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C APÍTULO 7

O CONHECIMENTO COMO FUNDAMENTO


ESTRATÉGICO INOVADOR

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes


objetivos de aprendizagem:

 Conceituar conhecimento.

 Entender conhecimento como ferramenta de inovação.

 Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas com base


na inovação.
Estratégias Inovadoras de Marketing

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O CONHECIMENTO COMO FUNDAMENTO
Capítulo 7 ESTRATÉGICO INOVADOR

CONTEXTUALIZAÇÃO
Caro aluno, o tema que abordaremos neste capítulo trata de conhecimento.
Vamos estudar o conceito e entender como esse conhecimento se inserirá no
processo de inovação. Esse estudo é tão antigo quanto a própria história do
homem. Tem sido o tema central da filosofia e tem ganhado recentemente
atenção redobrada.

Lembre-se sempre de que, em qualquer área na qual você for atuar, o


conhecimento é fundamental. Você se faz pelo conhecimento que tem. Vamos
aos estudos? Iniciaremos com o conceito de conhecimento e depois veremos
como o conhecimento pode atuar como ferramenta de inovação.

O QUE É CONHECIMENTO?
Recentemente, o tema conhecimento vem despertando interesse de
pessoas de todos os segmentos de trabalho. Uma infinidade de classificações
vem ocorrendo nos últimos tempos. Autores com Peter Drucker, Alvin Toffler e
James Brian Quinn vêm liderando essa área.

Sabemos que, cada qual ao seu modo, todos anunciam uma nova
economia ou sociedade, a qual se referem como “sociedade do conhecimento”.
Cada escritor trata o conhecimento de forma singular.

Para Drucker (1993), o conhecimento não é apenas mais um recurso,


ao lado dos tradicionais fatores de produção – trabalho, capital e terra –, mas
sim o único recurso significativo atualmente. O autor afirma que o fato de o
conhecimento ter se tornado o recurso, muito mais do que apenas um recurso,
é o que o torna singular à nova sociedade.

Para Toffler (1990), o conhecimento passou de auxiliar de poder monetário


e da força física à sua própria essência. É por isso que a batalha pelo controle
do conhecimento e pelos meios de comunicação está se acirrando no mundo
inteiro. Toffler acredita que o conhecimento é o substituto definitivo de outros
recursos.

Quinn (1992) compartilha as ideias de Toffler e Drucker e acrescenta


que o poder econômico e de produção de uma empresa está mais em suas
capacidades intelectuais e de serviços do que em suas instalações, terras
etc. Ele sugere que o valor da maioria dos produtos e serviços dependem,
principalmente, de como os fatores intangíveis baseados no conhecimento
podem ser desenvolvidos.

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Podemos observar que conceitos de conhecimento no mundo ocidental


são o que não nos falta. Encontramos a essência do conhecimento nos estudos
filosóficos. A corrente filosófica empírica alega que não existe conhecimento “a
priori” e que a única fonte de conhecimento é a experiência sensorial. Por outro
lado, o racionalismo argumenta que o verdadeiro conhecimento não é produto
da experiência sensorial, mas sim um processo mental ideal. Essas duas
principais abordagens, o racionalismo e o empirismo, diferem radicalmente
quanto ao que constitui a verdadeira fonte de conhecimento.

Assim, observamos que o conhecimento perpassa por diversas opiniões.


Tanto no racionalismo quanto no empirismo e chegando às modernas
definições sobre o conhecimento, os autores nos remetem à formação de
nossos próprios conceitos.

Atividade de Estudo:

Vamos refletir!

Observando o que os autores citados falam sobre conhecimento, dê sua


definição de conhecimento.
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CONHECIMENTO E INOVAÇÃO
No mundo contemporâneo, percebemos as mudanças aos nossos
olhos. Essas mudanças se fazem nos mercados, na tecnologia e nas formas
organizacionais. Para tanto, identificamos que a capacidade de gerar e
absorver inovações vem sendo consideravelmente grande, podemos dizer
que decisiva para um segmento econômico se tornar competitivo.

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O CONHECIMENTO COMO FUNDAMENTO
Capítulo 7 ESTRATÉGICO INOVADOR

Entretanto, para acompanhar as aceleradas mudanças, torna-se


imprescindível a aquisição de capacitação e conhecimento e estes se dão de
uma forma geral. Não só intensificação ao capacitar indivíduos, empresas,
países e regiões, mas torná-los competitivos. Esse novo papel
do conhecimento
e da informação
Por essa razão, vem se denominando esta fase como a economia
vem alterando e
baseada no conhecimento. Esse novo papel do conhecimento e da informação
provocando mudanças
vem alterando e provocando mudanças na forma e conteúdo do trabalho, que na forma e conteúdo
por sua vez está assumindo cada vez mais um caráter “informacional”. do trabalho, que
por sua vez está
É por isso que as medidas adotadas por uma organização ou por seus assumindo cada
gestores, em relação às informações e conhecimento, devem obedecer a vez mais um caráter
alguns critérios. Observe: “informacional”.

• Uma equipe deve encontrar em seu ambiente de trabalho subsídios para a


criatividade.

• O estímulo a novas descobertas e à valorização do profissional deve ser


considerado.

• Uma revisão periódica coletiva de ajustes para o bom funcionamento de


uma organização traz benefícios a empregador e empregado.

Portanto, a criação e o desenvolvimento do conhecimento não é


único e nem isolado, esse processo exige a participação de funcionários
de linha de frente, gerentes, todo o corporativo até a presidência. Todos em
uma organização são criadores do conhecimento. Na verdade, o valor da
contribuição de uma pessoa é determinado menos pela sua localização na
hierarquia organizacional e mais pela importância da informação que ela
fornece.

A INOVAÇÃO COMO UM PROCESSO BASEADO NO


CONHECIMENTO
Como já visto, a inovação é uma questão de conhecimento – criar A inovação é
novas possibilidades por meio de combinação de diferentes conjuntos de uma questão de
conhecimentos. Esses podem vir na forma de conhecimento sobre o que conhecimento.
é tecnicamente possível ou qual configuração pode responder a uma
necessidade latente ou articulada. Tal conhecimento pode já existir em
nossa experiência, baseado em algo que já vimos ou experimentamos antes,
ou pode resultar de um processo de busca por tecnologias, mercados, ações
da concorrência etc., também pode ser explícito em sua forma, codificado de
modo que outros possam acessá-lo, discuti-lo, transferi-lo etc.
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O processo de combinação desses diferentes conjuntos de conhecimento


em uma inovação bem-sucedida ocorre sob condições de alta incerteza. Não
sabemos exatamente como a inovação final será. A gestão da inovação
compreende nossa capacidade de transformar essas incertezas em
conhecimento; mas só podemos consegui-los por meio da mobilização de
recursos no sentido de reduzir as incertezas – efetivamente uma ação de
equilíbrio.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Percebemos neste capítulo, caro aluno, que o conhecimento dentro da
Filosofia passa por duas correntes distintas, o empirismo e o racionalismo.
Vimos que no mundo contemporâneo autores como Peter Drucker, Alvin Toffler
e James Brian Quinn vêm mostrando liderança nessa área. O conhecimento
aliado à criatividade torna um segmento competitivo no mercado atual.
Compreendemos que alguns investimentos em inovação do conhecimento
são fundamentais para uma organização e que cada pessoa envolvida nesse
processo tem sua importância. No próximo capítulo, abordaremos as alianças
estratégicas e valor. Até lá!

REFERÊNCIAS
DRUCKER, P.F. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira, 1993.

______. The new productivity challenge. Harward Business Review, p. 69-


79, nov./dez. 1991.

QUINN, J. B. Intelligent enterprise: a knowledge and service based


paradigm for industry. Nova York: The Free Press, 1992.

TOFLLER, A. Powershift: as mudanças do poder. Rio de Janeiro: Record,


1994.

______. Aprendendo para o futuro. São Paulo: Artenova, 1990.

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