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em EDO e EDP
Processos Iterativos, Equações Algébricas e Sistemas de
Equações
2. Ainda para o caso b = 0, identifique todos os 7 casos relevantes para os valores constante
a e avalie, a partir de um gráfico para cada um dos casos, a estabilidade do ponto fixo
x⋆ = 0.
3. Considere, agora, que b 6= 0, mas que seja muito pequeno quando comparado a 1, isto é
|b| << 1. Com isto em mente, faça um estudo analı́tico do ponto fixo do processo iterativo
para os sete casos estudados no item 2 e compare com o caso b = 0. Há mudanças na
estabilidade dos pontos fixos por esta pequena perturbação no sistema? Identifique um
critério para que o ponto fixo seja assintóticamente estável. Este critério dependerá de b?
B. Considere um processo iterativo do tipo x(n+1) = g(x(n) ) em que a função g(x) seja contı́nua
num intervalo [a, b], que tenha um ponto fixo x∗ no intervalo [a, b] e que seja tal que |g ′ (x)| ≤
k, ∀x ∈ (a, b), com 0 < k < 1.
1. Defina e(n) = |x(n) − x∗ | o erro cometido em aproximar o ponto fixo x∗ pela iteração x(n) .
Mostre que e(n) ≤ k n e0 e que, portanto, este processo iterativo converge para o ponto fixo.
2. Use o teorema do valor médio para mostrar que |x(n+1) − x(n) | ≤ k n |x(1) − x(0) |. Posteri-
ormente, usando a desigualdade triangular, mostre que, para m > n ≥ 1, temos que
k n (1) (1)
e(n) ≤ |x − x(0) |.
1−k
Com este resultado, é possı́vel obtermos uma estimativa a priori para o erro da apro-
ximação do ponto fixo na iteração n.
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3. Com base nos resultados acima, determine um intervalo [a, b] no qual a iteração de ponto
fixo converge para os casos abaixo. Além disto, determine, a priori, quantas iterações serão
necessárias para se atingir uma aproximação para o ponto fixo com erro menor que 10−5 .
2 − ex + x 2 5
(a) g(x) = (b) g(x) = +2 (c) g(x) = 6−x .
3 x2
s 2
(n+1) 10
iii. x =
4 + x(n)
1. Mostre que todos os processos acima têm pelo menos um ponto fixo idêntico. Não é
necessário encontrá-lo explicitamente, mas apenas mostrar que o ponto fixo é o mesmo.
2. Classifique este ponto fixo idêntico para cada um dos cinco processos e compare seus
resultados. O que acontece?
D. Considere os processos iterativos x(n+1) = g(x(n) ) dados abaixo. Escreva um programa para
encontrar os pontos fixos destes processos, com precisão de 6 casas decimais (isto é, o valor
absoluto entre dois valores consecutivos x(k) e x(k+1) deve ser menor que 10−6 ). Posteriormente,
faça um estudo da convergência deste processo iterativo em função do chute inicial dado. Para
tal, considere 200 chutes iniciais x(0) ∈ [0, 100] e salve, num arquivo, a quantidade de iterações
para se alcançar a precisão de 10−6 em função da distância do chute ao ponto fixo. Qual é o
comportamento observado? Identifique a influência do chute no resultado obtido.
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√
1. x x − cos(x) = 0, em [0, 1] 5. xx + 2−x + 2 cos(x) = 6, em [1, 2]
2. A equação e−x = x tem pelo menos uma solução no intervalo [0, 1]? Por que? Em caso
afirmativo, podemos garantir que ela seja única?
√
3. Determine 6 3 com precisão de 5 casas decimais.
4. A soma de dois números x e y é 20. Se somarmos a cada um destes números sua raiz
quadrada, o produto destes novos números é 155.55. Determine estes dois números com
precisão de 10−4 .
√
5. Qual método converge mais rápido para a solução da equação log(x) − 3 3 x = π, para
mesmos chutes iniciais, com precisão de 6 casas decimais: Newton-Raphson, secante ou
bisseção?
1
C. Considere a equação x3 − x − = 0, que admite três soluções reais no intervalo [−1.5, 1].
5
1. Encontre, pelo método de sua preferência, as três soluções desta equação.
2. Faça um estudo detalhado do chute inicial para o método de Newton-Raphson, isto é, esco-
lha cerca de 50 pontos no intervalo acima e determine para que raiz o método convergirá.
Com isto, você irá determinar a zona de influência de cada solução da equação.
3. Determine um processo iterativo isolando o termo x3 e encontre uma das raı́zes por este
método. Compare a quantidade de iterações necessárias com o método de Newton-Raphson
para um mesmo chute.
4. Encontre pelo menos outros dois processos iterativos baseados nesta equação e tente en-
contrar a solução que você escolheu por estes processos. Compare com os resultados que
você obteve no item anterior e perceba que a convergência depende fortemente da escolha
do processo iterativo. Por quê? Note que nem todos os processos que você encontrará
serão convergentes!
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x
2. Aplique-o para encontrar a solução não-nula da equação sin(x) − = 0 com precisão de
2
5 casas decimais.
3. Trace um gráfico do erro cometido em cada iteração e determine qual é a ordem deste
método. Compare seus resultados com o Método da Secante e com Newton-Raphson.
E. (Raı́zes múltiplas) Uma raiz p de uma equação f (x) = 0 é dita de multiplicidade m se,
para todo x 6= p, pudermos escrever
Note, portanto, que se uma função possui um zero com multiplicidade 1 em x = p se e somente
se f (p) = 0 e f ′ (p) 6= 0. Desta forma, vemos que não temos problemas para aplicar o método de
Newton-Raphson para encontrar raı́zes de multiplicidade 1. Porém, se uma raiz tem multiplici-
dade m, então f (p) = f ′ (p) = f ′′ (p) = · · · = f (m−1) (p) = 0 e f (m) (p) 6= 0. Desta forma, teremos
problemas para encontrá-la como método de Newton-Raphson. Uma maneira de resolver este
problema é descrita nos ı́tens abaixo.
f (x)
1. Chame µ(x) = e suponha que f (x) = 0 tenha uma raiz de multiplicidade m em
f ′ (x)
x = p. Use eq.(⋆) para mostrar que
q(x)
µ(x) = (x − p) .
mq(x) + (x − p)q ′ (x)
| {z }
♣
Mostre que a fração (♣) não tem um zero em p e, portanto, x = p é uma raiz simples de
µ(x).
2. Aplique, então, o método de Newton-Raphson para µ(x) e mostre que o método pode ser
escrito como:
f (x(n) )f ′ (x(n) )
x(n+1) = x(n) − ′ (n) 2 .
[f (x )] − f (x(n) )f ′′ (x(n) )
Qual é a ordem deste método? Note que a dificuldade deste método está em determinar
a segunda derivada de f (x) e nas possı́veis subtrações de valores muito próximas de zero
no denominador, para valores de x próximos à raiz.
4. Repita o procedimento do item anterior para f (x) = x4 − 9x3 + 9x2 − 27 para o zero p = 3.
A. Escreva um programa para resolver os sistemas lineares abaixo. Em alguns casos, a matriz
dos coeficientes do sistema não será regular e será necessário realizar algumas permutações de
linhas. Note que é fácil verificar se seu resultado está correto com uma simples substituição dos
valors encontrados.
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4x − y + z = 8
x+y+w =2
1. 2x + 5y + 2z = 3 2x + y + −z + w = 1
3.
x + 2y + 4z = 11
−x + 2y + 3z − z = 4
3x − y − z + 2w = −3
2x − 1.5y + 3z = 1
2. −x + 2z = 3 x + 2y = 3
4.
4x − 4.5y + 5z = 1 x−y =0
B. Escreva um programa para encontrar a fatoração LU das matrizes abaixo. Note que, para
algumas destas matrizes, será necessário fazer um pivoteamento parcial.
√ √
1 0 −1 0 π −e 2 − 3
0 2 3 −1 π2 2 3
1. 3. √ √ e −e √7
−1 3 2 2 5 − 6
√1 − 21
0 −1 2 1 π 3 2
e − 7 9
1 1 −1 1 −5 1
2. 1 1 4 4. 10 0 20
2 −1 2 5 0 −1
1. Escreva um programa para calcular a inversa de uma matriz N × N com base no algoritmo
da fatoração LU.
3. Resolva os sistemas da questão A determinando a matriz inversa, isto é, para cada um dos
sistemas Ax = b, determine A−1 e encontre a solução com sendo x = A−1 b.
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para qualquer escolha de i, e em que Mij é o determinante da submatriz N − 1 × N − 1 obtida a
partir da eliminanção da i-ésima linha e j-ésima coluna da matriz A. Note que este procedimento
é bem definido, pois quando aplicado recursivamente, levará ao cálculo de vários determinantes
de matrizes 1 × 1. O problema de implementar-se esta operação computacionalmente é que
ela é muito cara, necessitando O(N !) operações para determinar |A|. Sabemos, porém, que
o determinante tem propriedades bastante úteis. Primeiro, se fizermos uma operação Li ←
Li + λLj numa matriz A, o seu determinante permanence inalterado. Segundo, se fizermos uma
permuta de linhas Li ↔ Lj na matriz A, seu determinante é multiplicado por −1. Além disto,
se A for uma matriz triangular superior, inferior ou mesmo diagonal, seu determinante é dado
simplesmente por
YN
|A| = aii .
i=1
Desta forma, se conseguirmos encontrar uma matriz triangular superior pelo método do es-
calonamento (o que será sempre possı́vel desde que |A| =6 0), conseguiremos determinar seu
determinante facilmente. Com base nestas informações, escreva um programa para calcular o
determinante de uma matriz N × N . Mostre que:
2 1 −1 1
1 1 0 3
det
−1
= 39.
2 3 −1
3 −1 −1 2
2. Para que valores de α não será necessário fazer um pivoteamento durante a eliminação
gaussiana?
A. Determine se as matrizes abaixo são convergentes ou não. Você pode precisar usar ferramen-
tas de cálculo numérico que você já conhece.
√
5 −3 −2 π −e 2 2 −1 −1
1
1. 1 −2 1 π2
2. √ √ e −e
2 3. 2 2 2
5
1 −5 4 5 − 6 1 −1 −1 2
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e U é uma matriz estritamente triangular superior. Mostre que o método de Gauss-Jacobi
aplicado a este sistema linear pode ser escrito como
e o método de Gauss-Seidel aplicado a este sistema linear pode ser escrito como
C. Escreva um programa para resolver os sistemas lineares abaixo usando os métodos de Gauss-
Jacobi e Gauss-Seidel. Por que é possı́vel saber a priori que a solução destes sistemas pode ser
encontrada por estes métodos? Note que é fácil verificar se seu resultado está correto com uma
simples substituição dos valors encontrados.
3x −y +z = 1
4x +y −z +w = −2
1. 3x +6y +2z = 0 x+ 4y −z −w = −1
3.
3x +3y +7z = 4
−x −y +5z +z = 0
x −y +z +3w = 1
10x +5y = 6
10x −y = 9 5x +10y −4z = 25
4.
2. −x +10y −2z = 7
−4y +8z −z = −11
−2y +10z = 6 −z +5w = −11
E. [Método das potências] Um dos métodos mais simples para determinar o autovalor domi-
nante de uma matriz A, de tamanho N × N , a partir do processo iterativo linear xn+1 = Axn ,
com chute inicial x0 = a. Para isto, suponha que {v1 , v2 , v3 , . . . , vN } seja a base de autovetores
da matriz A e {λ1 , λ2 , λ3 , . . . , λN } os seus respectivos autovalores. Considere os ı́tens abaixo.
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1. Mostre que a solução geral do processo iterativo é xn = An a. Posteriormente, usando a
base de autovetores, escreva que a = c1 v1 + c2 v2 + · · · + cN vN e mostre que a solução geral
do processo iterativo é xn = λn1 c1 v1 + λn2 c2 v2 + · · · + λnN cN vN .
2. Note que se a matriz A tiver um autovalor dominante, isto é, |λi | > |λk |, k 6= j, a solução
para algum n ≫ 1 será do tipo xn = λni ci vi e, assim, cada uma das componentes xj do
vetor xn também serão do tipo xnj = λni ci vij , com vij a j-ésima componente do autovetor
xn+1
j
vi . O autovalor dominante será determinado, então, como sendo λi = lim , ∀j,
n→∞ xn
j
desde que ci , xnj 6= 0.
4. Como você determinaria o autovetor associado ao autovalor encontrado por este método?
Teste a sensibilidade da solução à condição inicial. É possı́vel encontrar um chute inicial que
leve a outras soluções dos sistemas 1 a 3?
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