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São órgãos da justiça do trabalho: TST, TRT e juiz do trabalho. Artigo 111 CF.
TST: composto de 27 ministros, brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados
pelo presidente da republica apos aprovação por maioria absoluta do senado federal. Formado
por juízes de carreia ou o quinto constitucional da OAB ou do MPT. Tem que ter no mínimo 10
anos de pratica jurídica. Artigo 111 – A.
TRT: artigo 115 CF. O TRT é composto de no mínimo 7 juízes sendo eles brasileiros com mais
de 30 anos, menos de 65 anos, nomeados pelo presidente. Aplica-se também a regra do
quinto constitucional. Ao todo, são 24 TRTs, sendo que os Estados de Tocantins, Acre,
Roraima e Amapá não possuem TRTs.
Juízes do trabalho: o ingresso na carreira é através de concurso público de provas e títulos
sendo necessário ser bacharel em direito com 3 anos de atividade jurídica. Se torna vitalício
após dois anos de cargo, ou seja, só vai perder o cargo apos uma sentença condenatória
transitada em julgado. O cargo inicial é de juiz substituto.
Distribuída a ação a secretaria da vara vai realizar a citação, o processo de inicio não passa
pelo juiz. O prazo para marcar a audiência tem que ser de no mínimo cinco dias de diferença
da data da citação, para que a parte possa apresentar a defesa.
Distribuidor: nos termos do artigo 841 CLT distribuída a ação a secretaria vai citar o réu no
prazo de 48 horas para ele comparecer em audiência e apresentar defesa que deve ser
designada respeitando o prazo mínimo de 5 dias da citação.
COMPETÊNCIA
1. Absoluta:
a) Funcional: tem como objetivo definir qual órgão vai julgar a ação. Em alguns caos a
competência poderá ser do TRT, como em casos de ação rescisória, mandado de segurança e
dissidio coletivo.
b) Material: regra que define qual matéria o juiz do trabalho pode julgar. Competência da JT
para as ações decorrentes da fiscalização do trabalho. Tem ainda competência para execução
das contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças ou acordos, conforme sumula
vinculante 53 STF e sumula 368 TST.
2. Relativa:
a) Territorial: artigo 651 CLT, saber o local em que vai ajuizar a ação. Trata-se da regra para
definir o local do ajuizamento da ação. Regra geral o local do ajuizamento é o da prestação
dos serviços, mas existem exceções como no caso de empregado viajante, ou seja, aquele
que não tem local fixo de trabalho, assim em tal hipótese ajuíza a ação no local da agencia ou
filial em que é vinculado e na falta ajuíza ação no local de seu domicilio; empregado brasileiro
transferido para o exterior em que pode ajuizar ação no Brasil desde que não tenha norma
internacional proibindo; empresa transitória, ou seja, sem local fixo, em que o empregado pode
ajuizar a ação no local da contratação ou onde a empresa esta no momento da prestação de
serviço.
b) Em razão do valor da causa: só serve para definir procedimento, não competência.
Os atos processuais são praticados em dias uteis. Exceção: penhora prevista no artigo 770, $
único CLT que diz que a penhora poderá ser realizada em dias não uteis mediante expressa
autorização judicial.
Atos processuais devem ser realizados das 6hs às 20hs. Não confundir com o horário das
audiências trabalhistas que são das 8hs às 18hs não podendo exceder 5 horas seguidas, salvo
matéria urgente, conforme artigo 813 CLT.
REGRAS DE CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS
Artigo 774 e 775 CLT e sumulas 1 e 262 TST.
Exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
Se o dia do começo, o dia do inicio da contagem ou o dia do vencimento cair em dia não útil,
prorroga-se para o primeiro dia útil subsequente, com exceção de férias coletivas dos
magistrados e recesso forense. Sumula 262, II TST fala que as férias coletivas dos ministros
do TST + o recesso forense resultam na suspensão dos prazos.
Artigo 229 CPC, prazo em dobro para litisconsortes com diferentes procuradores. OJ 310 SDI-
1 TST, diz que esse artigo não é aplicável na JT por incompatibilidade com o principio da
celeridade trabalhista.
AUDIÊNCIA TRABALHISTAS
Em regra, as audiências são publicas realizadas na sede do juízo ou tribunal em dias uteis
previamente fixados das 8hs às 18hs não podendo exceder 5 horas seguidas salvo quando
envolver matéria urgente.
Artigo 815, $ único CLT, que traz uma tolerância de atraso para o juiz do trabalho no
comparecimento ao local da realização da audiência. A tolerância em caso de atraso do juiz é
de 15 minutos. Se essa tolerância for ultrapassada as partes poderão se retirar havendo
anotação no livro de registro de audiências. Isso não se confunde com atraso na pauta pois o
juiz já se encontra na localidade. Existe uma tolerância de atraso da parte no comparecimento
ao local de realização da audiência? OJ 245 SDI 1 TST, que prevê a tolerância zero e diz que
inexiste previsão legal de tolerância de atraso para a parte.
Artigo 849 CLT: audiência em regra é una e continua, mas existe a possiblidade do
fracionamento.
1. Audiência inicial, inaugural ou de conciliação: artigo 846 e 847 CLT. Tentativa de
conciliação. Recebimento da defesa do reclamado.
2. Audiência de instrução ou em prosseguimento: artigo 848 CLT. Colheita de provas orais.
Interrogatório e depoimento pessoal das partes. Oitiva de testemunhas. Oitiva de peritos e
assistentes técnicos se houver pericia.
3. Audiência de julgamento: artigo 850, 851 e 852 CLT. Serve apenas para publicação da
sentença.
1. Representação processual das partes em audiência.
Artigo 843, $1 CLT: trata do empregador e diz que seu representante processual é o gerente
ou qualquer outro preposto.
Característica do preposto: as suas declarações obrigação o empregador. Caberá confissão
ficta ou real. Deve ter conhecimento dos fatos, mas não precisa ter presenciado os fatos.
Sumula 377 TST: em regra, o preposto deverá ser empregado, com exceção de empregador
doméstico e micro e pequena empresa.
Exceção: não ocorre revelia com a apresentação de atestado médico que declare a
impossibilidade de locomoção do empregador e do preposto. Essa declaração tem que ser
expressa.
A reclamação trabalhista deverá observar dois requisitos específicos, quais sejam: pedido
certo ou determinado e indicará o valor correspondente, ou seja, o pedido tem que ser liquido.
Não cabe citação por edital no procedimento sumaríssimo em qualquer hipótese, assim se é
preciso citação por edital deverá converter o processo em ordinário.
Se qualquer desses requisitos não for cumprido incidirão duas consequências processuais.
Recurso de revista no procedimento sumaríssimo: artigo 896, $9 CLT + sumula 442 TST. 3
hipóteses de cabimento, quais sejam: acórdão do TRT contraria a constituição federal ou
súmula do TST ou súmula vinculante do STF.
PETIÇÃO INICIAL
Artigo 840 CLT, artigo 319 CPC.
1. Classificação da petição inicial trabalhista.
Pode ser verbal ou escrita. Jus postulandi. No entanto, procedimentos especiais não admitem
petição verbal, como por exemplo, dissidio coletivo e inquérito para apuração de falta grave.
Artigo 786 CLT: uma vez deduzida a reclamação verbal, ela será destruída. Em seguida, o
reclamante terá cinco dias para retornar à vara e reduzi-la a termo. Se a pessoa não retornar
para reduzir a petição inicial à termo ocorrerá a perempção, que é a perda do direito de
reclamar perante a justiça do trabalho por 6 meses. Poderá ocorrer perempção também
quando o reclamante da causa a dois arquivamentos seguidos por ausência à audiência,
conforme artigo 732 CLT. Quando ocorre perempção a prescrição ainda continua correndo.
2. Requisitos da petição inicial
a) Subjetivos: clareza, concisão, precisão.
b) Objetivos: artigo 840, $1 CLT – endereçamento, qualificação das partes (empregado – data
de nascimento e nome da mãe). Qualificadas as partes, deve ser feita uma breve exposição
dos fatos. Em seguida, haverá o pedido seguido de data, local e assinatura.
Além disso, a CLT prevê que a petição inicial será apresentada em cópias, uma para ficar nos
autos e outra para cada réu do processo.
Artigo 319 CPC: pedido de citação, protesto por provas, valor da causa.
3. Requisitos externos ou extrínsecos
Documentos que serão juntados com a petição.
O momento de juntar documento é o primeiro momento em que a parte tiver de falar nos autos,
ou seja, com a RT ou defesa.
É possível juntar documento em fase recursal? Sim, conforme súmula 8 TST que diz que é
possível juntar documento em fase recursal se provado o justo impedimento.
RESPOSTAS DO RECLAMADO
1. Fundamento legal
Artigo 847 CLT. As defesas devem ser feitas em audiência de forma verbal no prazo de 20
minutos. Deve apresentar a contestação, exceções e reconvenção.
a) Contestação
É a defesa de mérito, artigo 335 a 342 CPC. Principio da impugnação especificada e principio
da eventualidade são os dois princípios que regem a contestação. Impugnação especificada
significa que não se admite defesa por negativa geral devendo ser impugnados todos os
pedidos. Assim, se tiver 50 pedidos diferentes a empresa tem que impugnar um por um, ela
não pode simplesmente falar que o autor não tem razão em nada. Se ela deixar de impugnar
algum pedido, haverá confissão sob esse pedido que ela esqueceu. Já o principio da
eventualidade significa que tem que alegar tudo de uma vez só, ou seja, a contestação é feita
de uma única vez, assim deve ser alegada toda a matéria de defesa, sob pena de preclusão.
Artigo 336 CPC. Uma contestação é dividida em três partes, assim em primeiro lugar o réu tem
que alegar as preliminares, como por exemplo uma inépcia da inicial; após as preliminares,
tem que alegar as prejudiciais, como por exemplo, a prescrição; depois, tem que alegar
também o mérito.
Preliminares estão previstas no artigo 337 CPC.
Prejudiciais são as prescrições e a compensação. Compensação são créditos recíprocos do
autor e do réu. O momento da empresa alegar essa compensação é na defesa na parte das
prejudiciais. Artigo 767 CLT e súmula 48 TST. A compensação só pode ser alegada na
contestação. Súmula 18 TST, verbas trabalhistas.
b) Exceções:
São defesas de aspectos formais do processo, artigo 799 a 802 CLT. Segundo o
artigo 799 CLT, duas exceções são capazes de suspender o processo trabalhista, sendo elas
a exceção de suspeição e a exceção de incompetência, que suspendem o processo
trabalhista. Suspeição são motivos que comprometem a imparcialidade do juiz, quando um juiz
é suspeito e não pode julgar aquele processo por ser imparcial. A CLT fala somente de
suspeição, mas entende-se que as regras de impedimentos também se aplicam ao processo
do trabalho. Suspeição são causas subjetivas que comprometem a imparcialidade do juiz.
Impedimento são causas objetivas. A exceção a que se refere o artigo 799 é relativa, pois a
absoluta deve ser reconhecida de oficio. Quando se alega suspeição, artigo 802 CLT, o juiz
tem 48 horas para julgar, se ele julgar procedente, encaminha-se para o suplente, pois ele
reconheceu que é suspeito; se ele julgar improcedente, ele tem 15 dias para mandar os autos
para o TRT com suas razoes, conforme artigo 146CPC.
Com relação a incompetência, artigo 800 CLT, apresentada a exceção o juiz deve abrir vista à
parte contrária em 24 horas. Depois que ele abriu vista, ele irá julgar na próxima audiência,
assim, o juiz irá marcar uma audiência para fazer o julgamento. Assim, ele pode dar uma
decisão de procedência ou de improcedência. Caso julgue procedente, ele esta dizendo ser
incompetente para tratar de tal processo, assim terá que fazer a remessa dos autos para a
autoridade competente; se ele julgar improcedente, o processo segue no julgamento.
Dessas decisões cabe recurso? Essa decisões são interlocutórias, assim não cabe recurso,
conforme artigo 893, $1 CLT, mas conforme artigo 799, $2 CLT, cabe recurso em decisões de
exceção de incompetência que reconheçam a incompetência da justiça do trabalho ou de um
TRT.
c) Reconvenção:
É um contra ataque do réu, artigo 343 CPC. O réu vai fazer um pedido em relação ao autor. A
reconvenção é uma ação autônoma, assim se o autor desistir da ação principal mesmo assim
a reconvenção segue. Pode então ser apresentada uma reconvenção sem contestação.
PROVAS TRABALHISTAS
1. Introdução
Regras de distribuição do ônus da prova. Artigo 818 CLT, que diz que a prova das alegações
incumbe à parte que as fizer. Isso nada mais é do que o principio da necessidade da prova.
Assim, fato alegado e não provado é inexistente no mundo jurídico. Posição majoritária é a de
aplicação subsidiária do artigo 373 CPC.
2. Autor/ Reclamante
Tem que provar fato constitutivo do seu direito, como por exemplo, hora extra ou requisitos
cumulativos da equiparação salarial.
3. Réu/ Reclamado
Tem que provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante, como por
exemplo, prescrição, justa causa, reconhecimento da prestação de serviços, mas na qualidade
de mero trabalhador. Em algumas situações o empregado tem muita dificuldade na produção
probatória, como por exemplo, assedio sexual, assedio moral e discriminação no ambiente de
trabalho.
Aplicar a teoria da inversão do ônus da prova, artigo 6, VIII CDC, em razão da hipossuficiência
do autor ou da verossimilhança das alegações. Na inversão do ônus diminui-se a
responsabilidade do autor e aumenta a do réu.
- Cartão de ponto britânico ou inglês: súmula 338, III TST, invalido como meio de prova, inverte
o ônus da prova.
- artigo 373, $1 CPC, criou a carga dinâmica do ônus da prova: diante das peculiaridades do
caso concreto, em decisão fundamentada, o juiz poderá atribuir o ônus probatório a quem
tenha melhores condições de produzir a prova.
PROVA PERICIAL
Precisa de pericia quando houver necessidade de conhecimentos técnicos ou especializados,
como no caso de adicional de insalubridade ou periculosidade, em casos de acidente de
trabalho, em caso de doença ocupacional. Sempre quando houver pedido de adicional de
insalubridade ou periculosidade a pericia será necessária? Em regra, a pericia é indispensável,
conforme artigo 195, $2 CLT, com exceção do pagamento espontâneo do adicional, que torna
o fato incontroverso e dispensa a pericia, conforme súmula 453 TST.
Artigo 3 da lei 5.584/1970: regras procedimentais: perito único, designado pelo juiz, que fixará
um prazo para entrega do laudo.
Cada parte tem a faculdade de indicar um assistente técnico.
Quem paga os honorários do perito, conforme artigo 790 – B CLT é a parte sucumbente na
pretensão objeto da pericia, salvo se beneficiária da justiça gratuita. Assim, quem paga é a
parte que perde a pericia.
OJ 98 SDI – 2 TST: é ilegal a exigência de deposito prévio dos honorários periciais, sendo
cabível a impetração do MS.
Honorários do assistente técnico: sumula 341 TST, quem paga é a parte que fez a indicação,
ainda que vencedora no objeto da pretensão da pericia.
PROVA TESTEMUNHAL
Número máximo de testemunhas: artigos 821 e 852 – H, $2 CLT.
Procedimento ordinário: 3 Inquérito judicial para apuração de falta grave: 6
Procedimento sumaríssimo: 2
Procedimento sumário: 3
Vale ressaltar que esses limites são aplicáveis às partes e não ao juiz do trabalho, uma vez
que o juiz pode ouvir quantas testemunhas ele quiser. Artigo 765 CLT que diz que o juiz do
trabalho é o diretor do processo.
No procedimento sumário, prevalece o entendimento do número máximo de 3 testemunhas.
Súmula 357 TST: muitas vezes quando entramos com a ação tem testemunhas que ainda
trabalham na empresa. Entre cometer o crime de falso testemunha e salvar o emprego a
pessoa vai optar por salvar o emprego, assim por isso que existe muito crime de falso
testemunha, pois a testemunha não quer falar a verdade e sim salvar seu emprego, assim ela
não vai falar mais da empresa. Por isso preciso normalmente de uma testemunha que já tenha
saído da empresa. Só que ai a empresa vai entrar com contradita dizendo que a testemunha é
suspeita pois se ela entrou com ação contra a empresa ela quer seu mal. Assim, veio essa
súmula que diz que o simples fato da testemunha estar litigando ou já ter litigado contra o
mesmo empregador, não a torna suspeita. No entanto, isso Não se confunde com a troca de
favores, já que a troca de favores torna suspeita a testemunha.
PRESCRIÇÃO TRABALHISTA
Artigo 7, XXIX, CF e artigo 11, I CLT. Existe uma prescrição que é chamada de quinquenal ou
parcial e essa prescrição é de 5 anos na vigência do contrato de trabalho. Sumula 308, I TST:
da data do ajuizamento da RT pode-se reclamar os últimos 5 anos trabalhados.
Existe também a prescrição bienal ou total que são os dois anos após a extinção do contrato.
Exceção: contra menor de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição, conforme
artigo 440 CLT. FGTS: decisão do STF que criou a teoria da modulação dos efeitos. O
Supremo aplicou a teoria daquilo que completar primeiro, ou seja, 30 anos contados da data
da lesão ou 5 anos a partir da data da decisão. Essa decisão esta na sumula 362 TST.
RECURSOS TRABALHISTAS
Artigo 893 CLT traz os principais recursos trabalhistas, sendo eles Recurso Ordinário, Recurso
de Revista, Agravo de Instrumento, Agravo de Petição, Embargos no TST infringentes,
Embargos no TST de divergência, embargos de declaração (897 – A CLT), recurso
extraordinário, recurso ordinário constitucional, agravo regimental, recurso adesivo.
1. Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas
a) Tempestividade: 8 dias, com exceção de ED que é 5 dias e Rext e Roc, 15 dias.
b) Preparo: pagamento das custas e do depósito recursal. As custas, artigo 789 a 790 –
B CLT, serão calculadas no percentual de 2%. Quem paga as custas é o vencido. O
empregado só paga custas no caso de total improcedência dos pedidos, a menos que tenha
justiça gratuita e ai não pagará nada. Portanto, na procedência total ou parcial, quem paga é o
empregador. O deposito, por sua vez, é uma garantia da condenação. A ideia do depósito é
garantir que a empresa pague quanto ela deve para o empregado, artigo 899 CLT. como
normalmente quem é condenado é o empregador, quem paga o deposito recursal quem paga
é apenas o empregador. O empregado NUNCA paga deposito recursal. Empregador
doméstico também paga depósito recursal. Súmula 161 TST, que diz que só há depósito
recursal quando houver condenação em dinheiro. Súmula 128 TST, a cada novo recurso deve
pagar, até o limite da condenação. Se a empresa depositar em valor menor ocorrerá a
deserção do recurso, assim, o juiz não irá abrir prazo para que a parte complemente seu
depósito, conforme OJ DFI – 1 140 TST, que diz que a diferença no preparo, ainda que de
valor ínfimo, torna deserto o recurso. Súmula 86 do TST, a massa falida é desobrigada do
depósito recursal e das custas, mas a empresa em recuperação judicial não é isenta. Súmula
128, III TST, que trata da condenação solidária de duas ou mais empresas e diz que havendo
condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito feito por uma delas aproveita as
demais, salvo se a empresa que efetuou o depósito pleitear sua exclusão da lide. Se for
responsabilidade subsidiária, todo mundo tem que fazer o depósito.
c) Efeitos dos recursos trabalhistas: devolutivo, artigo 899 CLT. A sentença sempre poderá
ser provisoriamente executada. Existe uma forma que o advogado tem para tentar pedir o
efeito suspensivo para o recurso, conforme súmula 414, I TST que trata da ação cautelar que
diz que por meio dessa ação o advogado pode tentar um efeito suspensivo ao recurso.
d) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: artigo 893, $1 CLT. Quando não
concorda com alguma coisa a parte deve protestar, para depois quando sair a sentença e for
fazer o recurso, aproveitar e recorrer também daquilo que foi protestado. Exceções: artigo 799,
$2 CLT e súmula 214 TST, que trata das exceções e são as decisões em exceção de
incompetência terminativas do feito na justiça do trabalho ou em um TRT.
2. Recursos em espécie
a) Agravo de Instrumento: artigo 896 – B CLT. Finalidade de destrancar recurso, como por
exemplo quando o Recurso Ordinário não é conhecido. O AI tem depósito recursal no valor do
50% do valor do depósito do recurso que se pretende destrancar, salvo se tratando de AI
interposto contra decisão que não conhece RR fundado em violação à súmula ou OJ do TST,
quando será isento de preparo.
b) Recurso ordinário: artigo 895 CLT. Cabe de decisões definitivas ou terminativas da vara
do trabalho ou do juiz de direito investido e do TRT em processos de sua competência
originária. Juiz de direito investido é aquele que julga o processo quando não há vara do
trabalho, conforme artigo 112 CF. Quem julga o RO é o TRT, quando de decisões do juiz da
primeira vara. Casos em que o TRT tem competência originária é em caso de MS, ação
rescisória, dissídio coletivo. Assim, nesse caso quem julga o RO é o TST.
c) Agravo de petição: é o recurso da execução.
d) Recurso de revista: artigo 896 CLT. É um recurso de natureza extraordinária. Nos termos
da súmula 425 TST, não cabe jus postulandi no RR. Sumula 126 TST, não cabe o RR para
reexame de fatos ou provas. Recurso dirigido ao TST. Ele somente analisará matérias jurídicas
e não fatos. Sua finalidade é a uniformização da jurisprudência e a guarda da lei federal e
da constituição. HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RR: somente cabe em dissídios individuais,
não coletivos. O recurso que cabe em dissidio coletivo é o Recurso Ordinário, também no TRT
dirigido ao TST. Somente cabe de decisões do TRT em grau de RO. Assim, de uma decisão
da vara tem que entrar com RO e da decisao do RO tem que entrar com RR. Cabe de
decisões do TRT em grau de RO que: contrariem outro TRT, já que se for de um mesmo TRT
cabe decisão de incidente de uniformização de jurisprudência e não RR; decisões do TRT em
grau de RO que contrariem a SDI do TST; decisões que contrariem súmula ou OJ do TST;
decisões do TRT que contrariem sumula vinculante do STF; de decisões que contrariem lei
federal ou CF. PRESSUPOSTOS RECURSAR ESPECIFICOS: principio da transcendência,
presente no artigo 896 – A CLT, que trata da repercussão geral e diz que o recurso de revista
tem que interessar à toda a sociedade e não somente à parte; prequestionamento, artigo 896,
$1 – A CLT e sumula 297 TST, que trata de manifestação expressa do TRT sobre matéria do
RR. O recurso cabível para obter prequestionamento é os ED.
e) Embargos no TST: recurso para o TST de decisão do próprio TST, presente no
artigo 894 CLT.
f) Embargos de declaração: artigo 897 – A CLT. Cabe em caso de omissão, contradição,
obscuridade e em caso de manifesto equivoco no exame dos pressupostos recursais
extrínsecos, que são os pressupostos recursais objetivos.
g) Recurso adesivo: sumula 283 TST. Só é admite em caso de RO, RR, agravo de petição e
embargos no TST.
DISSÍDIO COLETIVO
Quando envolve o sindicato. Trata-se do conflito entre entes coletivos. A doutrina classifica em
três espécies.
Requisito especifico: nos termos do artigo 114, $2 CF, o dissidio coletivo de natureza
econômica exige como requisito especifico o comum acordo entre as partes.
A sentença normativa caso não cumprida, como qualquer outra sentença, precisa ser
executada. A execução da sentença normativa é através de uma ação chamada de ação de
cumprimento. Assim, o tribunal deu a sentença normativa mas para ganhar o que conseguiu
tem que entrar com ação de cumprimento. Essa ação é de competência da vara do trabalho.
Assim, a sentença normativa é do tribunal, mas quem executa essa sentença é o juiz do
trabalho.