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Controladores Lógico Programáveis

Programação

Linguagem de Programação

Na execução de tarefas ou resolução de problemas com dispositivos


microprocessados, é necessária a utilização de uma linguagem de programação, para
o usuário se comunicar com a máquina.

A linguagem de programação é uma ferramenta necessária para gerar o programa que


vai coordenar e seqüenciar as operações que o microprocessador deve executar.

Classificação

• linguagem de baixo nível


• linguagem de alto nível

Linguagem de Baixo Nível

Conhecida por linguagem de máquina, é a linguagem corrente de um


microprocessador ou microcontrolador, onde as instruções são escritas em código
binário (bits 0 e 1). Para minimizar as dificuldades de programação usando este
código, pode-se utilizar também o código hexadecimal.

Cada microprocessador ou microcontrolador possui estruturas internas diferentes.


Portanto, seus conjuntos de registros e instruções também são diferentes.

Linguagem de Alto Nível

É uma linguagem próxima da linguagem corrente, utilizada na comunicação de


pessoas.

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Quando um microcomputador trabalha com uma linguagem de alto nível, é necessária


a utilização de compiladores e interpretadores para traduzir este programa em
linguagem de máquina.

1111
COMPILADORES 0000
PROGRAMA OU 0101
INTERPRETADORES 0100

Vantagem - Elaboração de programa em tempo menor, não necessitando de


conhecimento da arquitetura do microprocessador.

Desvantagem - Tempo de processamento maior do que o despendido em sistemas


desenvolvidos em linguagens de baixo nível.

Programação de Controladores Programáveis

Podemos programar um controlador através de um software que possibilita usualmente


quatro formas de apresentação da Lógica do usuário:

• diagrama de contatos;
• diagrama de blocos lógicos;
• lista de instruções;
• texto estruturado.

Alguns tipos de software de programação possibilitam a programação em mais de uma


forma. É o caso do STEP 5 da Siemens, como também os baseados na norma IEC
1331-3

Diagrama de Contatos

Também conhecida como:

• diagrama de relés;
• diagrama escada;
• diagrama Ladder.

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Esta forma gráfica de apresentação está muito próxima à forma normalmente usada
em diagramas elétricos.

Diagrama de Blocos Lógicos

Mesma linguagem utilizada em lógica digital, onde sua representação gráfica é feita
através das chamadas portas lógicas.

Lista de Instrução

Linguagem semelhante à utilizada na elaboração de programas para computadores.

Análise das Linguagens de Programação

Com o objetivo de ajudar na escolha de um sistema que melhor se adapte às


necessidades de cada usuário, pode-se analisar as características das linguagens de
programação disponíveis em CP’s.

Esta análise se deterá nos seguintes pontos:

• forma de programação;
• forma de representação;
• documentação;
• conjunto de Instruções.

Forma de Programação

É a maneira pela qual o programa se estrutura. Esta forma pode ser linear ou
estruturada.

Programação Linear - Programa escrito em um único bloco.

Programação Estruturada - Estrutura de programação que


permite:

• organização;
• desenvolvimento de bibliotecas de rotinas utilitárias para uso em vários programas;

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• facilidade de manutenção;
• simplicidade de documentação e fácil entendimento por outras pessoas, além do
autor do software.

Permite também dividir o programa segundo critérios funcionais, operacionais ou


geográficos.

Forma de Representação

Pode-se analisar também quanto à forma de representação:

• diagrama de Contatos;
• diagrama de Blocos;
• lista de Instruções.

Estas três formas são mais usuais e permitem que o usuário se adapte a uma forma
de programar mais próxima do ambiente de projeto usado para desenvolver projetos
de diagramas elétricos.

Documentação

A documentação é mais um recurso de editor de programa que de linguagem de


programação. De qualquer forma, uma abordagem neste sentido torna-se cada vez
mais importante, tendo em vista que um grande número de profissionais está envolvido
no projeto de um sistema de automação em que se utiliza CP’s, desde sua concepção
até a manutenção.

Quanto mais rica em comentários, melhor a documentação que normalmente se divide


em vários níveis.

Conjunto de Instruções

É o conjunto de funções que definem o funcionamento e aplicações de um CP.

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Podem servir para mera substituição de comandos a relés:

• funções Lógicas;
• memorização;
• temporização;
• contagem.

Serve também, para manipulação de variáveis analógicas:

• movimentação de dados;
• funções aritméticas.

Podem ter funções mais complexas como comunicação de dados, conexão com
interfaces homem-máquina (IHM), controle analógico, sequenciamento, etc:

• saltos controlados;
• indexação de instruções;
• conversão de dados;
• PID;
• seqüenciadores;
• aritmética com ponto flutuante.

Normalização

Existe a tendência de utilizar um padrão de linguagem de programação em que é


possível a intercambiabilidade de programas entre modelos de CP’s e até de
fabricantes diferentes.

Essa padronização está de acordo com a norma IEC 1131-3. Este tipo de
padronização é viável, utilizando-se o conceito de linguagem de alto nível. Através de
um chamado compilador pode-se adaptar um programa à linguagem de máquina de
qualquer tipo de microprocessador. Isto é, um programa padrão pode servir tanto para
o CP de um fabricante A como de um fabricante B.

A norma IEC 1131-3 prevê três linguagens de programação e duas formas de


apresentação.

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As linguagens são:

• Ladder Diagram - programação como esquemas de relés;


• Boolean Blocks - blocos lógicos representando portas “E”, “OU”, “Negação”, “Ou
exclusivo”, etc;
• Structured Control Language (SCL) - vem a substituir todas as linguagens
declarativas como linguagem de instruções, BASIC estruturado e inglês estruturado.
Esta linguagem, novidade no mercado internacional, é baseada no Pascal.

As formas de representação são :

• programação convencional;
• Sequencial Function Chart (SFC) - evolução do graphcet francês.

A grande vantagem de se ter o software normalizado é que ao se conhecer um,


conhece-se todos, economizando em treinamento e garantindo que, por mais que um
fornecedor deixe o mercado, nunca se fique sem condições de crescer ou de repor
equipamentos.

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