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Biologia Celular e Histologia

1ºAno – Ortóptica

Divisão Celular
Mitose e Meiose

Alunos: Juliana Carvalhoso Almeida – 10170352

Ana Sofia Ledo Sampaio – 10170113

Marta Sofia Machado Fernandes – 10170434

Ana Andreia Pacheco Dias – 10170058

Docente: Elisabete Pacheco Data limite de entrega: 2 semanas


após a realização da aula prática
Introdução
De facto, uma das propriedades mais importantes das células é a capacidade de se dividirem.
Nos seres pluricelulares, pela divisão celular, as células multiplicam-se, o que permite o
crescimento dos seres vivos. Quer nos seres unicelulares, quer nos pluricelulares, uma nova
célula surge sempre da divisão de uma célula que existia anteriormente. A sua vida começa
quando esta surge a partir da célula-mãe e acaba quando ela própria se divide para originar
células-filhas

No âmbito da unidade curricular de Biologia Celular e Histologia (prática) foi realizada


uma atividade laboratorial, onde foi possível observar células do ápice radicular da cebola, e
identificar as diferentes fases do ciclo celular em que estas se encontravam.

Deste modo, o conjunto de transformações que uma célula sofre desde o seu nascimento, até
ao momento em que se divide denomina-se ciclo celular. Este processo integra duas fases
fundamentais – a interfase e a fase mitótica.

A interfase corresponde ao período compreendido entre o final de uma divisão celular e o início
da divisão celular seguinte; é a fase mais longa do ciclo celular, e é nela que as células se
encontram a maior parte do tempo. Esta, integra três subfases: fase G1, S e G2. e é responsável
pelo crescimento celular e duplicação do ADN.

A fase mitótica é a fase do ciclo celular onde ocorre duas divisões, a divisão do núcleo – mitose
- e do citoplasma – citocinese. A mitose integra 4 subfases: prófase, metáfase, anáfase e
telófase; todas estas fases se caracterizam por um dado conjunto de fenómenos:

Prófase – é a etapa mais longa da mitose. Os filamentos de cromatina condensam-se, originado


estruturas grossas e curtas – os cromossomas – estes vão ser constituídos por dois cromatídeos
unidos por um centrómero; a membrana nuclear fragmenta-se e o nucléolo desaparece e por fim
forma-se o fuso acromático nos polos da célula;

Metáfase- é a subfase onde o fuso acromático se liga aos centrómeros dos cromossomas. Estes
já atingiram o encurtamento máximo, formando assim, a placa equatorial, onde os cromossomas
se dispõem voltados para o centro do plano.

Anáfase – nesta etapa dá-se a fragmentação dos centrómeros, separando assim, os cromatídeos,
passando cada um destes a formar um cromossoma; o fuso acromático começa a encurtar-se
levando desta forma, os cromossomas para os polos – ascensão polar
(Cont.)

Telófase – nesta subfase a cromatina descondensa-se e alonga-se. O fuso acromático dissolve-se


e a membrana nuclear reaparece dispondo-se à volta dos cromossomas formando assim, dois
núcleos novos.

Quando terminada a mitose, ocorre a citocinese, que consiste na separação do citoplasma da


célula-mãe em duas partes iguais, originando desta forma, as duas novas células. Na célula
vegetal a parede celular não permite o estrangulamento do citoplasma, em vez disso, é formada
na região equatorial a membrana plasmática, que resulta da fusão das vesículas provenientes do
complexo de Golgi que se alinham nessa região.

De facto, a mitose é responsável pelo crescimento e desenvolvimento dos vegetais pois, no


princípio da sua formação , todas as células do embrião dividem-se, no entanto, mais tarde, são
criadas estruturas próprias para a multiplicação celular – os meristemas - onde ocorrem
sucessivas divisões celulares. Estas estruturas encontram-se nos ápices radiculares e formam o
meristema apical radicular. Superiores a essas zonas situam-se as zonas de alongamento celular,
onde ocorre o crescimento das células e sua especificação

Além da mitose, existe outro processo de divisão: a meiose, na qual o número de


cromossomos é reduzido a metade nas células-filhas. A redução do número de cromossomas
ocorre, porque nesse processo há uma única duplicação, seguida de duas divisões nucleares
consecutivas: a meiose I e a meiose II.
Objetivos
✓ Realizar uma preparação de ápice radicular da cebola com o corante orceína acética.
✓ Observar essa preparação ao microscópio óptico ;
✓ Observar e identificar as diferentes fases do ciclo celular em que se encontravam as
células da Allium Cepa.

Material
Material:

✓ Cebolas com raízes novas;

✓ Bisturi;

✓ Pinças;

✓ Vidros de relógio;

✓ Lamparina;

✓ Lâminas e lamelas.

Soluções:

✓ Solução de álcool acético (etanol absoluto e ácido acético 3:1);


✓ Solução de ácido clorídrico 1M;
✓ Orceína acética.
Métodos:
✓ Seccionar um ápice radicular de Allium cepa com 4-5 mm de comprimento e coloca-lo
num tubo de ensaio durante 10 minutos em álcool acético. A solução de álcool acético é
uma solução fixadora que mata as células mas não danifica as suas estruturas;
✓ Lavar os ápices num vidro de relógio com água destilada;
✓ Retirar do vidro de relógio a água destilada e adicionar HCL 1M. Deixar atuar durante 5
minutos. O ácido clorídrico promove a dissolução das substâncias pécticas que ligam as
células umas ás outras;
✓ Lavar novamente os ápices em água destilada.
✓ Colocar o ápice numa lâmina com duas gotas de orceína acética e aquecer ligeiramente,
sem deixar ferver o corante.
✓ Colocar sobre o ápice outra gota de orceína acética e cobrir com a lamela.
✓ Comprimir delicadamente a lamela contra a lâmina de forma a esmagar o ápice.
✓ Com papel absorvente limpar o excesso de corante.
✓ Fazer esquemas ilustrativos (devidamente legendados) das diferentes figuras mitóticas
observadas.
✓ Observar também nas preparações definitivas fornecidas as diferentes fases da mitose.
Resultados

Fig.1- Prófase

Ampliação= 400x

Fig.2-Anáfase

Ampliação= 400x

Fig.3- Telófase

Ampliação=400x
Discussão
A mitose é um processo de grande importância para as células vegetais, uma vez que lhes
possibilita o seu crescimento e desenvolvimento. Esta consiste então, na prófase, metáfase,
anáfase e telófase, segundo as observações efetuadas. Podemos distinguir estas diferentes
subfases através de características especificas de cada uma das fases:

✓ quando a célula se encontrava em prófase, era possível distinguir os cromossomas,


apesar de se encontrarem pouco condensados. O invólucro nuclear desagregou-se.
✓ quando a célula se encontrava em anáfase, era possível ver dois conjuntos de
cromossomas formados por um cromatídeo, em cada um dos polos da célula.
✓ era possível observar a formação de dois núcleos, quando a célula se encontrava em
telófase, com a cromatina dispersa, de maneira que os cromossomas não eram visíveis.

A metáfase não foi possível ser observada, no entanto, o espectável seria observar a placa
equatorial formada pelos cromossomas na sua máxima condensação, que estariam ligados ao
fuso acromático, o qual não seria visível.

A citocinese que resulta da acumulação de vesículas Golgianas, iria formar a parede celular,
também não foi possível observar.

Algumas células ainda se encontravam na interfase, onde apenas se visualizava o núcleo da


célula com a cromatina dispersa. Durante a interfase, na fase S, ocorre a replicação
semiconservativa das moléculas de DNA que fazem parte dos cromossomas. Estes ficam
constituídos por dois cromatídeos ligados pelo centrómero e nesse momento, as células têm
informação genética duplicada.

Na experiência laboratorial foi utilizado álcool acético, que fixou e matou as células mas não
danificou as suas estruturas e foi utilizado também ácido clorídrico que promoveu a dissolução
de substâncias pépticas que ligaram as células umas as outras; e por último, um corante
designado de orceína acética.

Na preparação temporária, não foi possível, de facto, observar todas as fases da mitose devido
talvez a uma incorrecta dissociação da extremidade da raiz Allium cepa, ou uma incorreta
passagem da preparação pela chama da lamparina. Desta forma, teve que se recorrer a uma
preparação definitiva para observar todas as fases.
Conclusão:
Com base nesta experiência, concluímos que a mitose contribui para a estabilidade genética
ao longo das gerações, pois durante a fase mitótica, e após a clivagem do centrómero, cada um
dos cromossomas-irmãos migra para os pólos da célula. Deste modo, na anáfase ocorre uma
distribuição equitativa dos cromossomas e por isso, do DNA pelas células-filhas. Estas recebem
por este processo um número de cromossomas idêntico ao da célula-mãe e, portanto, a mesma
informação genética, garantindo, se nenhuma mutação génica ocorrer, a estabilidade genética
através das gerações.

Verificamos, desta forma, que a mitose é um processo responsável pelo crescimento dos
vegetais pois, no principio da formação dos vegetais, todas as células do embrião se dividem,
mas, mais tarde, são criadas estruturas próprias para multiplicação celular - os meristemas – que
é o local onde ocorrem sucessivas divisões celulares, tais como os que se encontram no ápice
vegetativo das raízes de Allium cepa, daí a utilização deste material biológico.

Podemos então concluir, que a mitose é um processo de grande importância para as células
vegetais.

Bibliografia

✓ Cooper. The cell.


✓ Alberts, et al.Molecular Cell Biology

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