152 • El derecho de la libertad

La posibilidad de la libertad • 153

reglas m o r a l e s q u e n op u e d e n abolir ellos m i s m o s . E lsentido d el o q u e com-

m o r a l supera e l d e l a l i b e r t a d jurídica: c o n e s t a s o l o t e n e m o s e l d e r e c h o d e
p o n e u n a a m i s t a d , las n o r m a s d e u n a constitución, las o b l i g a c i o n e s e n t r e p a d r e s
modificar sin injerencias nuestra propia vida; c o n aquella, e ncambio, tenemos
e hijos: e nu n m o m e n t o determinado t o d o eso son hechos institucionales con
e l d e r e c h o d e i n f l u i r e n l a interpretación pública d e l a s n o r m a s morales.
c o n t e n i d o n o r m a t i v o , frente a los cuales l ac o m u n i d a d discursiva m o r a l , a pesar
de los esfuerzos r e u n i d o s , t a m p o c o p u e d e t o m a r distancia; tales n o r m a s se p r o -
3. Patologías de l a libertad moral
y e c t a n e i n c u r s i o n a n e n e l p r o c e s o d e l a construcción d e v o l u n t a d común, y l o
L a s patologías s o c i a l e s s u r g e n s i e m p r e , c o m o h a b í a m o s v i s t o , c u a n d o a l g u n o s o
l i m i t a n desde d e n t r o e nl a f o r m a d e obligaciones y a aceptadas e nm a y o r o
todos los m i e m b r o s d el asociedad e n t i e n d e n sistemáticamente m a l e l s i g n i f i -
m e n o r m e d i d a . P a r a d e c i r l o c o n o t r a s p a l a b r a s , c a d a d i s c u r s o m o r a l está p r e c e -
c a d o r a c i o n a l d e u n a f o r m a d e práctica i n s t i t u c i o n a l i z a d a e n s u s o c i e d a d : en vez
dido d eformas elementales del r e c o n o c i m i e n t o m u t u o , que son tan constitu-
d e p r a c t i c a r d e u n a m a n e r a más o m e n o s c r e a t i v a l a s r e g l a s c u y o e j e r c i c i o c o -
tivas para l a sociedad q u el o circunda q u en opueden sercuestionadas o
m ú n c o n s t i t u y e e l v a l o r s o c i a l d e l s i s t e m a d e acción, s e guían p o r i n t e r p r e t a c i o -
suspendidas p o r sus integrantes.
nes d e aquellas reglas q u e r e p r o d u c e n i n c o r r e c t a m e n t e s usentido social. Este
C u a n d o n o s d a m o s c u e n t a d e e s t a s l i m i t a c i o n e s d e l a l i b e r t a d m o r a l , también
tipo d einterpretaciones defectuosas, es decir, p e r t u r b a c i o n e s e n e l p l a n o d e l a
vemos c l a r a m e n t e q u e s u v a l o r ético r e s u l t a n u e v a m e n t e d el at o m a d e una
a p r o p i a c i ó n r e f l e x i v a d e prácticas s o c i a l e s , d e s e m b o c a n generalmente en modos
distancia p u r a m e n t e negativa respecto d e u n c o n t e x t o d e prácticas y a e s t a b l e -
d e c o m p o r t a m i e n t o , i n d i v i d u a l e s o c o l e c t i v o s , q u e d i f i c u l t a n l a participación e n
cido. Cada u n o que, c o m o individuo o como miembro deuna comunidad
e l p r o c e s o d e l a c o o p e r a c i ó n s o c i a l , p u e s t o q u e q u i e n e s n o están e n condiciones
d i s c u r s i v a , s e p r o p o n g a v e r i f i c a r l o s p r i n c i p i o s d e s u a c t u a r m e d i a n t e exámenes
de interpretar adecuadamente e l c o n t e n i d o n o r m a t i v o d e l a s prácticas i n s t i t u -
d e g e n e r a l i z a b i l i d a d l o h a c e p o r q u e q u i e r e a l c a n z a r u n a solución, q u e s e a d e -
c i o n a l i z a d a s s e a i s l a n r e s p e c t o d e l r e s t o d e l a s o c i e d a d , q u e está i n t e g r a d o porque
f e n d i b l e r a c i o n a l m e n t e , y q u e p u e d a s e ra p r o b a d a individualmente, para con-
las r e s p e c t i v a s f o r m a s d e l r e c o n o c i m i e n t o m u t u o s e c o n o c e n e n c o m u n i d a d . E n
flictos d e a c c i ó n c u y a s raíces s e e n c u e n t r a n e n l a s t e n s i o n e s d e u n m u n d o d e l a
e s t e s e n t i d o , l a s patologías s o c i a l e s r e p r e s e n t a n e l r e s u l t a d o d e l a v u l n e r a c i ó n d e
v i d a ético, q u e c o m o u n t o d o l e s o n inaccesibles. L alibertad m o r a l , p o r l o
u n a r a c i o n a l i d a d s o c i a l q u e está e n c a r n a d a c o m o "espíritu o b j e t i v o " e n l a g r a -
tanto, tiene esencialmente, c o m o l a l i b e r t a d j u r í d i c a , u n carácter postergante,
mática n o r m a t i v a d e l o s s i s t e m a s d e acción i n s t i t u c i o n a l i z a d o s .
d e i n t e r r u p c i ó n ; q u i e n h a g a u s o d e e l l a , querrá g a n a r u n a d i s t a n c i a p a r a poder
E l s i s t e m a d e acción d e l a l i b e r t a d m o r a l , c o m o e l s i s t e m a d e l a l i b e r t a d j u r í -
v o l v e r a c o n e c t a r s e d e u n a m a n e r a q u e s e p u e d a j u s t i f i c a r públicamente c o n u n a
dica, c o n t i e n e u n a serie d e p u e r t a s d e i n g r e s o para tales i n t e r p r e t a c i o n e s defec-
práctica s o c i a l q u e l o h a e n f r e n t a d o c o n d e m a n d a s que son o bien inaceptables
t u o s a s , q u e s e e x p r e s a n e n patologías s o c i a l e s . S e g ú n s u c o n t e n i d o r a c i o n a l , e s t a
o i n c o m p a t i b l e s . P o r e s t a vía n e g a t i v a r e c a e e n l a l i b e r t a d m o r a l , s i n d u d a , una
e s f e r a d e l a interacción está m o n t a d a s o b r e e l o t o r g a m i e n t o m u t u o d e u n a l i b e r t a d
f u e r z a t r a n s f o r m a d o r a q u e n o e s i n h e r e n t e a l a l i b e r t a d jurídica: m i e n t r a s que
individual q u e consiste e n p o d e r seguir los principios considerados correctos sub-
n o s r e t i r a m o s d e l c o n t e x t o d e v i d a ético h a c i e n d o u s o d enuestros derechos
jetivamente cuando existen conflictos o demandas q u e n o están r e g u l a d a s e n lo
subjetivos d em o d o d ep o d e r ganar para n o s o t r o s m i s m o s u n espacio para de-
|Hrídico, e n l a m e d i d a e n q u e s e p u e d a n a l e g a r r a z o n e s p a r a e l l o q u e s e a n gene-
t e r m i n a r nuestros objetivos d evida personales, e n lapostura d elalibertad m o -
r a l i z a b a s y c o m p r e n s i b l e s p a r a t o d o s . E l p u n t o d e p a r t i d a p a r a las i n t e r p r e t a c i o n e s
ral p o d e m o s c o n t r i b u i r a l a transformación d e l a s o c i e d a d d a d a e n l a m e d i d a e n
defectuosas e n e lc o n t e x t o d e tales c o m u n i c a c i o n e s reside e n q u e e l i n d i v i d u o n o
q u e s u r e f e r e n c i a d e g e n e r a l i d a d p e r m i t a u n c u e s t i o n a m i e n t o público d e l a i n -
n e n e s u f i c i e n t e m e n t e e n c l a r o e n q u é m e d i d a está v i n c u l a d o d e a n t e m a n o a l a
terpretación r e s p e c t i v a d e l a s n o r m a s d e l m u n d o d e l a v i d a . E n e l e s p a c i o p r o
m o r a l i d a d e x i s t e n t e d e s u s o c i e d a d p a r a l a determinación d e l o s p r i n c i p i o s d e s u
t e g i d o d e l a l i b e r t a d jurídica n o s r e p l e g a m o s e ncierta m e d i d a solo e n nosotros
a i i u a r ; t a n p r o n t o c o m o s e h a c e abstracción d e q u e l a relación e n t r e n o s o t r o s está
m i s m o s c o n l a a p r o b a c i ó n d e t o d o s l o s demás, p e r o e n u n a m o r a t o r i a r e f l e x i v a
r e g u l a d a d e s d e s i e m p r e p o r d e t e r m i n a d a s n o r m a s d e acción q u e s i m p l e m e n t e n o
d e l a autolegislación m o r a l t e n e m o s q u e a l c a n z a r s o l u c i o n e s d econflictos d e
I i a n a n u e s t r a disposición, s e g e s t a n i l u s i o n e s a c e r c a d e u n a d e s c o l o c a c i ó n q u e
acción q u e s e a n j u s t i f i c a b l e s i n t e r s u b j e t i v a m e n t e d e m o d o q u e n u e s t r a s decisio
llevan a distintas formas d e u n a patología d e la l i b e r t a d m o r a l . Aquí s e c o n f u n d e
nes i n d i v i d u a l e s t i e n e n s i e m p r e efectos e n o t r o s . P o r eso, e l v a l o i d e la l i b e r t a d
s i e m p r e l a p c r s p c i U v a d e l a et u a n i i n n l a d v l a i m p a r c i a l i d a d c o n e l p u n t o d e v i s t a
154 • El derecho de la libertad
de u n actor que está tan libre de todas las obligaciones vinculadas a sus respecti-
v o s roles que solo puede realmente determinar los principios de su actuar s i -
guiendo la guía de su generalizabilidad; pero con ello, para este sujeto la propia
vida o el mundo social se reduce a u n campo de acontecimientos o sucesos que
deben conformarse solo de acuerdo con razones morales. E n el primer caso este
ocultamiento ilusorio de toda facticidad normativa conduce al tipo de persona-
lidad del moralista desvinculado (a); en el segundo caso, en cambio, a formas de
terrorismo fundamentadas en la moral (b). E n ambos casos, aquello que consti-
tuye el valor de la libertad moral en nuestras sociedades, es sistemáticamente
malinterpretado puesto que no se ven sus limitaciones internas y, por eso, no se
aceptan sus funciones puramente críticas y suspensivas.
(a) D e manera similar a la libertad jurídica, en el caso de la libertad moral la
lógica de su práctica patológica consiste en que no se considera su límite i n h e -
rente y por eso se extiende su uso al todo de una práctica social de vida. La
consecuencia habitual de una desvinculación de este tipo es en cada caso una
petrificación y una parálisis del actuar individual que se reflejan en síntomas de
aislamiento social y de pérdida de comunicación: dado que los sujetos no p u e -
den ver que la libertad otorgada solo les ofrece la posibilidad muy restringida de
una reparación reflexiva de intersubjetividades rotas o perturbadas, la toman
como fuente de toda su autocomprensión y pierden con ello la oportunidad de
reconectarse con las interacciones del mundo de la vida. Sin embargo, las ana-
logías entre las patologías de la libertad jurídica y las de la libertad moral llegan
solo hasta aquí, puesto que a pesar de que ambas pueden ser descritas con el
modelo de la conversión de un simple medio en un fin en sí mismo, se diferen-
cian por lo demás en que solo en el segundo caso se puede hablar de un ejercicio
realmente defectuoso de la puesta en práctica de la libertad otorgada. Aquellos
que se enredan en patologías de la libertad jurídica no es que entiendan i n c o -
rrectamente el uso de los derechos subjetivos sino que lo extienden más allá tic
cualquier período de tiempo sensato y adecuado: se convierten en personalida-
des jurídicas formales, c o m o habíamos visto, porque conciben su libertad p r i -
mariamente c o m o la disponibilidad de derechos aun allí donde serían necesarias
otras formas de interacción social. E n cambio, los que son arrastrados a una
patología de la libertad moral parecen entender mal algo en la ejecución misma
de la autolegislación moral: se convierten en máscaras de carácter de una ideo
logia moral porque intentan determinar las razones de su actuar desde una
perspectiva de la generalización, para la que las normas existentes de la interac-
ción social no tienen ninguna valide/; se ven re.límenle en el rol de legisladores
La posibilidad de la libertad • 155
para un mundo de seres humanos c o m o si el mundo dado no estuviese marcado
ya por una serie de reglas normativas que de antemano limitan el horizonte de
nuestras ponderaciones morales. E l que de esta manera saque de foco la factici-
dad moral de su m u n d o de la vida social desarrollará la tendencia a orientar la
senda de su vida primordialmente hacia objetivos que satisfagan el criterio u n i -
versalista de validez; una deformación "moralista" tal de la autonomía personal
constituye la primera forma de las patologías de la libertad m o r a l . 1,3
E n la vida de las personas que gozan de respeto moral, las obligaciones que
provienen de relaciones sociales tienen usualmente el rol de condiciones restric-
tivas para las deliberaciones morales: desde la perspectiva del rol ya adoptado se
piensa, frente a u n conflicto, qué es lo que hay que hacer teniendo en cuenta los
intereses de todos los afectados del modo más imparcial que sea posible. Esto, en
un principio, solo quiere decir que la persona moralmente autónoma no olvida
en sus ponderaciones qué clase de relaciones mantiene con los distintos implica-
dos; se pregunta qué se debe hacer que sea correcto moralmente, no c o m o ser
sin relaciones, no situado, sino c o m o madre, colega o amigo. U n a vinculación
precedente de nuestras deliberaciones de este tipo no implica de ningún modo
una preferencia ciega por las personas que nos son más próximas; la búsqueda de
la solución " c o r r e c t a " , sobre la cual se asume responsabilidad individualmente,
que constituye nuestra libertad moral, exige al fin que nos descentremos, lo que
leva a que consideremos las posibles reacciones de todos los afectados. Pero al
hacerlo no pondremos entre paréntesis las normas de la paternidad, de la cole-
i iltdad o de la amistad que determinan nuestra personalidad, sino que las trata-
i e i 11 os c o m o restricciones de la perspectiva que acompañan nuestro intento de
descentramiento; la respuesta a la que lleguemos consistirá en una fijación de un
principio equilibrado, que incluya, por cierto, las obligaciones ya existentes, y al
que trataremos de atenernos cuando lidiemos con el conflicto. E n el caso del
( uestionamiento moral de imposiciones que nos parecen injustificadas, tampoco
n• uinentaremos por lo común desde un punto de vista que se encuentre más
illi de "todos los roles y normas especiales"; '' por otra parte, estas obligaciones
8
di acción que existen en lo social componen el contexto normativo dentro del
"* l a expresión "moralism of personal autonomy" se e n c u e n t r a e n J e r e m y W a l d r o n , " M o r a l A u -
'*" I V
P e r s o n a l A u t o n o m y " , e n J o h n C h r i s t m a n y j o e l A n d e r s o n (eds.), Autonomy and the
4 n d
i hallaioes in Liberalism, C a m b r i d g e . 2 0 0 5 , p p . 3 0 7 - 3 2 9 , aquí: p . 3 2 3 ; véanse también l o s d i a g -
nósticos s o b r e la f i g u r a d e l " s a n i o m o r a l " q u e h a p r e s e n t a d o S u s a n W o l f : " M o r a l S a i n t s " , e n
lournal ql Philosophy, 7 9 ( 1 9 8 2 ) , p p 4 1 9 - 4 3 9 .
'" I l a b e r m a s , " M o r a l e n t w i i k l u n g u n d l . h I d e . u " , op, cit., p . 8 0 .
,
156 • El derecho de la libertad
c u a l i n t e n t a r e m o s a l e g a r r a z o n e s d e generalización o b l i g a t o r i a p a r a e x p l i c a r por
qué l a s t a r e a s q u e l a s acompañan h a n s i d o d i v i d i d a s i n j u s t a m e n t e o h a n sido
interpretadas i n c o r r e c t a m e n t e . S i n e m b a r g o , t a n p r o n t o c o m o e lc o n t e x t o l i m i -
t a n t e e s p u e s t o e n t r e paréntesis, t a n p r o n t o c o m o s e p r o c e d e c u a l s i n o e s t u v i é -
s e m o s o b l i g a d o s d e a n t e m a n o a s e g u i r n o r m a s d e acción e l e m e n t a l e s , s u r g e l a
ficción d e u n s u j e t o d e s v i n c u l a d o q u e d e b e o b t e n e r t o d o s s u s p r i n c i p i o s a p a r t i r
de l a perspectiva abstracta d e u n a h u m a n i d a d general; los o b j e t i v o s d e v i d a que
se p u e d e p r o p o n e r u n s u j e t o t a l c a r e c e n a l f i n a l d e t o d o c o l o r p e r s o n a l , porque
e n e l e j e r c i c i o d e l a a u t o n o m í a i n d i v i d u a l s e d e b e h a c e r abstracción d e t o d a s l a s
obligaciones concretas que, c o m o requisitos n o r m a t i v o s d e nuestras relaciones
i n t e r s u b j e t i v a s , c o n f o r m a n u n núcleo d e n u e s t r a i d e n t i d a d .
E l e f e c t o e n a j e n a n t e q u e p u e d e acompañar l a adopción d e l p u n t o d e v i s t a
moral 8 7
n o s u r g e , p o r l o t a n t o , automáticamente, c o n e l d e s i g n i o d e l a i m p a r -
c i a l i d a d , s i n o s o l o c o n u n a aplicación q u e s e o l v i d a d e sí m i s m a y d e s u c o n -
t e x t o . C a d a p a s o p o s t e r i o r d e u n a abstracción d e l h e c h o d e q u e s o l o podemos
m a n t e n e r las relaciones personales respetando las obligaciones e n las q u e se
b a s a n s o c i a l m e n t e a l i m e n t a l a ilusión d e u n a a u t o l e g i s l a c i ó n m o r a l q u e flota
t o t a l m e n t e l i b r e , q u e n o está s i t u a d a e n n i n g ú n l a d o ; e l c o n t e x t o e n e l q u e e s -
tamos integrados socialmente, p o r q u e c o m o personas individuales n o p o d e m o s
s i m p l e m e n t e b o r r a r d e t e r m i n a d a s n o r m a s d e a c c i ó n , está o l v i d a d o d e l todo
cuando creemos tener que colocarnos siempre e n la perspectiva d e todos los
s e r e s q u e p u e d e n d a r aprobación. U n s u j e t o d e e s t e t i p o d e f i n e l o r e l e v a n t e y
b u e n o para s uv i d a p e r s o n a l s o l o p o r m e d i o d e c o n c e p t o s d e l oq u e es c o r r e c t o
m o r a l m e n t e ; d a d o q u e y a n o s e p e r m i t e h a c e r u n a evaluación d e s d e l a p e r s p e c -
tiva de u n actor que ha tenido anteriormente obligaciones frente a otros, pierde
p o r f u e r z a t o d a s e n s i b i l i d a d p a r a r e c o n o c e r qué v a l o r l e c o r r e s p o n d e a las r e l a -
ciones y los lazos sociales para l a t o t a l i d a d d e u n a vida.
E l rígido m o r a l i s m o q u e v a d e l a m a n o d e e s t a pérdida d e l o s límites d e l a
autolegislación s e n o s p r e s e n t a e n l a r e a l i d a d s o c i a l e n t o d o s l o s l u g a r e s e n l o s
q u e frente a conflictos morales se a b a n d o n a n sin vacilaciones relaciones perso
nales, se r e n u n c i a sin necesidad alguna a obligaciones d e r o l adoptadas anterior
m e n t e . L a c o a c c i ó n d e i m p a r c i a l i d a d , q u e está a s o c i a d a d e m o d o i n d i s o l u b l e a la
libertad m o r a l , n o es e n t e n d i d a e n el sentido de u n d e s c e n t r a m i e n t o de u n sujeto
« Véase especialmente Micbael Stocker, " T h e Schizophrenia ofModern Ethical Theory", en
7
Roben li Kruschwita y Roben C R-oberts (eds.), Tht Vtrtues. Contm\ iry Essays on Moral
( '.haracter, U c l n i o n d , I W 7 , p p . .Vi-45.
La posibilidad de la libertad • 157
situado socialmente, q u e h aa s u m i d o y a m u c h a s obligaciones, sino c o m o supre-
sión d e t o d a i d e n t i d a d p e r s o n a l . E n l a l i t e r a t u r a s e e n c u e n t r a n a m e n u d o figuras
d e e s t e t i p o , q u e s o l o están d o t a d a s d e u n a v o l u n t a d d e i n c o n d i c i o n a l i d a d m o r a l ,
p e r o q u e s o n c i e g a s a l a s o b l i g a c i o n e s d e a c c i ó n y a e s t a b l e c i d a s e n u n a situación;
s o l o s e p r e g u n t a n c ó m o deberían a c t u a r s i g u i e n d o r a z o n e s q u e contarían c o n
aprobación g e n e r a l , s i n t e n e r e n c u e n t a o i n c l u s o p e r c i b i r q u e y a p o r s u r o l s o c i a l
h a n contraído a n t e r i o r m e n t e d e u n a m a n e r a e s p e c i a l o b l i g a c i o n e s r e s p e c t o d e
d e t e r m i n a d a s p e r s o n a s . U n e s c r i t o r q u e c o n s i d e r a b a t a l e s patologías d e l a l i b e r t a d
m o r a l c o m o u n a m a r c a d e l a m o d e r n i d a d era H e n r y J a m e s . E n sus n o v e l a s se
e n c u e n t r a n siempre protagonistas q u e e n su celo p o r defender principios mora-
les u n i v e r s a l e s e m p i e z a n a o l v i d a r d ó n d e están l a s o b l i g a c i o n e s más p r ó x i m a s a
e l l o s o d ó n d e habría q u e c o m b a t i r u n m a l m o r a l e n s u e n t o r n o . 8 8
Este tipo d e
i l e s v i n c u l a c i o n e s d e l a l i b e r t a d m o r a l s o n d e s c r i t a s d e m a n e r a m u y gráfica por
lunes a partir d e personajes que por orientarse con rigidez según e l p u n t o d e
vista m o r a l c o n j u r a n , j u s t a m e n t e , l a desgracia q u e están t r a t a n d o d e e v i t a r t a n
l I I m e m e n t e . A s í , F r e d e r i c k W i n t e r b o u r n e , e l p r o t a g o n i s t a m a s c u l i n o d e Daisy
Miller, e m p u j a a s u a m a d a c a d a v e z más a u n a c t u a r a u t o d e s t r u c t i v o , a l h a c e r l e
\ei c u a n a l e j a d a está d e l a s d e m a n d a s d e u n a m o r a l i d a d abstracta, q u e deja d e
L u l o las r e l a c i o n e s ; s o l o c u a n d o l a j o v e n m u e r e c o m o c o n s e c u e n c i a d eu n a fiebre
i ontraída e n u n a v i s i t a a l C o l i s e o R o m a n o , q u e h a c e e n u n a c t o d e d e s p e c h o ,
e v e o b l i g a d o a r e c o n o c e r q u e f u e s u rígido m o r a l i s m o e l q u e d e s e n c a d e n ó e l
proceso d e a u t o s a c r i f i c i o d e la j o v e n . 8 9
D eigual m a n e r a , a u n q u e c o n los i n s t r u -
m e n t o s d e u n a clásica h i s t o r i a d e f a n t a s m a s , u s a d o s c o n a l t o n i v e l artístico, J a m e s
i l e s i r i b e e n The Turn of the Screw c ó m o u n a g o b e r n a n t a d e s t r u y e , c o n e l c e l o
i vangélico d e s u d e v o c i ó n m o r a l , l a v i d a d e l o s niños a s u c a r g o , a l t r a t a r d e
i c e n i r l e s l a s f i g u r a s d e s u imaginación a l u c i n a t o r i a c o m o a m e n a z a s reales y
i i e i n o n / a d o r a s ; c o m o e n Daisy Miller e s l a v o l u n t a d a b s o l u t a d e h a c e r e l b i e n l o
p i e e n paradójica inversión p o n e e n m o v i m i e n t o l a c a d e n a d e l a c a l a m i d a d . ' " '
"" Véase R o b e r t P i p p i n , Henry James and Modem Moral Life, C a m b r i d g e , 2000, e s p e c i a l m e n t e
. >p ' " A K i n d o f M o r b i d M o d e r n i t y " .
"'' I l e n r y J a m e s , Daisy Miller |1878|, F r a n k f u r t , 2001 ( t r a d . esp.: Daisy Miller, v a r i a s e d i c i o n e s ] .
"' I l e n r y J a m e s , The Tum of the Screiv, L o n d r e s , P e n g u i n , 2011 [ t r a d . esp.: Otra vuelta de tuerca,
d n i o n e s ] . Más e j e m p l o s e x t r a o r d i n a r i o s d e tales patologías d e la l i b e r t a d m o r a l se e n c u e n -
I M i n los r e l a t o s r e u n i d o s e n Benvolio (Zúnch, 2009), e n t r e l o s q u e se c u e n t a n , e n p r i m e r l u g a r ,
I Ii i l a n g e W e g d e r P f l i c h t " [ t i t u l o o r i g i n a l : " T h e P a t h o f l ) u t y " | . U n e j e m p l o más tardío d e l a
'. Itti i litación l i t e r a r i a d e t a l patología l o b r i n d a u n a n o v e l a t e m p r a n a d e P h i l i p R o t h : Wlien Shc
.i I .ood, N u e v a Y o r k . 1965 | t r a d . e s p ( 'liando ella era hnena. Barcelona, H r u g u e r a . 198()| (le
l l r l m .i I isa I l e i / o g e l II.uñado d e a l e i u i o n u e n a d e esla e x t r a o r d i n a r i a n o v e l a ) .
158 • El derecho de la libertad
E n e s t e p u n t o d e l diagnóstico d e u n a t e n d e n c i a f a t a l a l m o r a l i s m o p o r p a r t e
de l aM o d e r n i d a d e l novelista H e n r y coincide incluso c o n su h e r m a n o W i l l i a m ,
q u e n o l e e r a m u y c e r c a n o ; t a m b i é n e l filósofo e s t a b a c o n v e n c i d o d e q u e " p a -
rámetros d e verificación i m p a r c i a l e s " s o l o p u e d e n o b l i g a r a l a a c c i ó n d e l i n d i -
v i d u o s i están e n c a r n a d o s " e n laexigencia d eu n h o m b r e d eexistencia real".'"
A m b o s autores, H e n r y y W i l l i a m J a m e s , c o i n c i d e n e nq u e n osee n t i e n d e b i e n
l a i d e a m o d e r n a d e l a autonomía m o r a l c u a n d o s e l a c o n c i b e c o m o u n a e x h o r -
tación a a d o p t a r u n p u n t o d e v i s t a d e m o r a l i d a d i n c o n d i c i o n a l , s i n m e d i a c i ó n
s o c i a l ; c o m o p o d e m o s l e e r e n l a s n o v e l a s d e u n o y e n l o s t r a t a d o s filosóficos d e l
otro, estamos desde siempre insertos e nu n denso e n t r a m a d o d e roles y obliga-
c i o n e s d e acción e s p e c i a l e s , d e l c u a l , c o m o p u n t o d e p a r t i d a n o d i s p o n i b l e d e
nuestras deliberaciones m o r a l e s , n op o d e m o s abstraemos.' 2
L a s patologías s o c i a l e s q u e p u e d e n s u r g i r d e n t r o d e l a e s f e r a m o r a l p o r q u e s e
tense e n e x c e s o , i n d i v i d u a l m e n t e , e l p r i n c i p i o , i n h e r e n t e a esaesfera, d el a a u -
tolegislación n o d e b e n s e r c o n f u n d i d a s c o n a q u e l l a s d e l a b u s o s o c i a l d e l a m o -
r a l i d a d k a n t i a n a , a l q u e a p u n t a b a J o h n D e w e y c u a n d o i n t e n t a b a e n c o n t r a r las
raíces i n t e l e c t u a l e s d e l n a c i o n a l s o c i a l i s m o . 9 3
D e w e y estaba c o n v e n c i d o d eq u e
l a s i d e a s d e o n t o l ó g i c a s d e K a n t p u d i e r o n p r e p a r a r e l t e r r e n o histórico i n t e l e c -
t u a l p a r a u n a f a t a l o b e d i e n c i a a l a a u t o r i d a d , p u e s t o q u e l a e x c l u s i v a orientación
d e l a m o r a l h a c i a o b l i g a c i o n e s q u e d e b e n c u m p l i r s e s i n r e p a r o s , sometiéndose
a u n p o d e r l e g a l e s t a t a l , p o d í a s i n d i f i c u l t a d c o n f u n d i r s e c o n u n a e x h o r t a c i ó n .1
observar obligaciones simplemente fijadas d em a n e r a autoritaria. S i n embargo,
sea c u a l f u e r e e l d e s a r r o l l o erróneo d e l a m o r a l i d a d d e K a n t — y e x i s t e n buenas
r a z o n e s p a r a p o n e r e n d u d a l a interpretación d e D e w e y — ' 4
n o debe confundirse
l a o b e d i e n c i a a l a o b l i g a c i ó n , i n d a g a d a g e n e a l ó g i c a m e n t e p o r él, c o n l a patolo
gía d e l m o r a l i s m o m e n c i o n a d a aquí. E l m o r a l i s m o c o m o p o s t u r a q u e s e orienta
e x c l u s i v a m e n t e h a c i a e l b i e n m o r a l s u r g e t a n p r o n t o c o m o e n e l a c t o de l a
autolegislación n o s e a c e p t a n m á s l o s l a z o s y l a s o b l i g a c i o n e s a n t e r i o r e s q u e s e
9 1
W i l l i a m J a m e s , " D e r M o r a l p h i l o s o p h u n d d a s moralische Leben", e n Essays uber (¡lanbe muí
lithik, Gütersloh, 1948, pp. 199-206, aqui: p. 192 |versión o r i r r i n a l : " T h e M o r a l Pbilosopbet a n d
t h e M o r a l L i t e " , e n I he Will lo Believe and otket Essays in Popular Philosophy, N u e v a Y o r k . I ong
m a n s , O r e e n ¿SÍ C o . , 1 8 9 7 ; t r a d . e s p . : La voluntad de creer y otros ensayos de filosofía popular, M a d n d
Daniel Jorro, 1922].
92
A c e r c a d e l a filosofía m o r a l implícita d e H e n r y J a m e s , véase e l e s t u d i o d e R o b e r t
Henry James and Modern Moral Life, op. cit., e s p e c i a l m e n t e c a p . 7 .
9 3
D e w e y . Deutsche Philosophie und Deutsche l'olitih, op. cit.
" Véase l l o n n e t l i , " I . o g i k d e s l a n a t i s m u s . I ) e w e y s A r c h a o l o g i e d e r d e u t s c h e n M e n t a l i l . i l " ,
op. cit., p p . 7-36.
La posibilidad de la libertad • 159
p r o y e c t a n e n él; e l a u t o r i t a r i s m o d e l c u m p l i m i e n t o c o n v e n c i o n a l d e l a o b l i g a -
c i ó n , e n c a m b i o , s e i n i c i a t a n p r o n t o c o m o s e p r e s c i n d e d e l a autolegislación y
e l l u g a r d e e s t a e s o c u p a d o p o r l a sumisión a l a s l e y e s e x i s t e n t e s . E n a q u e l c a s o
s e t r a t a r e a l m e n t e d e u n a patología d e l a l i b e r t a d m o r a l , e n e s t e e s u n a a l i v i a d o r a
liberación d e e s t a .
( b ) S i n o s a t e n e m o s a l o s t e s t i m o n i o s político-culturales d e l a M o d e r n i d a d ,
se v e c l a r a m e n t e q u e s o b r e e l t e r r e n o d e l a l i b e r t a d m o r a l p u e d e desarrollarse
una segunda f o r m a d e l a patología s o c i a l . A q u í , n u e v a m e n t e , l a c a u s a d e e s t e
d e s a r r o l l o e r r ó n e o e s l a ilusión g e n e r a d a p o r l a m i s m a institución d e l a a u t o n o -
mía m o r a l d e q u e e n e l a c t o d e l a autolegislación s e p u e d a h a c e r c a s o o m i s o d e
( o d a s l a s n o r m a s d e acción y a e x i s t e n t e s y a d o p t a r e n t o n c e s l a p e r s p e c t i v a d e u n
legislador u n i v e r s a l , n ov i n c u l a d o ; esta v e z , n o o b s t a n t e , e l p o r t a d o r d et a l d i -
solución d e límites n o e s e l i n d i v i d u o , q u e s e p i e r d e e n l a s p r o f u n d i d a d e s d e u n
inoralismo excedido, sino e lcolectivo d eu n g r u p o q u e anhela transformaciones
políticas. E n l a s s o c i e d a d e s m o d e r n a s l a institucionalización d e l a l i b e r t a d m o r a l
t r a e a p a r e j a d a l a e m e r g e n c i a endémica d e l t e r r o r i s m o c o n m o t i v a c i o n e s m o r a -
les. S u p u n t o d e partida es,p o r l o t a n t o , s i e m p r e e lm i s m o y consiste e nq u ee n
u u g r u p o social se gestan dudas morales acerca d el al e g i t i m i d a d d e l o r d e n social
i m p e r a n t e p o r q u e este, desde s up u n t o d e vista, v u l n e r a l o s c r i t e r i o s d el a g e n e -
ralizabilidad m u t u a ; e nprincipio, p o r l otanto, h a y buenas razones para t o m a r
m e d i d a s políticas q u e p o n g a n e n e v i d e n c i a l a p r e s u n t a i n j u s t i c i a d e l a s o c i e d a d
• l o I . i . E l c a m i n o a d o p t a d o , a b i e r t o p o r l a institución d e l a l i b e r t a d m o r a l , s e
ihandona e n e lm o m e n t o e n q u e e lcuestionamiento del o r d e n existente p a u -
I i i mámente s e v a c o n v i r t i e n d o e n l a p u e s t a e n d u d a d e t o d a s l a s r e g l a s d e acción
• m i e n t e s : e n t r e l o s a c t i v i s t a s políticos s e e m p i e z a así a i m p o n e r l a i d e a d e q u e
'1 * p u e d e a d o p t a r u n p u n t o d e v i s t a m o r a l d e s d e e l c u a l s e p u e d e n generalizar
l o , intereses d e t o d o s l o safectados p o t e n c i a l m e n t e p o r l a injusticia hasta u n
1 1 0 e n e l q u e t o d a regulación i n s t i t u c i o n a l d e b e c o n s i d e r a r s e injustificada.
1 l o a v e z q u e , e n l a ficción d e l a autolegislación, l a deliberación m o r a l s e separó
MI tal m e d i d a d el a base i n s t i t u c i o n a l d el asociedad existente, a l o s i m p l i c a d o s
les p a r e c e n j u s t i f i c a d o s m o r a l m e n t e t o d o s l o s m e d i o s p a r a a t a c a r a l o r d e n i m p e -
1 míe c o m o orden injusto.
( n i l a m e n t e , este v u e l c o a l t e r r o r i s m o s o l o s e p u e d e concebir c o m o u n a
l'ippin p ilología d e l a l i b e r t a d m o r a l allí d o n d e a l c o m i e n z o también i n t e n c i o n e s y r e -
l i e s i o n e s v e r d a d e r a m e n t e u n i v e r s a l i s t a s a b r i e r o n e l c a m i n o p a r a l a acción p o l í -
| | i a , h a y o t r a s f o r m a s d e ac< i o n t e t r o n s t a e n l a M o d e r n i d a d e n c u y a m o t i v a c i ó n
* 1 1 p r e p o n d e r a n t e 1 1 0 l a r e f e r c m 1.1 .1 l a vulneración d e l o s i n t e r e s e s generales.
160 • El derecho de la libertad La posibilidad de la libertad • 161

sino la defensa d e valores particulares. 9 5

P e r o e na q u e l l o s casos e nl o s q u el o s
i m p l i c a d o s seg u i a r o n e n e lc o m i e n z o d e susacciones p o r ideas d e u n i v e r s a l i s m o
m o r a l , e s l a p e r v e r s a c o h e r e n c i a d e u n a d i l u c i ó n d e límites d e l a autolegislación
f u n d a d a l a q u e apadrinó l a e m e r g e n c i a d e ideologías t e r r o r i s t a s : d a d o q u e e n l a
justificación d e l p r o p i o a c t u a r a l f i n a l n o s e incluían más n o r m a s d e a c c i ó n y a
e x i s t e n t e s d e a n t e m a n o s i n o q u e s e c o n j u r a b a n a b s t r a c t a m e n t e l o s i n t e r e s e s anó-
n i m o s d el aparte o p r i m i d a d el ah u m a n i d a d , aquello q u e a lc o m i e n z o f u e u n a
b u e n a intención n e c e s a r i a m e n t e s e convirtió e n d e l i r i o s d e g r a n d e z a d e v i o l e n -
cia r e v o l u c i o n a r i a . J u n t o a algunos protagonistas d elas novelas d e D o s t o i e v s k y ,
d e u n a aplicación crítica d e p r i n c i p i o s d e l a c o n s t i t u c i ó n f e d e r a l a l e m a n a . P o r
l o t a n t o , l o q u e s e p u b l i c a h a s t a e l a ñ o 1968 d e l o s e s c r i t o s políticos d e U l r i k e
M e i n h o f se p u e d e e n t e n d e r i n v a r i a b l e m e n t e c o m o e l r e s u l t a d o d e u n a u t i l i z a -
ción d e a q u e l l a l i b e r t a d m o r a l q u e l a s s o c i e d a d e s l i b e r a l e s d e l a M o d e r n i d a d l e
o t o r g a n a c a d a u n o d e s u s m i e m b r o s : t a l v e z s e podría d e c i r q u e e n e l l o s s e
d e n u n c i a n d e u n m o d o "apologético" c i r c u n s t a n c i a s y a c o n t e c i m i e n t o s políti-
cos respecto d e l o s cuales l a a u t o r a cree p o d e r d e m o s t r a r c o n r a z o n e s c o n v i n -
c e n t e s q u e n o c o i n c i d e n c o n l o s p r i n c i p i o s g a r a n t i z a d o s e n l a Constitución y ,
p o r l o t a n t o , c o n lasc o n d i c i o n e s d e l ag e n e r a l i z a b i l i d a d m o r a l . " 9

q u e a p o r t a n b u e n o s e j e m p l o s d e u n a conversión d e l a i n c o n d i c i o n a l i d a d m o r a l P o r q u é , e n t o n c e s , e n e l a ñ o 1970, l a indignación c r e c i e n t e , documentada

e n t e r r o r i s m o político, '' s e p u e d e r e c u r r i r aquí a n t e t o d o a l o s m i e m b r o s d e l a
9
n u e v a m e n t e e n Bambule, m a g i s t r a l p r o d u c c i ó n p a r a televisión, s e c o n v i e r t e d e
R A F c o m o m o d e l o . S in o sc o n c e n t r a m o s e n U l r i k e M e i n h o f , p o rlejos e l m i e m - lépente e n f a n a t i s m o t e r r o r i s t a , q u é r e f l e x i o n e s finalmente llevaron a Ulrike
b r o c o n m a y o r reflexión m o r a l d e l a asociación t e r r o r i s t a , s e p u e d e v e r c l a r a - M e i n h o f a dejar d e m o d o t a nabrupto s u existencia burguesa, es a l g o q u e se
m e n t e l a d i n á m i c a d e e v o l u c i ó n d e e s t a perversión d e l a l i b e r t a d m o r a l . puede, antes q u e reconstruir, solo intuir e n l adistancia retrospectiva. S i n e m -
C o m o p a r a m u c h o s m i e m b r o s d e l a g e n e r a c i ó n q u e c r e c i ó e n l o s años t r e i n t a Mrgo, e s t a p e r i o d i s t a políticamente a c t i v a n o d e j ó atrás e n e s e u m b r a l d e s u v i d a
e n l aA l e m a n i a nacionalsocialista, para U l r i k e M e i n h o f la experiencia clave d e t u d a s s u s c o n v i c c i o n e s m o r a l e s c o n b r u s q u e d a d ; a n t e s b i e n , b a j o l a guía d e s u
s u socialización política f u e e l p l a n p a r a i n t r o d u c i r e n l a c o n s t i t u c i ó n d e A l e m a - u n i v e r s a l i s m o , i n t a c t o hasta esem o m e n t o , d e b e haber llegado a lp u n t o e n e l
nia Federal lasllamadas Leyes d e E m e r g e n c i a . Para laj o v e n periodista, la L e y que r e p e n t i n a m e n t e l e pareció j u s t i f i c a b l e , p o r r a z o n e s m o r a l e s , l u c h a r c o n
F u n d a m e n t a l d e l a R e p ú b l i c a F e d e r a l d e A l e m a n i a , s a n c i o n a d a e n 1949, repre- . n i n a s c o n t r a e l o r d e n s o c i a l q u e sentía i l e g í t i m o . A q u í , e n e l m o m e n t o d e u n a
s e n t a b a h a s t a m e d i a d o s d e l o s años c i n c u e n t a l a b a s e n o r m a t i v a d e u n o r d e n • o n d e n s a c i ó n e x t r e m a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s históricos, t i e n e l u g a r l a m e t a -
jurídico l i b e r a l e n e l q u e " s i m p l e m e n t e n o h a y l u g a r " 9 7
para restricciones arbi fosis d e l al i b e r t a d m o r a l e n u n a d e s u s figuras patológicas: e n l a s r e f l e x i o n e s
t r a r i a s a l a l i b e r t a d o p a r a i n t e n c i o n e s d e u n a remilitarización. C u a n d o este r a l e s d e U l r i k e M e i n h o f , s i e s q u e s e l a s p u e d e l l a m a r así, d e b i d o a l a u m e n t o
consenso m o r a l e m p i e z a a d i s o l v e r s e p o r q u e e l P a r t i d o Socialdemócrata ( S P D ) di a i s r a s g o s d e l i r a n t e s , s e p o n e n e n t r e paréntesis p a s o p o r p a s o t o d a s l a s d r -
p a u l a t i n a m e n t e d a i n d i c i o s d eestar dispuesto a aceptar leyes d ee m e r g e n c i a que e n . t a n d a s i n s t i t u c i o n a l e s d e s u e n t o r n o s o c i a l d e m o d o q u e a l final s o l o queda
r e s t r i n g e n l o s d e r e c h o s f u n d a m e n t a l e s , M e i n h o f , q u e e n e l ínterin había a s e e n i n p i eu n u n i v e r s a l i s m o d e l o s " o p r i m i d o s d e todos los p u e b l o s " , t o t a l m e n t e
d i d o a j e f a d e r e d a c c i ó n d e l a r e v i s t a konkret, r e a c c i o n a c o n i r a e i n d i g n a c i ó n ; e l llistracto, s i n referente a l g u n o . D e s d e u n a perspectiva t a l , q u el e p e r m i t e a l
t o n o d e l o s múltiples artículos q u e e s c r i b e e n t r e fines d e l o s años c i n c u e n t a \ I n d i v i d u o creerse e lr o l ficticio d eu n legislador para u n m u n d o posible d e p u -
c o m i e n z o s d e l o s s e s e n t a s e v u e l v e más a c r e , l a i n q u i e t u d m o r a l s e h a c e percep i" propósitos, n o s o l o p i e r d e n t o d a f u e r z a d e v a l i d e z l a s n o r m a s c o n s t i t u c i o n a -
t i b l e m e n t e más f u e r t e ; s i n e m b a r g o , l o s a r g u m e n t o s c o n s e r v a n aún e l caríu n i l d e l l i s t a d o d e d e r e c h o s i n o también l o s l a z o s e x i s t e n t e s d e l a a m i s t a d y d e l a
ida familiar; 9 9
s o l o r e s t a l a i d e a fantasmagórica d e t e n e r q u e c o m b a t i r c o n
9 5
A c e r c a d e estas d i f e r e n c i a s , véase R u d o l f W a l t h e r , " T e r r o r , T e r r o r i s m u s " , e n O t t o B r u n n e l H e d i o s t e r r o r i s t a s e s t e o r d e n s o c i a l q u e está c o r r o m p i d o e n u n t o d o .
W e r n e r C o n z e y R e i n h a r t K o s e l l e c k (eds.), GeschichlHche Grundbegriffe, t o m o 6 , S t u t t g a r t , L99CL
pp. 3 2 3 - 4 4 3 .
• Véanse e s p e c i a l m e n t e l o s p e r s o n a j e s q u e c i r c u n d a n a N i k o l a i S t a v r o g i n e n Los endemoniada
9 6
\ ase, p a r a t o d o este t e m a , U l r i k e M e i n h o f , Die Würde des Menschen ist unantastbar Aufsátze
d Volenuken, Berlín, 2 0 0 8 .
d e Fiódor D o s t o i e v s k y . A c e r c a d e l t e r r o r i s m o r a c i s t a h a c i a f i n e s d e l s i g l o x i x c o m o u n a f i g u r a d<
la c o n c i e n c i a m o r a l , véase C l a u d i a V e r h o e v e n , Tht Odd Man Karakozov: Imperial Russia, Modei " E s t e último p a s o d e l a desvinculación d e l a autonomía m o r a l , l a anulación d e las n o r m a s
nily and tht lürth of Torrorism, I t h a c a , 2 0 0 9 .
l l t l c n t a l e s , r e g u l a d a s s o c i a l m e n t e . d e la a m i s t a d y las r e l a c i o n e s f a m i l i a r e s , se m a n i f i e s t a m u y
Mínente e n las cartas d e ( . i i d i . i n I nsslin ., I l e r n w a r d V e s p e r : "Notstandsvesetze von Deiner Hand"
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U l r i k e M e i n h o f , " D i e W i i r d e d e s M c n s c h c n " , e n F e t e r Urückncr, Uhikt Meinhof und th\
mi, l'»,X/>,'>, l i a n k l u u . .' >
drtilstltai I cihallinwc, Herlín, 2 0 0 6 , p p . I I 1 4 , aquí: p . I I .