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Lembretes “acadêmicos”

Profª Martha Ulhôa 1

FORMATO DO DOCUMENTO ESCRITO DO PROJETO TCC MPB/ARRANJO

O texto escrito do projeto de TCC tem duas partes: pré-texto com


capa e folha de guarda e texto com o corpo do projeto (introdução e
justificativa, metodologia, cronograma, fontes).

A capa traz o cabeçalho (universidade, centro, instituto, curso), o


título do trabalho, o nome do autor, o local (cidade) e a data (ano).
As palavras do título devem ser selecionadas cuidadosamente, pois
são pontos de acesso importante para as pessoas poderem encontrar
seu trabalho ao usar técnicas de busca por palavras-chave na
internet.

Na página seguinte, chamada de “folha de rosto” primeiro deve vir o


título e o subtítulo (se for o caso), não podendo conter palavras
abreviadas e siglas sem sua indicação por extenso; redigido com
letras maiúsculas, centralizado entre as margens direita e esquerda,
espaço simples, a aproximadamente 4 cm abaixo do topo da página.

Em seguida, aproximadamente 5 cm abaixo, dependendo do tamanho


do título, deve vir a palavra “por”, escrita com letras minúsculas.
Logo abaixo o nome do(a) autor(a) e depois, o seguinte texto,
justificado e recuado para a metade direita da página:

Projeto de Trabalho de
Conclusão de Curso submetido
apresentado ao Instituto Villa-
Lobos do Centro de Letras e
Artes da UNIRIO, como
requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel
em Música sob a orientação do
Professor [nome do(a)
orientador(a) e se houver
também o nome do co-
orientador].

A 3 cm da borda inferior [da página, ou seja 24cm numa folha A4],


centralizado e em letras maiúsculas e minúsculas novamente o local
(cidade) e ano.

A seguir modelos de capa e folha de rosto:


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UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE LETRAS E ARTES

INSTITUTO VILLA-LOBOS

BACHARELADO EM MÚSICA POPULAR BRASILEIRA: HABILITAÇÃO EM


ARRANJO MUSICAL

NOME NOME NOME NOME

RIO DE JANEIRO, ano


Lembretes “acadêmicos”
Profª Martha Ulhôa 3

TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO:


TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO

por

NOME SEU

Projeto de Trabalho de
Conclusão de Curso
apresentado ao Instituto Villa-
Lobos do Centro de Letras e
Artes da UNIRIO, como
requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel
em Música sob a orientação
do Professor xxxxx xxxxx.

RIO DE JANEIRO, 2013


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PASSO-A-PASSO-PROJETO
(Profa Mônica Mônica Duarte, com acréscimos da Prof. Martha Ulhôa)

O projeto de TCC de Bacharelado em MPB/Arranjo deverá indicar:


(a) o problema: questão estética que se pretende apresentar e
desenvolver por meio de trabalho artístico de arranjo (O quê);
(b) a justificativa: relevância e originalidade do trabalho frente ao
quadro contemporâneo da Música Popular no Brasil (Por quê);
(c) a metodologia: maneira pela qual se planeja desenvolver o
arranjo e apresentá-lo (CD ou Show) (Como).

Introdução do Projeto
Apresentar relação entre o problema estudado com fenômeno social
mais amplo (cultural, econômico, político, estético). Este cuidado em
se fazer um trabalho em perspectiva com o campo parte do princípio
de que a produção artística não é um fato isolado; é um trabalho
coletivo da comunidade artística e acadêmica, um processo que se
desenvolve através da cooperação e da crítica.
Apresentar as situações que motivaram a realização do trabalho.
Algumas situações podem dar origem e motivar o trabalho de
arranjo:
(a) lacuna: nenhum trabalho foi desenvolvido por meio da proposta
apresentada;
(b) inconsistências entre deduções decorrentes de técnicas de arranjo
e resultados do que se vivencia na prática; e
(c) inconsistências entre técnicas de arranjo e instrumentação e o
estudante se posiciona em relação a uma delas ou apresenta nova
proposta ou técnica.

É importante lembrar que o estudante deve estar familiarizado com o


conhecimento sobre o tema ou repertório para indicar qual é a lacuna
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ou inconsistência na produção anterior ao trabalho que ele está


desenvolvendo.
Indicar o formato em que o trabalho será apresentado e as razões
para essa escolha (show ou gravação).
Após essa introdução, cabe explicitar as questões ou principais
aspectos de interesse do estudante que estão sendo contemplados
por meio do desenvolvimento do trabalho. Essas questões ou
aspectos de interesse são formulados a partir de um referencial
teórico, de estudos anteriores sobre o tema, e/ou do conhecimento
do contexto (ou seja, o conhecimento através da prática).
Quadro teórico é o esquema conceitual utilizado para identificar os
aspectos e relações significativas relativas à técnica de arranjo
utilizada como fundamento pelo estudante. É a base de sustentação
da elaboração do trabalho (principais conceitos e pressupostos)
Apresentar o objeto de interesse da pesquisa, se repertório ou
configuração do arranjo e instrumentação. Deve-se buscar fazer uma
breve descrição dos aspectos relevantes do repertório escolhido
(elementos históricos e estéticos).
Aqui cabe: (a) levantamento de pesquisas, literatura, arranjos e
discografia sobre a temática central do repertório
(instrumento/formação instrumental ou gênero); (b) análise de
arranjos na mesma linha artística.

Justificativa
É quando se busca demonstrar a contribuição dada pelo estudo para
a construção do conhecimento, sua utilidade para a prática
profissional e a possível formulação de políticas na área. Para tanto, é
preciso destacar a lacuna de conhecimento que irá preencher ou as
inconsistências que se propõe trabalhar.

Metodologia
São incluídas as etapas do trabalho, desde a descrição da ténica de
arranjo a ser utilizada, escolha do repertório (justificar), escolha do
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formato do TCC (justificar o Show ou gravação), convite aos músicos


e equipamentos para apresentação do TCC (justificar), a lógica da
condução do trabalho (Gravação ou Show, justificar).

Fontes
Referências bibliográficas, discográficas e musicais consultadas.

CITACÕES E REFERÊNCIAS EM TRABALHOS ACADÊMICOS

Há duas maneiras de indicar a fonte em citações: o sistema autor-data no


corpo do texto e o sistema de notas de rodapé ou notas de final de texto.
Independente de qual sistema for usado é necessário seguir as instruções
da ABNT. Pela maior facilidade de leitura dá-se preferência ao sistema
autor-data no corpo do texto.

Todos os documentos citados no texto devem ser indicados na parte das


Referências, apresentada no final da monografia, artigo ou comunicação
escrita.

SISTEMA AUTOR-DATA

Quando a citação for literal deve-se indicar a fonte entre parêntesis e depois
da data, o número da página da frase ou parágrafo transcritos. Exemplo:
(Souza 2001:13).

As citações com menos de três linhas devem ser inseridas no texto e


colocadas entre aspas, seguido do nome do autor, ano e página entre
parênteses. Exemplo: “neste caso, a psicologia da criança transforma-se
numa epistemologia genética” (Souza 2001: 19).

As citações que excederem três linhas devem ser colocadas em destaque,


sem aspas, espaço simples, entrada maior que a do parágrafo normal
(alinhar a 2,5 cm da margem, à esquerda), justificado, em fonte um ponto
menor do que a do texto, seguido do nome do autor, ano e página entre
parênteses, como no exemplo abaixo. No caso de citações de livros em
língua estrangeira, a citação deve ser traduzida e o trecho original deve ser
apresentado em nota de rodapé. Os grifos do original ou do autor do texto
devem ser mencionados no final da citação, depois da citação de páginas,
no mesmo parêntese.
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Exemplo (citação com menos de três linhas):

A união da tecnologia com a música e essa preocupação com o material


sonoro em si não é um fenômeno tão recente. (...) Essa tendência levou
alguns compositores a desviarem-se do campo da composição "tradicional"
para estruturarem suas obras valendo-se de um redimensionamento dos
parâmetros sonoros musicais. Entre eles destacava-se Edgard Varèse que,
paralelamente a uma produção musical permeada pelo uso de dissonâncias
e livre de modelos formais préestabelecidos, divulgava suas idéias em torno
da utilização de novos recursos para a produção sonora. Ele afirmava: “eu
trabalho muito - sobre tudo no sentido de ‘som’ que para mim é a sólida
base da música, meu elemento bruto. O intelectualismo do intervalo é para
mim um fator que não tem nada a ver com o nosso tempo e os novos
conceitos” (VARÈSE 1983: 125).

Exemplo de transcrição destacada (mais de 3 linhas) com grifo (o negrito):

Entre 1923 e 1926 (...) surgiu o jazz-band, orquestras exóticas de


instrumentos estrambóticos, como trombones extensos e trompetes
com varas de quase dois metros (sic); banjos metálicos; grotescos
violinofones ou violinos-de-campana e, finalmente, suas baterias com
bombos-de-pedais, absurda novidade, com os mais esquisitos
apetrechos: panelas, frigideiras, latas, apitos, buzinas, sirenes, etc.
(Almirante 1977: 33, grifo nosso).

Exemplo de transcrição destacada de texto (de fonte em inglês, ou seja –


deve ter o original apresentado em nota de rodapé).

Um livro escrito pelo compositor e pesquisador inglês Andrew Hugill trata


extensivamente desse assunto e se refere a esses músicos como digital
musicians (músicos digitais). O autor conceitua essa categoria de músicos
da seguinte forma:

Um músico digital é aquele que abraçou as possibilidades abertas


pelas novas tecnologias, em particular o potencial do computador
para explorar, armazenar, manipular e processar som, e o
desenvolvimento de diversas outras ferramentas digitais e aparelhos
que possibilitam invenções e descobertas musicais. Esse é o ponto de
partida para a criatividade ... (Hugill 2008:4, tradução minha). 1

Neste caso na nota de rodapé [1] deve vir o texto original. Em tempo, a
nota de rodapé também aparece com uma fonte de tamanho um ponto
menor que o texto principal:

_____________
1
A digital musician is one who has embraced the possibilities opened up by new
technologies, in particular the potential of the computer for exploring, storing, manipulating
and processing sound, and the development of numerous other digital tools and devices
which enable musical invention and discovery. This is a starting point for creativity ...
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Outras formas de citar, todas exigindo referência à autoria da informação,


teoria ou metodologia utilizada são a paráfrase e a condensação.

- A paráfrase é a forma mais comum de citação em textos científicos. É


uma citação livre do texto. É uma “tradução” livre e desenvolvida de idéias
de outros autores, sem alterá-las, mas sem ser de forma literal. Assim, a
paráfrase é a expressão da idéia do outro com as palavras do autor da
dissertação ou tese, e é, portanto, escrita sem aspas, mas incluindo o autor
e data conforme mencionado acima.

- A condensação é uma síntese de um texto longo, um capítulo, uma


seção ou parte, sem a modificação das idéias do autor citado. É também
escrita sem aspas, com o mesmo tipo e tamanho de letra do texto, trazendo
ainda a referência da autoria e ano original.

SOBRE O USO DO ESPAÇO

ESPAÇO depois de pontuação, que por sua vez deve ser colocada SEM
ESPAÇO antes dela: “pontuação,” e não “pontuação ,” “pontuação, que...” e
não “pontuação,que...”. Ou seja, sinais de pontuação ficam colados às
palavras ou expressões a que se referem. No caso do parêntesis é melhor
(Comunicação pessoal) do que ( Comunicação pessoal ).

FONTES CONSULTADAS

As referências devem vir em ordem alfabética e cronológica (quando se


tratar do mesmo autor com várias entradas). É uma lista única para as
fontes bibliográficas (livros, capítulos, teses e dissertações, mesmo que
online) e outra(s) para referências discográficas e audiovisuais (vídeos,
DVD). Espaço simples no interior das mesmas e um pouco maior entre as
entradas, parágrafos sem recuo.

Livros:
MORAES, José Geraldo Vinci de. Metrópole em sinfonia: história, cultura e música
popular na São Paulo dos anos 30. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.
TAGG, Philip. Kojak – 50 Seconds of Television Music: toward the understanding of
affect in popular music. New York: The Mass Media Music Scholars’ Press, 2001.

Capítulos de livros: destaque para “In:” e o nº de pg. inicial e final do capítulo.


ABREU, Martha. “Nos requebros do Divino”: Lundus e festas populares no Rio de
Janeiro do século XIX. In: CUNHA, Maria Clementina (org.). Carnavais e outras
frestas – ensaio de história social da cultura. Campinas, SP: Editora da UNICAMP,
CECULT, 2002, p. 247-280.

Artigos
TURINO, Thomas. A coerência do estilo social e da criação musical entre os Aimará
no sul do Peru. Música Hoje 7, p. 49-93, 2000.
MÁXIMO, João. O samba de Vila Isabel sob a luz das estrelas. O Globo. Caderno
Rio. Rio de Janeiro, 28 jul. 2002, p. 29.
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Anais de congresso:
FERRAZ, Silvio. Composição e Pesquisa. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA
E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA. 1996. Rio de Janeiro. Anais do IX Encontro Anual
da ANPPOM. Rio de Janeiro: UNIRIO, 1995, p. 69-73.

Dissertações e teses:
MELO, Edésio de Lara. A música da Semana Santa em quatro cidades da região de
Campos das Vertentes-MG. 2001. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de
Pós-Graduação em Música, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Discos e gravações:
GIL, Gilberto; VELOSO, Caetano. Bat Macumba. In: Gilberto Gil - História da Música
Popular Brasileira. São Paulo: Abril Cultural, 1982. Gravação original LP Tropicália.
Intérpretes: Gilberto Gil, Gal Costa, Caetano Veloso, Os Mutantes. Orquestração e
regência: Rogério Duprat. Philips 6436303, p1968.
NOEL ROSA. Com que roupa?. Com o Bando Regional. [S.l.] Parlophon 13245 A,
Matriz 4007, 1930. In: Noel Rosa – Feitiço da Vila. Curitiba: Revivendo RVCD-052.
AAD, faixa 21 (2 min 39 s).

Verbetes de dicionário:
CHORO. In: CÂMARA CASCUDO, Luis da. Dicionário do Folclore Brasileiro. Rio de
Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1954, p. 275-276.

Texto da internet:
CALADO, Carlos. Choro - Uma música sentimental, sofisticada e muito brasileira.
Disponível em: <http://www.uol.com.br/cliquemusic/> Acesso em: 06 nov. 2002.

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