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O conceito, que pode vir
embalado como CPM, EPM
ou variantes, tem impulsionado
os negócios em empresas
de diferentes portes dos
mais variados setores da
economia nacional
A FORÇA DO BPM
R
A
A
Capítulo índice
1
3
Capítulo 1
Decifrando o código PM
9
Capítulo 2
Preparados para o PM?
13
Capítulo 3
Para todos os gostos e tamanhos
18
Capítulo 4
Da teoria à prática
21
Capítulo 5
Casos de sucesso
26
Capítulo 6
Glossário
28
Capítulo 7
Para saber mais sobre BPM
3
DECIFRANDO
o código PM
O que é mais indicado para sua empresa: um
projeto de CPM, EPM ou BPM? A profusão de siglas
confunde o mercado e, na maioria das vezes, quer
dizer a mesma coisa, com exceção do P que pode
representar Performance ou Process. A primeira
letra, por exemplo, varia de acordo com o gosto
e o discurso do fornecedor de soluções. Mas veja
a seguir o que elas querem dizer e como podem
ajudar na melhoria do business da sua empresa
In L L
Capítulo 1
Decifrando o código PM
F
elizmente Vinci PM (Performance para 5
não é necessário ser um estudioso do gênio Da
quebrar o código que cerca as siglas das práticas
ou Process Management). Chamar de
BPM, CPM, EPM ou qualquer outra variante PM é apenas uma
mera formalidade ligada ao discurso de mercado dos grandes
fornecedores, todos interessados em disseminar a sua cultura
e conquistar a preferência dos usuários do conceito. Afinal,
o mercado ascendente deve girar algo como US$ 2,5 bilhões
este ano e US$ 6,5 bilhões em 2011 (veja mais em Na arena de
gigantes) em todo o mundo.
Mas o que importa realmente aqui é entender o que o P
(Performance ou Process) representa, pois o foco muda da
performance para os processos, e entender como as variantes
de soluções e metodologias podem ser utilizadas no campo
corporativo, especialmente no segmento das PMEs (Pequenas e
Médias Empresas). Conceitualmente, para o Forrester Institute
o termo ideal é BPS (Business Performance Solutions), nele
estariam inclusos as variantes BPM, CPM e EPM. Na prática,
o BPS é a camada que fica entre os repositórios de dados e
aplicações como datawarehouse, ERP e CRM com a interface dos
usuários, que pode ser representado por dashboards, portais e
demais ferramentas de análise, como Business Intelligence (BI).
Complicado?
BPM pode representar ainda um conjunto de metodologias,
indicadores e mapas estratégicos que engloba ações de
planejamento, orçamento, consolidação financeira, relatórios,
estratégia, balanced scorecard, Seis Sigma – as duas últimas
focadas na melhoria dos processos de negócios – e custeio ABC –
ligada à montagem de custo de produtos. O Gartner, que investiga
e criou boa parte das métricas ligadas ao BPM, o classifica como
soluções, tecnologias e plataformas que ajudam as corporações
a agregar valor à informação e que a utilizam como instrumento
para a tomada de decisões e otimização dos negócios. O que pode
trazer benefícios reais como o aumento do faturamento e dos lucros
da corporação.
“A idéia geral é criar metas claras para os processos internos.
Existem dois entendimentos clássicos do PM, no caso do Performance
Management é o planejamento financeiro e o de processos como um
todo, já o Process Management é voltado apenas para os processos.
Entendemos o BPM como um produto de BI”, explica Flávio Bolieiro,
vice-presidente para a América Latina da MicroStrategy. Para o
executivo, a partir dos
conceitos é preciso
No CPM, termo do Gartner, existe o planejamento
mensurar os processos,
de longo prazo, no qual as organizações precisam
fazer análises e estabelecer
visualizar os vários cenários, para depois
metas para depois tentar
traduzir isto em estratégia, estabelecendo os
atingir os objetivos,
objetivos e ações,
utilizando o BI como carro-
explica José Maria Pessoa, executivo
de Vendas de Soluções da SAP Brasil.
chefe analítico.
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Decifrando o código PM Capítulo 1
A língua do P
O SAS trabalha em cima do P de Performance, porém
chamando internamente de PMS (Performance Management
Solutions). Ao contrário da MicroStrategy, a empresa entende
o BPM como um guarda-chuva de soluções no qual o BI é uma
pequena parte, que serve para organizar as informações e
fornecer uma base única de dados e de extração de relatório. “O
BI é a base de muita coisa, mas entendemos que performance
é mais do que isto”, garante Michael Wootton, especialista em
soluções financeiras do SAS Brasil.
Também refutando a idéia de BI acima do BPM, a IBM
tem uma visão particular. “O mercado pede cada vez mais
o foco em FPM (Financial Performance Management), com
aplicações prontas para seus projetos. É preciso ter o BI
em tudo isso, mas definitivamente o BPM não é um produto
dele. Posso analisar o desempenho com o BI, mas ele não
traz o aspecto do planejamento, por exemplo. As empresas
precisam de balance scorecard e outras ferramentas para
chegar ao real Performance Management”, admite Marcos
Chomen, gerente regional da Cognos, uma empresa da IBM.
Para esclarecer e utilizando os preceitos do Gartner,
José Maria Pessoa, executivo de Vendas de Soluções da SAP
Brasil, lembra que existem dois conceitos que podem fazer a
divisão entre o PM e o BI. “No CPM, termo do Gartner, existe o
planejamento de longo prazo, no qual as organizações precisam
visualizar os vários cenários, para depois traduzir isso em
estratégia, estabelecendo objetivos e ações. Depois de definido,
os próximos passos são o orçamento e a execução das ações
para levar as informações para a empresa de forma gerencial.
Já o segundo conceito é o BI Platform, que é a entrega de dados
para o usuário final”, compara.
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Adotamos o modelo de maturidade de TI do
Gartner, procurando entender em que ponto está
a corporação e quais os caminhos que ele deve
seguir para atingir um novo patamar,
argumenta Eduardo Campos, gerente-geral da divisão de
Produtividade e Colaboração da Microsoft.
um novo patamar, e utilizando
o nosso portfólio de soluções
como um todo. As mudanças
podem atingir a infra-estrutura,
comunicação, BI etc”, argumenta
Eduardo Campos, gerente-geral
da divisão de Produtividade e
Colaboração da Microsoft, que
ainda critica a confusão que se
estabeleceu no mercado.
Transformar o conceito em
tecnologia foi a perspectiva de
atuação escolhida pela Oracle.
Com o objetivo de ajudar as
organizações a aumentar
sua eficácia operacional e
Capítulo 1
obter excelência na gestão, a companhia empacotou uma série
de ferramentas e anunciou o Oracle Enterprise Performance
Management (EPM) System, uma suíte de soluções de EPM
totalmente integrada.
NA ARENA DE GIGANTES
O investimento dos grandes fornecedores no mercado
de BPM e BI pode ser melhor definido com a listagem
de aquisições feitas no ano passado. A IBM, por
exemplo, comprou em 2007 a Cognos, uma empresa
que, por sua vez, adquiriu a Applix, especializada em
ferramentas para gerenciamento de desempenho de
negócios ou PM (Performance Management).
Ainda no mesmo ano, a SAP abocanhou a Business
Objects (BO), companhia de BI que acabara de
comprar a Cartesis, outra pequena empresa voltada
especificamente para Performance Management.
Como complemento, a empresa alemã de ERP
também já havia incorporado a OutlookSoft, cujo foco
era em ferramentas financeiras voltadas para PM
governança, risco e conformidade.
Por último, mas não menos importante, a Oracle, que
já trazia em seu portfólio uma série de ferramentas
de BI e uma política forte em EPM (Enterprise
Performance Management) fechou a aquisição da
Hyperion, outra grande no campo de BI mas com
ferramentas de PM.
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Preparados
PARA O PM?
Será que todas as corporações estão prontas para
iniciar um projeto de Performance ou Process
Management? Quais os parâmetros e o que leva uma
empresa a investir na modalidade, especialmente
entre as pequenas e médias?
U
m executivo do mercado de TI afirmou que todas as
empresas, independentemente do seu tamanho, se
defrontam com os mesmos problemas que levam a um
projeto de BPM. O que muda é o tamanho do orçamento, o tempo
gasto nos projetos e a vontade da sua direção. Será? O primeiro
passo, como o Gartner alerta, é que antes de implementar
tecnologias ou metodologias, as corporações saibam a sua real
necessidade de investir e os seus problemas.
Para melhor radiografar o ambiente, é interessante o auxílio de
consultores externos, tanto de TI como de negócios. “Implementações
eficientes de CPM geralmente requerem a reengenharia dos
processos de negócios, incluindo o desenvolvimento de métricas e
metodologias de planejamento. Se faltam recursos e habilidades
necessários para a corporação, é preciso contratar um provedor de
serviços apropriado”, defendem os consultores John E. Van Decker e
Alex Soejarto no estudo “Selecting Professional Services for Corporate
Performance Management”, que o Gartner publicou este ano.
Preparados Capítulo 2
para o PM?
Pode parecer simplório, mas um projeto que não queira
ser definidor importante na hora de investir. “Muitas empresas que
“dominar o mundo” é o caminho mais sensato. A partir disso,
abriram capital recentemente precisaram seguir várias regras,
é mandatório analisar os processos, estudar o que pode ser
tendo de se adequar usando governança – e o BPM pode ajudar
feito – com a ajuda de consultoria externa ou não –, não focar
nisso”, avalia Reinaldo Roveri, analista sênior de Infra-estrutura e
na tecnologia por si só, evitar projetos grandes e que nunca vão
Armazenamento da IDC Brasil.
provar seu ROI (retorno do investimento) e evitar tecnologias muito
heterogêneas, que deixem o ambiente complexo.
Diretriz clara
Outra máxima: não existe
Na Microsoft, a demanda é bem clara. As corporações recorrem
tecnologia que responda a 100% das
a parceiros de negócios que se comunicam com a multinacional de
necessidades. É interessante saber
software. “Nossa equipe ajuda e mostra como o cliente pode fazer um
quem vai entregar o mais próximo
projeto e avançar na idéia de maturidade. Mas é preciso que ela tenha
do ideal e, se necessário, realizar
tudo funcionando e bem, não se pode fazer mudanças no meio do
pequenos complementos, desde
caos”, garante Campos.
que integrados. “Uma PME deve ser
Uma empresa necessita antes de mais nada de uma infra-estrutura
ainda mais cautelosa. É como quem
eficiente e de uma boa base de dados, mas também do envolvimento
resolve correr maratona. A pessoa
do corpo diretivo no projeto (veja mais no box O melhor patrocínio)
vai treinando aos poucos e não corre
e da indicação de um gestor para acompanhar os indicadores. “Um
na primeira semana os 42 km”,
ambiente com diferentes sistemas de BI acaba sendo hostil. É possível
compara Eduardo Campos, gerente-
trabalhar, mas acaba sendo mais complexo, bem como em empresas
geral da divisão de Produtividade e
com diferentes repositórios de dados. A corporação precisa centralizar
Colaboração da Microsoft.
isso”, completa Michael Wootton, especialista em soluções financeiras
Aspectos como uma maior
do SAS Brasil.
transparência nos negócios podem
Essa visão vale também para as corporações de médio e pequeno
portes, e Campos aponta que algumas linhas básicas devem ser
seguidas como a padronização do software. “Visitei dez empresas de
Muitas empresas que abriram capital
médio porte em todo o Brasil e todas me falaram da dificuldade de
recentemente precisaram seguir várias
entender por onde começar. Alguns cenários específicos devem ser
regras, tendo de se adequar usando
avaliados no primeiro momento como colaboração e comunicação
governança – e o BPM pode ajudar nisso,
unificada – integrando tudo e tornando o custo e o gerenciamento
avalia Reinaldo Roveri,
mais eficientes. Outro é sazonal e depende da vertical – que é a
analista sênior de Infra-estrutura e
Armazenamento da IDC Brasil
gestão de projeto. E procurar utilizar o BI com a visão de gestão de
performance”, ensina.
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Capítulo 2
Preparados para o PM? Capítulo 3
Entre as dores das empresas de médio porte para investirem
em BPM pode estar a idéia de controle do orçamento no longo
prazo, algo que antes era comum nas grandes companhias. “
E TAMANHOS
Pessoa, executivo de vendas de soluções da SAP Brasil.
Se existe uma diversidade de nomenclaturas,
imagine quando o mercado fala em produtos e
O MELHOR PATROCÍNIO
soluções. Em alguns casos, como no da Oracle,
o conceito utilizado pela companhia se integra
Um projeto de BPM começa com boas informações e o uso das
mais indicadas metodologias para gerenciar e implementar a
estratégia da empresa no médio e curto prazos. No entanto,
é preciso que todas as áreas estejam dispostas e trabalhando
com o próprio nome do pacote de ferramentas,
enquanto outros fornecedores criam novas
junções de letras para designar sua solução ou
se apóiam em um conjunto de ferramentas
juntas, algo que é conseguido com o patrocínio da alta direção
da empresa para o projeto. Sem esse compromisso, que leva ao
comprometimento de todos, um projeto dificilmente sai do papel.
“A definição do planejamento estratégico deve envolver
toda a corporação, mas sempre com um patrocinador de
alto nível e que auxilie no processo de aculturamento.
Informação é poder, e quem a detém acredita que possui
poder. Uma forma de envolver a organização como um todo,
depois do apoio diretivo, é trabalhar com o RH e, em alguns
casos, atrelar resultados com bônus financeiros”, ensina
Flávio Bolieiro, vice-presidente para a América Latina da
MicroStrategy.
Essas definições são importantes e ganham maior peso
por conta da maior pressão quanto ao tempo e recursos
dispensados aos projetos.
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Para Capítulo 3
todos os gostos e tamanhos
A
construção de de de pacotes de soluções a partir do conceito
BPM é algo tão amplo quanto a própria diversidade
nomenclaturas e definições. Mas, claro, segue a
estratégia e vai ao encontro do perfil do fornecedor, seja ele
mais conhecido como um player de BI ou mesmo como uma
empresa que hoje segue uma filosofia de agregar serviços ao
seu ferramental. A seguir, como os principais fornecedores
montam os seus pacotes.
“Os sistemas de ERP atuais fornecem às organizações
ferramentas para alcançar a excelência operacional, mas lhes
Ela contribui para que as organizações
falta a visão holística necessária para avaliar oportunidades
extraiam mais valor dos investimentos
de mercado e possibilitar o alinhamento com os interesses
em soluções Oracle e façam a
das partes externas envolvidas. O Oracle EPM System oferece
integração dos aplicativos de gestão
o alicerce, os aplicativos e a integração necessários para
do desempenho e tecnologias de
transformar os processos de gestão em toda a cadeia de valor
Business Intelligence (BI), da Hyperion.
e converter a visibilidade global em ação”, garante Robert
Tudo isso o Oracle Fusion Middleware,
Gersten, vice-presidente sênior de Desenvolvimento de EPM
incluindo a base de BI escalável da
da Oracle. Como é possível notar, o nome do produto, EPM
companhia e o Applications.
System, é como a própria empresa designa o seu conceito PM
– no caso o E significa Enterprise.
Integração
O Enterprise Performance Management System, da Oracle,
Já o SAS aposta na solução SPM
tem como filosofia auxiliar as organizações a aumentar sua
(Strategic Performance Manegement)
eficácia operacional e a obter excelência na gestão. Esta que
e na implementação de metodologia,
une três atributos: inteligência, agilidade e alinhamento.
Componente do Oracle Fusion Middleware, o Oracle EPM
System apóia processos de gestão estratégica, financeira
e operacional em um alicerce comum, permitindo que as
organizações se tornem mais ágeis e alinhadas e otimizem o
desempenho de toda a empresa.
A mais recente versão do EPM inclui várias inovações e recursos
para melhorar a visibilidade dos negócios e a tomada das decisões.
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DA à prática
TEORIA
É
certo também só começando. que a a diversidade de nomenclaturas descida na pirâmide das corporações Assim
como a visão de que não ajuda, mas
ainda está
os “X-PMs”,
independentemente da letra que precede o Performance
Management ou Process Management, começa agora a ser
melhor percebido em sua teoria e mesmo na prática.
“Nas conversas com os clientes, o melhor entendimento e
mesmo a idéia de investimento dependem muito da situação da
Mesmo ainda incipiente nas PMEs, já começa a
corporação. É importante reconhecer que implementar soluções
existir uma brisa de cultura de utilização por parte
e metodologias tem um custo, e os projetos não trazem um
desse segmento nas práticas e ferramental BPM,
retorno tão imediato”, pontua Michael Wootton, especialista
como revelam os fornecedores locais
em Soluções Financeiras do SAS Brasil. Mesmo o BI que é
disseminado sofre os mesmos problemas. Seja pelo uso errado
do conceito que ele suporta ou mesmo por uma subutilização de
seus recursos.
Trabalhar o conceitual com o ferramental é um desafio que
ganha maiores proporções em projetos de BPM e afins. “No
fundo, as corporações precisam melhorar seus processos,
trabalhando a metodologia em conjunto com as soluções, e isso
nem sempre é algo fácil ou rápido”, alerta Flávio Bolieiro, vice-
presidente para a América Latina da MicroStrategy.
No fundo, as corporações precisam melhorar seus
processos, trabalhando a metodologia em conjunto com as
soluções, e isso nem sempre é algo fácil ou rápido,
alerta Flávio Bolieiro, vice-presidente para a
América Latina da MicroStrategy.
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