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A OCORRÊNCIA DE ROLL WAVES NATURAIS EM ESCOAMENTOS

LAMOSOS SOBRE CANAL GRANDE DIMENSÃO

RESUMO: Este artigo tem como principal objetivo verificar experimentalmente a presença de
instabilidades na superfície livre de escoamentos de fluidos não newtonianos, em um canal com dez
metros de comprimento. Estas instabilidades, denominadas na literatura como roll waves, podem
surgir em escoamentos na natureza seja no âmbito desastres e catástrofes naturais ou até mesmo em
problemas clássicos de engenharia, como o efeito golfado em dutos. Ademais, fatores topográficos,
geométricos, dinâmicos e característicos da reologia do material em movimento são decisórios na
geração ou não dessas instabilidades. Essas ondas podem ser geradas com a imposição de uma
frequência de perturbação no escoamento ou naturalmente. Nesse trabalho, a roll waves foram
geradas naturalmente. O fluido escoante utilizado nos ensaios foi decorrente da mistura entre água e
argila caulinita caracterizada reometricamente e ajustada pelo modelo reológico de Herschel Bulkley.
Na aferição da superfície livre fez se o uso de um sistema não intrusivo (transdutor ultrassônico), que
mostrou boa performance ao medir as amplitudes diminutas das ondas. Os resultados desses ensaios
foram confrontados com modelo matemático 1D, apresentando um bom resultado no que diz respeito
à amplitude das ondas, indicando a eficiência do processo de geração e controle das roll waves
desenvolvido pelo grupo RMVP – Reologia dos Materiais Viscosos e Viscoplásticos.

ABSTRACT: This article has as main goal to verify experimentally the presence of instabilities in
the free surface of non - Newtonian fluid natural flows, in a channel with ten meters of length. These
instabilities, known in the literature as roll waves, can appear in flows in nature whether in the context
of disasters and natural catastrophes or even in classical engineering problems, such as the ducted
effect. Furthermore, topographic, geometric, dynamic and characteristic factors of the rheology of the
material in movement are decisive in the generation or not of these instabilities. The flowing fluid
used in the tests resulted from the mixture between water and kaolinite clay reometrically
characterized and adjusted by the Herschel Bulkley rheology model. The measurement of the free
surface was made using a non-intrusive system (ultrasonic transducer), which showed a great
performance when measuring the amplitudes of the waves. The results of these experiments were
compared with a 1D mathematical model, indicating the efficiency of the process of generation and
control of the roll waves developed by the group RMVP - Rheology of the Viscose and Viscoplastic
Materials. Precisa ser alterado por causa das modificações no resumo (fazer depois do artigo pronto).

Palavras-Chave: roll waves naturais, escoamentos lamosos, Herschel Bulkey.

1. INTRODUÇÃO
O estudo da dinâmica dos escoamentos é importante tanto para as grandes obras de
engenharia, como para a análise de escoamentos naturais ou na ocorrência de um desastre. Essas
análises têm se mostrado necessárias, principalmente quando se trata de fluidos não newtonianos, em
que a dinâmica do escoamento está fortemente atrelada às propriedades reológicas do fluido. Pode-
se citar como exemplos, os escoamentos lamosos no processo de deslizamentos bastante noticiados
no Brasil nos últimos anos, e recentemente, os rompimentos de barragens ocorridos em Mariana –
MG (2015) e Brumadinho – MG (2019), ambos com escoamentos de materiais lamosos, causando
sérios impactos sócios-ambientais.
Nesses escoamentos podem surgir instabilidades decorrentes de perturbações, que se
propagam como um trem de ondas denominadas na literatura como “roll waves”, isto é, frentes de
ondas com propriedades bem definidas (Ng e Mei, 1994, Coussot, 1994 e Maciel et al, 2001). A
geração das roll waves é oriunda de perturbações no sistema, combinada às condições geométricas e
dinâmica de escoamento favoráveis. Nesse sentido, trabalhos nas vertentes matemática e numérica
têm sido desenvolvidos na busca de determinar as principais propriedades das roll waves e identificar
critérios de geração dessas ondas (Dressler, 1949; Needham & Merkin, 1987; Kranenburg, 1992;
Noble, 2003, Balmforth & Mandre, 2004; Di Cristo & Vacca, 2005; Ferreira, 2013).

No que diz respeito à critérios de geração das roll waves, o domínio propicio à formação deste
tipo de instabilidade está atrelado a um valor mínimo do número de Froude (𝐹𝑟𝑚𝑖𝑛 ) (Coussot, 1994;
Maciel et al 2013). Assim, apenas algumas perturbações devem evoluir para o estado de roll waves,
o que implica na existência de uma frequência de corte (𝑓𝑐 ) para qual perturbações de frequências
superiores serão atenuadas pelo escoamento (Ferreira et al 2014). Esta frequência 𝑓𝑐 depende
sobretudo das propriedades reológicas do fluido, o que demonstra a necessidade da boa estimativa de
tais propriedades quando da previsão de eventos de roll waves em escoamentos lamosos..

As perturbações que geram roll waves podem ser impostas e controladas, o que têm sido feito
experimentalmente (Fiorot et al 2013, Maciel et al, 2017, Chineses) ou pode ocorrer naturalmente,
neste caso, essas ondas são denominadas como roll waves naturais. As roll waves naturais, podem
ocorrer em escoamentos naturais, nas corridas de lamas após ruptura de barragem, entre outros.

No entanto, as aferições de roll waves naturais são escassas na literatura. Coussot (1994)
visualizou as roll waves naturais em escoamentos argilosos em um canal, determinou em quais
condições foram visualizadas, mas não aferiu.

Um exemplo da ocorrência de roll waves naturais foi em Acquabona, na Itália, onde existe
uma bacia de drenagem que contém um canal de 1300 m. Em um evento desencadeado por uma forte
tempestade foram registrados escoamentos com presença de frentes de ondas e carregamento
significativo de detritos. Os registros foram feitos através de estações de medições instaladas ao longo
do canal compostas por sondas ultrassônicas, onde foram aferidas as amplitudes das ondas e a
velocidade de propagação, conforme explicitado nos trabalhos de Berti (2000) e Zanutti & Lamberti
(2007).
Nesse sentido, o grupo RMVP – Reologia dos Materiais Viscosos e Viscoplásticos trabalha
ativamente no âmbito das roll waves, tanto na vertente matemática e numérica, quanto na vertente
experimental de fluidos newtonianos e não newtonianos. Utilizando como fluido teste a glicerina pura
(Fiorot et al 2013), fluido newtoniano altamente viscoso e o gel de carbopol, fluido não newtoniano
do tipo Herschel Bulkley (Maciel et al 2017), modelo também representativo das misturas argilosas.
Recentemente, Fiorot et al (2018) utilizando um modelo matemático 1D, fez estimativas das
propriedades das roll waves naturais aferidas no evento de Acquabona.

Seguindo essa linha, neste trabalho é proposto a aferição de roll waves em um canal com 10
metros de comprimento, utilizando como fluido teste uma solução argilosa, típicas dos escoamentos
lamosos ocorridos no Brasil. Ressalta-se que a roll waves aferidas neste trabalho, foram geradas
naturalmente, ou seja, sem a imposição de uma perturbação com frequência controlada. Os resultados
serão confrontados com um modelo matemático um 1D. Vale destacar que é o mesmo modelo usado
por Maciel et al (2017) para a geração de roll waves em escoamento de gel de carbopol, a partir de
uma perturbação imposta e controlada e também utilizado por Fiorot et al (2018).

O presente trabalho visa contribuir no campo experimental do fenômeno roll waves, sem perda
de vista de sua aplicação em problemas de engenharia, com o objetivo de gerar, controlar e medir roll
waves naturais evoluindo em fluidos lamosos usando transdutores ultrassônicos como sistema de
medição.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
Neste item são descritos o aparato experimental, com os respectivos materiais utilizados e a
metodologia experimental.

3.1 Aparato Experimental

O aparato experimental (Figura 1) é constituído por um canal de declividade variável (1)


podendo incliná-lo até 30 graus, com 10 m de comprimento; um sistema de bombeamento (2) (vazão
controlada via inversor de frequência modelo CW09) composto por uma bomba de cavidade
progressiva WEATHERFORD modelo HF-80l, com propósito de transportar o fluido do reservatório
(3) até a extremidade superior da rampa (4); um sistema de aquisição de dados, composto por um
sensor ultrassônico, de baixo tempo de resposta 16 (ms), modelo 401-A, juntamente com uma placa
de aquisição (National Instruments USB 6009) e um computador ficaram responsáveis pelo
armazenamento do perfil das ondas geradas.
Figura 1: Aparato experimental de grandes dimensões para geração de roll waves.

O esquema de funcionamento e utilização de todo o aparato experimental, para medição de


roll waves, é mostrado na Figura 2.

Figura 2: Esquema de funcionamento do aparato experimental.


3.2 Fluido Teste
Descrever o fluido teste utilizado….
O aparato experimental utilizado no ensaio reométrico do fluido escoante (figura xx????) foi
o reômetro R/S Brookfield do tipo cilindros coaxiais (CC45), na qual, foi utilizado controlando tensão
de cisalhamento e medindo a taxa de deformação (CSS – controlled shear stress). Neste trabalho
foram confeccionados 750 litros do fluido teste, os ensaios reométricos apontaram para um fluido de
características do tipo Herschel-Bulkley. (Eq.1),
𝜕𝑢 𝑛
𝜏 = 𝜏𝑐 + 𝐾𝑛 ( 𝜕𝑧 ) , 𝜏 > 𝜏𝑐
{ 𝜕𝑢 (1)
= 0, 𝜏 < 𝜏𝑐
𝜕𝑧

Sendo: 𝜏 a tensão de cisalhamento, 𝜕𝑢/𝜕𝑧 o gradiente de velocidade ou taxa de deformação, 𝜏𝑐 a


tensão limite de escoamento ou crítica, 𝐾𝑛 o índice de consistência do fluido e 𝑛 o índice de
escoamento do fluido.
O controle da reologia do fluido foi feito para cada ensaio realizado, utilizando-se os dados
aferidos no Reômetro e a velocidade superficial do escoamento uniforme no canal, realizou-se um
filtro com base na velocidade superficial aferida experimentalmente e nas equações analíticas de
velocidade superficial e velocidade média (Maciel et al, 2017), garantindo que o perfil de velocidade
do escoamento uniforme seja condizente com o analítico.
Neste trabalho serão apresentados dois experimentos (Caso 1 e Caso 2), cujas propriedades
do fluido são mostradas na Tabela 1.

Tabela 1: Propriedades do fluido


Massa Específica Tensão limite de Índice de Índice de
(𝜌) [𝑘𝑔/𝑚3 ] escoamento (𝜏𝑐 ) Consistência Escoamento (n)
[𝑃𝑎] (𝐾𝑛 ) [𝑃𝑎. 𝑠 𝑛 ]
Caso 1 1320,8 4,60 0,95 0,36
Caso 2 1320,8 5,59 0,26 1,48

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os experimentos foram realizados em temperatura ambiente de 30 ºC, com o canal inclinado


em 6,2º, nas rotações de 350 e 500 rpm. Inicialmente, determinaram-se as propriedades do
escoamento do fluido não newtoniano (mistura de água e argila caulinítica em concentração
volumétrica igual a 25%) em regime uniforme, quais sejam: lâmina uniforme (ℎ0 ) (via ultrassom);
velocidade superficial (𝑢𝑠 ) (via flutuadores).
A velocidade superficial foi determinada por meio da média aritmética de dez aferições, com
duas estações fixas e cronometragem do tempo de viagem de um flutuador na superfície livre. Feitas
as aferições da velocidade superficial, pôde-se calcular a velocidade média do escoamento utilizando
o modelo matemático apresentado por Maciel et al. (2017)..
Nesses experimentos, a inclinação do canal e a vazão foram determinadas a partir do critério
de geração de roll waves estabelecido por Ferreira (2013).

As incertezas das medidas foram estimadas levando-se em consideração a precisão dos


instrumentos utilizados (cronômetro e ultrassom) e tempo de reação do operador, conforme
apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 – Incertezas das medições realizadas.


Grandeza
Instrumento Precisão
medida
Cronômetro Tempo (s) ± 0,2
Distância
Ultrassom ± 0,3
(mm)
Rotações Propriedades do
Incertezas
(RPM) Escoamento
Velocidade
350 Superficial 0,79 ± 5,10 %
(m/s)
350 Vazão (l/s) 2,03 ± 6,11 %
Velocidade
500 superficial 1,12 ± 7,18%
(m/s)
500 Vazão (l/s) 3,16 ± 8,19%
Fonte: elaborado pelos autores.

Melhorar essa tabela: colocar caso 1 e caso 2. Da forma que está parece ter 4 casos. Colocar
na horizontal. Inserir os números de Froude e Reynolds na tabela.

Froude 2,25 e 3,15

Reynolds 486,85 e 916,12

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os ensaios foram realizados com canal inclinado em 6,2º e a bomba com rotações de 350
(Caso 1) e 500 (Caso 2) rpm. Em tais condições, a vazão medida foi de 2,03 e 3,16 𝑙/𝑠,
respectivamente, obtendo-se os seguintes números de Froude 2,25 e 3,15. As roll waves foram
geradas naturalmente, ou seja, sem a imposição de uma frequência de perturbação. Tais
instabilidades, podem ter sido geradas a partir de vibrações no aparato experimental ou alguma
perturbação externa ao sistema. Em ambos os casos, as perturbações não são controladas.
Na Figura 3 são apresentados os perfis das roll waves aferidas, sem a imposição de uma
perturbação e os espectros de frequências para os casos 1 e 2.

(a) Perfil das roll waves

(b) Espectro de ondas


Figura 3: (a) Perfil das roll waves, (b) Espectro de ondas

A partir da Figura 3 pode-se observar que as roll waves naturais, também são ondas bem
íngremes, com formas mais verticalizadas, típicas ondas de choque, assim como, as roll waves
geradas a partir de uma perturbação imposta, conforme observado por Maciel et al.(2017) com a
imposição de uma perturbação em escoamentos de gel de carbopol, fluido do tipo Herschel Bulkley.
Pode-se observar também que o aumento do número de Froude acarreta em um aumento na amplitude
das roll waves, o que está em conformidade com os resultados da literatura (Maciel et al 2017, Citar
artigos de revistas...++++)

Deve-se ressaltar, que os números de Froude do escoamento uniforme (2,25 e 3,15) são
superiores ao número de Froude mínimo (𝐹𝑟 > 𝐹𝑟𝑚𝑖𝑛 ) necessário para geração de roll waves (Maciel
et al 2013), para os casos 1 e 2, os números de Froude mínimo são de 0,17 e 0,13, respectivamente.

Quanto ao espectro de ondas, verifica-se que as ondas obtidas nos casos 1 e 2, apresentam
espectros de frequências semelhantes e foram geradas por uma frequência dominante de
aproximadamente 1,12 𝐻𝑧, que é inferior às frequências de corte (𝑓 < 𝑓𝑐 ) determinadas para os
casos 1 e 2 (4,62 𝐻𝑧, 4,96 𝐻𝑧), conforme o criterio estabelecido por Ferreira et al (2014) para
geração de roll waves.

5.1 Comparação com Modelo Matemático 1D

Neste item são apresentadas as comparações dos resultados experimentais com um modelo
matemático (1D) estabelecido a partir das equações de águas rasas e ajustado, ao nível do choque,
por condições de Rankine Hugoniot, mesmo modelo utilizado por Maciel et al (2017) para simular
roll waves geradas a partir de uma perturbação imposta em escoamento de gel de carbopol. Os
resultados do modelo matemático foram obtidos a partir de simulações numéricas utilizando o
software Matlab (Versão XX).

O modelo 1D exige como parâmetros de entrada a inclinação do canal (𝜃), as propriedades


reológicas do fluido (𝑛, 𝑘𝑛 , 𝜏𝑐 ), a lâmina do escoamento uniforme (ℎ𝑜 ) e o número de Froude (𝐹𝑟)
que, por sua vez, depende da velocidade média do escoamento (𝑢̅). Esse modelo fornece como
parâmetros de saída: amplitude da roll wave (∆ℎ), velocidade de propagação (𝑈), período (𝑇) e
comprimento de onda (𝜆).

Na Figura 4 são apresentadas as comparações entre os resultados experimentais e o modelo


matemático 1D, referentes aos casos 1 e 2.

(a)
(b)
Figura 4: (a) Comparação entre o resultado experimental do caso1 e o modelo matemático 1D; (b) Comparação entre
o resultado experimental do caso1 e o modelo matemático 1D.

Na Tabela 4 são apresentadas as comparações quantitativas referentes à Figura 4. Em que: 𝑈


é a velocidade de propagação das roll waves, ∆ℎ é a amplitude média das roll waves, 𝜆 é o
comprimento das roll waves e 𝑇 é o período médio das roll waves.

Tabela 4. Comparações dos resultados experimentais e do modelo matemático 1D (Maciel et al, 2013) referentes aos
casos 1 e 2.

Caso 1 Caso 2
Propriedades Resultado Modelo Erro Resultado Modelo Erro
das Roll Experimental Matemático (%) Experimental Matemático (%)
Waves
𝑈(𝑚/𝑠) - 1,10 - 1,45 -
∆ℎ (𝑚) 0,0126 0,0128 1,58 0,0143 0,0148 3,49
𝜆 (𝑚) - 0,50 - - 0,63 -
𝑇(𝑠) 0,89 0,47 47,19% 0,89 0,44 50,5%

Através da Figura 4, pode-se observar que os resultados experimentais estão condizentes com
os resultados do modelo matemático 1D em relação ao perfil íngreme das ondas. Quanto à amplitude
das roll waves naturais, observou-se que experimentalmente houve variações pequenas variações nas
amplitudes de tais ondas e o modelo matemático 1D fornece amplitudes de ondas constantes, no
entanto, quando comparados com a amplitude média dos resultados experimentais, observa-se erros
baixos tanto para o Caso 1 (1,58%) quanto para o Caso 2 (3,49%). Maciel et al (2017) também
observou erros inferiores a 10% em escoamentos de gel de carbopol, porém as comparações não
foram realizadas em relação a amplitude média, pois as aferições apresentavam amplitudes
praticamente constantes.
Quanto ao período das roll waves, pode-se observar erros elevados tanto para o Caso 1 quanto
para o Caso 2, de 47, 19% e 50.5 %, respectivamente. Isto pode ser explicado por causa da limitação
do modelo matemático (1D) em simular roll waves em escoamentos com número de Reynolds
elevados (486,95 e 916,12). Maciel et al (2017) observaram erros menores do que 10%, no entanto,
o número de Reynolds era de 12,8. Além disso, a imposição do choque para a resolução do modelo
matemático 1 D também pode ter levado a erros no cálculo do período de ondas.
No que diz respeito ao comprimento e velocidade de propagação das roll waves naturais, estas
propriedades não foram aferidas, no entanto, podem ser estimadas através do modelo matemático 1D.
Com as simulações pode-se observar que as roll waves em escoamentos de fluidos não newtonianos
são ondas longas (𝜆 = 0,50 𝑚 e 𝜆 = 0,63 𝑚) e com velocidades de propagação elevadas, o que
justifica a necessidade de realizar os ensaios em uma rampa de grande extensão (10 𝑚).

Conclusão

Agradecimentos

À FAPESP pelo Auxilio Regular à Pesquisa 2015/25518-8.

Referências

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