO DA TERRA SEGUNDO A
CIÊNCIA E SEGUNDO GÊNESIS. [Gn. 1.2].
O que veremos agora é o texto de Gênesis 1.2. Claro que podíamos tê-lo
visto antes do texto citado anteriormente, porém, é interessante respeitarmos uma
“Cronologia Científica” para uma melhor compreensão. Isso quer dizer que não dá
para haver primeiro a criação da Terra antes da criação do Sol. Na verdade,
conforme vimos no tema anterior, o Sol se originou a partir do material que sobrou
da explosão de uma estrela bem maior e mais antiga que existiu antes dele e que
surgira logo depois do Big Bang.
Da mesma forma a Terra, como veremos agora, porque ela não se formou
do nada porque para que ela se originasse como planeta dependeria de algo que já
vamos observar para um melhor entendimento.
Nisso, quando lemos o texto de que a Terra não tinha forma e era vazia,
Mercúrio, Vênus e Marte também não tinham forma e eram vazios. E, isso porque
todos esses planetas nada mais são do que a aglutinação de grande quantidade de
poeira estelar e gases em suas composições. Porém, a grande diferença atual é que
apenas na Terra há Oceanos, Fauna e Flora.
Na verdade, antes da Ciência afirmar que a Terra não tinha forma e era
vazia porque só havia poeira estelar e gases não aglutinados Gênesis já afirmava
essa grande verdade a mais tempo pelo que se observa no texto. E, o que é algo
sem forma e vazio? Sem forma é porque ainda é disforme ou não tem uma forma ou
formato.
O que é a areia do mar se não houver a ação do Homem até fazer um
castelo de areia que passa a ter um formato? O que é a argila sem a ação do
Homem até ter um formato e ser feito um vaso? Assim, foi a Terra na visão da
Ciência e de Gênesis. Ela não tinha forma e era vazia porque ainda não estava
aglutinada num corpo sólido esférico.
E, como foi isso? Ora! A partir dessa visão, a Terra foi criada primeira,
depois o Sol e a Lua e por fim as estrelas. E, nessa forma de entender toda a
criação, todos os astros celestes é que giravam ao redor da Terra porque não
sabiam que a Terra era redonda e orbitava ao redor de si mesma no movimento
conhecido como rotação e ao redor do Sol no movimento conhecido como
translação.
O texto que temos aqui é o de Gênesis 1.3. Mas, o que isso quer dizer? De
fato, quando se fala em Universo ou da origem de tudo tanto a Ciência como o
texto de Gênesis têm as suas próprias explicações. E, para muitas pessoas ambas as
disciplinas se opõem e falam coisas totalmente diferentes.
Entretanto, isso não é verdade e logo vermos que ambas relatam o mesmo
evento de forma diferente. Dessa forma, vamos começar com o que a Ciência
explica sobre a origem de tudo ou da criação do Universo. Bem! Ela afirma que a
pelo menos 14 bilhões de anos num local indeterminado uma massa que estava
totalmente concentrada explodiu liberando energia por todas as direções.
Claro que não havia terra, poeira e pedras que tenham sido lançadas por
todos os cantos a partir dessa grande explosão. Assim, com a liberação da energia
por todas as direções tempos depois em vários locais do pequeno Universo que ia se
expandindo surgiram as primeiras concentrações de moléculas de gases e depois de
poeira estelar.
Com isso, o que havia era apenas concentrações de gases e poeira estelar
que devido à aglutinação de ambos os elementos surgiram as primeiras estrelas.
Porém, elas eram colossais e não tiveram muito tempo de vida porque acabaram
explodindo e liberando mais energia e poeira estelar num espaço à sua volta.
Um bom tempo se passa até que novas e incontáveis estrelas bem menores
começaram a se formar pela aglutinação de inúmeros gases o que fez com que
esses corpos enormes devido a reações nucleares intensas explodissem liberando
energia e calor. Surgiam assim as primeiras estrelas como o nosso Sol.
Entretanto, muitos gases e poeira estelar que não tinham sido aglutinados
às suas respectivas estrelas e que ficaram boiando a sua volta acabaram se
aglutinando e devido ao tamanho não se acenderam como as estrelas, mas
formaram planetas gasosos e planetas rochosos.
E, qual é a diferença entre ambos? Ora! Planetas rochosos são planetas que
tem superfície que se pode pisar como a nossa Terra, Marte, Mercúrio e Vênus. Já
os planetas gasosos como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são formados
praticamente por gases e assim não há superfícies sólidas para se pisar. Também
não seria possível pousar naves nesses planetas porque seriam esmagadas devido
às altas pressões que afetam esses planetas.
Veja que todos os planetas têm um formato praticamente circular por causa
da gravidade e não um formato retangular, quadrado, triangular e etc. Claro, que
isso não quer dizer que não haja corpos celestes com outros formatos como
cometas, meteoros e asteroides que têm formatos irregulares.
Agora que chegamos aqui devemos compreender que o termo “Big Bang”,
“Grande Explosão” em inglês é a forma de se explicar a origem do Universo a
partir de uma grande explosão no passado. E, por incrível que pareça o texto de
Gênesis já afirmava isso muito tempo antes da própria Ciência fazê-lo. Isso quer
dizer que essa Teoria começava a surgir nos fins do Século XIX e ganhou corpo e
formulação na primeira metade do século XX. Já Gênesis afirma o mesmo há muito
mais tempo.
Caso você tenha lido o texto citado, “Deus disse: Haja luz! E, houve luz”, a
luz nada mais é do que uma explosão de energia em todas as direções que clareiam
o ambiente. Por incrível que pareça Gênesis já falava em Big Bang antes da
própria Ciência. Nisso, Gênesis fala da origem do Universo através de uma grande
explosão de luz que é a mesma coisa que o Big Bang da Ciência. Com isso, fica
provado que a Ciência e Gênesis têm muito em comum nesse campo.
Caso alguém queira fazer uma experiência sobre como foi à origem do
Universo em Gênesis ou do Big Bang conforme a Ciência é só entrar num cômodo
em sua casa durante a noite e apagar todas as luzes até que se fique na mais
profunda escuridão. Depois de pelo menos um minuto acenda a luz e mantenha a
visão em direção onde está a lâmpada. O que se verá será uma explosão de energia
que clareará tudo no ambiente escuro.
Assim, enquanto a Ciência não tinha formulado a teoria do Big Bang o texto
da origem do Universo em Gênesis permanecia uma incógnita, mas com uma
explicação encontrada pela Ciência, o texto de Gênesis ficou claro o suficiente para
que pudéssemos compreendê-lo.
004 – A VIDA SURGE NA ÁGUA. [Gn. 1.20-21].
É isso o que a Ciência explica, porém, é isso o que Gênesis afirma a muito
mais tempo do que a própria Ciência. Veja bem os dois versículos antes de criticar.
No versículo 20 se vê o relato de que segundo a ordenança de Deus cardumes de
seres viventes surgiram na água. E, embora o Homem na época entendesse que
nunca houve outro tipo de vida na água antes dos peixes é o que se vê no texto de
que a vida surgiu na água. Em seguida, o texto relata sobre a próxima etapa na
criação da vida através dos seres que puderam voar a partir da vida que surgira na
água.
Já no versículo 21 vemos novamente outra afirmação que a Ciência defende
que é sobre uma nova etapa na vida que surgira na água. Ela passou a se arrastar
para fora da água e se tornou em seres pulmonados até que deixaram
definitivamente o ambiente da água para viver em terra firme. Veja que o texto
informa que surgiram seres que se arrastavam e que eram descendentes dos seres
aquáticos.
E, não sou eu e nem a Ciência que está afirmando isso, mas Gênesis. E, o
que é mais interessante de se observar é que o texto informa que houve uma
explosão de inúmeras espécies marinhas que deram origem a seres que se
arrastaram e passaram a viver em terra firme até que surgissem as aves. Espero
que a fé de ninguém tenha se abalado aqui porque quem tem fé não a perde. Isso
porque não se perde o que não se tem.
Talvez ninguém tivesse reparado nesse pequeno texto que possa ter sido
visto como obscuro, porém, com o avanço da Ciência e de seus instrumentais
científicos passamos a descobrir muitas coisas que não eram possíveis de se ver
porque não existiam para o Homem antigo e hoje existem para nós no século XXI.
Agora, espero que haja compreensão para quem ler esse tema porque a
Evolução é uma verdade que ocorre em todo o Universo, pois as Galáxias e tudo o
que nelas estão contidas têm passado por grandes evoluções nos quatorze bilhões
de anos que se passaram desde o evento do Bing Bang. Nisso, a Evolução é uma
verdade e um fato que não podem ser negadas. Claro que há muitas pessoas que
pensam o contrário e ignoram o uso da Razão e da Lógica.
Mas, como é isso? Quer dizer que a vida surgiu ao mesmo tempo na água e
na terra? A partir dessa pergunta precisaremos agora do auxílio da Ciência para
que possamos entender o que ocorreu em relação a esses dois eventos. E, para isso
é necessário que compreendamos que Gênesis não foi escrito com marcação de
datas numa espécie de “Cronologia” e o que temos nele são eventos que foram
repassados através da “Tradição Oral” de pais para filhos durante centenas de
anos até que surgiu a “Tradição Escrita” no qual os eventos já não eram mais
repassados na forma oral, mas na forma escrita.
Assim, para quem pensa que ao mesmo tempo em que os eventos bíblicos
iam ocorrendo alguém ia escrevendo se engana porque não foi assim. E, da mesma
forma, quem pensa que Deus deixou os livros bíblicos escritos para o seu povo
como os Dez Mandamentos também se engana.
De fato, o que ocorre em Gênesis pode ser visto em outros textos bíblicos
em que de um versículo para outro ou de um capítulo para outro ocorre bastante
tempo porque não dá para fazer como um Diário porque não haveria espaço, e, por
isso, lembra uma novela ou seriado em que artistas sofrem a ação do tempo em
questão de capítulos.
Porém, não vamos parar por aqui! A Ciência afirma que a vida surgiu na
água e depois de muito tempo ela foi se adaptando a terra até que aves, répteis e
animais começaram a viver na superfície ao mesmo tempo em que diversas
espécies marinhas continuaram a viver na água.
Entretanto, a Ciência relata que num dado momento um grande asteroide
que atingiu a Terra extinguiu os grandes Dinossauros porque uma grande nuvem de
poeira de terra se levantou e tapou a atmosfera dos raios do Sol durante um bom
tempo. Isso fez com que os raios de Sol não passassem pela Atmosfera e as plantas
morressem levando os grandes animais a morte.
Esse é o texto de Gênesis 1.26 e nele é abordado algo que sempre passou
despercebido pelas pessoas e pode ter sido por muito tempo um texto obscuro posto
no livro de Gênesis. E, como o tema tratado aqui menciona o termo “Trindade” é
bom sabermos algo sobre isso antes de continuarmos.
Veja que temos a Jesus [Filho] que após o batismo o Espírito de Deus ou
Espírito Santo veio sobre Ele [pomba] e em seguida Deus [Pai] disse que se alegra
em seu Filho amado. Embora não tenhamos a palavra “Trindade” nesse pequeno
relato de Mateus ele menciona a “Comunhão Trina”.
Agora, vamos voltar ao texto de Gênesis que foi citado. Nele podemos
observar o uso da palavra “fazer” no plural. E, quando se coloca uma palavra no
plural sabemos com certeza que o número mínimo começa a partir de dois e vai
além. Assim, quando se observa a palavra “façamos” vemos aí que uma pluralidade
divina concebe a espécie humana, no caso aqui, o Homem.
Por causa do que foi abordado aqui é natural que algumas denominações
religiosas dentro do Cristianismo neguem a “Doutrina da Trindade” por não
encontrarem esse termo nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento. E, assim,
afirmam que Jesus é Deus e não a Segunda Pessoa da Trindade com o Espírito
Santo como a Terceira Pessoa da Trindade.
007 – A TRANSFERÊNCIA DE SENTIMENTOS
HUMANOS PARA DEUS. [Gn. 1.26-27].
Assim, vamos ver agora alguns textos que mostram os sentimentos dos
autores que foram repassados para Deus já que as pessoas entendiam que Deus
tinha os mesmos sentimentos que os seres humanos. Dessa forma vamos começar
com o texto de Gênesis 6.6-7:
Pelo que vimos agora, no que Deus é diferente do Homem? Isso foi o que
aconteceu na aurora dos tempos com os primeiros grupos humanos que criaram
divindades para si com qualidades e sentimentos humanos. De fato, algumas dessas
divindades eram mais libertinas do que os próprios homens.
Ao chegarmos aqui como explicaremos esse versículo? Claro que pela
Lógica é muito mais fácil de explicar. O próprio povo por causa de seus pecados
encontrou a própria destruição de forma que nem precisou das forças da Natureza
e nem das intervenções divinas.
O próximo texto que veremos agora é o de Gênesis 6.13, 17: “Então disse
Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia
da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra”. “Porque
eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do céu, toda a
carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará”.
“Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e
quarenta noites, e exterminarei da face da terra todas as criaturas que fiz”.
“Pereceu toda a carne que se movia sobre a terra, tanto ave como gado,
animais selvagens, todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem. Tudo o
que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia na terra
seca, morreu. Assim foram exterminadas todas as criaturas que havia sobre a face
da terra, tanto o homem como o gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram
exterminados da terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca”.
O que vemos agora nesse texto é a ação de “extermínio” de Deus para com
o povo, animais, répteis e aves. Mas, que pecado os animais, aves e répteis haviam
cometido para sofrerem a mesma pena que o povo? Por que esse extermínio deles
também? Esse sentimento sinaliza o desejo de se vingar pelo ódio produzindo a
destruição para gerar total extermínio. Isso está mais para um Holocausto ou
Genocídio.
Assim, durante muitos séculos Deus foi sendo mostrado como uma divindade
má que se vingava e levava à morte e destruição todas as pessoas que pecavam
como é feito até hoje. O que precisamos compreender é que Deus é completamente
inocente nessa questão porque o próprio Homem é que tem buscado o seu próprio
fim. Na verdade, não é da vontade de Deus que ninguém sofra e nem se perca,
porém, por Deus respeitar a liberdade e a escolha do Homem, Ele não interfere nas
decisões dele levando o mundo ao caos.
Ele bem que poderia ter impedido Adão e Eva de pecarem. Ele poderia ter
impedido o Império Romano de perseguir o Cristianismo. Ele podia ter impedido
que Napoleão Bonaparte invadisse os países à sua volta na Europa. Ele podia ter
impedido a I Guerra Mundial. Ele podia ter impedido também a II Guerra Mundial
e a ascensão de Adolf Hitler. Ele podia ter impedido o lançamento de duas bombas
atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Ele podia ter impedido a Guerra do Vietnã e
da Coreia. Ele podia ter impedido o extermínio dos Judeus pelos Nazistas. Ele
podia ter impedido o Titanic de afundar e as Torres Gêmeas de serem destruídas.
Ele podia ter interferido em muitas situações como a que cristãos tem sido vítimas
em vários países no mundo por causa das perseguições políticas e religiosas e etc.
Dessa forma, alguém pode indagar: Onde está Deus? Ele morreu? Não se
preocupa conosco? Calma! Ele está agindo por toda a parte, porém, como Ele é
Justo Ele não pratica a injustiça. Assim, todos(as) estamos sujeitos(as) a várias
situações que ocorrem à nossa volta e em nosso contexto.
Deus existe e age a cada momento. Ele é maior que o Universo e habita no
coração humano. Ele está extra tempo e intra tempo. Com isso, o que podemos
compreender é que ninguém pode entrar na mente de Deus e entender porque Ele é
assim e age por sua vontade. Não se deve culpar a Deus por tantas coisas negativas
que ocorrem porque no momento em que o Homem decidiu se livrar de Deus, Ele só
pode agir se o Homem quiser a sua intervenção. E, em vários casos as pessoas só
querem a ação de Deus por segundas intenções. Com isso, fica evidente porque
orações são respondidas e orações não são respondidas.
E, claro que esses dois sentimentos que existem no Homem e que expressam
o sentimento de “vingança” não pode ser creditado a Deus porque “Deus é Bom,
Justo, Amoroso e Perdoador” e como o escritor não conseguira compreender isso
creditou esses sentimentos a Deus.
Muita gente talvez não saiba, mas na época se sacrificava animais e aves
misturados com incenso porque o cheiro de carne queimada não era nada agradável
às pessoas. Por isso, eram utilizados incensos para amenizar o cheiro. Assim, em
sacrifícios o que era agradável de cheirar era os incensos e não as carnes que eram
queimadas em sacrifício porque até mesmo a grande quantidade de sangue
derramado não agradava a ninguém.
Por causa disso, o escritor entendeu que Deus se agradou em sentir o cheiro
do incenso e não das carnes queimadas em sacrifício. Claro que o que precisamos
compreender é que em nenhum momento o Deus Javé pediu sacrifícios de animais e
aves porque antes d’Ele se manifestar a Noé e Abrão estes já haviam aprendido a
partir de uma religiosidade primitiva a fazerem altares e sacrificarem seres a
outras divindades.
Dessa forma, eles entenderam que essa seria uma forma de agradar ao novo
Deus que lhes surgira em sua vida. E, se Deus foi contra essa prática em Gênesis o
escritor não deixou registro algum. Também não devemos distorcer o texto das
Ofertas que Caim e Abel trouxeram a Deus num determinado momento porque
mesmo que Deus tenha aceitado a de Abel e rejeitado a de Caim, esse Ofertório
não partiu de Deus, mas do próprio Homem.
Ao lermos esses dois textos algo nos vêm à mente. E, claro que isso tem
confundido muito as pessoas por não haver logo uma explicação mais
compreensível. Na verdade, tanto na criação do Homem como na confusão das
línguas dos homens se observa a ação de Deus na forma plural o que pode ser
interpretado como a assistência de anjos já que para Deus estas eram tarefas
difíceis.
A palavra “Trindade” para muitas pessoas ainda pode ser um bicho de sete
cabeças porque ela não existia na época por ser uma concepção de uma fórmula
depois que o Cânon do Antigo Testamento estava formado. De fato, até mesmo
dentro do Cristianismo há Instituições Cristãs que não aceitam o uso desse termo
para a pessoa trina de Deus.
Claro que até mesmo para pessoas que professam outras confissões
religiosas para se falar em “Trindade” é o mesmo que se falar em três deuses
porque elas não conseguem compreender essa concepção Trina de Deus Pai, Filho e
Espírito Santo.
Talvez o que mais confunda a mente das pessoas é imaginar que Jesus não
estava com Deus antes da criação do Universo porque Ele nasceu humano na
mulher chamada Maria.
Na verdade, esse Mistério é fascinante porque Jesus como homem nasceu
de Maria, porém, como a Segunda Pessoa da Trindade Ele é Eterno e sempre
existiu com o Pai e com o Espírito Santo.
Mas, como assim? Bem! Nós já vimos algo sobre textos de Gênesis que
falam sobre o Big Bang, sobre a formação do planeta Terra e do Sistema Solar, do
surgimento da vida na água e depois em terra firma, de dinossauros, da anestesia,
da clonagem e etc. Isso quer dizer que esses relatos só foram compreendidos no
momento em que essas realidades se tornaram existentes.
Isso é a mesma coisa que se tentar falar algo sobre telefone, avião, foguete,
televisão, rádio, computador, celular, notebook, tablete e etc. para alguma pessoa
do século XVIII. Ela não vai entender o que essas criações são porque não fazem
parte de seu contexto histórico. A mesma coisa ocorreu em Gênesis com vários
relatos porque estes não eram ainda de conhecimento humano.
Ao lermos o texto de Gênesis 1.27 vemos a citação de que Deus criou uma
Humanidade que se perpetua através dos séculos em sua descendência a partir de
um homem e de uma mulher. É o que conhecemos como “casal”. Entretanto, não
quer dizer que todos os homens e mulheres se perpetuarão com uma descendência
por alguns motivos que seguem:
Não quero aqui ter uma atitude preconceituosa, porém, mesmo que homens
e mulheres assumam a sua homossexualidade, fisicamente ambos não deixam de ser
o que nasceram para ser. Porém, seus sentimentos, afinidades e opções são de livre
escolha, embora sejam criticados(as) por isso. Na verdade, quem nasce perfeito(a)
e não deseja perpetuar sua descendência e assumir o seu respectivo gênero pode
ser visto como pecador(a) pelas concepções da Religião e também como pecador(a)
pelas concepções da Natureza.
010 – MANUTENÇÃO HUMANA. [Gn. 1.28-30].
Agora, vai depender da leitura que for feita, pois, uma pessoa religiosa
observa que Deus dotou a Terra das mais variadas formas de alimentos, seja
animal, marinha e aérea para o sustento do Homem e de sua descendência. Já, para
quem não crê em Deus, mas na Natureza, foi ela que dotou e tem dotado o Homem
de diversos tipos de alimentos para a perpetuação da espécie humana e demais
seres na face da Terra. Por causa disso, se não fizermos a nossa parte através da
conscientização a Humanidade poderá não se manter por muito tempo na Terra
pela escassez de alimentos, de terras sadias para o plantio e alimentação dos
rebanhos e etc.
011 – A MULHER TRATADA COMO UM ANIMAL POR
NÃO TER ALMA. [Gn. 2.7].
O que temos aqui é a criação apenas do homem depois que todos os animais,
aves e répteis haviam sido criados por Deus. Com isso, surgiu uma primazia em
relação ao macho da espécie humana. Em relação à fêmea da espécie só seria
criada algum tempo depois do homem que veremos agora em Gênesis 2.22: “e da
costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem”.
Agora chegamos a outro momento crucial que o texto de Gênesis 2.23 nos
relata: “Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha
carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”.
Nesse texto é relatado que além de ter dado nome a todas as criaturas
viventes o homem dava agora nome à mulher que tinha sido criada a partir dele. Na
verdade, é interessante observar o fato de que “quem dá nome, domina”. Com isso,
o texto mostra que a superioridade do homem sobre a mulher além de ser natural
tinha o aval divino conforme o escritor entendeu e procurou repassar para a sua
descendência.
Mas, o que tem esse texto de curioso? Claro que se lermos os demais
versículos é possível observar o diálogo que houve entre a serpente e a mulher até
que ela foi convencida a comer do fruto que era proibido de se comer. Em seguida,
ela deu o fruto ao homem que também comeu e assim se tornaram conscientes de
que sabiam mais do que sabiam antes. Eles haviam trocado uma mente infantil por
uma mente adulta.
Não devemos ignorar que ambos haviam sido criados com corpos humanos
adultos, porém, a mentalidade não tinha desenvolvido, e por isso, eram como
crianças presas em corpos de adultos. Entretanto, por causa disso a mulher passou
a ser culpada pela “Queda do Homem”. E, o mais injusto é que o homem passou a
ser visto como “coitadinho” por ter sido enganado pela mulher. Por causa disso a
mulher passou a ser culpada pela “Queda do Homem” no decorrer dos séculos até
os dias atuais.
Nele o que pode ser visto é que depois que haviam comido do fruto e se
tornaram conscientes, ambos fugiram e se esconderam de Deus por terem
percebido que estavam nus. E, para dar mais legitimidade ainda da superioridade
do homem sobre a mulher se vê a afirmação de que o homem se escondeu com a
“sua” mulher, ou seja, ele com a sua posse.
Aqui a grande maioria das pessoas poderá afirmar que a mulher culpou a
serpente pelo pecado de comer o fruto, porém, assim como o homem ela culpou a
Deus. Mas, como é isso? Vejamos que ela afirmou que a serpente a enganara e ela
comera do fruto. Porém, da mesma forma que o homem ela também culpou a Deus
porque quem criou a serpente foi Deus por ser um dos répteis criados por Ele.
Com isso, ambos culparam a Deus por terem pecado. E, claro que a grande
maioria das pessoas ainda não percebeu isso.
O que observamos aqui é que o escritor afirma de que por ter levado o
homem a queda a mulher deveria sofrer bastante. E, como se daria esse
sofrimento? Ao lermos o texto a primeira coisa que vemos é o escritor colocar na
boca de Deus que a mulher deveria sofrer dores nos partos. E, a segunda coisa é
que a mulher deveria se sujeitar ao homem de forma que seus desejos deveriam
ser para seu marido e que ele deveria dominá-la.
Veja que dominar é tornar um ser semelhante como servo ou escravo e não
como um ser igual. Quem domina é porque não vê seu semelhante como um ser
como ele. Na verdade, a mulher é vista aqui no texto como um ser que deve ser
controlado e dominado para sempre. Assim, o que se observa aqui é que a mulher é
vista não como um ser adjunto, mas como um ser dominado.
Por fim, no texto de Gênesis 3.20 vemos a repetição de que a mulher é tida
como propriedade do homem e não como um ser dotado de liberdade e como um ser
igual ao homem. Vejamos assim o texto: “Chamou Adão à sua mulher Eva, porque
era a mãe de todos os viventes”.
Com isso, pudemos observar que o escritor usou a boca de Deus para fazer
com que a mulher fosse vista como propriedade do homem no momento em que ele
tinha sido criado primeiro e ela tinha sido criada depois e de um dos ossos dele.
Porém, o que é mais triste observar é que pelo fato de Deus não ter soprado como o
fizera em relação ao homem, a Teologia da época defendia a ideia de que a mulher
não tinha alma e por causa disso era vista como um animal.
Claro que esse problema reside no fato de que Deus não soprou na mulher
que tinha sido feita a partir da costela de Adão. Assim, a ideia era que ela não tinha
alma como o homem porque Deus havia soprado no homem quando o fizera. Na
verdade, seria redundante a atitude de Deus soprar na costela feita em mulher
porque nesse pedaço de osso, a costela, já havia da essência do sopro divino e,
assim não era necessário novo sopro.
Assim, não havia problema algum na forma que a mulher era tratada e
humilhada por ter feito o homem pecar e também porque era tida como um ser sem
alma. E, o que é pior é que até mesmo muitas mulheres defendem a ideia de que a
mulher deve sofrer porque fez o homem pecar. Claro que ela é levada a isso para
que ela continue a ser controlada, manipulada, dominada e usada pelo homem.
012 – O USO DA ANESTESIA. [Gn. 2.21].
Para muitas pessoas esse texto pode passar despercebido, obscuro ou até
mesmo nem ser notado. Esse é o texto de Gênesis 2.21. De fato, vemos nele o uso
da anestesia por Deus. Claro que alguém pode questionar como é isso!
Observe bem! Deus poderia ter criado a mulher da mesma forma que criou
o homem a partir do pó da terra, porém, resolveu agir de outra forma. Foi quando
Ele colocou o homem para dormir para tirar-lhe uma de suas costelas. Mas, por que
Deus fez o homem dormir? Essa é a pergunta.
Claro que foi para que Ele pudesse tirar-lhe uma de suas costelas. Mas, por
que Deus o pôs para dormir? É evidente que foi para poupar-lhe da dor por causa
dessa cirurgia. Veja que mesmo sem saber, observamos aqui Deus ser o primeiro a
usar a anestesia. E, no decorrer dos séculos pode ser visto várias formas do
Homem em conceber vários tipos de anestésicos para poupar as pessoas das dores
causadas por enfermidades, acidentes, violências e etc.
Não vamos ignorar o fato de que o fato de ser mencionado que Deus o
colocou em sono profundo significa algo importante para nós. Quando nós
dormimos num sono profundo sentimos que existimos e estamos vivos porque
sonhamos e nos mexemos no período em que dormimos. Mas, quem já passou por
uma cirurgia em que tomou uma anestesia geral relata que é como a morte porque
quando percebe que está viva e voltou da anestesia se descobriu existir.
De fato, temos nesse texto o fato de que Deus foi o primeiro a usar a
anestesia numa cirurgia. E, por que Ele fez isso? Simplesmente para poupar o
homem da dor da cirurgia. E, não é esse o motivo de se utilizar de anestesia em
cirurgias das mais diversas?
013 – A PRESENÇA DA CICATRIZ. [Gn. 2.21].
No mesmo texto de Gênesis 2.21 observamos outro fato curioso que passa
despercebido numa leitura. E, claro que é sobre a presença de uma cicatriz no
homem Adão. Vejamos que no final do versículo é citado que Deus fechou a carne
no local do corte para a extração da costela para a feitura da mulher.
Alguém até pode questionar o fato de Deus não ter feito a mulher da mesma
forma que o homem, mas tê-lo colocado para dormir para lhe retirar uma de suas
costelas. Na verdade, o que nos chama a atenção aqui é que da mesma forma que
um médico fecha o local de uma cirurgia Deus também fechou o local depois de ter
anestesiado o homem e ter extraído uma costela.
Agora devemos compreender que pelo fato de Deus ter fechado o local da
cirurgia Ele não deixou o homem ficar sem uma cicatriz em seu corpo. Mas, por
que isso? Por que Deus deixaria o homem com uma cicatriz em seu corpo se
poderia restituir o seu corpo como antes? Na verdade, a presença da cicatriz no
corpo do homem após a cirurgia na qual Deus usou anestesia foi para que toda vez
que o homem visse a cicatriz em si ele soubesse muito bem de onde a mulher veio
para que ele a respeitasse como parte de si mesmo.
Novamente temos aqui o texto de Gênesis 2.21. Só que agora vemos o que
nos interessa a respeito do que se relata sobre a costela que foi tirada do homem
Adão. Na verdade, todos nós sabemos a importância que cada osso tem na
constituição humana.
Mas, o que nós temos aqui é muito importante porque o texto revela que
Deus usou uma das costelas do homem Adão e não algum outro tipo de osso ou
órgão humano para fazer a mulher. Mas, por que Ele se utilizou de uma costela e
não um fêmur e etc.? Veja que a costela tem uma função muito importante no
corpo humano que é a de dar uma base para o corpo.
Nisso fica evidente que o que o Homem pode fazer com seus avanços
científicos seja visto como algo que não tem limites. De fato, é a tentativa de se
tornar como Deus.
Agora, devemos observar que até o desenvolvimento da “Clonagem” nada
se sabia de que na Bíblia, especificamente no livro de Gênesis, de que havia um
texto que a mencionava. E, no caso de Gênesis a primeira “Clonagem” na Terra foi
realizada por Deus, e diferente da feita pelo Homem que foi uma “Clonagem
Animal”, a feita por Deus foi a “Clonagem Humana”. Entretanto, não é porque
Deus fez a primeira “Clonagem Humana” que o Homem deva também fazê-lo.
Não devemos ignorar que Deus quando clonou o homem Adão foi para fazer
outro ser humano com sexualidade diferente. E, por que Deus fez isso? Claro que
para garantir a existência e continuidade do ser humano na Terra. Assim, se vê que
anatomicamente um Homem não pode gerar outro ser humano e muito menos dar a
luz a um. Já a mulher pode gerar e dar a luz a outro ser humano. Entretanto, para
isso é necessário a fusão de seu óvulo com um espermatozoide de um homem.
Mas, e se Deus não quisesse ter criado a Humanidade assim? Ele poderia
ter criado um ser humano hermafrodita. E, no caso o mais viável teria sido que
Deus tivesse criado a mulher e não o homem porque ela anatomicamente é o mais
viável para que outro ser humano nasça. E, se essa fosse a vontade de Deus, ou na
ausência ou inexistência d’Ele, a Natureza poderia ter criado um ser humano no
formato feminino que de tempos em tempos gerava outro ser a partir de óvulos
preparados para isso como se tivessem sido manejados à semelhança da
“Clonagem”.
016 – O MATRIMÔNIO. [Gn. 2.24].
Em seguida, devemos observar o que o texto ainda revela sobre essa união.
Ele fala que não só o homem como a mulher devem se unir ao seu oposto e serem
um. Para isso é importante observar o tratamento que é dado a essa Instituição. Ele
fala que o homem deve se unir “à sua mulher” e não “a qualquer mulher”. E, o
mesmo ocorre para com a mulher que deve se unir “ao seu homem” e não “a
qualquer homem”.
Algo que também pode nos chamar a atenção é que o texto cita que a
serpente no momento era o ser mais astuto de todo o campo ou jardim ou
localidade onde viviam. Claro que devemos entender que astúcia aqui tem a ver
com instinto.
Assim, fica evidente que o inimigo de Deus buscou utilizar da serpente que
era o ser não humano mais próximo do casal como o bichinho de estimação mais
querido. Agora, alguém pode até questionar se ela já falava porque quando ela
propôs à mulher que ela comesse do fruto não houve surpresa por parte dela
quanto a um diálogo com a serpente.
Entretanto, o que deve ser observado nesse evento é que o casal criado por
Deus embora tivesse um corpo já adulto tinha uma mentalidade infantil porque não
tinham passado por um amadurecimento como nós temos hoje. E, por causa, disso,
o fato de um ser não humano falar não era causa de surpresa para o casal. Veja as
crianças de hoje que não estranham de forma alguma ao verem desenhos em que
animais, aves, peixes e até mesmo automóveis e aviões falam.
Dessa forma, para as crianças isso é tudo normal porque também são
levadas a crer no Papai Noel, em Sereias, na Fada do Dente, no Bicho-Papão e etc.
Com isso, não havia como o casal saber que não era a serpente que estava falando
porque ela estava sendo usada como um canal do inimigo de Deus para com o casal.
Pelo que vimos pelos textos citados a possessão não se resume apenas a
seres humanos porque pode ocorrer também em animais (porcos), aves e répteis
(serpente). Só não temos aqui um exemplo de possessão que tenha ocorrido com
uma ave, mas isso não quer dizer que não possa ocorrer ou não tenha ocorrido.
E, o que respondi foi que isso não se tratou em caso de possessão. No caso
da serpente e dos porcos foi possessão maligna, porém, aqui não houve uma
possessão divina. O que ocorreu foi que Deus possibilitou a jumenta se utilizar da
voz humana para questionar o espancamento que estava sofrendo de seu senhor. E,
isso é bem diferente do papagaio porque ele imita os sons vocálicos humanos sem,
no entanto, compreender o que está vocalizando.
018 – O PROBLEMA COM AS SEGUNDAS
INTENÇÕES. [Gn. 3.5-6].
Esse é o texto de Gênesis 3.5-6. Assim, quero dizer que quando comecei a
ter os primeiros contatos com a religiosidade que a minha mãe praticava eu acabei
aprendendo segundo os Ensinos da Igreja que o pecado que Adão e Eva haviam
cometido era terem comido uma maçã e em seguida terem praticado o sexo.
E, como o sexo era visto como uma “coisa suja”, as crianças e adolescentes
eram doutrinados a não iniciarem uma vida sexual antes que se casassem. Dessa
forma, essa foi a visão que eu aprendi. O sexo só podia ocorrer no Casamento e
apenas com a finalidade de ter filhos e não como uma fonte de prazer para o casal.
Mas, por que fomos ensinados que o fruto proibido era uma maçã? Ora!
Porque ela sempre foi considerada uma fruta afrodisíaca utilizada tanto para
ajudar na concepção como para apimentar a relação sexual de um casal.
Em seguida eu entendi que o problema da queda ou expulsão do paraíso não
teve nada a ver com uma maçã porque não foi essa fruta a que foi comida e sim um
fruto. E, outra coisa que aprendi é que a sexualidade também não foi o motivo do
“Pecado Original” que levou a queda do casal, porque a sexualidade dentro do
Matrimônio não é pecado e nem coisa suja porque não serve apenas para procriar,
mas também para proporcionar prazer e saúde ao casal como a Ciência mesmo
afirma.
O próprio texto afirma que o casal e não apenas a mulher comeu do mesmo
fruto com a intenção de serem como Deus conhecendo o bem e o mal. Isso quer
dizer que foi a tentativa de se tornarem deuses que levou o casal à queda e não a
prática do sexo. E, veja que ambos comeram do fruto, e para quem gosta de culpar
a mulher pela queda do homem não devemos ignorar o fato de que ao lermos o
texto na integra, a mulher resistiu um bom tempo antes de ceder a essa tentação.
Já o homem não resistiu como a mulher e comeu rapidamente sem refletir. Isso
demonstra que a mulher é mais resistente do que o homem em várias situações.
Claro que no princípio isso pode ser um pouco confuso, porém, vamos
compreender facilmente. Quando lemos o texto sobre a queda do Homem
observamos que o casal depois que passou a compreender o que era o bem e o mal
se escondeu ao ouvir a presença próxima de Deus. E, quando Deus os chamou eles
lhe responderam que estavam escondidos porque se viram nus e sentiram que isso
poderia ofender a Deus já que viviam nus entre os animais e não se
envergonhavam.
De fato, o que está incluso e a maioria das pessoas não percebe é que a
mulher também culpou a Deus por sua falta. Mas, como é isso que ainda não
entendi? Calma! Muita calma nessa hora. Nesse momento devemos usar a Lógica.
A mulher disse que a serpente a enganou e por isso ela comeu do fruto. Mas, quem
criou a serpente? Não vá pecar e dizer que foi o inimigo de Deus porque Deus criou
todas as aves, peixes, animais, répteis e etc.
Assim, quando ela culpa a serpente indiretamente ela está afirmando que se
não fosse a serpente ela não teria pecado. Logo, o culpado era quem havia criado o
réptil conhecido como serpente. Logo, a mulher de forma indireta culpa também a
Deus por sua falha.
Com isso, ambos culparam a Deus tornando-o bode expiatório por sua
transgressão. E, hoje não é diferente! Constantemente Deus tem sido posto como
bode expiatório porque é colocado como culpado por muitas coisas que acontecem e
como conivente e insensível por não impedir outras tantas desgraças que ocorrem
por aí. Porém, o que acontece é que no momento que o Homem optou por sua
independência e autossuficiência de Deus não podemos agora reclamar.
Veremos agora algo relativo a esse tema no texto de Gênesis 3.15. Claro
que precisamos compreender algo que já citei no primeiro capítulo que é sobre a
confecção do texto de Gênesis antes de abordar esse evento ocorrido. Para isso é
necessário observar o que é citado na primeira parte do versículo. Ele menciona
que Deus colocaria “inimizade” entre a mulher e a serpente pelo fato dela ter sido
facilmente convencida a comer do fruto e fazer o homem também comê-lo.
Dessa forma, o que ocorre nessa parte do texto é que se vê aqui a inclusão
ou a pincelada humana que se entendeu que Deus havia criado a inimizade como
um afastamento entre o ser humano e a serpente. Porém, esse afastamento não
deixou o Homem realmente separado da serpente porque até hoje ela tem sido
comercializada como um réptil de estimação e muitas pessoas preferem e criam
serpentes, mas não as venenosas.
E, como na época de Jesus era comum avistar serpentes que Ele acabou
utilizando em determinados momentos da serpente em seus diálogos. Vejamos o
que Ele disse, por exemplo, em Mateus 23.33 aos Escribas e Fariseus: “Serpentes,
raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”.
Bem! Agora vamos voltar ao que texto cita sobre as duas descendências. Da
mesma forma que se alguém do século XXI encontrar alguém do século XIX e
perguntar se ele já viu um Notebook, um Celular, um foguete ou já assistiu a um
filme em 3D ele negará porque estes não fazem parte do contexto dele. O mesmo
ocorre com o texto porque até que Jesus viesse o texto não tinha muito sentido por
não esclarecer nada.
Claro que o que se vê no texto é que a mulher por causa de Eva deveria
sofrer por toda a existência humana. E, isso é uma atitude “desumana” e não
“humana”. Também nem podemos conceber essa ordenança oriunda da parte de
Deus porque Ele nunca desejou e não deseja o sofrimento humano. Na verdade, o
Homem sofre por causa de suas opções e pelo afastamento de Deus que a tudo
observa sem nada poder fazer porque Ele respeita a vontade e a decisão humana
de que não haja interferência divina na Humanidade.
Veja que multiplicar a dor na hora do parto é algo terrível. Assim, quem
divide doze doces de chocolate entre seis pessoas, o faz de forma que cada uma
fica com dois. Quem tira seis doces ou subtraia seis de doze doces também fica com
menos. Agora, se alguém soma seis doces com mais seis doces dobra o que tem.
Porém, multiplicar é algo que acrescenta muito mais. Observe que multiplicar seis
por seis gera trinta e seis que é diferente de seis mais seis.
Alguém pode ainda dizer que não entendeu o que estou afirmando. De fato,
Deus não deseja o sofrimento de ninguém e para mostrar isso e comprovar que o
texto em Português está errado é só observar um texto que já foi abordado nesse
livro. Veja novamente Gênesis 2.21: “Então o Senhor Deus fez cair um sono
pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e
fechou a carne em seu lugar”.
Mesmo com isso, ainda haverá homens e até mesmo religiosos que não
verão de bom grado que as mulheres não sintam dor na hora do parto porque elas
têm que pagar por causa do pecado que Eva cometeu ao fazer Adão cair em
desgraça. Entretanto, não devemos ignorar o fato de que a mulher ainda lutou
bastante até ceder e o homem não pensou duas vezes. Logo, ambos são culpados de
igual forma e não há um melhor do que o outro.
022 – O HOMEM COMO PÓ DAS ESTRELAS. [Gn.
3.19].
“Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra,
porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás”.
Bem! Vamos voltar agora ao tema principal que é sobre a ordem natural de
todos os seres vivos no planeta que é a morte depois de ter vivido durante um curto
ou longo período de tempo. Mas, o que podemos entender com isso? Na verdade,
todos os seres vivos quando morrem são enterrados tradicionalmente. Já não é o
caso dos náufragos e os que pereceram em incêndios. Porém, de uma forma ou de
outra seus corpos foram integrados à presença física no planeta. Assim, não
devemos ignorar o fato de que os corpos dos náufragos foram devorados por seres
do mar e acabaram depois fazendo parte do leito do mar que é constituído por
terra.
Assim, mais alguns bilhões de anos se passaram até que outras estrelas
passaram a se originar das partículas e gases remanescentes das explosões das
primeiras estrelas. Esse foi o caso da nossa estrela chamada Sol. É nesse momento
que ao redor das estrelas que se espalham por todo o Universo as partículas e
gases que não foram aglutinadas às estrelas acabaram se aglutinando e formaram
corpos menores. Entretanto, esses corpos menores são encontrados alguns em
estado gasoso como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e outros em estado sólido
como a Terra, Vênus, Mercúrio e Marte. Também não devemos ignorar que a nossa
Lua que é um satélite natural de nosso planeta como dezenas de outras em nosso
Sistema Solar também são corpos sólidos.
Mas, e a nossa estrela chamada Sol? Ela é um corpo sólido ou gasoso? Claro
que ele é um corpo gasoso, porém, a diferença dele com os planetas gasosos de
nosso Sistema Planetário é que o Sol devido ao seu grande tamanho e força
gravitacional explodiu e se acendeu no Cosmos. E, foi isso o que não ocorreu com
os planetas gasosos em nosso Sistema que não têm corpo dimensional gigantesco
para provocar a combustão. Na verdade, o planeta gasoso Júpiter só não acendeu e
não se tornou uma estrela porque não alcançou um tamanho bem maior porque se
isso tivesse ocorrido nós viveríamos num Sistema Estelar Binário com duas
estrelas.
Veremos agora no texto de Gênesis 4.1 algo que tem ocorrido desde o
início da Humanidade e que tem proporcionado a existência da Humanidade
durante centenas de séculos desde o surgimento do ser humano na face da Terra.
Claro que o que estamos abordando agora é a respeito do sexo como prática na
vida da Humanidade tanto na procriação bem como para o prazer do casal.
Caso Deus não quisesse que ambos sentissem prazer no ato sexual não
haveria nem mesmo descendência porque quem não está com vontade de se
alimentar, de trabalhar, de estudar, de passear e etc. não os fará. Da mesma forma
é o sexo no Casamento entre homem e mulher. Se o sexo fosse pecado na vida do
casal Deus não teria criado dois gêneros, mas apenas um só. Quem sabe um ser
humano hermafrodita que não precisaria se unir a outro ser para procriar!
E, tudo isso por causa da ideia de que tendo Adão e Eva comido da maçã
praticaram o sexo. Assim, ficou no imaginário popular que o sexo é o tão
mencionado “Pecado Original”. Enfim, esse tema já foi abordado em relação ao
fruto que não era uma maçã, mas um fruto que não era doce e que não se sabe o
que era.
Talvez alguém mencione que está confuso quanto a isso. De fato, muita
gente ainda não se deu conta que em nosso léxico de palavras, temos muitas
palavras que são usadas com conteúdos diferenciados. Vejamos alguns exemplos:
Quem casa quer casa! Este carro é caro meu caro amigo! Não corra para o mato
que te mato! No alto do monte tem um monte de árvores! Não coma isso que você
fica em coma!
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado
EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco. E José, tendo despertado do sono, fez
como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu
enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS”.
Após ter lido fica bem evidente pelo próprio texto que Maria era virgem e
nunca tinha copulado ou praticado sexo antes do nascimento de Jesus, porém, após
o seu nascimento ela manteve uma vida sexual ativa com José. É o que o texto
mostra no versículo 25 quando José não copulou com ela enquanto Jesus não tinha
nascido.
Assim, como resultado da vida sexual ativa de José e Maria era natural que
fossem gerados filhos e filhas como menciona o texto do Evangelho de Mateus
13.55-56:
“Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus
irmãos Tiago, José, Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?
Donde lhe vem, pois, tudo isto?”.
Com base nesse texto eu já li sobre uma interpretação que menciona que
quando José se uniu a Maria ele era viúvo e já tinha filhos e filhas, e assim, ela
viveu virgem ao seu lado. Claro que essa é uma interpretação ao qual eu não
comungo.
Claro que esses não são os únicos textos bíblicos que mencionam o termo
“conhecer” para o relacionamento sexual entre homem e mulher porque há outros.
Assim qualquer pessoa leiga que tiver acesso a um Dicionário ou a um Dicionário
Bíblico poderá ver não apenas isso como outras coisas importantes que podem abrir
muito a nossa visão.
024 – SEXO PARA PROCRIAÇÃO. [Gn. 4.1-2, 4.25].
O que vemos agora nesse texto de Gênesis 4.1-2, 25 é uma utilidade para a
vida sexual na época que era voltada para a procriação ou geração de uma
descendência. No caso desse texto em seus três versículos é o nascimento de Caim,
de Abel e de Sete. De fato, não podemos ignorar o fato de que o sexo era feito
apenas para procriação porque se não for prazeroso o casal não se relaciona.
Assim, a gravidez é o resultado da união do casal que se ama e que desejou
aumentar a família, porém, há exceções quando a gravidez que não foi planejada.
Isso quer dizer que o primeiro casal não teve apenas três filhos, mas
inúmeros filhos e filhas. Na verdade, o prazer que o sexo proporcionava ao casal
não impedia que eles o praticassem mesmo sabendo que de tempos em tempos a
família aumentava com novas gerações de crianças concebidas. E, se Deus ou a
Natureza não quisessem que o homem e a mulher não tivessem prazer no sexo eles
teriam sido criados sem as terminações nervosas em seus aparelhos genitais, e
assim, não sentiriam desejo de se relacionarem sexualmente. Logo, o sexo no
Matrimônio não é pecado, mas sim, fora e antes dele segundo a Visão Bíblica e não
segundo a Visão Secular.
Mas, é claro que ao ter sido criado a espécie humana com dois gêneros não
foi apenas para a procriação. De fato, para que haja a procriação é necessário que
principalmente a mulher queira ter a criança já que ela é quem engravida e gera a
criança durante quase nove meses. No caso do homem ele coopera com seu sêmem.
Na verdade, para que haja sexo entre o casal é necessário que haja alguma
compensação que nada mais é do que o prazer.
Será que uma comunidade religiosa aceitaria receber uma Oferta de 15 mil
reais ao ouvir a(o) Ofertante dizer que esse valor foi resultado de furto ou desvio?
E, se o(a) Ofertante relatar que esse valor foi em decorrência de um roubo ou da
prostituição? E, quem vive de contrabando ou pirataria e relata a origem desse
valor, a Oferta será aceita?
Calma! Esse tema realmente é polêmico porque pode não ter sido tratado
ainda. Então, o que fazer? E, se uma pessoa que ganhou na Loteria, Mega-Sena,
Quina e etc. quiser ofertar? A Oferta será bem vinda? E, se a pessoa ganhou no
jogo do bicho? Também será aceita?
“Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como
fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos
homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu
deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; para que a tua
esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.
Hoje, quem tem acesso aos valores dos dízimos e ofertas são os(as)
tesoureiros(as) que sabem os respectivos valores que são trazidos. De certa forma,
surgiram o que nós conhecemos como “donos de igrejas” que são pessoas que
sentem que devem ser ouvidas e obedecidas porque algum familiar ou ascendente
começou a igreja local no qual são membros agora. Por isso que Jesus afirmou que
os(as) cristãos(ãs) de fato e não os de fachada que devem trazer suas Ofertas em
secreto para não buscarem honrarias para si.
“Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu
uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando
a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por
que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e
retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? E vendido,
não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu
coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus”.
Observe bem que Ananias a princípio teve um bom coração porque sendo
rico quis trazer uma Oferta generosa para que os Apóstolos pudessem utilizá-la da
melhor forma possível. Dessa forma ele vendeu uma de outras que ele tinha para
ajudar os Apóstolos. Porém, com tanto dinheiro na mão sua consciência o
convenceu a não entregar todo o valor e só entregar parte dela.
Voltemos agora ao texto pra observar que o preço foi caro porque Ananias
ficou sem o valor da Oferta e sem todas as riquezas que possuía porque morreu.
Ele quis praticamente ficar com 60% e a perdeu com os 40% e tudo mais que
possuía.
Voltemos agora para Caim e a sua Oferta. Como o texto menciona, Deus
aceitou a Oferta de Abel e rejeitou a de Caim. Na época Abel cuidava dos animais
do rebanho e Caim da agricultura rudimentar de sua época. Deus aceitou a Oferta
de Abel porque antes de trazer os melhores animais de seu rebanho ele havia
proposto isso em seu coração e Deus aceitou isso. Porém, Caim sabendo que Deus
era espírito e não se alimentava de matéria e sabendo que Deus aceitaria de bom
grado, mas que não comeria dos produtos da terra resolveu em seu coração trazer
a Deus o que ele mesmo não aproveitaria como produtos murchos, bichados, fora
de época, pequenos, azedos e etc.
A esperteza de Caim o fez criar uma estratégia para enganar a Deus. Essa
foi a intenção em trazer esses produtos a Deus. Foi essa segunda intenção que
levou Deus a se entristecer com ele e a consequente pena que ele mesmo buscou
para si. Não vamos precisar ler todo o texto para saber o que aconteceu com Caim
depois.
Assim, os dois irmãos resolveram trazer uma Oferta ao Senhor Deus.
Entretanto, o que marcou foi a segunda intenção que estava no coração de cada um
deles. A de Abel foi aceita e a de Caim foi rejeitada porque Deus conhece as nossas
mentes. Nisso conhecemos a “boa Oferta” e a “má Oferta” e as consequências em
seu uso.
Dessa forma, a “má Oferta” que é aceita numa comunidade religiosa e não
se sabe a procedência, é abençoada, porém, quem a trouxe condena-se a si mesmo
porque sabe a procedência. Também não vamos ignorar o fato de que a comunidade
poderá sofrer sem saber de onde se originou tais Ofertas. Por isso, tomemos muito
cuidado quando depositarmos no Gazofilácio o produto e tamanho da nossa fé.
026 – O HOMICÍDIO SE TORNA UMA REALIDADE.
[Gn. 4.14].
E é justamente essa afirmação que deixa muita gente confusa porque se ele
fosse assassinado uma vez ele não poderia ressuscitar para ser morto novamente e
assim por diante. Com isso, quantas vezes ele poderia ser morto e voltar à vida?
Essa é a pergunta que não quer calar. Caim de fato podia ser morto várias vezes e
depois voltar à vida? E, se ele podia por que então Abel não voltou à vida depois de
ter sido morto por Caim?
Por causa disso é necessário entender o que Caim quis dizer de fato. Essa é
uma afirmação que ilustra muito bem a ideia de pessoas que cometiam homicídios
na época e não deixa de ser uma realidade no decorrer dos séculos até os dias
atuais. Na verdade, as pessoas que cometem homicídios fogem para não serem
presas e por causa disso começam a viver uma vida nômade por causa de suas
fugas constantes e também improdutivas porque se começarem a trabalhar em
empresas elas podem ser presas por causa das fichas na polícia.
Mas, o que tem a ver a afirmação de Caim com essa realidade? De fato, o
que ele quis dizer é que ele não seria o primeiro homem a matar seu semelhante e
que todo aquele que cometesse assassinato viveria uma vida nômade e de fuga até
que fosse encontrado por algum justiceiro ou guarda e fosse morto.
Por causa disso é possível observar na afirmação de Caim que a partir dele
o homicídio se tornaria uma realidade presente na História da Humanidade e que
todas as pessoas que o praticassem viveriam como ele numa vida de fuga e
improdutividade.
Isso quer dizer que na época em que Caim matou Abel não havia apenas
Adão, Eva, Caim e Abel. Já havia um grande povo que havia se espalhado pela
localidade para viverem da agricultura rudimentar, do pastoreio, da coleta e da
pesca e por causa disso era necessário que elas não ficassem todas juntas ou
amontoadas porque a terra não seria suficiente para o sustento de todas elas.
E, se engana quem pensa que após a morte de Caim, o filho chamado Set
nasceria para substituir Abel que tinha sido morto. Não devemos ignorar o fato de
que o Gênesis é um resumo bem resumido de tudo o que aconteceu numa época em
que não havia nem mesmo a invenção da Escrita e as pessoas narravam os fatos
através da Tradição Oral para que os eventos não fossem esquecidos pelos
corredores do tempo.
É por causa disso que quando Caim foge pela região ele acaba chegando
numa localidade e se uni a uma mulher que podia ser sua irmã, ou sobrinha ou uma
prima. Claro que não dá para precisar. Também não devemos ignorar que os filhos e
filhas de Adão e Eva se uniram entre si porque não havia descendência de outro
casal para formarem novas famílias já que Deus só havia criado um casal.
E, não para por aí porque Enoque se viu ainda melhor que o seu ancestral
na afirmação do que veio a fazer como assassino e que consta no texto de Gênesis
4.24: “Se Caim há de ser vingado sete vezes, com certeza Lameque o será setenta e
sete vezes”.
Com isso fica claro o que Caim falou sobre ser morto várias vezes e que
acabou ecoando em sua descendência até chegar aos ouvidos de seu descendente
Enoque. E, é praticamente isso o que tem ocorrido na vida da Humanidade desde os
seus primórdios e que continua hoje e será uma realidade nos anos e séculos que
virão porque o Homem é assim. Há muita luta pelo poder e para isso vítimas vão
tombando por toda a parte. E, por causa da Política de Injustiças Sociais mais
vítimas vão tombando pelo caminho por todo o planeta. E, dessa forma, de pessoa
concreta Caim se tornou em realidade mortal em toda a parte no decorrer dos
séculos com inúmeros nomes e nacionalidades.
Por isso que a Bíblia pode ser mencionada como “Palavra de Deus” porque
ela não esconde os fatos. Ela tanto fala das qualidades das pessoas como também
revela seu lado pecaminoso, e nisso o grande rei Davi não foi poupado porque ele
foi conivente na morte de Urias e preparou praticamente o “tapete dele” como se
diz hoje em dia.
027 – O SINAL DE CAIM. [Gn. 4.15].
Nesse versículo a primeira coisa que nos chama a atenção é sobre o tanto de
vezes que recairia sobre o agressor o seu ato de vingança que cita o número 7.
Claro que não devemos ignorar o fato de que o número 7 simboliza a manifestação
perfeita de Deus porque foi no sétimo dia que Ele descansou. Dessa forma, o
número 7 representa a Deus. Assim, o uso do número significa que o fato de alguém
matar Caim recairia sobre o agressor o mesmo peso multiplicado por sete, e que de
certa forma teria o apoio divino.
Com isso, qualquer pessoa que viesse a matar alguém seria tida como
discípula de Caim por ter aprendido o homicídio. Dessa forma, como agressor Caim
sofreria por causa da vida de fuga e improdutiva e quem o perseguisse e o matasse
ficaria com suas mãos manchadas de sangue e daria o direito à outra pessoa de se
vingar de Caim matando-o. Vemos aí um circulo vicioso no qual sempre alguém vai
querer se vingar de outro. Então, a melhor forma para se evitar isso era a partir de
uma pena que não levasse à morte para que alguém não reagisse para se vingar.
Aí sim vemos que a menção das sete vezes como consequência pela morte
de alguém traria uma vingança tal para evitar homicídios. E, o mesmo ocorre hoje
quando há homicídios e a vingança é o tanto de anos que os(as) agressores(as)
recebem como pena. Por isso, as pessoas foram advertidas a não se vingarem de
agressores que levaram à morte alguém porque geraria uma onde de justiceiros
sem limites, no qual alguém vingaria outro alguém que se vingaria de outro alguém
de forma que um Caim mataria um Caim que matou outro Caim. E, pela lógica, o
Caim que foi morto era descente de Caim e quem matou esse descendente se fez
também em Caim. Na verdade, Caim ressuscitaria e sempre tem ressuscitado em
toda a pessoa que comete o homicídio. Por isso que essa afirmação de Caim não
deixa de ser uma profecia que tem ocorrido desde aquela época.
Assim, toda pessoa que comete o homicídio é penalizada com anos de prisão
que representa de uma forma contextualizada nas sete vezes com que haverá a tal
vingança.
Em seguida, sobre o sinal de Caim que Deus colocou nele também pode
confundir um pouco porque para algumas pessoas isso pode ser interpretado como
um sinal de tatuagem ou a marca de alguma cicatriz para que todas as pessoas
soubessem que ele era um homicida e assim todas as pessoas deviam se manter
longe dele.
Dessa forma, Caim não recebeu um sinal ou cicatriz no corpo feito por
Deus, mas seu grupo ou tribo ficou marcado porque os membros de seu clã
passaram a ser vistos como pertencentes a uma tribo perigosa que matava sem
pensar duas vezes. Esse é o caso de Lameque, seu descendente.
Parece que não, mas isso é algo atual porque sempre alguém comenta com
as pessoas sobre as pessoas, sobre grupos e até mesmo sobe locais que devem ser
evitados por causa das pessoas que os habitam e frequentam. Com isso, Caim
passou a dotar sua tribo com atitudes de vingança e que não pensavam duas vezes
antes de reagir a qualquer coisa ou situação que se lhes apresentasse. Por causa
disso, as tribos ao redor foram advertidas a evitarem qualquer contato com a tribo
de Caim porque não havia o que ser feito.
E, assim, para que isso fosse explicado foi necessária a explicação de que
Deus havia colocado em Caim um sinal para que ninguém sendo ofendido viesse
buscar satisfação ou se vingar porque tanto Caim como seu clã se tornou um clã
vingativo e perigoso que não pensava sobre se era errado ou não praticar o
homicídio.
O que podemos aprender com isso é que a vingança gera mais vingança e
não traz nada de novidade de vida porque ela atenta contra a vida humana. Assim,
um aperto de mão e um abraço geram amizade e evita o aprendizado de artes
marciais para se defender com gestos de agressões físicas contra seu próximo. Ao
chegar aqui ficou mais fácil para muitas pessoas compreender o que foi o sinal que
Caim e seus descendentes obtiveram e o que passou a representar o número 7
como vingança ou pena imposta ao agressor.
Agora, vamos voltar ao texto de Gênesis 4.24: “Se Caim há de ser vingado
sete vezes, com certeza Lameque o será setenta e sete vezes”. O que temos aqui é
que Enoque, descendente de Caim quis superar seu ancestral tanto em número de
homicídios como na vingança se ele fosse morto. Ele matou dois homens dobrando
assim o feito de Caim e multiplicou a vingança sobre si também ao não ficar apenas
nos 7 de Caim e elevar seu número para 77.
Mas, o que isso pode significar? Claro que uma explicação para isso é um
pouco difícil de ser encontrada, porém, é só usar da lógica para tentar entender
isso. Se alguém cometesse um homicídio contra uma pessoa sofreria tal pena tida
como vingança pelo ato, porém, se alguém cometesse mais de um homicídio a pena
seria multiplicada ainda mais. E, é exatamente isso que ocorre hoje quando alguém
comete faltas e crimes no qual as penas vão aumentando em proporção.
Vemos assim, de Caim para Enoque uma transição que devido aos números
de homicídios as penas foram sendo multiplicadas para proporcionarem a
intimidação necessária para se evitar esse mal social na época.
028 – O INÍCIO DA BIGAMIA. [Gn. 4.19].
Quer dizer que isso foi permitido por Deus? Na verdade, não temos um
texto em que haja uma afirmação de Deus a esse respeito, e por isso, o texto
Adâmico reflete o que Adão sentiu de Deus, no qual a união devia ocorrer entre um
homem e uma mulher porque isso geraria uma fusão de carnes. Logo, a fusão de
várias outras carnes acaba gerando confusão de carnes além de enfermidades como
têm ocorrido desde aquela época até os dias atuais.
Por causa disso, é muito polêmico trabalhar esse tema porque a orientação
bíblica é que não haja Divórcio, apenas em caso de Adultério. Porém, o que mais
separa os casais hoje é a violência doméstica, a dependência química e a ilusão que
não permite o uso da Razão até que seja tarde demais.
Dessa forma, quem somos nós para condenarmos homens e mulheres que
após o Divórcio querem começar uma nova a vida a dois de forma digna e correta?
Vamos condená-las e impedir-lhes o acesso ao arrependimento e a Deus? De fato,
por desconhecimento muita gente não sabe o que ocorria com o Divórcio na época.
As mulheres acabavam desamparadas e nada recebiam e as que voltavam para
seus pais voltavam sem nada e desonradas perante a Sociedade. Em relação aos
homens nada lhes aconteciam demonstrando assim um tipo de machismo consentido
pela Sociedade na época.
029 – O NASCIMENTO DA MÚSICA. [Gn. 4.21].
“O nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que
tocam harpa e flauta”.
Sem saber, quem sabe por acaso ou acidental o Homem havia descoberto a
Melodia e o Canto que se tornou a forma mais sedutora de arrebanhar os corações
das pessoas com seus inúmeros estilos musicais e conteúdos que exprimem tudo o
que possa imaginar na mente humana desde mensagens com conteúdo a mensagens
agressivas.
Esse é o texto de Gênesis 4.23-24 que lemos outra vez e que relata sobre a
violência que começara com um ancestral de Lameque chamado Caim e que agora
era uma realidade. Assim, o que podemos observar é a violência que estava se
descontrolando na Humanidade porque as pessoas passaram a usar da violência que
estava gerando a morte.
Hoje não é diferente porque a violência está cada vez pior na face da Terra.
Há violência no lar, na Escola, no trânsito e etc. Há violência religiosa com a
intolerância com as pessoas que pensam de forma diferente. De fato, várias
guerras como as Mundiais mostraram o poder da violência que afligiu e tem afligido
a Humanidade a cada momento.
Jesus mesmo em sua época enfrentou a violência que acontecia por toda a
parte. Assim, devemos observar dois momentos em que Jesus viu seus próprios
discípulos bebendo mais da violência do que o amor ao próximo. O primeiro
momento nós encontramos no Evangelho de Lucas 22.38:
Esse texto de Gênesis 4.26 é bem interessante porque ele aponta uma
realidade que surgiu na aurora da Humanidade junto ao Homem Primitivo. Não
devemos ignorar o fato de que nós que nascemos no século passado e nesse, século
XXI, recebemos uma Religião chamada Cristianismo que está fragmentada em
centenas e por que não dizer em milhares de Igrejas institucionais. E, sendo assim,
em qualquer Igreja que entramos há práticas, costumes, doutrinas, ritos, gestos,
expressões diferentes entre si por causa das várias formas de interpretações e
concepções humanas.
Com isso devemos entender que antes de sermos membros de uma Igreja
Tradicional, Pentecostal ou Neopentecostal, séculos antes elas surgiram a partir do
que se conhece como Protestantismo, ou seja, da Reforma Protestante que se
originou com Martin Lutero em 1517. Porém, antes disso, em 1054 a Igreja
Católica havia se dividido em duas, ficando a Igreja Católica Romana no Ocidente
e a Igreja Ortodoxa no Oriente. Mas, antes disso, a Igreja como Instituição surgira
em 325 a partir da Igreja Primitiva que não era institucional e surgira no ano 33 no
Dia de Pentecostes na cidade de Jerusalém como relata o livro de Atos dos
Apóstolos.
Mas, antes disso, a respeito de Jesus e seus discípulos, não devemos ignorar
que eles eram Judeus e seguiam o Judaísmo que era a Religião do povo judeu na
época com toda a sua Cultura desenvolvida desde o seu surgimento. Claro que não
devemos ignorar o fato de que tanto o Judaísmo como o Cristianismo eram duas
Religiões diferentes entre si, porém, eram Monoteístas crendo apenas num único
Deus.
Agora que chegamos até aqui alguém pode perguntar qual era a Religião de
Adão e Eva que foi repassada para seus filhos? Entretanto, vamos devagar! A
Religião Judaica ou Judaísmo surgiu depois que o reino de Israel se dividiu em dois
reinos, Israel ao norte e Judá ao sul. Assim, o Judaísmo é originário do reino de
Judá, mas antes disso, qual era a Religião dos Judeus?
Isso quer dizer que num dado momento na História do povo de Deus os
Cultos passaram a ter os sacrifícios de animais para agradar e honrar ao Deus
Javé. Vejamos que até aqui não houve uma Normativa de Deus de como deveriam
ser os Cultos. Assim, vamos continuar a voltar no tempo de Jacó, e depois a Isaque
seu pai e por fim a Abrão, seu avô. Também não vemos nenhum tipo de Religião
instituída por eles ou para eles em sua época.
Para quem percebeu vemos aqui o alerta para que Moisés não pisasse num
certo local lembrando os altares dos templos pertencentes às Igrejas. Agora, temos
alguns elementos para imaginar a religiosidade do povo do Deus Javé na época: um
local santo, óleo para ungir e sacrifícios de animais.
Chegamos agora a Abrão que foi retirado por Deus da localidade de Harã
para a região de Canaã para que fosse iniciado um novo povo a partir dele, porém,
tempos depois quando Moisés lideraria os descendentes de Abrão para fora do
Egito. Assim, os Israelitas, descendentes dos filhos de Jacó / Israel que
atravessaram o Mar Vermelho foram chamados pelos povos que haviam do outro
lado de Hebreus.
Vejamos que Deus é quem buscava a Adão e a Eva e também foi Ele quem
buscou a Noé. Mas, e a atitude de Caim e Abel não foi uma forma de iniciar o
diálogo com Deus através de suas ofertas? Essa é uma pergunta muito boa e pode
ser até embaraçosa para responder porque há uma diferença entre “invocar” e
trazer uma “oferta”.
Isso quer dizer que os homens ainda não haviam se dado conta que eles é
que deviam iniciar o diálogo com Deus e a Oferta não é a forma certa de se fazer
isso porque ela é a forma de se agradar ou aplacar a ira divina. Assim, é na
“Invocação” que o Homem chama a Deus, não que Ele não esteja ao lado do
Homem. E, foi justamente na época do nascimento de Enos que o Homem percebeu
que ele podia iniciar o diálogo com Deus.
032 – MENÇÃO DO MOVIMENTO DA TRANSLAÇÃO
EM ENOQUE. [Gn. 5.23].
Mas, o que é que tem de curioso nisso? Claro que muitas pessoas ainda não
perceberam que os anos de idade de Enoque sinaliza o mesmo período que
conhecemos hoje como nosso Calendário. De fato, o nosso Calendário conhecido
como Gregoriano conta com 365 dias.
Mas, qual a diferença entre ambos? Essa é a pergunta que alguém pode
fazer nesse momento! Bom! O Calendário Gregoriano é solar e conta com 365 dias
e o Calendário Juliano é lunar e conta com 354 dias. A partir daqui alguém pode até
perguntar sobre como se chegou a esse tipo de contagem.
Claro que para isso será necessário alguns esclarecimentos para tirarmos
algumas dúvidas a respeito. Assim, vamos começar de um ponto em comum.
Quando nós nascemos e fomos crescendo e nos percebendo como gente nós
tivemos os nossos primeiros contatos com o Sol e com Lua. Dessa forma,
aprendemos por experiência própria que o Sol é quente e claro demais e a Lua que
surge na noite nos traz frio e é brilhante e muda de tamanho no decorrer do mês.
Assim, com o tempo o Homem percebeu que a cada três meses ocorriam
uma Estação Temporal diferente em seu mundo e que passou a ser dividido em
quatro Estações que conhecemos como: Verão, Outono, Inverno e Primavera. Com
isso, descobriu-se que a cada três ciclos temporais tudo voltava novamente a um
ciclo já conhecido.
Veja que temos agora um dia que era marcado pela sucessão do Sol e da
Lua que após sete sucessões que formavam uma semana a face da Lua mudava e
com isso depois do surgimento da semana havia surgido também o mês. Também se
percebeu que a cada três meses as Estações se alternavam até que começava tudo
de novo após 365 sucessões do Sol e da Lua.
Agora que chegamos até aqui as pessoas ainda não se deram conta de onde
surgiram os nomes dos meses que temos hoje. Bem! Na época em que era utilizado
o Calendário Juliano em boa parte do que conhecemos como Velho Mundo, mais
precisamente nas terras do Império Romano o ano tinha apenas 10 meses e
começava em Março e não em Janeiro.
Na verdade, Março era dedicado ao deus Marte, Abril à deusa Vênus, Maio
à deusa Maia, Junho à deusa Juno (esposa do deus Júpiter), Julho a Júlio César,
Agosto a Augusto (César). Já Setembro era o sétimo mês, Outubro o oitavo mês,
Novembro o nono mês e Dezembro o décimo mês. Veja que Setembro lembra Sete,
Outubro lembra Oito, Novembro lembra Nove e Dezembro lembra Dez. Janeiro foi
dedicado ao deus Jano e Fevereiro era dedicado a um período de purificação onde
se faziam sacrifícios de animais no Panteão Romano. Estes dois últimos foram
criados tempos depois e foram colocados antes de Março gerando grande confusão.
Mas, qual pode ter sido a sua intenção quanto a isso? Claro que após ter
estudado a mudança dos astros no céu durante os dias, semanas e meses que se
passaram ele percebeu que após a sucessão de 365 nasceres e pores do Sol tudo
voltava como estava a 365 dias atrás. Logo, ele conseguiu unir o Período da
Translação da Terra ao redor do Sol com o período do término da vida de Enoque.
Claro que como o Calendário Linear continha períodos de reinados que se
sucediam e não voltavam Enoque podia ser colocado nessa linha temporal. Porém,
como esse pesquisador astronômico percebeu que o Calendário Espiral era o mais
correto ele colocou Enoque como um ser tomado por Deus para continuar a viver
além de seu tempo.
Assim, após ter vivido 365 dias na Terra ele viveria mais dias ao lado de
Deus. Por isso, depois de ter nascido como homem, nascia novamente ao lado de
Deus. E, como ele percebeu que após um nascimento ocorrera outro ele repassou
essa ideia para o Calendário no qual se renasce após um período de tempo. Por
causa disso, da mesma forma que se entende que a Teoria do Big Bang só se
formalizaria no Século XX, mesmo tendo sido sinalizado no primeiro capítulo de
Gênesis, o Calendário Gregoriano também só seria formalizado no Século XVII,
porém, em Gênesis, ele foi sinalizado em Enoque.
Isso mostra que as Escrituras relatam muitos eventos que não é possível de
saber o que é até que eles passam a existir como realidade. É o caso como já foi
visto da Ovelha Dolly que foi fruto da Clonagem até que pudemos observar Eva
como uma clonagem de Adão no Século XX.
033 – PRIMEIRO CASO DE ABDUÇÃO. [Gn. 5.24].
Isso quer dizer que só foi a partir do relato de que Óvnis estavam
sequestrando ou abduzindo pessoas é que se tornou possível compreender melhor o
que foi o evento no qual Enoque foi levado por Deus.
Talvez alguém pergunte algo mais sobre esse estranho fenômeno ou evento
testemunhado nas Escrituras. Assim, é possível observar mais dois casos
semelhantes ao de Enoque. Um é o de Elias e o outro é o de Filipe. Claro que Paulo
também afirma o que pode ter ocorrido com ele também. Mas, antes de
continuarmos e por ter citado Óvnis não estou fazendo Apologia aqui à Ufologia.
O que temos relacionado a esse evento é que Enoque, Elias e Filipe tiveram
uma experiência incrível quando foram levados para um local alienígena para eles.
Dessa forma vamos observar algo mais em relação a Enoque. Mas, para isso é
necessário ampliar o texto para nos aprofundarmos um pouco melhor. Assim, vamos
ler o texto de Gênesis 5.18-24:
“18 Jarede viveu cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque. 19 Viveu
Jarede, depois que gerou a Enoque, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas. 20
Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos; e morreu. 21
Enoque viveu sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém. 22 Andou Enoque com
Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos; e gerou filhos e filhas. 23
Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos; 24 Enoque andou
com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou”.
Podemos observar que ao ler todo o capítulo verificar que Enoque era
descendente de um dos filhos de Adão conhecido pelo nome de Sete. E, pelo
caminho vemos a Genealogia de Sete até chegar a Jarede, pai de Enoque. Logo,
temos que Enoque teve um pai que ficou registrado para a posteridade nas páginas
das Escrituras Sagradas. E, é no texto que temos a idade de Jarede quando seu
filho nasceu, 162 anos de idade.
Para os dias atuais os anos de vida que são mencionados no livro de Gênesis
são um exagero e mesmo que os anos na época fossem contados a partir do
Calendário Lunar com 354 dias também teremos anos de idades muito exagerados.
Então, como resolver a questão de idades avançadas? Claro que ficaremos no
campo das especulações entre o campo do Literalismo e o campo Racionalista.
5 Todos os dias que Adão viveu foram novecentos e trinta anos [930]; e
morreu.
8 Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos [912]; e morreu.
11 Todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos [905]; e morreu.
14 Todos os dias de Quenã foram novecentos e dez anos [910]; e morreu.
17 Todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos [895];
e morreu.
20 Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos [962]; e
morreu.
23 Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos [365];
27 Todos os dias de Matusalém foram novecentos e sessenta e nove anos
[969]; e morreu.
31 Todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos [777]; e
morreu.
Para mim é bem lógico imaginar que os dois primeiros dígitos tenham a ver
com a idade deles no Calendário Lunar e o terceiro dígito tenha a ver com o
número de meses que viveram. Com isso, Adão teria vivido 93 anos de vida exatos,
Sete teria vivido 91 anos e 2 meses, Enos teria vivido 90 anos e 5 meses, Quenã
teria vivido 91 anos exatos, Maalalel teria vivido 89 anos e 5 meses, Jarede teria
vivido 96 anos e 2 meses, Enoque teria vivido 36 anos e 5 meses, Matusalém teria
vivido 96 anos e 9 meses e Lameque teria vivido 77 anos e 7 meses.
Assim, essas idades são mais lógicas, porém, mesmo em suas épocas essas
idades eram muito avançadas para um contexto muito difícil de ser vivido,
lembrando que até em nosso contexto atual a Humanidade enfrenta grandes
problemas.
1 Quando o Senhor estava para tomar Elias ao céu num redemoinho, Elias
partiu de Gilgal com Eliseu.
9 Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu
te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja sobre mim
dobrada porção de teu espírito.
10 Respondeu Elias: Coisa difícil pediste. Todavia, se me vires quando for
tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará.
11 E, indo eles caminhando e conversando, eis que um carro de fogo, com
cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai! O carro de Israel, e seus
cavaleiros! E não o viu mais. Pegou então nas suas vestes e as rasgou em duas
partes;
O que vemos nesse texto é que Elias de alguma forma ficou sabendo que
seria levado por Deus, mas não sabia quando. Nesse momento, Eliseu demonstrou a
ele que desejava receber porção dobrada do que Elias havia recebido, porém, Elias
lhe disse que ele conseguisse testemunhar a sua partida quando Deus o levasse isso
seria feito. Dessa forma, Eliseu praticamente ficou grudado a Elias.
E, quem era Elias? Considerado um profeta do Senhor Deus foi alguém que
conseguiu realizar milagres que foram testemunhados por pessoas como Eliseu.
Vamos agora ao terceiro homem que teve uma experiência parecida. Foi
Filipe como atesta Atos 8.26, 39-40:
Pelo texto ele foi arrebatado por Deus quando estava no caminho entre
Jerusalém e Gaza e de repente ele foi levado e deixado em Azoto. Assim, não
vemos um homem assustado pelo que lhe ocorrera porque ele deu continuidade à
tarefa ao qual se sentiu comissionado por Deus.
Agora vamos citar um quarto caso interessante sobre esse evento que se
relaciona ao próprio Senhor Jesus. É justamente quando ele ficou 40 dias no
deserto e foi tentado. O texto se encontra em Mateus 4.1,5 e 8:
“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo
Diabo”.
“Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do
templo”.
“Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os
reinos do mundo, e a glória deles”.
Nesse pequeno texto Jesus foi levado ao deserto no versículo 1, porém, nos
versículos 5 e 8 Ele foi transportado para cima do pináculo do templo na cidade de
Jerusalém e depois para um local muito alto para ver os reinos do mundo. Isso não
deixa de ser uma forma de traslado, sequestro, arrebatamento e abdução.
Vamos ver agora algo interessante a respeito do texto de Gênesis 5.27. Ele
trata sobre a longevidade de Matusalém que é tido como o homem que mais viveu
na face da Terra. Creio que não há muita coisa para falar a respeito desse evento
já que no tema anterior trabalhei essa questão que aguça muito a mente humana.
Assim, conforme a minha interpretação, se bem que não sei se algum outro autor
trabalhou esse tipo de interpretação, eu penso que é uma interpretação dentre
várias possíveis. Dessa forma, pelo que abordei no tema anterior Matusalém teria
vivido 96 anos e 9 meses pelo Calendário Lunar da época que era de 354 dias.
Talvez alguém tenha achado isso uma grande bobagem, mas diante do fato
que a maior parte dos Estudiosos e Pesquisadores dos textos bíblicos de Gênesis
afirme que esses eventos estejam cheios de exageros e mitos, e que Adão,
Matusalém, Noé e etc. nunca tenham existido eu não fiz nada demais em me
manter de certa forma no Literalismo de alguma forma.
Na verdade, viver tantos anos assim é muito difícil até mesmo em nosso
contexto atual mesmo que tenhamos uma alimentação melhor e medicamentos que
ajudem na extensão da vida humana, porém, passar dos 70 anos de idade tem sido
uma expectativa que a maior parte da Humanidade não tenha alcançado. Claro que
de vez em quanto surge nos meios de comunicações algumas pessoas que passaram
dos 100 e 110 anos de idade, porém, é muito raro.
E, por falar em raridade é interessante observar outro texto que se
encontra em Gênesis 6.3: “Então disse o Senhor: O meu Espírito não permanecerá
para sempre no homem, porquanto ele é carne, mas os seus dias serão cento e vinte
anos”.
A princípio esse texto pode confundir bastante porque relata que o Homem
viveria um limite de 120 anos. Mas, como é isso se nos textos anteriores minha
proposta é que não viveram tanto assim? Creio que a única resposta razoável para
isso é que como os Estudiosos e Pesquisadores afirmam que o texto de Gênesis
sofreu uma aglutinação e várias costuras de eventos a partir de vários escritores
até a sua conclusão final o texto fica aberto a outras interpretações possíveis.
Também não devemos ignorar o fato de que o texto de Gênesis conforme se
observa entre vários Pesquisadores se aproveitou de fontes mais antigas para ser
confeccionado.
E, é partir desse texto para frente que veremos as pessoas vivendo nessa
média de idade. Mesmo assim, até mesmo em nosso contexto atual são poucas as
pessoas que passam dos 100 anos e chegam a 110 ou mais. E, quando chegam estão
bem debilitadas fisicamente só aguardando seu momento de descansarem junto a
todas as pessoas que já repousam em sono eterno.
035 – GÊNESIS E A HIBRIDIZAÇÃO HUMANA. Gn.
[6.1-4].
O que lemos agora foi o texto de Gênesis 6.1-4. Ele trata de homens
conhecidos como Nefilins e que se tornaram homens valentes que houve na
antiguidade ou na época. Porém, ao lermos o texto lembra um processo que o
Homem tem desenvolvido desde o século passado que é a hibridização de insetos e
até mesmo de animais para que surjam novas espécies. De fato é a mesma coisa
que misturar uma zebra com um cavalo para ver no que dá.
Porém, não se trata disso. Mesmo assim, algumas pessoas entendem que os
anjos divinos tiveram relações sexuais com mulheres humanas e assim surgiram
esses Nefilins. Também não é nada disso.
Para que isso fique bem claro é necessário observar as palavras de Jesus a
respeito disso que se encontra no Evangelho de Mateus 22.29-30: “Jesus, porém,
lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus;
pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os
anjos no céu”.
Aqui Ele relatou aos ouvintes que na Ressurreição os seres humanos serão
como os anjos de Deus que não se casam e nem são dados em Casamento. Mas, o
que isso quer dizer? Simples! Na época d’Ele homens e mulheres se casavam e
havia também arranjos de famílias para casarem seus filhos. E, num Casamento na
época homens e mulheres se casavam e geravam filhos desde que não fossem
estéreis.
Porém, o mais importante que Ele queria lhes passar de informação agora é
que não há procriação de anjos porque não há sexualidade entre eles. Na verdade
não há anjo macho e anjo fêmea. Eles também não são hermafroditas se alguém
pensou nisso. Podemos por assim dizer que não há nascimento e nem morte de
anjos porque Deus criou um número deles que só Ele sabe. Dessa forma, anjos não
nascem, não morrem e nem se multiplicam e nem engravidam como os seres
humanos.
Assim, chegamos à conclusão de que não houve sexualidade dos anjos com
as mulheres humanas para gerarem seres híbridos humanos angelicais. E, para
quem gosta de Ficção Científica também não houve o processo de hibridização com
genes humano e alienígena.
Claro que para resolver a questão é só verificar bem o que o texto afirma,
pois, os filhos de Deus eram os homens descendentes de Sete e as filhas dos homens
eram as mulheres descendentes de Caim. Apenas isso. E, ao continuarmos a
abordar o texto veremos que dessa união surgiram os Nefilins ou homens valentes
da Antiguidade. Isso quer dizer que como as mulheres criavam os filhos e os
homens iam para a caça as crianças aprendiam o que as suas mães lhe passavam.
E, o que é que elas ensinavam às suas crianças? Ora! Como elas eram
descendentes de Caim e também de Lameque acabaram ensinando aos seus filhos
para não levarem desaforo para casa, e assim, seus filhos se tornaram valentes ou
brigões. Eram homens que não pensavam duas vezes antes de fazerem valer os
seus direitos estando certos ou errados.
Por causa disso, outros povos descendentes de Adão acabaram por temer a
descendência de Caim e Lameque porque demonstraram ser um povo perigoso,
briguento, vingativo e egoísta. Agora vemos o que pode acontecer quando pais ao
invés de educarem seus filhos os deseducam. Um exemplo clássico disso são os
Vikings, e quem nunca ouviu falar deles? Claro que também há outros povos assim
que existiram no decorrer da História Humana.
Porém, a partir de Abrão a idade passou a ficar na média dos 120 anos.
Entretanto, mesmo nessa época era difícil das pessoas viverem tanto como é hoje
em dia com toda a evolução tecnológico-científica que temos hoje. Isso quer dizer
que são raras as pessoas que passam dos 100 anos de idade.
Claro que para muitas pessoas isso seria maravilhoso, porém, tente imaginar
o que pode acontecer num planeta onde as pessoas vivam centenas de anos! Em
pouco tempo não haveria alimento e nem espaço para tanta gente. É o caso, por
exemplo, da China que com 1,4 bilhões de habitantes enfrenta dificuldades. A Índia
com seus 1,3 bilhões de habitantes é outro país na mesma situação. Nem mesmo o
nosso planeta comportaria habitantes que vivessem centenas de anos. Isso seria um
grande caos.
O texto de Gênesis 6.14 pode parecer meio estranho por algum momento,
porém, há algo interessante nele. Claro que não é em relação ao tipo de madeira
que deveria ser usado na construção desse grande barco, o que de fato é muito
importante para com a finalidade. Isso quer dizer que hoje navios de cargas, de
combustíveis, de passageiros e militares são diferentes e têm finalidades próprias e
diferentes entre si.
Assim o que veremos nesse texto é algo relacionado ao revestir o barco por
dentro e por fora. E o que é de fato o betume? Claro que muita gente não sabe o
que é, porém, o betume é uma espécie de óleo obtido do petróleo e na época era
usado para molhar tochas para acendê-las e proporcionar alguma claridade além de
outras utilidades.
Na verdade, alguém até poderá afirmar que tudo isso foi algo natural no
amadurecimento da Humanidade em sua evolução no decorrer do tempo, porém,
não deixa de ser a manifestação de Deus na mentalidade criadora do Homem. Eu
imagino que seja saudável compreendermos que Deus é muito maior do que muitas
pessoas tentam interpretá-lo. De fato, Deus é maior do que o Universo e ao mesmo
tempo habita no coração humano. E não há livros que possam falar da grandeza de
Deus porque Ele é mais do que podemos imaginar.
038 – A QUESTÃO DA MONOGAMIA EM GÊNESIS.
[Gn. 7.7].
Vemos agora no texto de Gênesis 7.7 uma atitude que se remete a uma
palavra curiosa chamada “Monogamia”. E, o que isso quer dizer? Para isso é
necessário entender que também há mais duas palavras que usam o mesmo sufixo:
Bigamia e Poligamia.
Assim, Monogamia quer dizer uma união que se dá entre um homem e uma
mulher apenas. Na Bigamia ocorre a união de um homem com duas mulheres. Já na
Poligamia ocorre a união de um homem com três mulheres ou mais como num
Harém.
Mas, de onde surgiram estas práticas que ainda são uma realidade na
Humanidade? Claro que vai depender de qual será o nosso ponto de origem para
essa prática. Na Bíblia a Monogamia surgiu a partir do primeiro casal, Adão e Eva.
É o que relata Gênesis 1.27: “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem
de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Pode-se dizer que em Adão e Eva se
observa uma união monogâmica.
O que temos nesse texto é o relato de que Deus criou dois gêneros distintos,
homem e mulher para uma finalidade específica, de se completarem e procriarem.
Porém, alguém pode afirmar que a Monogamia não pode ser encontrada aqui
porque o texto fala apenas da criação dos dois gêneros.
Porém, não devemos ignorar o fato de que mesmo que estas palavras
estejam na boca do homem Adão não quer dizer que a ordenança não tenha partido
de Deus. Assim, embora não esteja no texto o homem Adão entendeu e interpretou
que essa seja a vontade de Deus para a Humanidade, mesmo que haja diferenças
em nosso contexto.
Claro que alguém poderá afirmar que a orientação é para apenas os homens
que ocupam lideranças na Igreja, porém, eles devem ser os modelos e exemplos a
serem seguidos pelos demais homens.
Para quem conhece algo da vida de Abrão sabe que por causa disso houve
problemas que perduram até os dias atuais. O fato é que mesmo que Agar seja
considerada a serva e Sarai a esposa de Abrão ambas se tornaram posse dele e
dele conceberam. Assim, mesmo que seja temporariamente ele praticou a Bigamia.
Já em relação à Poligamia, temos o caso de Jacó que teve doze filhos e uma
filha com Raquel, Leia, Zilpa e Bila. Isso é algo que pode ser observado no texto de
Gênesis 35.22-26:
22 “Quando Israel habitava naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila,
concubina de seu pai; e Israel o soube. Eram doze os filhos de Jacó: 23 Os filhos
de Léia: Rúben o primogênito de Jacó, depois Simeão, Levi, Judá, Issacar e
Zebulom; 24 os filhos de Raquel: José e Benjamim; 25 os filhos de Bila, serva de
Raquel: Dã e Naftali; 26 os filhos de Zilpa, serva de Léia: Gade e Aser. Estes são os
filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã”. Fora estes filhos, Leia teve uma
filha com Abrão como atesta Gênesis 30.21: “Depois. disto deu à luz uma filha, e
chamou-lhe Diná”.
Em relação ao rei Davi, mesmo que ele tenha tido suas qualidades ele
também caiu nesse erro que trouxe consequências. Ele teve oito esposas:
O próximo mau exemplo que temos é o do rei Salomão que teve 700
princesas e 300 concubinas. Em relação ao rei Salomão é o que pode ser observado
no texto de I Reis 11.1-3:
De fato, todos nós hoje sabemos qual a utilidade de uma porta que é para
proteger os moradores e pertences de outras pessoas que tenham a intenção de
invadir e furtar os bens pessoais de outras. Nas empresas ocorre o mesmo no qual
os bens precisam ser protegidos de furtos e por isso é necessário a presença de
portas.
Claro que se voltarmos ainda mais no passado a função das portas era para
limitar o acesso e impedir invasões e furtos. Assim, cidades, castelos, fortalezas e
até mesmo as casas tinham portas.
Por outro lado, nem sempre foi assim. Os primeiros grupos humanos viviam
da caça, da pesca, de uma agricultura rudimentar, do pastoreio e etc., e não havia
necessidade de portas. As tribos indígenas norte-americanas viviam em tendas e
não precisavam de portas assim como os índios sul-americanos.
Não se sabe quando se deu a origem da invenção da porta, porém, ela pode
nalgum momento ter sido criado de forma rudimentar com pedras e pedaços de
madeira para impedir a entrada de animais selvagens quando grupos humanos
habitavam em cavernas durante a noite.
Bem! Primeiro devemos observar qual tinha sido a função da Arca quando
Deus anunciou a Noé que ele deveria construí-la em Gênesis 6.13, 17-18:
“Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim;
porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente
com a terra”.
“Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo
do céu, toda a carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará.
Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus filhos,
tua mulher e as mulheres de teus filhos”.
Pelo que observamos nesse texto a função da Arca era proteger Noé e sua
família do Dilúvio que viria. Entretanto, Noé não sabia o que era um Dilúvio porque
nunca tinha visto um e Deus também não lhe disse o que era porque senão ele nem
teria construído uma Arca que era na verdade um grande barco.
O que Noé sabia é que essa construção protegeria sua família do Dilúvio e
nada mais. Assim, ele e sua família começaram a construção que durou um bom
tempo porque tinham que cortar árvores, preparar as madeiras e fazer o que Deus
tinha ordenado. O que ele sabia é que a utilidade dessa construção seria a de salvá-
los e não que iriam ficar boiando sobre águas durante bom tempo.
Por causa disso, era necessário que algo fosse feito. É quando Deus pelo
lado de fora fecha a Arca para impedir que a água que subia engolisse o barco com
todos em seu interior. Também é possível imaginar o medo que Noé e sua família
sentiram quando perceberam que a Arca começara a mexer e balançar e
observaram pelas janelas que o barco estava a deriva num mar de águas
interminável.
É possível até sentir um pouco de arrependimento de Noé e sua família
quando viram para o que servia uma Arca. Claro que eles já deviam ter visto
canoas e jangadas nos rios, mas um barco como esse, era novidade.
Podia algo tão grande boiar num rio? Veja que Deus anunciara a Noé que
ele devia construir algo para proteger a ele e sua família de um Dilúvio que viria,
porém, Ele não lhe disse o que era um Dilúvio. Deus também não lhe falou sobre o
que era essa Arca que ele havia construído porque ele e sua família poderiam ter
preferido fugir para uma montanha bem alta para fugir dessa tempestade que
traria tanta água assim.
Isso faz-nos lembrar do seguinte fato de que quando Deus fechou a Arca
por fora não havia como alguém abri-la por dentro porque era a única entrada. E,
pular também não adiantava porque o barco começara a se mover e não se via
terra firme. Assim, o que Deus fecha ninguém abre, e o que Deus abre ninguém
fecha. Dessa forma Noé e sua família não podiam sair da Arca porque Deus a
lacrara do lado de fora, e quando terminou o Dilúvio e a Arca pousou num Monte
foi Deus quem a abriu por fora para que todos saíssem. Esse é o evento
sobrenatural que ocorreu e foi repassado para a posteridade até chegar a nós.
O mais curioso nessa história é que esse evento é conhecido por vários
povos de vários locais do planeta com nomes diferentes e antes mesmo que Gênesis
fosse escrito essa história já era contada por povos mais antigos com outros nomes.
Isso demonstra que esse evento é mais antigo do que se pensa hoje. Também não
devemos ignorar o fato de que para muitos o evento de Noé e de sua Arca nunca
existiu sendo um Mito criado para explicar algo sobre o Caos.
Por isso, vai depender muito pela porta por onde se quer adentrar, pela
“Literalista” ou pela “Mitológica”.
040 – DILÚVIO UNIVERSAL OU LOCAL? [Gn. 7.17].
O que vamos observar agora é algo relativo ao Dilúvio que se deu como
um grande evento no passado e que grande parte das pessoas já leu no livro de
Gênesis. Assim, é o que observamos no texto de Gênesis 7.17 acima.
Nesse texto está o relato de que o Dilúvio durou 40 dias, fez a Arca boiar e
ela com a água permaneceram durante a terra durante esse período. Entretanto, a
terra mencionada aqui é uma localidade regional na época e não sobre todo o
planeta Terra.
Por causa disso, mesmo que haja relatos de um “Dilúvio Universal”, pela
lógica ele foi local ou regional e não encobriu todo o planeta porque não há água
suficiente e se houvesse não teriam sido criadas as aves, os répteis, os animais e a
própria Humanidade. Da mesma forma, nem com a evaporação os Continentes
ficariam por sobre a água novamente.
Assim, tanto a Ciência como Gênesis afirmam que o Dilúvio foi local onde é
conhecido como o “Berço da Humanidade” ou “Criação” e não em todo o planeta.
Com isso, toda a população que havia se espalhado por todos os cantos da
Terra não sucumbiram, apenas os povos que habitavam a região na época.
041 – SENTIMENTO HUMANO DA LEMBRANÇA EM
DEUS. [Gn. 8.1].
Esse é o texto de Gênesis 8.1 no qual vemos algo curioso nele. E, é o que
tem a ver com um sentimento humano conhecido como “lembrança”. Mas, o que é
esse sentimento humano que convivemos diariamente? Claro que é o sentimento
em que recordamos algum evento ocorrido em questão de minutos, horas, dias,
meses e anos.
Mas, o que é que temos aqui de fato em relação a esse sentimento que foi
transferido para Deus durante esse evento que ocorreu com Noé? Bem! Aqui se vê
o relato de que Deus se lembrou de Noé, sua família e os animais, répteis e aves
que estavam dentro da Arca que boiava na Arca.
Com isso, não devemos ignorar que o Homem fez o que podia para registrar
um grande evento, e nesse intuito acabou dando pinceladas humanas como essa ao
relatar que Deus havia se esquecido e que agora se lembrara dos seres vivos
dentro de um barco de madeira que boiava nas águas.
Claro que essa falha não ocorre apenas em Gênesis porque há outros textos
que devido à intervenção humana Deus acaba sendo retratado com sentimentos
humanos. Essa é aquela velha história de se fabricar deuses conforme a nossa
vontade para explicá-las e venerá-las. Foi o que aconteceu quando os primeiros
grupos humanos passaram a entender que o Sol, a Lua, as estrelas, o trovão, o
relâmpago e etc. eram deuses que deviam ser venerados e agradados.
042 – A ARCA DE NOÉ POUSA NO MONTE
ARARATE. [Gn. 8.4].
O texto que vemos agora é o de Gênesis 8.4. Mas, o que ele tem de
interessante de forma a que nos chame a atenção? Bom! Se voltarmos no texto de
Gênesis podemos observar que com a chegada do grande Dilúvio, Noé, sua esposa,
seus três filhos e três noras como animais, répteis e aves haviam entrado na Arca.
Porém, com a grande quantidade de água na região depois de algum tempo a Arca
começava a boiar e durante um bom tempo ela ficou sobre as águas.
E, como não havia remos, velas ou timão o barco ficou a deriva indo por
toda a parte levado pelas ondas e pelo vento dia e noite até que tempos depois o
Dilúvio cessara e as águas começaram a baixar e com isso a Arca acabou
repousando no monte Ararate ou Arará. Claro que a Arca podia ter pousado numa
planície e noutros locais, porém, ela pousou num monte.
“Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que havia feito na
arca; soltou um corvo que, saindo, ia e voltava até que as águas se
secaram de sobre a terra. Depois soltou uma pomba, para ver se as
águas tinham minguado de sobre a face da terra; mas a pomba não
achou onde pousar a planta do pé, e voltou a ele para a arca; porque as
águas ainda estavam sobre a face de toda a terra; e Noé, estendendo a
mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete
dias, e tornou a soltar a pomba fora da arca. À tardinha a pomba voltou
para ele, e eis no seu bico uma folha verde de oliveira; assim soube Noé
que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda
outros sete dias, e soltou a pomba; e esta não tornou mais a ele”.
Porém, para que ele pudesse confirmar as suas suspeitas ele resolveu lançar
duas aves para verificar se havia algum local na região onde pudessem descer. E,
assim, as aves eram soltas e voltavam para ele até que por fim a pomba lhe trouxe
uma folha verde de oliveira. Isso fez com que Noé tivesse a compreensão de que as
águas já haviam baixado e alguma terra seca já começava a aparecer porque se
havia folha havia também árvore e consequentemente terra seca.
Vemos nesse evento algo que se tornou uma realidade na Humanidade
desde os tempos antigos. Isso quer dizer que o Homem passou a pequenos passos a
se utilizar de instrumentais variados para fazer pesquisas de campo para
compreender muitas coisas e fenômenos à sua volta. Nisso, ao voltarmos no tempo
é interessante observar que o Homem percebeu que durante o dia o Sol esquentava
e durante a noite a Lua gelava. Por causa disso, se imaginava que ambos os astros
tinham algo a ver com a mudança do tempo. Entretanto, mesmo sabendo que o Sol
é responsável pelo calor que nos sentimos, a Lua não traz o frio porque ele tem a
ver com a ausência do Sol e não porque a Lua lança frio sobre o nosso planeta.
Tempos depois dos rolos vieram os Códices que eram como os nossos atuais
livros, porém, eram escritos a mão até que surgiu a Imprensa de Gutemberg. Com
isso observamos a evolução da Escrita em materiais diversos como fruto de
experimentações.
A mesma coisa se deu com as primeiras ferramentas usadas tanto na
Lavoura como em instrumentos de guerra primitiva. Isso quer dizer que o Homem
primeiro lutou com as mãos limpas, depois com paus e pedras. Depois surgiriam
armas de bronze até que se chegasse a armas de ferro. É o que se conhece como
Idade do Bronze e Idade do Ferro. Assim, vemos novamente uma evolução a partir
de experimentações.
Esse é o caso dos primeiros barcos utilizados em rios e lagos e depois para
pescas no mar. Tempos depois, barcos maiores foram construídos proporcionando
viagens a regiões mais distantes. E, assim, dos primeiros barcos de madeiras
primitivos chegou-se aos primeiros navios movidos a vapores que levou aos
movidos a diesel e mais recentemente aos navios nucleares.
Entretanto, não paramos por aqui porque com a invenção de lentes foi
possível observar um Universo microscópico cada vez menor como bactérias,
micróbios, células, moléculas, átomos e etc.
Mas, o que isso quer dizer em relação ao texto citado? Bem! Noé foi um dos
primeiros homens que passou a realizar experimentações na vida da Humanidade.
E, o soltar de duas aves foram atitudes simples de experimentações já que já
tivemos exemplos relatados de experimentações mais complicadas. Foi o mesmo
Noé que acabou sofrendo com os efeitos do que fez quando após ele ter deixado
uma sobra de suco de uva fermentar ficou embriagado como o próprio texto de
Gênesis relata.
Para finalizar não podemos ignorar a Arca que também foi o resultado de
experimentações porque mesmo não tendo sido construída com lemes, timão,
sistemas de lastros e etc. ela funcionou bem porque ficou boiando no mar sendo
levado pelas ondas até que pousou sobre um monte. A mesma coisa ocorreu e tem
ocorrido com os barcos e navios que são feitos a partir de experimentações para
que proporcionem segurança em alto mar. É interessante observar algo
interessante num jogo de palavras em português em que Noé lançou no céu “aves”
e o Homem séculos depois lançou “naves” no espaço para a exploração de algo
mais.
044 – A SAÍDA COMO UM NOVO INÍCIO. [Gn. 8.14-
19].
“No segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca.
Então falou Deus a Noé, dizendo: Sai da arca, tu, e juntamente contigo
tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos. Todos os animais
que estão contigo, de toda a carne, tanto aves como gado e todo réptil
que se arrasta sobre a terra, traze-os para fora contigo; para que se
reproduzam abundantemente na terra, frutifiquem e se multipliquem
sobre a terra. Então saiu Noé, e com ele seus filhos, sua mulher e as
mulheres de seus filhos; todo animal, todo réptil e toda ave, tudo o que
se move sobre a terra, segundo as suas famílias, saiu da arca”.
Assim, o que se vê é que foi Deus quem fechara a Arca por fora, mas depois
não se observa quem é que abriu a porta para que todos saíssem. Com isso não é
difícil de imaginar que depois que a Arca pousou no monte e as águas baixaram
Deus abriu a porta da Arca para que todos saíssem.
Entretanto, não devemos ignorar que a insistência de Deus para que todos
saíssem era porque havia chegado o momento de fazê-lo e que eles estavam agora
em segurança para iniciarem uma nova vida.
Na verdade, quando Deus fala para sair é porque Ele tem algo melhor para
nos dar. Isso quer dizer que sair não é agradável e confortável para ninguém
porque sair é deixar um local ou posição cômoda, segura e estável para um local ou
posição contrária.
Esse texto revela o chamamento de Abrão para que ele saísse de uma área
confortável e rumasse para uma área desconfortável. Assim, o que Deus queria é
que Abrão mudasse de vida. E, pelo que se observa a coragem de Abrão seria
recompensada porque Deus estaria com ele lhe abençoando.
E, é justamente isso o que ocorreu com Noé quando Deus o chamou para
sair de uma situação para ser recompensado com uma posição. Isso quer dizer que
Noé habitava um mundo que havia se corrompido totalmente e precisava ser
revitalizado ou iniciado novamente. Por isso, o ato de sair também revela a
coragem de começar tudo de novo no momento em que se ruma para o horizonte
das possibilidades para conquistar. Na verdade, sair de uma área confortável para
uma área desconfortável não é nada fácil, porém, proporciona uma recompensa
inimaginável.
Também não devemos ignorar o fato de que somos marcados por essa
realidade a cada dia, seja na Escola, na Faculdade, no trabalho e no local de
moradia. Isso quer dizer que quando mudamos fazemos novas amizades e
conhecemos outras realidades e novas situações se nos apresentam. Assim, como
Noé e Abrão nós vivenciamos a mesma realidade a cada momento.
045 – A FUNÇÃO DO ALTAR. [Gn. 8.20].
Antes, porém, é necessário entender que outra pessoa também passou por
isso. É o caso de Abrão.
De fato, precisamos entender que Noé era filho de seus pais e fazia parte de
uma nação que havia recebido a Cultura de seus pais e antepassados. Com isso, não
devemos ignorar o fato de que Abrão era um habitante da cidade de Ur dos caldeus
e não conhecia ao Deus Javé na época. Assim, ele vivia a vida que ele tinha em seu
contexto. Isso quer dizer que ele havia recebido a Cultura de seus pais e de seus
antepassados e também do povo do qual ele fazia parte. E, parte de sua Cultura
que ele havia recebido era o idioma, práticas, culturas e religiosidade.
Dessa forma, ele teve contato com as divindades da época de sua nação e
também não se pode negar o fato de que ele devia venerar uma ou algumas das
divindades que sua nação cultuava. Claro que isso ocorreu antes dele conhecer ao
Deus Javé. Por causa disso a existência de vários altares fazia parte de seu
contexto existencial e ele como também os membros de sua nação deviam
constantemente fazer holocaustos ou sacrifícios às suas divindades.
Por isso, Abrão sabia muito bem a utilização de um altar e também como
fazê-lo. Ao lermos o texto de Gênesis também podemos observar que Abrão
acabou sendo levado por seu pai para habitar em Harã, no qual teve contato com
velhas divindades e outras novas em seu ambiente cultual religioso. E, para
observar que isso era verdade é só observar o texto de Gênesis 12.1: “Ora, o
Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai,
para a terra que eu te mostrarei”.
Creio que duas perguntas foram respondidas agora sobre quem os ensinou a
construir altares e a fazer holocaustos. Mas, por que os primeiros grupos humanos
passaram a construir altares e a fazer sacrifícios? Ao estudarmos a História
Humana podemos observar que os primeiros grupos humanos acabaram
desenvolvendo uma vida religiosa primitiva para explicar os fenômenos da
Natureza e a presença dos astros celestes no céu.
Bem! Em relação a que se isso foi uma ordenança de Deus ou não, podemos
verificar pela leitura dos textos que não houve uma ordenança divina porque Deus
não precisa de holocaustos porque Ele é Espírito e não se alimenta e também não
se agrada com mesquinharias humanas.
046 – A POPULAÇÃO DEVE CONTINUAR A
CRESCER DEMOGRAFICAMENTE? [Gn. 9.1].
Esse é o texto de Gênesis 9.1 e se vê nele algo que tem sido muito criticado
nos dias de hoje. Eu mesmo já ouvi pessoas que professam uma fé diferente da
cristã de que isso está errado porque com uma população mundial que está
passando fome e tem necessidade de água e continuar a crescer é um grande
problema mundial. Com isso, criticam até mesmo os problemas sociais que já havia
no começo da origem dos primeiros povos no decorrer dos séculos e se perpetua até
hoje.
De fato, os críticos desse texto de Gênesis ignoram o fato de que ele foi
escrito para quatro casais, Noé e sua esposa, seus três filhos e suas três noras. Por
isso, há a ordenança para que esses quatro casais se multiplicassem sobre a Terra
para começar uma nova população. E, por que isso?
Mas, o que essa menção tem a ver com o texto bíblico? De fato, após o
término dessa guerra, o Paraguai ficou praticamente sem população masculina e
para que pudesse ter uma população houve a necessidade de que os homens que
haviam sobrado tivessem mais de uma mulher porque ficaram milhares de mulheres
viúvas.
Com isso, não podemos fazer confusões com textos de Gênesis como se faz
hoje ao ponto de distorcê-los e fazer com que falem coisas que não querem dizer.
Assim, não precisamos encher a Terra porque o ser humano se faz presente hoje
nos cinco Continentes: América, Europa, África, Ásia e Oceania. Já no sexto
Continente o ser humano se faz presente com Bases de Pesquisas e não com
cidades e povos.
Para quem pensa que o Homem vai buscar viver em outros planetas do
Sistema Solar para continuar a sua espécie como Mercúrio, Vênus e Marte e até
mesmo na Lua, não devemos ignorar o fato de que não há nesses locais o que há
aqui em nosso planeta como Atmosfera protetora, ar respirável, Fauna e Flora, e
por isso, eles têm ambientes inóspitos para o Homem.
Dessa forma, se nós precisássemos viver nesses locais hoje por causa de
alguma catástrofe o Homem se extinguiria como espécie porque não temos
tecnologia para viver nesses locais e muito menos se multiplicar. Claro que para ir
para outro Sistema Estelar como Alfa Centauri está fora de cogitação porque não
temos tecnologia suficiente para enviar gente para lá e nem se sabe se há algum
planeta semelhante ao nosso para viver.Assim, o que será da Humanidade antes
que termine o século XXI? Se a Humanidade não se destruir em guerras ou numa
Terceira Guerra Mundial ela poderá fazê-lo caso alguma super bactéria fuja de
controle ou caso a poluição eleve a temperatura para níveis insuportáveis e o
mundo se transforme num grande deserto.
“Terão medo e pavor de vós todo animal da terra, toda ave do céu,
tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar; nas vossas
mãos são entregues. Tudo quanto se move e vive vos servirá de
mantimento, bem como a erva verde; tudo vos tenho dado”.
E, não foram apenas dadas como bens ao Homem como Mantimento como
também devem ser protegidas. Isso quer dizer que todas as espécies de seres na
face da Terra devem fazer parte da Mordomia do Homem. Mas, o que isso quer
dizer? De fato, Mordomia lembra o ofício praticado por um Mordomo que é visto
como uma espécie de Administrador.
O Homem ainda não se deu conta que com a não manutenção da Fauna e da
Flora está condenando o seu próprio futuro como espécie na face da Terra. E,
quando se menciona que tudo deve ser para Mantimento para o Homem não quer
dizer que seja como fonte de exploração indiscriminada como tem sido feito a
ponto de não permitir que haja reprodução das espécies e a destruição dos locais
em que habitam e se reproduzem.
Mas, o que é mais interessante destacar nesse texto é observar que o verde
ou relva que é o mesmo que a Flora é tida como ser vivo mesmo que seja de forma
inclusiva junto às espécies. Também não deve ser ignorado que o texto relata que a
Fauna também deve ser protegida e cuidada porque dela também provém o
sustento e a manutenção do Homem.
Vemos agora no texto de Gênesis 9.6 algo que tem sido muito questionado
desde aquela época até os dias atuais e que não tem outro nome que não seja
“vingança”. Mas, o que é vingança? Quem disse que é uma forma de se
proporcionar Justiça se engana. Vingança jamais será sinônimo de Justiça porque
ela fere os direitos do ser humano enquanto ser existente.
Agora, o que vemos nesse texto é algo que assusta demais se não pararmos
para observar o que nele foi relatado pelo escritor. É só observar bem! A primeira
coisa que observamos é o relato de que o homem culpado pelo sangue derramado
deve ter seu sangue também derramado. Isso quer dizer que se um homem fere
outro ele deve ser também ferido da mesma forma como uma forma de justiça.
Na verdade, muitas pessoas não observam o que está por trás desse texto.
Alguém por acaso já viu o sangue de um homem ser derramado? Bem! Pequenos
cortes não fazem com que o sangue se derrame. Porém, em cortes maiores
causados em acidentes ou em agressões se observa o sangue ser derramado.
Imaginemos agora que toda vez que uma pessoa praticar uma agressão
contra seu semelhante tenha que sofrer o mesmo ato! Isso não passa da prática de
vingança contra o seu semelhante. E, isso é vontade de Deus? Aliás, vingança é
sinônimo de justiça? Com isso, a vingança é um prato que deve ser comido frio
como se ouve falar em várias ocasiões?
Ele fala em vingança tipo sangue por sangue, vida por vida. Claro que para
quem não conhece, esse texto é mais antigo do que o relato de Gênesis visto porque
ele faz parte do Código de Hamurábi escrito cerca de 1780 a.C. no antigo reino da
Babilônia. E, para quem ainda não ouvir falar do “Código de Hamurábi”, ele foi
escrito num monolítico talhado em rocha em escrita cuneiforme acádica e foi
encontrado por uma expedição francesa em 1901 onde era a Mesopotâmia (Irã) na
antiga cidade de Susa.
Claro que há diversas interpretações sobre esse tema, porém, não devemos
ignorar que nesse texto o escritor transferiu seu sentimento de vingança para Deus
e para que pessoas e famílias agredidas na época pudessem se vingar sem que
houvesse reprovação popular foi vital colocar essa regra na boca de Deus porque
assim ninguém questionaria uma ordenança divina.
Sim! Esse assunto não é fácil. E, assim muitas pessoas imaginam que a
vingança é a mesma coisa que a Justiça de Deus e não é. De fato, o que acontece é
que a pessoa penalizada quando é levada a julgamento e a justiça é feita ela sente
que houve uma vingança contra ela, porém, não houve, desde que ela seja julgada
honestamente e justamente.
Por outro lado, a pessoa agredida que vê a sua agressora punida sente um
gostinho de vingança quando deveria entender que a pena é o resultado de um
julgamento justo com a justiça sendo feita para que a injustiça não prevaleça. Mas,
o que acontece hoje é que as pessoas se apegam muito mais ao sentimento da
vingança do que ao desejo de ver a justiça acontecer de forma honesta e justa.
Claro que há outros questionamentos que podem ser feitos sobre esse tema,
porém, não devemos ignorar que nesse e noutros textos os escritores transferem os
seus sentimentos e atos para Deus ao mesmo tempo em que fazem com que Deus
dê o seu aval para que ações sejam cometidas pelas pessoas contra outras por se
sentirem ofendidas. É como se aproveitar do dito atribuído a Nicolau Maquiavel de
que “os fins justificam os meios”.
Agora quem está lendo precisa também tomar uma posição e interpretar se
isso é certo ou não porque a vingança não é um sinônimo de justiça e não traz
pacificação alguma. Na verdade, a vingança não é uma atitude boa e justa em
nenhum momento porque as pessoas agredidas não desejam justiça para quem as
lhe agrediram, mas o prejuízo igual ou pior do que elas sofreram.
049 – O ARCO ÍRIS COMO MEMORIAL ETERNO
ENTRE DEUS E O HOMEM. [Gn. 9.12-17].
“E disse Deus: Este é o sinal do pacto que firmo entre mim e vós e
todo ser vivente que está convosco, por gerações perpétuas: O meu arco
tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim
e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e
aparecer o arco nas nuvens, então me lembrarei do meu pacto, que está
entre mim e vós e todo ser vivente de toda a carne; e as águas não se
tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. O arco estará nas
nuvens, e olharei para ele a fim de me lembrar do pacto perpétuo entre
Deus e todo ser vivente de toda a carne que está sobre a terra. Disse
Deus a Noé ainda: Esse é o sinal do pacto que tenho estabelecido entre
mim e toda a carne que está sobre a terra”.
De fato, após alguma chuva depois que as nuvens deixam os raios de Sol
passarem por algum buraco entre elas nós podemos contemplar uma das grandes
maravilhas da Natureza e que se trata de um fenômeno atmosférico. Isso quer
dizer que durante algum tempo podemos observar os raios de Sol batendo nas
gotículas de água fazendo com que haja uma decomposição da luz branca em sete
cores distintas: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e o violeta.
Por causa disso não podemos ignorar que o escritor inspirado deixou para a
posteridade que o arco-íris se tornou o símbolo de aliança entre Deus e o Homem
já que o Dilúvio que é a abundância de águas foi um evento catastrófico na vida da
Humanidade naquela época e região. E, como após uma boa chuva surge de repente
um lindo arco-íris, esse fenômeno ficou conectado à aliança divino-humana.
Mas, o que fazemos agora em relação a esse evento, ou seja, a esse símbolo
bíblico? Bom! Não devemos ignorar que esse símbolo é precioso para nós porque
ele nos sinaliza a esperança de um dia melhor. Ele também lembra que após a
tempestade vem a bonança. Poderíamos ainda dizer que ele relata também que
após uma noite de choro vem o riso pela manhã porque são as cicatrizes dos
sofrimentos e lutas diárias que nos deixam fortes para vivermos a vida diária.
Por isso, sempre depois de uma chuva quando observarmos um arco-íris não
devemos ignorar que ele é anterior ao Homem e se tornou o evento ou pacto entre
Deus e o Homem depois do Dilúvio. E, hoje sabemos que o mundo jamais acabará
noutro Dilúvio porque para isso seria necessário que asteroides caíssem na face da
Terra por toda a parte para se levantar as águas como em grandes tsunamis, mas
mesmo assim, as águas invadiriam os Continentes por pouco tempo porque depois
voltariam aos locais onde estavam em repouso.
050 – A PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE
EMBRIAGUEZ EM GÊNESIS. [Gn. 9.20-21].
Vemos no texto de Gênesis 9.20-21 algo que tem sido observado como uma
atitude comum principalmente entre os nossos adolescentes e que tem feito com
que muitas vidas venham a perecer precocemente. É a questão do “Alcoolismo”.
No caso aqui, temos a Noé sofrendo dos efeitos do álcool em sua época. Mas, claro
que ele não foi o primeiro porque antes dele o Homem já havia descoberto como
fermentar bebidas que levavam ao alcoolismo e seus resultados.
Não devemos ignorar que o texto de Gênesis foi escrito muito tempo depois
que o Homem surgira na face terrestre e se dividira em vários povos na Ásia,
África e Europa. Assim, quando os Hebreus surgiram a partir do povo israelita
outras civilizações mais antigas haviam florescido e se espalhado por essas regiões.
Claro que não se sabe ao certo quando as pessoas passaram a sofrer pelo
uso de bebidas fermentadas, porém, no momento em que o Homem passou a
fabricar bebidas destiladas ela se tornou parte da vida da Humanidade.
Ele é um dos grandes males que afeta a Humanidade porque ele se refere a
pessoas que se tornaram dependentes de bebidas fermentadas e não conseguem se
controlar de modo que constantemente se encontram embriagadas quase todos os
dias levando-as a perderem o emprego, a família, bens materiais e etc.
Por causa, disso é evidente afirmar que tanto o alcoolismo como a existência
de bebidas alcóolicas é anterior a Noé. E, também não devemos ignorar o fato de
que ele sabia muito bem o que era uma bebida fermentada e que devia ter bebido
em várias ocasiões.
Dessa forma, ele não pode ter sido tão inocente assim quando colheu uvas,
espremeu-as e bebeu de seu suco mesmo antes de estar fermentada e depois de ter
ficado nesse estado. Isso quer dizer que ele sabia muito bem que espremer uvas e
beber seu suco era agradável e também sabia que ao deixar o suco durante algum
tempo para ser fermentada também proporcionava outro tipo de sabor e reações.
Claro que para que Noé ficasse embriagado ao ponto de tirar suas vestes
em sua tenda ele bebeu do suco que fermentara. De fato, a uva era muito bem
conhecida na época e as pessoas sabiam que se deixassem o suco fermentar ela
ficaria diferente e servia para aquecer em épocas de frio.
Vamos observar agora uma grande verdade. Quem nunca bebeu vinho sabe
muito bem diferenciar ele do suco de uva. Também é fato que o abuso de suco de
uva não deixa uma pessoa embriagada, porém, o uso em excesso do vinho traz
alterações e pode deixar uma pessoa embriagada.
Nisso, Noé com certeza sentiu a diferença do sabor do suco que estava
fermentado do suco de uva que fizera. E, sabendo disso podia ter bebido ou não.
Entretanto, ele bebeu até se embriagar. E, por que ele fez isso? Por que estava
frio? Por que estava com sede ou por outro motivo?
E, se foi esse o caso, ele pecou? Não! Não vamos ignorar que ele era uma
pessoa como todos(as) nós sujeitos a falhas. O que aconteceu depois de sua
bebedeira todos nós conhecemos ao lermos o texto de Gênesis 9.22-24:
“E Cão, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai, e o contou a seus dois irmãos
que estavam fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre os
seus ombros, e andando virados para trás, cobriram a nudez de seu pai, tendo os
rostos virados, de maneira que não viram a nudez de seu pai. Despertado que foi
Noé do seu vinho, soube o que seu filho mais moço lhe fizera”.
Quando lemos esse texto podemos observar que para Noé o pecado foi seu
filho tê-lo visto nu e não porque ele se embriagara. Isso quer dizer que fazia parte
da Cultura na época e até hoje dos filhos não verem os pais nus. E, em relação à
fabricação de bebidas fermentadas em Gênesis não havia ainda nenhuma regra
contra o seu consumo porque ele não se transformara ainda num grande mal social
como é hoje.
051 – A BUSCA PELA FAMA OU MAIS
PRECISAMENTE, DO PODER. [Gn. 10-8-12].
Mas, o que é que ele poderia ter caçado que o fez se destacar dos demais
homens? Bem! Vamos imaginar que ele caçava não apenas grandes animais que não
são violentos como também os grandes animais selvagens que são perigosos. O fato
é que ele se tornou um grande perito em caça de animais e passou a chamar a
atenção.
Por causa disso ele acabou se tornando um líder de seu povo e como um
líder não consegue ficar sob outro ou sob outros líderes foi natural que ele em
determinado momento resolvesse formar o seu próprio povo ou clã. E, como ele
pode ter feito isso?
Bem! Vamos imaginar que ele conseguiu cativar muitos membros de seu
povo que começaram a segui-lo. E, inevitavelmente isso pode ter gerado um
problema político com os líderes de seu povo. Dessa forma, ele deve ter tomado a
decisão de deixar o seu povo e sua região e levou muitos seguidores consigo para
formar um primeiro clã que se tornaria um povoado noutra localidade.
Assim, como o texto nos informa ele começou edificando a cidade de Babel.
Embora o texto não mencione porque ele está totalmente resumido, com o
crescimento da cidade de Babel, Ninrode fundou outras cidades periféricas como
Ereque, Acade e Calné na região conhecida como Sinar.
Mas, como ele podia exercer tal controle nessas cidades que ele foi criando
se não havia como ele morar em todas as cidades ao mesmo tempo e sabendo que
líderes surgiriam e poderiam se rebelar contra ele nalgum momento?
Ora! Nós precisamos imaginar que ele não se tornou um grande caçador à
toa ao mesmo tempo em que ele devia ser um homem de poder e temeroso e que
enfrentaria qualquer outro homem que quisesse ser igual ou mais do que ele. Por
causa disso, é natural que ele tenha criado um exército de homens fieis a ele para
garantirem que não houvesse insurreição em suas cidades.
E, ao mesmo tempo ele deveria ter colocado homens de sua confiança como
líderes em suas cidades. Mas, aí surge a pergunta: como é que Ninrode sustentou
esse exército? A resposta é fácil. Não devemos ignorar que na época como hoje
exércitos são pagos com os impostos de contribuintes. Assim, Ninrode com certeza
criou algum tipo de imposto para que seus líderes em suas cidades cobrassem o
povo.
Assim, Ninrode não foi apenas um grande caçador na terra como fundador
de cidades, mas também um grande líder que formou para si um verdadeiro império
na época. Também não devemos ignorar que para que essas cidades florescessem
era necessária a prática da Lavoura da criação e pastoreio de rebanhos de animais,
da fabricação de armas primitivas, do artesanato e etc. Isso é praticamente o que
observamos no decorrer dos séculos até a nossa época atual.
052 – NO COMEÇO DA HISTÓRIA HAVIA APENAS
UM IDIOMA. [Gn. 11.1].
“5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual
segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações”.
“20 São esses os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas
línguas, em suas terras, em suas nações”.
“31 Esses são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas
línguas, em suas terras, segundo as suas nações. 32 Essas são as famílias dos
filhos de Noé segundo as suas gerações, em suas nações; e delas foram
disseminadas as nações na terra depois do dilúvio”.
Mas, de fato, qual foi o primeiro idioma que surgiu na Humanidade? Foi o
idioma Hebreu? Essa é uma pergunta que muitas pessoas sempre fizeram e ainda o
fazem até hoje. Em nosso caso que nascemos no Brasil o idioma que utilizamos é o
Português, porém, com muitas palavras estrangeiras oriundas do Francês, do
Árabe, do Inglês, do Espanhol, do Italiano e etc.
Assim, quando lemos a Bíblia muita gente não sabe, mas, o Antigo
Testamento foi escrito em Hebraico em sua maior parte e no Grego no Novo
Testamento. Daí surge a pergunta sobre qual era o idioma utilizado por Jesus e
seus discípulos. De fato, eles falavam o Aramaico, mas quando o Novo Testamento
passou a ser escrito ele o foi em Grego porque era o idioma internacional da época
para que todo o mundo conhecido na época fosse alcançado. É como o idioma Inglês
de hoje.
Com isso, vamos partir de Noé que foi gerando um povo com sua família e
deles outros povos se formaram e se aventuraram por outras terras. O tempo
passou e chegamos a Abrão que nasceu em Ur na Caldeia e falava o idioma de seus
antepassados, pais e do seu povo. Em seguida, Isaque, seu filho passou a usar o
mesmo idioma de seu pai bem como Jacó que se tornaria Israel. Ele teve doze
filhos e uma filha que vieram a falar seu respectivo idioma.
Mas, o que isso quer dizer? Bem! Para os povos do outro lado do Mar
Vermelho esse povo descendente de Israel se tornou conhecido como “o povo do
outro lado”, mas que lado? Ora! O povo do “outro lado do rio”. E, por mais que o
povo descendente de Jacó se distinguisse como povo Israelita, ele passou a ser
chamado de “hebreu”, ou seja, do povo “do outro lado do rio” e assim ficou.
E, como o povo falava um idioma estrangeiro para eles é natural que para
esses povos o povo “do outro lado” do rio falava o idioma do “povo do outro lado
do rio”. Assim, um designativo ou apelido dado por povos a um povo estrangeiro se
tornou o nome do idioma que eles falavam.
E, com o tempo começaram a dar nomes aos membros de seus grupos para
diferenciarem-se. Em seguida, palavras surgiram para nomear alimentos e etc. E,
depois de algum tempo com a divisão dos grupos que viveram noutras localidades
novos nomes surgiram e outros foram mudados ou esquecidos. Até mesmo sotaques
acabaram surgindo.
Dessa forma, surgiria depois o que se conhece como “Tradição Oral” que
era a forma de repassar os eventos ocorridos para os seus descendentes porque
não havia ainda a Escrita. E, quando a Escrita surgiu nascia assim a “Tradição
Escrita” que era uma forma de repassar eventos ocorridos com mais confiança de
que nada fosse distorcido, aumentado, diminuído e etc.
Assim, temos o fenômeno que deu origem ao primeiro idioma até se tornar
nos primeiros idiomas, e que deram origem a outros que no decorrer dos séculos se
tornaram os idiomas das inúmeras nações em todo o planeta. Bom seria que
todos(as) nós falássemos um único idioma, porém, não é o que ocorre porque até
mesmo dentro de nações que falam um único idioma as pessoas não se entendem.
053 – DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA. [Gn.
11.3].
Temos agora o texto de Gênesis 11.3 que nos passa uma informação
interessante a respeito do desenvolvimento de tecnologias humanas. No caso aqui
foram tecnologias para a construção de uma cidade. Mas, que tecnologias são
essas? Pelo que podemos observar no texto é a fabricação de tijolos e o uso do
betume como argamassa.
Mas, por que esse primeiro povo passou a fabricar tijolos e usar o betume
como argamassa? O que é possível observar aqui é a nova fase pela qual passava o
Homem na época. Isso quer dizer que o Homem nem sempre viveu em cidades por
ter vivido um bom tempo no campo.
Nessa mesma época surgia também a argamassa que servia tanto para unir
as pedras como também em massa para rebocar as paredes. E, o mais interessante
é o tipo de material que foi usado para isso. Nada mais nada menos do que o
betume. E, o que é betume?
De fato, o betume tem uma grande utilidade como deixar paredes e tetos
impermeáveis contra a umidade provocada pela chuva. Devemos nos lembrar de
que houve a ordenança de se betumar a Arca de Noé com betume por dentro e por
fora, ou seja, o betume deixou o navio de madeira impermeável para evitar que a
umidade prejudicasse a madeira do navio dentro e fora dele.
Porém, para essa façanha o material a ser utilizado será fabricado na Terra
porque não é possível criar habitações nos dois ambientes sem que antes haja um
centro de operações com materiais fabricados aqui. E, assim caminha a
Humanidade!
054 – POR QUE DEUS DESCE? [Gn. 11.5-8].
De fato, o que temos de mais estranho aqui é o fato de Deus descer para ver
o que o Homem estava fazendo. Ora! Se Deus é Onisciente por que Ele precisou
descer? E, se Ele é o Todo-Poderoso, porque precisou de ajuda? Como é que nós
podemos compreender esse texto com essas afirmações?
Realmente não é nada fácil o que temos agora para compreender. Assim,
antes de responder a esse questionamento vamos observar o que o relato transmite
a quem o lê. Ele menciona que quem estava construindo a cidade e a torre eram os
filhos dos homens e não os filhos de Deus. Mas, o que isso quer dizer?
Não vamos nos esquecer de que já vimos algo a respeito sobre os filhos dos
homens e os filhos de Deus. Os filhos dos homens eram os que descendiam de Caim
e os filhos de Deus eram os que descendiam de Sete, irmão de Caim, e não anjos de
Deus porque eles não podem procriar porque não tem sexualidade.
Entretanto, alguém pode indagar sobre se todo o povo que estava num só
lugar e resolveram construir uma cidade e uma torre quer dizer que esses filhos
dos homens eram o resultado da união dos filhos de Deus e dos filhos dos homens.
Não! Claro que não! Vejamos que quem decidiu construir essa cidade foram
os filhos dos homens, descendentes de Caim que resolveram se tornar uma
comunidade urbana. Já os filhos de Deus, ou seja, descendência de Sete, resolveu
continuar sendo uma comunidade rural, ou seja, do campo.
Não entenda mal, mas não estamos falando em seres alienígenas que
desciam em discos voadores e que eram confundidos com deuses porque não
estamos tratando de Ufologia e nem de Ficção Científica. O fato é que para que o
Deus dos Israelitas e depois dos Hebreus tivesse credibilidade entre seu povo era
necessário que se relatasse que Ele havia descido. Mas, como Ele vai descer se é
Espírito e é Onisciente? Entendeu agora?
“Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem” que não é Deus com
seus anjos, mas a presença Trina de Deus, Deus Pai, Filho e Espírito. Nada mais
que isso.
Claro que não se usa aqui a palavra “Trindade” porque ela não existia e
ainda não havia sido formulada por nenhuma Instituição Religiosa. De fato, Deus
não precisa da ajuda de anjos para criar o Homem já que Ele criara todos os
exércitos celestiais como todo o Universo com tudo o que nele está contido.
Assim, não se sabia nada do Deus Trino até que se entendesse uma
“fórmula” que ainda era um mistério para a religiosidade. E, mesmo que alguém
critique essa afirmação, nós podemos observar outro momento na Bíblia em que se
dá a presença da Trindade sem que esse termo seja usado. É o que se observa no
texto de Mateus 3.16-17:
“Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus,
e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis
que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
Talvez alguém ainda não tenha observado, mas nesses dois versículos pode
ser observado a presença da “Trindade” Deus Pai, Filho e Espírito Santo ao mesmo
tempo. Assim, vemos Jesus diante de João Batista com o Espírito Santo sobre Ele e
com o Pai afirmando que se alegra em Seu Unigênito Filho. Isso é coisa que só quem
faz parte da Igreja compreende.
Agora, para terminar o tema trabalhado aqui devemos observar que o povo
tinha a intenção e estava construindo uma cidade e uma torre no versículo cinco,
porém, com a afirmação de que Deus descera acompanhado no versículo oito com a
confusão de línguas o povo parou de construir a cidade e não a torre. E, por que
não parou de construir a torre? Por que esse era um objetivo em comum mesmo
com a confusão de línguas?
Não! Claro que não! Isso quer dizer que a torre já havia sido construída e
nada mais havia para ser feito, mas, a cidade continuava a ser construída por todos
os lados e direções e com certeza a torre ficava no centro dessa cidade.
E, qual era a função dessa torre? Não devemos ignorar o fato de que a
ordenança de Deus era que o povo se espalhasse, mas ele preferiu se concentrar. E,
escolher outro nome para ser sobre o povo era o mesmo que mudar de divindade. O
povo de Caim não queria ter como divindade o Deus que na concepção dele havia
mandado o Dilúvio e que tinha ordenando ao povo se espalhar.
“Naor viveu vinte e nove anos, e gerou a Tera. Viveu Naor, depois
que gerou a Tera, cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas. Tera
viveu setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. Estas são as
gerações de Tera: Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a
Ló. Harã morreu antes de seu pai Tera, na terra do seu nascimento, em
Ur dos Caldeus. Abrão e Naor tomaram mulheres para si: o nome da
mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher do Naor era Milca,
filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá. Sarai era estéril; não tinha
filhos. Tomou Tera a Abrão seu filho, e a Ló filho de Harã, filho de seu
filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de
Ur dos Caldeus, a fim de ir para a terra de Canaã; e vieram até Harã, e
ali habitaram”.
O que vemos agora é o texto de Gênesis 11.24-31 que trata sobre a união
matrimonial entre parentes de sangue. No caso aqui, vemos a união de um tio com a
sua sobrinha, ou seja, Naor se uniu a Milca, filha de seu falecido irmão Harã.
Entretanto, ele não foi o único que se uniu a um parente. Abrão mesmo se uniu em
matrimônio com Sarai que não era sua sobrinha, mas sua meia-irmã.
Bem! Vamos ler o texto de Gênesis 20.2 quando Abrão fala a Abimeleque
algo sobre Sarai sua esposa: “E havendo Abraão dito de Sarai, sua mulher: É
minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sarai”.
Mas, por que Abraão fez isso? Essa é uma pergunta séria.
Entretanto, devemos observar que Sarai também afirmou o mesmo de seu
marido Abraão em Gênesis 20.5; “Não me disse ele mesmo: É minha irmã? e ela
mesma me disse: Ele é meu irmão; na sinceridade do meu coração e na inocência
das minhas mãos fiz isto”.
O que se vê nesse relato é que Sarai era meio-irmã de seu marido Abraão,
mas por que isso? Essa pergunta é um tanto perturbadora porque em nosso
contexto atual o matrimônio entre irmãos não é algo bem visto.
Mas, pelo visto naquela época esse não era um grande problema. De fato,
para começar a responder a essa pergunta devemos nos reportar ao passado de
Abraão quando ele morava em Ur. Ele era descendente e filho de uma “Cultura
Nacional” na qual não havia problema algum em ter esse tipo de relacionamento já
que os clãs e as tribos evitavam se misturar com outras para evitar a mistura de
povos com outros povos.
Claro que para as famílias na época era melhor que seus membros
procriassem entre si do que se misturar com outras famílias porque isso tem a ver
também com a estabilidade dos líderes de clãs ou tribos. Isso quer dizer que a
mistura de povos entre si poderia suscitar a briga pelo poder de liderança.
Depois que vimos o caso de Abraão que se uniu a sua meio-irmã Sarai e
também o caso de Naor que se uniu com sua sobrinha Milca, podemos observar
outro caso interessante de matrimônio em família que tem a ver com Jacó que se
uniu com suas duas primas Raquel e Lea em Gênesis 29.10:
“Quando Jacó viu a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas
de Labão, irmão de sua mãe, chegou-se, revolveu a pedra da boca do poço e deu de
beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe”.
Pelo que pode ser observado aqui a mãe de Jacó era irmã de Labão. Logo,
Jacó era sobrinho dele e primo de Raquel e Leia. Novamente não se vê algum
inconveniente nesse matrimônio. Também é possível observar o que Labão disse a
Jacó em Gênesis 29.19 a respeito de sua filha Raquel depois que lhe havia dado. É
só ler o texto: “Respondeu Labão: Melhor é que eu a dê a ti do que a outro; fica
comigo”.
A visão que nós temos aqui é que para Labão era melhor que suas filhas se
unissem a seu sobrinho Jacó do que a qualquer outro homem estranho e que não
fosse de sua parentela. Essa era uma forma de manter clãs e tribos protegidas de
miscigenações e também uma forma de manter propriedades e bens entre parentes.
Agora que chegamos a uma explicação plausível não devemos ignorar o fato
que mesmo assim no decorrer dos séculos vários irmãos e irmãs e primos e primas
se uniram como casais e geraram filhos. Porém, não dá para se imaginar quantas
crianças nasceram com problemas dos mais diversos por causa de serem
consanguíneos.
056 – A EMIGRAÇÃO DA FAMÍLIA DE TERA. [Gn.
11.31].
Mas, o que é que sabemos do pai de Abrão de fato? Não sabemos muito,
porém, podemos conhecer algo a partir de sua realidade contextual. E, isso se faz
da seguinte forma. É só observar algo sobre a região de sua origem.
Bem! O texto que temos agora, Gênesis 11.31, e nos informa que num dado
momento ele tomou para si a sua família e resolveu mudar de localidade. Assim, ele
levou seu filho Abrão e a sua nora Sarai, e a Ló, seu neto já que seu filho Harã
havia falecido. Já no próximo versículo de número 32 temos o relato de que nessa
localidade ele viveu até morrer: “Foram os dias de Tera duzentos e cinco anos; e
morreu Tera em Harã”.
Com isso nos vem a pergunta do motivo que ele resolveu mudar de
localidade em sua época. Claro que podemos imaginar algumas situações para isso.
Uma delas está relacionada à migração por causa de eventos como a seca.
Assim, a mudança pode ter sido uma consequência de pesares por duas
perdas em sua família e por causa disso ele resolveu mudar e levar os seus consigo.
E, é curioso observar que ele se mudou para uma cidade que tinha o nome de seu
filho Harã. E, por que será isso? Talvez seja porque numa viagem seu filho tenha
nascido nessa cidade ou a sua esposa fosse oriunda dessa cidade.
E, por causa disso, ele tenha querido honrar a memória de seu filho se
mudando para ela. Com isso, a sua atitude seria ou de deixar as tristes lembranças
em Ur ou ficar mais próximo de suas lembranças no passado ao habitar em Harã.
O fato, porém, é que depois que ele saiu de Ur ele foi habitar em Harã até
que morreu e nela foi enterrado. E, foi nessa cidade que a casa de Tera se
consolidou e nela Abrão, Sarai e Ló habitaram com o patriarca da família durante
um bom tempo.
057 – DEUS TIRA ABRÃO DE SUA ÁREA DE
CONFORTO E O ENVIA PARA UMA ÁREA DE
DESCONFORTO. [Gn. 12.1].
Na verdade, quando adotamos uma “Instituição Cristã” para nos filiar como
membros nós adotamos todo um corpo de práticas, costumes, doutrinas, ritos,
concepções e etc. E, nesse caso, adotamos as Escrituras como Gênesis sem um
conhecimento mais profundo sobre os diversos conteúdos que nela são contidos.
Mas, como era essa religiosidade? Claro que na época os povos antigos
haviam herdado as religiões primitivas de sua época com suas diversas divindades.
E, Abrão não era alguém que desconhecia essa verdade. De fato, ele conhecia
muito bem as divindades que eram veneradas por seu povo e por seu pai.
O mesmo pode ter acontecido com Abrão que frequentava alguma espécie
de Areópago com várias divindades no qual honravam a um que por
desconhecerem-no o honravam com um altar vazio. E, de alguma forma Abrão
pode ter sentido algo mais sobre o altar vazio que apregoava o Deus de Paulo.
Assim, era necessário que Abrão saísse de sua área de conforto e com essa
ação ele iria enfrentar certo desconforto. De fato, uma mudança a princípio é
desconfortável, e algum tempo depois tudo começa a se ajeitar. É o que acontece
quando alguém muda de escola, de emprego, de casa, de cidade, de país e etc.
Com Abrão não seria diferente porque ele já havia migrado com seu pai de
Ur para a Harã e agora chegara o momento em que Abrão é que lideraria a saída
de Harã para uma terra estranha. Na verdade, não foi fácil para que ele aceitasse
a ordenança de Deus e saísse de uma área confortável e rumasse para uma área de
desconforto.
Até mesmo para muitas pessoas que desejam prosperar e avançar na vida o
essencial é deixar o conforto de uma área confortável e se lançar para o
desconforto que traz a área do desconforto. Quem já leu alguns livros a respeito
poderá observar como foi a vida de muitas personalidades que conhecemos hoje
antes de se tornarem famosas e ricas.
Se observarmos outros momentos na Bíblia podemos ver que Abrão não foi
a única pessoa que migrou e saiu de uma área para outra. Com Noé aconteceu isso.
José também passou por esse momento penoso. Davi também vivenciou essa
realidade.
E, até mesmo Jesus viveu essa realidade porque tendo nascido em Belém foi
levado ao Egito na fuga para que Ele fosse preservado do holocausto promovido
pelo rei Herodes. De lá Ele foi criado em Nazaré e quando se lançou ao “Ministério
do Reino” Ele deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum.
Com isso, podemos observar que o fenômeno da migração não é coisa nova
porque sempre fez parte da Humanidade quando os primeiros grupos humanos
migravam de áreas confortáveis para áreas desconfortáveis na busca de pesca,
coleta, caça, lavoura, pecuária, moradia e etc. Não foi fácil naquela época e não
será fácil hoje.
058 – DEUS AMALDIÇOA? [Gn. 12.3].
O falar mal é o que todos nós compreendemos muito bem quando alguém
fala coisas negativas de outras pessoas com o intuito de desmoralizá-la por ter
segundas intenções. Entretanto, amaldiçoar alguém é o mesmo que lançar pragas,
maldições, encantos negativos, desgraças e etc. contra outras pessoas.
Claro que algumas pessoas podem até interpretar que amaldiçoar alguém
seja o mesmo que por um mal olhado contra alguém. Mas, o que é isso? É algo
parecido a observar ou pensar numa pessoa e invocar todo tipo de pensamento
negativo contra alguma pessoa para prejudicá-la de alguma forma. É como se fosse
um jogo mental no qual a pessoa usa de seus pensamentos negativos para atingir
alguém de fato.
Na verdade, Deus abençoa e não amaldiçoa. Isso porque Deus quer o bem e
não o mal da Humanidade. Claro que o afastamento de Deus traz consequências
porque é a mesma coisa que sair em dias de chuva sem um guarda-chuva. Isso nos
leva a refletir sobre se é certo uma pessoa religiosa amaldiçoar outra que tenha
uma fé diferente ou não. Esse é o perigo e mostra uma influência tipo capitalista
que apregoa vencedores e derrotados. Amaldiçoar é isso! É querer a derrota para
outras pessoas enquanto se busca o sucesso.
De fato, isso demonstra que por desconhecermos muitas coisas nós vamos
incorporando em nossas vidas práticas, costumes, ritos, culturas e etc. sem nos
conscientizarmos sobre o que estamos absorvendo e sem nenhum tipo de
questionamento. De certa forma, nós vamos fazendo o que um papagaio faz que é
repetir palavras humanas sem compreender o que está dizendo. Talvez devamos
observar um estranho texto que se encontra no livro de Salmos para uma melhor
compreensão.
E, depois de citá-lo não vou dar uma explicação sobre esse texto porque fica
para outro momento num outro livro. Ele é o texto do Salmo 137.9: “feliz aquele
que pegar em teus pequeninos e der com eles nas pedras”. Não faça isso que o
texto afirma porque poderá lhe trazer graves consequências. E, como eu sempre
afirmo que como para a Lei da Física “que para toda ação há uma reação” também
“para toda contradição há uma explicação”. E, esse texto tem uma boa explicação.
059 – ABRÃO TORNA-SE CONSTRUTOR DE
ALTARES. [Gn. 12.7-8].
E, isso não é novidade alguma porque isso já fazia parte de seu povo, de seu
pai e que ele acabou incorporando em sua vida. Veja que não foi Deus quem lhe
ordenou para que ele fizesse isso porque ele fez por conta própria. É como se fosse
um Memorial para ele.
Essa era uma forma para que as pessoas pudessem se apresentar diante de
Deus quando estivessem ausentes dos templos de suas respectivas divindades.
Entretanto, não se sabe em que região e qual povo começou a construir altares de
modo que se tornou parte da Cultura de civilizações antigas desde a aurora dos
tempos.
Claro que quando os primeiros altares surgiram eles deviam ser bem
rústicos e com utilidades variadas, além de que simbolicamente eles têm um
aspecto interessante. Isso quer dizer que o altar diferencia um local de outro de
modo que ele praticamente fica num local determinado e mais elevado que a região
a sua volta.
De fato, não existe um padrão exato para se ter um altar. Ele pode ser
retangular, quadrado, circular e etc. Ele pode ser cercado ou não. Ele também pode
ser elevado do resto do local a sua volta sem uma altura precisa podendo ser
questão de centímetros até metros.
Algo que também diferencia os altares é o que se coloca nele como púlpito,
mesa, diversos elementos litúrgicos e até mesmo locais para convidados e músicos.
Assim, o que acontece é um uso diferenciado por causa de diversas concepções
humanas possíveis.
Também não devemos ignorar o fato de que os altares podiam e ainda são
utilizados de várias formas. Há o caso em que além de se fazer rituais diversos
também se faziam sacrifícios de aves, animais e até mesmo de seres humanos. Sim!
Isso mesmo. O que já se fez no decorrer da História Humana não é nada agradável
por causa da ignorância e de concepções muito radicais.
Mas, como assim? Bem! O que eles construíam que se identificava como
altar era na verdade mais uma espécie de memorial quando eles ajuntavam pedras
e faziam um monturo e derramavam azeite por cima em sinal de consagração. E é
diante dessas construções rudimentares que eles se apresentavam diante de suas
respectivas divindades e faziam e queimavam suas oferendas e sacrifícios.
Isso pode parecer estranho, mas era assim mesmo. Na verdade, essa era
uma prática caseira que as pessoas faziam quando estavam longe de suas pátrias
em viagem e por estarem longe se suas localidades de culto onde tinham altares
parecidos com os nossos, eles se utilizavam de pedras num monturo tipo altar para
invocarem suas divindades temporariamente já que não podiam fazê-lo por
estarem longe deles.
Talvez você não tenha pensado nisso, mas até mesmo o Futebol tem altares
no qual dois times buscam fazer suas oferendas nos altares, ou seja, nas áreas do
gol. E, claro que a bola é o sacrifício que é levado até o altar. De fato, há outros
exemplos parecidos.
Isso quer dizer que Abrão sabia que ele poderia ser morto pelos homens de
Faraó porque ele sabia que tudo o que fosse o melhor que estivesse no Egito
pertencia a Faraó. E, como eles eram tratados como filhos dos deuses na qualidade
de semideuses nada lhes seriam negados sob a pena de morte.
Assim, é possível entender que os Faraós mantinham haréns com as mais
lindas mulheres como escravas sexuais e de reprodução para si. E, se elas tivessem
maridos, eles seriam ressarcidos pela venda de suas esposas ou mortos pela recusa
em entregar-lhes para os Faraós. Claro que Abrão podia ter se recusado e nem ter
ido para o Egito, porém, é para o Egito que ele foi e se arriscou e aconteceu o que
ele imaginou.
Com isso, o texto relata que os homens de Faraó viram a beleza de sua
esposa e informaram ao Faraó que rapidamente comprou-a de Abrão por bom
preço para tê-la em seu harém. No texto não se relata se Abrão sofreu por isso,
apenas que ele foi bem pago.
Na primeira vez que li e reli esse texto eu não tinha entendimento e não
conseguia conceber essa atitude covarde de Abrão. O problema é que eu não
conhecia o contexto social da época em que ele vivia para ter feito isso.
Claro que ele temeu por sua vida porque chegou a fazer esse acordo com
sua esposa para que ela afirmasse que ela era irmã dele. Entretanto, ela era de
fato irmã dele, só que meio-irmã já que ambos eram filhos do mesmo pai, mas de
mães diferentes.
Mesmo assim não dá para imaginar porque Abrão chegou a tal ponto de
entregar a sua esposa desse jeito. O fato é que se ele se recusasse ele seria morto
e sua esposa ficaria viúva. E, também não havia para onde fugir dessa situação.
Também não havia esperança de se realizar um resgate dela porque os haréns na
época eram muito bem protegidos.
Dessa forma, Abrão se viu sem esposa porque ela havia sido tomada dele.
Porém, ele sabia que ela seria muito bem tratada, mesmo que se tornasse uma das
mulheres de Faraó.
O que pode ser observado no texto é que Abrão não confiou em Deus
totalmente ou só em partes. Ele creu que seria pai de um grande povo, porém,
podia ser a partir de filhos que viesse a ter com outras mulheres. E, como sua
esposa desde que se uniram ainda não tinha gerado era natural que Abrão tenha
sentido que ele não teria uma descendência com ela, mas, com outra mulher.
Por isso, não é difícil de imaginar porque Abrão não teve muitas ressalvas
para liberar sua esposa para Faraó. Também não devemos ignorar o fato de que na
época as mulheres não eram consideradas pessoas porque elas eram tratadas como
seres mais fracos e estavam sujeitas a seus maridos. Na verdade, elas eram tidas
como seres sem almas.
Agora, o que não dá para entender é porque Abrão resolveu ir para o Egito
se podia ter ficado onde estava ou ido em outra direção. Bem! Claro que é possível
se imaginar várias explicações para isso que ocorreu. Isso quer dizer que ele pode
ter pensado que se trocasse sua mulher estéril por bens materiais seria um grande
lucro porque poderia iniciar o seu povo com uma descendência.
Com isso é possível observar que Abrão como qualquer um de nós está
sujeito a cometer erros. E, no caso dele é possível observar esse e também o fato
de ter tido um filho com a serva de sua esposa e com o consentimento dela. Claro
que isso é relacionado ao contexto de sua época. De fato, a Humanidade é marcada
em toda a sua existência desde a aurora dos tempos por atitudes diversas diante de
situações que surgiam.
Assim, com Abrão não foi diferente e ele pode não ter imaginado se a sua
esposa havia ficado feliz por ser sido trocada por bens materiais, afinal de contas
ela tinha sentimentos e era um ser humano que estava sendo tratada como um bem
material. Isso mostra que o ser humano não mudou muito no decorrer dos tempos.
061 – ABRÃO E A SUA RIQUEZA MATERIAL. [Gn.
13.2].
Esse é o texto de Gênesis 13.2 no qual há o relato que informa que Abrão
havia se tornado um homem muito rico em gado, prata e ouro. Mas, o que isso quer
dizer? Bom! O que é possível observar é que ele acabou se tornando muito
próspero no que fazia ao ponto de possuir um grande rebanho de gado além de
prata e ouro.
E, seguindo por essa lógica é natural afirmar que quem cria gado precisa ter
também terras para que ele se alimente, viva e se reproduza. Com isso, ele
comprou e também alugou terras por onde seu gado pudesse viver.
Assim, como Abrão liderava um grupo ele não poderia garimpar junto com
seu povo porque senão todos estariam em pé de igualdade e não precisariam ser
liderados por ele. Agora, caso ele adquirisse uma propriedade que tivesse veios de
prata e ouro ele poderia arrendar para mineiros e cobrar parte dos achados. Mas,
não parece ser esse o caminho seguido por Abrão porque o texto informa que ele se
tornou rico em gado e nos minérios citados.
Com isso, a explicação mais compreensível é que ele adquiriu terras para
seu gado que se multiplicou e em seguida ele passou a vender leite, couro e gado
por prata e ouro. E, assim, com o tempo ele se tornou um homem muito rico e
senhor de seu povo que viera com ele.
Dessa forma, fica claro que não apenas ele, mas outras pessoas
mencionadas nas Escrituras também prosperaram demonstrando assim que o
problema não é o acúmulo, mas como ele é obtido. E, nisso fica explícito de que
Deus não aceita que a riqueza seja um bem oriundo da opressão, da corrupção, do
furto, do roubo, do estelionato e etc.
Agora temos o texto de Gênesis 13.5-7 que relata uma contenda que houve
entre parentes. Mas, como assim? Bem! Abrão era tio de Ló e quando Abrão saiu
de sua terra e da parentela de seu pai não foi só ele com sua esposa e sobrinho.
Pelo que se observa no texto, tanto Abrão como seu sobrinho Ló tinham vários
pastores.
Mas, o que isso quer dizer? Claro que quando Abrão saiu com sua esposa e
sobrinho um grande grupo foi com eles. Isso quer dizer que Abrão e seu sobrinho
levaram seus parentes consanguíneos além de empregados e servos que tinham.
Isso mostra que eles eram abastados e haviam levado tudo o que tinham
conquistado por herança e por trabalho.
E, quando se menciona pastores isso quer dizer que por terem deixado uma
região para habitar noutra eles viviam mais do gado do que a pecuária. De fato, o
texto menciona pastores e não lavradores ou artesãos. Assim, Abrão e Ló tinham
levado familiares, empregados e servos além de suas mulheres.
Isso fez com que depois de algum tempo a localidade em que eles haviam se
assentado não podia mais suportá-los por que foi castigada pela exploração
excessiva. É o que acontece com terras no campo em que não há período de
descanso, elas acabam ficando improdutivas.
Porém, para quem pensa que o problema estava resolvido, isso não é bem
verdade porque mesmo que alguém diga que era só aumentar a área de pastoreio e
de lavoura, outros povos não permitiriam porque seria o mesmo que uma invasão
de terras alheias.
E, não devemos nos esquecer de que Ló não foi sozinho porque ele foi
habitar nessa região com sua esposa, suas duas filhas e seus genros. Também não
devemos ignorar que todo o seu povo foi junto como os pastores que já foram
mencionados anteriormente.
E, isso poderá ser observado no fato de que Ló acabou por viver numa casa
como era a prática dos moradores de Sodoma, Gomorra e outras cidades na região.
Claro que ao mudar do campo para a área urbana o grupo de Ló passou a viver em
outras atividades como artesãos, comerciantes e etc.
Ao chegarmos até aqui, não devemos ignorar que o texto relata que Deus
foi o responsável pela destruição das cidades mencionadas na época. E, quando se
fala em destruição das cidades se menciona a destruição de adultos, crianças,
idosos e também animais. Na verdade o que temos aqui é a morte de pessoas no
qual estão inclusas crianças e bebês que ainda nem nasceram porque suas mães
gestavam.
Por causa disso, afirmar que não havia pessoas justas na região é afirmar
que não foram encontradas pessoas adultas como justas, e assim, muitas vidas
inocentes foram ceifadas o que leva a mostrar um lado mal de Deus. Mas, como
pode ser isso?
Isso quer dizer que não foi Deus e nem a sua vontade que tenha provocado
esse caos na época porque Deus em sua essência não pode se utilizar de
mecanismos de destruição em massa para exterminar o pecado do Homem através
das catástrofes da Natureza. Mas, como esse evento ou catástrofe foi creditado a
Deus se Ele é amor e não deseja o mal do ser humano?
Bem! Não devemos ignorar que as Escrituras foram escritas por seres
humanos, e mesmo que eles tenham sido inspirados divinamente isso não impediu
que o Homem interferisse nas Escrituras. E, como na época os povos antigos
acreditavam em divindades das mais variadas não devemos ignorar o fato de que o
Homem desde a aurora dos tempos sempre creditou todo tipo de evento a alguma
divindade. Esse foi o caso dos escritores de Gênesis que para educar e reeducar o
povo precisou apavorá-lo e também a sua descendência ao creditar catástrofes
destrutivas a Deus.
Também não devemos ignorar que Deus depois que criou o Universo sabe o
que está acontecendo em toda a sua extensão e não vai interferir na ação da
Natureza e também no que o Homem faz. Isso quer dizer que se o Homem quer se
destruir como espécie ao destruir o seu habitat com poluição das mais diversas,
Deus não vai interferir porque respeita a vontade humana, mesmo que seja um ato
impensado que esteja levando ao seu fim.
064 – BETUME COM FÁCIL ACESSO. [Gn. 14.10].
Entretanto, um grande uso que surgiu foi quando se descobriu que ele podia
ser usado para deixar paredes impermeáveis contra a água da chuva. Dessa forma,
se utilizava o betume para evitar a umidade.
Isso foi o que aconteceu quando Noé construiu a arca que era um grande
navio feito de madeira. E, para que ele pudesse aguentar um longo período na água
foi necessário que se impermeabilizasse as paredes de madeira por dentro e por
fora.
Mas, alguém pode até indagar sobre a impermeabilização tanto por dentro
como por fora. Bem! Por fora era para impedir que a umidade do mar apodrecesse
o navio e por dentro por causa da urina dos animais. Na verdade, de nada
adiantaria proteger o navio da água se não protegesse o seu interior.
A verdade é que naquela época não havia nações como conhecemos hoje
com seus limites ou fronteiras. E, num contexto onde a terra para plantar e colher
e que servia de pasto para animais e os rios e lagos com água eram vitais, os povos
guerreavam por esses meios de vida.
No caso aqui quando Abrão passou a viver numa localidade ele percebeu
que deveria fazer alianças para que seu povo e ele pudessem sobreviver de ataques
invasores de outros povos.
Entretanto, no caso que é tratado nesse texto, Abrão precisou contar com
os povos com quem manteve alianças político-militares para resgatarem seu
sobrinho Ló e os seus. É o que pode ser observado no mesmo texto de Gênesis
14.1-12 a seguir:
Agora, o que observamos no texto citado, Abraão é que reagiu para salvar
seu sobrinho Ló e os seus. E, claro que não foi sozinho porque ele precisou de uma
aliança e de apoio para salvar Ló e todos os que foram levados com ele quando da
invasão de povos que haviam se unido numa Confederação.
De fato, Abraão com seu povo também havia se unido numa aliança ou numa
Confederação com outros povos. Ora! Numa época em que eles viviam não era
possível se manter como povo sem algum tipo de aliança ou numa Confederação. E,
com Abrão não foi diferente porque se ele não fizesse parte numa Confederação
dificilmente seu povo sobreviveria na região que passara a viver.
“Ouvindo, pois, Abrão que seu irmão estava preso, levou os seus
homens treinados, nascidos em sua casa, em número de trezentos e
dezoito, e perseguiu os reis até Dã. Dividiu-se contra eles de noite, ele e
os seus servos, e os feriu, perseguindo-os até Hobá, que fica à esquerda
de Damasco. Assim tornou a trazer todos os bens, e tornou a trazer
também a Ló, seu irmão, e os bens dele, e também as mulheres e o
povo”.
A primeira coisa que se observa é que depois que Abrão ficou sabendo que
parte da sua família havia sido capturada e levada cativa ele não perdeu tempo e
se preparou para o resgate. Assim, a primeira coisa que se observa é que ele levou
homens treinados.
Sim! Isso mesmo. Ele levou homens treinados, mas, alguém pode até indagar
sobre que tipo de treinamento era esse. De fato, na época os homens não podiam se
restringir apenas a uma profissão porque era necessário que também tivessem
treinamento militar para defender sua família e também a sua tribo em caso de
ataques.
E, nisso, com a tribo de Abrão não era diferente porque não só ele como
também os homens de suas tribos precisavam conhecer a arte da batalha pra
defenderem os seus e os seus próprios bens. Assim, não podemos imaginar um
Abrão franzino e inocente porque quando moço ele devia ter sido preparado para
se defender e a sua própria tribo. Logo, Abrão também tinha conhecimento de
batalha e podia muito bem liderar um ataque militar contra aqueles que haviam
invadido e levado parte de sua família e de outras tribos.
E, pelo que o texto nos informa Abrão escolheu 318 homens preparados
para irem com ele. E, claro que ele deixou outro tanto para cuidar das mulheres,
crianças e os seus bens.
No texto também se observa que junto aos homens que foram com Abrão
para a batalha havia também servos. Assim, não apenas os homens de sua família
foram para o combate como também seus servos. Não podemos ignorar que
dependendo das atitudes de seus senhores os servos podiam cooperar ou trair.
Dessa forma, os servos de Abrão lutaram com ele porque este era um senhor bom e
temente a Deus.
E, quando o texto relata que ele dividiu os seus homens não se menciona em
quantas frentes, mas que foi vital para surpreender o inimigo para livrar os seus
familiares. Claro que isso foi obra de um excelente estrategista militar.
Mas, por que Abrão não resolveu atacar o inimigo em plena luz do dia? Não
seria isso uma atitude covarde? Ai vai depender do ponto de vista. O número do
exército inimigo devia ser muito mais numeroso do que o pequeno exército de
Abrão e num confronto Abrão e os seus seriam dizimados rapidamente.
Assim, pela lógica, esse ataque tinha de ser de noite em frentes diferentes e
de forma rápida para surpreender o inimigo e vencer a guerra. Na verdade, Abrão
deve ter esperado para atacar tarde da noite para vencer o inimigo ainda enquanto
dormia e os que se levantaram atordoados não tiveram tempo de se restabelecer
por causa do cansaço e do sono.
Isso quer dizer que na época o pão representava alimento e o vinho como
bebida servia para aquecer as pessoas em locais frios e épocas geladas. Com isso,
eles se tornaram simbolicamente de alguma forma parte da expressão religiosa de
povos. Claro que no Judaísmo e no Cristianismo o pão e o vinho foram englobados
em suas respectivas práticas religiosas.
E, por fim nós temos o quarto fato que é sobre Abrão em sinal de
agradecimento ter entregado o dízimo de tudo para Melquisedeque, e que é citado
em Gênesis 14.20. Mas, por que ele fez isso? Claro que essa é a primeira menção
de “dízimo” nas Escrituras, porém, não devemos ignorar o fato de que não havia
papel moeda na época. Então, como seria o dízimo? Na verdade, se tratava de
ofertas do que podia ser trazido como animais, água, alimentos e etc.
De fato, o Dízimo quando surgiu em Israel não era com a porção trazida em
forma de dinheiro como papel moeda. O que acontecia é que as tribos deviam
trazer animais e alimentos para que fossem distribuídos entre os menos
prestigiados como pobres, estrangeiros, além de manter o Ministério dos Levitas.
Assim, numa grande Ceia todos participavam juntos para que não houvesse
exclusões sociais, além de que se deixava uma boa doação para quem não tinha
muito.
Os dois textos acima relatam duas formas pelas quais Deus se utiliza para
se comunicar com o ser humano. A primeira é a visão e a segunda é através do
sonho. De fato, no primeiro texto podemos observar a comunicação de Deus para
com Abrão numa visão. Mas, o que é isso?
Nesse caso, Abrão não estava dormindo e nem sonhando. Ele estava
acordado e de repente Deus lhe comunicou algo numa visão. De fato, esse tipo de
comunicação não quer dizer que Deus tenha mostrado para ele algum evento como
num quadro pintado ou num vídeo gravado.
Visão aqui tem a ver com uma forma de comunicação no qual Deus ao
mesmo tempo em que lhe falou fez com que Abrão tivesse um estalo a respeito do
que era o desejo de Deus.
De fato, Abrão como filho de um povo conhecia as várias divindades que seu
povo cultuava na época e também os deuses caseiros que seus pais deveriam
reverenciar. Dessa forma, como cada divindade era responsável por algo cada uma
devia ter recebido nomes apropriados que eram utilizados em cultos públicos e
caseiros.
Assim, quando Deus apareceu para ele de uma forma sobrenatural, ele não
tinha consciência do que estava acontecendo porque diferente de outras divindades
o Deus Javé não tinha forma, cor, nome e etc. Era praticamente invisível e que
passou a se comunicar com ele.
Claro que não podemos ignorar o fato de que no Areópago Romano em que
Paulo esteve uma divindade invisível com altar vazio era reverenciada dentro do
Panteão. Com Abrão pode ter ocorrido o mesmo e ele passou a honrar a Deus com
esse título. Logo, o termo era uma concepção humana que Abrão usou para falar
com o Deus que se revelara para ele.
Agora sim algo começou a ficar claro sobre a origem desse termo utilizado
para se falar do Deus de Abrão na época. Assim, quando lemos Gênesis não é
possível observar que nalgum momento Deus tenha se revelado como Jeová, Javé e
etc. porque Ele só se revelaria como “Eu Sou” tempos depois como foi citado.
E, por que isso? Talvez seja pela verdade de quem “dá nome” “Domina”. E,
foi isso o que ocorreu quando no início o Homem deu nomes a todos os seres os
quais dominaria. Claro que também no uso do nome de Deus o Homem pode se
imaginar na mesma altura que Ele e cometer faltas das mais diversas como tem
feito no decorrer da História Humana ao tentar ser como Ele.
Com isso, Abrão pode ter utilizado um nome já concebido para expressar
uma divindade invisível que não se conhecia e que também deveria ser
reverenciada. Assim, de um termo já existente Abrão passou a se comunicar com
Deus. E, claro que não se observa em Gênesis algum texto em que Deus tenha
recusado o uso desse nome por Abrão para se referir a si.
071 – MENÇÃO DE QUE O UNIVERSO É
GIGANTESCO. [Gn. 15.5].
“Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta
as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua
descendência”.
Esse é o texto de Gênesis 15.5. Esse texto com essa afirmação não está aí
à toa porque ele revela algo surpreendente. Mas, o que é tão revelador que nos
chama agora a atenção já que esse relato é ignorado muitas vezes? De fato, o que
se observa no texto é a menção sobre estrelas.
Porém, quando lemos o texto pode ser observado o que Deus fala a Abrão
sobre a sua descendência. A afirmação é que a descendência dele seria comparada
ao número de estrelas que há no céu se ele pudesse contá-las.
Mas, seria possível Abrão contar as estrelas que havia no céu naquela
época? Claro que é possível contar as estrelas que há no céu a olho nu. Entretanto,
se for utilizado um telescópio começa a ficar difícil contar as estrelas no céu
porque elas aumentam o campo de visão e mais estrelas são possíveis de serem
avistadas.
O nosso planeta hoje tem uma população de cerca de mais de sete bilhões
de habitantes e se somarmos os que já viveram no passado dificilmente
dobraríamos esse número e não devemos ignorar o fato de que a Terra não poderá
suportar uma população bem maior.
Assim, pode ter ocorrido o mesmo no texto de Gênesis citado. Por isso,
devemos observar que esse evento aconteceu no período noturno quando o Sol já
havia se posto e as estrelas já brilhavam no céu. E, pode ser o caso de uma Lua ter
brilhado na época clareando mais a noite no céu do que de costume.
De fato, na época não havia iluminação elétrica e não havia necessidade das
pessoas se locomoverem pelos caminhos e nem ficar no lado de fora de tendas ou
moradias feitas de pedra. Porém, por ser uma noite clara com a ajuda da Lua
muitas pessoas resolveram ficar do lado de fora e com certeza boa parte delas
podia observar esse estranho evento celeste que ocorreu no céu.
Vejamos que o texto cita o aparecimento de dois fenômenos que podem não
serem explicados ou interpretados. Assim, o que foi visto conforme o texto relata é
um fogo fumegante e uma tocha de fogo que voaram por aquela região naquela
região.
O fato é que ambos eram brilhantes por causa do fogo que emitiam
conforme o texto cita. E, como os observadores não sabiam dizer o que eram
realmente eles buscaram explicar o avistamento da melhor forma que puderam.
Por isso, quem escreveu o texto buscou interpretar da melhor forma possível esse
avistamento e o que mais parecia era algo como uma tocha que se utilizava para
andar no escuro. Essa foi a explicação mais racional no momento.
E, o que é uma tocha? É um pedaço de madeira com uma parte do meio até
uma das pontas envolta por um pano embebido com betume ou outra substância
oleosa que era acesa para clarear os ambientes. É como se fosse uma espécie de
vela, e foi isso o que pareceu aos observadores.
Claro que um deles o brilho era tão intenso que não deu para ver um
formato, porém, o outro parecia ser cilíndrico porque foi comparado a uma tocha.
Agora, é que entra o tipo de óculos a ser utilizado. Um deles é usado pela
Ufologia que interpreta esse evento como dois Óvnis que voaram por aquela região
na época. E, como vários Óvnis já foram relatados como sendo em forma de
cilindros parecendo como uma tocha se assemelha em muito ao que o texto
menciona. Já o outro também se refere a um dos relatos de Óvnis que devido ao
brilho não deixam aparecer o seu formato. Essa é uma das interpretações possíveis.
E, caso tenha sido o fato de serem Óvnis genuínos não devemos ignorar o
fato de que o Universo é gigantesco e havendo as condições necessárias ao
surgimento da vida ela pode ter surgido em vários pontos de nossa Galáxia e por
todo o Universo. E, como Deus cria vida nada lhe é impossível. E, se esse é um
casso autentico na época isso não muda em nada a nossa fé porque Deus é soberano
em suas ações.
Mas, claro que todos tinham ciência do que eram meteoritos que caiam e
podiam ser vistos à noite. Porém, esses eram bem maiores e devem ter assustado e
muito os habitantes. Assim, o brilho intenso que parecia um fogo fumegante e de
uma tocha podia ser exatamente a calda dos meteoros que iam se desintegrando
conforme a queda.
Pode haver também uma terceira interpretação e outras, porém, essas duas
são bem convincentes dependendo o campo de interpretação e quem busca uma
resposta para esse evento celeste no céu noturno. E, como ele foi enxertado no
texto como um acontecimento que quebrou uma história relatada fica a curiosidade
de se explicar esse fenômeno como o texto citado do Evangelho já visto.
“Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos. Tinha ela uma
serva egípcia, que se chamava Agar. Disse Sarai a Abrão: Eis que o
Senhor me tem impedido de ter filhos; toma, pois, a minha serva;
porventura terei filhos por meio dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
Assim Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar a egípcia, sua serva, e a
deu por mulher a Abrão seu marido, depois de Abrão ter habitado dez
anos na terra de Canaã. E ele conheceu a Agar, e ela concebeu; e vendo
ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos”.
Sarai: ela era esposa de Abrão, entretanto, ela era também sua meia-irmã
já que eram filhos do mesmo pai, mas de mães diferentes. Seu nome significa
“Contenda” e Deus mudaria o nome dela para Sara que significa “Princesa”
porque não seria benéfico um povo descender de uma contenda.
Agar: ela era uma serva egípcia que foi dada para Sarai após o seu
matrimônio com Abrão. Não se sabe como ela se tornou serva ou escrava porque
naquela época se alguém não podia pagar suas dívidas era vendido como escravo ou
não tendo o homem como pagar suas dívidas sua família era vendida para cobrir as
dívidas. Em guerras também, as pessoas pertencentes aos povos derrotados
também acabavam sujeitas à Escravidão. Dessa forma, não se sabe como Agar se
tornou serva, mas, deve ter sido por causa de algumas dessas situações.
O que ainda se sabe dela é que ela era egípcia, logo, algo que ocorreu fez
com que Sarai recebesse uma egípcia como serva ou escrava.
Esterilidade de Sarai: Isso quer dizer que ela não podia conceber filhos por
causa de algum problema de seu sistema reprodutor. Talvez tenha sido porque
ambos eram meios-irmãos e o tipo sanguíneo tenha sido um fator. Claro que o
problema pode ter sido outro e não esse. E, naquela época a esterilidade de uma
mulher era motivo de desonra e vergonha porque ela não poderia gerar uma
descendência ao marido.
Assim, essa situação era motivo de tristeza para ela que a devia incomodar
muito.
Podemos de certa forma entender que isso foi uma espécie de prática de
“barriga de aluguel” como conhecemos hoje e que o relato de Gênesis prenunciou
isso aqui. Isso não quer dizer que houve um novo matrimônio.
Algumas pessoas até podem entender que isso foi uma espécie de adultério
consentido por Sarai para que seu marido não ficasse sem filho. Muitas pessoas até
questionam a atitude de descrença de Abrão na promessa de Deus já que ele e
Sarai já haviam chegados à idade avançada.
Também não devemos ignorar o fato de que ambos eram filhos e herdeiros
de uma cultura em sua época na qual a Bigamia e Poligamia não eram problemas.
E, quem pensa que Deus aprovou essa atitude deve observar que ela trouxe uma
grande consequência. É só observarmos dois textos:
Gênesis 16.16: “Ora, tinha Abrão oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu
Ismael”. E
Após a leitura é possível observar que Deus ficou sem falar com Abrão
durante treze anos por causa desse pecado cometido. E, não que Deus não quisesse
se comunicar com ele, mas porque a atitude de Abrão fez com que ele se afastasse
de Deus e não conseguia mais ouvi-lo. Assim, quem restabeleceu o diálogo foi Deus
e não Abrão como foi visto na leitura dos textos citados.
074 – DEUS SOCORRE A AGAR EM MEIO A SEU
SOFRIMENTO. [Gn. 16.6-10].
“Ao que disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está nas tuas
mãos; faze-lhe como bem te parecer. E Sarai maltratou-a, e ela fugiu de
sua face. Então o anjo do Senhor, achando-a junto a uma fonte no
deserto, a fonte que está no caminho de Sur, perguntou-lhe: Agar, serva
de Sarai, donde vieste, e para onde vais? Respondeu ela: Da presença de
Sarai, minha senhora, vou fugindo. Disse-lhe o anjo do Senhor: Torna-
te para tua senhora, e humilha-te debaixo das suas mãos. Disse-lhe mais
o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, de
modo que não será contada, por numerosa que será”.
E, claro que ela pensou que teria o apoio do anjo quando ela ouviu o que
jamais esperava o que ouviria. Ele disse que ela deveria retornar e enfrentar a
reprovação e castigo que Sarai poderia se utilizar para humilhá-la.
Isso nos deixa a pensar se isso é justo ou não porque ela já sofria por viver
uma vida servil e por ter sido castigada. E, agora deveria voltar e sujeitar-se
novamente a Sarai. Mas, por que essa ordem foi dada a Agar?
Na verdade, não era a vontade de Deus que Agar vivesse uma vida de
sofrimento sob o jugo de Sarai, mas por outro lado sozinha e grávida ela sofreria
muito mais. O que acontecia era que mesmo que fosse difícil viver sob o jugo de
Sarai, ela precisava da proteção que Abrão lhe daria como para com seu próprio
filho.
Mas, o que ela podia esperar com isso? É o que o texto relata no final
quando o anjo revela que ela, diferente de Abrão, seria uma grande Matriarca e
mão de uma grande descendência. De fato, Abrão sendo pai de Ismael e Isaque se
tornaria um grande Patriarca com sua descendência.
E, agora vemos a justiça feita aqui em relação a Agar. Sarai não teve a
garantia de ser uma Matriarca de uma grande descendência, mas Agar sim, mesmo
sendo serva.
Entretanto, diz a Lei da Física “que para toda ação há uma reação” o que
nos faz indagar sobre o motivo de Sarai em castigar a Agar. E, a resposta a isso é o
que pode ser observado no texto de Gênesis 16:4-5:
“E ele conheceu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua
senhora desprezada aos seus olhos. Então disse Sarai a Abrão: Sobre ti seja a
afronta que me é dirigida a mim; pus a minha serva em teu regaço; vendo ela
agora que concebeu, sou desprezada aos seus olhos; o Senhor julgue entre mim e
ti”.
Pelo que dá para observar nesse texto, Agar depois que se viu grávida
passou a desprezar a sua senhora, Sarai. Talvez ela tenha pensado que se tornaria
agora a esposa número um de Abrão, e que seria liberta e mandaria na casa. Assim,
pelo fato de poder dar filhos para Abrão ela tenha pensado que teria um grande
privilégio, e por isso, acabou se vingando de Sarai.
Porém, ela não contava que Sarai reclamaria a Abrão sobre isso, e em
seguida, Abrão permitiu a Sarai a castigá-la como quisesse. Por causa disso, ela se
sentindo desamparada por Abrão resolver fugir por causa do que Sarai passou a
fazer contra ela.
Abrão recebeu a promessa de que ele teria uma descendência enorme. Mas,
aqui, Agar foi avisada de que ela teria uma descendência enorme. De fato, Agar foi
consolada com essa profecia porque mesmo sendo submetida como umas serva e
sofrendo como serva ela tinha assegurada uma posteridade incontável.
Para que possamos fazer uma comparação entre os três vamos observar os
seguintes textos:
- Lucas 1.13: “Mas o anjo lhe disse: Não temais, Zacarias; porque a tua
oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome
de João”.
- Mateus 1.20-21: “E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu
um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua
mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo; ela dará à luz um filho, a
quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
- Lucas 1.30-31: “Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste
graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o
nome de Jesus”.
Pelo que pode ser observado, Zacarias e José ficaram sabendo pelo anjo
que suas esposas engravidariam e teriam um filho e qual deveria ser o nome posto
neles. Já no caso de Isabel e Maria apenas a mãe de Jesus foi visitada pelo anjo e
ficou sabendo do menino que nasceria e qual deveria ser o nome colocado nele.
Dessa forma pudemos verificar que tempos depois do anjo ter anunciado a
Abrão que sua esposa conceberia uma criança, Zacarias e José também seriam
avisados sobre suas crianças que nasceriam. Dessa forma, Abrão antes mesmo que
José e Zacarias recebera a ordenança de qual deveria ser o nome colocado em seus
filhos.
076 – MENÇÃO A UMA ESTRANHA PROFECIA. [Gn.
16.12].
Esse episódio ocorreu quando depois de Agar ter fugido de Sarai porque ela
estava castigando dela, mesmo estando grávida, o anjo se dirigiu a ela e ordenou-a
que ela voltasse e se submetesse a Sarai. Em seguida ele lhe disse que seu filho que
nasceria seria chamado Ismael.
Mas, o que isso quer dizer? Claro que pode haver várias interpretações a
respeito, porém, pode ser observado nessa profecia que ele se tornaria um tipo de
líder que não seria controlado, manipulado ou subjugado. E, com essa atitude ele se
levantaria contra homens poderosos que revidariam diante de sua atitude de não se
prostrar diante de outros.
Podemos também entender que ele foi um tipo de líder que não levava
desaforos para casa e não pensava duas vezes antes de tomar uma atitude. Claro
que ele também pode ser interpretado como uma pessoa subversiva que não
aceitava controle ou comando de outros homens.
Talvez ele tenha assumido essa postura depois de ter sido criado por Agar
sua mãe e ter presenciado a atitude dela de servidão para com seu pai e a esposa
dele, Sarai. Isso deve ter feito com que ele buscasse a sua independência e não
aceitasse ser um simples servo e também viver subjugado. Por causa disso, ele se
tornou um líder poderoso e se viu forçado a viver contra as mãos dos poderosos ao
mesmo tempo em que teve as mãos dos poderosos contra ele.
De fato, essa profecia já mostrava para Agar que seu filho diferente dela
não se sujeitaria a servidão e se levantaria contra todo aquele que tentasse
controlá-lo, escravizá-lo, manipulá-lo e etc.
E, nessa proposta, Agar é que não foi consultada e teve que se render aos
caprichos de Sarai. E, assim fez Abrão ao tomar Agar e ter um filho com ela. E,
quando ele tinha 86 anos se tornou pai de Ismael.
Mas, não ficou por aí porque 14 anos depois Sarai conceberia e daria a luz a
Isaque quando Abrão tinha 100 anos de idade. É o que relata o texto de Gênesis
17.19:
E, por incrível que pareça para muitas pessoas Abrão só teve esses dois
filhos e só foi pai duas vezes. Entretanto, ele não parou por aí porque depois da
morte de Sarai ele tomou como esposa a Quetura com quem teve mais seis filhos
conforme atesta o texto de Gênesis 25.1-2: “Ora, Abraão tomou outra mulher, que
se chamava Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e
Suá”.
Entretanto, Abrão não parou por aí porque teve mais filhos com suas
concubinas de forma que não foram enumerados e citados pelos nomes porque
devem ter sido muitos. É o que menciona o texto de Gênesis 25.6: “no entanto aos
filhos das concubinas que Abraão tinha, deu ele dádivas; e, ainda em vida, os
separou de seu filho Isaque, enviando-os ao Oriente, para a terra oriental”.
Pelo que pode ser observado não dá para saber o momento em que Abrão
passou a ter concubinas e filhos com elas, mas deve ter sido depois da morte de
Sarai já que ele tivera um filho com Agar. E, quem pensava que ele ficaria com
Agar depois da morte de Sara ele tomou a Quetura como esposa e tomou várias
concubinas para si.
E, pelo que também se observa no texto ele enviou seus outros filhos para o
Oriente porque ele deve ter imaginado que poderia haver conflitos entre eles por
causa de Isaque já que ele era o preferido dele. Assim, ele deve ter buscado
garantir sua sucessão em Isaque. Também é possível que ele tenha pensado em
aumentar as suas posses no Oriente ao enviar seus filhos para lá.
E, conforme o texto relata ele deve ter enviado os filhos que tivera com
Quetura e com suas concubinas, porém, Isaque e Ismael ele buscou manter na
região sob os seus cuidados e olhares o quanto foi possível.
CONCLUSÃO.
Depois de ter lido todos os temas abordados nesse livro é possível observar
que só foram abordados os primeiros dezesseis capítulos. De fato, muitas pessoas
devem ter criticado alguns temas apresentados, porém, não deve ser ignorado o
fato de que há muitas interpretações possíveis e aqui constam algumas delas.
Outra coisa que deve ficar claro é que nalgumas interpretações todas as pessoas
são tidas como “personagens” por não terem existido de fato e que os eventos
relatados no livro de Gênesis são tidos como “mitos” para explicarem verdades e
não acontecimentos de fato.
E, nessa tarefa não devemos ignorar o que está por trás de cada pessoa e de
cada evento que foi relatado no livro de Gênesis. E, creio que o mais interessante é
saber que todos os nomes das pessoas têm um significado que pode ser traduzido
para o nosso idioma. De fato, essa é a grande riqueza que temos nesse livro
importantíssimo que faz parte da Bíblia Sagrada.
Talvez alguém até pense que muito do que foi abordado aqui seja coisa sem
importância, porém, para cada evento há algo muito interessante de se observar.
Creio que a minha vontade em se escrever esse livro foi no intuito de desfazer
muitas críticas negativas a respeito de Gênesis porque eu sempre defendo a ideia
de que “para cada contradição há uma explicação”. E, são atrás dessas
contradições que eu tenho procurado por respostas satisfatórias.
Eu penso que uma das chaves que tem ajudado a desvendar o que está por
trás de todos os relatos está relacionada aos nomes das pessoas no livro de
Gênesis. Outra chave que nos ajuda a compreender o livro de Gênesis está
relacionada às pesquisas das mais diversas que se conhece. Na verdade, graças à
Arqueologia muitas verdades têm sido trazidas à tona de modo a confirmar
verdades relatadas em Gênesis.
Eu imagino que de todos os temas trabalhados nesse livro algo deve ter sido
benéfico para quem o adquiriu e poderá ajudar em suas próprias interpretações e
conclusões a respeito. Assim, algo que deve ficar bem claro para quem o adquiriu e
está lendo ou estudando é que ele não se trata de um livro escrito por um Doutor ou
Mestre em Ciências da Religião e etc. Ele foi escrito por alguém que se formou em
Teologia e sempre teve curiosidades a respeito de várias afirmações em relatos
bíblicos.
Quem leu alguns temas pode até ter pensado que eu trouxe alguma
confusão ao mencionar áreas que nada tem a ver com Teologia ou prática religiosa
como a Ufologia. De fato, até mesmo dentro da própria Ufologia há pessoas que
não trabalham com seriedade e inventam coisas. Nós vivemos hoje num mundo e
numa realidade que não podemos esconder e nem ignorar que o que Deus criou no
Universo é grande demais para ser mantido fora de discussão.
Nós vivemos num planeta que faz parte de um Sistema Estelar conhecido
como Sistema Solar. E, ele é um dos incontáveis que há em todo o Universo. Isso
quer dizer que há apenas quatro anos luz daqui há outro Sistema Estelar conhecido
como Alfa Centauri no qual diferente do nosso há três estrelas ou Sóis o que pode
ter proporcionado o surgimento de vida de alguma forma. Porém, não temos
tecnologia para chegar lá porque não temos nenhuma nave que chegue à
velocidade da luz.
Bom! Espero que a leitura desse livro tenha ajudado de alguma forma
porque não podemos ignorar relatos bíblicos que trazem algo que a princípio não dá
para compreender, porém, com o tempo com a ajuda da Ciência começamos a
entender os eventos que ocorreram no passado.
Entendo que nesse livro eu busquei trabalhar algo mais relacionado à linha
literalista porque numa abordagem mais relacionada a afirmações de que as
pessoas não existiram e são apenas personagens de contos e que os eventos não
ocorreram de fato, mas que são apenas mitos para explicarem algumas realidades,
eu apenas forneci outras interpretações possíveis já que são inúmeras as que
existem e são publicadas em inúmeros livros feitos em todo o mundo. Dessa forma,
fica nesse livro mais algumas interpretações que podem sofrer mais alguns
acréscimos e críticas construtivas porque como escritor sempre estou preparado
para novos aprendizados e novas contribuições para melhorar o que já foi feito.
OUTRAS PUBLICAÇÕES:
20 – Judas – A Epístola.
aiamco@yahoo.com.br