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Lavras – MG

Janeiro/2016
Manômetro de tubo aberto
Relatorio Nº 6
Turma 32C
Data da realização do experimento: 18/12/15
Data da conclusão do relatório: 20/01/16

Integrantes do grupo:

Diego Chaves Barboza


Gabriel Ribeiro Cabral
Philipe Almeida

2. OBJETIVOS

O experimento tem como objetivo encontrar a pressão manométrica em um


painel em U, e a partir da efetuação de cálculos, encontrar a massa específica do óleo.

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Na física, a pressão é a grandeza quantificada através da razão entre a força e a área da


superfície na qual ela é aplicada. É possível determinar a pressão através de alguns
instrumentos, entre eles o manômetro, o barômetro, o piezômetro e o vacuômetro.

Segundo o Sistema Internacional (SI), a pressão é medida em N/m² (Newtons por metro
quadrado), unidade igualmente conhecida como Pascal (Pa). Existem outras medidas de pressão
bastante utilizadas, como o bar, PSI (equivale a 0,07 bar), mmHg, milibar, atm.

Para o experimento a seguir serão utilizados os seguintes conceitos de pressão: Pressão


atmosférica, pressão manométrica e pressão total, que serão apresentados abaixo:

Pressão atmosférica:

Pressão atmosférica é uma consequência da gravidade. É a pressão que é feita pelo ar da


atmosfera em relação à superfície terrestre, podendo também corresponder à pressão que é
exercida sobre uma camada de ar.

Quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica, algo que também acontece no caso da
densidade do ar.
A pressão atmosférica a nível do mar equivale a 1 atm = 1,01325 × 105 Pa (Pascal).

Pressão manométrica:

É a pressão indicada pelos manômetros. Tal pressão é calculada pela seguinte fórmula:

P = dgh

Onde:

P = Pressão manométrica;

d = densidade do líquido (massa específica);

h = profundidade (altura) em que o objeto se encontra submerso no líquido;

Pressão total:

É a soma da pressão ambiente à pressão manométrica.

P = P.atm + dgh

Onde:

P.atm = Pressão atmosférica;


dgh = Pressão manométrica (densidade do líquido x aceleração da gravidade x altura);
4. MATERIAIS UTILIZADOS e PROCEDIMENTO
EXPERIMENTAL

4.1 Materiais utilizados

• Proveta de 250 mL; (+/- 0,05ml);


• Béquer de plástico de 600mL;
• Régua milimetrada (+/- 0,5mm);
• Mangueira de látex;
• Tripé;
• Painel em "U" graduado (+/- 0,5mm);
• Sonda de imersão;
• Seringa;
• Óleo de cozinha;

4.2 Procedimento experimental

4.2.1 Primeiramente foi montado o tripé com o painel em "U" (+/-

0,5mm), e então inserida a mangueira de látex em uma das extremidades do painel.

4.2.2 Utilizando a seringa, foi injetada a quantidade de água desejada

através da extremidade livre da mangueira.

4.2.3 E então, na mesma extremidade utilizada para inserir a água, foi

conectada a sonda de imersão.

4.2.4 Em seguida, com o auxílio do béquer, preencheu-se a proveta (+/-

0,05ml) com certa quantidade de óleo.

4.2.5 Mergulhou-se a sonda de imersão na proveta em diferentes

profundidades registradas pela régua (+/- 0,05mm), chegando a um total de 10

medidas, e para cada uma delas foi registrada a medida do desnível de altura

causado no painel em "U" (+/- 0,5mm);.


4.2.6 E então, retirou-se o óleo contido na proveta (+/- 0,05ml) , em

seguida o equipamento foi bem lavado.

4.2.7 Enxeu-se novamente a proveta (+/- 0,05ml) utilizando o béquer,

agora contendo água.

4.2.8 Repetiu-se o procedimento 4.2.5 para o novo conteúdo.

4.2.9 Por fim, com os dados obtidos anteriormente, foram realizados os

cálculos a seguir.

Figura 1 - Esquema tripé-painel em U, sonda de imersão e bureta.


5. RESULTADOS
5.1 Dados experimentais
Dados experimentais obtidos em laboratorio:

Tabela 1 – Valores experimentais


Óleo Água
Deslocamento no Profundidade da Deslocamento no Profundidade da
painel (m) sonda (m) painel (m) sonda (m)
0,0200 ±0,0005 0,0180 ±0,0005 0,0200 ±0,0005 0,0200 ±0,0005
0,0400 ±0,0005 0,0340 ±0,0005 0,0300 ±0,0005 0,0290 ±0,0005
0,0600 ±0,0005 0,0510 ±0,0005 0,0400 ±0,0005 0,0380 ±0,0005
0,0800 ±0,0005 0,0690 ±0,0005 0,0500 ±0,0005 0,0480 ±0,0005
0,1000 ±0,0005 0,0910 ±0,0005 0,0600 ±0,0005 0,0580 ±0,0005
0,1200 ±0,0005 0,1090 ±0,0005 0,0700 ±0,0005 0,0680 ±0,0005
0,1400 ±0,0005 0,1260 ±0,0005 0,0800 ±0,0005 0,0800 ±0,0005
0,1600 ±0,0005 0,1440 ±0,0005 0,0900 ±0,0005 0,0900 ±0,0005
0,1800 ±0,0005 0,1660 ±0,0005 0,1000 ±0,0005 0,1010 ±0,0005
0,2000 ±0,0005 0,1800 ±0,0005 0,1200 ±0,0005 0,1180 ±0,0005

A tabela acima representa os dados obtidos através dos procedimentos 4.2.5 e


4.2.7. O deslocamento no painel é a medida entre a diferença dos níveis de água dentro
do mesmo, e a profundidade da sonda, a medida a qual a mesma atingiu dentro da
proveta. Enquanto que os erros sobre essas medidas foram obtidos através da divisão da
menor medida presente na régua por dois, assim sendo o valor de ±0,0005.

5.2 Cálculos de dados


Com os dados da tabela 1, pode-se efetuar o calculo da pressao manometrica
apartir da equaçao a seguir:
Pman= ρgh
Pman = Pressao manometrica
ρ = massa especifica do fluido
g = aceleraçao da gravidade
h = deslocamento no painel
Como a massa especifica da agua era conhecida, sendo 1x10³kg/m³, pode se
efetuar o calculo da pressao manometrica para cada profundidade da bureta de acordo
com o deslocamento no painel, a seguir um exemplo de aplicaçao para esses calculos:
Pman = ρgh
Pman = 1x10³x9,81x0,018
Pman = 176,04 Pascal
Em seguida, calculou-se a pressao total, somando a cada pressao manometrica a
pressao atmosferica (105 Pascal), apartir desses calculos montou-se a tabela e o grafico a
seguir, este sendo necessario para o calculo da massa especifica do oleo.
Tabela 2 – Dados sobre o experimento, quando preenchido a bureta com oleo
Profundidade na Pressao manometrica Pressao total
bureta (m) (Pascal) (Pascal)
0 0 100000
0,02 176,04 100176
0,04 332,52 100332,5
0,06 498,78 100498,8
0,08 674,82 100674,8
0,1 889,98 100890
0,12 1066,02 101066
0,14 1232,28 101232,3
0,16 1408,32 101408,3
0,18 1623,48 101623,5
0,2 1760,4 101760,4

Grafico 1 – Relaçao da pressao com a profuindidade da sonda, para o oleo


y = 8944,3x + 99984
102000
101800
101600
101400
101200
Pressão

101000
100800
100600
100400
100200
100000
99800
0 0,025 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 0,2 0,225
Profundidade bureta

Com o grafico elaborado apartir do programa “Microsoft Excel 2013” , encontrou se no


mesmo a equaçao da reta, e utilizando o coeficiente angular da reta foi possivel encontrar a
densidade do fluido contido na bureta.

Os coeficientes “m” e “c” , 8944,3 e 99984 respectivamente, possuem erros que


podem ser calculados através das seguintes equações:

𝑥 = ∑ 𝑥𝑖 /𝑛 𝑦 = ∑ 𝑦𝑖 /𝑛 𝐷 = ∑(𝑥𝑖 − 𝑥)²
𝑑𝑖 = 𝑦𝑖 − 𝑚 × 𝑥𝑖 − 𝑐
2
1 ∑ 𝑑𝑖² 1 𝑥 ∑ 𝑑𝑖²
(∆𝑚)² = × (∆𝑐)2 = ( × ) × 𝑛−2
𝐷 𝑛−2 𝑛 𝐷

Os resultados para os erros foram os seguintes:

Δm= 1×10²

Δc=1,54×10²
∆P
Sendo P= ρgh , o coeficiente angular da equaçao e ρ e g constantes, pode-se
∆ℎ
∆P
observar que ∆ℎ = ρg , por fim, para encontrar a massa especifica do oleo, realizou-se
os calculos a seguir:
∆P
ρ = ∆ℎ×𝑔
8944,3
ρ= 9,81

ρ = 911,7533 kg/m³ou ρ = 0,91 g/cm³


Para a agua foram feito os mesmos calculos sobre sua pressao encontrando a
tabela e o grafico a seguir:

Tabela 3 – Dados sobre o experimento, quando preenchido a bureta com agua


Profundidade na Pressao manometrica Pressao total
bureta (m) (Pascal) (Pascal)
0 0 100000
0,02 195,6 100195,6
0,03 293,4 100283,6
0,04 391,2 100371,6
0,05 489 100469,4
0,06 586,8 100567,2
0,07 684,6 100665
0,08 782,4 100782,4
0,09 880,2 100880,2
0,1 978 100987,8
0,12 1173,6 101154

Gráfico 2 – Relação da pressão com a profundidade da sonda, para a agua.

y = 9748,2x + 100109
101400

101200
Pressao manometrica

101000

100800

100600

100400

100200

100000
0 0,0125 0,025 0,0375 0,05 0,0625 0,075 0,0875 0,1
Profundidade bureta

Realizando os mesmos cálculos para encontrar o erro dos coeficientes “m” e “c”,
obteve-se os seguintes valores:
Δm=1,363×10³
Δc=9,813×10³
Utilizamos a formula a seguir novamente para encontrar a densidade do liquido para
∆P
verificaçao dos calculos ρ = ∆ℎ×𝑔
9,748,2
ρ= 9,81

ρ = 993,7003 kg/m³ou ρ = 0,99 g/cm³

6. ANÁLISES E CONCLUSÕES

Segundo a teoria, a pressão aumenta linearmente conforme é aumentado a


profundidade. Como pode ser observado no gráfico 1 e 2, onde estão a equação da
pressão em função da profundidade, a pressão do experimento também aumentou
linearmente conforme a profundidade, tanto que em ambas as equações o coeficiente
angular era positivo e a incógnita “X” que representa a profundidade esta elevado
apenas a 1, ou seja o gráfico formava uma reta, assim como na teoria.
Também sobre as equações é importante ressaltar o coeficiente linear “C”, Este
representa a pressão atmosférica, que tem como valor 1 atm ou 101 kpa. No
experimento do óleo, apesar de ter um erro muito pequeno (cerca de 0,2% em relação ao
total) essa pressão ficou diferente da teórica, já que o valor obtido foi de
99984±1,54×10² pa. Essa diferença pode ter sido provocada por erro do operador ao
realizar as medidas. Já o segundo experimento esta dentro dos valores teóricos, porem
seu erro é muito grande, chegando a representar ate 10% em relação ao valor total.
As densidades dos líquidos também foram calculadas, e esse experimento teve
um resultado positivo, já que os valores alcançados se assemelham muito com os
valores reais. A agua tem uma densidade de aproximadamente 1 g/cm³, no experimento
conseguimos chegar ao valor de 0,99 g/cm³. Já o óleo tem densidade de
aproximadamente 0,9 g/cm³, e encontramos 0,91g/cm³. Esses são valores muito
próximos dos teóricos, o que pode validar o experimento.
Quanto aos erros, por parte do operador, certos erros podem ter ocorrido durante
o preparo do experimento, enquanto os objetos eram presos a haste, alguns podem ter
ficados levemente mais distantes do eixo, tornando diferente a observação para cada
caso, para próximos experimentos é necessário maior cuidado e destreza no manuseio
dos objetos a serem estudados.
7. BIBLIOGRAFIA

• Tipler. Paul. A; Física. Vol. 1, 9ª Ed. LTC, 2001

• Física 2 (Mecânica dos Fluidos – Calor – Movimento Ondulatório) –

SEARS.ZEMANSKY.YOUNG – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A – 2ª

Edição

• Física para Cientistas e Engenheiros Volume 1 – TIPLER, Paul A. MOSCA

Gene – 6ªEdição

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