Como se sabe, uma das características da prova de Redação do Enem é a exigência de uma proposta de solução. O Guia do Participante do Exame é muito claro ao apresentar a competência 5, dizendo que o aluno deve elaborar uma intervenção detalhada para o problema social proposto no tema. Assim sendo, é necessário ressaltar que, para resolver questões sociais, nada melhor que recorrer aos agentes sociais. Uma proposta de intervenção só alcança a nota máxima se ela for bem detalhada. Para isso, é necessário explicitar todos os meios necessários para a execução da medida recomendada. Se propomos uma mudança de pensamento na sociedade, por exemplo, é necessário explicar como ela será feita (campanhas na mídia? Nas escolas?), como isso será subsidiado (verbas públicas? Financiamento privado?) e, principalmente, quem será o agente da mudança (Governo? A mídia? As escolas?). Tudo isso contribui para o detalhamento do que está sendo proposto pelo candidato. Na dúvida, sempre faça as perguntas: Quem? O quê? Com quais ferramentas? Dessa forma, teremos todos os detalhes necessários para executar nossa proposta de intervenção. 1. ESTADO • Melhoria no sistema de fiscalização de leis e de projetos das mais diversas áreas. • Criação de leis possíveis ou aprimoramento daquelas que já existem. • Intensificação do trabalho de assistentes sociais. • Benefícios ou incentivos fiscais. • Investimento em mão de obra qualificada e infraestrutura. • Projetos de conscientização por meio da mídia. • Parcerias com ONGs para realizar denúncias ou projetos de conscientização. 2. ONGs • Campanhas assistencialistas, como arrecadação de alimentos, roupas, livros. • Cursos de capacitação, como pré-vestibulares comunitários e treinamento técnico. • Defesa de causa (e denúncias): contra corrupção, violência, desmatamento, voto consciente, por meio da criação de blogs, perfis ou páginas em redes sociais e de canais de vídeos. • Parcerias com Estado para realizar denúncias e campanhas de conscientização. • Visita a escolas e outras instituições de ensino para realizar projetos educativos e de conscientização. • Criação de exposições artísticas em parceria com Estado ou iniciativa privada. 3. MÍDIA • Campanhas publicitárias de conscientização, em parcerias. • Análise crítica e cobertura cuidadosa dos fatos por meio da imprensa escrita e falada. • Ficção engajada (por meio de novelas, filmes e minisséries sobre o tema). • Divulgação de projetos sociais e ambientais por meio do jornalismo e redes sociais. • Internet: divulgação de vídeos institucionais de curta duração criados pelos sites de redes sociais; criação de campanhas institucionais em parceria com ONGs; campanhas de adesão a causas sociais. 4. INSTITUIÇÕES DE ENSINO • Novas disciplinas (ampliação do foco para a educação crítica e moral). • Criação de projetos de conscientização que envolvam a comunidade escolar. • Criação de exposições e mostras culturais e artísticas, como de vídeos, peças teatrais e de telas artísticas. • Visita a instituições e a exposições artísticas e culturais. • Organização de palestras, mesas redondas e/ou oficinas, em parceria com ONGs e órgãos públicos, como Ministério Público. • Organização de coletivos conscientes com acompanhamento de professores. • Universidades e faculdades: criação de projetos assistenciais por meio de ações de estudantes universitários de áreas diversas. 5. FAMÍLIA E SOCIEDADE • Presença mais frequente dos pais na educação dos filhos. • Maior atenção à formação moral, e não apenas intelectual. • Bom senso no equilíbrio entre liberdade e responsabilidade. • Envolvimento com questões sociais por meio de ações individuais e conscientes nas redes sociais, blogs, canais de vídeos, entre outros. • Acompanhamento frequente de fatos e decisões governamentais por meio da imprensa e internet. • Participação de debates e ações populares que tratam de problemas ou causas sociais.