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AGENDA 21 COMPERJ
Grupo Gestor:
Petrobras Gilberto Puig Maldonado
Ministério do Meio Karla Monteiro Matos (2007 a junho de 2010)
Ambiente Geraldo Abreu (a partir de julho de 2010)
Secretaria de Estado do Carlos Frederico Castelo Branco
Ambiente (RJ)
Equipe:
Coordenação Geral: Ricardo Frosini de Barros Ferraz
Coordenação Técnica: Patricia Kranz
Redação: Arilda Teixeira
Janete Abrahão
Kátia Valéria Pereira Gonzaga
Patricia Kranz
Thiago Ferreira de Albuquerque
Pesquisa: Mônica Deluqui e Ruth Saldanha
Revisão de conteúdo: Ruth Saldanha
Revisão: Bruno Piotto e Fani Knoploch
Leitura crítica: Cláudia Pfeiffer
Edição de texto: Vania Mezzonato / Via Texto
Colaboração: Ana Paula Costa
Bruno Piotto
Hebert Lima
Liane Raposo de Almeida Reis
Luiz Nascimento
Nathália Araújo e Silva
Fomento dos Fóruns: Ana Paula Costa
Colaboração: Leandro Quintão
Paulo Brahim
Roberto Rocco
Projeto Gráfi co: Grevy Conti Designers
Revisão Gráfi ca: Maria Clara de Moraes
Fotos: Ana Paula Costa, Darius Burdun, Flavio Colker,
Fran Gambín, Jeinny Solis, Jorge Rosas, Leandro
Coutinho, Lena Trindade, Lotus Head, Marcio
Kleber, Marco Esteves, Monica Deluqui, Roberto
Ferreira, Roberto Rocco e Weliton Slima /
Banco de Imagens Petrobras: Beto Paes Leme,
Cris Isidoro, Geraldo Falcão e Ismar Ingber
Impressão Gráfica Minister
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MEMBROS DO FÓRUM DA AGENDA 21 DE TERESÓPOLIS
1º setor 3º setor
Alex Siqueira Wey - Secretaria Municipal de Educação Alair Veiga de Almeida – Sindicato dos Trabalhadores
Arlete Soares Maia Nunes - Secretaria Municipal de Administradores
Saúde Armando de Oliveira Abrantes – Sindicato dos Bancários
Jefté Apolo Laet – Secretaria Municipal de Segurança David Miller – ONG Nascente
Pública Isabel Maria Kwiatkowski - Associação dos Usuários da
Kleber Cozzolino – Secretaria Municipal de Agricultura Rodovia BR-116 (Assurb)
Leandro Coutinho da Graça – Secretaria Municipal de Luis Penna Franca - RPPNs
Meio Ambiente e Defesa Civil Maria Luiza Santana Luz – Grupo de Apoio à Criança
Lucas Guimarães Homem – Secretaria Municipal de De- do Caleme
senvolvimento Econômico Sustentável Rita Telles – Movimento Nossa Teresópolis
Marcus Machado Gomes – Parque Nacional da Serra dos Rosangela Dupont – Feira Agroecológica
Órgãos
Rosayni Batalha – Rádio Brasil Rural
Newton Novo - Emater
Zé Waitz – Conselho Consultivo do Parque Nacional da
Silvia Pimentel – Secretaria Municipal de Governo Serra dos Órgãos
Wagner de Oliveira Fernandes – Câmara Municipal
Comunidade
2º setor Ana Cláudia Andrade Ribeiro - Projeto Fazendo a Dife-
Adriano Sampaio - Sesc rença
Antônio Merendaz - Centro Universitário Serra dos Ór- Armindo Gonçalves Coelho - Associação de Moradores e
gãos (Unifeso) Amigos Granja Guarani
Cristina Lydia – Parque do Lago Carlos Antônio Anacleto Raymundo - Associação de
Élcio Féo - CDL Moradores do Castelo
Igor Edelstein - Sincomercio Maria Elena Lomeu - Centro Social São José
Luiz Cláudio Ribeiro – Caixa Econômica Federal Nadim Kantara – Conselho Comunitário de Segurança
Pedro José Ferreira Alves - Associação Comercial, In- Paulo Rafael de Oliveira - Associação de Moradores da
dustrial e Agrícola de Teresópolis Várzea
Sérgio Tendler - Associação de Moradores Libert Green
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Um dos principais empreendimentos da história da Petrobras, o Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj) deverá entrar em operação em 2013. Situado em Itaboraí,
vai transformar o perfil socioeconômico de sua região de inf luência.
Esse esforço só foi possível devido à ampla participação de toda a sociedade. Assim,
agradecemos a todas as instituições, empresas, associações e cidadãos que, voluntaria-
mente, dedicaram seu tempo e esforços ao fortalecimento da cidadania em seus municí-
pios em busca de um modelo de desenvolvimento que leve qualidade de vida para todos.
Esperamos que a Agenda 21, fruto de trabalho intenso e amplo compromisso, contribua
para a construção de um futuro de paz e prosperidade para esta e as próximas gerações.
Transformá-la em realidade é uma tarefa de todos.
O que ficou dessa experiência está além deste documento, porque diz respeito
ao empreendedorismo pessoal e incansável de cada pessoa que contribuiu
com o seu desejo de transformar a Teresópolis de hoje na cidade do amanhã.
A AGENDA 21 COMPERJ 16
Agendas 21 Locais na região 16
Premissas 17
Organização da sociedade 18
Metodologia 18
Desafios e lições aprendidas 22
O MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS 25
Um pouco da história de Teresópolis 26
O processo da Agenda 21 Local em Teresópolis 27
AGENDA 21 DE TERESÓPOLIS 31
Para ler a Agenda 31
Vetores qualitativos e os 40 capítulos da Agenda 21
de Teresópolis 32
Vocação e visão 35
ORDEM AMBIENTAL 39
Recursos Naturais 40
Recursos Hídricos 44
Biodiversidade 48
Mudanças Climáticas 52
ORDEM FÍSICA 55
Habitação 56
Saneamento 60
Mobilidade e Transporte 66
Segurança 69
ORDEM SOCIAL 73
Educação 74
Educação Ambiental 79
Cultura 81
Saúde 84
Grupos Principais 88
Padrões de Consumo 93
Esporte e Lazer 95
ORDEM ECONÔMICA 99
Geração de Trabalho, Renda e Inclusão Social 100
Agricultura 108
Indústria e Comércio 114
Turismo 117
Geração de Resíduos 120
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e do consumo excessivo, ataca as desigualdades e alerta para a necessidade de
políticas de integração entre questões ambientais, sociais e econômicas.
“A Agenda 21
Em seus 40 capítulos, o documento detalha as ações esperadas dos governos
Comperj agregou que se comprometeram com a Agenda 21 e os papéis que cabem a empresá-
diversos segmentos da rios, sindicatos, cientistas, professores, povos indígenas, mulheres, jovens e
sociedade e elencou os crianças na construção de um novo modelo de desenvolvimento para o mundo.
fatores fundamentais do
desenvolvimento sustentável
A Agenda 21 local
em sua discussão.”
Mais de dois terços das declarações da Agenda 21 adotadas pelos governos
nacionais participantes da Rio-92 não podem ser cumpridos sem a cooperação
e o compromisso dos governos locais. Em todo o documento há uma forte
ênfase na “ação local” e na administração descentralizada.
A construção das Agendas 21 Locais se dá por meio dos Fóruns de Agenda 21,
espaços de diálogo onde representantes de diversos setores da sociedade se
reúnem regularmente para acompanhar a construção das Agendas 21 Locais
e a viabilização dos Planos Locais de Desenvolvimento Sustentável.
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Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MM A), a Agenda 21 Local é o
processo de planejamento participativo de determinado território que en-
volve a implantação de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e
sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local
de Desenvolvimento Sustentável (PLDS), que estrutura as prioridades locais
por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são
também definidas as responsabilidades do governo e dos demais setores
da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses
projetos e ações.
A Agenda 21 no Brasil
O processo de elaboração da Agenda 21 brasileira se deu entre 1996 e 2002,
e foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável
(CPDS). Durante esse período, cerca de 40 mil pessoas em todo o País foram
ouvidas, em um processo que valorizava a participação cidadã e democrática.
Ética – demanda que se reconheça que o que está em jogo é a vida no planeta
e a própria espécie humana;
Assim como nos demais países, a Agenda 21 brasileira não pode ser cumprida
sem a cooperação e o compromisso dos governos locais.
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AGENDA 21 COMPERJ
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principais
empreendimentos da Petrobras no setor petroquímico, está sendo construído
no município de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro.
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O objetivo do projeto é criar e fomentar processos de Agenda 21 Locais, con-
tribuindo para o desenvolvimento sustentável em toda a região e melhorando
a qualidade de vida de seus habitantes, hoje e no futuro.
Premissas
O projeto Agenda 21 Comperj adota as premissas de construção de Agenda
21 preconizadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA):
Abordagem multissetorial e sistêmica, que envolve as dimensões econô-
mica, social e ambiental;
Sustentabilidade progressiva e ampliada, ou seja, construção de consensos
e parcerias a partir da realidade atual para o futuro desejado;
Planejamento estratégico participativo: a Agenda 21 não pode ser um
documento de governo, mas um projeto de toda a sociedade;
Envolvimento constante dos atores no estabelecimento de parcerias, aberto
à participação e ao engajamento de pessoas, instituições e organizações
da sociedade;
Processo tão importante quanto o produto;
Consensos para superação de entraves do atual processo de desenvolvimento.
Organização da sociedade
O projeto Agenda 21 Comperj substituiu a divisão paritária da malha social
entre governo e sociedade civil, comumente adotada, pela divisão em quatro
setores – público, privado, sociedade civil organizada e a comunidade – no
intuito de identificar mais detalhadamente as demandas locais, fortalecendo
a representação dos diversos segmentos.
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SETORES REPRESENTAÇÃO
“A Agenda 21 Primeiro Prefeituras, Câmaras de Vereadores, poderes Legislativo e
propicia o fortalecimento Judiciário, órgãos e empresas públicos
propõe a construção de
uma sociedade igualitária
e segura”
Metodologia
A metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj é constituída de cinco etapas:
1) Mobilização da Sociedade;
2) Construção Coletiva;
3) Consolidação Municipal;
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qual o Complexo Petroquímico será instalado, indicando as potenciali-
dades que podem ser aproveitadas em benefício de todos, for talecendo a
cidadania e a organização social.
1 Os Vetores Qualitativos foram elaborados a partir da metodologia do Instituto Ethos para a construção do desenvolvimento
sustentável em empresas. Esta ferramenta defi niu uma escala que possibilitou a identifi cação do estágio no qual o município
se encontrava em relação a cada um dos 40 capítulos da Agenda 21, ajudando os participantes a relacioná-los com a realidade
local e planejar aonde gostariam de chegar.
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ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADES
Consolidação Municipal Duas ofi cinas com os Na região:
Novembro de 2008 a representantes dos 30 oficinas de 20 horas cada.
quatro setores de cada
Junho de 2009 Em cada município:
município para:
• Integrar os setores, • Consenso acerca
orientando-os para das preocupações e
um objetivo comum: o potencialidades municipais
desenvolvimento sustentável e estágios dos vetores
do município; identificados;
“A humanidade
deve escolher o seu
futuro, praticar o espírito da
solidariedade e
conscientização do parentesco
com a vida, em busca de um
novo começo, da verdade
e da sabedoria.”
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ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADES
Formalização dos Duas ofi cinas em cada Na região:
Fóruns Locais município para: • 28 oficinas e diversas visitas
Julho a Dezembro de 2009 • Orientar os Fóruns para sua técnicas realizadas;
organização, estruturação
• Portal na internet para
e formalização através de
relacionamento e divulgação
projeto de lei ou decreto;
do projeto lançado.
• Desenvolver o Regimento
Em cada município:
Interno;
• Decreto ou projeto de lei
• Aprimorar a vocação e a criando o Fórum da Agenda MMA/SEA/ Coordenação
visão de futuro municipal; 21 Local aprovado; Petrobras estratégica e
• Realizar a análise técnica (Grupo executiva
• Regimento interno do Fórum
das propostas de ação. Gestor)
elaborado;
• Fórum organizado com estruturas Ipanema, Iser, Responsabilidade
de coordenação, secretaria Roda Viva, operacional e
executiva e grupos de trabalho; ASA metodológica
• Primeira versão do Plano
Local de Desenvolvimento
Sustentável finalizada;
• Segunda versão da vocação
e da visão de futuro municipal
desenvolvida;
• Propostas de ação
analisadas tecnicamente.
Finalização das Consultoria e serviços Na região:
Agendas para: • 28 oficinas e diversos
Janeiro de 2010 a Agosto • Pesquisar dados estatísticos encontros e reuniões locais e
de 2011 e informações técnicas; regionais realizados;
• Levantar e produzir material visual; • Comitê Regional da Agenda
• Redigir, editar, revisar, 21 Comperj estruturado para
diagramar e imprimir as Agendas. apoiar os Fóruns e planejar
e facilitar ações regionais ou
Duas ofi cinas em cada intermunicipais.
município, para:
Em cada município: MMA/SEA/ Coordenação
• Validar os textos de
diagnósticos; • Fórum de Agenda 21 Local Petrobras estratégica e
em funcionamento; (Grupo executiva
• Atualizar e validar as Gestor)
propostas de ação. • Agenda 21 Local publicada
e lançada;
Cinco encontros de Consultores Responsabilidade
coordenação dos Fóruns • Site do Fórum Local em contratados técnica e
de Agenda 21 Locais para: funcionamento; operacional
• Promover a integração e • Vídeo da Agenda 21 local
fomentar o apoio mútuo entre produzido.
os Fóruns locais.
Encontros, reuniões locais e
contato permanente para:
• Fortalecer a integração do
Fórum com o poder público local;
• Desenvolver e fomentar o
Fórum Local.
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DESAFIOS E LIÇÕES APRENDIDAS
Processos participativos são sempre muito complexos. A ordem de grandeza
deste projeto – 15 municípios envolvidos e mais de 8 mil participantes di-
retos – se por um lado o tornava mais estimulante, por outro aumentava os
desafios para o sucesso da iniciativa.
O tempo dedicado às etapas iniciais constituiu uma limitação para uma me-
lhor identificação de lideranças representativas, para que novas pessoas se
incorporassem ao processo e para a capacitação dos participantes em tantos
e tão variados temas. Estes percalços foram trabalhados nas etapas seguintes.
Outra questão foi o equilíbrio delicado entre usar a mesma metodologia para
todos os municípios e fazer as adaptações necessárias às diferentes reali-
dades encontradas. Quanto mais o processo evoluía, mais as diferenças se
acentuavam. Mesmo assim, foi possível alcançar um resultado que ref lete
as peculiaridades de cada município e o grau de maturidade de cada grupo
mantendo uma estrutura semelhante e apoiando a todos da mesma forma.
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é representatividade e tempo para que esta se desenvolva. O debate sobre o
Regimento Interno foi um momento rico e determinante para a sustentabili-
dade dos Fóruns. Assim, foi encaminhado sem pressa, com foco nos valores
que cada grupo desejava adotar e por meio do desenvolvimento de critérios
para a tomada de decisão.
A criação de um portal com um site para cada município, com notícias atuali-
zadas, divulgação de oportunidades, editais e boas práticas, biblioteca, vídeos
e ferramentas de interatividade, como o chat, traz inúmeras possibilidades
de comunicação, funcionando como uma vitrine do projeto e uma janela dos
Fóruns para o mundo.
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qualidade de vida e a justiça social, sem perder de vista os limites impostos
pelo planeta e tendo um futuro sustentável como horizonte comum.
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O MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS
Fonte: http://www.clubedosaventureiros.com/guia-de-trilhas/59-parque-nacional-
serra-dos-orgaos-rj/687-parque-nacional-da-serra-dos-orgaos
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O município faz parte da Bacia do Rio Piabanha, que inclui a sub-bacia hi-
Pa rque Estadua l dos Três Picos drográfica do Rio Paquequer, uma das principais de Teresópolis.
– Com 46.350 hectares, o Parque
Estadual dos Três Picos é o maior do Com um PIB de R$ 1.111.813.000 e uma renda per capita de R$ 7.564, Tere-
Estado do Rio de Janeiro (representa sópolis é voltada principalmente para o turismo e produção agrícola. Possui
75% de toda a área verde protegida) comércio diversif icado e setor hoteleiro desenvolvido – além de abrigar
e está localizado entre os municí- uma das maiores feiras de artesanato a céu aberto do Brasil, a Feirinha de
pios de Teresópolis, Nova Friburgo, Teresópolis ou Feirinha do Alto, com diversos produtos de moda feminina
Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e infantil – além de móveis, uniformes, potes, bijuterias e muito mais. As
e Silva Jardim. Seu nome é uma
principais indústrias são as de confecções e de bebidas.
relação direta com os Três Picos,
acidente geográfi co localizado na O município faz parte do cinturão verde do Rio de Janeiro, região responsável
região, parte de um imponente con- pela produção da maior parte (93%) dos hortigranjeiros consumidos no Estado.
junto de montanhas graníticas, com Apesar de estar voltada principalmente para a agricultura, Teresópolis vem
cerca de 2.350 metros de altitude, se desenvolvendo rapidamente no setor de bebidas, contando com uma das
ponto culminante de toda a Serra
maiores indústrias de cerveja do Estado do Rio de Janeiro, a Lokal.
do Mar. O parque preser va o cin-
turão central de Mata Atlântica do As feiras estão se tornando cada vez mais populares na cidade. Entre os
Estado. Em suas densas matas foram eventos que passaram a fazer parte da economia teresopolitana, estão a Feira
detectados os mais elevados índices da Promoção (Fepro), a Feira de Tecnologia em Horticultura (Tecnohort) e a
de biodiversidade de todo o Estado.
Festa do Produtor Rural.
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anos depois, retalharam ainda mais as terras e, com o dinheiro da venda dos
lotes, construíram a estrada de ferro, dando início ao progresso da região.
O processo da Agenda 21
local em Teresópolis
De março a julho de 2007, a Petrobras realizou a Caravana Comperj, que
visitou o município de Teresópolis em 30 de maio para divulgar o empreen-
dimento e as ações de relacionamento propostas para a região, convidando
lideranças a participar do processo de construção da Agenda 21 Local.
27
Assim, cada município tinha quatro representantes neste Fórum, que ficou
responsável pelo monitoramento dos encontros e o andamento das Agendas
21 municipais. O Fórum Regional tinha caráter consultivo ao Grupo Gestor
e a tarefa de facilitar a integração de ações de caráter regional ou de grupos
de municípios.
O final das reuniões desta etapa do projeto foi marcado pela atração de re-
Ofi cina de consolidação do diagnóstico presentantes engajados.
Após a leitura do título dos capítulos e da descrição de cada estágio, era so-
licitado aos participantes que escolhessem aquele que melhor retratasse seu
município. Nas duas reuniões seguintes, os resultados orientaram a produção
de um painel de preocupações e potencialidades locais.
Foram realizados mais três encontros por setor, nos quais os participantes
definiram as ações necessárias para prevenir ou mitigar as questões identi-
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Posse dos membros do Fórum da Agenda 21 de Teresópolis, da esquerda para a
direita: Deputado estadual Nilton Salomão; Flávio Castro, secretário de Meio
Ambiente de Teresópolis; Ricardo Frosini Ferraz, da Petrobras; Jorge Mário, prefeito
do município; Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente; Ernesto de Castro, chefe do
Parnaso; e Leandro Coutinho, coordenador do Fórum
29
Em abril de 2009 foi realizada uma oficina em Teresópolis para atualizar os
trabalhos e fortalecer o Fórum. Nesse período, também foi desenvolvido um
portal na internet, voltado para a comunicação dos Fóruns e a divulgação
do projeto e de seus resultados – www.agenda21comperj.com.br – com um
site para cada município. Atualizados frequentemente, eles dispõem de uma
área interna com ferramentas de comunicação, que permitem o contato entre
os membros dos Fóruns.
Em 2010, após uma análise dos resultados alcançados iniciou-se uma nova
rodada de oficinas para aprimorar o trabalho. Em Teresópolis, foram rea-
lizadas três reuniões para revisão do trabalho, apresentação do site e um
acompanhamento mais constante, com o objetivo de ajudar na formação de
parcerias e apoiar a elaboração de ações de comunicação.
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AGENDA 21 DE TERESÓPOLIS
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Estão elencadas também, e evidenciadas por fontes em itálico, as preocupações dos
moradores e as potencialidades do município, conforme percebidas e apontadas
por consenso pelos participantes do processo.
Estágios da tabela:
1 – Quase nada foi feito
2 – Já existem ações encaminhadas
3 – Já há alguns resultados
4 – Estamos satisfeitos
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Estágio
Capítulos da Agenda 21
1 2 3 4
1. Preâmbulo
3. Combater a pobreza
9. Proteger a atmosfera
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Estágio
Capítulos da Agenda 21
1 2 3 4
20. Gerenciar de forma ambientalmente sustentável os resíduos
perigosos, incluindo a prevenção do tráfico ilegal internacional
de resíduos perigosos
21. Gerenciar de forma ambientalmente responsável os
resíduos sólidos e os relacionados ao esgotamento sanitário
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Vocação e visão
“Uma visão sem ação não passa de um sonho.
Ação sem visão é só um passatempo. “Queremos
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo.”
que Teresópolis tenha
(Joel Baker – vídeo A Visão do Futuro)
infraestrutura adequada
A Vocação é o conjunto de competências, recursos e produtividade de um para tornar-se polo de
município em todas as áreas: econômica, ambiental, artístico-cultural, tu-
rística, educacional.
desenvolvimento econômico
e social do estado do
A Visão de Futuro define o que se espera do município no futuro, inspirando
e motivando as pessoas a fazer as melhores escolhas nos momentos de decisão
Rio de Janeiro.”
e a enfrentar com perseverança a espera pelos resultados.
Vocação de Teresópolis
Histórico agrícola (maior polo de olericultura do Estado), 85% da produção
agrícola é de agricultura familiar.
Histórico turístico, capital da prática de montanhismo.
Boa infraestrutura hoteleira para atender os turistas.
Boa estrutura para crianças e idosos.
Existência de significativa produção científica.
Tradição na produção e comercialização de artesanato.
Histórico de ser referência nacional em grande produção de móveis. Atu-
almente, o segmento encontra-se desorganizado e sem apoio.
Histórico de produção industrial de bijuterias, sendo o segundo fornecedor
do país. Atualmente encontra-se sem apoio.
Existência de grande riqueza na biodiversidade (precisa de maior incentivo
para a preservação da paisagem natural, fauna, f lora e recursos hídricos).
População mobilizada e ativa nas tomadas de decisões.
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Cachoeira dos Frades no
Parque Estadual dos Três Picos Incentivar a instalação de indústrias de tecnologia de ponta, com tec-
nologias não poluentes, e polo industrial no segundo distrito (em áreas
devidamente planejadas, segundo o Plano Diretor de Desenvolvimento
Sustentável, e realização de estudos de impacto ambiental).
Tornar a cidade referência ambiental através de projetos de ref loresta-
mento, com espécies nativas da Mata Atlântica (sequestro de carbono),
aliados à criação de Unidades de Conservação.
Ter uma política habitacional sustentável, que atenda às necessidades do
município e estimule a vinda de futuros moradores, com a implantação
do Comperj e de outros empreendimentos.
Ter um planejamento habitacional para que não ocorra ocupação urbana
desordenada.
Ter uma política municipal de saneamento ambiental efetiva, tornando-se
referência na prestação de serviços para outros municípios.
Contar com um Sistema de Saneamento Básico com estações de tratamento
em toda a cidade, protegendo os mananciais existentes e promovendo a
revitalização das bacias hidrográficas da região.
36
Desenvolver a qualificação da mão de obra para atender às demandas (na
área agrícola, construção civil, indústria de tecnologia e bijuterias, entre
outras).
Tornar a Feirinha de Teresópolis uma referência nacional em produção e
venda da potencialidade local (artesanato, confecção e gastronomia).
Inserir Teresópolis entre os 15 municípios classificados no Índice de Qua-
lidade do Município (IQM) estadual e melhorar a posição do município em
relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Ter uma infraestrutura adequada para o município tornar-se polo da Re-
gião Centro-Serrana no que diz respeito ao desenvolvimento econômico
e social do Estado do Rio de Janeiro.
Ter melhores mecanismos de comunicação com a população, visando sua
maior participação nas tomadas de decisões.
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1 Ordem Ambiental
RECURSOS NATURAIS
Chamamos de recursos naturais tudo o que obtemos da natureza com os
Mata Atlântica – Com árvores que objetivos de desenvolvimento, sobrevivência e conforto da sociedade. São
atingem de 20 a 30 metros de altu- classificados como “renováveis” quando, mesmo explorados por algum tem-
ra, a Mata Atlântica originalmente
po em determinado lugar, continuam disponíveis, e como “não renováveis”
ocupava quase todo o litoral brasi-
quando inevitavelmente se esgotam.
leiro, com 15% do território do País.
Devido ao intenso desmatamento, A vida humana depende dos recursos naturais – terra, água, f lorestas, re-
iniciado logo após a chegada dos cursos marinhos e costeiros – e de suas múltiplas funções. Tanto os seres
europeus, hoje em dia restam apenas humanos quanto os demais seres vivos, agora e no futuro, têm direito a um
7% de sua área original – é consi-
meio ambiente saudável, que forneça os meios necessários a uma vida digna.
derada uma das florestas tropicais
Para isto, é preciso manter os ecossistemas, a biodiversidade e os serviços
mais ameaçadas do planeta. Com
ambientais em quantidade e qualidade apropriadas.
rica biodiversidade,
biodiversidade –estima-se
estima-seque que
8
milmil
8 espécies
espécies
de suade flsua
ora fsejam
lora sejam
endê- Não é possível pensar em um futuro para a humanidade sem construir uma
micas, a Mata
endêmicas –, aAtlântica
Mata Atlântica
tem outras
tem
relação adequada entre o homem e a natureza que o cerca. E essa magnífica
peculiaridades:
out r a s pec u l ia39%
r idades:
dos mamíferos,
39% dos
variedade de formas de vida não pode ser vista apenas como “recursos na-
inclusive mais
mamíferos, inclusive
de 15% dosmaisprimatas,
de 15%
turais”, sem a valorização dos inúmeros benefícios intangíveis que nos traz.
como
dos primatas,
o m ico-leão-dou
como o mico-leão-
rado, 160
espécies de
dourado, 160aves
espécies
e 183dedeaves
anfíbios,
e 183
também
de anfíbios
só são
também
encontrados
só são ali.
encon-
trados ali.
Teresópolis está localizada na região serrana do Estado do Rio de
Janeiro, que abrange desde áreas com predomínio de morros a localidades
que apresentam relevos bastante acidentados. Uma das características mais
significativas da região é a existência de áreas com possibilidade de prote-
ção ambiental, especialmente se considerados a grande riqueza de espécies
e os altos níveis de endemismos de suas montanhas. Além disso, também é
possível notar a presença de importantes fragmentos f lorestais nas áreas de
colinas, cercadas por extensas áreas cobertas por pastagens.
Parque Nacional da Serra dos Ór-
gãos – O Parque Nacional da Serra O município possui um trecho de Mata Atlântica com enorme potencial
dos Órgãos (Parnaso) abrange os turístico para pesquisa da biodiversidade e uma reserva de sementes para
municípios de Teresópolis, Petrópo- refl orestamento. Segundo os dados da Fundação SOS Mata Atlântica, Teresó-
lis, Magé e Guapimirim, com uma polis apresenta 32% de seu território cobertos por remanescentes f lorestais,
área de cerca de 20 mil hectares. É onde são encontradas diversas áreas preservadas. Em relação às Unidades de
o terceiro mais antigo parque na- Conservação de Proteção Integral, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, o
cional brasileiro – criado em 1939, Parque Estadual dos Três Picos e o Parque Natural Municipal Montanhas de
através de um decreto do então pre-
Teresópolis compreendem 19,1% do município.
sidente Getúlio Vargas. O Parnaso
abriga uma rica fauna e flora típicas No caso das Unidades de Conservação de Uso Sustentável, as Áreas de Pro-
da encosta atlântica brasileira e teção Ambiental da Bacia dos Frades e Jacarandá, as Reservas Particulares
oferece muitas possibilidades de de Patrimônio Natural (RPPN) Maria Francisca Guimarães e Fazenda Suspiro
lazer e várias atrações, como trilhas abrangem cerca de 9% do território de Teresópolis, com vegetação em razoá-
para trekking, cachoeiras, áreas de
vel estado de conservação. No entanto, os participantes preocupam-se com a
escalada, uma piscina natural, além
falta de um Plano de Manejo para as Unidades de Conservação Municipais e
de dezenas de belíssimos recantos.
Estaduais. Essas localidades estão inseridas no Mosaico Central Fluminense
40
Unidades de Conservação (UC) –
Áreas de proteção ambiental legal-
mente instituídas pelas três esferas
do poder público (municipal, esta-
dual e federal). Dividem-se em dois
grupos: as de proteção integral, que
não podem ser habitadas pelo ho-
mem, sendo admitido apenas o uso
indireto de seus recursos naturais
em atividades como pesquisa cientí-
fica e turismo ecológico; e as de uso
sustentável, onde é permitida a pre-
sença de moradores, com o objetivo
Vista do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, o maior parque de compatibilizar a conservação da
urbano no estado natureza com o uso sustentável dos
recursos naturais (World Wildlife
e são prioritárias para a preser vação da Mata Atlântica. O grupo apontou Fund – WWF).
a existência de RPPNs que poderiam ter seu número aumentado através de
R PPN – Áreas particulares cujas
incentivos fi scais municipais (considerando também as áreas urbanas).
características naturais justifi cam
Além do desmatamento que isola trechos da Mata Atlântica e reduz o nú- sua preser vação. Destinadas por
mero de matas ecologicamente mais viáveis, outro aspecto importante para seus proprietários, em caráter per-
a conservação de remanescentes f lorestais está associado ao fato de terem pétuo, a serem protegidas. Devem
ser reconhecidas pelo Ibama e seus
sido registrados desmatamentos no interior e em zonas de amortecimento das
propr ietár ios passam a gozar de
Unidades de Conservação.
alguns benefícios, como a isenção
Outras preocupações indicadas estão relacionadas a mineração inadequada, do Imposto Territorial Rural.
impermeabilização do solo pelo asfaltamento das vias periféricas, queimadas, Á r e a s d e P r ot e ç ã o A m bie nt a l
incêndios e desmatamentos irregulares, que causam sérios danos ao meio (APA) – Áreas naturais (incluindo
ambiente. Um dos fatos que contribui para a degradação dos morros e serras recursos ambientais e águas juris-
é o manejo inadequado do solo, resultado do desconhecimento da existência dicionais) legalmente instituídas
de um levantamento dos recursos naturais do município. pelo poder público, com limites de-
finidos e características relevantes,
A exploração inadequada das saibreiras para a recuperação das estradas com objetivos de conservação e sob
vicinais é mais um dos problemas que demandam elaboração de políticas regime especial de administração,
públicas voltadas à preservação dos ecossistemas. às quais se aplicam garantias ade-
quadas de proteção.
A falta de programas de preservação das encostas fl orestadas e de recuperação
Plano de manejo – Plano de uso
de áreas degradadas favorece os problemas ambientais. Da mesma forma, o
racional do meio ambiente visando
uso das encostas e topos de morros para o plantio de eucaliptos e/ou áreas
à preser vação do ecossistema, em
de produção nesta região preocupa a população de Teresópolis. Este fato é
associação com sua utilização para
reforçado pela ausência de controle e rigor dos órgãos ambientais compe- outros fi ns. É o instrumento básico
tentes e pela falta de infraestrutura para promover o treinamento dos fi scais de planejamento de uma unidade de
ambientais – em caso de desmatamento. conservação.
41
Piscina natural no Parque Nacional Serra dos Órgãos
42
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Promoção da sustentabilidade 14. Defi nir condicionantes ambientais para a cultura do eucalipto.
15. Instituir o Plano de Prevenção e Correção para áreas de erosão.
dos recursos naturais
16. Implantar Planos de Prevenção de Combate a Incêndio.
Estudos técnicos 17. Criar brigadas mirins ecológicas.
1. Mapear os recursos naturais do município. 18. Ampliar o quadro técnico da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente por meio de concurso público.
Infraestrutura
19. Fornecer apoio ao programa de extração controlada e ar-
2. Instalar uma unidade do Batalhão Florestal, aumentando
tesanal de areia em trechos dos rios, com aproveitamento
sua atuação na proteção dos recursos naturais.
para a construção civil ou pública, substituindo a dragagem
Planejamento dos rios pelo Instituto Estadual do Ambiente – Inea.
3. Prevenir incêndios f lorestais com a abertura de corredores Capacitação
(aceiros) para proteger áreas de proteção ambiental.
20. Capacitar os agentes de saúde para atuar em campanhas de
4. Criar áreas permeáveis ao longo das vias públicas. Educação Ambiental.
5. Solicitar apoio técnico do Instituto Chico Mendes de Con- 21. Orientar o agricultor quanto à importância de manter áreas
servação da Biodiversidade – ICMBio, Prevfogo (Parnaso) de mata nativa em suas plantações.
para formar brigadas de incêndio comunitárias.
Fiscalização
Elaboração de programas e projetos 22. Controlar adequadamente as áreas de preservação.
6. Elaborar e implementar planos de manejo nas Áreas de Prote-
23. Controlar a retirada de saibro.
ção Ambiental e Unidades de Conservação (Públicas e RPPNs).
7. Elaborar projetos de Educação Ambiental.
Possíveis parceiros
8. Realizar Programas de Recuperação de Áreas Degradadas
Conservação Internacional do Brasil . Empresas associadas ao
(Prads) com espécies nativas da Mata Atlântica.
Comperj . Escolas .Firjan . Fundação O Boticário de Proteção
9. Desenvolver programas de ref lorestamento voltados para a a Natureza . Ibama . Instituições governamentais estrangeiras
obtenção de créditos de carbono. . Lions Club . MP . OAB . ONGs . Pacto para a Conservação da
10. Implantar programa de arborização urbana. Mata Atlântica . Rottary Club . SEA . Secretaria Municipal de
Meio Ambiente . Sindicatos . Universidades . Voluntários.
11. Elaborar programas voltados ao manejo sustentável do solo.
43
RECURSOS HÍDRICOS
A água é essencial à vida no planeta. Embora seja um recurso renovável, seu
consumo excessivo, aliado ao desperdício e à poluição, vem causando um
déficit global, em grande parte invisível. Cada ser humano consome direta
ou indiretamente quatro litros de água por dia, enquanto o volume de água
necessário para produzir nosso alimento diário é de pelo menos 2 mil litros.
Isso explica por que aproximadamente 70% da água consumida no mundo vão
para a irrigação (outros 20% são usados na indústria e 10% nas residências).
A Bacia do Rio Piabanha possui uma área de drenagem de 2.065 km², abran-
gendo 100% do município de Teresópolis e parte dos municípios de Areal,
Bacia hidrográfica – Área drenada
por um rio principal e seus afluentes, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Paty de Alferes, Paraíba do Sul e
incluindo nascentes, subafl uentes Três Rios. A sub-bacia hidrográfica do Rio Paquequer, uma das principais
etc. É a unidade territorial de plane- do município, compreende uma área de aproximadamente 269,08 km², entre
jamento e gerenciamento das águas. os distritos de Teresópolis (primeiro distrito) e Vale do Paquequer (segundo
distrito). O Paquequer é um dos principais rios desta bacia hidrográfica, com
cerca de 35 km de extensão. Atualmente, existem programas de controle de
qualidade de água nas nascentes dos rios já identifi cados.
44
ção dos lençóis freáticos pela implantação de condomínios. Outra importante
questão é o desmatamento das matas ciliares e formações vegetais próximas Lençol freático – Depósito de água
às nascentes. nat u r a l no subsolo, ág ua s sub-
ter râneas que alimentam os r ios
Este conjunto de usos e seus impactos interferem diretamente na disponibi- perenes, garantindo a presença de
lidade de água para o abastecimento, uma vez que no período de estiagem já água durante todo o ano. A profun-
ocorre falta de água. Além disso, o descumprimento das normas estabelecidas didade do lençol freático depende
no Plano Diretor no tocante aos recursos hídricos e a falta de um trabalho de vários fatores.
quantitativo e qualitativo de mapeamento das nascentes dificultam a im- Plano Diretor – Lei municipal que
plementação de projetos pelo Comitê de Bacias Hidrográficas no município. estabelece diretrizes para a ade-
quada ocupação do município. É o
Um dos maiores desafios de Teresópolis é o desenvolvimento de um modelo instrumento básico da política de
de gestão dos recursos hídricos. A participação do município no Comitê da desenvolv imento municipal. Sua
Bacia Hidrográfi ca do Piabanha e das Sub-Bacias dos rios Paquequer e Preto, pr incipal f inalidade é or ientar o
bem como a existência de contatos iniciais com redes internacionais para o poder público e a iniciativa privada
gerenciamento de bacias hidrográfi cas (Rebob e Relob) viabilizariam a adoção no que se refere à construção dos
de ações estratégicas. espaços urbano e rural, e à oferta
dos serviços públicos essenciais, vi-
Mapa 3: Localização geográfica da bacia sando assegurar melhores condições
de vida à população.
hidrográfica do Rio Piabanha do Sul.
45
Extração de areia – Para extração
de areia é preciso consultar e obter a
licença do Ibama e do Inea e seguir a
autorização do Departamento Nacio-
nal de Produção Mineral. A falta de
licença ou o exercício da atividade
em desacordo com a licença conce-
dida implicam pena de detenção de
seis meses a um ano, além de multa.
O município apresenta diversos mananciais nas sub-bacias hidrográfi cas dos rios
Paquequer e Preto
46
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Sustentabilidade dos 9. Coibir as ocupações irregulares na FMP (Faixa Marginal
de Proteção).
recursos hídricos 10. Intensificar a fiscalização nas áreas de mananciais.
Estudos técnicos Gestão pública
1. Mapear as áreas de nascentes e mananciais na região, in- 11. Ampliar o quadro técnico da Secretaria Municipal de Meio
dicando a presença ou ausência de mata ciliar. Ambiente, por meio de concurso público.
Elaboração de programas e projetos 12. Integrar as atividades dos técnicos municipais com outros
órgãos ambientais.
2. Elaborar programas de revitalização das matas ciliares
(como o projeto “Nosso Paquequer”). 13. Refazer o Plano Diretor de Saneamento.
3. Elaborar projetos e apoiar a implantação das atividades do
Comitê de Bacias Piabanha, Paquequer e Rio Preto. Possíveis parceiros
4. Elaborar um projeto-piloto de produção de mudas de espécies Conservação Internacional do Brasil . Empresas privadas . Es-
nativas da Mata Atlântica, com a utilização da mão de obra colas . Firjan . Fundação O Boticário de Proteção a Natureza .
de trabalhadores rurais. Ibama . Instituições governamentais estrangeiras . Lions Club .
MP. OAB . ONGs . Pacto para a Conservação da Mata Atlântica
5. Desenvolver programas sustentáveis de extração artesanal
. Rottary Club . SEA . Secretaria Municipal de Meio Ambiente
de areia em trechos controlados dos rios.
. Sindicatos . Universidades.
Comunicação
6. Orientar a população sobre o uso sustentável dos recursos Possíveis fontes de financiamento
hídricos. CNPq . Comissão Europeia . Empresas associadas ao Comperj
7. Divulgar a existência e as atividades do Comitê de Bacias. . Faperj . Fauna e Flora Internacional . Finep . FunBio . Fundo
Nacional de Direitos Difusos . FNM A . MM A . Pibic . SEA .
Fiscalização Unesco . WWF Brasil.
8. Controlar e fiscalizar o despejo de resíduos nos rios, soli-
citando maior cumprimento das multas previstas.
47
BIODIVERSIDADE
A biodiversidade é a base do equilíbrio ecológico do planeta. Sua conser-
vação deve se concentrar na manutenção das espécies em seus ecossistemas
naturais, por meio do aumento e da implantação efetiva das áreas protegidas,
que asseguram a manutenção da diversidade biológica, a sobrevivência das
espécies ameaçadas de extinção e as funções ecológicas dos ecossistemas.
48
Teresópolis abriga uma grande variedade de ecossistemas. O Parque Na-
cional da Serra dos Órgãos, o Parque Estadual dos Três Picos, o Parque Natural
Municipal Montanhas de Teresópolis, as Áreas de Proteção Ambiental da Bacia
dos Frades e Jacarandá, as Reservas Particulares de Patrimônio Ambiental
Maria Francisca Guimarães e a Fazenda Suspiro, além de fragmentos isolados
de Mata Atlântica, são habitats para várias espécies da fauna e da flora.
49
Apreensão de pássaros durante ação de combate ao tráfi co de animais silvestres
50
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Proteção da biodiversidade 6. Promover campanhas de conscientização sobre as questões
relativas à preservação da biodiversidade local.
Articulação
1. Realizar parcerias e convênios para a captação de recursos
Possíveis parceiros
e elaboração de projetos voltados para a conser vação da Conservação Internacional do Brasil . Empresas associadas ao
diversidade biológica. Comperj . Escolas . Firjan . Fundação O Boticário de Proteção
2. Estabelecer convênios com universidades para a realização a Natureza . Ibama . ICMBio . Instituições governamentais
de cursos de especialização em gestão da biodiversidade no estrangeiras . Lions Club . MP. Nações Unidas . OAB . ONGs
município. . Pacto para a Conservação da Mata Atlântica . Rottar y Club
. SEA . Secretaria Municipal de Meio Ambiente . Sindicatos .
Planejamento Universidades . Voluntários.
3. Elaborar projetos de manejo, monitoramento e conservação
da f lora e da fauna. Possíveis fontes de financiamento
Capacitação Comissão Européia . Empresas associadas ao Comperj . Fauna
e Flora Internacional . Finep . FNMA .Funbio . MMA . SEA .
4. Realizar a capacitação de agentes multiplicadores em Edu- Unesco . WWF Brasil.
cação Ambiental.
Comunicação
5. Divulgar os resultados das pesquisas sobre a biodiversidade
em veículos de comunicação comunitários, escolas, univer-
sidades, associações e sindicatos.
51
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O aumento da concentração dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera
contribui para a retenção de calor na Terra, provoca a elevação da tempera-
tura média do planeta e é a principal causa das mudanças climáticas. Isso se
deve, principalmente, à queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural
e carvão mineral), ao desmatamento, às queimadas e aos incêndios f lorestais.
52
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Combate às mudanças climáticas Gestão pública
9. Ampliar o quadro técnico da Secretaria Municipal de Meio
Infraestrutura Ambiente, através de concurso público.
1. Implantar um conjunto de estações de monitoramento da 10. Elaborar legislação própria para proibir circulação de veí-
qualidade do ar antes da implantação do Comperj. culos pesados na cidade em determinados horários.
2. Implantar ciclovias, ciclofaixas e bicicletários no município. 11. Integrar os técnicos municipais com outros órgãos ambientais.
3. Promover a melhoria do transporte público, reduzindo o 12. Fornecer incentivos fiscais específicos para instalar indús-
f luxo dos veículos particulares nas vias. trias de baixo potencial poluidor.
Planejamento Fiscalização
4. A mpliar os programas de educação ambiental, v isando 13. Assegurar fiscalização rigorosa e a adequação das fábricas
combater as causas do aquecimento global. poluentes às normas vigentes.
Elaboração de projetos
5. Realizar projetos sustentáveis no município com o apoio
Possíveis parceiros
das indústrias já instaladas e daquelas que virão durante a Conservação Internacional do Brasil . Empresas associadas ao
construção e operação do Comperj. Coimperj . Escolas . Firjan . Fundação O Boticário de Proteção
a Natureza . Ibama . Instituições governamentais estrangeiras
6. Elaborar projetos de ref lorestamento para o sequestro de
. Lions Club . MP . OAB . ONGs . Pacto para a Conservação da
carbono.
Mata Atlântica . Rottary Club . SEA . Secretaria Municipal de
Comunicação Meio Ambiente . Sindicatos . Universidades . Voluntários.
7. Realizar seminários sobre créditos de carbono e políticas
ambientais internacionais. Possíveis fontes de financiamento
8. Divulgar os resultados do monitoramento da qualidade do CNPq . Comissão Européia . Empresas associadas ao Comperj
ar por meio de campanhas educativas. . Faperj . Fauna e Flora Internacional . Finep . FNMA . Funbio
. Fundo Nacional de Direitos Difusos . MM A . Pibic . SEA .
Unesco . WWF Brasil.
53
2 Ordem Física
HABITAÇÃO
A Agenda 21, em seu capítulo 7, afi rma que o acesso à habitação segura e sau-
dável é essencial para o bem-estar físico, psicológico, social e econômico das
pessoas e que o objetivo dos assentamentos humanos é melhorar as condições de
vida e de trabalho de todos, especialmente dos pobres, em áreas urbanas e rurais.
Essa menção especial aos mais pobres se deve ao fato de que estes tendem a
estar nas áreas ecologicamente mais frágeis ou nas periferias das grandes
cidades. Moradores instalados em assentamentos precários estão mais sujeitos
a problemas como falta de saneamento e de serviços públicos adequados e a
desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra.
Vista da cidade, com a Serra dos No tocante à habitação, Teresópolis apresenta um índice preocupante: 26% de
Órgãos ao fundo sua população vivem em favelas. Quando comparado ao índice de 19%, obser-
vado na capital do estado, pode-se ter um parâmetro da extensão do problema.
56
Mapa 5: Localização das áreas
de habitação não convencionais
57
Uma ação para coibir a ocupação de áreas irregulares, que contou com a
aprovação do grupo, foi a cooperação entre a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Defesa Civil, a Ampla e a Companhia Estadual de Águas e Esgo-
tos (Cedae), para que sejam feitas instalações de fornecimento de água e luz
somente em áreas permitidas.
58
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Plano de crescimento ordenado • Implementação da Lei de Uso
Gestão pública e Parcelamento do Solo
1. Elaborar políticas públicas para conter a ocupação humana Comunicação
nas áreas de risco e de ocupação irregular.
1. Divulgar a Lei de Uso e Parcelamento do Solo.
2. Implementar o Plano Municipal de Redução de Riscos ( já
em andamento). Gestão pública
3. Integrar os órgãos da prefeitura (Secretaria Municipal de 2. Elaborar políticas conservacionistas e preservacionistas em
Meio Ambiente, Fiscalização, Planejamento Urbano). relação ao uso e parcelamento do solo.
4. Atualizar a Lei de Uso e Parcelamento do Solo.
5. Retirar e demolir os imóveis construídos em Áreas de Pre-
• Plano de habitação popular
servação Permanente e em áreas de risco, com a realização Estudos técnicos
de Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (Prads).
1. Mapear as áreas adequadas e disponíveis para os assenta-
6. Considerar no Plano de Crescimento Ordenado as informações mentos urbanos populares.
relativas aos impactos provenientes da instalação do Comperj.
7. Verificar necessidades de infraestrutura para atender ao
Gestão pública
crescimento demográf ico (transpor te, escolas, áreas de 2. Executar o Plano Local de Habitação de Interesse Social, crian-
lazer, entre outros). do a infraestrutura necessária nos novos assentamentos.
59
SANEAMENTO
Saneamento ambiental é o conjunto de práticas voltadas para a conservação
e a melhoria das condições do meio ambiente em benefício da saúde. Envolve
abastecimento de água, esgoto sanitário, coleta de resíduos sólidos, drenagem
urbana e controle de doenças transmissíveis.
60
Nas áreas rurais da Bacia do Rio Paquequer, constatou-se que aproximada-
mente 65% dos domicílios destinam o esgoto para sumidouro; 18,75%, direto
para o corpo receptor mais próximo; 12,50% para fossa séptica; e apenas
3,12% para valas.
O Plano Municipal de Saneamento deverá ficar pronto no segundo semestre O Aterro Sanitário Municipal dá
de 2010, após coleta de dados e análise técnica na Câmara Técnica de Sa- destinação ecologicamente correta
aos resíduos sólidos produzidos em
neamento do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema).
Teresópolis, Carmo, São José do Vale do
Rio Preto e Sumidouro.
Esgoto Sanitário
Sob o aspecto sanitário, Teresópolis utiliza-se da rede pluvial para as liga-
ções de esgoto, além de fossas sépticas, fossas rudimentares, valas, sarjetas e
galerias. Isto ocorre quando há disponibilidade desses meios de ligação – em
caso contrário, é utilizada a superfície do solo ou rios e riachos.
Abastecimento de Água
O abastecimento de água está sob a responsabilidade da Companhia Estadual
de Água e Esgoto (Cedae), porém, como o contrato da empresa está vencido,
em 2010 haverá licitação para a prestação dos serviços.
61
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS),
a Cedae atendia, no ano de 2006, 95,55% dos domicílios do município, com
cobertura total na área urbana – informações estas questionadas pelo Fó-
rum. Mas, mesmo onde há acesso ao abastecimento, há reclamação quanto
ao fornecimento de água irregular e sazonal (ex.: além dos bairros mais altos,
Albuquerque, entre outros).
Além disso, há preocupação com a qualidade da água, uma vez que faltam
análises mais completas para classificar, quantificar e divulgar a contaminação
existente (ex.: se há resíduos de agrotóxicos ou poluição por lançamento de
esgotos) que possibilitem futuras intervenções adequadas. A Cedae informa que
atende rigorosamente aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria
518/04 do Ministério da Saúde, realizando o monitoramento da água na rede
Estação de Tratamento de Esgotos de distribuição e apenas nos mananciais utilizados pelas Estações e Unidades
(ETE) – Infraestrutura que trata as
de Tratamento. A companhia informa que também disponibiliza os resultados
águas residuais de origem doméstica
das análises da água tratada na conta de água enviada para seus clientes.
e/ou industrial, comumente chama-
das de esgotos sanitários ou despe- Foram identificadas como potencialidades as ações em curso propostas pelo
jos industriais. Após o tratamento, Ministério Público para incentivar parcerias para a despoluição do Rio Paque-
são escoadas para o mar ou rio com quer e seus afl uentes (junto aos bairros de Granja Guarani e Quebra Frasco)
um nível de poluição aceitável (ou,
e gestão da Bacia do Rio Meudon, voltadas para a preservação dos recursos
então, são “reutilizadas” para usos
hídricos do município. Outra potencialidade informada foi a existência de
domésticos), através de um emissá-
uma lei sobre o aproveitamento da água da chuva (Código de Obras), o que
rio, conforme a legislação vigente
para o meio ambiente receptor.
pode indicar o início da formação de política pública voltada para a susten-
tabilidade dos recursos hídricos.
62
Mapa 6: Descrição do sistema de abastecimento de água
Drenagem Pluvial
A área urbana conta com uma rede de rios canalizados e/ou enterrados,
bueiros, galerias e manilhas que conduzem as águas pluviais até os córregos,
para finalmente desaguar no Rio Paquequer. Mas, na época de chuvas mais
fortes, Teresópolis sofre com enchentes e deslizamentos que causam problemas
de erosão, inundação e até mortes. A área rural tem problemas similares,
agravados pela deficiência de infraestrutura.
63
Devido ao mau dimensionamento de alguns condutores, lixo nos bueiros,
impermeabilização das superfícies urbanizadas e assoreamento dos rios, a
condução de grandes quantidades de água é inadequada. Além das águas da
chuva, a rede de drenagem pluvial também recebe esgotos, o que, entre outros
problemas, aumenta o risco de doenças durante enchentes. A Câmara Técnica
de Saneamento do Comdema (Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio
Ambiente) já está analisando possíveis ações corretivas no Córrego Meudon,
baseadas num projeto da antiga Serla.
A Prefeitura coleta o material reciclável
e entrega à Associação Serrana de Resíduos Sólidos
Catadores
Teresópolis já conta com um Plano Diretor de Resíduos Sólidos em implan-
tação e a cobertura da coleta é de 100%. O município dispõe de um aterro
sanitário e consórcio intermunicipal para destinação de resíduos, possibili-
tando o aumento do repasse do ICMS-Verde. O projeto de aterro sanitário já
foi licenciado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Outra importante
iniciativa local é o recolhimento de óleo usado, de baterias e de garrafas PET.
64
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Gestão das águas 5. Implementar soluções negociadas que permitam o cumprimento
da legislação municipal sobre fossas e fi ltros, solicitando a
adequação de infraestrutura às construções já existentes.
Comunicação
1. Informar a população quanto ao uso dos recursos hídricos.
2. Realizar campanha de orientação sobre doenças decorrentes
• Plano de gestão de resíduos sólidos
de veiculação hídrica. Planejamento
3. Cr iar programa de redução de desperdício de água na 1. A mpliar a coleta seletiva de resíduos sólidos (inclusive
irrigação, inclusive com campanhas de sensibilização da pilhas, baterias e óleos) para todos os bairros do município.
comunidade, empresas e indústrias. 2. Replicar o projeto de coleta seletiva “Fazendo a Diferença”
Fiscalização em todas as escolas do município.
4. Cobrar maior controle e fiscalização dos resíduos jogados 3. Aplicar tecnologias alternativas para a destinação dos re-
nos rios, solicitando a aplicação das multas previstas. síduos sólidos.
1. Realizar arranjos regionais, mediante parcerias com os 11. Adequar a frota às normas de proteção da Anvisa.
governos federal, estadual e municipal, implantando pro-
gramas e projetos de tratamento de esgotos, recuperação de Possíveis parceiros
áreas de matas ciliares degradadas, diminuição e controle
Anvisa . Associações . Cedae . Comitê de Bacia Hidrográficas
do uso de agrotóxicos.
dos Rios Paquequer e Preto . Cooperativas . Crea . Emater .
Gestão pública Inea . Lions Club . ONGs . Parque Nacional da Serra dos Órgãos
(Parnaso) . Parque Estadual dos Três Picos . Rottary Club . SEA
2. Realizar um projeto-piloto de despoluição do trecho inicial do . Sebrae . Secretarias Municipais (Saúde, Obras e Serviços Pú-
Rio Paquequer, a ser replicado nas demais bacias hidrográficas. blicos, Planejamento, Educação, Agricultura e Meio Ambiente)
3. Elaborar um projeto-piloto de biodigestor como forma de dar . Senai . Sesc . Sesi . Sindicatos . Universidades.
um destino ao esgoto, a ser replicado em outras localidades
do município. Possíveis fontes de financiamento
4. Cumprir a lei municipal que exige a construção de fossa e
BNDES . CNPq . Comissão Europeia . Faperj . Finep . Pibic.
filtro para as novas casas.
65
MOBILIDADE E TRANSPORTE
Praticamente todos os aspectos da vida moderna estão ligados a sistemas
de transporte que permitem o deslocamento de pessoas, matérias-primas
e mercadorias. Nosso ambiente, economia e bem-estar social dependem de
transportes limpos, eficientes e acessíveis a todos. No entanto, os meios de
transporte disponíveis são insustentáveis e ameaçam a qualidade de vida e
a saúde da população e do planeta.
Todos os bairros da área urbana são servidos por ônibus, porém há distritos
com localidades sem atendimento de transporte público. O município tem uma
cooperativa de vans para serviço intramunicipal e intermunicipal.
Teresópolis é servida por duas estradas federais: a BR-116, que acessa Gua-
pimirim ao sul e São José do Vale do Rio Preto ao norte; e a BR-495, estrada
serrana que alcança Petrópolis, a oeste. A rodovia estadual RJ-130 acessa
Nova Friburgo, a leste.
66
eles, danos ambientais ao Parque Estadual dos Três Picos. Recentemente, foi
aprovado, com início para 2010, o projeto de construção da terceira faixa de
rolamento na BR-116, no trecho da Serra dos Órgãos.
67
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Plano de adequação do transporte Planejamento
8. Integrar os horários do transporte coletivo de acordo com
Gestão pública as necessidades da população.
1. Cobrar da Secretaria Municipal de Obras o cumprimento da 9. Acompanhar a licitação do serviço de transporte, propician-
pavimentação permeável, permitindo a recarga dos aquíferos. do a entrada de novas empresas, em uma concorrência sadia.
2. Criar uma Câmara Técnica de Transporte e Mobilidade no 10. Melhorar o transpor te coletivo, com novas concessões,
Conselho Municipal da Cidade. visando ao fim do monopólio.
3. Elaborar um serviço de atendimento ao usuário nesta mesma
Câmara. Possíveis parceiros
4. Reativar o Conselho Municipal de Transporte, visando à Associações . Cooperativas de transporte alternativo . DER .
elaboração do Plano Diretor de Transporte Público. DNER . Empresas Associadas ao Comperj . IBGE . ONGs . Uni-
5. Cobrar o cumprimento da regulamentação do transporte de versidades.
carga na cidade, examinando o Plano Diretor.
6. Remover o pedágio dos Três Córregos para o limite do mu- Possíveis fontes de financiamento
nicípio (km 14). Banco do Brasil . Bird . BNDES . Caixa Econômica Federal .
7. Permitir o controle social dos custos do transporte público. CT- Transporte.
68
SEGURANÇA
Justiça e paz são aspirações humanas legítimas. Sua falta representa uma perda
para a qualidade de vida. Segurança é um tema que transcende as ações policiais
e judiciais de repressão e contenção da violência armada e prevenção de mortes.
69
Guardas municipais fazem a ronda de bicicleta
70
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Plano de segurança pública Comunicação
8. Divulgar as leis previstas para os maus-tratos aos idosos,
Infraestrutura aplicando as suas punições.
1. Instalar uma Delegacia da Mulher no município. 9. Disponibilizar informações de serviços públicos para toda
2. Construir um centro de acolhimento aos idosos. a população (Conselho Tutelar, Juizado da Infância e da
Adolescência, Conselho do Meio Ambiente, Linha Verde,
Capacitação 199, Defesa Civil e outros).
3. Realizar capacitação em gestão de orçamento doméstico 10. Promover a conscientização das mulheres quanto à Lei
e geração de renda, prioritariamente nas áreas de maior Maria da Penha.
carência e com problemas de segurança.
4. Promover a capacitação da Guarda Municipal, bem como Possíveis parceiros
das Polícias Militar e Civil, para o pronto atendimento às
Associações . Conselho Tutelar . Cooperativas . ONGs . PMERJ .
mulheres que se encontram em situação de risco social.
Secretarias Municipais (Mulher, Desenvolvimento e Ação Social,
5. Realizar cursos profissionalizantes. Educação, Cultura, Esporte e Lazer) . SESC . Sindicatos . Vara
da Infância, Juventude e do Idoso . Veículos de comunicação.
Gestão pública
6. Adotar a edu cação em tempo integral.
Possíveis fontes de financiamento
7. Fornecer infraestrutura para esporte e lazer em comunida-
BNDES . Comissão Europeia . Finep . Ministério da Justiça . Pronasc
des de risco social.
71
3 Ordem Social
EDUCAÇÃO
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), a educação, em todas as suas formas, molda o mundo
de amanhã, instrumentalizando indivíduos com habilidades, perspectivas,
conhecimento e valores necessários para se viver e trabalhar.
74
Gráfico 1: Número de matrículas efetuadas
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais 3.9 4.2 5.4 4.0 4.3 4.7 5.0 5.3 5.5 5.8 6.1
Anos finais 3.7 3.6 4.4 3.7 3.9 4.1 4.5 4.9 5.2 5.4 5.7
Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar
75
Os dados do censo escolar de 2006 corroboram a percepção dos membros do
Í nd ice de Desenvolv i mento da Fórum de que há uma alta evasão escolar ainda no Ensino Médio Regular.
Educação Básica (Ideb) – Mede a quali- Também foi mencionada preocupação com a ausência de rede de serviços e
dade da educação numa escala que vai
programas de inclusão social para a infância, adolescência e juventude.
de zero a dez. É calculado com base na
taxa de rendimento escolar (aprovação Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) há avanços. Com a universalização
e evasão), no desempenho dos alunos no da educação básica, o número de pessoas sem a escolaridade mínima dimi-
Sistema Nacional de Avaliação da Edu- nuiu – o que pode ser verificado pela relação oferta/demanda de turmas nas
cação Básica (Saeb) e na Prova Brasil.
escolas municipais e estaduais. Atualmente, existem cinco polos municipais
Quanto maior for a nota da instituição
com essa modalidade de ensino na zona urbana, proporcionando uma oferta
no teste e quanto menos repetências
quase universal da EJA.
e desistências ela registrar, melhor
será sua classificação. A partir deste Nas comunidades do interior, devido às questões culturais, sociais e até mes-
instrumento, o Ministério da Educação mo de locomoção, ainda há idosos e adultos analfabetos. Para atender a esta
traçou metas de desempenho bianuais
demanda, o município instituiu o programa “Brasil Alfabetizado”, cujo obje-
para cada escola e cada rede até 2022.
tivo principal é alfabetizar esses cidadãos para, posteriormente, inseri-los na
Em 2008, todos os 5.563 municípios
Educação de Jovens e Adultos, possibilitando a continuidade de seus estudos.
brasileiros aderiram ao compromisso.
Com relação ao ensino profissionalizante, segundo os participantes do Fórum,
há necessidade de ampliação da educação técnica. De acordo com o censo
de 2006, um número muito pequeno de jovens teve acesso a essa formação,
confirmando a necessidade de ampliação de atendimento, principalmente
diante do novo cenário econômico na região, com a instalação do Comperj.
Atualmente, a Secretaria de Desenvolvimento Social desenvolve o projeto
“Pique Jovem”, que busca a inclusão social de jovens e adolescentes.
76
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Criação de mecanismos para 2. Articular os diferentes setores para desenvolver programas
e projetos na área de educação, tornando o município um
melhoria da escolaridade polo regional de desenvolvimento econômico e social da
Região Centro-Serrana.
da população
Planejamento
Estudos técnicos
3. Reaproveitar os prédios existentes para a implantação da
1. Mapear os motivos da evasão escolar no município. rede de centros profissionalizantes.
Planejamento 4. Atrair um núcleo do Senai para a região serrana, com o
objetivo de atender as demandas da cadeia produtiva do
2. Promover ações estratégicas para minimizar os índices
Comper j nas áreas de t ur ismo e indústr ia naval, entre
de evasão escolar, com base nos resultados obtidos pelos
outras.
estudos técnicos.
5. Ampliar o número de vagas dos cursos já existentes, tra-
3. Implementar a transversalidade da Educação Ambiental em
zendo mais instrutores para a Faetec e para o centro pro-
cursos técnicos e em todos os níveis da educação escolar.
fissionalizante do município.
4. Desenvolver um conjunto de atividades esportivas e cul-
6. Diversificar as áreas de atuação dos cursos propostos, de
turais em contraturno escolar, evitando a ociosidade dos
acordo com a vocação de cada centro profissionalizante.
jovens.
5. Promover o esporte na escola, como mecanismo de interação Comunicação
entre a comunidade escolar da região. 7. Divulgar a existência de cursos técnicos e incentivos aos
6. Utilizar a estrutura do Centro Poliesportivo Pedro Jahara estudantes, aumentando a inserção dos jovens no mercado.
como estímulo à prática de espor tes, promov idos pelas
instituições de ensino. • Responsabilidade social das
Comunicação instituições de ensino superior
7. Comunicar aos pais e alunos a importância da formação
técnica, principalmente em agricultura.
Gestão pública
1. Elaborar políticas públicas para acompanhar o desempenho
Gestão pública das instituições no município.
8. A ssegurar o acompanhamento psicológico e social das
crianças, jovens e adolescentes em idade escolar.
Planejamento
2. Criar mecanismos para a obtenção e distribuição de apoio
9. Atrair recursos financeiros por meio da oferta de bolsas de
(bolsas de estudo, alojamentos, material didático, transpor-
estudo aos alunos que permanecerem na escola ao longo
te, entre outros) aos estudantes de nível superior, conforme
dos Ensinos Fundamental e Médio.
suas necessidades.
Articulação 3. Criar mecanismos de contrapar tida social por par te das
10. Realizar parcerias com universidades públicas para promo- instituições de nível superior, para melhorar a realidade
ver a instalação de um campus universitário no município. do município em suas áreas de atuação.
4. Atrair instituições públicas e privadas de ensino superior,
• Criação de rede de centros bem como cursos técnicos, em caráter de Programas de
Pesquisa e Extensão, relacionados à saúde, meio ambiente
profissionalizantes e desenvolvimento social.
Articulação
Possíveis parceiros
1. Articular a criação da rede de centros profissionalizantes
e suas competências. Associações . Câmara Municipal . Parque Nacional da Serra
dos Órgãos (Parnaso) . Conselho Municipais (Educação, Crian-
ça e Adolescente, Tutelar) . Cooperativas . Embrapa . Escolas
77
. Faetec . Federação de Associações de Moradores e Entidades
Associativas de Teresópolis (Fameat) . Fiocruz . Fórum Regional
Comperj . Ministérios (Educação, Cidades) . ONGs . Procon .
Sebrae . Seeduc . Secretarias Municipais (Educação, Desenvol-
vimento Social, Indústria e Comércio) . Senac . Senai . Sesc .
Sesi . Sindicatos . Universidades . Veículos de comunicação.
78
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trata-se de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade cons-
troem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltados para a conservação do meio ambiente e dos bens de uso comum,
essenciais à qualidade de vida e sua sustentabilidade.
79
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Utilização do Parnaso como polo Comunicação
de ações de educação ambiental 7. Divulgar as ações de Educação Ambiental realizadas no
município, nas escolas e na mídia local.
Planejamento
1. Ampliar o projeto “Cenário Verde” para além dos limites da Possíveis parceiros
Unidade de Conservação. Associações . Câmara Municipal . Parque Nacional da Serra
2. Buscar maiores investimentos para o projeto “Cenário Verde” dos Órgãos (Parnaso) . Cooperativas . Escolas . Federação de
nas escolas, visando a sua ampliação para todos os níveis. Associações de Moradores e Entidades Associativas de Teresó-
polis (Fameat) . ONGs . Secretarias Municipais (Educação, Meio
3. Estimular a participação da população nos programas de Ambiente) . Sindicatos . Universidades.
Educação Ambiental.
4. Captar recursos para a execução dos programas e projetos Possíveis fontes de financiamento
de Educação Ambiental a serem desenvolvidos na região.
Banco JP Morgan . Coca-Cola Company . Comissão Européia
Infraestrutura . Finep . Fundação Educar Depaschoal de Benemerência e
5. Criar espaços que ofereçam acesso gratuito à internet em Preservação da Cultura e do Meio Ambiente . Fundação Ford .
todo o município. Fundação Telefônica . GE Fund . General Motors Corporate Giv-
ing Program . IBM Corporate Community Relations . Instituto
Capacitação C&A de Desenvolvimento Social . Instituto Credicard . MEC .
6. Promover a capacitação de pessoas para realizarem pesqui- Volkswagem do Brasil Ltda.
sas na internet.
80
CULTURA
Segundo a Unesco, a diversidade cultural, produto de milhares de anos de histó-
ria e fruto da contribuição coletiva de todos os povos, é o principal patrimônio
da humanidade. As civilizações e suas culturas também resultam da localiza-
ção geográfica e das condições de vida que cada uma oferece, o que se traduz
na riqueza e diversidade de formas de viver e sobreviver da espécie humana.
81
Em Teresópolis falta resgate da memória histórica e preser vação da
Desigualdades no acesso à
arquitetura, da paisagem e da cultura local – muito importantes para a cons-
produção cultural:
trução de uma identidade cultural própria e consciente.
Entretenimento – Apenas 13% dos
brasileiros frequentam cinema al- O município possui duas bibliotecas públicas, um cinema com duas salas,
guma vez no ano; 92% dos brasilei- dois teatros públicos e dois particulares e dois equipamentos multiculturais.
ros nunca visitaram museus; 93,4%
No entanto, algumas ONGs e outros atores sociais têm buscado parcerias com
dos brasileiros jamais conheceram
a iniciativa privada e instituições públicas para desenvolver projetos nessa
alguma exposição de arte; 78% dos
brasileiros nunca assistiram a um área – entre elas, os governos estadual e federal, que atuam por meio de
espetáculo de dança, embora 28,8% programas como os “Pontos de Cultura” no Estado do Rio de Janeiro.
saiam para dançar. Mais de 90% dos
Teresópolis possui Conselho de Cultura e Fórum Municipal de Cultura, que
municípios não possuem salas de
foi reativado em 2009 e organizado em Grupos de Trabalho Setoriais (GTSs)
cinema, teatro, museus e espaços
culturais multiuso.
das diferentes modalidades artísticas: Artes Cênicas, Literatura, Dança, Artes
Visuais, Audiovisual, Música, Folclore e Cultura Popular, Patrimônio e Ar-
Livros e bibliotecas – O brasileiro
tesanato. O Fórum, segundo seus gestores, “focaliza, de maneira especial, a
lê em média 1,8 livro per capita/ano
relação da cultura com o desenvolvimento da sociedade e prioriza o debate e
(contra 2,4 na Colômbia e 7 na Fran-
a proposição de políticas públicas culturais aos gestores do município”. Está
ça, por exemplo); 73% dos livros es-
em desenvolvimento um projeto de levantamento para a elaboração do Mapa
tão concentrados nas mãos de apenas
16% da população. O preço médio Cultural do município.
do livro de leitura corrente é de R$
25, elevadíssimo quando se compara
com a renda do brasileiro nas classes
C/D/E. Dos cerca de 600 municípios
brasileiros que nunca receberam uma
biblioteca, 405 ficam no Nordeste, e
apenas dois no Sudeste.
82
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Mobilização cultural 8. Divulgar o Centro de Referência entre a comunidade para
que sejam prospectados documentos, objetos e imagens,
entre outros, acerca da história do município.
Gestão pública
9. Difundir as tradições da cultura popular e da identidade local.
1. Reestruturar o Conselho Municipal de Cultura.
2. Elaborar Plano Municipal de Cult ura, para promover a Articulação
produção cultural e o patrimônio histórico local. 10. Promover o intercâmbio ar tístico e cultural com outros
municípios.
Estudos técnicos
3. Mapear o patrimônio cultural, arquitetônico, artístico e
paisagístico do município.
Possíveis parceiros
Crea . IAB . Inepac . Iphan . Minc . ONGs . Prefeitura Municipal
Planejamento . Sebrae . Secretaria Estadual de Cultura . Secretaria Municipal
4. Elaborar um calendário dinâmico, com eventos festivos e de Cultura . Sesc . Universidades.
culturais no município.
5. Promover os artistas locais por meio de festivais, recitais, con- Possíveis fontes de financiamento
certos, encontros, exposições e ciclo de leituras, entre outros. Basf S/A . Dupont Corporate Contributions Program . Funda-
Infraestrutura ção Ford . Fundação Vale do Rio Doce de Habitação e Desen-
volvimento Social . Instituto Itaú Cultural . MinC . Rockwell
6. Criar um Centro de Referência de Resgate da Memória Cul- Automation do Brasil.
tural e Histórica Local.
Comunicação
7. Divulgar os estudos históricos, arquitetônicos e culturais
já realizados sobre o município.
83
SAÚDE
A Agenda 21 brasileira afirma em seu objetivo 7 – “Promover a saúde e evitar
a doença, democratizando o SUS” – que a origem ambiental de diversas do-
enças é bem conhecida e que o ambiente natural e as condições de trabalho,
moradia, higiene e salubridade, tanto quanto a alimentação e a segurança,
afetam a saúde, podendo prejudicá-la ou, ao contrário, prolongar a vida.
84
A falta de um hospital municipal já está sendo resolvida com algumas ini-
ciativas, como a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em
dezembro de 2009, a abertura de novos leitos para internação pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) no Hospital São José e a construção de novos postos de
saúde. Em novembro de 2008, foram apontados problemas na parceria com o
Hospital das Clínicas, administrado pela Unifeso, que atende pacientes do SUS.
Uma das preocupações com a saúde da população local, ressaltada pelos parti-
cipantes, é o uso inadequado de agrotóxicos, já que não há obrigatoriedade no
município de registro para doenças causadas pelo uso de substâncias químicas
O sistema de saúde de Teresópolis é
na agricultura. Mas existem ocorrências de casos de má-formação congênita referência na região
em bebês, segundo os participantes, devido tanto à manipulação inadequada
quanto à contaminação das águas, na ingestão e no próprio alimento.
85
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Estratégia de combate à Articulação
gravidez na adolescência 6. Articular junto ao Conselho Municipal de Saúde a criação
de mecanismos de controle da qualificação dos profissionais
Gestão pública da área, aproveitando as Conferências Municipais de Saúde
como espaços de participação social.
1. Elaborar políticas preventivas de saúde nas escolas e cons-
truir postos de saúde. Capacitação
2. Contribuir com o desenvolvimento das ações da Pastoral 7. Qualificar os profissionais da saúde por meio de cursos de
da Família. capacitação continuados.
Planejamento
• Garantia da segurança alimentar
Gestão pública
7. Promover, nas escolas, maior entrosamento com as famílias
de adolescentes grávidas. 1. Elaborar políticas públicas voltadas para o reaproveitamento
de alimentos, em todos os segmentos da sociedade, seguindo
86
Planejamento da Família . Prefeitura Municipal . Secretarias Estaduais (Saúde
e Defesa Civil, Educação) . Secretarias Municipais (Saúde, Edu-
9. Realizar um indicativo junto ao Conselho Municipal de Saú- cação, Agricultura) . SUS . Universidades . Vara da Infância,
de para que toda a suspeita de contaminação por agrotóxico Juventude e do Idoso.
seja investigada.
10. Acompanhar o registro administrativo sobre o número de Possíveis fontes de financiamento
casos de contaminação por agrotóxicos.
Ashoka . CNPq . Comissão Européia . CT- Saúde . Dupont Cor-
porate Contributions Program . Embaixada do Reino Unido .
Possíveis parceiros Exxon Corporate Giving Program . Faperj . Finep . General Mo-
Câmara Municipal . Conselhos Municipais (Educação, Saúde, tors Corporate Giving Program . Johnson &Johnson Corporate
Tutelar) . CRE . CRM . Ministério da Saúde . MP . ONGs . Pastoral Giving Program . Ministério da Saúde . Pibic . Unesco . Unicef.
87
GRUPOS PRINCIPAIS
A Agenda 21 Global define como grupos principais as mulheres, crianças e
jovens, povos indígenas, ONGs, autoridades locais, trabalhadores e seus sin-
dicatos, comerciantes e industriários, a comunidade científica e tecnológica,
agricultores e empresários. É desses grupos que o documento cobra compro-
metimento e participação para a implementação dos objetivos, políticas e
mecanismos de ação previstos em seu texto.
A Agenda 21 brasileira vai além e destaca como uma de suas prioridades a neces-
sidade de diminuir as desigualdades sociais no País para garantir as condições
mínimas de cidadania a todos os brasileiros, enfatizando a importância de pro-
teger os segmentos mais vulneráveis da população: mulheres, negros e jovens.
88
tes e à juventude. No entanto, foi destacada a ausência de rede de serviços
e programas de inclusão social para este grupo e a falta de participação do
mesmo na tomada de decisões, já que não existem canais de interlocução que
promovam a participação dos jovens e adolescentes nos processos decisórios.
Não há juizado específico relativo aos direitos da mulher, mas a juíza local
acumula as funções de juizado de violência doméstica (um dia por semana na Teresópolis conta com ônibus adaptados
para pessoas com necessidades
delegacia comum). A participação da mulher na política do município é pequena.
especiais
Na última eleição de 2008 para prefeito e vereadores, nenhuma mulher foi eleita.
89
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento de políticas Comunicação
para mulheres 5. Informar as lideranças juvenis sobre a importância de ocu-
par vagas em Conselhos e outras instâncias políticas.
Gestão pública 6. Divulgar nos jornais escolares e do município o Fórum da
1. Elaborar políticas públicas para capacitação das mulheres (cam- Agenda 21 Local.
po, cidade, periferia), visando à geração de emprego e renda.
Capacitação
• Criação de programas de inclusão
2. Realizar oficinas de capacitação para mulheres, preparando-
social para a juventude
as para a vida política e para lutarem por seus direitos. Gestão pública
3. Capacitar mulheres em empreendedorismo e outras inicia- 1. Elaborar políticas públicas voltadas para a inclusão social.
tivas, como artesanato e costura, entre outras.
2. Repensar o Programa Criam, para torná-lo mais eficiente.
Comunicação
Planejamento
4. Divulgar as ações da Secretaria Municipal dos Direitos da
Mulher para a população. 3. Promover a participação da sociedade civil nas questões
relacionadas à infância e juventude.
5. Criar campanhas para divulgar os direitos da mulher através
da mídia local. 4. Desenvolver um ser v iço de or ientação vocacional para
ajudar os jovens a identificarem suas potencialidades.
6. Informar a comunidade feminina sobre a importância na
participação de ações promovidas pela Secretaria Municipal Elaboração de projetos
e Conselhos.
5. Elaborar programas para facilitar a inserção dos jovens no
Planejamento mercado de trabalho, por meio do primeiro emprego.
7. Melhorar as condições das mulheres no mercado de trabalho. Articulação
8. Criar cooperativas de mulheres. 6. Estabelecer parcerias com instituições de ensino superior
9. Reativar o Núcleo de Integração e Assistência à Mulher por meio de empresas juniores.
(Niam) na Delegacia. 7. Estabelecer parcerias com ONGs, empresas e poder público
para criação de programas socioeducativos, envolvendo
• Fortalecimento das lideranças jovens esportes, cultura e profissionalização.
90
4. Promover os artistas locais por meio de serestas, festivais,
recitais, concertos, encontros, exposições e ciclo de leituras, • Articulação e formação
entre outros. de rede das ONGs
Articulação Planejamento
5. Promover o intercâmbio ar tístico e cultural com outros 1. Desenvolver um sistema de cadastro de ONGs, com as in-
municípios. formações obtidas por intermédio do Conselho Municipal
6. Articular com o Sesc a divulgação de suas atividades e o de Assistência Social.
atendimento às demandas destes grupos. 2. Utilizar a rede de ar ticulação oferecida pelo Sesc como
primeiro canal de articulação para ONGs do município.
• Melhorando a infraestrutura 3. Realizar um seminário anual com atividades de planeja-
das populações tradicionais mento, ref lexão e articulação entre as ONGs e a sociedade
civil organizada.
Estudos técnicos
Capacitação
1. Realizar levantamento histórico sobre a existência de gru-
4. Realizar cursos de capacitação específicos sobre formulação
pos tradicionais, visando à elaboração de políticas públicas
e captação de recursos para projetos para gestores das ONGs.
voltadas a este tema.
Comunicação Capacitação
1. Realizar a capacitação de suas categorias, para atualizá-las
3. Divulgar a cultura das comunidades tradicionais, por meio
diante das novas demandas de mercado.
de festivais e encontros técnicos.
Comunicação
• Articulação inter-conselhos 2. Informar a população sobre as questões da legislação vigente
em cada setor, mediante a realização de cursos de capacitação.
Infraestrutura
3. Div ulgar as realizações dos sindicatos para a sociedade
1. Utilizar o Espaço Cidadão como local de referência para as em geral.
atividades dos Conselhos Municipais.
Planejamento
Comunicação
4. Promover a participação de diferentes lideranças de cada
2. Promover ações que divulguem a existência dos Conselhos, sindicato nos Conselhos Municipais.
suas atribuições, seus quadros, funcionamento e realizações,
entre outros. 5. Convidar os sindicatos a desenvolver ações de promoção
do bem-estar e da saúde do trabalhador, de acordo com as
Articulação Normas Regulamentadoras do Trabalho.
3. Realizar parcerias entre Conselhos para promover um ve- 6. Realizar um encontro entre os representantes de entidades
ículo de comunicação único para todos os Conselhos (seja sindicais para debater sobre os desafios e oportunidades de
impresso e/ou on-line). fortalecimento de suas categorias.
Capacitação 7. Promover ações que possam fortalecer os laços solidários
entre trabalhadores de uma categoria e suas famílias.
4. Realizar a capacitação dos grupos sociais envolvidos (mu-
lheres, idosos e portadores de deficiência, entre outros).
Possíveis parceiros
5. Realizar cursos de capacitação, específicos e permanentes,
aber tos aos gr upos interessados (demandados de for ma Associações . Banco do Brasil . BNDES . Câmara Municipal .
participativa). Coletivo Jovem . Conselhos Municipais (Assistência Social,
Educação) . Cooperativas . Defensoria Pública . Elo Sudeste 21
91
. Empresas associadas ao Comperj . Fameat . Fundação Roberto Cola Company . Embaixada da Alemanha . Embaixada do Reino
Marinho . Instituições Religiosas . Iphan . Ministérios (Cultu- Unido . Fecam . Finep . FNMA . Fundação Abrinq . Fundação
ra, Justiça, Meio Ambiente, Turismo) . MP . ONGs . Prefeitura Educar Depaschoal de Benemerência e Preservação da Cultura
Municipal . Promimp . Rebal . Rits . Sebrae . Secretarias Es- e do Meio Ambiente . Fundação Ford . Fundação Interamerica-
taduais (Ambiente, Cultura, Segurança, Turismo) . Secretarias na . Fundação Telefônica . Fundação Vale do Rio Doce . Fundo
Municipais (Comunicação, Cultura, Turismo, Direitos da Mulher, Cristão para Crianças . GE Fund . General Motors Corporate
Desenvolvimento Social, Segurança, Educação, Meio Ambiente, Giving Program . Instituto C&A de Desenvolvimento Social .
Educação, Trabalho e Emprego, Saúde) . Sesc . Sindicatos . Uni- Instituto Credicard . Instituto Itaú Cultural . Levi Strauss do
versidades . Vara da Infância, Juventude e do Idoso . Veículos Brasil . Ministérios (Educação, Cultura, Saúde, Trabalho e Em-
de Comunicação. prego) . Open Society Institute . Prêmio Itaú Unicef Educação
e Participação . Shell Brasil S/A . The Trust Funding Support
Possíveis fontes de financiamento of Actions to Eliminate Violence Against . Unesco . Unicef .
Volkswagem do Brasil Ltda.
American Express Foundation . Ashoka . AT&T Foundation .
Banco do Brasil . Banco JP Morgan . Basf S/A . BNDES . Coca-
92
PADRÕES DE CONSUMO
A pobreza e a degradação ambiental estão estreitamente relacionadas.
Enquanto a primeira tem como resultado determinados tipos de pressão
ambiental, segundo a Agenda 21, as principais causas da deterioração inin-
terrupta do meio ambiente mundial são os padrões insustentáveis de consu-
mo e produção, especialmente nos países industrializados. Motivo de séria
preocupação, tais padrões de consumo e produção provocam o agravamento
da pobreza e dos desequilíbrios.
93
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Consumo consciente Articulação
10. Articular com as empresas locais a substituição de sacolas
Gestão pública plásticas por sacolas personalizadas de material não poluente.
1. Elaborar políticas estratégicas para estimular mudanças no
padrão de consumo da população.
Comunicação
11. Div ulgar o novo Código de Obras para estimular novas
Infraestrutura práticas de construção civil.
2. Instalar um escritório do Procon local para desburocratizar
o setor. Possíveis parceiros
Planejamento Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis
(Aciat) . Associação de Artesãos . Associações de Moradores .
3. Criar uma Câmara Técnica para acompanhar o andamento
Associação de Produtores Orgânicos . Associação de Produtores
dos processos.
Rurais . Escolas . Fameat . Idec . Instituições religiosas . MMA.
4. Promover o con su mo r espon sáve l, e v ita ndo o u so de MP . Secretarias Estaduais (Educação, Ambiente) . Secretarias
descar táveis. Municipais (Obras, Meio Ambiente, Educação) . Veículos de
5. Inibir práticas não sustentáveis em seus processos de pro- comunicação.
dução, vendas e serviços.
6. Promover práticas cotidianas de consumo responsável. Possíveis fontes de financiamento
7. Promover o uso de energias renováveis. Ashoka . Coca-Cola Company . CT-Agro . Embaixada do Reino
Unido . Embrapa . Fecam . Finep . FNMA . Fundação Vale do Rio
8. Desenvolver mecanismos para tratamento e reaproveita-
Doce de Habitação e Desenvolvimento Social . Proger . Prodetab.
mento da água de chuvas.
Elaboração de programas
9. Desenvolver um programa para mudanças nos padrões de
consumo com a realização de ações periódicas e contínuas
envolvendo toda a população.
94
ESPORTE E LAZER
O conceito de qualidade de vida, embora subjetivo, independentemente da
nação, cultura ou época, relaciona-se a bem-estar psicológico, boas condições
físicas, integração social e funcionalidade.
95
O centro de treinamento da Seleção Brasileira de Futebol pode ser visitado na
temporada de férias e nos fi ns de semana, mediante autorização
96
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Promovendo o lazer em Teresópolis 4. Buscar patrocínio ao esporte e aos atletas locais por meio
de incentivos fiscais às empresas.
Articulação 5. Desenvolver u m ca lendá r io de e ventos espor t ivos no
município.
1. Estabelecer parcerias com as escolas para compartilhar o
uso das quadras e ginásios com a população durante os fins 6. Ampliar o número de projetos e programas que utilizem o
de semana e feriados. equipamento esportivo do município (vila olímpica, ginásios
e pistas, entre outros).
Infraestrutura
7. Promover ativ idades e práticas espor tivas, ar tísticas e
2. Construir uma ciclovia na cidade. educacionais que cultivem valores éticos e cidadãos entre
3. Ampliar o número de praças nos bairros mais periféricos, a população infantil e adolescente.
com equipamentos de esporte, recreação e lazer.
Infraestrutura
4. Criar um polo gastronômico, gerando um espaço de convivên-
8. Melhorar a infraestrutura existente para práticas esportivas
cia social para as famílias, jovens, terceira idade e crianças.
ao ar livre (montanhismo, voo livre, ciclismo, skate, tracking,
Planejamento corrida rústica), tirando partido das características locais.
5. Realizar passeios ciclísticos regularmente em parceria com 9. Construir uma vila olímpica que contemple o maior número
a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e entidades da possível de atividades, em parceria com empresas privadas.
sociedade civil.
Elaboração de projetos
6. Formar grupos de trilhas ecológicas, nos bairros e nas áreas rurais.
10. Elaborar projetos culturais e centros esportivos, com ativi-
7. Reativar o programa “Música na Praça”. dades permanentes.
8. Elaborar um calendário para passeios guiados em trilhas
da região. Possíveis parceiros
Elaboração de programas Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis
(Aciat) . Associações de Moradores . Parque Nacional da Serra
9. Elaborar um programa de “Cinema na Praça”.
dos Órgãos (Parnaso) . COB . CBB . CBDA . CBF . CBV . Conselho
Municipal de Segurança . Cooperativas . Corpo de Bombeiros
• Incentivo ao desenvolvimento . Concessionária Rio Teresópolis (CRT) . Escolas . Movimento
de práticas esportivas Nossa Teresópolis . MP . ONGs . Sebrae . Secretarias Munici-
pais (Esportes e Lazer, Cultura, Obras, Urbanismo, Segurança)
Articulação . Senac . Sesc . Sindicatos . Universidades.
97
4 Ordem Econômica
GERAÇÃO DE TRABALHO,
RENDA E INCLUSÃO SOCIAL
As mudanças climáticas e seus impactos, e a degradação do meio ambiente em
Princípios dos Empreendimentos geral, têm implicações significativas para o desenvolvimento econômico e so-
Sustentáveis cial, para os padrões de produção e de consumo e, portanto, para a criação de
– Empenham-se em processos de
produção humanos, dignos e intrin-
secamente satisfatórios;
Os empregos verdes podem ser o caminho para enfrentar tanto a degradação
ambiental, reduzindo os impactos da atividade econômica, quanto o desafio
social representado por 1,3 bilhão de pessoas no mundo em situação de pobre-
100
Gráfico 2: Número de estabelecimentos
Roya lt ies – Uma das compensa-
por setor, conforme o tamanho
ções f inanceiras relacionadas às
atividades de exploração e produção
2752 de petróleo e gás nat ural que as
3000
companhias petrolíferas pagam aos
2500 estados e municípios produtores. A
1991 legislação prevê regras diferentes
Micro
2000 para a distr ibuição dos royalties
Pequena em função da localização do campo
1500
Média produtor, se em terra ou no mar.
1000
559 Grande
0
Agropecuária Indústria Comércio Serviços
Entre 2002 e 2007, mais de 80% da renda foram gerados no setor de serviços
(Gráfico 3). Este percentual se reduziu em 2004 (-62%), ano em que a indús-
tria teve sua participação aumentada para 30%. Mas esse crescimento não se
sustentou e, em 2007, a indústria retomou sua posição relativa (-11%), o mesmo
ocorrendo com os serviços. Cabe ressaltar a participação da administração
pública nesse setor. Em 2002, correspondeu a 26,4% do total dos serviços;
em 2004, a 16,9% e, em 2007, a 26,8%. O oposto ocorreu com a agricultura,
cuja participação relativa era pequena e decrescente.
101
Gráfico 3: Participação relativa dos setores no PIB
do município nos anos de 2002, 2004 e 2007
100
84,06 84,23
80
61,64 2002
60 2004
2007
40 29,12 26,39 26,80
16,87
10,68 12,28
20 5,26 9,24 3,50
0
Agropecuária Indústria Serviço Administração
Pública
Sua população total em 2007 era de 150.268 habitantes, sendo que 83,4%
residiam na área urbana e 16,6% na área rural8 . A maior parcela dessa popu-
lação (Gráfico 4) tem idade acima de 15 anos. Considerando a idade estimada
para a população economicamente ativa, é possível afirmar que a PEA do
município de Teresópolis, em 2007, correspondia a 73,49% da sua população.
102
Considerando-se a idade estimada para a população economicamente ativa,
a PEA do município de Teresópolis em 2007 correspondia a 66,10% da sua
população. Além disso, apenas 20,82% da PEA estavam ocupados com carteira
assinada em 2007 – mais de 14% eram assalariados.
80
66,10%
70
60
50
40
30 20,82%
13,76% 14,13%
20
10
0
% da população % PEA ocupada % população % PEA ocupada
que é PEA que é PEA ocupada que é assalariada
1000 802,22
800
600
400
99,22 87,01
200 26,28 2,41 41,38 -98,39 35,81
-200
Adm. Agropec. Const. Ind. Ind. Serv. Serviços Comércio
Pública Civil Extrativa Transf. Ind.
Mineral Ut. Pub
103
Os participantes do grupo de Teresópolis manifestaram preocupação com o
desemprego, a pobreza e a desigualdade social no município. Chama atenção
a diferença entre o PIB per capita, que cresceu 48,19% entre 2002-2007,
chegando ao montante de R$ 11.563 – em valor mensal seria R$ 963,53. Já
a renda média dos trabalhadores, em período equivalente, permaneceu em
torno de R$ 435,86, evidenciando a má distribuição de renda no município.
104
Apesar das taxas de crescimento positivas, os participantes do grupo de
Teresópolis informaram que enfrentam problemas de desemprego e exclusão
social provocados pela existência de mão de obra desqualifi cada e pela falta
de políticas públicas para geração de trabalho e renda.
105
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Promoção da geração de Planejamento
emprego e renda 2. Identificar as demandas da indústria e comércio locais, incen-
tivando parcerias para a criação de cursos profi ssionalizantes.
Infraestrutura 3. Identificar na região a mão de obra que possa ser absorvida
1. Estruturar a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio a partir da instalação do Comperj, qualificando os respec-
por meio da recomposição dos quadros técnicos. tivos profissionais.
2. Estruturar Teresópolis como polo regional para a Região 4. Incluir cursos profi ssionalizantes no programa do Ensino
Centro-Serrana no desenvolvimento social e econômico, Médio (mestre de obra, carpinteiro e eletricista, entre outros).
por intermédio do aumento da oferta de serviço para aten- 5. Envolver as entidades do Sistema S (Sesc, Sebrae e Senac)
dimento das demandas locais. instaladas em Teresópolis para realizar cursos de qualifi-
cação profissional.
Gestão pública
6. Assegurar a continuidade dos projetos e for talecimento
3. Integrar os trabalhos da Secretaria Municipal de Trabalho da Aciat.
e Renda com os trabalhos da Secretaria Municipal de In-
dústria e Comércio. 7. Criar uma Agência de Desenvolvimento Local (ADL).
4. Legitimar a Câmara Técnica para “desenvolvimento susten- 8. Fortalecer o Centro de Formação Profissional, ligado à Se-
tável e política de combate à pobreza” dentro do Conselho cretaria Municipal de Indústria e Comércio, com a realização
da Cidade, contando com a participação de representantes de atividades voltadas para a geração de renda.
do Fórum Agenda 21 Local. 9. Formar grupos de produção e cooperativas, com princípios
5. Integrar as Secretarias Municipais com o projeto “Nossa da economia popular solidária.
Teresópolis” e com entidades representativas de forte atu-
Gestão pública
ação, tais como Aciat, CDL e Sincomércio, entre outras.
10. Cobrar o apoio das autoridades competentes no desenvol-
6. Desenvolver políticas públicas voltadas para a geração de
vimento de programas de Economia Solidária.
emprego e renda.
7. Implementar e promover os programas do Plano Diretor Articulação
prev istos na linha estratégica X I I I – Desenvolv imento 11. Firmar convênio com o Sebrae para a realização de cursos
Social Includente. de gestão e associativismo para o trabalhador rural.
Planejamento 12. Promover maior atuação do Sistema Firjan no município,
incluindo estrutura física e programas do Sesi/Senai.
8. Realizar o levantamento das ações e programas de geração
de renda existentes no município. 13. Promover a integração entre a universidade e as empresas.
9. Preparar Teresópolis para potencializar os impactos positi-
vos decorrentes da Copa do Mundo de 2014, com a presença Possíveis parceiros
de seleções de futebol treinando no município. Abav . Aciat . Alerj . Associações de Moradores . Câmara Mu-
nicipal . CBF . CDL . Cenpes . Comissão Municipal de Emprego
• Estratégias para viabilizar a . Conselho da Cidade . Cooperativas . Firjan . Ministério dos
Esportes . MP . Movimento Nossa Teresópolis . OAB . Prefeitura
qualificação da mão-de-obra Municipal . Prefeituras Municipais (São José do Vale do Rio
Preto; Sapucaia, Sumidoro, Carmo, Guapimirim) . Prominp .
Capacitação Sebrae . Secretarias Municipais (Educação, Turismo, Agricul-
1. Qualificar a mão de obra direcionada para os setores de tura, Indústria e Comércio, Trabalho e Renda, Desenvolvimento
turismo, agricultura, educação e tecnologia. Social) . Senac . Senai . Senat . SinComércio . Sindicatos . Sin-
dicatos . Teresópolis Convention & Visitors Bureau . TurisRio
. Universidades.
106
Possíveis fontes de financiamento
Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis
(Aciat) . Bird . Empresas associadas ao Comperj . FAT . Finep
. Planfor . Unisol.
107
AGRICULTURA
A Agenda 21, em seu Capítulo 32, afirma que a agricultura ocupa um terço
da superfície da Terra e constitui a atividade central de grande parte da
população mundial. Segundo o documento, as atividades rurais ocorrem
em contato estreito com a natureza – a que agregam valor com a produção
de recursos renováveis –, ao mesmo tempo em que a tornam vulnerável à
exploração excessiva e ao manejo inadequado.
108
Um bom exemplo são os 700 km de estradas do município, dos quais 510 km
não têm pavimentação. Durante a época de chuvas, o trânsito dos caminhões Sistema Agrof lorestal – Forma de
que escoam a produção provoca muitos estragos nas rodovias. uso da terra na qual se combinam
espécies arbóreas lenhosas (frutífe-
No entanto, algumas iniciativas já indicam um início de articulação da agri- ras e/ou madeireiras) com cultivos
cultura local, como uma parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura, agrícolas e/ou animais, de forma
o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e a Secretaria Municipal de simultânea ou em sequência tem-
Turismo, além de um convênio da prefeitura com a Emater, apesar de esta poral, e que interagem econômica e
ecologicamente. Objetiva otimizar a
contar com poucos técnicos no município.
produção com o uso mais eficiente
Segundo os participantes, há produtores rurais tradicionais que utilizam dos recursos (solo, água, luz etc.),
técnicas orgânicas e produzem ervas medicinais. E, mesmo sem uma política a diversif icação de produção e a
que enfatize e priorize a agricultura sustentável, há um movimento crescente interação positiva entre os compo-
de produtores em agricultura orgânica com uma produção sustentável de ali- nentes. Sistemas agroflorestais fa-
zem parte das diretrizes centrais de
mentos – já foi criada, inclusive, a Associação de Produtores Orgânicos. No
desenvolvimento rural sustentável,
entanto, ainda falta incentivo comercial à agricultura orgânica.
pois podem ser implantados em áre-
A UFRJ está presente em Teresópolis com o projeto de tratamento da produção as alteradas por atividades agrícolas
agrícola e do produtor com homeopatia. A prefeitura já dispõe de um estudo da malsucedidas, contribuindo para a
redução do desmatamento de novas
UFRJ/Nesc sobre transição da agricultura convencional para agro-homeopatia
áreas de floresta (Fonte: Embrapa).
(o Instituto Brejal–Petrópolis já utiliza essa técnica), abrindo novos horizontes
à produção orgânica no município. A g r o e c olo g i a – Abordagem da
agricultura que se baseia nas di-
Além disso, a existência de florestas possibilita o desenvolvimento de sistemas nâmicas da natureza e propõe mu-
agroflorestais para a produção rural, apesar de ainda faltar divulgação e apoio danças profundas nos sistemas e nas
a práticas como a agroecologia – este é um sistema de agricultura sustentável formas de produção. Sua fi losofi a é
que pode se tornar uma alternativa viável, especialmente se for encontrado um produzir de acordo com as leis e as
meio de sanar a falta de um programa de remuneração ao produtor rural pelos dinâmicas que regem os ecossis-
serviços ambientais e seus benefícios à coletividade. temas – uma produção com e não
contra a natureza. Reúne conceitos
Os participantes do grupo mencionaram a criação de um núcleo em Agricul- das ciências naturais e das ciências
tura Orgânica e Agroecologia e a existência de um projeto para um Jardim sociais em práticas dedicadas ao
Botânico de plantas medicinais. Outra potencialidade identificada é a feira estudo das relações produtivas en-
de produtos orgânicos, com venda direta do produtor ao consumidor, funcio- tre o homem e a natureza, visando
nando regularmente duas vezes por semana (apoiada na lei de venda direta). sempre à sustentabilidade ecológica,
econômica, social, cultural, política
No entanto, a prática mais comum é o uso intenso de agrotóxicos nas lavouras e ética. No âmbito da agroecologia,
de hortaliças, ocasionando frequentes problemas de intoxicação nos agricultores encontramos ainda discussões so-
e seus familiares. Outro problema é a comercialização de agrotóxicos por vende- bre manutenção da biodiversidade,
dores individuais, que não estão sujeitos ao controle do receituário agronômico. agricultura orgânica, agrofloresta,
permacultura e agroenergia, dentre
A infraestrutura disponível para o escoamento da produção agrícola é precária outros temas.
e falta um canal alternativo para o produtor rural escoar sua produção para
outros municípios e estados – como, por exemplo, um escritório de negócios
e a criação de um mercado municipal, visando minimizar a ação exploradora
do atravessador. Também é preciso desenvolver meios para sanar a falta de
entrosamento e respeito entre os próprios produtores e entre produtores e
compradores, e a falta de credibilidade para criação de cooperativas.
109
Apesar destas dificuldades, Teresópolis conta com um programa de melhoria
de vida no campo que visa aumentar a remuneração dos produtores rurais,
com fundos (Pronaf) para desenvolver atividades com a população rural e
com a existência de organizações do setor produtivo agrícola para melhorar
a comercialização da produção – e, consequentemente, manter o homem no
campo. Além disso, há a possibilidade de parceria com a Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar).
110
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Promovendo o fortalecimento 2. Fiscalizar o uso da verba do Pronaf na agricultura municipal.
3. Fiscalizar a alocação e prestação de contas dos recursos con-
da agricultura seguidos, principalmente nas Cooperativas e Associações.
Gestão pública 4. Fiscalizar os recursos provenientes do estado e União, dire-
cionados a cursos de capacitação rural (cursos interrompidos
1. Elaborar a política municipal de agricultura familiar para sem entrega de certificado).
desenvolver a vocação econômica de agricultura sustentá-
vel, sob a diretriz do Plano Diretor.
2. Ampliar a atuação e capacitação das Secretarias e Conselhos.
• Estratégias para fortalecer o
3. Ampliar o contato dos funcionários das Secretarias e Con-
mercado do produtor rural
selhos da área com os produtores.
Articulação
4. Ampliar o número de agrônomos e técnicos agrícolas na
1. Articular ações continuadas de integração entre a Secretaria
Emater e Secretaria Municipal de Agricultura.
Municipal de Agricultura e as comunidades rurais, visando
5. Destinar recursos próprios ao Conselho Municipal de De- ao aumento da produção sustentável.
senvolvimento Rural.
2. Articular com os governos federal e estadual a obtenção de
6. Reivindicar a compra dos formulários de declaração (Declan) maiores incentivos para o setor agrícola.
para fornecer aos agricultores.
Planejamento
7. Cobrar a rubrica exclusiva para que a cota de retorno do
estado possa ser direcionada à agricultura. 3. Solicitar maiores f inanciamentos para a produção agr í-
cola local.
8. Institucionalizar a atividade de distribuidor, para que os
atravessadores não sejam beneficiados com título de pro- 4. Promover a plantação e o consumo de produtos orgânicos.
dutor e paguem os impostos adequados. 5. Apoiar a criação de unidades agroindustriais administradas
pelos produtores.
Comunicação
6. Criar incentivos fiscais para a compra de adubo diretamente
9. Promover maior divulgação e transparência dos recursos
do produtor.
destinados à agricultura.
7. Desenvolver estratégias voltadas para fortalecer a produção
Planejamento de hortifrutigranjeiros.
10. Solicitar apoio municipal para o Laboratório de Análise de Solo. 8. Criar um selo (certificado de produtos) que identifique prá-
11. Criar um fórum de discussão permanente junto aos secre- ticas sustentáveis (Secretaria Municipal de Agricultura, Se-
tários municipais de Agricultura e de Meio Ambiente. cretaria Municipal de Meio Ambiente e Aciat, entre outros).
12. Fortalecer o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. 9. Utilizar as cooperativas como agentes agregadores de tecnolo-
gia, desenvolvendo novas técnicas de plantio menos poluidoras.
Infraestrutura 10. Viabilizar a formação de apólices de seguro para as estufas
13. Melhorar a infraestrutura para manter a agricultura produ- hidropônicas.
tiva (transporte, comunicação e equipamentos, entre outros).
Infraestrutura
14. Melhorar as vias de escoamento na zona rural.
11. Melhorar a infraestrutura da Ceasa.
111
• Desenvolvimento de mecanismos Planejamento
que promovam o escoamento 3. Facilitar o acesso do pequeno produtor aos incentivos fis-
cais existentes.
da produção agrícola 4. Cobrar investimentos em cooperativas de mulheres rurais,
para a produção de mudas nativas para ref lorestamento.
Infraestrutura
5. Estabelecer critérios para a captação de recursos e parce-
1. Construir um mercado municipal para o produtor rural.
rias para o projeto de Jardim Botânico Popular de Plantas
2. Criar um “Sacolão” volante para os produtores de orgânicos. Medicinais, em áreas livres de contaminação.
Planejamento 6. Promover os eventos rurais da região (ex.: Festa da Ponkan
e Encontro do Produtor Rural, entre outros).
3. Organizar o setor produtivo agrícola para melhorar a co-
mercialização da produção. 7. Criar uma Central de Informações para a orientação do
pequeno agricultor.
4. Planejar ações estratégicas que garantam o entrosamento
entre produtores e consumidores. Elaboração de programas e projetos
5. Fortalecer a feira de produtos orgânicos, gerando renda para 8. Elaborar programas de melhor ia da qua lidade de v ida
as famílias produtoras e conferindo maior visibilidade dos no campo.
produtos no mercado consumidor.
9. Desenvolver um programa de remuneração ao produtor rural
6. Estudar soluções alternativas para o produtor rural escoar pelos serviços ambientais.
seus produtos para outros municípios e estados (ex.: escri-
10. Desenvolver programas de fixação do jovem no campo (ex.:
tório de negócios, mercado municipal).
núcleo digital, calendário escolar compatível com o calen-
7. Criar cooperativas ou associações de pequenos agricultores dário de produção, lazer, cultura, esporte “semirradical” e
para negociar os produtos sem a ação de intermediários. incentivos, entre outros).
Comunicação 11. Elaborar projetos para tratar com homeopatia a produção
agrícola e o produtor.
8. Criar uma rede de comunicação entre o consumidor e o
produtor. Gestão pública
Articulação 12. Elaborar polít icas de cont role do uso de adubos e insu-
mos quím icos.
9. Estabelecer convênios com a prefeitura para fazer o trans-
porte das mercadorias.
Gestão pública
• Ações para melhorar a
infraestrutura do produtor rural
10. Fornecer subsídios técnicos para estabelecer o contato direto
dos produtores com o mercado consumidor. Planejamento
11. Elaborar e aprovar um projeto de lei, criando um programa 1. Atrair escolas agrícolas com auxílio da Embrapa e Uerj.
de compras de produção orgânica de pequenos produtores
2. Desenvolver mecanismos que facilitem o acesso do agricul-
locais para a utilização em merendas das escolas, hospitais
tor à tecnologia e à informação.
e outras instituições municipais.
3. Integrar o Sistema S, para ampliar a interação junto ao
• Medidas estratégicas para a produtor rural.
112
7. Realizar cursos voltados para o desenvolvimento de Siste- 8. Desenvolver estratégias de incentivo ao consumo de pro-
mas Agrof lorestais (SAFs). dutos orgânicos.
8. Capacitar comunidades rurais para a multifuncionalidade 9. Promover ações que incentivem a população rural a não
da propriedade rural. abandonar o campo.
9. Capacitar o produtor r ural para o uso racional dos re- 10. Realizar a compra dos produtos alimentícios produzidos
cursos naturais. pelos pequenos agricultores familiares.
10. Capacitar os proprietários rurais para o trabalho nos Conselhos.
11. Capacitar os produtores para o beneficiamento de produtos • Otimização da produção agrícola
minimamente processados (alimentos embalados hermeti-
camente para comercialização), aproveitando a produção
Gestão pública
agrícola excedente. 1. Elaborar políticas públicas que estabeleçam o enriquecimen-
to da merenda escolar com produtos orgânicos produzidos
12. Capacitar os produtores rurais para produção de produtos
no município.
desidratados, geleias e embutidos, entre outros.
2. Conver ter a produção excedente para escolas, creches e
13. Capacitar os proprietários de terras para criação de coope-
casas de repouso (públicas, municipais), entre outras, trans-
rativas ou associações de pequenos agricultores.
formando os produtos agrícolas em descontos tributários.
14. Realizar cursos de capacitação voltados para a elaboração
de projetos e captação de recursos na área rural. Planejamento
15. Realizar capacitação em agricultura sustentável. 3. Incrementar o fornecimento de hortifrutigranjeiros, privile-
giando o pequeno produtor para as empresas de alimentação
113
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Em seu Capítulo 30, a Agenda 21 reconhece que a prosperidade constante, obje-
tivo fundamental do processo de desenvolvimento, resulta principalmente das
atividades do comércio e da indústria. Mas alerta que o setor econômico deve
reconhecer a gestão do meio ambiente como uma de suas mais altas prioridades.
Não é possível ter uma economia ou uma sociedade saudável num mundo com
tanta pobreza e degradação ambiental. O desenvolvimento econômico não pode
parar, mas precisa mudar de rumo para se tornar menos destrutivo.
114
Em Teresópolis, a indústria representa 12% da atividade econômica
do município (em 2004, era 29%), conforme indicado no Gráfico 3, e tem
nas pequenas empresas sua maior representatividade. Apesar disso, faltam
programas de incentivo para atração de empresas, contribuindo para que
muitas fechem suas portas. Além disso, há desarticulação da classe empre-
sarial, dificultando a construção de uma estratégia para fortalecer o setor.
115
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Promoção do fortalecimento do Capacitação
comércio, indústria e serviços 2. Realizar of icinas de capacitação para empresár ios sobre
produção limpa, a liada aos pr incípios de responsabi li-
Gestão pública dade socioambienta l.
1. Elaborar uma legislação específica para inibir a presença 3. Realizar cursos de capacitação nas comunidades, voltados
de empresas poluentes e fiscalizar as poluidoras existentes. para os artesãos.
116
TURISMO
O turismo está entre as atividades econômicas que mais dependem da conservação
e valorização do meio ambiente natural e construído, especialmente para os desti-
nos cujo destaque são os atrativos relacionados à cultura e às belezas naturais. É
considerado sustentável quando consegue alcançar os resultados econômicos de-
sejados respeitando o meio ambiente e o desenvolvimento das comunidades locais.
Das margens do Lago Comary podem ser vistos os picos da Serra dos Órgãos,
incluindo o Dedo de Deus
117
Em Teresópolis, a expressividade das condições geográficas do mu-
nicípio, a sua tradição agrícola e a existência das Unidades de Conservação
potencializam o turismo rural, o de aventura e o ecológico. No entanto, faltam
políticas públicas para o turismo rural e para estimular e explorar o circuito
Teresópolis-Friburgo e o Caminho da Roça.
Inaugurada em 1967, a Fonte Judith tem o nome da menina que teria sido curada
de uma grave enfermidade pelas propriedades medicinais de suas águas
118
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Estratégias para um Capacitação
turismo sustentável 17. Formar pessoal capacitado para o ecoturismo.
18. Capac ita r os ator e s soc ia i s pa r a o t u r i smo r e cept ivo
Gestão pública de est r a ngei ros.
1. Implementar os programas previstos no Plano Diretor. 19. Realizar cursos de formação de guia turístico.
2. Promover o desenvolvimento do turismo sustentável.
3. Reativar o Conselho de Turismo. • Mecanismos para o fortalecimento
4. Integrar o Conselho de Turismo com os Conselhos da Cidade do turismo local
e o de Desenvolvimento Rural.
Comunicação
Planejamento 1. Divulgar os atrativos turísticos do município para os diver-
5. Desenvolver um plano estratégico para o turismo. sos agentes do turismo (hotéis, agências de turismo, centro
6. Criar uma Faculdade de Turismo no município. de visitantes).
8. Captar recursos e estabelecer parcerias, nacionais e internacionais. 3. Divulgar as Unidades de Conservação, bem como seus re-
cursos e projetos disponíveis ao uso público.
9. Estabelecer roteiros turísticos para mostrar todo o potencial
agrícola, agroecológico e paisagístico. Gestão pública
10. Estruturar o turismo de eventos, com a definição de um 4. Criar um Fundo Municipal de Turismo.
calendário oficial e um centro de convenções. 5. Disponibilizar um ônibus da prefeitura para realizar o trans-
11. Fortalecer o Circuito Teresópolis–Friburgo e o Caminho da Roça. porte dos bairros do município até as Unidades de Conservação.
12. Consolidar a FeirArte como atrativo turístico.
13. Mapear as trilhas ecológicas existentes no município, para
Possíveis parceiros
inseri-las nos roteiros turísticos. A ssociações . Câmara Municipal . Cooperativas . Emater .
FGV . Firjan . MTur . ONGs . Secretarias Municipais (Turismo
Elaboração de programas e Cultura, Meio Ambiente, Saúde, Educação e Agricultura) .
14. Criar programas de fortalecimento do turismo local. Sindicatos . Universidades.
Infraestrutura
Possíveis fontes de financiamento
15. Reestruturar os pontos turísticos existentes.
Banco do Brasil . BNDES . Caixa Econômica Federal . FAT .
16. Cobrar melhoria das estradas principais e vicinais. Ministérios (Cultura, Meio Ambiente, Turismo) . Prodetur .
Proger . WWF.
119
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
As atividades industriais, agroindustriais, hospitalares, de transportes, serviços
de saúde, comerciais e domiciliares produzem grandes volumes de resíduos sólidos
sob a forma de plásticos, metais, papéis, vidros, pneus, entulhos, lixo eletrônico,
substâncias químicas e alimentos. Para piorar este quadro, a maioria dos muni-
cípios não conta com mecanismos de gerenciamento integrado desses resíduos.
Classe 1 – resíduos perigosos – Apre- Tabela 3: Relação existente entre a origem e os responsáveis pelo descarte de
sentam r iscos à saúde pública e ao resíduos em relação às respectivas classes
meio ambiente, exigindo tratamento e
disposição especiais. Origem Possíveis Classes Responsável
120
Em Teresópolis, chamam a atenção o uso inadequado de agrotóxicos, a destina-
ção final de material radioativo médico/hospitalar e a poluição. A preocupação
com a poluição se deve à possibilidade de indústrias poluidoras se instalarem
no município com a chegada do Comperj, o que aumentaria as necessidades de
armazenamento e a ocorrência de transporte de substâncias tóxicas e dejetos
industriais por empresas especializadas pelas estradas da região.
121
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Gestão e monitoramento 3. Regulamentar e fi scalizar a coleta de lixo hospitalar, dando o
destino adequado, garantindo o programa de gerenciamento
dos resíduos gerados pelos de resíduos de serviços de saúde – RDC 306 (resolução da
diretoria colegiada – Ministério da Saúde – 07-12-2004).
processos de produção
Infraestrutura
Comunicação
4. Instalar filtros nos incineradores de lixo hospitalar.
1. Divulgar as leis existentes sobre resíduos de todos os tipos.
Elaboração de programas
2. Elaborar um programa de comunicação que conscientize
os usuários sobre a importância do manejo adequado dos 5. Elaborar programas de sensibilização, alertando a popula-
produtos químicos utilizados na agricultura. ção sobre os problemas ambientais causados pelo descarte
inadequado de pilhas e baterias.
Infraestrutura
Fiscalização
3. I n sta la r Posto de Atend i mento equ ipado pa r a o ca so
de envenena mento. 6. Fiscalizar e controlar o tráfego de veículos transportadores
dessas substâncias na BR-116.
Gestão pública
Articulação
4. Criar a Comissão Municipal de Gestão de Risco para resíduos
de todos os tipos. 7. Articular junto ao Corpo de Bombeiros o controle da entrada
de veículos com cargas tóxicas ou perigosas no município.
5. Coletar registros administrativos sobre a contaminação
por agrotóxicos. Capacitação
6. Conter a contaminação do solo, lençóis freáticos e dos rios 8. Capacitar a população em relação ao manejo saudável de todos
pela utilização inadequada dos agrotóxicos. os tipos de resíduos decorrentes dos processos de produção.
Articulação 9. Capacitar a comunidade sobre o uso indiscriminado de agro-
tóxicos, os benefícios da agricultura orgânica, a transição
7. Articulação junto à Anvisa para maior fiscalização.
para a agricultura orgânica.
Planejamento 10. Capacitar a todos sobre material radioativo, desde sua uti-
8. Instalar um posto de recebimento de embalagens de agrotó- lização até seu destino final.
xicos, com coleta realizada pelos vendedores destes produtos. 11. Capacitar as pessoas e as empresas que trabalham com
9. Promover a produção orgânica e agro-homeopática, mos- resíduos perigosos para um manejo adequado dos mesmos.
trando seus benefícios em relação à agricultura química.
Comunicação
Elaboração de programas 12. Informar a população sobre a RDC 306, relacionada ao pro-
10. Elaborar programas que incentivem a transição da agricul- grama de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.
tura química para a agricultura orgânica.
Fiscalização
Possíveis parceiros
Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis
11. Monitorar, controlar, fiscalizar e penalizar na venda, no
(Aciat) . ANTT . Associações de Moradores . CDL . Conselho
uso e no descarte de embalagens.
Municipal de Meio Ambiente . Concessionária Rio-Teresópolis
(CRT) . Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil . Firjan .
• Tóxicos, perigosos e radioativos Secretarias Municipais (Agricultura, Educação, Desenvolvi-
mento Social, Meio Ambiente, Indústria e Comércio, Saúde,
Gestão pública Agricultura) . SinComércio . Sindicatos . Universidades.
1. Elaborar políticas para o manejo saudável de todos os tipos
de resíduos. Possíveis fontes de financiamento
2. Criar Plano de Emergência para possíveis acidentes de todos CNPq . Empresas associadas ao Comperj . Faperj . Finep . Pibic.
os tipos de resíduos.
122
123
5 Meios
de Implementação
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Segundo a Agenda 21, o desafio relacionado a este tema é utilizar o conhe-
cimento científico e tecnológico em busca de soluções inovadoras em prol
do desenvolvimento sustentável. E um dos papéis da ciência é oferecer in-
formações que permitam desenvolver políticas adequadas à gestão cautelosa
do meio ambiente e ao desenvolvimento da humanidade.
Eles entendem que tais dados poderiam gerar um banco de dados georreferenciado,
em várias escalas geográficas, de caráter público, para ser utilizado em diferentes
instâncias de governo e da sociedade, garantindo sua visibilidade e boa utilização.
126
dispõe de um Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio),
que é automatizado, interativo e simplificado, de atendimento à distância e Fitoterapia (do grego therapeia =
de informação. Em 2009, o Parnaso emitiu 66 autorizações de pesquisa. t rata mento e phyton = vegeta l)
– Estudo das plantas medicinais e
Outra fonte de acesso a informações sobre as pesquisas realizadas no inte- suas aplicações na cura das doenças.
rior do Parnaso é a publicação “Ciência e Conservação na Serra dos Órgãos”,
resultado do II Encontro de Pesquisadores do Parnaso, em 2004.
127
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Criação de norma para Articulação
divulgação das pesquisas 6. Promover intercâmbios científicos e tecnológicos, nacionais
e internacionais.
realizadas no município 7. Articular parcerias para o financiamento de projetos.
Gestão pública
1. Autor i za r a l ibe r ação do objeto de e s t udo, me d ia nte • Criação de um banco de
compromisso formal de retorno, viabilizando o compar- multiplicadores locais
tilhamento das informações e detalhamento das etapas e
objetivo das pesquisas. Planejamento
Comunicação 1. Realizar o levantamento das demandas científicas e tecno-
lógicas necessárias para solucionar preocupações locais.
2. Publicar os resultados de pesquisas realizadas no município
para a criação de banco de dados, acessado via internet. 2. Identificar profissionais residentes no município para atu-
arem como multiplicadores em oficinas de formação.
3. Realizar eventos para divulgação das pesquisas realizadas
e promoção da transferência tecnológica. Infraestrutura
4. Sistematizar as informações nas unidades de ensino. 3. Criar um Centro de Integração entre formadores e aprendizes.
5. Divulgar os sites que contenham informações sobre o município
para os professores das redes de ensino públicas e privadas. Possíveis parceiros
Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis
• Estratégias de incentivo à pesquisa (Aciat) . Associações de Moradores . Conselho Gestor do Par-
que Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) . Cooperativas .
Planejamento Coppe/UFRJ . Emater . Embrapa . Escolas . Fiocruz . Ministé-
1. Convidar os cursos universitários a realizarem pesquisas rios (Educação, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia) . MP .
“aplicadas”, voltadas para os interesses locais. ONGs . Prefeitura Municipal . Secretarias Estaduais (Educação,
Ambiente) . Secretarias Municipais (Desenvolvimento Social,
2. Listar as preocupações prioritárias a serem pesquisadas Educação, Meio Ambiente) . Sesc . Sindicato dos Professores .
no município. Universidades . Veículos de Comunicação.
3. Instalar laboratór ios f iliais de grandes instit uições de
pesquisa (Fiocruz, Coppe – UFRJ, Embrapa e Noel Nutels, Possíveis fontes de financiamento
entre outros).
Caixa Econômica Federal . CNPq . Faperj . Finep . FNM A .
4. Desenvolver pesquisas de tecnologias sustentáveis para a MCT . Pibic.
produção agrícola, estimulando sua implementação.
5. Realizar pesquisas na área de fitoterapia, com o apoio de
universidades, institutos de pesquisa e com a população
local, para capacitação e beneficiamento da produção.
128
RECURSOS FINANCEIROS
O cumprimento dos objetivos da Agenda 21 Global exige um f luxo substancial
de recursos financeiros, sobretudo para os países em desenvolvimento, que
ainda necessitam resolver questões estruturais para que sejam construídas
as bases de um desenvolvimento sustentável.
129
como pacificadora e mediadora nas relações com estes organismos e garantir
ICMS Ecológico – A legislação tradi- o respeito ao cumprimento dos acordos e o atendimento a suas finalidades.
cional do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) prevê A possibilidade de dispor de recursos para execução de projetos, que seriam
que 25% dos recursos arrecadados captados pelos diversos setores do município, foi apontada pelo grupo, que,
pelo governo estadual do Rio de Ja- mais uma vez, no entanto, chamou a atenção para a falta de vontade política
neiro sejam repassados às prefeituras, e capacidade técnica do governo municipal para desenhar projetos e captar
segundo critérios como número de esses recursos fi nanceiros. Com relação à Agenda 21, o grupo se mostrou
habitantes e área territorial. Com a
preocupado com a ausência de legislação local que defina a fonte de recursos
aprovação da Lei do ICMS Ecológico,
para seu desenvolvimento.
o componente ecológico foi incorpo-
rado a essa distribuição, tornando-se Em 2009, a Prefeitura de Teresópolis recebeu em royalties o montante de
um dos seis índices estabelecidos para R$ 6.016.483,85. Outra fonte potencial de recursos para as ações voltadas à
o cálculo do imposto. Dependendo do sustentabilidade é o ICMS Ecológico, cuja estimativa de repasse no município,
tipo de política que adotar em favor
para 2010, é de R$ 1.657.281 – distribuídos conforme a seguir: Unidades de
do meio ambiente, o município terá
Conservação (R$ 1.402.39), destino final de lixo (R$ 147.302) e remediação
direito a maior repasse do imposto. O
de vazadouros (R$ 107.588).
índice de repasse do ICMS Ecológico
é composto da seguinte forma: 45% Segundo dados da Fundação Cide, o Índice de Qualidade do Município (IQM
para áreas conservadas (Unidades de
2005), que mede as condições para atrair investimentos e multiplicar os be-
Conservação, reservas particulares e
nefícios do crescimento econômico, era 0,3356, correspondendo ao 30º lugar
áreas de proteção permanentes); 30%
na classificação dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro.
para qualidade da água; e 25% para
a administração dos resíduos sólidos. No âmbito municipal, as receitas totais somaram R$ 207,55 milhões em 2008,
As prefeituras que criarem suas pró- enquanto as despesas totais foram de R$ 213,86 milhões, constituindo um
prias Unidades de Conservação terão
aumento de 90% na receita, entre 2003 e 2008, e um aumento de 98% nas
direito a 20% dos 45% destinados
despesas no mesmo período. A Tabela 4 traz alguns dos indicadores do TCE
à manutenção de áreas protegidas.
para 2008 em Teresópolis.
Os índices para a premiação dos
municípios são elaborados pela Fun-
dação Cide (Centro de Informações de
Dados do Rio de Janeiro).
empresas, relações de consumo, acordos de cooperação etc. Os confl itos que surgem
destas relações negociais não podem aguardar longas discussões judiciais, daí a
necessidade de meios jurídicos que assegurem uma solução rápida, econômica,
sigilosa. Desse modo, para garantir um tratamento equânime das partes, afastando
a incerteza quanto à isenção de tribunais locais em confl itos entre nacionais e
estrangeiros, implementou-se a arbitragem.
130
Tabela 3: Descrição dos índices econômicos
0,99
1,2 1,0 0,98
0,97
0,96
0,92
1,0117
0,9873
0,9725 0,9744 0,9705
1,0 0,9455
0,88
0,8 0,8
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2004 2005 2006 2007 2008 2009
131
Gráfico 9: Autonomia fi nanceira Gráfico 12: Investimentos per capita
0,25 80
0,242 66,10
0,238 0,239 70
0,235 0,235
60 53,03
50 42,44
40 31,19
30
20
23,67 7,86
0,213
10
0,20 0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2004 2005 2006 2007 2008 2009
0,398
0,40 8 6,89
7 6,15
0,341
0,35 6
0,310
5
0,30 4 3,27
2,39
3
0,277
0,25 2
0,254 2,29 0,59
0,245 1
0,20 0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 11: Carga tributária per capita Gráfico 14: Liquidez corrente
400 2,5
2,17
353,66
339,15 1,84
350 2,0 1,81
311,77
300 1,5
132
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Criação de equipe especializada 2. Articular junto aos órgãos competentes a aprovação da lei.
3. Criar um grupo gestor do Fundo Municipal para a Agenda
em pesquisas sobre financiamentos 21 Local.
e elaboração de projetos 4. Estimular a previsão legal para que o Fórum da Agenda 21
Local possa ter fontes de recursos externos.
Infraestrutura
1. Viabilizar a criação de um banco de projetos. • Captação de fontes de financiamento
Planejamento através de penas alternativas
2. Realizar um levantamento de editais de financiamento de
projetos nacionais e internacionais. Planejamento
3. Estr uturar fontes de elaboração de projetos segundo os 1. Utilizar como pena alternativa para crimes ambientais a
modelos dos editais. obrigatoriedade de execução ou financiamento de projetos
de interesse coletivo.
4. Participar de fóruns e projetos relacionados com cooperação
internacional. 2. Acompanhar a execução dos projetos.
• Criação de um programa
de captação de recursos
para a Agenda 21
Gestão pública
1. Elaborar um projeto de lei instituindo um fundo municipal
para o Fórum da Agenda 21 Local.
133
MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A participação, essencial em um processo de Agenda 21 Local, tem a função
de aproximar o cidadão da gestão e das políticas públicas. Dessa maneira,
ele conquista espaço, garante a elaboração de um planejamento que ref lita
as necessidades locais e acompanha sua implantação.
Porém ressaltam que o município conta com uma rede inexplorada de contatos,
que envolve moradores com grande poder articulador, aquisitivo e intelectual.
134
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Gestão da informação 2. Promover encontros nas instituições locais para discussão
de temas relacionados ao meio ambiente.
Comunicação Gestão pública
1. Divulgar, por meio de publicação em jornais e sites de inter- 3. Criar e regulamentar incentivos fiscais para pessoas jurí-
net, a existência de um Sistema Municipal de Informação. dicas e físicas que implementarem ações que promovam o
2. Criar meios de consulta dos dados e mapas incluídos no desenvolvimento sustentável.
Sistema Municipal de Informação.
3. Viabilizar a divulgação dos dados dos recursos naturais do Possíveis parceiros
município por meio de veículos de comunicação municipais. Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis
(Aciat) . CDL . Entidades religiosas . FGV . MP . Prefeitura
• Elaboração de estratégias Municipal . Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social .
Sindicatos . Universidades . Veículos de comunicação.
para a mobilização social
Comunicação Possíveis fontes de financiamento
1. Informar a população sobre os riscos iminentes, através da Empresas associadas ao Comperj . Finep.
mídia, palestras e outros meios.
135
GESTÃO AMBIENTAL
Nos últimos anos, os municípios brasileiros vêm assumindo um papel cada vez
A gestão envolve:
– Planejamento do desenvolvimento
sustentável local;
civil organizada, outras esferas sociais, o poder público estadual e federal e
as relações que estabelecem entre si. Uma boa gestão ambiental depende do
136
Teresópolis já assinou convênio com o Inea e está exercendo atividades de
licenciamento ambiental desde 2009. O Código Ambiental já foi aprovado pelo
Conselho de Meio Ambiente e pela Procuradoria do município, e o prefeito
já enviou o texto à Câmara de Vereadores para ser votado ainda em 2010.
137
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento do fórum local 6. Elaborar mecanismos de transparência institucional.
7. Fazer cumprir o Código Florestal, que determina aos órgãos
Gestão pública de comunicação a reser va de espaços para divulgação de
temas voltados ao meio ambiente.
1. Elaborar o Projeto de Lei da criação do Fórum da Agenda
21 Local. Planejamento
2. Encaminhar e articular sua aprovação. 8. Acompanhar a implementação do Plano Diretor, em parceria
com os Conselhos afins.
Planejamento
9. Convidar a população a participar da implementação das
3. Concluir o Regimento Interno e cumpri-lo.
políticas públicas de gestão ambiental.
4. Elaborar um calendário anual das atividades do Fórum da
10. Rea li za r sem iná r ios de integração ent re os Conselhos
Agenda 21 Local.
Municipais, incluindo o Conselho do Parque Nacional da
Articulação Serra dos Órgãos, Conselho Serra Verde Imperial e o Parque
Estadual dos Três Picos, tendo como foco o Plano Diretor.
5. Articular com a prefeitura outro local para a instalação da
sede do Fórum. Comunicação
6. Articular com a Petrobras, Secretaria Estadual do Ambiente, 11. Elaborar mecanismos de comunicação para popularização,
Ministério do Meio Ambiente, Rede Brasileira de Agendas 21 com linguagem de fácil compreensão, do Plano Diretor de
e ONGs encontros anuais de atualização e aperfeiçoamento Desenvolvimento Sustentável.
da Agenda 21 Local.
Capacitação
7. Realizar parcerias com instituições e movimentos locais
para o fortalecimento do Fórum. 12. Capacitar os membros dos diversos Conselhos para o exer-
cício da atividade.
Comunicação
Fiscalização
8. Elaborar um plano de divulgação permanente para a popu-
lação de Teresópolis das ações e projetos que fazem parte 13. Cobrar da Secretaria de Meio Ambiente o funcionamento
do escopo da Agenda 21 Local. efetivo do Disque-Denúncia Ambiental (156).
9. Elaborar uma cartilha sobre a Agenda 21 que apresente sua
importância de forma simples e adequada à realidade da • Ampliação e capacitação
população local. do contingente dos órgãos
Capacitação fiscalizadores
10. Realizar oficinas de motivação, capacitação e atuação de
novos membros no Fórum da Agenda 21 Local. Infraestrutura
1. Adequar o número de funcionários das Secretarias Muni-
• Estruturação de órgãos fiscalizadores cipais às necessidades da fiscalização.
2. Melhorar a infraestrutura da Secretaria Municipal de Meio
Gestão pública Ambiente, para atender as necessidades da fiscalização.
1. Elaborar políticas públicas de Gestão Ambiental.
Planejamento
2. Implementar o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável.
3. Identificar profissionais e parceiros para viabilizar as ca-
3. Garantir o cumprimento das resoluções Conama. pacitações dos funcionários das Secretarias Municipais.
4. Solicitar a efetiva atuação do Inea e do DER, entre outras
instituições, na fiscalização.
Gestão pública
4. Criar mecanismos de transparência institucional objetivan-
5. Promover a efetiva at uação do Conselho Municipal de
do a credibilidade da gestão.
Meio Ambiente.
5. Garantir a auditoria do Fundo Municipal do Meio Ambiente.
138
6. Criar mecanismos que promovam a transparência do orça- 2. Reestruturar o site da Prefeitura de Teresópolis, para infor-
mento e o planejamento dos gastos públicos. mar a população.
Fiscalização
7. Acompanhar o correto uso dos recursos do Fundo.
• Estratégia para
disponibilização de dados
• Elaboração de estratégias Comunicação
para o fortalecimento da 1. Estruturar uma rede e compartilhamento de dados entre as
comunicação institucional Secretarias Municipais, visando facilitar a tomada de decisões.
2. Garantir a divulgação de dados e sistemas de controle da
Gestão pública qualidade do ar e das águas, entre outros.
1. Integrar as Secretarias Municipais com os diversos Conse-
lhos, empresas, entidades e demais órgãos públicos. Possíveis parceiros
Comunicação Câmara de Arbitragem . Câmara dos Vereadores . Consulados
Internacionais . DER . FGV . Ibama . Inea . Ministério Público
2. Criar uma rede de comunicação e dados que facilite a in-
. Movimentos Sociais . OAB . ONGs . Associações . Sindicatos
terlocução entre as Secretarias Municipais.
. Cooperativas . Universidades . Organizações Nacionais e In-
ternacionais . Parque Nacional da Serra dos Órgãos . Prefeitura
• Divulgação de mecanismos Municipal . Secretaria Estadual de Ambiente . Secretaria Mu-
internacionais nicipal de Meio Ambiente . Secretarias Municipais . Sistema S
. Sociedade Civil Organizada . Veículos de Comunicação.
Comunicação
1. Criar mecanismos de divulgação dos instrumentos jurídicos Possíveis fontes de financiamento
internacionais para a população. ABC . Caixa Econômica Federal . Cedae . Empresas associadas
2. Realizar seminários sobre instrumentos e mecanismos ju- ao Comperj . Fecam . Finep . FNMA . LDO . LOA.
rídicos internacionais para os interessados.
139
AÇÕES DA PETROBRAS NA REGIÃO
Com base na avaliação das questões identificadas na área do Complexo Pe-
troquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Petrobras desenvolveu diversos
planos e programas para a região, tanto de medidas compensatórias quanto
de responsabilidade ambiental e social.
Programas ambientais
Monitoramento dos corpos hídricos superficiais e sedimentos
140
Monitoramento da biota aquática
Projetos sociais
Educação ambiental
141
Comunicação social
Integração do Comperj
142
disponibilizando informações que permitam o planejamento de políticas
públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida.
Acompanhamento epidemiológico
Atitude sustentável
143
GLOSSÁRIO / SIGLAS
Abav – Associação Brasileira de Agências de Viagens CIID – Centro Internacional de Investigações para o
Desenvolvimento
Abes – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
e Ambiental CIIE – Centro de Integração Empresa Escola
Bird – Banco Internacional para Reconstrução Conade – Conselho Nacional das Pessoas com
e Desenvolvimento Deficiência
BNDES – Banco de Desenvolvimento Econômico Social Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente
BVS&A – Bolsa de Valores Sociais e Ambientais Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra
de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior CRE – Conselho Regional de Enfermagem
Cbratur – Congresso Brasileiro da Atividade Turística Crea – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia
CBB – Confederação Brasileira de Basquete
CRM – Conselho Regional de Medicina
CBV – Confederação Brasileira de Voleibol
CRT – Concessionária Rio-Teresópolis
CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas
CT-Transporte – Fundo Setorial de Transportes
Cedae – Companhia Estadual de Água e Esgoto
Terrestres
Cefet – Centro Federal de Educação Tecnológica
CT-Energ – Fundo Setorial de Energia
Celso Suckow da Fonseca
CT-Hidro – Fundo Setorial de Recursos Hídricos
Cenpes – Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
Leopoldo Américo Miguez de Mello CT-Infra – Fundo Setorial de Infraestrutura
144
Detran – Departamento de Trânsito do Estado Firjan – Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro
Fenape – Federação Nacional de Apoio aos Pequenos Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico
Empreendimentos e Artístico Nacional -
145
PDA – Programa de Desenvolvimento Ambiental TurisRio – Companhia de Turismo do Estado
do Rio de Janeiro
Pesagro – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado
do Rio de Janeiro Uenf – Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro
Pibic – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Cientifica Uerj – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
146
LISTA DE PARTICIPANTES
Alex Siqueira Wey - Secretaria Municipal de Educação Maurício Car valho Santiago - Secretaria Municipal
de Agricultura
Aniko Santos - Secretaria Municipal de Turismo
Newton Novo - Emater
Arlete Soares Maia Nunes - Secretaria Municipal de Saúde
Nilo Lugio dos Santos - Colégio Estadual Edmundo Bitt
Celina Maria Fernandes de M. e Silva - Secretaria
Municipal de Educação Norma Lucia Monteiro Gomes
Denis Correa da Silva - Secretaria Municipal de Ser- Raimundo Antonio Lopes - Associação de Fomento
viços Públicos Turístico e Desenvolvimento Sustentável
Elaine Carvalho - Prefeitura Municipal de Teresópolis Ramón Pedrosa - Secretaria Municipal de Planejamento
Elso H.B. Car valho - Secretaria Municipal de Meio Solange I. G. Cirico Costa - Secretaria Municipal de Saúde
Ambiente e Defesa Civil Teresa Cristina A. Neves - 110° D.P.
Ernesto V. de Castro - Parque Nacional Serra dos Órgãos Theodoros I. Panagoulias - Prefeitura Municipal de
Fabia no Otáv io Costa - Secreta r ia Mu n icipa l de Teresópolis
Planejamento Virgínia de Mello Guarilha - Secretaria Municipal da
Fernando Luis F. Mendes - Secretaria Municipal de Saúde Saúde
Hilton S.P Filho - Secretaria Municipal de Governo Wagner de Oliveira Fernandes – Câmara Municipal
Israel dos S. Couto - Prefeitura Municipal de Teresópolis Wanderley Queiroz Nogueira - Secretaria Municipal
de Fazenda
Jaime Medeiros - Secretaria Municipal de Desenvol-
vimento Comunitário
Jefté Apolo Laet - Secretaria Municipal de Segurança Segundo Setor
Pública
Afonso Otoni Jordão - ITH²O. Tec. em Informática
Jorge Farah - Secretaria Municipal de Indústria e Comércio
Agostinha Nair de Oliveira Pinto
José Carlos Lengruber Porto - Cedae
Alberto P. Domingues
Kleber Cozzolino - Secretaria Municipal de Agricultura
Alyxandre Gaudenri Cunha - Espaço Terapêutico de
Leandro Coutinho da Graça - Secretaria Municipal de Teresópolis
Meio Ambiente e Defesa Civil
Ana Maria de Fátima Jácome Machado
Lucas Guimarães Homem - Secretaria Municipal de
Ana Rosa Cazeira Brennand
Desenvolvimento Econômico Sustentável
André Luiz Gomes da Cunha - Taco / Mr. Cat
Marcio Cezar O. da Silva - Secretaria Municipal de
Defesa Civil Antônio Merendaz - Centro Universitário Serra dos
Órgãos (Unifeso)
Maria Andréa Miguens Guarilha - Secretaria Muni-
cipal de Planejamento Arsênio de A.Teixeira - Avitur Viagens Câmbio Turismo
147
Bruno Gargiulo - Teresópolis Convention & Visitors José Alberto Martinez Campos - Agro 30 Comercial
Bureau José Luiz Guedes
Bruno Vasconcellos - Teleprática José Maria Carvalho
Camila Auler Chaves Esbérard - MG Assessoria José Maria Miranda - Evidence Mármores e Granitos
Carlos Roberto dos Santos Pinheiro - C. N. Com. Adm. José Mariano Lima
Ltda.
José Teixeira de Barros - Associação Agroecológica
Claudinei Maura Rodrigues - Reciclagem
Julio Carrero
Cleuso J. T. Silva - Centro Universitário Serra dos
Leonardo da Silva Kazeker - Alexandre Pires Escritórios
Órgãos (Unifeso)
Luciana Grings Herbert - Herbert Shop
Cleyton Valentim
Luiz Antonio Decarlo - Associação Comercial, Indus-
Cristina Alves de Oliveira - Senac
trial e Agrícola de Teresópolis
Cristina Lydia - Parque do Lago
Luiz Cláudio Ribeiro - Caixa Econômica Federal
Dario da Costa - Tox For Bird
Marcelo Araújo - Eletrosa
Dilma Tisse dos Ferreira - Teleprática
Marcelo de Rosa - M1 Studio
Dr. Jorge Mário
Marcelo Ribeiro - MG Assessoria
Edison Carneiro - Shop 103
Márcia Salles de Melo - Senac
Eduardo Gabriel Aires da Silva - Abthema
Marcos de Souza e Silva - Cosali Roupas e Calçados
Élcio Féo - CDL
Margarete Toledo
Emerson L. F. Alves
Maria Carcovich
Érika Fernanda Mendes da Silva - Senac
Marisa Chaves Gáudio
Eriko Vinicius Dutra
Mark G. Guaraná Davis
Fabiano de Oliveira - ITH2O Tec. em Informática
Mauro Gaspar Gomes - Apel Contabilidade
Fabrine Mendes - ITH2O Tec. em Informática
Máximo Carvalho - Taco / Mr. Cat
Fany Garcia e Silva – Laboratório de Pesquisas Clínicas
Mônica Lins - Monchell Bijouterias
Oswaldo Cruz
Mozart Rodrigues - Bebidas Comary
Fernando Viana - Associação Agroecológica
Nélio Paes de Barros
Geraldo Luiz Telles - Gerandos Auto Mecânica
Nilmar Moreira da Silva - Moreira Decor
Gilberto Siqueira Vieira - Rede Rio TV - Teresópolis
Orlando Leal Kimus - Kimus Patrimonial
Guilherme Machado Brennand
Paulo Marcos Troncoso
Helio José Monteiro Neves - Firjan
Paulo Raphael de Oliveira
Helio Paes de Barros - Associação Comercial, Indus-
trial e Agrícola de Teresópolis Paulo Roberto Martins Guttmann
Henrique Luis Rodrigues Paulo Roberto Martins Rocha
Igor Edelstein de Oliveira – Sincomércio Pedro Campo e Melo Monteiro - Haras Rancho Raio
de Sol
Jaqueline Baptista - Sebrae
148
Pedro José Ferreira Alves - Associação Comercial, Alberto Pires Domingues
Industrial e Agrícola de Teresópolis Aluisio Rebello Marra - Sindicato dos Bancários
Quenji Yonenaga Armando de Oliveira Abrantes - Sindicato dos Bancários
Raul Pinheiro Creusa da Costa Lima - A ssociação Benef iciente
Regina Esther F. Costa - Banco Santander Carmelitana
Renata Hammes de Araújo - Senac Cristiano Quervegino
Ricardo Manuel Shou - Cheiro de Mato Cristina Lydia Bertoche
Ricardo Raposo - Teresópolis Convention & Visitors David Miller – ONG Nascente
Bureau Dina Candido da Silva Fontes Pereira - Conselho Mu-
Ricardo Zenon Ferreira de Oliveira - Associação Co- nicipal dos Direitos da Mulher
mercial, Industrial e Agrícola de Teresópolis Edi Marcuzzi
Rita Telles Eliane Freitas - Nascente
Roberto Cavalcanti - Associação Comercial, Industrial Fabiano Marques - Integrartes
e Agrícola de Teresópolis
Fernando Josino Viana - Feira Agroecólogica
Roberto de Santa Rosa - Universidade Estácio de Sá
Francisco Carlos Montoni - Projeto Filhos do Coração
Robson Ribas Cerqueira
Fr a nc i sco Ponte s de M i r a nda Fe r r e i r a - Espaço
Rodrigo Cunha - Shop 103 Compar tilhar te
Ronaldo Miguez - TV Rede Rio Heloiza Martinez Rodrigues - Creche Lar Vovô Miguel
Samuel Santos Alves Irene de Medeiros Thompson - Centro de Recuperação
Sandra Carvalho - Banco Santander Integral do Alcoolismo e Afins
Sandra Jessula - Tox For Bird Isabel Maria Kwiatkowski – Associação dos Usuários
Sania Lins Guaraná Davis da Rodovia BR-116 (Assurb)
149
Maria Isabel F. Botelho - Grupo Apoio a Criança do Anaith Barbosa Honorato de Miranda
Calembe Antônio Carlos da Costa Juvêncio
Maria Luzia Santana Luz - Grupo de Apoio a Criança Antonio Carlos Rodrigues Vieira - Federação das As-
do Caleme sociações de Moradores
Maria Raquel Miranda - Casa do Pequeno Trabalhador Antônio Luiz Coquito da Silva - Associação Tijuca
de Teresópolis
Antônio Luiz Queiroz
Maria Valdenir Viana de Barros
Antonio Siqueira de Medeiros
Michel Angel Cristo Dupont - Feira Agroecológica
Antônio Vieira dos Santos - Associação de Moradores
Neuza da Silva Alves - Creche Carinha de Anjo do Perpétuo
Nilo Sérgio - Rottary Club Archimedes de Souza Vieira - Associação de Morado-
Nylce Jucá do Amaral - ONG Conhecer Para Conservar res da Fazendinha
Orilene Henringer Soares de Oliveira - Projeto Oasis Arilson Vieira de Macedo - Associação de Moradores
Padrão Aguines da Avinteira Objetiva da Fazendinha
Rita Telles – Movimento Nossa Teresópolis Armindo Gonçalves Coelho - Associação de Moradores
e Amigos Granja Guarani
Rosangela Dupont - Feira Agroecológica
Ar y Moraes Pereira - Associação dos Produtores de
Rosayni Batalha – Rádio Brasil Rural
Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio de Janeiro
Sergio de Aquino Vidal Gomes
Carlos Antonio Anacleto Raimundo - Associação de
Sérgio Mázala da Silva Moradores do Castelo
Sergio Tendler Carlos Antônio Costa
Vera Lucia de Castro Candiano - Associação Nova Vida Carlos Rosa Ramos
Wanilde de Matos - Centro Social São José Celso José Tardi Farias
Zé Waitz – Conselho Consultivo do Parque Nacional David de Oliveira Pacheco Filho
da Serra dos Órgãos
Djalma da Silva Oliveira – Associação de Produtores
Edmar de Souza Carreiro
150
Glaucus da Fonseca Xavier Monica Deluqui – Associação de Moradores do Vale Feliz
Guilherme Maia Pinto Mônica Ivens de Araújo Coquito
Henrique Luiz Rodrigues - Associação de Moradores Nadim Kantara - Conselho Comunitário de Segurança
e Amigos de Agriões Nélio Paes de Barros
Isabel Cristina Lima Dantas - Associação de Moradores Paulo Luiz Leite Jesus
das Pimenteiras
Paulo Raphael de Oliveira - Associação de Moradores
Ivone Miller - Associação de Moradores da Varzea da Várzea
Jael Alves Caldeira - Associação dos Produtores de Rafael Tendler - Projeto Fazendo a Diferença
Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio de Janeiro
Regina Tereza Silva Raymundo
Jair Machado da Silva
Raymi Rodrigues da Silva - Associação de Moradores
Janaina Crespo de Andrade Dias e Amigos de Campo Grande
João Batista dos Santos - Associação de Moradores Ricardo Zeum
das Pimenteiras
Rosane Clementina da Silva Pereira
Joaquim Oliveira Rodrigues Ferreira - Associação de
Rozi Neide da Conceição Coelho Gomes
Moradores do Jardim Meudon
Rui Sérgio de Oliveira Pinto
Jorge Antonio Moura de Rezende
Sebastião Viana - Associação de Moradores do Jardim
José da Cunha Ferreira - APAVE Venda Nova
Meudon
José Luiz Malavota - Associação de Moradores da Várzea
Selma Marques Vicente Vianna - Associação de Mo-
José Ricardo Ferreira Nobre radores do Jardim Meudon
José Ricardo Portocarrero Cortez Sergio Ricardo Ponciano - Associação de Moradores
Leny Couto Canto - Associação de Moradores e Amigos e Amigos de São Pedro
Granja Guarani Sérgio Tendler - Associação de Moradores e Proprie-
Lohana de Lima Fita tários do Liberty Green
Luciana Rosa Rodrigues - Associação de Moradores e Sidney Nunes de Moura – Federação das Associações
Amigos do Corta Vento de Moradores e Entidades Associativas de Teresópolis
Luiz Inácio da Silva Suzy Crespo de Andrade
Manoel Augusto Knupp Tatiana Lopes de Oliveira
Marcelo da Cruz Oliveira Valdir Paulino Pinheiro
Marco Aurélio P. da Silva Venâncio de Souza Damásio
Marcos Habib Verônica Jardim Lima Rodrigues
Margarete Dutra Toledo Furtado - Associação de Mo- Zenilda Rosa de Souza
radores do Bairro de Fátima
Maria da Glória dos Santos Mota
Maria de Fátima Vicente da Silva
Maria Helena P. Domingues
Marlene Braga de Jesus
151
PROJETO AGENDA 21 COMPERJ –
CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS
Petrobras
Instituto Ipanema
152
ISER
Rodaviva
153
ASA
Consultorias:
Consultorias:
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novembro 2011
www.agenda21teresopolis.com.br