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TEMAS 1 E 2
- Quais seriam as propostas inovadoras do Judiciário para melhorar o acesso à justiça? Qual seria
a agenda do Judiciário? Essa é a preocupação de Sadek.
- O olhar dela sobre o Judiciário é institucional, que o reconhece como órgão político.
TEMA 3 E 4
KARL MARX (1818 – 1883)
Histórico: Marx não era sociólogo, mas sim filósofo. A sociologia foi ciência que surgiu
bem depois de seu tempo. Ele se dedicou basicamente a estudar, à vida acadêmica. Viveu
muitas dificuldades materiais, e teve de se mudar muito por causa de perseguição política.
Engels, portanto, foi tanto um amigo como um patrocinador, que sustentou Marx por boa
parte de sua vida. Ele não era um escritor profícuo – eram poucos livros, mas com muitos
volumes.
O livro O capital é um livro de economia política, que briga com os liberalistas
políticos, como Adam Smith.
O objeto de estudo de Marx é o capitalismo. Segundo ele, o sistema capitalista está fadado
ao fracasso.
Segundo Karl Marx, a sociedade é organizada em dois níveis, a infraestrutura e a
superestrutura. A infraestrutura é fundamentada na relação do homem com a natureza e
na relação dos homens entre si, baseia-se n a relação e interação das forças de produção,
como capital e trabalho. É esse nível que constitui a base da sociedade, portanto determina
a superestrutura, ou seja, as formas sociais e culturais. A superestrutura é composta pela
estrutura jurídico-política expressa pelo Estado e pelo direito, e também pela ideologia
que é representada pelas leis, a educação, a cultura etc.
TEMAS 7 E 8
Izabel Nunes. E-mail: izabel.nunez@fgv.br
ROBERTO KANT DE LIMA
Marx, Weber e Durkheim tentaram ver o Direito como um fenômeno social, e não
como um fenômento jurídico. A ideia do Direito é ditar as normas do Estado. Mas o
Estado é, per si, um fenômeno relativamente novo.
Obra de Kant
Sensibilidades jurídicas, saber e poder: bases culturais de alguns aspectos do
direitos brasileiro em uma perspectiva comparada (2010). Aqui ele fala do
conceito de um atropólogo americano de “sensibilidades jurídicas” e a sua
aplicação no Direito Brasileiro.
Direitos Civis e Direitos Humanos: uma tradição judiciária pré-republicana?
(2004)
A antropologia da Academia: quando os índios somos nós (1985). Comparações
entre a realidade jurídica norte-americana e a brasileira.
A polícia da cidade do Rio de Janeiro (tese de doutorado).
Perspectiva comparada/antropologia
O autor, por meio de uma etnografia, vai fazer um estudo comparativo da cultura
jurídica norte-americana e brasileira.
Perspectiva comparada por contraste.
Sociedade Brasileira x Sociedade Norte-Americana.
Sistema de Justiça BE x Sistema de Justiça EUA.
Comparação por contraste na antropologia: observa-se como as coisas funcionam
em uma sociedade, e, a partir das características empíricas dela, compara-se com outra.
Logo, deve-se entender o funcionamento das sociedades para entender o funcionamento
de suas respectivas justiças.
Em uma sociedade hierarquizada, o que desiguala as pessoas é o mercado. O acesso
aos recursos é desigual. Roberto da Matta tem o texto Você sabe com quem está falando?,
tratando justamente dessa ideia de hierarquia, superioridade, desigualdade. Nos EUA, por
sua vez, temos a lógica do quem você pensa que é?, que busca colocar as pessoas em pé
de igualdade. É uma noção completamente subvertida do que observamos no Brasil.
- sociedades representadas por paralelepípedo x sociedades representadas por
triângulo
As sociedades “triângulo” são aquelas que são claramente hierarquizadas, com
regras explícitas de desigualdade, regras legitimadas pelo Estado. É o caso da Índia com
o sistema de castas. Nestas sociedades, aqueles que querem sair daqueles extratos são um
problema.
Entretanto, nas sociedades representadas por paralelepípedo são aquelas que o
Estado “garantiria a igualdade”, pois os direitos servem para proteger o indivíduo dos
abusos do Estado. Seriam os EUA, a França etc.
O Brasil é um caso paradoxal, pois o discurso é de igualdade, mas a prática é
de desigualdade. A professora critica os ideais de Ruy Barbosa, este que diz que as
diferenças são legitimadoras de um tratamento desigual juridicamente falando. Igualdade
formal e material é algo criado por Ruy Barbosa para legitimar o desigual. Isso não
existiria em nenhum lugar do mundo, e aqui a doutrina apenas repetiria os conceitos
deturpados de igualdade sem questionamentos.
A igualdade pressupõe que um escuta o outro, que um respeita o outro, que
o direito de um não pode simplesmente invadir a esfera do outro.
Ex.: prisão especial.
As instituições aplicam regras de formas particularizadas, não só por causa de uma
questão de classes sociais, mas sim por causa de papeis sociais. Ex.: caso da vítima
esfaqueada que mudou a postura dos presentes na audiência por ter levado o filho bebê –
papel de mãe. Apesar de ser moradora da Maré, o tratamento mudou por causa do seu
papel de mãe.