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O xadrez não é só um jogo, não é só uma arte e nem é só uma ciência. O xadrez é a mistura
de todos estes elementos. E é por esse e por muitos outros motivos que o xadrez é
considerado uma ótima matéria para ser aplicada na escola. Você deve estar perguntando no
que o xadrez influência na educação?
Se quisermos também uma explicação científica que mostre os benefícios práticos que
podem ser alcançados pela prática desse esporte, poderíamos apresentar opiniões e
pesquisas de pedagogos, psicólogos, intelectuais e instrutores de xadrez. Resumindo os
resultados, conclui-se o xadrez contribui para o desenvolvimento das faculdades
mentais.
Num estudo realizado na Alemanha, comparando o desenvolvimento de grupos de
estudantes de diversas idades, separando-os em dois grupos: os que jogavam e os que
não jogavam xadrez, concluiu-se que:
O xadrez ensina a criança a avaliar as conseqüências dos seus atos, tornando-as mais
prudentes e responsáveis. Também em pesquisas realizadas na Inglaterra, chegou-se à
conclusão de que a concentração e a habilidade em formular e posteriormente
concretizar planos no tabuleiro contribui significativamente para a tomada de decisões e
execução das mesmas no jogo muito mais importante, que é o jogo da vida.
No caso das crianças e jovens, o xadrez estimula o desenvolvimento intelectual; no caso dos
adultos e idosos, o xadrez contribui preservando por mais tempo a agilidade mental.
Enfim, a prática cotidiana do xadrez é capaz de desenvolver nos jogadores, fatores que vão
muito além dos relacionados diretamente ao esporte.
Assim, de uma forma geral, percebe-se que a inserção das atividades que envolvem o ensino e
aprendizagem do xadrez na escola vem contribuir na formação de indivíduos (alunos) e
pessoas capazes de enfrentar os diversos desafios que estão por surgir e, mais do que isso,
saber que suas ações e atitudes voltam-se para o processo do desenvolvimento cognitivo, pois
se acredita que este possa viabilizar respaldo intelectual nos vários contextos em que estão
inseridos.
- a atenção e a concentração;
- o julgamento e o planejamento;
- a imaginação e a antecipação;
- a memória;
- a vontade de vencer, a paciência e o autocontrole;
- o espírito de decisão e a coragem;
- a lógica matemática, o raciocínio analítico e sintético;
- a criatividade;
- a inteligência;
- a organização metódica do estudo;
- o interesse pelas línguas estrangeiras.
» Entre várias possibilidades, escolher uma única, sem ajuda externa / Capacidade para o
processo de tomar decisões com autonomia;
Algumas pesquisas educativas relacionadas com o xadrez provam a influência positiva deste
jogo/esporte sobre seus praticantes.
Por exemplo, há mais de cem anos, Binet (1891) foi o primeiro que começou a estabelecer
relações entre o xadrez e sua influência sobre aspectos da mente tais como: inteligência,
concentração, imaginação e memória.
Rank (1974), trabalhando com dois grupos de estudantes, um que estudava o xadrez e outro
sem instrução enxadrística, demonstrou que o grupo que estudava o xadrez em cursos
dirigidos apresentava uma performance melhor tanto na parte de cálculos como na parte
verbal.
Browm (1981), afirma que a difusão do xadrez no meio escolar contribui, não somente para se
exercitar as qualidades pessoais de cada indivíduo como também ajuda a superar problemas
de convívio em grupo e de conduta.
Nesse mesmo ano, Cristiansem, trabalhando com programas de xadrez para crianças de 10 e
11 anos demonstrou que este influenciava positivamente o rendimento geral de seus alunos.
"A impossibilidade de conhecer o melhor lance em uma partida de xadrez é que eleva o xadrez
de um jogo científico para uma forma de arte, um meio de expressão individual". JOHN R.
BOWAN (Físico)
Por isso o xadrez merece credito, porque ensina o mais importante na solução de um
problema, que é saber olhar e entender a realidade que se apresenta.
E, além disso, aprender que as peças no xadrez não têm valores absolutos, que se deve
controlar as posições das demais peças, tanto as próprias como as do adversário, para armar
uma estratégia. Ter a percepção de flexibilidade e reversibilidade do pensamento que ordena o
jogo.
Quantas vezes podemos notar crianças, por exemplo, ao não entenderem o que o enunciado
do problema lhe diz. Não sabem solucioná-lo, aprendem fórmulas de memória, quando
encontram textos diferentes não acham a resposta correta.
Devemos conseguir que as crianças e jovens encontrem seus próprios sistema de ação e para
isso teremos que evitar, sempre que possível, as soluções mecanizadas.
Assim na escola secundária com os dados de um teorema e sua idéia, a demonstração pode
ser encontrada pelo aluno, porém para que isso aconteça é importante um certo treinamento
na escola fundamental.
Sentindo a importância que o jogo de xadrez tem hoje no âmbito escolar no mundo e no Brasil,
é que elaboramos esse projeto xadrez na escola.