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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

JOSÉ NILTON DE FARIAS BARBOSA JÚNIOR

ATIVIDADE PORTFÓLIO

CICLO 2

Claretiano - Centro Universitário


GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

Disciplina: Políticas da Educação Básica


Tutor: Luiz Ricardo Meneghelli RA: 8087210
Aluno(a): José Nilton de Farias Barbosa Júnior Turma: João Pessoa
Unidade: 2

1. Apresente as principais características das políticas educacionais em cada


período da histórica republicana do Brasil.

Inicialmente, no ano de 1824 constituiu-se a primeira Constituição do Brasil. Contudo,


no capítulo referente à educação, há somente uma declaração de "boas intenções" de garantia
de instrução primária gratuita para todos os cidadãos brasileiros, sem, no entanto, dizer como
se realizaria essa garantia. Neste mesmo século em 1891, veio a segunda constituição
brasileira, na qual a educação, permaneceu o descentralismo, estabelecendo que o ensino
superior e o ensino secundário ficariam a cargo da União e caberiam aos Estados os ensinos
elementar e profissional.
Com a Era Vargas, a partir de 1937, estabeleceu um regime ditatorial chamado Estado
Novo. Na prática, o que ocorreu entre 1937-1945, no que se refere à educação escolar, foi a
intervenção estatal por meio de leis ou decretos que ficaram conhecidos como Reforma
Capanema, assim, a ênfase dessa reforma era sobre a escola de formação técnica e
profissional. Logo após, com a Constituição de 1946, foi prevista a elaboração de uma
legislação própria, abrindo possibilidades para a conquista de uma Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDB) que fora instituída em 20 de dezembro de 1961.
No ano de 1964, após a deposição de João Goulart, instaurou-se a ditadura militar que
durou até 1985. Este regime desmobilizou a sociedade organizada, até mesmo os professores
e os estudantes que se mobilizavam em favor de reivindicações relativas à educação em todos
os níveis, os quais tiveram suas manifestações proibidas, além de suas entidades
representativas colocadas na ilegalidade, como foi o caso da União Nacional dos Estudantes
(UNE).
Em 1985, com o reconhecimento do Estado Democrático de Direito. Sendo assim, a
Constituição Federal/1988 estabeleceu princípios gerais da educação nacional, a saber:
a) Proclama que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família.
b) Estabelece os princípios da educação nacional, inspirados no liberalismo, na
democracia e no respeito aos direitos humanos.

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c) Atribui competências ao Estado não só na oferta, mas também no atendimento aos
estudantes, a fim de manter frequência obrigatória no ensino fundamental.
d) Determina percentuais mínimos à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios como forma de garantir financiamento à educação.

No ano de 1996, a atual LDB 9.394/96 reestruturou todo o sistema educacional brasileiro.
Vejamos:
a) Prevê, em termos de níveis de modalidades de ensino, que a educação brasileira esteja
dividida em duas partes: educação básica, constituída pela educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio, e ensino superior.
b) Cria competência aos níveis administrativos em relação à educação, fixando
incumbências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
c) Regula nova estrutura curricular instituindo uma base nacional comum e uma parte
diversificada no currículo escolar.
d) Recomenda um novo paradigma para a verificação do rendimento escolar,
incentivando a aplicação de avaliações contínuas e contextualizantes.
e) Prevê regras flexíveis que visem à inclusão de pessoas com necessidades especiais à
rede escolar comum.

Em janeiro de 2001, o Congresso Nacional aprovou a Lei nº 10.172, instituindo o PNE


com duração de dez anos. São linhas gerais que abordam o respectivo PNE:
a) Acompanhamento de perto pelo Poder Legislativo e pela sociedade civil organizada
durante sua vigência.
b) Estados, Distrito Federal e Municípios devem propor seus próprios Planos de
Educação em conformidade com o plano nacional.
c) Promoção do nível de escolaridade da população, reduzindo as diferenças entre as
regiões no que diz respeito ao acesso e à permanência na escola pública.
d) Segue o princípio constitucional e da LDB quanto à necessidade de democratização da
gestão da escola pública.

Logo após, em 2007, no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi
instituído o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, cujos objetivos são, também, de
obter financiamento para a educação básica e não só para o ensino fundamental, como era
anteriormente, com o FUNDEF. Ainda, a Lei nº 11.494/07, que criou o FUNDEB, estende os
benefícios para os demais níveis do ensino básico, incluindo as etapas correspondentes à
educação de jovens e adultos, bem como as comunidades indígenas e quilombolas, além da
educação especial, o suporte financeiro que considera adequado para todo o seu

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desenvolvimento, incluindo, ainda, as fontes financiadoras do fundo, a obrigação dos repasses
da União que regulamenta e a distribuição e a fiscalização dos recursos, entre outras medidas.
Destaca-se ainda a Lei nº 8.035/2010, que coloca dez metas do Plano Nacional de
Ensino, a saber:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial,
regional, de gênero e de orientação sexual;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como
proporção do produto interno bruto, que assegure atendimento às necessidades de expansão,
com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental.
2. Apresente as concepções de educação expressas na Constituição Federal de 1988,
dos artigos 205 a 214, com uma crítica pessoal ao final.

Os artigos 205 a 2014 da Constituição Federal citam que:


Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira
para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por

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concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as
instituições mantidas pela União;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de
gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular,
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo poder público.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.

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§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de
colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, e
prestará assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para
o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade
obrigatória.
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada,
para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados os
sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208,
VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos
orçamentários.
§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela
poderão deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental de seus empregados e
dependentes.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a
escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em
educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou
confessional, ou ao poder público, no caso de encerramento de suas atividades.

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§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da
residência do educando, ficando o poder público obrigado a investir prioritariamente na
expansão de sua rede na localidade.
§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro
do poder público.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à
articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações
do poder público que conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
Observam-se nestes artigos os princípios norteadores da educação brasileira. Nossa
constituição cidadã expressa, de uma forma muito concisa, todos os objetivos a serem
atendidos para que o crescimento educacional do Brasil. Contudo, ainda que haja o foco na
igualdade educacional no Brasil, isso não ocorre na prática com instituições públicas muitas
vezes sucateadas, principalmente as de competência dos estados e municípios.
Acredita-se que este sucateamento deve-se, em sua maioria, a desvios de verbas, visto
que há diversos programas para a promoção da educação com qualidade. Porém, a maior parte
do dinheiro, não chega ao seu destino, fazendo com que os alunos e professores não usufruam
daquilo que lhe é de direito. Esta prática gera ainda mais desigualdades, visto que um
individuo com pouca educação não alcança melhores condições no mercado de trabalho,
continuando um ciclo vicioso que perdura por séculos neste país.
No cenário das universidades públicas, estas ainda possuem prestígio no mercado.
Porém, sofrem com a ausência de incentivos para a pesquisa, fazendo com que esta área não
seja muito bem desenvolvida no Brasil. Fazendo com que nossa nação, ainda seja dependente
de teorias e práticas internacionais, sendo que poderia desenvolver-se aqui se tivesse o
investimento correto.
3. Apresente uma síntese dos principais pontos presentes na LDBEN nº 9394/96,
destacando:

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a) Os princípios gerais da Educação Brasileira.

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas
de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.

b) Os níveis da educação no Brasil: Educação Básica e Educação Superior.

Educação Básica
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos,
alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada
entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do
estabelecimento.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes


diretrizes:

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I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de
cada região, especialmente:

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses


dos alunos da zona rural;

II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do


ciclo agrícola e às condições climáticas;

III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Educação Superior

Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento


reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores
profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na
sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da


ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o
entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem


patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras
formas de comunicação;

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V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a
correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e


regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de
reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das


conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica
geradas na instituição.

VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a


formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o
desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares.

c) Da Educação Básica.

Educação Básica

Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos,
alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada
entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do
estabelecimento.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes


diretrizes:

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I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de
cada região, especialmente:

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses


dos alunos da zona rural;

II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do


ciclo agrícola e às condições climáticas;

III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

d) A formação dos profissionais da educação básica.


Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando
em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em
administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com
títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área
pedagógica ou afim.
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, para
ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional, atestados por
titulação específica ou prática de ensino em unidades educacionais da rede pública ou privada
ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente para atender ao inciso V
do caput do art. 36;
V - profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica, conforme disposto
pelo Conselho Nacional de Educação.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às
especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas
e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:

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I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos
científicos e sociais de suas competências de trabalho;
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em
serviço;
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em
outras atividades.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em
curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério
na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível
médio, na modalidade normal.
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere
o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo
cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e de
pós-graduação.

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