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GUIA 27
CDU: 006.063
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Uso indevido pode ter uma variedade de formas, tais como:
a) aplicação indevida de marca ou produtos não-conformes, como por exemplo, um produto não-conforme que po-
de resultar da violação de um contrato, de controle da qualidade inadequado, ou de erro na avaliação da con-
formidade pelo organismo de certificação ou laboratório;
b) uso não autorizado da marca, como por exemplo, em produtos não certificados.
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Algumas das razões pelas quais um produto pode ser identificado posteriormente como perigoso são:
a) normas insuficientes;
c) um defeito de fabricação.
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Este Guia limita-se a ações corretivas aplicáveis à marca de conformidade. O caso de certificados de conformidade
poderá ser considerado num estágio posterior se houver ação judicial. Este Guia é dirigido aos organismos de certifi-
cação não governamentais, embora possa ser também usado por organismos de certificação governamentais que
operam tipos similares de esquemas de certificação.
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Cópia não autorizada
1.1.2 O organismo de certificação tem sua marca de b) está sendo utilizado largamente em aplicações
conformidade registrada ou, de alguma outra forma, tem que não estavam previstas quando a norma foi
o uso de sua marca protegido, no mínimo, pela lei do país escrita, aplicações para as quais o produto não foi
no qual está sediado. certificado, e
1.1.3 Há um contrato, ou acordo legal, concernente ao - não foi previsto na norma, nenhum campo de apli-
uso ou uso indevido da marca de conformidade entre o cação específico; e
organismo de certificação e a parte autorizada a usar a
marca.
- nenhuma limitação na aplicação foi indicada pe-
1.1.4 A parte autorizada a usar a marca é capaz de exer- lo fabricante nos impressos que acompanham o
cer controle contínuo sobre o(s) produto(s) certificado(s), produto nos pontos de venda.
para assegurar que todas as cláusulas do contrato sejam
cumpridas. NOTA - Quando um perigo inerente é necessário para que o pro-
duto realize sua função pretendida, por exemplo, as pás rotativas
1.1.5 A marca de conformidade não pode ser aplicada em de uma batedeira de alimentos, não será considerado perigoso
um produto, exceto com autorização e controle do orga- no sentido dado à palavra no contexto desta definição.
nismo de certificação detentor da marca.
2.5 ação corretiva: Ação reclamada da parte que fez uso
1.2 Os organismos de certificação devem tomar medidas
indevido da marca ou de um FPPP, ou outra parte res-
enérgicas quando sua marca for falsificada ou utilizada
ponsável pela comercialização do produto, de forma
sem contrato ou acordo. As medidas a serem tomadas
considerada apropriada pelo organismo de certificação,
dependem, em parte, das leis do país no qual ocorreu a
para eliminar as conseqüências do uso indevido e remo-
falsificação ou a utilização indevida.
ver o perigo, tanto quanto necessário e praticamente pos-
2 Definições sível.
2.1 recolhimento1: Ação pela qual a parte que fez uso 3 Condições sob as quais a ação corretiva é
indevido da marca, ou o fabricante do produto que pos- executada
teriormente apresentou perigo, ou outra parte respon-
sável pela distribuição do produto, recolhe os produtos 3.1 O organismo de certificação requer ação corretiva da
dos usuários, do mercado ou dos pontos de venda e os parte que fez uso indevido da marca sempre que a marca
retorna à fábrica, ou a outro local adequado, para a ação de conformidade estiver aplicada em um produto que:
corretiva.
1 "recall"
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Cópia não autorizada
a) notificação pelo organismo de certificação das 6.2 Quando os fatos forem conclusivos e a ação corretiva
partes autorizadas e responsáveis a providenciar for indicada, mas não houver uma parte que fez uso in-
um recolhimento, quando, na opinião do orga- devido da marca ou FPPP para ser responsabilizada
nismo, ele é necessário para proteger o público e (exemplo: falência da empresa), ou o produto em questão
para permitir implementação da ação; já não estiver sendo fabricado há alguns anos e não es-
tiver mais disponível no mercado, o organismo de cer-
b) remoção da marca de conformidade do produto. tificação deve obter auxílio legal e notificar os órgãos
(Isto normalmente é feito apenas na fábrica ou governamentais, públicos e de regulamentação apro-
outro lugar central, de tal forma que o produto em priados.
questão é removido do estoque, do mercado, de
pontos de distribuição ou da posse do usuário.
7 Inicio da ação corretiva com a parte que fez uso
Como alternativa, a marca de conformidade po-
indevido da marca
derá ser removida do produto no local, desde que
esta remoção seja em colaboração com as autori-
dades de regulamentação envolvidas, que então 7.1 Quando houver prova conclusiva de que um produto
continuarão o processo até à aceitação ou rejei- é perigoso ou está envolvido em uso indevido da marca
ção do produto); de conformidade, a ação corretiva deve ser iniciada pelo
organismo que certificou o produto. Em tais circunstân-
c) retrabalho do produto de forma que ele atenda aos cias, a parte que fez uso indevido da marca e, quando
requisitos de certificação vigentes. (É preferível apropriado, as autoridades de regulamentação devem
que o retrabalho seja feito na fábrica, entretanto, ser notificadas imediatamente do problema, e a autoriza-
quando não for possível recolher algumas das uni- ção para aplicação da marca de conformidade nos pro-
dades em questão para a fábrica, por exemplo, dutos envolvidos deve ser suspensa.
painel de comandos elétricos ou grandes fornos,
o retrabalho em campo poderá ser autorizado); 7.2 Também no caso de um produto perigoso que os-
tente a marca de conformidade, o organismo de certifi-
d) sucateamento ou reposição do produto devolvido cação deve informar à parte que fez uso indevido da mar-
por não ser possível remover a marca de conformi- ca, da necessidade de tomar ação apropriada de noti-
dade ou reparar o produto de forma a atender aos ficação aos usuários, avisando sobre o perigo e sobre a
requisitos de certificação vigentes; ação a ser adotada.
e) quando existe uma condição perigosa, e não é 7.3 A notificação inicial à parte que fez uso indevido da
praticável a implementação de a), b), c) ou d), de- marca deve sempre ser confirmada por escrito em cor-
ve ser publicada uma nota ao público em geral, respondência registrada (ou equivalente), com cópias pa-
informando sobre o perigo, ou ser adotada uma ra as autoridades de regulamentação apropriadas e/ou
ação consistente com a legislação nacional. outros órgãos, quando pertinente. (Esta carta é escrita
para atender as circunstâncias particulares; por exem-
NOTA - Quando houver um FPPP envolvido, o próprio organis- plo, se o produto em questão pode ou não ser recolhido
mo de certificação deve adotar uma ação corretiva, tornando a para a fábrica). Em todo caso, a carta normalmente deve
iniciativa de aperfeiçoar os requisitos das normas, de forma a conter: o(s) motivo(s) da ação corretiva, qualquer condi-
eliminar o perigo e assegurar que os produtos envolvendo os ção de perigo que possa existir, as ações a serem toma-
mesmos perigos não ostentem a marca de conformidade. das pela parte que fez uso indevido da marca, para re-
solver o problema, e uma declaração que compreenda as
5 Escolha de ação contra a parte que fez uso ações para que assegurem que a marca de conformi-
indevido da marca dade não seja aplicada a produtos inadequados.
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Cópia não autorizada
retivas deve ser enviada uma outra correspon- tada nas unidades em poder dos usuários, até que
dência, a qual: o organismo de certificação esteja satisfeito
e que o resultado prático máximo possível tenha
- deve declarar que a suspensão imposta à parte sido alcançado; e
que fez uso indevido da marca foi retirada e que
a autorização para uso da marca de conformi- d) os passos necessários tiverem sido dados no pro-
dade foi restabelecida; cesso de fabricação para prevenir que a produção
de tais produtos não venha, novamente, requerer
- deve sumarizar a ação corretiva que foi execu- ação corretiva similar.
tada pela parte que fez uso indevido da marca; e
10 Recusa em efetuar ação corretiva
- quando aplicável, deve descrever a nova marca-
ção exigida para distinguir o produto corrigido 10.1 Quando a parte que fez uso indevido da marca se
daquele na condição inaceitável anterior. negar a executar ação corretiva, o organismo de certifi-
cação deve tomar as seguintes providências:
b) os registros de certificação devem ser revistos pa-
ra incluir quaisquer modificações exigidas pela a) efetuar o cancelamento dos respectivos contratos
ação corretiva. de certificação com a parte que fez uso indevido
da marca;
O organismo de certificação deve, também, efetuar uma
auditoria em: b) informar às autoridades de regulamentação envol-
vidas, e/ou outros organismos, quando pertinen-
- suas próprias tarefas de aprovação e supervisão
te, que a parte que fez uso indevido da marca se
para determinar se parte do uso indevido foi de-
recusou a executar ações corretivas e que os con-
corrente de um ponto fraco de sua própria or- tratos de certificação em nome desta foram can-
ganização;
celados, quando a gravidade do caso exigir tal
ação; e
- seus procedimentos para determinar de que for-
ma as responsabilidades de aprovação e su-
c) obter assessoramento legal sobre outra ação que
pervisão do organismo de certificação, ou do
possa ser implementada (por exemplo, ordens judi-
seu laboratório, podem ser alteradas de modo a
ciais, informação à imprensa sobre o processo
assegurar, ao máximo possível, que tal uso inde-
impetrado pelo organismo de certificação).
vido da marca não se repetirá.
10.2 Um FPPP provavelmente iniciará voluntariamente
9 Grau de ação corretiva a ser obtido
uma ação corretiva, ao saber que seu produto envolve um
9.1 O organismo de certificação deseja normalmente que perigo, mesmo estando conforme com as normas aplicá-
a ação corretiva seja tomada em 100% dos produtos es- veis.
pecíficos envolvidos. Entretanto, isto nem sempre é pos-
sível, especialmente se o produto já está no mercado há 10.3 No caso improvável de um FPPP se recusar a im-
um tempo considerável. Normalmente, o organismo de plementar ações corretivas, conversações devem ser
certificação considera a ação corretiva tomada como sa- mantidas com as autoridades de regulamentação con-
tisfatória se: cernentes, e um assessoramento legal obtido, para se de-
cidir sobre o rumo da ação. Além da ação que as autori-
a) a parte que fez uso indevido da marca tiver feito dades de regulamentação possam tomar, alguns rumos
uma comunicação apropriada ao público, quando de ação possíveis, cabíveis ao organismo de certificação,
solicitada; devem incluir:
b) os produtos tiverem sido recolhidos do mercado a) obtenção de uma rápida revisão da norma, para
e dos pontos de venda, reparados, trocados ou eliminar o perigo e exigir que todos os produtos
destruídos sob supervisão, ou outras correções certificados, do mesmo tipo, atendam aos novos
tiverem sido executadas como requerido, no mais critérios, sem demora, após a publicação da re-
alto grau possível; visão da norma; e
c) a parte que fez uso indevido da marca tiver concor- b) notificação ao público da descoberta do perigo,
dado em prosseguir com a ação corretiva requisi- através do meio de comunicação mais aproriado.