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BNCC
METODOLOGIAS ATIVAS:
PROBLEMATIZAÇÃO
Gestão de conteúdo
Carlos Eduardo Lavor (Caê)
Elaboração e Revisão
Fernanda Silva Pinto Vernier
Gustavo Furniel
Márcio Miranda
Pablo López Silva
Philippe Spitaleri Kaufmann (PH)
Raphael Amaral (TIM)
Rodrigo Machado Martins
Rodrigo MANZ de Paula Ramos
Thiago Dutra de Araujo
Tradução
Rodrigo MANZ de Paula Ramos
Produção
Carolina Salmazio
Ciane Kenj
04 BNCC NA PRÁTICA
-METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO
06 O ARCO DE MAGUEREZ
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BNCC NA
PRÁTICA
- METODOLOGIA DA
PROBLEMATIZAÇÃO
Há muito se percebe que o modelo de escola
tradicional, com alunos impassíveis, receben-
do conteúdos de maneira passiva, em uma
aula exclusivamente expositiva, não se ajusta
mais ao aluno atual, com suas inquietações e
as mudanças trazidas pela tecnologia.
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presentar resultados; comunicar conclusões
e propor intervenções. (BNCC fundamental
página 320).
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O ARCO DE
MAGUEREZ
O Arco de Maguerez é uma abordagem de
metodologia problematizadora estruturada em
cinco passos :
1 – Observação da realidade
2 – Síntese (Pontos-Chave)
3 - Teorização
4 – Hipóteses de solução
5 - Aplicação à realidade
Teorização
Pontos-chave Hipóteses
de solução
Observação Aplicação
da realidade à realidade
REALIDADE
Fonte: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/6808/mod_resource/
content/3/un03/top03p01.html
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OBSERVAÇÃO DA REALIDADE:
O ponto inicial do arco consiste na definição
de um ou mais problemas que serão estuda-
dos pelos alunos. Esses problemas devem re-
presentar situações reais e podem ser propos-
tos pelo professor ou sugeridos pelos alunos.
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(EF06CI02) Identificar evidências de trans-
formações químicas a partir do resultado de
misturas de materiais que originam produtos
diferentes dos que foram misturados (mistura
de ingredientes para fazer um bolo, mistura de
vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
PONTOS-CHAVE – SÍNTESE
Na etapa de Síntese devem ser identificados
quais são os pontos centrais do problema a ser
resolvido e quais seriam os possíveis conteú-
dos teóricos relacionados que devem ser com-
preendidos para que seja possível a solução do
problema. Perguntas mais específicas podem
ser elaboradas como norteadoras do
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processo:
• O que é reciclagem? Como funciona o pro-
cesso de reciclagem dos diversos tipos de
materiais?
• Como funcionam as pilhas e baterias? Quais
os principais motivos do desgaste precoce
desses componentes eletrônicos?
• Quais são os principais tipos de resíduos
encontrados nos oceanos? Eles são naturais ou
são oriundos de ações humanas?
• Como as correntes marítimas influenciam os
processos de concentração ou dispersão des-
ses resíduos?
TEORIZAÇÃO
Nesta terceira etapa passa-se ao estudo teó-
rico dos conceitos que devem ser assimilados
e compreendidos. É interessante notar que há
uma inversão em relação à metodologia tradi-
cional das aulas expositivas. Nessas, geralmen-
te são abordados primeiros os conceitos abs-
tratos para posteriormente aplicá-los a casos
práticos e reais. Ou seja, estuda-se primeiro o
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geral, para depois passar para o particular.
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de propagação do calor para justificar a utili-
zação de determinados materiais (condutores
e isolantes) na vida cotidiana, explicar o princí-
pio de funcionamento de alguns equipamen-
tos (garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou
construir soluções tecnológicas a partir desse
conhecimento.
HIPÓTESES DE SOLUÇÃO
Neste estágio exercita-se a criatividade dos
alunos, de modo que possam criar possibili-
dades de solução para o problema analisado,
fundamentando as propostas no estudo teóri-
co realizado anteriormente.
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(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e cole-
tivas para a solução de problemas ambientais
da cidade ou da comunidade, com base na
análise de ações de consumo consciente e de
sustentabilidade bem-sucedidas.
APLICAÇÃO À REALIDADE
No último estágio, os alunos devem verificar
se as hipóteses criadas apresentam real capa-
cidade de solução do problema. Caso a pro-
posta de solução mostre-se inviável, os alunos
podem repensar o problema, criando novas
hipóteses, a fim de solucioná-lo. Obtendo-se
uma solução aplicável, podem, a partir desse
ponto, pensar em estratégias de comunicação
para publicar o resultado dos estudos (relató-
rios, mídias sociais, jornais, revistas, etc.).
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Relações entre a BNCC,
a Taxonomia de Bloom
revisada e o Arco de
Maguerez
A análise dos verbos presentes nas habili-
dades e competências da Base nos permite
identificar que existe uma preocupação com
a aprendizagem mais efetiva dos estudantes.
O modelo de aprendizagem ativa traz ganhos
em relação ao modelo de aula exclusivamente
expositiva, na qual os procedimentos são ape-
nas demonstrados pelo professor.
A estratégia adotada para garantir a progres-
são de aprendizagem utilizou, como referên-
cia de análise, a taxonomia revisada de Bloom.
A finalidade da taxonomia citada é basica-
mente servir como ferramenta de organiza-
ção e categorização dos objetivos associados
ao desenvolvimento cognitivo e à aquisição
dos conhecimentos das competências e das
atitudes relacionados ao processo de ensino-
-aprendizagem.
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PROCESSOS CONGNITIVOS
NÍVEIS DE APRENDIZAGEM
(VERBOS)
1. Lembrar: refere-se ao reconheci- Escolher, definir, duplicar, iden-
mento e reprodução de ideias, fatos, tificar, listar, reconhecer, relatar,
termos, à conceitos básicos, respos- reproduzir, recuperar, selecio-
tas e conteúdos. Associado à memo- nar, soletrar etc.
rização.
2. Compreender: refere-se ao Calcular, categorizar, elucidar,
estabelecimento de conexão entre o classificar, comparar, concluir,
novo e o conhecimento previamente contrastar, demonstrar, descre-
adquirido. Associado à compreensão ver, debater, exemplificar, au-
de fatos e às ideias de organização, mentar, explicar, ampliar, identi-
comparação, classificação, entre ficar, ilustrar, inferir, interpretar,
outras. localizar, corresponder, delinear,
parafrasear, predizer, relatar,
reformular, mencionar, mostrar,
resumir, traduzir etc.
3. Aplicar: refere-se à execução ou Aplicar, executar, construir,
ao uso de procedimento em uma si- escolher, classificar, demons-
tuação específica e à solução de pro- trar, desenvolver, experimentar,
blema, com base em conhecimento identificar, ilustrar, executar, en-
adquirido, estratégias, técnicas etc. trevistar, fazer uso de, organizar,
planejar, praticar, selecionar,
solucionar, usar, utilizar etc.
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4. Analisar: relacionado a dividir a Analisar, apreciar, assumir, atri-
informação em partes relevantes e ir- buir, categorizar, classificar, com-
relevantes, importantes e menos im- parar, concluir, contrastar, des-
portantes e entender a inter-relação. construir, detectar, diferenciar,
Implica fazer inferências e encontrar descobrir, discriminar, dissecar,
evidências para apoiar generaliza- distinguir, dividir, examinar, for-
ções. mular dedução, inferir, integrar,
organizar, relatar, selecionar, se-
quenciar, simplificar, estruturar,
testar etc.
5. Avaliar: associado à realização de Concordar, apreciar, avaliar,
julgamentos baseados em critérios e conferir, escolher, comparar,
padrões qualitativos e quantitativos concluir, criticar, decidir, de-
ou de eficiência e eficácia. Implica duzir, defender, determinar, re-
apresentar e defender opiniões e de- futar, discutir, calcular, avaliar,
fender ideias e conceitos. explicar, interpretar, julgar, justi-
ficar, medir, monitorar, priorizar,
provar, ranquear, recomendar,
reconstruir, selecionar, apoiar,
verificar etc.
6. Criar: significa compilar informa- Adaptar, construir, mudar, esco-
ções ou elementos com a intenção lher, combinar, compilar, com-
de criar nova visão, solução, estrutura por, criar, projetar, desenvolver,
ou modelo, utilizando conhecimen- debater, elaborar, calcular, for-
tos e habilidades previamente adqui- mular, generalizar, supor, modi-
ridos. Envolve o desenvolvimento de ficar, planejar, produzir, propor,
ideias novas e originais, produtos e solucionar etc.
métodos.
Fonte http://cnebncc.mec.gov.br/docs/BNCC_Estudo_Comparativo.pdf
em 30/10/2018.
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A análise das habilidades presentes na base
permite afirmar que elas possuem a seguinte
estrutura geral:
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(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econô-
micas, culturais e sociais, tanto na vida cotidia-
na quanto no mundo do trabalho, decorrentes
do desenvolvimento de novos materiais e tec-
nologias (como automação e informatização).
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distintas culturas (agricultura, caça, mito, orien-
tação espacial e temporal etc.).
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MODELO DE RELAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES DO
CONHECIMENTO E DO PROCESSO COGNITIVO DE
ACORDO COM A TAXONOMIA REVISADA DE BLOOM.
CRIAR
Um portfólio inovador
de aprendizagem
REFLETIR PRODUZIR
Um fluxo de trabalho
Sobre o progresso eficiente para um
projeto
JULGAR REUNIR
A eficiência das
DESCONSTRUIR técnicas de amo Uma equipe de
Preconceitos stragem.
peritos.
PREVER FAZER
A resposta de alguém testes de pH de DIFERENCIAR VERIFICAR
em relação ao amostras de água. Alta e baixa cultura. A consistência entre
choque cultural as fontes.
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Fonte: http://www.celt.iastate.edu/wp-content/uploads/2015/09/RevisedBloomsHandout-1.
pdf acesso em 30/10/2018.
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No quadro abaixo, exemplifica-se uma relação
entre cada estágio do Arco e os níveis cogni-
tivos propostos pela taxonomia revisada de
Bloom:
Estágios do Arco de
Níveis de Aprendizagem
Problematização
Observação da realidade Analisar, investigar, observar
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Exemplos de aplicação da estrutura dessa meto-
dologia podem ser vistos no seguinte canal do
Youtube: https://www.youtube.com/channel/
UCAn-f5AvAospCM1Jzgn9QHw - Canal de Divulga-
ção dos Projetos da Feira de Ciências do Google
(Google Science Fair).
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Referências Blibliográficas:
https://sites.google.com/site/albertobarrossousa/
metodologias-de-educacao/metodologia-do-arco-ma-
guerez
http://www.celt.iastate.edu/wp-content/
uploads/2015/09/RevisedBloomsHandout-1.pdf acesso
em 29/08/2018
https://www.googlesciencefair.com/intl/pt-BR#!?mo-
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( acesso aos recursos para professores)
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